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GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM ARTES VISUAIS CÂNDIDO PORTINARI

CURSO TÉCNICO EM PROCESSOS FOTOGRAFICOS


CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM ARTES VISUAIS
CÂNDIDO PORTINARI

ALANA DOS SANTOS OLIVEIRA

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Disciplina: Catalogação, Conservação e Exposição de Fotografias.

O QUE É CATALOGAÇÃO
A catalogação é uma atividade geralmente relacionada às bibliotecas e que
consiste em registrar um conjunto de informações sobre um determinado documento
ou conjunto de documentos. As informações registradas variam de acordo com o
tipo de documento que está sendo catalogado.
No entanto a catalogação de fotografias é um processo diferente dos materiais
bibliográficos e iconográficos, diferencialmente possuem dados explícitos para a sua
descrição. Na maioria das vezes os dados terão que ser atribuídos pelo catalogador,
a partir de uma analise da natureza física do documento e do conteúdo. A analise do
documento requer atenção por parte do catalogador para que ao descrever uma
fotografia, sejam evitadas as considerações subjetivas e as explanações que
acrescentem ou deturpem informações, provocando uma leitura restrita da imagem.
A interpretação e valida e, muitas vezes, exigida na catalogação de documentos
fotográficos, mas o objetivo principal deve ser o relato mais fidedigno possível dos
elementos constitutivos da imagem.
IMPORTÂNCIA
A catalogação é importante para a recuperação das informações que estão
contidas nos objetos do acervo fotográfico. A criação de um banco de dados mesmo
que simples, fornece um referencial básico de informação que supre algumas
necessidades primarias. Esta é uma etapa essencial que está ligada a todas as
atividades de museus, galerias e acervos.
A ausência da catalogação dos dados, somando a falta da padronização
representa a dificuldade em recuperar informações relativas às peças. O patrimônio
ali preservado fica anônimo e incompleto.
HISTÓRIA
Com o surgimento da fotografia na primeira metade do século XIX, na Europa,
marcou o advento de uma tecnologia inovadora em relação aos demais registros de
informação tradicionalmente encontrados em arquivos, museus e bibliotecas. Com o
desenvolvimento e a popularização de suas técnicas, a fotografia, que de inicio
constituía documento residual em meio à massa de registros textuais existentes,
representa hoje um percentual considerável dos acervos documentais. Ao lado
disso, as instituições responsáveis pela guarda desses acervos têm se preocupado
em estabelecer procedimentos específicos para o tratamento de documentos
fotográficos, buscando não apenas conservá-los e preservá-los para a posteridade,
mas também divulgá-los e torná-los acessíveis à comunidade.

No ano 1985 nascia a proposta do Manual de Catalogação de Documentos


Fotográficos no Brasil No entanto este só se consolida dez anos após em 1995.

Consciente da necessidade de estabelecer procedimentos padronizados para a


catalogação de documentos fotográficos, Solange Sette Garcia de Zúniga, à frente
do Programa Nacional de Preservação e Pesquisa da Fotografia (PROPRESERV),
da extinta Funarte, teve iniciativa de reunir um grupo de especialistas de diversas
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instituições para elaborar um conjunto de regras que normalizasse o registro dos
dados descritivos daqueles documentos, dispondo-os de forma clara e consistente.
Entre outros benefícios, a padronização do registro de dados facilita a recuperação
dos documentos, bem como possibilita a troca de informações entre instituições
nacionais e estrangeiras.

As regras estabelecidas no Manual para Catalogação de Fotografias são


baseadas na segunda edição do Código de Catalogação Anglo-Americano(CCAA-2)
e na publicação Graphic materials: rules for describingoriginals items and historical
collections, editada em 1982 pela Library of Congress, a partir daquele Código.
A opção pelo CCAA-2 deveu-se ao fato de ser um código internacionalmente
reconhecido e adotado, inclusive no Brasil. Entretanto, o conjunto de regras proposto
pelo CCAA-2 precisava ser adaptado às especificidades dos documentos
fotográficos e ao tipo de consulta realizada nos registros visuais.

ORGANIZAÇÃO DOCUMENTAL
A organização de coleções de fotografias envolve o arranjo físico e a
identificação dos documentos. Na sua forma mais abrangente, essa identificação
resulta em um guia, e naquela mais detalhada, em um catálogo.

A organização envolve atividades sistemáticas de levantamento, seleção e


compilação de informações referentes a um conjunto ou a um determinado
documento em instrumento apropriado. A finalidade é criar formas adequadas de
acesso e controle do acervo. Por isso, qualquer instrumento de pesquisa, por mais
sofisticado que seja nunca substitui aquele que lhe deu origem, o documento. Ele
deve, isso sim, fornecer os dados sobre o documento, possibilitando uma busca
suficientemente aprofundada a ponto de restringir a necessidade de manuseio dos
originais.

Por se tratar de um procedimento técnico de cunho instrumental, a eficiência de


uma organização depende diretamente dos objetivos traçados para o acervo
fotográfico em questão.

O CATÁLOGO
O Catálogo O catálogo é um instrumento de pesquisa que apresenta
informações específicas sobre cada unidade, missão ou seqüência fotográfica. Por
se tratar de uma forma organizada e sistemática de coleta e reunião de informações,
todo catálogo deve ser precedido por um conjunto de procedimentos que define os
objetivos, o universo a ser documentado, a ficha e todas as suas normas de
preenchimento. Hoje, com a informatização, impõe-se a necessidade de prever
formas seguras de back-up, revisão, consulta e alimentação do catálogo.
Estabelecidas as condutas gerais, o preenchimento do catálogo compreende
várias etapas, já que a ficha catalográfica pode ser entendida também como uma
ficha de “pesquisa documental” da instituição. Como muitas vezes não é possível
empreender uma pesquisa exaustiva no momento da entrada “oficial” do documento
na instituição, a primeira etapa consiste no preenchimento de seus dados sumários,
permitindo a identificação (dados coletados para o laudo técnico acima referido).

