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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Embrapa Amazônia Oriental


Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Embrapa
Brasília, DF
2016

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Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:
Embrapa Amazônia Oriental
Tv. Dr. Enéas Pinheiro, s/n.
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Unidade responsável pelo conteúdo e pela edição
Embrapa Amazônia Oriental
Comitê Local de Publicação
Presidente: Silvio Brienza Júnior
Secretário-executivo: Moacyr Bernardino Dias-Filho
Membros: Orlando dos Santos Watrin
Eniel David Cruz
Sheila de Souza Correa de Melo
Regina Alves Rodrigues
Luciane Chedid Melo Borges
Supervisão editorial e revisão de texto
Narjara de Fátima Galiza da Silva Pastana
Normalização bibliográfica
Andrea Liliane Pereira da Silva
Projeto gráfico, ilustrações, capa, tratamento de imagens e editoração eletrônica
Vitor Trindade Lôbo
1ª edição
1ª impressão (2016): 1.000 exemplares

Todos os direitos reservados.


A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,
constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610).
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Embrapa Amazônia Oriental

Doenças causadas por fungos, bactérias e vírus em plantas ornamentais / Ruth


Linda Benchimol, Alessandra Keiko Nakasone Ishida, Heráclito Eugênio Oliveira
da Conceição, editores técnicos. – Brasília, DF : Embrapa, 2016.
87 p. : il. color. ; 15 cm x 21 cm.

ISBN 978-85-7035-583-6

1. Doença. 2. Floricultura. 3. Planta ornamental. 4. Fungo. 5. Bactéria. 6. Vírus.


I. Benchimol, Ruth Linda. II. Ishida, Alessandra Keiko Nakasone. III. Conceição,
Heráclito Eugênio Oliveira da. IV. Embrapa Amazônia Oriental

CDD (21. ed.) 632.9

© Embrapa 2016

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Editores técnicos

Ruth Linda Benchimol


Engenheira-agrônoma, doutora em Fitopatologia, pesquisadora da Embrapa
Amazônia Oriental, Belém, PA

Alessandra Keiko Nakasone Ishida


Engenheira-agrônoma, doutora em Ciências Biológicas, pesquisadora da
Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA

Heráclito Eugênio Oliveira da Conceição


Engenheiro-agrônomo, doutor em Fitotecnia, professor da Universidade
Federal Rural da Amazônia (Ufra), Belém, PA

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Autores
Alonso da Mota Lamas
Engenheiro-agrônomo, fiscal agropecuario do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abstecimento (Mapa), Teresina, PI

Ana Cristina Pinheiro da Silva


Engenheira-agrônoma, fiscal agropecuário da Agência de Defesa Agropecuária
do Estado do Pará (Adepará), Belém, PA

Ana Paula Artimonte Vaz


Bióloga, doutora em Botânica, pesquisadora da Embrapa Produtos e Mercado,
Campinas, SP

Carina Melo da Silva


Engenheira-agrônoma, mestre em Agronomia, bolsista Pibic/Embrapa/Ufra/
CNPq, Belém, PA

Carlos Alexandre Mendes Santos


Engenheiro-agrônomo, especialização em Gestão de Agronegócios, fiscal
agropecuário da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará),
Belém, PA

Daniel Terao
Engenheiro-agrônomo, doutor em Fitopatologia, pesquisador da Embrapa
Meio Ambiente, Campinas, SP

Eliana Borges Rivas


Bióloga, doutora em Botânica, pesquisadora do Instituto Biológico de São
Paulo, São Paulo, SP

Ellen Cristina Souza Pereira


Engenheira-agrônoma, mestranda em Agricultura Familiar e Desenvolvimento
Sustentável na Universidade Federal do Pará, Belém, PA

Irene Maria Gatti de Almeida


Engenheira-agrônoma, mestre em Fitopatologia, pesquisadora do Instituto
Biológico de São Paulo, Campinas, SP

José Clério Rezende Pereira


Engenheiro-agrônomo, doutor em Fitopatologia, pesquisador da Embrapa
Amazônia Ocidental, Manaus, AM

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Leonidas Parry de Castro
Engenheiro-agrônomo, especialização em Recursos Genéticos, fiscal
agropecuário da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará),
Belém, PA

Lígia Maria Lembo Duarte


Bióloga, doutora em Botânica, pesquisadora do Instituto Biológico de São
Paulo, São Paulo, SP

Lourenço Zarzar Correia de Melo


Cooperativa dos Produtores de Flores de Pernambuco (Floragreste), Gravatá, PE

Luadir Gasparotto
Engenheiro-agrônomo, doutor em Fitopatologia, pesquisador da Embrapa
Amazônia Ocidental, Manaus, AM

Luís Otávio Saggion Beriam


Biólogo, doutor em Genética e Biologia Molecular, pesquisador do Instituto
Biológico de São Paulo, Campinas, SP

Maria Amélia Vaz Alexandre


Bióloga, doutora em Botânica, pesquisadora do Instituto Biológico de São
Paulo, São Paulo, SP

Maria de Fátima Santos


Engenheira-agrônoma, mestre em Fitopatologia, fiscal agropecuário da Agência de
Defesa Agropecuaria do Estado do Pará (Adepará), Belém, PA

Rosa de Lima Ramos Mariano


Engenheira-agrônoma, doutora em Fitopatologia, professora da Universidade
Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife, PE

Ruth Linda Benchimol


Engenheira-agrônoma, doutora em Ciências Biológicas, pesquisadora da
Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA

Valdemar Atílio Malavolta Junior


Engenheiro-agrônomo, doutor em Fitopatologia, pesquisador aposentado do
Instituto Agronômico de Campinas, Campinas, SP

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Apresentação
A floricultura paraense vem ganhando mercado no Brasil, constituindo
um importante segmento do agronegócio no Estado do Pará, onde a
produção de plantas ornamentais fica mais concentrada no Nordeste
Paraense e na região metropolitana de Belém. A atividade envolve cerca
de 350 produtores organizados em associações e cooperativas, em uma
área de aproximadamente 500 ha.

A presente obra reúne informações obtidas do projeto de pesquisa


Geração de Tecnologias para o Manejo Sustentável de Flores Tropicais e
Temperadas no Nordeste Paraense, executado pela Embrapa Amazônia
Oriental, em Belém, PA. Inicialmente foi realizado o levantamento dos
principais problemas fitopatológicos que afetam plantas ornamentais
tropicais e temperadas em regiões produtoras do Nordeste Paraense.
A essas informações, somaram-se dados gerados por pesquisadores
da Embrapa Amazônia Ocidental, Embrapa Agroindustria Tropical,
Embrapa Produtos e Mercado, Instituto Biológico de São Paulo e
Universidade Federal Rural de Pernambuco, visando abranger a
maioria dos problemas enfrentados pelos produtores de flores da
região amazônica, além daqueles estudados pelo referido projeto.

A obra apresenta a descrição das doenças detectadas em plantas


ornamentais cultivadas nos principais municípios produtores, bem como
seus agentes etiológicos, sintomas e medidas de controle, objetivando
facilitar para o produtor o reconhecimento desses problemas no campo
e, consequentemente, viabilizar a adoção de medidas de controle
adequadas.

Desta forma, a Embrapa entrega à sociedade um conjunto de informações


que contribuirão para que o produtor seja capaz de ter agilidade no
controle das doenças, reduzindo os potenciais danos econômicos e
aumentando a renda da sua atividade.

Adriano Venturieri
Chefe-Geral da Embrapa Amazônia Oriental

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Sumário
Introdução – 11

CAPÍTULO 1 - Doenças Causadas por Fungos em Plantas


Ornamentais no Estado do Pará – 13
Antracnose – 14
Queima de Rhizoctonia – 17
Cercosporiose – 18
Mancha de bipolaris – 19
Mancha de curvularia – 20
Ferrugem – 21
Oídio – 23
Podridão de rizomas – 24
Podridão de esclerócio – 25
Murcha vascular – 26
Sigatoka-negra – 26

CAPÍTULO 2 - Doenças Bacterianas em Flores – 29


Crestamento bacteriano – 30
Galha da coroa – 31
Podridão-mole – 33
Podridão – 34
Mancha bacteriana – 36
Crestamento bacteriano – 38
Crestamento bacteriano – 39
Podridão-mole – 40
Crestamento bacteriano – 41
Galha bacteriana – 43
Manchas foliares – 45
Murcha bacteriana das helicônias – 46

CAPÍTULO 3 - Doenças Causadas por Vírus – 49


Cucumber mosaic virus em alstroméria – 50
Tobacco streak virus em alstroméria – 51
Hippeastrum mosaic virus em amarílis – 52
Dasheen mosaic virus em antúrio – 53
Tomato mosaic virus em beijo – 54
Vira cabeça do tomateiro em cinerária – 54
Dasheen mosaic virus – 55
em comigo-ninguém-pode – 55
Vira cabeça do tomateiro em crisântemo – 56

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Vira cabeça do tomateiro em gérbera – 57
Bean yellow mosaic virus em gladíolo – 58
Vira cabeça do tomateiro em gloxínia – 59
Pepper ringspot virus em lisianto – 60
Vira cabeça do tomateiro em lisianto – 61
Vira cabeça do tomateiro em maria-sem-vergonha – 62
Cymbidium mosaic virus em orquídea – 63
Odontoglossum ringspot virus em orquídea – 64
Petunia vein-banding virus em petúnia – 65
Mosaico da roseira – 66

CAPÍTULO 4 - Manejo Integrado de Doenças na


Floricultura – 67
Manejo integrado de doenças em flores de clima tropical – 70
Manejo integrado de doenças em flores de clima temperado – 72

CAPÍTULO 5 - Trânsito de Material Vegetal: procedimentos


para o trânsito de plantas ornamentais, hospedeiras de
pragas quarentenárias presentes – 75
O que são pragas quarentenárias presentes? – 76
O que é e quem emite o CFO e o CFOC? – 76
O que é e quem emite a PTV? – 77
Plantas ornamentais hospedeiras de pragas (doenças) quarentenárias presentes – 78

Literatura recomendada – 81

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Introdução

Introdução
As plantas ornamentais tropicais estão sujeitas ao ataque de pragas e
doenças em rizomas, raízes, folhas, flores e inflorescências, as quais, além
de afetarem a qualidade das flores, limitam a produção, aumentando
também seu custo. Como exemplos de flores tropicais mais cultivadas,
citam-se bastão-do-imperador (Etlingera elatior) e helicônias (Heliconia
spp.), dentre outras.

