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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

DAS DERMATOSES MAIS


FREQUENTES
PARA O CLÍNICO
WEB AULA

19 de Abril de 2017
Palestrantes :NATASHA PINHEIRO
CREPALDI
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS
DERMATOSES MAIS FREQUENTES
PARA O CLÍNICO
UMA ABORDAGEM PRÁTICA

NATASHA PINHEIRO CREPALDI


Dermatologista
Mestrado pela UFMT
Residência em Clínica Médica UFMT
Título de Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia/SBD e AMB
Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso/UFMT
Professora titular da Residência de Dermatologia – HUJM/UFMT
Dermatologista Responsável pela Programa de Teledermatologia do MT
A PELE

É O EU QUE SE VÊ
Prof. Sampayo
A PONTA DO "ICEBERG"
A PONTA DO "ICEBERG"
A PONTA DO "ICEBERG"
A PONTA DO "ICEBERG"
NOÇÕES BÁSICAS NECESSÁRIAS

Esmiuçar a história natural da doença;


Atentar para a distribuição e localização das
lesões;
Ocupação, história ocupacional, hobbies, hábitos
são muito importantes;
Conhecer as lesões elementares da pele;
Saber da característica imunológica da pele;
Estudar a potência e efeitos colaterais dos
corticóides tópicos;
Saber o custo dos medicamentos
DERMATOSES MAIS FREQUENTES
NA PRÁTICA DIÁRIA

✓ INFLAMATÓRIAS
✓ BACTERIANAS
✓ VIRAIS
✓ FOLÍCULO PILOSEBÁCEO
✓ FÚNGICAS - MICOSES SUPERFICIAIS
✓ PARASITÁRIAS
MICOSES SUPERFICIAIS
✓ Fungos
✓ Camada ceratinizada da pele, mucosas e anexos.

✓ CERATOFITOSES (Ex: Pitiríase Versicolor)


Proliferam na camada córnea ou haste livre do pêlo
Não consomem a queratina e não produzem reação inflamatória

✓ DERMATOFITOSES (Ex: Tinhas)


Fungos ceratolíticos, consomem a queratina para nutrição
Invadem a camada córnea da pele, pêlos e unhas
Resposta inflamatória superficial
✓ As CERATOFITOSES e DERMATOFITOSES poupam mucosas

✓ CANDIDIASE SUPERFICIAL
Fungos da família das Cândidas
Afetam tanto a pele quanto as mucosas, além das unhas.
PITIRÍASE VERSICOLOR
*Micose Superficial
✓ Fungo lipofílico;
✓ Coloniza humanos - 90% da população - não é contagiosa;
✓ "Malassezia furfur" é o mais frequente;
✓ Áreas corporais ricas em glândulas sebáceas (couro cabeludo, face, tronco
superior) - precisam de ácidos graxos para nutrição;
✓ Ocorrência universal;
✓ Mais frequente nos climas quentes e úmidos;
✓ Assintomáticas;
✓ Pode evoluir em surtos;