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Se for de interesse, a ficha catalográfica poderá sofrer acréscimos ao longo de
sua vida institucional. Pensando em uma ficha catalográfica abrangente, certas
categorias de informações são imprescindíveis: dados de identificação do
documento e de sua produção, dados técnicos relativos ao suporte, dados
administrativos referentes à patrimoniação do documento, e, por fim, dados relativos
à produção e à difusão do conhecimento envolvendo o documento em questão.
A identificação do documento fotográfico aglutina aquelas características mais
imediatas para o seu reconhecimento: denominação, legenda, autoria(s), data,
agente, título, número de série, etc. Em um acervo que concentra mais de um tipo
de suporte documental, é muito útil abrir a ficha catalográfica com um campo que
permita discriminar, com agilidade, fotografias, gravuras, desenhos, pinturas,
impressos, etc. Quando se trata da “fotografia”, primeiro termo do campo
denominação, um segundo termo conjugado a ele pode ser aplicado: por exemplo,
fotografia/cartão postal, fotografia/carte de visite, fotografia/álbum,
fotografia/negativo, etc. Esse campo da ficha registra uma forma usual e direta de
denominar o documento de natureza iconográfica, associando um tipo de técnica
(fotografia) a um tipo de formato ou suporte (cartão de visita, gabinete, cartão postal,
álbum). Não poucas vezes, a fotografia traz uma legenda que nomeia o motivo
fotografado (nomes de ruas, personagens, expedições, elementos naturais como
rios, montanhas, praias, ou mesmo panorâmicas). Se a imagem não apresenta
nenhuma identificação e, ao documentalista, é possível reconhecer um ou alguns de
seus motivos, ele deve inserir essa informação de modo que fique claro que se trata
de uma atribuição. Outro campo fundamental para a identificação imediata da peça
fotográfica é a autoria, que deve ser indicada sempre da mesma forma (por ex.
sobrenome, nome). O campo autoria pode ser desdobrado em outros como nome
artístico (o nome do fotógrafo tal como se apresenta na peça fotográfica em questão,
podendo conter, portanto, abreviaturas, marcas com iniciais ou pseudônimos) e
agente (nome do estúdio).
Toda coleta sistemática de informações pressupõe algum nível de
padronização, ou seja, a mesma informação não deve ser registrada de forma
diferente. Os nomes próprios, as datas, os números, a sequência de descritores
devem ser registrados sempre segundo as normas de preenchimento previamente
estabelecidas. Essa conduta é particularmente importante no que se refere a
ambientes informatizados, já que um nome escrito de forma diferente pode
simplesmente não ser encontrado pelo comando de busca. Assim, como no caso do
campo autoria, a data deve ser grafada sempre da mesma maneira (por exemplo,
ano.mês.dia). Essa data diz respeito ao dia, mês e ano de produção ou circulação
da fotografia. Muitas vezes não contamos com essas informações, mas podemos
obtê-las de forma aproximada através da data manuscrita no verso da imagem,
acompanhando uma dedicatória ou mesmo através de imagens semelhantes, com
data e que, por ventura, se encontrem juntas (no mesmo pacote de doação, por
exemplo) com aquela cuja data não conhecemos. Nesse caso também devemos ter
o cuidado de indicar a atribuição. As atribuições podem ser aproximadas, indicando
o século, parte dele, décadas ou intervalos temporais. A série diz respeito a tipos
específicos de reprodução iconográfica. O cartão postal, por exemplo, pode
apresentar título de série (série Brasil ou Monumentos ou São Paulo, etc.) e número.
O registro dessas informações é muito importante para a identificação precisa do
cartão postal, já que a mesma imagem pode constar de séries diferentes, em
período diverso e, algumas vezes, com pequenas alterações de cores ou de
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tonalidades. Na categoria de dados administrativos, temos um conjunto de
informações que dizem respeito à situação física da fotografia. Aqui, ela é uma
unidade documental que integra um conjunto mais amplo de imagens que, por sua
vez, ocupa um lugar físico no arquivo. A situação apresenta a forma básica de
controle e de coerência do acervo fotográfico: indica o número de registro da peça, o
nome da coleção ou fundo de arquivo a que pertence e a localização física da
imagem (sala, arquivo, gaveta, prateleira, pasta, etc.). O registro tem características
semelhantes à situação, já que aglutina também procedimentos relativos à vida
administrativa da peça fotográfica.
Apesar de se tratar de formas de controle, não se espera que os dados desse
campo sejam acionados com tanta frequência como aqueles presentes no campo
situação. Aqui podem ser agrupado o número de registro de patrimônio, os números
anteriores (aqueles já desativados, mas que eventualmente podem ser necessários),
o número de processo, o número de documentos como termo de doação, laudo
técnico, etc. Além disso, o registro indica em seus campos a forma de entrada do
documento (doação, compra, comodato, depósito, recolhimento), a fonte (pessoa
física ou jurídica de quem se adquiriu a fotografia), a data (data de entrada na
instituição), o valor (valor de aquisição e valor avaliado), os termos de aquisição
(pode haver alguma cláusula de restrição no ato de doação) e nome do avaliador
e/ou coletor. Os dados técnicos constituem outra categoria fundamental. Aqui são
reunidas as características físicas e de produção material do documento.
Informações como cor, dimensão, material, técnica e inscrições fornecem um meio
imediato de reconhecimento do documento e são importantes para aspectos práticos
das atividades de curadoria, como cálculos de embalagem, armários, suportes e
vitrinas de exposição, vistorias e diagnósticos do estado de conservação, etc.
Os dados técnicos constituem outra categoria fundamental. Aqui são reunidas
as características físicas e de produção material do documento. Informações como
cor, dimensão, material, técnica e inscrições fornecem um meio imediato de
reconhecimento do documento e são importantes para aspectos práticos das
atividades de curadoria, como cálculos de embalagem, armários, suportes e vitrinas
de exposição, vistorias e diagnósticos do estado de conservação, etc.
Relacionados às características da peça fotográfica estão os dados de
conservação. No entanto, essa classe de informações nos relata a situação física
atual do documento em questão. Dados básicos como estado de conservação
(partes faltantes, manchas, esmaecimento da imagem, objetos aderidos à superfície,
etc.), intervenções sofridas (tipo de higienização e de reestruturação) e
recomendações (interdições, restrições de uso e manuseio, etc.) podem ser
referidas sumariamente caso haja uma ficha específica para conservação e
restauração.
O campo histórico deve reunir as informações sobre a trajetória da fotografia
até o momento de sua institucionalização. Esses dados podem ser coletados no ato
da doação ou compra, constando, portanto, do laudo técnico. Havendo
possibilidade, é interessante coletar depoimentos com antigos proprietários,
formando-se assim uma documentação de apoio àquela fotográfica. O histórico traz
o nome e os dados que estiverem disponíveis sobre os antigos proprietários, tipos
de uso que sofreu o documento, identificação de conteúdo (personagens,
logradouros, etc). Dados genéricos sobre a história da fotografia não devem ser
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mencionados, já que esse campo contempla a particularidade da peça fotográfica
em questão.
A circulação é um campo semelhante ao histórico e nos informa sobre a vida
da peça fotográfica após a sua entrada na instituição de guarda. Aqui pode estar
indicado todo tipo de uso como participação em exposições, catálogos, inventários,
obras de referência, teses, artigos, livros, CD-Rom, vídeos, filmes, matérias
jornalísticas, etc. Esse campo espelha a notoriedade e a versatilidade nas formas de
exploração científica e cultural do documento.
Como já vimos, o acervo fotográfico muitas vezes convive com documentos de
outra natureza. Portanto, é interessante que a ficha catalográfica permita articular a
fotografia àqueles documentos que lhe são correlatos e que, por razões de
conservação, encontram-se alocados em outras reservas técnicas, por exemplo,
objetos e documentos textuais que pertenceram ao mesmo doador, fitas coletadas
com depoimentos, coleções com documentos da mesma natureza, etc. Um campo
específico para outras referências no acervo possibilita àquele que consulta o
catálogo uma visão mais ampla e integrada dos temas que pretende levantar.
Tradicionalmente, a ficha catalográfica apresentava uma descrição textual da
fotografia. No entanto, a sua forma narrativa sempre dificultou a definição de níveis
padronizados de descrição, resultando em textos pouco equilibrados no seu
conjunto. Por outro lado, a confecção de um texto sempre demanda um tempo que é
precioso quando se trata de cobrir a catalogação de um número grande de imagens.
A descrição pode ser substituída, com vantagens, por descritores. Os descritores
identificam os motivos da imagem e formam um vocabulário controlado. Cada
motivo, estando indexado, pode servir como opção de acesso à imagem. Assim, não
se trata de substituir a imagem por uma outra linguagem, no caso a textual, mas de
multiplicar as possibilidades de acesso a ela. Em algumas instituições, além dos
descritores, o campo descrição é preenchido com um texto resumido do conteúdo
visual na forma de uma legenda, que pode ser acionada rapidamente na elaboração
de produtos culturais.
Não são raras as vezes em que recorremos a livros, teses, artigos e catálogos
ou mesmo a documentos da própria coleção como cartas, diários e artigos de jornal
para preencher de forma conveniente uma ficha catalográfica. Essas fontes nos
ajudam a identificar uma imagem, atribuir uma legenda, recuperar o nome completo
de um fotógrafo, só para citar alguns exemplos. Para que os dados levantados
tenham confiabilidade e possam ser checados, caso haja qualquer dúvida, essas
fontes devem estar citadas na ficha catalográfica, em um campo específico para
esse fim, à bibliografia. Não se trata de reunir uma bibliografia genérica sobre a
fotografia, mas de referenciar os livros e/ou documentos que auxiliaram o
preenchimento da ficha catalográfica.
No momento da catalogação, podem surgir informações importantes que não
foram contempladas por nenhum campo da ficha. Nesse caso, utiliza-se um campo
versátil denominado observações, destinado para esse fim, ou seja, para aquilo que
não foi previsto e que não é recorrente. Finalmente, a catalogação é um trabalho de
equipe, por isso, seus autores devem ser devidamente identificados, para que seja
possível visualizar o crescimento da pesquisa ao longo da trajetória do documento
na instituição. Assim, toda ficha deve trazer o campo compilação, que reúne os

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nomes daqueles que acrescentaram ou corrigiram informações na ficha catalográfica
e as respectivas datas dessas alterações.