As espécies florícolas de clima temperado representam 95% do mercado


de flores e plantas ornamentais em nível mundial. Essa demanda faz
com que os produtores brasileiros, sobretudo os das regiões Norte
e Nordeste, tenham que adaptar sua tecnologia de produção às
necessidades edafoclimáticas dessas espécies. Nesse grupo, temos como
principais espécies cultivadas a rosa (Rosa sp.), o crisântemo (Dendrathema
grandiflorum), a gypsophila (Gypsophilla paniculata), a gérbera (Gerbera
jamesoni), o gladíolo (Gladiolus grandiflora) e o tango (Solidago sp.). Todas
são culturas exóticas e, portanto, mais vulneráveis às condições tropicais,
sobretudo ao ataque de pragas e doenças.

As principais doenças na floricultura são causadas, principalmente, por


fungos, bactérias e vírus, agentes que podem se multiplicar e dispersar
com muita facilidade. Portanto, o sucesso no tratamento exige rapidez
e eficiência na diagnose da doença, bem como o conhecimento dos
processos que precedem e se seguem à infecção.

Este livro trata da identificação e do controle das principais doenças


provocadas por fungos, bactérias e vírus detectadas em plantas
ornamentais tropicais e de clima temperado.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Antracnose
Hospedeiros
Angélica (Polianthes tuberosa); antúrio (Anthurium andraenun); bastão-
-do-imperador (Etlingera elatior); helicônia (Heliconia spp.); crisântemo
(Crysanthemum sp.); crista-de-galo (Celosia cristata).

Agente etiológico
Colletotrichum gloeosporioides.

Sintomas
Os sintomas da antracnose manifestam-se por meio de manchas de
cor pardacenta de tamanho variado, nos bordos das folhas ou próximo
às nervuras, e circundadas por halo clorótico, que podem coalescer
e queimar grandes extensões do limbo foliar. A doença também se
manifesta por meio de pequenas manchas arredondadas, isoladas, de
coloração marrom-escura, algumas vezes com halo clorótico, espalhadas
por toda a folha, inflorescência, flores e haste.

Medidas de controle
Utilização de sementes sadias, rotação de culturas, evitando cultivar
o mesmo hospedeiro em locais de alta incidência da doença, manejo
do solo para evitar alagamento ou falta de água e adubação orgânica
e mineral adequadas são medidas de controle cultural que evitam a
ocorrência ou auxiliam na redução da incidência da doença. Caldas
feitas com fungicidas à base de cobre, como a calda viçosa, podem ser
aplicadas semanalmente no período chuvoso ou quinzenalmente na
época mais seca, visando à redução de sintomas da doença.

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Capítulo 1: Doenças causadas por fungos em plantas ornamentais no Estado do Pará

Calda viçosa

Ingredientes: 100 L de água + 500 g de sulfato de cobre + 600 g de sulfato


de zinco + 400 g de sulfato de magnésio + 100 g de ácido bórico + 500 g
de cal hidratada.

Preparo: utilize duas caixas-reservatório, sendo uma de 60 L (caixa A) e


outra de 180 L (caixa B). Na caixa A, coloque 50 L de água e acrescente
o cobre, o zinco, o magnésio, o ácido bórico e a ureia dentro de um saco
poroso. Na caixa B, dissolva 500 g de cal hidratada em 50 L de água.
A solução da caixa A é despejada sobre a cal dissolvida na caixa B,
agitando-se para uniformizar a calda. A ordem da mistura não pode ser
invertida. Utilizar cal virgem hidratada.

Utilização: a calda viçosa deve ser levemente alcalina (pH = 7,5 a 8,5)
e deve ser coada antes da sua utilização. A quantidade a ser aplicada
depende da altura da planta, em periodicidade entre 7 e 15 dias, variando
com a gravidade da incidência da doença.

A B
Fotos: R.L. Benchimol

Figura 1. (A) Sintomas de antracnose em folhas de angélica; (B) flor sadia.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

A B

Fotos: R.L. Benchimol


Figura 2. (A) Sintomas de antracnose em folhas de crista-de-galo; (B) flor sadia.

A B C D

Fotos: R.L. Benchimol


Figura 3. Sintomas de antracnose em Heliconia spp.: A) em folhas de H. psittacorum cv.
Golden torch; B) em folhas de H. chartacea cv. Sexy scarlet; C) na nervura central de
folhas de H. ortotricha cv. Total eclipse; D) na inflorescência de H. ortotricha cv. Total
eclipse.
Fotos: (A) e (B) R.L. Benchimol; (C)R.S.B. Coelho

A B C

Figura 4. Sintomas de antracnose em folhas e flores de antúrio.

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Capítulo 1: Doenças causadas por fungos em plantas ornamentais no Estado do Pará

Queima de Rhizoctonia
Hospedeiro
Bastão-do-imperador (Etlingera elatior); helicônia (Heliconia spp.); cravo-
-de-defunto (Tagetes sp.); sorriso-de-maria (Aster sp.).

Agente etiológico
Rhizoctonia solani (teleomorfo Thanatephorus cucumeris).

Sintomas
Aparecimento de manchas irregulares de coloração marrom nas folhas,
sépalas e caule, provocadas pelo inóculo do patógeno proveniente do
solo, dispersado por meio de respingos da água da chuva nas partes
mais baixas da planta. As manchas coalescem e os tecidos afetados
secam. Em casos de alta umidade, o micélio pardacento, ou teia micélica,
do fungo pode cobrir as porções infectadas dos tecidos. A queima de
Rhizoctonia foi também detectada em bastão-do-imperador; cravo-de-
defunto; Heliconia bihai cv. Lobster claw II e sorriso-de-maria.
Fotos: R.L. Benchimol

Fotos: R.L. Benchimol

Figura 6. Sintomas de queima de


Rhizoctonia em cravo-de-defunto.

Figura 5. Sintomas de queima


de Rhizoctonia em bastão-do-
-imperador.

Figura 7. Sintomas de queima de


Rhizoctonia em sorriso-de-maria.
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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Cercosporiose
Hospedeiros
Roseira (Rosa sp.); zínia (Zinnia sp.).

Agente etiológico
Cercospora spp.

Sintomas
Os sintomas manifestam-se como manchas foliares arredondadas a
elípticas, de coloração marrom, com diâmetro variando entre 5 mm e
10 mm, delimitadas por bordo liso e envolvidas por áreas cloróticas
extensas. Com o progresso da doença, a necrose e o amarelecimento
estendem-se por todo o limbo, provocando a queda das folhas atacadas.
As lesões concentram-se nas folhas maduras, localizadas principalmente
no terço inferior da planta. No caso da roseira e da zínia, as perdas
econômicas causadas aos produtores foram muito significativas, pela
inviabilização quase total das flores para comercialização.

Fotos: R.L. Benchimol

Figura 8. Sintomas de cercosporiose em Figura 9. Sintomas de cercosporiose em


folhas de roseira. plantas de zínia.

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Capítulo 1: Doenças causadas por fungos em plantas ornamentais no Estado do Pará

Mancha de bipolaris
Hospedeiro
Helicônias (Heliconia spp.).

Agente etiológico
Bipolaris incurvata.

Sintomas
Os sintomas causados por B. incurvata iniciam-se com pequenas
pontuações nas folhas, que crescem em número e tamanho, podendo
destruir todo o tecido foliar. Em condições favoráveis ao fungo, após
duas semanas, surgem muitas manchas de 9,5 mm a 35 mm de diâmetro,
oval ou irregular e com um halo amarelado em torno da lesão. As lesões
possuem coloração marrom-clara com bordas mais escuras. O pecíolo, a
bainha e as brácteas florais são manchados também com uma coloração
marrom-púrpura. Flores e brácteas manchadas tornam-se inviáveis para
a comercialização. As infecções das folhas novas resultam em folhas
maduras deformadas e queimadas em aspecto. Em estágios avançados
da doença, as folhas tornam-se fragmentadas e marrons.

Figura 10. Sintomas da mancha de


Fotos: R.S.B. Coelho

Bipolaris em Heliconia chartacea cv.


Sexy Pink.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Mancha de curvularia
Hospedeiro
Helicônia (Heliconia psittacorum, H. collinciana).

Agente etiológico
Curvularia lunata.

Sintomas
Manchas necróticas de formato irregular, medindo de 5 cm a 10 cm, com
coloração marrom-escura e aspecto de queima, formam-se inicialmente
nas bordas das folhas mais velhas, coalescendo e formando grandes
áreas necróticas com o avanço dos sintomas, culminando com a necrose
de extensas áreas do limbo ou da folha inteira.

A B

Fotos: (A) R.L. Benchimol;


Figura 11. Mancha de curvularia em (A) Heliconia psittacorum cv. Golden torch e (B) R.S.B. Coelho
(B) H. collinciana.
Foto: R.S.B. Coelho

Foto: F.C.O. Freire

Figura 12. Mancha provocada por Figura 13. Sintomas da mancha de


Deightoniella torulosa em Heliconia Septoria em Philodendron sp.
psittacorum.

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Capítulo 1: Doenças causadas por fungos em plantas ornamentais no Estado do Pará

Ferrugem
Hospedeiro
Antúrio (Anthurium andraenun); crisântemo (Chrysanthemum sp.); gerânio
(Pelargonium hortorum).

Agentes etiológicos
Puccinia sp., Coleosporium sp. e Uredo sp.

Sintomas
A ferrugem nas plantas ornamentais é provocada, em sua grande maioria,
pelos fungos dos gêneros Puccinia, Coleosporium e Uredo. É favorecida por
temperatura e umidade elevadas e sua disseminação ocorre pelo vento e
por respingos de água da chuva. Os sintomas de ferrugem apresentam-
-se como pústulas pulverulentas de cor amarelo-alaranjada ou marrom-
-avermelhada na face inferior da folha e como manchas amareladas e/
ou necróticas na face superior. Essa doença foi detectada em espécies de
antúrio, crisântemo, gerânio e helicônia, dentre outros hospedeiros.

Fotos: R.S.B. Coelho

Figura 14. Sintomas de ferrugem (Uredo anthurii) em folhas de antúrio.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Fotos: F.C.O. Freire


Figura 15. Sintomas de ferrugem (Puccinia horiana P. Henn) em folhas de crisântemo.