✓ Versicolor – mais freqüente são as lesões hipocrômicas, porém podem


ser hipercrômicas ou eritematosas.
PITIRÍASE VERSICOLOR
*Micose Superficial
PITIRÍASE VERSICOLOR
TRATAMENTO *Micose Superficial
✓ Tópico nas formas localizadas;
✓ Xampus: Sulfeto de selênio 2,5%, Cetoconazol 2%, Ciclopiroxolamina 1 mês e
após repetir semanalmente para evitar recidivas;
✓ Antifúngicos tópicos – azólicos
Fentizol, Cetoconazol (Icaden®, Nizoral®, Canesten®,
Mycospor®, Loprox®, Lamisil®) creme 2 x/dia 1 mês
✓ Sabonetes ceratolíticos a base de enxofre e/ou ácido salicílico – Sastid®
✓ Bucha vegetal no banho;
✓ CASOS EXTENSOS OU RECIDIVANTES: Antifúngicos VO
Cetoconazol 200 mg/dia 10 dias (Nizoral®) - cada vez menos usado
Itraconazol 200 mg/dia 7 dias (Sporanox®, Itraspor®)
Fluconazol 450 mg dose única (Fluconal®, Zoltec®)
• Eliminar fatores predisponentes: hiperoleosidade e hiperhidratação da pele, má
nutrição, gravidez, diabetes, corticoterapia prolongada, homonioterapia, etc.
• Sol para repigmentação
DERMATOFITOSES OU TINHAS
*Micose Superficial
✓ 3 gêneros de fungos, chamados de dermatófitos:
Microsporum, Trichopyton e Epidermophyton
✓ Provêm do solo (geofílicos), animais (zoofílicos) e do homem
(antropofílicos) -> daí a apresentação clínica.
✓ Antropofílicos: pouca clínica, tratamento mais difícil;
✓ Zoofílicos e Geofílicos – clínica mais exuberante, quadros
mais inflamatórios e tendência a cura espontânea.
✓ Não invadem diretamente a epiderme e a derme, seus
antígenos são reconhecidos e estimulam o sistema imune;
✓ Mais comuns no sexo masculino
✓ Contágio por contato direto ou indireto (banheiros públicos,
piscinas)
TINHA CAPITIS
*Micose Superficial
✓ Tinha do couro cabeludo
✓ Genêros Microsporum ou Trichophyton
✓ Mais comum em crianças
✓ Principal fungo é o Microsporum canis, transmitido pelo
contato com cães ou gatos contaminados
✓ Frequentemente causam epidemia entre crianças em
creches e escolas
✓ Contágio entre humanos por contato
direto ou máquinas de cortar
cabelo, pentes e escovas
TINHA CAPITIS
*Micose Superficial
TINHA CAPITIS
*Micose Superficial
TRATAMENTO:
✓ Antifúngicos por VO
Griseofulvina 20 mg/kg 1 vez/dia para crianças e para
adultos 1g/dia dividido em 2 tomadas por 2-3 meses ou, até a cura
clínica ou micológica . Fulcin®, Sporostatin® 500 mg
Terbinafina 5 mg/kg/dia ou 125 mg 1 vez/dia por 2-3
meses ou, até a cura clínica ou micológica . Lamisil® ou Funtyl®
125 mg
Antifúngicos tópicos são pouco efetivos e se forem usados,
deve ser em associação com sistêmicos.
✓ Antifúngicos na forma de Xampus
Cetoconazol 2% ou Micolamina
✓ Antifúngicos tópicos
Cetoconazol, Fentizol, etc

Quérion:
Compressas de permanganato de potássio
Drenagem dos casos mais grave
Atenção para infecção secundária
TINHA CORPORIS
*Micose Superficial
✓ É a tinha da pele glabra (sem cabelo), conhecida como
“impingem”
✓ Os três genêros podem causar a tinha corporis
✓ A transmissão é inter humana (contato direto, fômites, banhos
públicos) ou contato com cães e gatos
✓ Muito pruriginosa
TINHA CORPORIS
*Micose Superficial
TINHA CORPORIS
*Micose Superficial
TRATAMENTO
✓ LOCALIZADAS: Antifúngicos tópicos 2 vezes ao dia por 1 mês
Imidazólicos, Ciclopirox olamina, Terbinafina, Amorolfina
Icaden®, Nizoral®, Canesten®, Mycospor®, Loprox®, Lamisil®