Registro: 20133
Denominação: fotografia/negativo flexível
Legenda: Autoridades em visita ao trecho concluído da ferrovia
Autoria: Merril, Dana B.
Data: 1909-1910
Material/Técnica: Acetato. Emulsão gelatina bromuro.
Coleção: Dana Merrill
Histórico: Os negativos (estimam-se 2.000 unidades) foram trazidos para São Paulo
por Rodolfo Kesselring, engenheiro alemão que trabalhou na construção da ferrovia
Madeira Mamoré. Em 1956, as imagens foram entregues pelo filho de Kesselring ao
repórter fotográfico Ari André, que, por sua vez, as encaminhou ao jornalista Manoel
Rodrigues Ferreira, ambos do Jornal A Gazeta.
Circulação: A imagem foi divulgada nas seguintes publicações: FERREIRA, Manoel
Rodrigues. A Ferrovia do Diabo: História de uma estrada de ferro na Amazônia. São
Paulo: Melhoramentos / Secretaria de Estado da Cultura, 1981. / KAARSBERG,
Christian. Djaevelens Jernbanee: Ein Rejse I Amazonas Historie. Copenhagen:
Gyldendal, 1995. (capa). / Museu da Imagem e do Som. Estrada de Ferro Madeira-
Mamoré. São Paulo: MIS, 1993. Catálogo de Exposição.
Referências no Acervo: Depoimento em fita K-7 de Manoel Rodrigues Ferreira.
Descritores: Paisagem viária, vista parcial, diurna, floresta amazônica, via férrea,
trem, grupo de homens, trabalhador, vagão-plataforma, Porto Velho: RO.
Compilador/data: Regina Teles, 29/04/1999.

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Registro:13 675
Denominação: fotografia.
Legenda: Santos Dumont. Autoria: Sarracino, Giovanni.
Data: década de 1900.
Referência/Agente: Giovanni Sarracino - São Paulo.
Material/Técnica: Papel. Emulsão gelatina bromuro.
Coleção: Santos Dumont. Histórico: Em 1935, Arnaldo e Jorge Dumont Villares,
herdeiros de Santos Dumont, juntamente com seu cunhado Ricardo Severo, doaram
ao Museu Paulista um conjunto de 1.670 documentos tridimensionais, iconográficos
e textuais que pertenceram ao inventor ou foram produzidos em sua homenagem.
Em 1936, sob a gestão de Affonso de Escragnole Taunay, foi inaugurada no Museu
a sala “Santos Dumont”, cujas obras e execução estiveram a cargo e a expensas da
família. Ressalte-se que a confecção do mobiliário expositivo foi feita sob medida no
Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Circulação: reproduzido na sala Santos
Dumont (exposição de longa duração) do Museu Paulista da USP, década de 1970.
Referências no Acervo: Ver Coleção Santos Dumont no catálogo do Serviço de
Objetos e Coleção Textual (Arq. 8). Descritores: retrato, estúdio, homem, meio-
corpo, Dumont (Alberto Santos).
Compilador/data: Solange Lima, 20/06/1993.

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Registro: 272
Denominação: fotografia/negativo de vidro Legenda: Sala da maquete “São Paulo
em 1848”. Museu Paulista. Autoria: Henrique Bakkenist
Data: década de 1920
Material/Técnica: Vidro. Emulsão gelatina bromuro.
Fundo: Museu Paulista
Grupo: Direção e Administração
Subgrupo: Patrimônio e Almoxarifado
Série: Fotografias do edifício do Museu Paulista e adjacências
Histórico: A documentação fotográfica das salas de exposição e do acervo fazia
parte da atividade de rotina do museu e era feita e processada no laboratório pelo
fotógrafo da instituição. Referências no Acervo: Maquete em exposição. Sala A -15.
Descritores: vista interna, Museu Paulista, maquete “São Paulo em 1848”, sala de
exposição, homem.
Compilador/data: Vânia Carvalho, 05/09/1994

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ATENÇÃO À DOCUMENTAÇÃO

 O museu não deve adquirir objetos sem documentação ou em mau estado de


conservação.
 Deve sempre registrar e numerar os objetos pertencentes ao acervo.
 Jamais usar etiquetas autoadesivas ou engomadas para numerar os objetos;
as colas deixam marcas permanentes e com o tempo se desprendem, além
de serem um prato apreciado pelas traças!
 Evitar, permanentemente, o uso de carimbos em documentos, fotografias ou
têxteis.
 Evitar adjetivos qualificativos na descrição de objetos, como por exemplo
“imagem lindíssima” ou “azul-celeste”.
 Jamais registrar nomes que não pertençam à obra.
 Numerar os objetos em lugares que não sejam visíveis.
 É necessário colocar na ficha as medidas exatas.
 Realizar pesquisa constante para obter melhores informações ou
complementação de dados do acervo museológico.

O CATÁLOGO INFORMATIZADO
O uso da informática no processamento de grandes massas documentais tem
se mostrado vantajoso em vários aspectos. O mais evidente é a racionalização do
trabalho. Usando a ficha catalográfica informatizada como matriz de informações, é
possível gerar uma serie de subprodutos que manualmente exigiriam uma confecção
à parte, individualizada. Dependendo dos recursos do programa de banco de dados
a ser adotado, é possível criar arquivos “paralelos” (complementares ou de apoio) ao
cadastro principal de referência ao acervo. Esses arquivos, ao mesmo tempo que
podem ser considerados subprodutos da catalogação, funcionam como um meio de
evitar sobrecarga de informação na ficha principal.
Os arquivos paralelos podem cobrir a biografia e a produção dos fotógrafos
indicados na autoria, detalhar as técnicas fotográficas referidas no campo de dados
técnicos, indicar bibliografia especializada, enfim, aprofundar as informações
presentes no cadastro principal. Outro subproduto possível é o livro de tombo. Esse
livro de controle da entrada do documento no seu espaço de guarda (seção, setor,
serviço, reserva técnica, arquivo, etc.), antes preenchido de forma manuscrita com
os dados sumários da peça documental, pode ser transformado em um tipo
específico de relatório a partir da base de dados informatizados. Essa mesma base
servirá para outros instrumentos de pesquisa, como: diagnósticos de conservação,
quantificações temáticas ou tipológicas e levantamento para exposições e
publicações, que podem ser formulados a partir da base única de dados. Além da
economia de tempo, espaço e papel, o catálogo informatizado queima etapas de
reprodução.
No processamento manual, a reprodução fotográfica do documento gerava um
negativo e pelo menos uma cópia em papel para a ficha catalográfica. Atualmente,
com o uso de scanners, é possível fazer a digitalização da imagem na ficha
catalográfica diretamente do negativo ou cromo, não sendo mais necessária a
ampliação em papel. Os fichários de consulta também são substituídos pela consulta

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direta ao catálogo. Além do uso de descritores, todos os campos da ficha podem ser
objeto.
Tipos de catalogação automatizados
AACR2

ISBD

MARC21

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FICHAS DE CATALOGAÇÃO
Contêm informações extensivas sobre cada objeto da coleção do museu.
Por motivos de segurança, sugere-se que essas fichas tenham duplicata arquivada
em lugar diferente.