Fotos: R.S.B. Coelho

Figura 16. Sintomas de ferrugem (Puccinia heliconiae) em folhas de Heliconia psittacorum.


Foto: F.C.O. Freire

Figura 17. Sintomas de ferrugem (Puccinia pelargonii-


zonalis) em folhas de gerânio.

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Capítulo 1: Doenças causadas por fungos em plantas ornamentais no Estado do Pará

Oídio
Agente etiológico
Oidium sp. e Sphaerotheca pannosa.

Sintomas
Os sintomas iniciam-se com um crescimento esbranquiçado e
pulverulento, constituído das estruturas do patógeno, mais visíveis
na página superior das folhas, podendo tomar toda a extensão do
limbo foliar. Sob o micélio formado pelo fungo, podem ser observadas
pequenas manchas escurecidas que indicam a morte das células da
epiderme. Plantas severamente atacadas ficam menos vigorosas e são
afetadas na sua produção. A ocorrência de oídio (Oidium sp.) no Nordeste
Paraense, até o presente, foi observada somente em condições de casa-
-de-vegetação, atacando folhas de sorriso-de-maria, com incidência em
100% das plantas. Há registros dessa doença em roseira, provocada por
Sphaerotheca pannosa, causando danos severos em estufas, não tendo sido
registrada sua ocorrência na região.
Foto: R.L. Benchimol

Foto: F.C.O. Freire

Figura 18. Sintomas de oídio em folhas de Figura 19. Sintomas de oídio em folhas
sorriso-de-maria. de roseira.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Podridão de rizomas
Hospedeiros
Helicônias (Heliconia spp.) e bastão-do-imperador (Etlingera elatior).

Agente etiológico
Rhizoctonia solani (teleomorfo Thanatephorus cucumeris).

Sintomas
A podridão de rizomas, causada por R. solani, ataca inúmeros hospedeiros,
dentre os quais destacam-se helicônias e bastão-do-imperador. Os principais
sintomas apresentados são podridões úmidas ou secas nos rizomas e raízes,
estendendo-se ao pseudocaule, amarelecimento, murcha e seca na parte
aérea da planta. O patógeno sobrevive em solos preferencialmente úmidos
e ácidos e é disseminado por meio da água de superfície e de implementos
e mudas contaminadas.

Foto: R.S.B. Coelho

Figura 20. Sintomas da podridão de Rhizoctonia em plantas de bastão-do-imperador.

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Capítulo 1: Doenças causadas por fungos em plantas ornamentais no Estado do Pará

Podridão de esclerócio
Hospedeiro
Angélica (Polianthes tuberosum); crisântemo (Chrisanthemum sp.).

Agente etiológico
Sclerotium rolfsii.

Sintomas
Os sintomas típicos dessa doença são a murcha das plantas, principalmente
nas horas mais quentes do dia, e a podridão de raízes, seguida de
escurecimento da região do coleto da planta e da formação de um micélio
branco cotonoso sobre as regiões atacadas, próximo à superfície do solo,
sobre o qual aparecem estruturas esféricas macroscópicas, com cerca de
2 mm de diâmetro, de cor inicialmente branca e depois marrom, que são
os escleródios, responsáveis pela sobrevivência do patógeno no solo por
longos períodos. Apesar de ser considerado patógeno de solo, S. rolfsii
foi registrado causando manchas e rasgadura em folhas de antúrio.
Foto: R.L. Benchimol

Foto: F.C.O. Freire

Figura 21. Sintoma de podridão de Figura 22. Sclerotium rolfsii em


esclerócio em angélica. crisântemo.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Murcha vascular
Hospedeiro
Heliconia spp.

Agente etiológico
Fusarium oxysporum f. sp. cubense.

Sintomas
Necrose vascular e podridão de raízes, escurecimento interno no
pseudocaule e no rizoma e murcha, amarelecimento e seca das folhas.

Sigatoka-negra
Hospedeiros
Helicônia (Heliconia hirsuta, material silvestre – Heliconia psittacorum).

Agente etiológico
Mycosphaerella fijiensis.

Sintomas
Inicialmente, os sintomas na H. psittacorum são pontos cloróticos.
Posteriormente ocorre expansão dos pontos cloróticos, dando origem
a lesões ligeiramente arredondadas de coloração amarela na face
adaxial e creme na face abaxial. Nesse estádio, as lesões são mais
facilmente visualizadas, adquirindo coloração marrom-clara com bordas
proeminentes de coloração amarela na face abaxial e amarelo-clara na
face adaxial. Em seguida, na face abaxial, as lesões adquirem em toda
sua extensão a coloração marrom, com subsequente redução do halo
amarelo. Na mesma área correspondente, na face adaxial, forma-se
uma coloração amarela mais intensa. A partir desse estádio, as lesões
expandem radial e longitudinalmente, adquirindo a coloração marrom-
-escura na face abaxial e no centro e marrom-clara com halo proeminente
na face adaxial. Posteriormente, as lesões de coloração marrom-escura,
de formato ligeiramente elíptico, podem coalescer e o limbo torna-se
marrom na face abaxial e clorótico em toda a extensão da face adaxial
em razão da coalescência de lesões com halo amarelo proeminente.

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Capítulo 1: Doenças causadas por fungos em plantas ornamentais no Estado do Pará

Com o progresso, as lesões na face adaxial tornam-se marrom-clara.


A partir desse estádio, inicia-se o amarelecimento do limbo foliar no
sentido do ápice para a base. A face abaxial torna-se marrom a partir
do ápice e a face adaxial adquire tonalidade amarelo-intenso. Mesmo
nos estádios finais da doença não ocorre necrose do limbo foliar na área
das lesões, e as lesões de coloração marrom-escura apresentam-se com
formato alongado do tipo elipse. A senescência não ocorre de forma
individualizada na área correspondente à lesão, mas em todo o limbo
foliar que se mostra desidratado. Finalmente, todo o limbo adquire, na
face abaxial, coloração palha (cinza com manchas castanhas marrom-
-acinzentadas) e, na face adaxial, marrom-clara.

Controle
Evitar o plantio de helicônias próximo a bananais atacados pela sigatoka-
-negra, eliminar todas as helicônias silvestres que estejam próximas ou
no interior de plantios comerciais de helicônias. Foto: L. Gasparotto

Figura 23. Sigatoka-negra em Heliconia psittacorum.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Crestamento bacteriano
Hospedeiro
Áster (Aster sp.).

Agente causal
Pseudomonas syringae pv. tabaci.

Sintomas
Lesões foliares de cor pardacenta, iniciando-se normalmente a partir
dos bordos foliares. Com a evolução da doença, essas lesões podem
coalescer, resultando em extensas áreas necrosadas.

Condições favoráveis ao desenvolvimento da doença


O modo de condução das plantas, geralmente monocultura em cultivo
protegido, com plantios sucessivos, envolvendo alta densidade de
plantas, propicia condições favoráveis para a disseminação de bactérias
fitopatogênicas.

Medidas de controle
Para o controle desse patógeno, podem ser adaptadas técnicas eficientes
contra outras fitobactérias, como a desinfestação periódica da tesoura
de poda ou de qualquer outra ferramenta, com solução aquosa de
hipoclorito de sódio (água sanitária 1:3) ou de compostos de amônia
quaternária a 0,1%, a utilização de mudas e/ou sementes provenientes
de plantas comprovadamente sadias, a eliminação e queima de plantas
contaminadas e o uso de variedades menos suscetíveis ou tolerantes.

A água constitui um dos principais fatores envolvidos na disseminação


e expressão de sintomas causados por fitobactérias. A diminuição da
umidade relativa e do molhamento das folhas contribui para a redução
da incidência de doenças bacterianas da parte aérea. Em casa-
-de-vegetação, a substituição da irrigação por aspersão por aquela de
gotejamento pode diminuir os prejuízos causados por essa bactéria.

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Capítulo 2: Doenças bacterianas em flores

Fotos: V.A. Malavolta Jr


Figura 24. Crestamento bacteriano em planta de áster.

Galha da coroa
Hospedeiro
Rosa (Rosa spp.).

Agente causal
Rhizobium radiobacter (sin.: Agrobacterium tumefaciens).

Sintomas
O principal sintoma observado é a produção de galhas na coroa ou colo,
no sistema radicular e, em alguns casos, também na parte aérea das
plantas. Essas galhas têm o aspecto de couve-flor, com diâmetro variando
entre 0,5 cm e 4 cm, apresentando consistência tenra e coloração creme-
-clara ou rosada quando novas.

Condições favoráveis ao desenvolvimento da doença


A bactéria penetra na planta e transfere para as células do hospedeiro
parte de um plasmídeo (segmento de DNA extracromossômico), que
se incorpora ao material genético da planta. Esse tipo de infecção é
denominado “colonização genética”, visto que, após a transferência
do plasmídeo da bactéria para as células do hospedeiro, não há como
controlar o processo tumorogênico: a formação de tumores continua
mesmo na ausência da bactéria, em função do desequilíbrio hormonal
da planta ocasionado pelo plasmídeo bacteriano.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Medidas de controle
Quanto ao controle, como Rhizobium radiobacter é patógeno de solo,
deve-se tomar cuidado especial com a água de irrigação, visto que ela
pode veicular a bactéria a longas distâncias. Por esse motivo, não é
recomendado o emprego de água que tenha passado por propriedades
sabidamente infectadas por R. radiobacter. Também, as ferramentas
utilizadas nas operações de poda e desbaste devem ser periodicamente
desinfestadas com solução aquosa de água sanitária a 10%, amônia
quaternária a 0,1% ou álcool 70%.

Na formação de mudas, deve-se ter atenção especial com o substrato de


enraizamento, usando material isento da bactéria ou esterilizado. Estacas
e gemas utilizadas devem ser provenientes de plantas comprovadamente
sadias. Devem ser feitas inspeções periódicas nos viveiros, visando
à eliminação de plantas com sintomas de galhas. Evitar o plantio em
estufas ou bandejas nas quais já tenha ocorrido a doença, a menos que
tais locais já tenham sido devidamente desinfestados e mesmo assim dar
preferência para variedades resistentes ou menos suscetíveis. Em regiões
onde o solo apresentar alto potencial de inóculo, proceder à rotação de
culturas, evitando o plantio de rosa ou de outras plantas suscetíveis
nesses locais, por um período de 3 a 5 anos.

Em diversos países, o controle biológico tem sido utilizado com sucesso,


desde que a população de R. radiobacter seja sensível ao agente de
biocontrole.