SEMINADAS, REFRATÁRIAS e/ou FATORES PREDISPONENTES


Antifúngicos sistêmicos por 1 mês
Terbinafina 250 mg/dia -> Lamisil ® por 15 dias
Itraconazol 100 mg/dia -> Itraspor ® por 15 dias
Fluconazol 150 mg/semana -> Fluconal ®
Cetoconazol 200 mg/dia -> Nizoral®
por 1 mês
TINHA CRURIS
*Micose Superficial
✓ É a tinha da região perineal ou inguino crural
✓ Acomete a partir da dobra, o períneo, a coxa proximal e o abdome
✓ Mais comum em homens adultos, obesos e diabéticos
✓ Poupa bolsa escrotal e não apresenta lesões satélites
✓ Frequentemente associada a tinha pedis.
TRATAMENTO: idem Tinha corporis
TINHA PEDIS
*Micose Superficial
✓ “Pé de atleta” ou “frieira” - muito freqüente
✓ Entre segundo e terceiro ou entre o terceiro e quarto artelhos
✓ Às vezes há infecção bacteriana secundária
✓ Mais comum em homens jovens, no verão e em diabéticos
✓ Fontes de infecção: pisos de banheiros públicos, adjacências de
piscinas, calor e umidade locais
✓ Importante porta de entrada de bactérias, podendo ser responsável por
quadros de erisipela de repetição
TINHA PEDIS
*Micose Superficial
TRATAMENTO
✓ Antifúngicos tópicos por 3 semanas (Isoconazol, Cetoconazol,
Miconazol...) -> Icaden®, Nizoral®, Canesten®, Mycospor®, Loprox®,
Lamisil®
✓ Fundamental secar bem as regiões intertriginosas
✓ Uso de pós antimicóticos nos sapatos reduz recidivas
✓ Cuidados com o banheiro (Lysoform® 1 colher se sopa em 2L
de água)
✓ Evitar umidade local, atrito e substâncias irritantes
✓ Nos casos de lesões plantares descamativas o uso de Uréia a
20% ou vaselina salicilada é útil no tratamento.
TINHA UNGUEAL /ONICOMICOSE
*Micose Superficial
✓ Lesão da lâmina ungueal por fungos dermatófitos
✓ As unhas se tornam grossas, opacas, amarelo esverdeadas, frágeis, com
sulcos e irregularidades, além da presença de hiperceratose subungueal
(depósito subungueal).
✓ Geralmente inicia-se pela borda livre ou lateral da unha
✓ Prevalência maior entre os idosos e em unhas dos pés
✓ O exame micológico direto é importante para o tratamento
✓ Fatores predisponentes: traumas, tinha pedis, hiperidrose, uso de chuveiros
públicos, tabagismo, unhas doentes ou com crescimento lento (idosos), história
familiar, diabetes, má circulação e deficiência imunológica, uso de sapatos e
meias sintéticas.
TINHA UNGUEAL /ONICOMICOSE
*Micose Superficial
TRATAMENTO
✓ Tende a ser demorado - disciplina e empenho
✓ Fungo é residente da lâmina ungueal – crescimento!
✓ Associar tópico e sistêmico
✓ Cremes são totalmente ineficazes, pois não penetram na lâmina
✓ TÓPICOS
Amorolfina 5% esmalte (Loceryl®) 1 vez/sem 6m - 1a (todos)
Ciclopirox olamina 8% esmalte 2-3 vezes/sem 6m - 1a (Loprox®, Micolamina®,
Fungirox®)
✓ SISTÊMICOS (acometimento >50% da superfície ungueal e/ou da matriz e/ou mais de 1
unha)
PULSOTERAPIA
Terbinafina 250 mg/dia 1 sem, suspende 3 sem, 4-6 ciclos (Lamisil®, Funtyl)
Cura de 90%
Itraconazol 400 mg/dia 1 sem, suspende 3 sem, 4-6 ciclos (Sporanox pulso®,
Itraspor®) Cura de 90%
Fluconazol 300 mg/dia 1 vez/semana por 6m-1a (Zoltec ou Fluconal 150 mg)
Cura de 60%
✓ CUIDADOS