Para a confecção de uma ficha de catalogação, uma série de itens básicos


deve ser observada:

Nome da instituição – Nome do museu proprietário do objeto. (O nome da


instituição pode aparecer no cabeçalho da ficha de catalogação, para esta, modelo
em anexo.)

Número de registro – A identificação dada pelo museu ao objeto.


Categoria – Geralmente, é determinada baseando-se na função do objeto. A
numeração permite saber quantos objetos existem dentro de cada categoria.
Ex.: Cat. AR n.º 0040 AR = arte religiosa.
ET n.º 1000 ET = etnografia
Nome do objeto – É a identificação correta que permite distingui-lo de outros
objetos similares.
Título – O título que foi dado à obra de arte na língua original, e a tradução em
português, se forem obra estrangeira.
Importante: não cabe ao funcionário do museu dar “atribuição” ou “título” à obra (no
segundo caso, quando se tratar de uma obra sem título).
Autor – Criador da obra. O nome deverá ser por extenso. Se o artista for conhecido
por mais de um nome deve ser mencionado, como também se for atribuição. (Se
não houver assinatura, mas for atribuído por críticos e estudiosos, registrar na ficha:
Ex: atribuida a Poty Lazzarotto)
Época/Data/Período – A data da execução do trabalho com o máximo de precisão.
Ex.: 1920 ou entre 1910 e 1920.
O período histórico ao qual a obra pertence também pode ser especificada, ou, se a
data é incerta, colocá-lo apenas. Ex.: Império.
Estilo – Deve ser considerada a soma das características do objeto. Ex.: art-
nouveau, gótico, barroco.
Procedência – Local de onde provém o objeto ou onde o objeto foi encontrado.
Origem – Área geográfica, localidade onde o objeto foi confeccionado, construído.
Obs.: nem sempre a procedência e origem são as mesmas.
Ex.: procedência – Vale do Paraíba
origem – Portuguesa
Material/Técnica – Os principais materiais com que o objeto foi confeccionado.
Devem-se utilizar poucas palavras. Os processos de manufatura deverão ser
anotados. Geralmente material e técnica se complementam. Ex.: óleo sobre tela,
prata/repuxada, aquarela sobre papel, escultura monocromada ou policromada, etc.
Fabricação – Onde o objeto foi fabricado. Ex.: fábrica, gráfica, fundição.
Dimensões – As dimensões do objeto deverão ser exatas (altura, largura, diâmetro,
peso). Utilizar o sistema métrico decimal. Para o peso, uma única unidade de
medida deve ser usada (g, kg, etc.).
Inscrições – Se existe algum registro ou inscrição na peça. Deve-se transcrever a
inscrição na observação.
Marcas – Símbolos que identifiquem o fabricante, a época.

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Assinatura – Assinatura do artista. Identificar a localização da inscrição. Ex.:
reverso, embaixo à direita, etc.
Forma de aquisição – Forma de ingresso do objeto do museu. Ex.: doação,
compra, empréstimo, coleta, permuta, etc.
Valor – A avaliação dos objetos deve ser na medida do possível, feita por
especialistas ou colecionadores para fins de seguro.
Estado de conservação – O estado em que se encontra o objeto.
Ex.: bom, regular, ruim.
Restauração – Uma descrição da restauração que tenha sido feita.
Descrição do objeto – Uma descrição física completa do objeto: detalhe de forma,
cor e acabamento são importantes. A descrição deve ainda ser curta, clara e
concisa.
Dados biográficos – Informações biográficas especificando, se possível, os cursos,
escolas por onde passou.
Referências bibliográficas – Referências de livros, publicações, catálogos em que
a obra foi mencionada ou apareceu em forma de ilustração.
Exposições – Um breve demonstrativo da história do objeto, citação dos catálogos.
Observações – Quaisquer outras informações importantes sobre o objeto.
Fotografias – Deve-se ter na ficha um espaço destinado à fotografia para melhor
identificação do objeto. É importante que conste o número do negativo ou número de
identificação de arquivo digital. ( Deve-se conservar adequadamente os negativos e,
em caso de arquivo digital, deve-se mudar o suporte a cada 5 anos - refazer o
backup - por isso a necessidade de datar/documentar os arquivos digitais)

Obs.: Quando a ficha de catalogação não apresentar fotos, é de suma


importância a existência de um arquivo fotográfico.

É de suma importância uma documentação correta, clara e objetiva. O


processo de informatização será dificultado se os responsáveis pelo setor de
documentação não tiverem as informações em perfeita ordem.

MODELOS DE FICHAS DE CATALOGAÇÃO MUSEUS E GALERIAS


FICHA DE CATALOGAÇÃO PARA

Informações e Características do

Registro: 001 CPCF


OBJETOS MUSEOLÓGICOS

Legenda:

Autoria:
objeto

Material/Técnica:
Coleção:

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Estado da Documentação Data: Dimensões:

Excelente ( ) Bom( ) Ruim( )


Histórico: Objetos Associados:___________________
Informações Contextuais

Restaurações:________________________

Exposições: _________________________
Publicações:
Descritores: Observações:

Registrado por:
Data de registro:

FICHA CATALOGRÁFICA DE FACULDADES


ACERVO FOTOGRÁFICO CAMPO LAGES
Coleção: Quantidade de Resumo da coleção:
fotografias:
Informações e Características da fotografia

Registro nº:
FICHA DE CATALOGAÇÃO PARA FOTOGRAFIA

Legenda:
Data:
Local:
Tipo de arquivo:
Tamanho do arquivo:
Dimensões:
Descritores:

Resumo:

Tipo de equipamento: Fabricante:

Fotografo:
Informações
Contextuais

Exposições:
Publicações:
Referencias Bibliográficas:
Restrições de uso/reprodução:
Observações:

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A ficha de catalogação está dividida em dois grupos principais: no primeiro,
Identificação e características da fotografia aborda o tratamento físico e de
conteúdo, bem como identifica a fotografia (objeto) no acervo da instituição. No
segundo grupo, as Informações contextuais abordam informações referentes a
aspectos históricos e autorais da fotografia, bem como informações.
OUTROS TIPOS DE CATALOGAÇÃO
Catalogação de lote ou dossiê fotográfico. De modo geral, o lote e o dossiê
fotográficos designam conjuntos de documentos fotográficos reunidos segundo
critérios temáticos, de autoria ou em decorrência de outras características comuns
aos documentos.

A entidade catalogadora deve optar pela formação de dossiês apenas quando


a descrição do conjunto não ocasionar a perda de informações essenciais acerca de
cada um dos componentes. Com o objetivo de evitar a omissão de dados
considerados relevantes à descrição dos documentos que compõem um conjunto,
recomenda-se que o dossiê abranja documentos fotográficos resultantes da mesma
missão fotográfica ou sobre um mesmo tema e originários do mesmo processo
fotográfico (daguerreótipo, negativo de vidro, negativo em base flexível, gelatina etc).

No caso de documentos fotográficos avulsos produzidos sob a


responsabilidade de um editor ou impressor, tais como fotografias obtidas a partir de
processos fotomecânicos e cartões-postais, deve-se evitar reuni-los em dossiês
quando as informações relativas à publicação.