Fotos: V.A. Malavolta Jr

Figura 25. Galha da coroa em roseira.

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Capítulo 2: Doenças bacterianas em flores

Podridão-mole
Hospedeiro
Amarílis (Hippeastrum x hybridum).

Agente causal
Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum (sin.: Erwinia carotovora
subsp. carotovora); Dickeya sp. (sin.: Erwinia chrysanthemi, Pectobacterium
chrysanthemi).

Sintomas
Inicialmente, os sintomas são observados nas folhas como pequenas
áreas anasarcadas, escuras e brilhantes. As lesões vão aumentando de
tamanho, tornando-se pardacentas e provocando a podridão do limbo.
Essa podridão pode progredir e atingir as escamas internas e externas do
bulbo, causando sua decomposição parcial ou total e culminando com a
morte da planta afetada.

Condições favoráveis ao desenvolvimento da doença


A doença pode ocorrer tanto durante o desenvolvimento das plantas
quanto após a colheita, durante o transporte e o armazenamento.

O plantio adensado facilita o estabelecimento de microclima favorável


ao desenvolvimento da doença. Em razão da arquitetura da planta, a
irrigação por aspersão pode fazer com que as bactérias das lesões foliares
sejam transportadas para o colo da planta, além de contribuir para
acúmulo de água nessa região, facilitando a penetração das bactérias e o
desenvolvimento da doença.

Como a bactéria causa também problemas no armazenamento em


pós-colheita, ferimentos provocados nos bulbos durante a colheita e o
transporte, bem como armazenamento em condições não adequadas de
temperatura e aeração podem também facilitar a entrada da bactéria e
colonização dos tecidos.

Medidas de controle
As medidas de controle são preventivas e envolvem basicamente o
cuidado com a quantidade e a qualidade da água de irrigação. Evitar a
irrigação por aspersão que, como já comentado, facilita a disseminação

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

das bactérias. Deve-se também, sempre que possível, diminuir o


adensamento entre as plantas para evitar a formação de microclima
favorável ao desenvolvimento da doença. Não há registro de produtos
químicos que sejam eficazes para controle. Restos de plantas com
sintomas devem ser retirados e incinerados o mais rapidamente possível.

Conforme já foi comentado, ferimentos nos bulbos durante a colheita,


transporte e armazenamento devem ser evitados para prevenir o
desenvolvimento da doença. Os bulbos devem ser armazenados com
condições de temperatura e umidade baixas e em ambiente ventilado.

A B

Fotos: V.A. Malavolta Jr

Figura 26. Bulbo de amarílis (A) sadio e (B) com sintoma de podridão-mole.

Podridão
Hospedeiro
Gladíolo, palma-de-santa-rita (Gladiolus x hortulanus).

Agente causal
Burkholderia gladioli pv. gladioli (sin.: Pseudomonas gladioli pv. gladioli).

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Capítulo 2: Doenças bacterianas em flores

Sintomas
Nas folhas, ocorrem lesões circulares e pardacentas, que podem se unir
formando manchas maiores. Essas lesões localizam-se, de preferência,
na base da folha.

Nos bulbos, inicialmente se observam nas escamas pequenas manchas


amarelo-claras que se tornam escurecidas com o progresso da infecção.
Esse escurecimento é geralmente acompanhado pela formação de
pequenas crateras nas escamas. Essas pequenas manchas pardacentas
podem ocorrer tanto nas túnicas como no centro dos bulbos.

No caso de ataque severo, a base da planta desintegra-se e a parte aérea


separa-se facilmente do bulbo. As folhas secam e tombam, culminando
com a morte da planta.

Os sintomas podem ser confundidos com aqueles de podridão de


Fusarium.

Condições favoráveis ao desenvolvimento da doença


Cultivos com alta densidade de plantas devem ser evitados porque
facilitam o desenvolvimento de microclima favorável à doença. Em
razão da arquitetura da planta, a irrigação por aspersão contribui para
acúmulo de água na região do colo da planta, além de transferir os talos
bacterianos das lesões foliares para essa região, facilitando a evolução
dos sintomas.

Ferimentos provocados nos bulbos durante a colheita e o transporte, bem


como armazenamento em condições não adequadas de temperatura e
aeração também podem facilitar a contaminação de bulbos sadios.

Medidas de controle
As medidas de controle são preventivas. Os bulbos para plantio devem
ser pré-selecionados, eliminando-se os que apresentarem qualquer tipo
de lesões, especialmente nas escamas, plantando-se somente os sadios.
Deve-se evitar a irrigação por aspersão que facilita a disseminação
das bactérias e o desenvolvimento da doença, pelo acúmulo da água
na região do colo da planta. Deve-se também dar preferência, sempre
que possível, a um maior espaçamento entre plantas, que melhora a
aeração entre as plantas e evita a formação de microclima favorável ao
desenvolvimento da doença. Restos de plantas com sintomas devem ser
retirados e incinerados.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Ferimentos provocados nos bulbos durante a colheita e o transporte podem


facilitar a contaminação dos bulbos sadios durante o armazenamento.
Armazenamento em condições não adequadas de temperatura e aeração
podem também fazer com que haja um apodrecimento dos bulbos
contaminados, especialmente em se tratando de variedades suscetíveis.
Figura 27. Podridão (Burkholderia
Foto: V.A. Malavolta Jr

gladioli pv. gladioli) em folhas de


gladíolo.

Mancha bacteriana
Hospedeiro
Zínia (Zinnia elegans).

Agente causal
Xanthomonas campestris pv. zinniae.

Sintomas
Nas folhas, os sintomas caracterizam-se inicialmente por manchas
difusas, amareladas, de aspecto úmido, passando posteriormente à cor
castanha, salpicadas por pontos avermelhados. Essas manchas tendem
a ser mais ou menos angulares e podem ou não apresentar um halo
amarelado. Em condições favoráveis ao desenvolvimento da doença

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Capítulo 2: Doenças bacterianas em flores

(temperatura e umidade elevadas), as lesões podem coalescer, formando


áreas necróticas maiores.
A bactéria pode atacar também as flores, promovendo o desenvolvimento
de lesões arredondadas e de cor castanho-escuro nas pétalas.

Condições favoráveis ao desenvolvimento da doença


Por se tratar de patógeno transmitido por sementes, essa bactéria encontra
condições de disseminar-se a longas distâncias com o uso de sementes
contaminadas. Cultivos sob condições de temperatura e umidade
relativa elevadas são favoráveis ao desenvolvimento da doença.

Medidas de controle
A mais importante medida de controle é a exclusão, impedindo a entrada
da bactéria onde as plantas estão sendo cultivadas. Isto normalmente se
consegue pelo uso de material propagativo sadio e de boa qualidade e,
no caso de zínia, é de vital importância para a sanidade das sementes,
principal via de propagação da cultura.

Algumas outras práticas também podem ser utilizadas para se manter a


sanidade da cultura, como a eliminação de plantas infectadas, a limpeza
e desinfestação de ferramentas, bancadas, vasos, etc., o manejo da água
de irrigação, de modo a diminuir o período de molhamento e a água de
condensação nas folhas.
Foto: I.M.G. Almeida

Figura 28. Mancha bacteriana em zínia – inoculação artificial.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Crestamento bacteriano
Hospedeiro
Crista-de-galo (Celosia argentea).

Agente causal
Pseudomonas syringae pv. tabaci.

Sintomas
Nas folhas, ocorrem lesões irregulares, grosseiramente circulares e de
coloração pardo-clara, sem a presença de halo clorótico ao redor das
lesões. Outros sintomas observados são crestamento de bordo foliar e
morte de ponteiros.

Condições favoráveis ao desenvolvimento da doença


O plantio adensado facilita o desenvolvimento da doença porque
promove a formação de um microclima favorável à colonização pelo
patógeno. Por se tratar de bactéria de parte aérea, a irrigação por aspersão
também facilita sua disseminação.

Medidas de controle
O controle deve ser realizado de modo preventivo. Isto pode ser
conseguido pela adoção de boas práticas culturais, principalmente
pelo uso de material propagativo sadio e manejo da água de irrigação.
As plantas apresentando sintomas de manchas foliares devem ser
descartadas. Restos de plantas doentes também devem ser removidos
das estufas e queimados o mais rápido possível para evitar novas
contaminações. Por se tratar de bactéria de parte aérea, deve-se evitar
irrigação por aspersão, que facilita a disseminação do patógeno e a
contaminação de outras plantas sadias. Os trabalhadores devem ser
treinados para cuidar primeiramente dos locais onde se encontram as
plantas sadias e, após manipulação de plantas doentes, devem lavar suas
mãos e desinfestar as ferramentas. Manuseio de plantas úmidas também
deve ser evitado.

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Capítulo 2: Doenças bacterianas em flores

Foto: V.A. Malavolta Jr


Figura 29. Sintoma de crestamento bacteriano em planta de
crista-de-galo.

Crestamento bacteriano
Hospedeiro
Crisântemo (Dendrathema × grandiflorum — sin.: Chrysanthemum ×
morifolium).

Agente causal
Pseudomonas marginalis.

Sintomas
Manchas escuras ao longo do bordo foliar. Em alguns casos, a bactéria
também pode colonizar as lesões ocasionadas pelo fungo agente causal
da ferrugem do crisântemo.

Condições favoráveis ao desenvolvimento da doença


Temperaturas elevadas e disponibilidade de água livre predispõem as
plantas à infecção.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Medidas de controle
O controle deve ser realizado de modo preventivo, principalmente pelo
uso de material propagativo sadio e água de irrigação de boa qualidade.
Algumas outras práticas devem ser observadas, como eliminação de
restos culturais e remoção e queima de plantas com sintomas, bem como
a limpeza e a desinfestação de ferramentas, bancadas, vasos, etc. Por se
tratar de bactéria de parte aérea, deve-se evitar irrigação por aspersão,
que facilita a sua disseminação.

Foto: I.M.G. Almeida

Figura 30. Sintoma de crestamento bacteriano em crisântemo –


inoculação artificial.

Podridão-mole
Hospedeiro
Crisântemo (Dendrathema × grandiflorum — sin.: Chrysanthemum × morifolium).

Agente causal
Dickeya sp. (sin.: Erwinia chrysanthemi).

Sintomas
Os sintomas são caracterizados principalmente pelo escurecimento,
podridão-mole e murcha da haste, podendo, em casos severos, ocasionar
a morte ou o tombamento da planta infectada, em razão da desagregação
dos tecidos da região do colo.