✓ Distrofia ungueal severa: avulsão química ou cirúrgica.
✓ Recorrência/Reinfecção/Cura clínica/Cura micológica/Laser
CANDIDÍASES
*Micose Superficial
✓ Fungos do gênero Candida - Candida albicans (80-90%)
✓ Coloniza a superfície da pele, mucosa oral, intestino e mucosa vaginal
✓ Umidade local, Calor, gravidez, diabetes, deficiência imunológica,
antibioticoterapia prolongada, imunossupressores são fatores
predisponentes
✓ QUEILITE ANGULAR: Ângulo da boca ferido, mais freqüente em
desnutridos, desdentados ou em uso de próteses dentárias
✓ CANDIDÍASE INTERTRIGINOSA: Comum em dobras axilares, inguinais,
interglúteas e submamárias, principalmente em obesos, diabéticos,
imunodeprimidos e pessoas de higiene pobre. Placas eritematosas com
lesões satélites. Cursa com pouco prurido, sem descamação, muita ardência.
✓ CANDIDÍASE DA REGIÃO DAS FRALDAS: Ocorre pela retenção de urina e
fezes que leva a umidade e maceração no local. Pico no terceiro e quarto mês
de vida. Apresenta a clássica satelitose.
✓CANDIDÍASE UNGUEAL: Freqüente em diabéticos, desnutridos,
pessoas que retiram a cutícula e que tem contato contínuo com água (donas
de casa e ocupacional – domésticas, enfermeiras). Há eritema e edema
doloroso em torno da matriz ungueal (paroníquia por candida)
CANDIDÍASES
*Micose Superficial
TRATAMENTO
✓ Fatores predisponentes;
✓Na maioria dos casos, a terapia tópica é suficiente;
✓ Usar antifúngicos imidazólicos de preferência (Cetoconazol, Isoconazol,
Tioconazol, etc) -> Nizoral®, Icaden ®, Fentizol ®
✓ Nos casos extensos, recidivantes, refratários ou na candidíase ungueal dá-
se preferência a terapia sistêmica
✓ Fluconazol é a droga de escolha 150 mg/semana -> Zoltec ®, Fluconal ®
✓ Opção: Itraconazol 200 mg/dia ou pulso -> Itraspor ®, Sporanox ®
✓ Intertriginosa: 1 mês
✓ Ungueal: 3 - 6 meses
✓ Evitar umidade e atrito
✓ Suprimir trabalho com água, sabões e detergentes
✓ Não remover a cutícula
IMPETIGO
*Infecções bacterianas
✓ Dermatose infecciosa aguda
✓ Crianças com menos de 6 anos
✓ Causadas por bactérias:
Stafilococos plasmocoagulase positivos
Ocasionalmente estreptococo beta hemolítico
IMPETIGO BOLHOSO: geralmente estafilococos
IMPETIGO NÃO BOLHOSO: estreptococos + estafilococos
✓ Hábitos higiênicos precários
✓ A partir da colonização da mucosa nasal (estafilococos) ou da pele
(estreptococos)
✓ Pode ser primário ou complicação de outras dermatoses
✓ DIAGNÓSTICO: Clínico
Cultura para bactérias se antibioticoterapia não for eficaz
IMPETIGO
*Infecções bacterianas
✓ Máculas eritematosas
Pápulas vesiculosas ou bolhas com presença de pus
Rompimento da bolha forma-se um colarete descamativo
na borda com crosta central melicérica (a partir
do conteúdo purulento)
✓ Lesões esparsas - disseminam por auto inoculação, com aspecto
policíclico;
✓ Lesões superficiais;
✓ Caráter efêmero
✓ Áreas expostas (face e extremidades)
✓ Não bolhoso: ao redor dos orifícios da face
✓ Pode ocorrer, linfadenopatia regional
✓ Complicação mais grave: Glomerulonefrite difusa aguda (estreptococos)
IMPETIGO
*Infecções bacterianas
TRATAMENTO:

✓ TÓPICO: Limpeza e remoção das crostas (água e sabonete, água


boricada)
Antibióticos tópicos como Mupirocina ou Ácido fusídico (2 a 3
vezes ao dia por 10 dias)
Descolonização: Mupirocina tópica nas narinas 3 vezes/dia 14 dias
✓ SISTÊMICO:
Lesões disseminadas
Penicilinas (Cefalexinas), Oxacilina
Para alérgicos: Eritromicina
MOLUSCO CONTAGIOSO
*Infecções virais
✓ Vírus do grupo POXVÍRUS - Moluscipoxvírus
✓ Se replica dentro das células, levando a hipertrofia epitelial
✓ Condições sócio econômicas, clima e fatores como idade e estado
imunológico
✓ Clima tropical
✓ Transmitido pelo contato interpessoal, contato da pele, fomites e auto
inoculação. Mais raramente sexual
✓ Crianças e adolescentes, principalmente atópicas, que frequentam
piscinas
✓ Na criança, acomete face, tronco e membros superiores.
✓ As lesões são extremamente contagiosas.
MOLUSCO CONTAGIOSO
*Infecções virais
✓ Autolimitada (semanas a anos)
✓ Lesões características:
Pápulas pequenas - aumentam progressivamente
Sésseis, lisas, de cor rósea perolada ou cor da pele, endurecidas
Umbilicação central – cupuliforme
À expressão – material brancacento
Assintomáticas
✓Qualquer local da pele
✓Tendência a agrupamento em uma ou duas áreas
✓Em imunossuprimidos e pacientes com Dermatite atópica pode se
disseminar
✓10-30% tem dermatite perimolusco (eczema)
MOLUSCO CONTAGIOSO
*Infecções virais
TRATAMENTO
✓ Deve ser precoce (contágio)
✓ Destruição das lesões (química, física ou mecânica)
✓ Escolha: número de lesões, localização e idade
✓ Hidróxido de potássio 5% em solução aquosa - uso diário até a mínima
irritação
✓ Cremes de ácido retinóico 0,05%, imiquimode 5% podofilotoxina 0,5% e
nitrato de prata sob anestesia tópica
Cuidado: irritantes -> disseminação
✓ A curetagem é o método de eleição, com ou sem creme anestésico
(Dermomax®, EMLA®). Usar agulha e álcool iodado, luvas e gazes
✓ Mais fácil pedir para a mãe
✓ Sulfato de Zinco VO: resultados promissores para lesões de difícil
tratamento - 10 mg/kg/dia (máximo 600 mg/dia) dividido em 3 tomadas diárias
✓Medicações orais (Cimetidina, Levamizol): controverso, sem respaldo na
literatura
VERRUGAS VIRAIS
*Infecções virais
✓ Papilomavírus (HPV) infectam células epiteliais da pele e
mucosas - fazem proliferação – 160 cepas já descritas
✓ Crianças e adolescentes (idade escolar)
✓ Contágio interpessoal, auto inoculação ou por piscinas e
recintos esportivos
✓ Infectividade depende da carga do vírus e da imunidade dos
hospedeiro
✓ Várias formas clínicas: Vulgar (70% dos casos)
Plantar (25% dos casos)
Planas (5% dos casos)
✓ Verruga plantar é popularmente conhecida por “olho de
peixe”, frequentemente é dolorosa, dificultando a
deambulação
VERRUGAS VIRAIS
*Infecções virais
QUADRO CLÍNICO:
✓ Varia de acordo com o tipo do vírus, o local anatômico acometido e a
resposta imunológica do hospedeiro frente a infecção
✓ Período de incubação variável: 3 meses a 2 anos
VERRUGA VULGAR:
✓ Áreas de trauma (dorso dos dedos das mãos, cotovelos e joelhos)
✓ Pápulas cor da pele, de tamanhos variados, com fissuras na superfície e
aspecto verrucoso, crescimento exofítico
✓ Capilares trombosados – pequenos pontos negros na lesão
✓ Fenômeno de Koebner
VERRUGAS PLANTARES:
✓ Áreas de apoio ou pontos de pressão dos pés
✓ Dolorosas e de difícil tratamento
✓ Crescimento endofítico
✓ Diagnóstico diferencial com calosidades plantares
VERRUGAS VIRAIS
*Infecções virais
TRATAMENTO - LOCAL DA VERRUGA
Destrutivos (queratolítico, crioterapia, curetagem, cauterização, laser, TFD)
Antimitóticos (podofilotoxina, bleomicina, retinoides)
Imunoestimulantes (sensibilizadores tópicos como Imiquimod e interferons
alfa e gama intralesional, cimetidina e levamizol)