DOSSIÊ FOTOGRÁFICO (constituído de reproduções fotográficas de


fotografias originais)

Modelo
Kun (fotógrafo)
[Ângelo Nolasco, limar Penna Marinho e Roberto
Campos na Organização dos Estados Americanos,
Washington, D.C., Estados Unidos, entre 1963 e
[1964] [doc. fot.]; [reprodução das
[Fotografias originais por Gilson Ribeiro]. --[1988].

3 fotos : gelatina; 18 x 14 cm.


Negativo de 2. Geração: filme 239/7/17A; filme
239/7/16A; filme 239/7/15A.
Papel: 24 x 18 cm.
Estado de conservação: bom.
Coleção Ângelo Nolasco.
Fotografias originais encontra-se com Ângelo
Nolasco.
I. Ribeiro, Gilson. II. Coleção Ângelo Nolasco.

Catalogação analítica: A catalogação analítica é o processo de preparação da


catalogação que descreve uma parte ou partes de um todo. Recomenda-se o
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emprego dessa catalogação quando os componentes de um portfólio ou álbum
fotográfico (constituído de originais fotográficos e/ou cartões-postais reunidos ou não
sob a responsabilidade de um editor ou impressor) merecerem destaque ou não
apresentarem as características comuns indicadas anteriormente para a formação
de dossiês. Nestes casos, na Área das Notas, deve-se indicar que o item catalogado
integra um conjunto.

Catalogação de negativos. Para a catalogação de negativos, utilize cópias contato


ou ampliadas com o objetivo de evitar que o manuseio danifique os referidos
documentos e de facilitar a identificação dos mesmos. Caso a opção seja catalogar
cópias ou reprodução, registre na Área das Notas as características dos negativos
correspondentes ao item descrito.

Catalogação de documentos fotográficos que registrem obras de arte: A


catalogação desses documentos apresenta especificidades para o registro das
informações em determinados campos.

Catalogação de reproduções fotográficas e de cópias de uma mesma imagem


em diversos processos: Só deverão ser catalogadas reproduções fotográficas
cujos originais não se encontrem no acervo. Neste caso, localização da imagem
original, se conhecida. No caso de cópias fotográficas de uma mesma imagem em
diversos processos fotográficos, catalogue uma delas, registrando a existência de
outras.
PORTIFOLIO COMO CATÁLOGO
O portfólio é o meio por onde você vai mostrar seu trabalho, seu estilo e suas
habilidade. É uma mostra do seu trabalho e uma prova das suas qualificações. Ou
seja, é isso que você vai colocar no seu site, na página do Facebook pra começar a
mostrar o que faz. São essas fotos que você vai levar até um possível cliente pra
mostrar que é nessa área que você atua e é nisso que você é bom.
O ponto “negativo” do portfólio é a responsabilidade que ele trás, e por isso que
ele é feito na hora que você quer realmente se tornar um profissional qualificado,
porque com ele você assume que é isso que seu cliente está comprando. Então, se
o seu portfólio ficou incrível, seu cliente vai esperar algo naquele nível e vai ficar feio
pra você se entregar algo mais ou menos ou inferior àquilo, concorda?

18
ORGANIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE FOTOGRAFIAS
A CONSERVAÇÃO

A conservação fotográfica está ligada à ideia de proporcionar o maior tempo de


vida aos objetos fotográficos, uma vez que esses são extremamente frágeis por
natureza. Todos os materiais fotográficos têm uma estrutura físico-química complexa
e instável e é necessário compreendê-la para entender o comportamento dos
materiais presentes nas coleções e estabelecer os procedimentos corretos para
salvaguardá-los.

Desde o nascimento da fotografia, todos os impulsos de desenvolvimento das


técnicas fotográficas foram e são no sentido de aperfeiçoar a durabilidade das
imagens, isto é, buscar a melhor forma de combinar os materiais e elementos
químicos para se obter um objeto fotográfico com expectativa de longa permanência
da imagem. Gerou-se, então, a partir desses experimentos, um grande número e
processos que utilizavam diferentes tipos de suportes, ligantes, substâncias
sensíveis e tratamentos químicos.

O suporte é a superfície que carrega a camada fotossensível, formadora da


imagem. Uma coleção pode apresentar diversos tipos de suportes como: vidro,
papel, metal, madeira, cerâmica, tecido, couro e/ou materiais sintéticos chamados
de suportes primários, que, por sua vez, podem estar aderidos a suportes mais
rígidos, ditos secundários.

A camada fotossensível contém os sais de prata na grande maioria do material


fotográfico moderno colorido e branco e preto, diferente do que ocorria no século
XIX e início do XX, quando houve uma diversidade muito grande de técnicas não só
à base de prata, mas também de ferro, platina, paládio, dicromatos, pigmentos e
outros.

Nos primórdios, as imagens eram formadas quase que diretamente sobre a


superfície do papel sem o uso de ligantes, isto é, a matéria coloidal entre o suporte e
a camada de imagem. Técnicas fotográficas em negativo e positivo foram se
desenvolvendo para o uso de aglutinantes nos quais pudessem estar dispersos os
elementos sensíveis, até chegar à utilização da emulsão de gelatina e sais de prata
que conhecemos hoje. Basicamente, os aglutinantes empregados naquela época
foram à albumina, o colódio e a gelatina. Os tipos de emulsão e suporte são fatores
de classificação inicial dada aos grupos de documentos fotográficos de um acervo e
cada material tem uma vida própria e um caminho de degradação diferente.
Portanto, na medida em que analisamos e identificamos corretamente os materiais
contidos nas coleções, torna-se mais fácil impor-lhes técnicas de preservação. E, por
incrível que pareça, é muitas vezes a partir de aspectos da deterioração dos
processos em questão que conseguimos detectar o tratamento correto para
determinado conjunto de fotografias.

A deterioração da imagem fotográfica é a grande inimiga dos conservadores,


obrigados a driblar tanto aquela causada por fatores intrínsecos aos materiais
fotográficos, quanto a decorrente de fatores externos a que eles estão submetidos.
Nessa inter-relação entre a estabilidade física e química das fotografias e o meio
ambiente em que vivem este último tem papel fundamental, podendo funcionar como
agente acelerador ou retardador do processo de deterioração fotográfica.
19
Daí a necessidade de um microclima propício para a preservação dos materiais
fotográficos, no qual será possível a prevenção e a inibição de processos
destrutivos, característicos da estrutura de todo material fotográfico, independente
do suporte e da camada formadora da imagem.

Assim, a política de preservação tem como princípio estancar a deterioração


das coleções através de tratamentos preventivos e ativos, acondicionamento e
guarda apropriados dos materiais fotográficos, além, é claro, da formação de
pessoal especializado que possa divulgar as coleções para o público interessado.

Os oito pontos básicos da conservação de uma coleção de fotografias são os


seguintes:

1) Observação e descrição
2) Controle de ambiente
3) Organização
4) Acondicionamento
5) Controle das condições de uso
6) Cópia e duplicação
7) Reparação de peças danificadas

OBSERVAÇÃO: A observação e a descrição são os primeiros passos face a uma


coleção de fotografias. Queremos conhecer seu conteúdo, sua forma física, sua
temática, quantidades e carências.

O primeiro contato deve se limitar à observação geral, sem intervenção. Desta


primeira observação resulta um relatório, o pré-inventário, onde anotamos as
quantidades, formatos e processos fotográficos existentes, datas aproximadas,
forma de organização original, temática geral, ocorrência de peças instáveis ou
deterioradas, principais carências de embalagens, tratamentos a fazer, cópia ou
duplicação necessária.