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Capítulo 2: Doenças bacterianas em flores

Condições favoráveis ao desenvolvimento da doença


Temperatura e umidade elevadas, alta densidade de plantio e excesso
de adubação favorecem a disseminação de fitobactérias bem como a
infecção por esses patógenos.

Medidas de controle
As medidas de controle são normalmente preventivas. Embora deva
ser utilizado material propagativo sadio, por se tratar de patógeno
oportunista, essa bactéria pode colonizar o hospedeiro quando houver
condições favoráveis para seu estabelecimento. Portanto, aeração da
cultura, limpeza e desinfestação de ferramentas, bancadas e vasos,
utilização de substrato isento do patógeno e de água de irrigação de boa
procedência são cuidados que devem ser observados.

Foto: V.A. Malavolta Jr

Figura 31. Sintoma de Dickeya sp. em planta de crisântemo.

Crestamento bacteriano
Hospedeiro
Crisântemo (Dendrathema × grandiflorum — sin.: Chrysanthemum × morifolium).

Agente causal
Pseudomonas cichorii.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Sintomas
Os sintomas iniciam-se como pequenas manchas necróticas, de
formato irregular ou arredondado, de coloração parda, medindo 1 mm
a 2 mm de diâmetro. Essas lesões podem ser observadas tanto no limbo
como nas margens das folhas, geralmente nas folhas mais velhas. Em
condições de umidade elevada, essas manchas aumentam de tamanho
e podem coalescer, formando extensas áreas de tecido necrosado, com
coloração pardo-escura, quase preta. Quando a umidade relativa é
baixa, as manchas tornam-se escuras e zonadas, com centro levemente
deprimido, podendo aparecer um halo amarelado circundando as lesões.
Em infecções severas, as manchas também podem aparecer nas hastes,
podendo ocasionar o colapso do botão floral. Esse patógeno pode causar
impedimento à exportação de crisântemos.

Condições favoráveis ao desenvolvimento da doença


De uma maneira geral, todas as bactérias fitopatogênicas sempre
precisam de um filme de água e condições de temperatura elevadas
para que possam se estabelecer em seus respectivos hospedeiros.
Portanto, temperatura alta e umidade relativa elevada são condições
predisponentes às infecções por esses patógenos.

Medidas de controle
Devem ser empregadas medidas culturais de controle, com o objetivo
de impedir a entrada, erradicar ou diminuir o potencial de inóculo da
bactéria. A medida mais eficiente de controle é o emprego de plantas
matrizes sadias.

O uso de água de irrigação livre de patógeno, irrigação feita


preferencialmente por gotejamento, diminuição da temperatura e da
umidade relativa no interior de estufas, instalação de pedilúvios na
entrada das estufas, controle de trânsito de pessoas entre diferentes
estufas, desinfestação periódica de ferramentas, assepsia das mãos das
pessoas que manusearam tanto as plantas doentes como as suspeitas de
contaminação e o uso de variedades resistentes ou menos suscetíveis e/
ou tolerantes também são medidas que devem ser observadas.

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Capítulo 2: Doenças bacterianas em flores

Fotos: V.A. Malavolta Jr


Figura 32. Sintoma de crestamento bacteriano em crisântemo.

Galha bacteriana
Hospedeiro
Crisântemo (Dendrathema × grandiflorum — sin.: Chrysanthemum × morifolium).

Agente causal
Rhizobium radiobacter (sin. Agrobacterium tumefaciens).

Sintomas
Os sintomas induzidos por essa bactéria caracterizam-se pela formação
de galhas e tumores, principalmente na região do colo e no sistema
radicular, podendo ocorrer, em alguns casos, a presença de galhas na
parte aérea (pecíolo, limbo foliar e pontos de remoção de brotos laterais).

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Condições favoráveis ao desenvolvimento da doença


Para que ocorra infecção por R. radiobacter há necessidade de uma
lesão no tecido da planta hospedeira. Essa bactéria é habitante
natural do solo. Muitas vezes, a cicatriz de uma raiz secundária ou
um ferimento durante os tratos culturais são suficientes para que a
bactéria se instale e transmita parte do plasmídeo (segmento de DNA
extracromossômico) para as células da planta hospedeira. É a chamada
“colonização genética”. A ocorrência da forma sistêmica de R. radiobacter
em crisântemo tem grande importância na disseminação do patógeno,
bem como na formação e multiplicação de mudas e matrizes.

Medidas de controle
As medidas de controle para R. radiobacter são de caráter preventivo.
Deve-se evitar o contato do patógeno com o hospedeiro. Uma das
medidas de extrema importância para a cultura do crisântemo é a
utilização de matrizes isentas da bactéria. Muitas vezes as estacas
não apresentam nenhum tipo de sintoma externo, mas podem estar
infectadas sistemicamente pela bactéria, servindo de fonte de inóculo.

Fotos: V.A. Malavolta Jr

Figura 33. Galha bacteriana no sistema radicular de planta de crisântemo.

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Capítulo 2: Doenças bacterianas em flores

Manchas foliares
Hospedeiro
Crisântemo (Dendrathema × grandiflorum — sin.: Chrysanthemum × morifolium).

Agente causal
Pseudomonas syringae pv. não determinado.

Sintomas
Sintomas de manchas necróticas em folhas e hastes, semelhantes
aos ocasionados por Pseudomonas cichorii. Nas hastes, essas manchas
apresentam-se alongadas, de coloração escura. Nas folhas, são de
coloração parda, podendo coalescer e formar extensas áreas de tecido
necrosado.

Condições favoráveis ao desenvolvimento da doença


Como para o caso de outras bactérias fitopatogênicas, temperatura alta
e umidade relativa elevada são condições predisponentes às infecções.

Medidas de controle
As medidas de controle a serem adotadas visam impedir a entrada,
erradicar ou diminuir o potencial de inóculo da bactéria. Portanto, a
utilização de plantas matrizes sadias é de primordial importância.

O emprego de água de irrigação livre de patógeno, irrigação feita


preferencialmente por gotejamento, diminuição da temperatura e da
umidade relativa no interior de estufas, desinfestação das ferramentas
de trabalho, bancadas, vasos, etc., e uso de variedades menos suscetíveis
ou tolerantes são também medidas que devem ser adotadas.
Foto: V.A. Malavolta Jr

Figura 34. Sintoma de manchas foliares em crisântemo causadas


por Pseudomonas syringae pv. não determinado.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Murcha bacteriana das helicônias


Hospedeiros
Heliconia acuminata, H. bihai, H. caribaea cv. Gold, cv. Purpurea, H. chartaceae
cv. Sex Scarlet, H. humilis, H. imbricata, H. latisphata, H. nickeriensis,
H. psittacorum cv. Lady Di, cv. Sassy, cv. Strawberries and Cream, cv.
Red Opol, H. rauliniana, H. rostrata, H. stricta, H. stricta cv Las cruzes e
H. wagneriana (Helicônia); Musa sp. (banana triploide).

Agente causal
Ralstonia solanacearum, Filotipo IIA, sequevar 6.

Sintomas
Em plantas adultas, ocorre amarelecimento, que geralmente se inicia
pelas folhas centrais, progredindo para a murcha e seca da planta.
Observa-se escurecimento da parte central do pseudocaule e do rizoma,
os quais, cortados transversalmente, evidenciam exsudação bacteriana.
Na parte superior do pseudocaule não se observa escurecimento e
exsudação, o que também ocorre no caso de plantas em início de infecção.
Nas brotações, as folhas ainda enroladas apresentam deformação,
amarelecimento e necrose que impedem o desenvolvimento. Esses
sintomas podem ser seguidos de colapso e morte da planta.

Condições favoráveis ao desenvolvimento da doença


A doença ocorre em condições de alta umidade do solo (comum
em plantios de helicônia que são frequentemente irrigados), solos
mal drenados ou próximos a mananciais e correntes de água. Altas
temperaturas também são favoráveis à doença. Ralstonia solanacearum
Filotipo IIA, sequevar 6, sobrevive em plantas infectadas, restos de
cultura provenientes de podas e colheitas, solo, plantas invasoras e
hospedeiros alternativos. O grande intercâmbio de germoplasma de
helicônia é fator preponderante para disseminação, tanto à curta como
à longa distância. Dentro do plantio, a disseminação é feita pela água
de superfície e pelo contato entre raízes e instrumentos de corte. Estes
favorecem a penetração do inóculo levado em sua superfície e daquele
proveniente do solo, pois o corte da haste é realizado perto da base da
planta. Outros ferimentos, inclusive aqueles causados por nematoides,
facilitam a penetração da bactéria para início da infecção.

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Capítulo 2: Doenças bacterianas em flores

Medidas de controle
Antes da entrada da doença, o controle baseia-se no princípio de
exclusão, que inclui: plantio de rizomas ou mudas sadios e certificados,
previamente submetidos à quarentena; durante a divisão de rizomas,
descartar aqueles com qualquer tipo de escurecimento. Plantar em
solos com umidade, drenagem e fertilidade adequadas. Manter boas
condições de cultivo para evitar o estresse da planta. Evitar ou reduzir
ferimentos no rizoma e nas raízes. Controlar nematoides, caso haja
ocorrência no plantio. Evitar o plantio de helicônias próximo ou após o
plantio de bananeiras ornamentais ou comestíveis, que são hospedeiras
da R. solanacearum Filotipo IIA, sequevar 6. Erradicar hospedeiros
alternativos do patógeno.

Após a entrada da doença, o controle consiste em: detecção rápida e


destruição das plantas infectadas; desinfestação de todo o equipamento
agrícola utilizado na área com solução de amônia quaternária 0,1%;
glutaraldeido a 0,1% ou 2% de hipoclorito de sódio ativo. Inspeção
periódica de touceiras e novas brotações, pelo corte do pseudocaule,
desinfestando-se os equipamentos de corte entre touceiras.
Destruição de touceiras infectadas e daquelas adjacentes num raio de
aproximadamente 5 m com herbicidas que devem ser esguichados no
interior das folhas ainda enroladas de novas brotações ou injetados no
pseudocaule. Às vezes, é necessário reaplicar o herbicida para completar
a erradicação. Após a remoção da touceira infectada, aplicação de cal
virgem na cova e incorporação ao solo. Descanso ou pousio desta área
por 6 a 12 meses antes do replantio. Controle de ervas daninhas durante
essa fase e também durante o plantio, em razão do grande número de
hospedeiros da bactéria. Tratamento da água dos tanques de lavagem
das flores com 2% de hipoclorito de sódio ativo, antes do descarte, para
evitar a disseminação do patógeno na área.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

A B C

Fotos: R.L.R. Mariano


D E

Figura 35. A) Amarelecimento, murcha e seca causada por Ralstonia solanacearum


em helicônia; B) colapso e morte da planta; C) corte transversal do pseudocaule
evidenciando exsudação bacteriana; D) escurecimento central do pseudocaule; E)
cultura pura de R. solanacearum em meio NYDA e F) em meio de Kelman.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Cucumber mosaic virus em alstroméria


Hospedeiro
Alstroméria (Alstroemeria sp.).