➢ Em crianças, iniciar pelos tratamentos menos invasivos


➢ Considerar:
Número de lesões,
Localização
Tempo de evolução
Idade do paciente
Status imunológico
Tratamentos prévios
VERRUGAS VIRAIS
*Infecções virais
VERRUGA VULGAR:
Ácido salicílico (até 20%) + Ácido lático (até 20%) em colódio, com
oclusão exclusivamente na lesão 1 vez ao dia por 7 dias – Duofilm plantar®,
Verrux ®
Crioterapia com nitrogênio líquido (196 graus negativos): 3 meses,
com intervalos de 2 semanas – efeitos adversos
Ácido nítrico fumegante 66% + raspagem
Imiquimod 5% (Ixium, Modik, Aldara): Ação antitumoral e
imunomoduladora (indução de INF alfa): 1 vez/dia a noite, 5 dias por semana,
máximo 16 semanas, com acompanhamento médico
Cirurgia (eletrocoagulação + curetagem). CI para plantas
Ácido Triclorocético 50-70-90%
✓ Durante procedimento cirúrgico, o médico deve se proteger
VERRUGAS VIRAIS
*Infecções virais
✓ PLANTAR: Tratamento difícil
Preferência para o Ácido Nítrico Fumegante 66% após
raspagem da verruga, associar Duofilm plantar ®
Contra indicado cirurgia

✓ PLANA: Tretinoína 0,05 – 1% à noite por 4-6 sem -> Retin A ®,


Vitanol A ®
Às vezes precisa de Crioterapia
Alternativa é o 5-Fluoracil (5-FU) creme por 7 dias

✓ Sulfato de Zinco VO: resultados promissores para verrugas de difícil


tratamento - 10 mg/kg/dia (máximo 600 mg/dia) dividido em 3 tomadas diárias
✓Cimetidina VO: resultados positivos somente para verrugas plantares
✓ Levamizol: não tem respaldo
HERPES SIMPLES
*Infecções virais
✓ Vírus da família herpesviridae
✓ Dois tipos de vírus herpes simples:
Tipo 1 – infecções na face e tronco
Tipo 2 – infecções genitais
✓ Transmissão por contato pessoal, próximo ou íntimo
✓ 70% dos adultos já tiveram contato com o vírus e são soropositivos para
o herpes
✓ Penetram nas células da epiderme e derme, se multiplicam e atingem as
terminações nervosas locais
✓ Persiste no organismo após a primoinfecção
✓ Freqüentes recidivas
✓ A forma orolabial é a mais comum, desencadeada por exposição ao sol,
trauma, stress emocional ou episódio febril
HERPES SIMPLES
*Infecções virais
HERPES SIMPLES
TRATAMENTO *Infecções virais
✓ Os antivirais são indicados: na primo infecção, no herpes genital
recorrente, no imunodeprimido e em qualquer manifestação sistêmica da
virose
✓ No HERPES OROLABIAL, o tratamento é indicado quando pode ser
iniciado antes do aparecimento das vesículas (pródromo)
ACICLOVIR 200 mg 5 vezes ao dia por 5 dias
Famciclovir 125 mg 2 vezes ao dia por 5 dias
Valaciclovir 500 mg 2 vezes ao dia por 5 dias
✓ HERPES GENITAL: IMUNODEPRIMIDOS: EV

Aciclovir 200 mg 5x/d 5 d (recorrência) e 10 d (primoinfecção)


Fanciclovir 125 mg 2x/d 5d ou 1 g 2x dia dose única (recorrência) e
250 mg 3 vezes ao dia por 10 d (primoinfecção)
Valaciclovir 500mg 2x/d 3d (recorrência) e 10 d (primoinfecção)
HERPES ZOSTER
*Infecções virais
✓ O Vírus Varicela Zoster (VZV) causa dois tipos de doença: a
VARICELA e o HERPES ZOSTER
✓ A VARICELA é a primo infecção pelo VZV, enquanto que o HERPES
ZOSTER é a reativação do vírus.
✓ O VZV assim como o HSV 1 e 2 permanece latente nos neurônios
ganglionares.
✓ A partir desses gânglios o vírus desce pelo nervo para acometer a
pele, sempre respeitando um dermátomo.
✓ Ocorre vários anos após um episódio de varicela, sendo mais
comum após os 40 anos, principalmente em idosos.
✓ Os nervos mais frequentemente acometidos são os intercostais e o
trigêmeo.
✓ Lesões desaparecem em 2-4 semanas.
✓ Principal complicação é a neuralgia pós herpética, que ocorre em 10-
15 % dos casos
HERPES ZOSTER
*Infecções virais
HERPES ZOSTER
*Infecções virais
TRATAMENTO:
✓ Antiviral só é indicado se iniciado até 72 h após o início dos sintomas