O pré-inventário permite-nos traçar um plano de organização e tratamento,


incluindo a previsão da duração dos trabalhos, o número de colaboradores
necessários, os custos de materiais etc. Numa fase posterior, as peças são
examinadas individual e minuciosamente. Na ficha de inventário as peças são
descritas, individualmente ou em grupos. Deve ser indicado o formato, ó processo
fotográfico, a embalagem existente, as formas de deterioração, incluindo extensão e
localização , os tratamentos necessários e a localização no arquivo. É atribuído um
número a cada peça. Podem ser feitas, nesta fase, a limpeza, numeração e
acondicionamento em novas embalagens.
Para a descrição ser sucinta há que definir uma lista de palavras-chave dos
processos fotográficos e das formas de deterioração. Esta lista inclui as formas de
deterioração da imagem de prata (amarelecimento, espelho de prata,
desvanecimento), da imagem a cor (alteração do equilíbrio cromático,
desvanecimento, mancha amarela), do meio ligante (abrasão, aderências, perdas) e
do suporte, em papel (rasgos, sujidades, vincos, fragilização), em vidro quebrado,
lascado, deteriorado) e em película (cheiro de vinagre, ondulação, amarelecimento).

20
Devem ser anotadas as necessidades de reparação e a ocorrência de peças
instáveis ou inflamáveis para segregação. Vestígios de insetos ou roedores
justificam uma cuidadosa inspeção e uma avaliação da extensão da epidemia, com
imediata intervenção nos casos graves.

INVENTARIO DE FOTOGRAFIAS
ACERVO DE FOTOGRAFIAS
DATAS-LIMITE: 1990/2006
COLEÇÃO:
DATAS- LIMITE: 1997/1999
CAIXAS-1
CAIXA PASTA DESCRIÇÃO CONTEÚDO DATAS- OBSERVAÇÃO
LIMITE
1 1/5 13 fotos, programa de 01/1997
coloridas, alfabetização
originais. solidaria
1 2/5 20 fotos, programa de 2/1998
originais, 4 alfabetização
negativos solidaria
1 3/5 25 fotos, programa de 06/08/1998 Fotos: Marta
coloridas, alfabetização Carneiro
originais, 8 solidaria
negativos
1 4/5 20 negativos Formatura 06/08/1998 Fotos: Marta
programa de Carneiro
alfabetização
solidaria
1 5/5 11 fotos, programa de 7/1998 Fotos: Marta
coloridas, alfabetização Carneiro
originais, 4 solidaria
negativos

CONTROLE DE AMBIENTE: O controle do ambiente do arquivo é a primeira e, sem


dúvida, a medida mais importante em preservação. Se uma peça não for
excessivamente usada ou manipulada, são as condições ambientais do arquivo que
determinam o seu tempo de vida. As condições ambientais afetam todos os
elementos de uma coleção, simultânea e permanentemente.

Os seus estragos são geralmente irreversíveis. Num arquivo com ambiente


saudável, todos os outros fatores de deterioração (instabilidade dos materiais,
embalagens erradas, parasitas) são atenuados.

O controle das condições ambientais envolve o controle da umidade relativa,


da temperatura, da exposição à luz e da poluição. As condições gerais
recomendadas para o arquivo de coleções de fotografia em preto e branco são:
umidade relativa de 35%, com flutuações inferiores a 5%; temperatura de 18°C, com
flutuações inferiores a 1°C; e filtragem de ar.

O controle da umidade relativa (UR) merece atenção redobrada. A umidade


causa os maiores estragos. UR superior a 50% leva ao amarelecimento da prata,
21
formação de espelho de prata, amarelecimento e fragilização do papel,
amolecimento e adesão da gelatina às embalagens e acidificação das películas de
acetato de celulose. UR acima de 60% provoca o crescimento de fungos; inferior a
20% provoca a contração e o desprendimento da gelatina, e o encurvamento de
provas. As flutuações de UR causam tensões nos materiais laminados,
desprendimento de emulsões e formação de rachas na superfície. Do dia para a
noite, e de verão para inverno, podem haver variações grandes, da ordem de 40%.

Outro fator a controlar é a temperatura do arquivo. O calor acelera todas as


reações químicas. Temperaturas elevadas afetam sobre tudo as imagens em cor e
os suportes plásticos instáveis (películas de nitrato e acetato de celulose).

O controle destes dois fatores deve ser encarado simultaneamente. Controlar


apenas um deles (por exemplo, baixar a temperatura) arrasta necessariamente à
degradação do outro (aumento da UR). Na sala de arquivo deve haver um aparelho
de registro de umidade e temperatura funcionando permanentemente. Na sua falta
podemos fazer leituras diárias destes fatores. São estas leituras que nos dizem o
que fazer. Geralmente o maior problema é a umidade relativa elevada, que pode ser
reduzida por meio de desumidificadores. O aparelho desumidificador mais eficiente
funciona por absorção química e remove a umidade com eficácia, mesmo em
temperaturas baixas, sendo capaz de atingir os níveis desejados durante todas as
estações do ano. Um desumidificador por refrigeração, embora não tão eficiente, já
é uma contribuição significativa para a melhoria das condições ambientais.

Imagens fotográficas em cor sejam elas provas, negativos ou diapositivos,


requerem um arquivo frio. Os corantes que constituem a imagem são instáveis, e
sua velocidade de deterioração se deve à temperatura ambiente.

ORGANIZAÇÃO

A forma de organização de uma coleção pode ter um papel importante na


preservação. Se a coleção se encontrar bem arrumada e numerada, reduzimos ao
mínimo a manipulação e evitamos danos físicos nas peças.

A forma de organização deve levar em conta as características físicas das


peças. É elementar separar as coleções por tipos de material: os negativos devem
constituir um grupo, as provas' outro, e os diapositivos e transparências outro. O
sistema de numeração deve permitir que se encontre facilmente um negativo de
uma prova e vice-versa. A organização deve também separar os diversos materiais:
os negativos em vidro dos negativos em película; e as provas montadas em cartão
das provas não montadas.

A arrumação por formatos é também vantajosa, pois permite-nos economizar


espaço e instalar as peças em caixas adequadas às suas medidas. Desta forma elas
não correm o risco de dobrar ou vincar com o manuseamento. Organizando os
negativos de vidro por formatos evitamos a quebra dos negativos maiores por
pressão dos menores. Um elemento fundamental na organização é a atribuição de
um número. Por meio do número as peças são ordenadas e encontradas facilmente.
O número de peça pode nos indicar a que grupo ou coleção pertence cada imagem
e o seu local de arrumação no arquivo, de que tipo de peça se trata etc.

22
ACONDICIONAMENTO

A escolha do material de construção e o desenho das embalagens de arquivo é


outro aspecto importante da conservação. Uma embalagem deve adequar-se à peça
que protege, ao tipo de utilização que tem e ao seu estado físico. A embalagem não
pode interferir com a peça arrumada e deve ser de material quimicamente neutro.
Da sua manipulação não podem resultar danos físicos ou desgaste.

Podemos distinguir três níveis de proteção: As embalagens individuais são o


primeiro nível de proteção. Protegem do pó, da manipulação e de flutuações rápidas
ambientais. Permitem uniformizar formatos, numerar e indexar. São o elemento mais
delicado porque estão em contato direto com as peças. Podem ser em papel,
plástico ou cartão.

As caixas, gavetas ou fichários são o nível dois de proteção. Permitem-nos


manter em grupo peças semelhantes, evitar excesso de peso e são auxiliares na
organização e na procura de peças.

Um terceiro nível de proteção são os armários e as estantes em aço laqueado,


alumínio ou aço inoxidável. Não se recomenda a madeira.