Agente Etiológico
Cucumber mosaic virus (CMV), gênero Cucumovirus.

Medidas de Controle
Eliminação de plantas com sintomas; utilização de material propagativo
livre de vírus; controle do vetor (afídeo).

A C

B Fotos: S. Viana.

Figura 36. Planta de alstroméria (A) sadia, (B) infectada por CMV e (C) detalhe de
folha com sintomas.

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Capítulo 3: Doenças causadas por vírus

Tobacco streak virus em alstroméria


Hospedeiro
Alstroméria (Alstroemeria sp.).

Agente etiológico
Tobacco streak virus (TSV), gênero Ilarvirus

Medidas de controle
Eliminação de plantas com sintomas; utilização de material propagativo
livre de vírus; controle do vetor (tripes).

Foto: S. Viana

Figura 37. Planta de alstroméria infectada por TSV.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Hippeastrum mosaic virus em amarílis


Hospedeiro
Amarílis (Hippeastrum sp.)

Agente etiológico
Hippestrum mosaic virus (HiMV), gênero Potyvirus

Medidas de controle
Eliminação de bulbos e plantas com sintomas; utilização de material
propagativo livre de vírus; controle do vetor (afídeo).

Fotos: (A) L.M.L. Duarte, (B) M.A.V Alexandre


A B

Figura 38. Planta de amarílis (A) sadia e (B) com sintomas de HiMV.

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Capítulo 3: Doenças causadas por vírus

Dasheen mosaic virus em antúrio


Hospedeiro
Antúrio (Anthurium andraeanum). Ocorre em diversas espécies de aráceas.

Agente etiológico
Dasheen mosaic virus (DsMV), gênero Potyvirus.

Medidas de controle
Eliminação de plantas com sintomas; utilização de material propagativo
livre de vírus; controle do vetor (afídeo).

A B

Fotos: E.B. Rivas

Figura 39. (A) Vista geral de plantas de antúrio sadias; (B) folha de antúrio infectada
por DsMV.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Tomato mosaic virus em beijo


Hospedeiro
Beijo (Impatiens hawkeri).

Agente etiológico
Tomato mosaic virus (ToMV), gênero Tobamovirus

Medidas de controle
Como é um vírus que se apresenta em altas concentrações nas células e é
bastante estável, deve-se realizar a desinfecção de instrumentos de poda,
vasos e solo; evitar contato de planta sadia com planta doente; eliminar
plantas com sintomas e utilizar material propagativo livre de vírus.

Vira cabeça do tomateiro em cinerária


Hospedeiro
Cinerária (Senecio cruentus).

Agente etiológico
Chrysanthemum stem necrosis virus (CSNV) + Tomato spotted wilt virus
(TSWV), gênero Tospovirus.

Medidas de controle
Eliminação de plantas com sintomas; utilização de material propagativo
livre de vírus; controle do vetor (tripes).

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Capítulo 3: Doenças causadas por vírus

Fotos: (A) E.B. Rivas; (B) L.M.L. Duarte; (C) M.A.V. Alexandre
A C

Figura 40. (A) Planta de cinerária sadia, (B) planta com infecção mista causada por
CSNV e TSWV em estágio inicial da doença e (C) planta com infecção mista causada
por CSNV e TSWV em estágio final.

Dasheen mosaic virus


em comigo-ninguém-pode
Hospedeiro
Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia sp.). Ocorre em diversas espécies
de aráceas.

Agente etiológico
Dasheen mosaic virus (DsMV), gênero Potyvirus

Medidas de controle
Eliminação de plantas com sintomas; utilização de material propagativo
livre de vírus; controle do vetor (afídeo).

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

A B

Fotos: E.B. Ribas


Figura 41. (A) Plantas de comigo-ninguém-pode sadias e (B) folha infectada por DsMV.

Vira cabeça do tomateiro em crisântemo


Hospedeiro
Crisântemo (Chrysanthemum morifolium – sin.: Dendranthema grandiflora).

Agente etiológico
Chrysanthemum stem necrosis virus (CSNV), gênero Tospovirus.

Medidas de controle
Eliminação de plantas com sintomas; utilização de material propagativo
livre de vírus; controle do vetor (tripes).

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Capítulo 3: Doenças causadas por vírus

A B

Fotos: M.A.V. Alexandre; S. Viana


Figura 42. (A) Planta de crisântemo infectado por CSNV e (B) detalhe de folha infectada
por CSNV.

Vira cabeça do tomateiro em gérbera


Hospedeiro
Gérbera (Gerbera sp.)

Agente etiológico
Chrysanthemum stem necrosis virus (CSNV) + Tomato chlorotic spot virus
(TCSV), gênero Tospovirus.

Medidas de controle
Eliminação de plantas com sintomas; utilização de material propagativo
livre de vírus; controle do vetor (tripes).

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Foto: D. Almeida
Figura 43. Planta de gérbera com infecção mista causada por
CSNV e TCSV.

Bean yellow mosaic virus em gladíolo


Hospedeiro
Gladíolo (Gladiolus sp.).

Agente etiológico
Bean yellow mosaic virus (BYMV), gênero Potyvirus.

Medidas de controle
Eliminação de plantas com sintomas; utilização de material propagativo
livre de vírus; controle do vetor (afídeo).

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Capítulo 3: Doenças causadas por vírus

Foto: L.M.L. Duarte


Figura 44. Folhas de gladíolo infectadas por BYMV.

Vira cabeça do tomateiro em gloxínia


Hospedeiro
Gloxínia (Sinningia speciosa).

Agente etiológico
Espécie não identificada de Tospovirus

Medidas de controle
Eliminação de plantas com sintomas; utilização de material propagativo
livre de vírus; controle do vetor (tripes).

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Foto: D. Almeida
Figura 45. Planta de gloxínia infectada por espécie não
identificada de Tospovirus.

Pepper ringspot virus em lisianto


Hospedeiro
Lisianto (Eustoma grandiflorum – sin. E. russellianum, Lisianthus russelianum).

Agente etiológico
Pepper ringspot virus (PepRSV), gênero Tobravirus.

Medidas de controle
Eliminação de plantas com sintomas; utilização de material propagativo
livre de vírus; controle do vetor (nematoide).

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Capítulo 3: Doenças causadas por vírus

A B

Fotos: (A) L.M.L. Duarte; (B) D. Almeida


Figura 46. Planta de lisianto (A) sadia e (B) infectada por PepRSV.

Vira cabeça do tomateiro em lisianto


Hospedeiro
Lisianto (Eustoma grandiflorum – sin. E. russellianum, Lisianthus russelianum).

Agente etiológico
Tomato spotted wilt virus (TSWV), Tospovirus.

Medidas de controle
Eliminação de plantas com sintomas; utilização de material propagativo
livre de vírus; controle do vetor (tripes).

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

A B

Fotos: S. Viana
Figura 47. (A) Planta de lisianto e (B) detalhe da folha com sintomas de infecção por
TSWV.

Vira cabeça do tomateiro em maria-sem-


-vergonha
Hospedeiro
Maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana).

Agente etiológico
Espécie não identificada de Tospovirus.

Medidas de controle
Eliminação de plantas com sintomas; utilização de material propagativo
livre de vírus; controle do vetor (tripes).

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Capítulo 3: Doenças causadas por vírus

Foto: L.M.L. Duarte

Figura 48. Planta de maria-sem-vergonha infectada por


espécie não identificada de Tospovirus.

Cymbidium mosaic virus em orquídea


Hospedeiro
Orquídea (Phalaenopsis sp.). Ocorre em diversas espécies e híbridos
de Orchidaceae (Phalaenopsis, Laelia, Cattleya, Oncidium Cymbidium,
Arundina, Dendrobium, Vanda, Brassia, etc.).

Agente etiológico
Cymbidium mosaic virus (CymMV), gênero Potexvirus.

Medidas de controle
Desinfecção de instrumentos de poda, vasos e solo; evitar contato de
planta sadia com planta doente; eliminação de plantas com sintomas e
utilização de material propagativo livre do vírus.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Fotos: (A) M.A.V. Alexandre; (B) F.J. Zorzenon


Figura 49. Cattleya sp. infectada por CymMV.

Odontoglossum ringspot virus em


orquídea
Hospedeiro
Orquídea (Phalaenopsis sp.). Ocorre em diversas espécies e híbridos de
Orchidaceae (Laelia, Cattleya, Oncidium, Cymbidium, Encyclia, Wisticaria,
etc.).

Agente etiológico
Odontoglossum ringspot virus (ORSV), gênero Tobamovirus.

Medidas de controle
Desinfecção de instrumentos de poda; evitar contato de planta sadia
com planta doente; eliminação de plantas com sintomas e utilização de
material propagativo livre do vírus.

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Capítulo 3: Doenças causadas por vírus

Foto: M.A.V. Alexandre

Figura 50. Sintoma em folha de Phalaenopsis sp.


infectada por ORSV.

Petunia vein-banding virus em petúnia


Hospedeiro
Petúnia (Petunia x hybrida).

Agente etiológico
Petunia vein-banding virus (PetVBV), gênero Tymovirus.

Medidas de controle
Desinfecção de instrumentos de poda; evitar contato de planta sadia
com planta doente; eliminação de plantas com sintomas; utilização de
material propagativo livre do vírus.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Mosaico da roseira
Hospedeiro
Rosa (Rosa sp.).

Agente etiológico
Prunus necrotic ringspot virus (PNRSV), gênero Ilarvirus.

Medidas de controle
Eliminação de plantas com sintomas; utilização de material propagativo
livre do vírus; termoterapia para eliminação de vírus em estacas e gemas
micropropagadas em meio de cultura.