Controle das condições de uso: A vigilância na forma como as fotografias são


usadas pode poupá-Ias de muitos danos. Muitas provas são danificadas pela ação
da luz durante as exposições. Diapositivos esquecidos sobre mesas de luz ligadas,
ou projetados frequentemente desvanecem muito rápido.

Provas expostas ao sol desvanecem, e deformam-se fisicamente. A exposição


de imagens fragilizadas ou facilmente afetadas pela luz deve ser realizada apenas
sob certas condições, ou evitada. Entre as mais sensíveis citamos as provas de
albumina e os processos em cor contemporâneos. A sua utilização só deve ser feita
através de duplicados. Exponha uma cópia de boa qualidade e preserve o seu
original no escuro.

A manipulação descuidada dá origem a rasgos, vincos, nódoas, dedadas,


manchas e riscos em provas e negativos fotográficos. Inscrições a tinta, marcas de
ferrugem de clipes, carimbos de museus sobre a imagem, marcas de dedos e
perdigotos, são apenas alguns dos muitos e frequentes exemplos de negligência
que encontramos. As fotografias nos registram para sempre. Todos os que as
utilizam devem ser instruídos para evitar descuidos. As regras de manuseamento
para todos os que utilizam os arquivos, incluindo os técnicos são:

 Mínimo, estas: Usar luvas sempre que tocarem em provas ou negativos.


 Pegar nas provas com as duas mãos, em especial as de grande formato e as
montadas em cartões fragilizados.
 Não circular com negativos de vidro na mão;
 Observá-los Não escrever sobre as fotografias, usar a embalagem para
numerar e indexar. Quando for imprescindível, escrever nas costas da prova,
a lápis e suavemente.

23
CÓPIA E DUPLICAÇÃO
A cópia e duplicação fotográficas são uma ferramenta importante em
conservação de fotografia. O que são cópia e duplicação?
Uma cópia é a reprodução de um original opaco, uma prova ou um desenho. Uma
prova sem negativo é copiada para se fazer um negativo de cópia. Dele se
imprimem provas de segunda geração, de qualidade menor que a do original.

Uma duplicação é a reprodução de um original transparente, um negativo ou


um diapositivo. Um negativo é duplicado dando primeiro num interpositivo
transparente que é duplicado dando num negativo duplicado. Um diapositivo é
duplicado dando num diapositivo duplicado. Em ambos os casos a qualidade do
duplicado é muito próxima à do original. Estas operações são muito praticadas em
conservação de fotografia por três razões:

 Para poupar os originais de utilizações potencialmente danificadoras. É o


caso de diapositivos originais que devem ser reproduzidos em catálogo e que
não queremos enviar para tipografias. É o caso de provas frágeis à luz que
não têm de figurar em exposições (expomos uma reprodução do original).
 Para salvar peças instáveis que estão condenadas, mais cedo ou mais tarde,
à autodestruição. É o caso dos negativos com suporte de nitrato de celulose.
É o caso de negativos em acetato de celulose em início de deterioração.
Estes são duplicados em suporte de poliéster, muito mais estável.
 Para recuperar peças deterioradas, manchadas ou rasgadas. Uma prova
manchada pode ser copiada sendo a mancha total ou parcialmente eliminada
na reprodução. É o caso do espelho de prata das provas. É o caso de
diapositivos com a cor ligeiramente alterada, em que a duplicação permite
corrigir os desvios de cor até certo ponto. É o caso de provas que perderam o
contraste e que podem ser copiadas com a correção do mesmo.

A duplicação de fotografias por meio de computador está aumentando as


possibilidades de correções da imagem em níveis até agora impensáveis (e em
alguns casos bastante assustadores).

Reparação de peças danificadas: O restauro não tem em fotografia tanta


importância como em outros setores da conservação. As formas de deterioração que
ocorrem em fotografia são em geral irreversíveis, pois resultam de agressões do
meio ambiente.

Não se pode fazer recuar o amarelecimento ou desvanecimento da imagem de


prata, a alteração de cor, a formação do espelho de prata, a não ser recorrendo à
duplicação e à cópia. Os materiais que sofreram maus tratos físicos devem ser
reparados, deixando visíveis as marcas. Encaramos estes tratamentos como uma
forma de estabilização e não como operações cosméticas. Entre as reparações
possíveis salientamos a colagem de negativos de vidro partidos, a estabilização de
negativos com a emulsão levantada, a colagem de suporte de papel rasgado e a
limpeza de manchas de fita adesiva. As colas empregadas devem ser neutras e
facilmente removíveis. Nas colagens de papel usamos cola de amido, e nas de
vidros usamos a gelatina.

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Modelos de Fichas
Ficha para diagnóstico de acervo fotográfico
Instituição:________________________________________________
Coleção:________________________________Nº de peças do acervo_____
QUANTIDADE/FORMATOS
Fotos avulsas Fotos em álbuns Diapositivos
____com suporte ____ cart cabinet ____35mm
____ sem suporte ____ cart de sisite ____ 6x6
____ cart cabinet ____ outros ____ 6x7
____ outros ____ 4x5 polegadas
____ outros

Negativos de vidro Negativos flexíveis (P/B) Negativos coloridos


____9x13 ____ 35mm ____35mm
____ 13x18 ____ 6x6 ____ 6x6
____ 18x24 ____ 6x7 ____ 6x7
____ 20x25 ____ 4x5 polegadas ____ 4polegadas
____ outros ____ outros ____ outros

Negativos de nitrato Negativo de Diacetato Outros negativos

Panorâmicas ______maior tamanho ________ menor tamanho


PROCESSOS FOTOGRAFICOS
Daguerreotipo Cianotipia Gelatina ou colódio (POP)
____ambrótipo ____ platinotipia _____fotomecânico
____ferrotipo ____ albumina _____ outros
____ papel salgado ____gelatina-prata (DOP)

Dimensões predominantes
1)_______________ 2)_______________ 3)_____________ 4)_____________
CARACTERÍSTICAS DE DETERIORAÇÃO

Sujidades abrasões ataque de fungos excremento rasgos


de insetos

perfurações manchas suporte emulsão esmaecimento


quebradiço deterioradas

ondulações fraturas perda de emulsão espelhamento perdas


da prata de suporte
FORMA DE ACONDICIONAMENTO EXISTENTE

caixas individuais protetores/envelopes agrupadas no mesmo envelope

pastas suspensas jaquetas de poliéster outros___________________

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MOBILIÁRIO

armário fichário arquivo

mapoteca estante outros___________________

Modelos de Fichas
Ficha para diagnóstico de negativos em base plástica
IDENTIFICAÇÃO: DATA:

P&B cor

negativos diapositivos

Identificação da base nitrato acetato poliéster

Formato: 35mm 6x6 6x9 4x5 polegadas


10x12 10x15 18x24 outros
CARACTERÍSTICAS DE DETERIORIZAÇÃO

sujidades fungos bolhas

abrasão migração da inscrição canais

riscos espalhamento de prata exsudação

vincos esmaecimento mudança da coloração base

amassados perda do suporte azul

rasgos descoloração da imagem rosa

perda da emulsão craquelamento bolhas


Deformação da base manchas
amarelas
encolhimento
opaca
ondulação das borda
outras
TRATAMENTO PROPOSTO
limpeza com pincel macio limpeza com pad ped
limpeza com pincel macio limpeza com pincel soprador
Limpeza com solvente
Data _____/_____/_____

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EXPOSIÇÃO
MONTANDO EXPOSIÇÃO
É fundamental efetuar pesquisa relativa a exposição; pressupondo:
• Selecionar o tema da exposição, que seja preferencialmente de interesse
direto da comunidade.
• Definido o tema, selecionar os objetos do acervo que farão parte da
exposição.
• Proceder levantamento bibliográfico, desde a consulta à internet até a leitura
de jornais da época, para levantar dados referentes ao tema selecionado.
• A partir desse levantamento bibliográfico, elaborar pequenos textos para
plotagem ou painéis e folders (sempre mencionando a fonte da pesquisa)
• Complementar as pesquisa com fotografias e gráficos, sempre que possível.
• A partir desse material, entrar em contato com a pessoa que procederá à
montagem da exposição (caso não seja você), para explicar de que forma
deverá ser montada, para que o público possa compreender com clareza a
proposta da pesquisa e da exposição.