Foto: M.A.V. Alexandre

Figura 51. Sintomas de PNRSV em folhas de roseira.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

A globalização e a preocupação crescente com a qualidade de vida


e a manutenção do meio ambiente têm sido referências do século 21,
destacando-se nesse contexto a busca por uma agricultura sustentável
econômica, social e ambientalmente.

A valorização pelos consumidores, governos e mercados de métodos


de cultivo que priorizam a obtenção de produtos de qualidade elevada,
em sistemas monitorados, com aplicação minimizada de insumos e
preservação do meio ambiente e da saúde dos trabalhadores, é crescente.
Hoje, a sustentabilidade já é vista como elemento de qualquer visão de
desenvolvimento influenciando o cenário competitivo.

A demanda do mercado por produtos, processos ou serviços sustentáveis e


passíveis de terem sua origem comprovada resultou no desenvolvimento
dos protocolos de certificação. A certificação da produção florícola já é
uma realidade em diversos países, incluindo algumas propriedades no
Brasil.

No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


(Mapa) adotou a Produção Integrada (PI) como modelo de protocolo
de certificação governamental. A Produção Integrada foi definida
pela Organização Internacional para Luta Biológica (OILB), no final
da década de 1960 e início da década de 1970, como um “sistema de
produção sustentável, fornecedor de alimentos e outros produtos de
qualidade elevada, obtidos por meio do uso de recursos naturais e
mecanismos regulatórios para substituição de insumos”. Proporciona
uma visão holística da produção agropecuária, ou seja, trata aspectos
voltados à sustentabilidade, ao monitoramento da produção, à gestão
da propriedade, assim como aos necessários registros de dados para
rastreabilidade.

Uma das áreas que devem ser trabalhadas na Produção Integrada, além
de processos de gestão da propriedade, monitoramento da água, solo,
aplicação de insumos e agrotóxicos, questões ambientais e sociais, é o
manejo integrado de doenças.

O manejo integrado consiste no uso do maior número possível de


variáveis para o controle de doenças, a fim de causar o menor dano
possível ao meio ambiente. Já existe tecnologia disponível para o manejo
integrado de várias espécies e outros diversos estudos estão sendo
realizados.

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Capítulo 4: Manejo integrado de doenças na floricultura

Para um bom controle integrado, é preciso conhecer as doenças que


atacam a cultura, assim como sua interação com o meio ambiente. Dessa
forma, é possível realizar intervenções corretas, nos momentos mais
oportunos, visando controlar efetivamente as doenças.

As principais etapas para o manejo integrado são:

1) Monitoramento das zonas de cultivo para determinar a


natureza e intensidade dos problemas presentes, inclusive os
danos econômicos.

2) Identificação dos fatores climáticos favoráveis ao


desenvolvimento das doenças.

3) Definição do método mais adequado para o manejo: controle


físico – barreiras e outros meios para reduzir o nível de inóculo,
controle no acesso de pessoas, termoterapia e emprego de
radiação; controle cultural – limpeza e sanidade das culturas;
controle biológico – identificação de agentes de controle
biológico, produtos biológicos, extratos naturais e plantas-
armadilha; controle químico – escolha de defensivo químico
registrado para a cultura, quando necessário, com rotação de
produtos pelo modo de ação e grupo químico.

Paralelamente à adoção do manejo integrado, a aplicação de boas práticas


de cultivo, com as podas de limpeza das flores não comercializáveis,
folhas danificadas e doentes e do interior das touceiras; correção do
solo; rotação de culturas; nutrição adequada e equilibrada; desinfestação
de implementos agrícolas; seleção de áreas para plantio; utilização de
mudas de qualidade (selecionadas e certificadas); tratamentos pré e pós-
-colheita, dentre outras, contribuem para uma produção de qualidade e
para a obtenção de produtos diferenciados, com maior qualidade e valor
agregado.

A fim de rastrear a produção, recomenda-se o uso de fichas para


anotações sistemáticas das práticas culturais, em especial do manejo
fitossanitário, além do treinamento da equipe no uso de EPIs.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Manejo integrado de doenças em


flores de clima tropical
A demanda por flores tropicais tem sido crescente, tanto no mercado
interno, quanto no mercado externo, gerando boas oportunidades de
negócios a serem exploradas. Porém, as plantas ornamentais tropicais
estão sujeitas ao ataque de pragas e doenças nos rizomas, raízes, folhas,
flores e inflorescências, as quais, além de afetarem a qualidade das flores,
limitam a produção, aumentando também seu custo.

As principais doenças na floricultura tropical são causadas por fungos,


bactérias e vírus, podendo os agentes causadores se multiplicar e
disseminar com muita facilidade. Portanto, o sucesso no tratamento
exige rapidez e eficiência na diagnose do agente etiológico, bem como o
conhecimento dos processos que precedem e se seguem à infecção.

Os fungos são comuns e bastante destrutivos em diversas culturas,


causando problemas mais sérios em regiões tropicais e subtropicais,
uma vez que necessitam de água livre para germinar e têm preferência
por temperaturas de 22 °C a 27 °C. Sua disseminação é facilitada pela
água da chuva ou de irrigação, implementos agrícolas, ventos, insetos,
assim como pelo plantio adensado e pelo uso de mudas infectadas ou
submetidas a estresse hídrico e nutricional.

Antracnose
No manejo de plantas atacadas por antracnose, pode-se utilizar adubação
foliar com biofertilizantes líquidos. Maior controle do fungo pode ser
conseguido por meio de uma nutrição adequada e pela aplicação de
produtos como urina de vaca (30 mL/20 L de água) e biofertilizante (0,5-
1,0 L/100 L de solução), em aplicações semanais ou quinzenais.

As pulverizações com fungicidas sistêmicos e de contato geralmente


não são necessárias quando os métodos convencionais são aplicados.
Quando indispensáveis, deve-se dar preferência pela calda bordaleza,
calda sulfocálcica ou calda viçosa. Produtos à base de ditiocarbamatos
(2 g/L de solução), em intervalos de 21 dias, também dão bons resultados.

Manejo semelhante pode ser aplicado no combate às doenças conhecidas


como manchas foliares.

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Capítulo 4: Manejo integrado de doenças na floricultura

Podridão de raízes e rizomas

No manejo das podridões de raízes e rizomas, além da aplicação de


técnicas de cultivo adequadas, são usadas espécies ou cultivares mais
resistentes, tais como Heliconia bihai cv. Lobster Claw One, Heliconia
psittacorum cvs. Sassy, Red Opal, Golden Torch, Adrian. A aplicação de
extratos vegetais à base de alecrim-pimenta (4 mL/L) e de um produto
originado de biomassa cítrica, com formulação aquosa heterogênea
contendo polifenóis, flavonoides, fitoalexinas e ácidos orgânicos diluídos
(2 mL/L), em aplicações semanais ou quinzenais, são bastante promissores
como métodos de prevenção, enquanto o tratamento das mudas pode
ser realizado com fungicidas sistêmicos (2 mL/L), ou por meio do fungo
antagonista Trichoderma sp. (produto comercial “Trycodermil T110” ou
“Trichonat”, 1 kg/m³ de substrato).

Murcha bacteriana
Cerca de 100 espécies de bactérias causam doenças em plantas,
destacando-se os gêneros Pseudomonas, Ralstonia, Xanthomonas,
Agrobacterium, Strptomyces, Erwinia e Xylella. Até o momento, apenas a
Raça 2 de Ralstonia solanacearum foi observada em helicônias, no Estado
de Pernambuco. Essa bactéria possui uma elevada gama de hospedeiros
alternativos que podem prolongar sua sobrevivência no campo.

A murcha bacteriana em helicônia é semelhante ao observado no


moko-da-bananeira: as plantas adultas apresentam amarelecimento
nas folhas centrais, progredindo para a murcha e seca da planta,
com o escurecimento na parte central do pseudocaule e rizoma que,
quando cortados transversalmente, evidenciam exsudação bacteriana.
Nas brotações, as folhas ainda enroladas apresentam deformação,
amarelecimento e necrose, podendo causar a morte da planta.

As murchas bacterianas somente podem ser controladas por meio de


medidas preventivas, evitando a introdução e/ou disseminação da
bactéria na cultura, assim como pelo uso de cultivares ou espécies
resistentes. Deve-se promover a quarentena de materiais provenientes
de regiões infestadas, além de boas práticas agrícolas.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Manejo integrado de doenças em


flores de clima temperado
As espécies florícolas de clima temperado representam 95% do mercado
de flores e plantas ornamentais, em nível mundial. Essa demanda faz
com que os produtores brasileiros, sobretudo os das regiões Norte
e Nordeste, tenham que adaptar sua tecnologia de produção às
necessidades edafoclimáticas dessas espécies.

Nesse grupo, temos como principais espécies cultivadas a rosa (Rosa


sp.), o crisântemo (Dendrathema grandiflorum), a gypsophila (Gypsophilla
paniculata), a gérbera (Gerbera jamesoni), o gladíolo (Gladiolus grandiflora)
e o tango (Solidago sp.). Todas são culturas exóticas e, portanto, mais
vulneráveis às condições tropicais, sobretudo ao ataque de pragas e
doenças.

Crisântemo
De origem asiática, o crisântemo é uma planta de estações bem
definidas, com estágios de desenvolvimento induzidos por fotoperíodo.
Desenvolve-se melhor em temperaturas amenas, mas é produzido em
todas as regiões do Brasil, sendo bastante susceptível a pragas e doenças.

As principais doenças são provocadas por patógenos do solo, tais como


Fusarium, Rhizoctonia, Phytium e Pectobacterium, e patógenos da parte
aérea como a ferrugem-branca (Puccinia horiana).

As doenças de solo podem ser prevenidas com a utilização de mudas


saudáveis, sem danos nas raízes, cultivo em solo arejado, com pH acima
de 5,8. Também tem sido utilizado como controle o agente biológico
Thricoderma, fungo predador de outros fungos e bactérias fitopatogênicas.
Sua ação depende do teor de matéria orgânica, sendo imprescindível
a redução no uso de fungicidas e uma prévia desinfestação do solo
com vapor. A desinfestação do solo também é eficiente no controle do
nematoide, uma praga que diminui a produtividade e a qualidade do
crisântemo.