ESTRATÉGIAS PARA MONTAGEM

O sucesso de uma exposição depende de planejamento prévio e alguns


cuidados:
 Definir a temática ou estipular uma linha a seguir de modo a dar coerência à
exposição.
 Definir o número de peças do acervo a serem expostas.
 Listar e providenciar com antecedência o material a ser utilizado na montagem
(fio de naylon, tesoura, estilete e o que mais for necessário, tomando cuidado
com fitas adesivas que não devem entrar em contato com as peças).

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 Fazer o projeto museográfico (a planta baixa) da exposição de modo a
visualizar o espaço a ser ocupado e o espaço para circulação do visitante.
 Levar os objetos ao local de exposição somente depois que este estiver dia-
gramado e higienizado.
 Trabalhar somente em lugares apropriados, usando luvas.
 Não é permitido comer ou fumar no local de exposição em qualquer cir-
cunstância, mesmo durante a montagem.

Expondo Fotografias

Devem ser alinhados na posição horizontal, pela base, dispostos de modo que
seu centro fique aproximadamente na altura do olhar do observador (considerando
altura média de 1,62m). Dispor a etiqueta à direita do quadro, alinhando-a à base.
Ao expor desenhos e gravuras: usar a mesma técnica de identificação sugerida
anteriormente, colocando a etiqueta à direita, alinhada à base; caso a obra não
esteja em moldura, deve-se protegê-la com vidro ou acrílico e usar grampos próprios
para a exposição sem usar fita adesiva, tachinhas ou pregos.

Material fotográfico deve ser checado imediatamente após seu recebimento.


Caso haja qualquer dano no vidro, moldura ou na própria fotografia , comunicar ao
fotógrafo ou instituição responsável para reposição do que for necessário. Antes de
iniciar a montagem, identificar foto por foto, escrevendo o nome do autor, local, data
e número que esta receberá na ordem da montagem, sempre com lápis 6B e no
verso da foto: nunca usar carimbos ou qualquer outra marca sobre a imagem.

Os critérios de montagem de uma exposição fotográfica são diversos mas,


de uma maneira geral, aconselha-se seguir uma linha temática coerente e, no caso
de uma exposição coletiva, manter próximos os trabalhos de cada fotógrafo, sempre

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que possível, desde que a coerência estilística ou temática seja mantida. Existem
ainda outros critérios práticos que devem ser observados:

• Fotografias devem ser fixadas sob “passe-partout” ou “borda francesa”, para que
não colem no vidro (esse mesmo critério pode ser usado ao expor gravuras e /ou
desenhos). Usar cores neutras como areia, branco, preto, bege, cinza.

• Antes fixar a fotografia no “passe-partout” e vidro, é importante identificá-las no


verso, usando lápis 6B, suavemente. Jamais usar caneta ou carimbo, tanto na frente
como no verso das fotografias.

• Usar iluminação indireta para que a luz não incida diretamente sobre a obra,
causando reflexo e dificultando a visualização.

• Manter a mesma distância entre as fotos, alinhando-as pela base; colocar as


etiquetas à direita, logo abaixo da moldura.

ETIQUETAS: As etiquetas devem conter as seguintes informações, nesta ordem:

Cada objeto ou artefato deve ser claramente identificado com uma legenda,
que é um texto curto com informações sobre a peça. As legendas devem ser
impressas usando uma fonte adequada em um tamanho de pelo menos 18 pontos.
O espaçamento ‘estendido’ (1.5 no word ou 20 ou 24 pontos em programas de
editoração) é recomendado para facilitar a leitura.

As legendas devem ser definidas em dois tamanhos, um para identificação do


objeto e outro para informações gerais (as legendas padrão na maioria das galerias
públicas têm, no mínimo, 19 centímetros de largura por nove centímetros de altura,
com uma margem de 1 cm).

Algumas galerias colocam todas as etiquetas de identificação de tal forma que


a borda superior da etiqueta, nas paredes, telas e pedestais, esteja sempre a um
metro do chão. As legendas podem ser impressas em papel adesivo e coladas num
cartão ou outro suporte. As etiquetas com as legendas devem ser colocadas na
parte inferior direita do objeto, no suporte de parede, pedestal ou rodapé, com uma
linha de visão fixa (sempre à mesma altura em relação ao chão)

Em exposições montadas com fundo predominantemente escuro, um monte de


etiquetas brancas pode atrapalhar a visualização dos objetos, competindo com eles.
Nesse caso, talvez seja bom imprimir as legendas num papel que tenha a mesma
cor do fundo, para reduzir ou evitar o problema.

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BIBLIOGRAFIA BÁSICA

FILIPPI, Patrícia; LIMA, Solange Ferraz de; CARVALHO, Vânia Carneiro de. Como tratar
coleções de fotografia, 2ª edição. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado: Arquivo do
Estado, 2002.

FUNARTE. Arquivo fotográfico: estudo preliminar. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

____ Proposta para uma política nacional de fotografia. Rio de Janeiro: Funarte / InFoto,
1986.
____Cadernos técnicos de conservação fotográfica. Rio de Janeiro: Funarte MinC,
1997. (n. 1 a 4).
____Cadernos Técnicos De Conservação Fotográfica 2. Diretrizes Para A Exposição De
Fotografias – Nora KennedY. Preservação De Fotografia Na Era Eletrônica – Peter
Mustardo. Reprodução Fotográfica E Preservação – Francisco Moreira Da Costa.
Preservação De Fotografias: Métodos Básicos Para Salvaguardar Suas Coleções – Peter
Mustardo E Nora Kennedy.
___ Cadernos Técnicos De Conservação Fotográfica 3. Uma Nova Disciplina: A
Conservação-Restauração De Fotografias – Anne Cartier-Bresson. Conservação De
Fotografia
___ Cadernos Técnicos De Conservação Fotográfica 4. Armazenamento E Manuseio
De Materiais Fotográficos.
GASTAMINZA, Félix del Valle. (Ed.). Manual de Documentación Fotográfica. Espanha:
Editorial Síntesis, S. A; 1999.
PAVÃO, Luis. Conservação de coleções de fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997.
Boletim da ABRACOR sobre Terminologia para definir a conservação do patrimônio
cultural tangível.
AUMONT, Jacques. A Imagem Campinas. Papirus, 2001
OLIVIERI, Cristiane; NATALE, Edson (orgs). Guia brasileiro de produção cultural 2010-
2011. São Paulo: Edições SESC, 2010. OLIVIERI, Cristiane; NATALE, Edson (orgs). Guia
brasileiro de produção cultural 2013-2014. São Paulo: Edições SESC, 2013. SALAZAR,
Eduardo. Música Ltda. 1 ed. Recife, PE: SEBRAE, 2010.
THIRY-CHERQUES, Hermano R. Projetos culturais: técnicas de modelagem. Rio de
Janeiro: FGV, 2008.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
MINISTÉRIO DA CULTURA. Instrução Normativa nº 1, de 24 de junho de 2013.
MINISTÉRIO DA CULTURA. Súmulas Administrativas da Comissão Nacional de
Incentivo à Cultura (CNIC).

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