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Capítulo 4: Manejo integrado de doenças na floricultura

Gypsophila
A gypsophila é uma das principais flores de clima temperado, sendo
utilizada como flor secundária ou de enchimento em arranjos e buquê.
A gypsophila é uma cultura de clima seco e medianamente quente,
muito sensível a fungos de solo e ao Botrytis.

As principais doenças de solo são Fusarium e Phythophtora. O controle


deve ser preventivo, preparando-se o solo com canteiros altos, bem
drenados e pH de 6,5, uma vez que a cultura é exigente em cálcio e
magnésio e o pH elevado dificulta a ação do Fusarium. Um solo bem
drenado e a manutenção do colo da planta sempre seco também
dificultam a infecção por Phythophtora. Irrigação por gotejamento e o
plantio de mudas produzidas por cultura de tecido contribuem para uma
produção de qualidade. Quanto à parte aérea da planta, o maior perigo
é o Botrytis, que surge quando a umidade relativa do ar está acima de
80%. Nessa situação, deve-se colher as flores com os botões parcialmente
fechados e submetê-los a iluminação artificial e soluções nutritivas em
ambiente controlado.

Tango
Nos últimos anos, a produção de tango, amplamente utilizado como
flor secundária, estendeu-se para além da região Sudeste. A principal
doença do tango é a ferrugem (Uromices transversalis) que se dissemina
rapidamente sob alta umidade relativa do ar. No período chuvoso, é
recomendável manter as plantas secas, com produção em estufa. Após
as pulverizações com defensivos, a planta não deve ser irrigada por um
período de dois dias.

Gérbera
A gérbera adapta-se bem em diferentes regiões do Brasil, sendo,
porém, necessário para a obtenção de alta produtividade, manter baixa
a luminosidade (até 30 mil lux) por meio de telas de sombreamento,
assim como evitar amplas variações térmicas. As plantas são atacadas
principalmente por Botrytis e míldio na parte aérea e Fusarium e
Pectobacterium nas raízes. O Botrytis pode causar prejuízos no cultivo e
na colheita, uma vez que o fungo esporula durante a comercialização.
A renovação permanente do ar no interior da estufa e de filtros de
ar nas câmaras-frias são medidas importantes para seu controle. O
uso do fungo Clonosthachys, predador do Botrytis, está sendo testado

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

comercialmente, com boa perspectiva de controle. O míldio infecta a


planta pelas feridas abertas na retirada das folhas ou nas capinas com
enxadas, devendo-se pulverizar as plantas sintomáticas com produtos
específicos. A desinfestação do solo por vapor quente ou solarização é
método eficiente no controle das doenças de solo.

Gladíolo
Vulnerável como outras culturas propagadas por bulbos ou rizomas, o
gladíolo pode ser contaminado por Fusarium, esclerotínea e ferrugem
(Uromyces transversalis). O plantio de bulbos saudáveis, a correção do
pH do solo para 6,5 e a rotação de culturas contribuem para uma boa
produção e para a redução na aplicação de defensivos.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com base


na Convenção Internacional de Proteção de Vegetais (CIVP), estabeleceu
procedimentos para a certificação fitossanitária de origem (CFO) e
transporte de produtos vegetais hospedeiros de pragas quarentenárias.
As exigências fitossanitárias estão relacionadas com a possibilidade
de determinada praga ser transmitida pelo produto e estabelecer-se
no seu destino. Cabe salientar que a definição de praga, no contexto
internacional, é aquela da CIVP, ou seja: “qualquer espécie, raça ou
biótipo vegetal, animal ou agente patogênico daninho para as plantas ou
produtos vegetais”.

O Congresso Nacional aprovou o texto revisto da CIVP por meio do


Decreto Legislativo no 885, de 30 de agosto de 2005. Em 17 de abril de
2006, o presidente da República promulgou o texto por meio do Decreto
Nº 5759.

O que são pragas quarentenárias


presentes?
São pragas de importância econômica já presentes no País. Porém, não
se encontram amplamente distribuídas e possuem programa oficial de
controle. Para isto, a certificação fitossanitária é o ponto de partida para
garantir a conformidade do produto, a possibilidade de rastreabilidade
no processo e a confiabilidade na qualidade do produto colocado nos
mercados nacional e internacional.

O que é e quem emite o CFO e o CFOC?


O Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e o Certificado
Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC) são documentos emitidos
na origem para atestar a condição fitossanitária da partida de plantas,
partes de vegetais ou produtos de origem vegetal de acordo com as
normas de defesa sanitária vegetal da ONPF do país importador e do
país exportador. A origem, no CFO, é a Unidade de Produção (UP) da
propriedade rural ou da área de agroextrativismo, enquanto a origem no
CFOC é a Unidade de Consolidação (UC) que poderá ser beneficiadora,
processadora ou embaladora, a partir da qual saem partidas certificadas.
A emissão de CFO e CFOC é realizada por engenheiros-agrônomos

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Capítulo 5: Trânsito de material vegetal

ou florestais, nas suas respectivas áreas de competência, devidamente


credenciados no Órgão Estadual de Defesa Vegetal (OEDSV).

O que é e quem emite a PTV?


A Permissão de Trânsito Vegetal (PTV) será exigida para a movimentação
no trânsito de partida de plantas, partes de vegetais ou produtos de
origem vegetal com potencial de veicular Praga Quarentenária A2
Presentes, quando sair de uma Unidade da Federação na qual ocorra a
praga e tiver como destino ou trânsito:

1) Unidade da Federação (UF) reconhecida pelo Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como livre da
ocorrência da praga.

2) UF com reconhecimento do Mapa de Área Livre de Praga


(ALP), Local Livre de Praga (LLP), Área de Baixa Prevalência
de Praga (ABPP) ou Sistema de Mitigação de Riscos de Praga
(SMRP), com rota de trânsito definida nessas áreas.

3) UF que comprovar ao Mapa a execução de um programa de


prevenção, controle e vigilância fitossanitária, com o objetivo
de erradicação da respectiva praga, visando à condição de
área livre ou área de baixa prevalência, com rota de trânsito
definida.

A PTV é emitida por engenheiros-agrônomos ou florestais, pertencentes


ao quadro do OEDSV e que exerçam atividades de fiscalização
agropecuária. O CFO e o CFOC fundamentarão a emissão da PTV,
que servirá para o trânsito desses vegetais, de acordo com as normas
de defesa fitossanitária, após avaliação da documentação, verificando
a comprovação de origem e destino da partida, e constatando-se a
adequação às legislações vigentes. O controle do trânsito de plantas,
partes de vegetais ou produtos de origem vegetal envolve o transporte
rodoviário, aéreo doméstico, hidroviário e ferroviário.

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

Plantas ornamentais hospedeiras


de pragas (doenças) quarentenárias
presentes
Entre as plantas ornamentais listadas como hospedeiras de pragas
quarentenárias presentes (A2) estão, principalmente, as Heliconias
spp. (exceto: Heliconia rostrata, H. bihai, H. augusta, H. chartaceae,
H. spathocircinada, H. librata, H. psittacorum cv. Red Opal e H. stricta),
hospedeiras de Mycosphaerella fijiensis (sigatoka-negra) e de Ralstonia
solanacearum raça 2 (moko). A bananeira (Musa spp.) é a principal
hospedeira das duas pragas supracitadas, sendo as Heliconias
consideradas fonte de inóculo natural de M. fijiensis e de R. solanacearum
raça 2, além da ameaça que estes representam para o cultivo dessas
ornamentais.

Mycosphaerella fijiensis (sigatoka-negra)


No Brasil, a legislação proíbe o trânsito interestadual de Helicônias
(exceto H. rostrata, H bihai, H. augusta, H. chartaceae, H. spathocircinata,
H. librata, H. psittacorum cv. Red Opal e H. stricta) e Musa spp. que não
sejam produzidas em Áreas Livres da sigatoka-negra ou no Sistema de
Mitigação de Risco (SMR).

A área livre de praga é definida como uma área onde uma praga específica
não ocorre, sendo esse fato demonstrado por evidência científica,
e na qual, de forma apropriada, essa condição está sendo mantida
oficialmente. Nas áreas onde for detectada a presença da praga, poderá
ser implantado o sistema de mitigação de risco (SMR), possibilitando
ao produtor a manutenção de sua atividade e comercialização do seu
produto nas Unidades da Federação. O SMR é a integração de diferentes
métodos de manejo de risco de pragas das quais pelo menos duas
atuam independentemente com efeito acumulativo, para atingir o nível
apropriado de segurança fitossanitária.

Além do cumprimento das exigências específicas contidas na legislação


de sementes e mudas, as mudas e cultivares micropropagadas
de Helicônias (exceto H. rostrata, H bihai, H. augusta, H. chartaceae,

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Capítulo 5: Trânsito de material vegetal

H. spathocircinata, H. librata, H. psittacorum cv. Red Opal e H. stricta) e


Musa spp. para terem livre trânsito devem primeiramente ser pré-
aclimatadas ou aclimatadas em estufas ou casas de vegetação e tratadas
com fungicidas registrados, 10 dias antes de sua expedição para outras
Unidades da Federação.

Ralstonia solanacearum, Filotipo IIA, sequevar 6 (moko)


Desde maio de 2009, o Brasil cumpre os critérios da legislação que proíbe
o trânsito interestadual de mudas e rizomas de bananeiras e helicônias
e frutos de banana e inflorescências de helicônias que não sejam
produzidas em Áreas Livres da Praga Ralstonia solanacearum, Filotipo
IIA, sequevar 6 (ALP moko da bananeira) ou no Sistema de Manejo de
Risco de pragas para moko da bananeira (SMR moko da bananeira)
implantado onde for detectada a presença da praga, possibilitando as
atividades e comercialização dos produtores e garantindo a segurança
fitossanitária do cultivo.

Os produtores inscritos no SMR poderão ter o trânsito liberado mediante


a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV) baseado em Certificação
Fitossanitária de Origem (CFO) e Certificação Fitossanitária de Origem
Consolidado (CFOC).

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Literatura recomendada

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Doenças Causadas por Fungos, Bactérias e Vírus em Plantas Ornamentais

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29 de abril de 2008. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 maio 2008. Seção 1, p. 2.

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01 de julho de 2008. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 jul. 2008. Seção 1, p. 8.

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de 16 de outubro de 2008. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 out. 2008. Seção 1, p. 2.

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de 27 de dezembro de 2010. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 dez. 2010. Seção 1, p. 11.

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de 29 de fevereiro de 2012. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1 mar. 2012. Seção 1, p. 9.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa Nº 4,


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