✓ Visa reduzir o tempo de sinais e sintomas e reduzir o risco de neuralgia


pós herpética.
✓ As doses são dobradas em relação ao Herpes Simples
✓ As opções são:
Aciclovir 800 mg 5x/d 7-14 d
Fanciclovir 500 mg 3x/d 7-14d
Valaciclovir 1g 3x/d 7-14 d
✓ Se dor muito intensa e/ou risco de Neuralgia pós herpética, associar
corticóide: Prednisona 30 mg 2x/d até 7°dia + 15 mg 2x/d até 14° dia + 7,5 mg
2x/d até 21° dia
✓ Tratamento local com Compressas de Permanganato de potássio,
Repouso, Tratar infecção secundária se presente
✓ A neuralgia pós herpética é tratada com anticonvulsivantes
(Carbamazepina 200 mg 2 x/d, Gabapentina, Pregabalina) e aplicação tópica
de creme de Capsaicina 0,025-0,075%
✓ Em imunodeprimidos apresenta-se de forma mais grave (vários
dermátomos e recorrente) – Tratamento é EV por 10 -14 d, sem corticóide
ESCABIOSE /SARNA HUMANA
*Infecções parasitárias

✓ Causada pela fêmea do Artrópode Sarcoptes scabiei


✓ Ácaro de 3 mm
✓ São ectoparasitas - precisam do hospedeiro para sobrevivência e
reprodução
✓ Penetra através da camada córnea, geralmente à noite e deposita
2-3 ovos por dia
✓ O macho não invade o organismo, fecunda a fêmea na superfície
da pele
✓ Transmissão por contato direto, inclusive sexual ou por fômites
(raro)
✓ Parasita morre em horas fora da pele
✓ Existem variedade do ácaro: humano, canis, porco
ESCABIOSE /SARNA HUMANA
*Infecções parasitárias
✓Quando a variedade animal parasita o homem, ocorre forma
localizada e autolimitada
✓ Predomina em adultos de baixa renda, aglomerados e
pouca higiene
✓ Migração no interior da pele e hipersensibilidade ao ácaro
são responsáveis pelo PRURIDO INTENSO CARACTERÍSTICO
mais intenso à noite e ao amanhecer (penetração e postura)
✓ Preferência pelas partes mais quentes do corpo (porção
inferior do abdome, nádegas, genitais, axilas, mamas ,
interdigitais e face anterior dos punhos e pés).
ESCABIOSE /SARNA HUMANA
*Infecções parasitárias
ESCABIOSE /SARNA HUMANA
*Infecções parasitárias
TRATAMENTO
✓ Anti histamínicos para sedar o prurido (Hixizine, Loratadina, etc)
✓ Escabicidas Tópicos:
Permetrina 5% loção, abaixo do pescoço, após o banho, à
noite, lava manhã, durante 3-5 dias e repete após 1 semana -> Nedax
plus ®
Deltametrina -> Deltacid ®
Monossulfiran 25% sol alcoólica, diluir em 2 partes, idem
anterior -> Tetmosol ®
Benzoato de benzila 25% em desuso, menos eficaz, agrava o
prurido e pode eczematizar-> Acarsan ®
Enxofre precipitado 5-10% em pasta dàgua ou vaselina,
tratamento de escolha para gestantes e < 2 anos
ESCABIOSE /SARNA HUMANA
*Infecções parasitárias
TRATAMENTO
✓Escabicidas Sistêmicos:
Ivermectina 6 mg, Dose única VO
1 cp 6mg a cada 30 Kg de peso (não usar com < 30Kg)
Repetir após 1 semana, pois não atua sobre os ovos,
portanto com a função de eliminar os ácaros após sua eclosão.
✓ Tratar todos os que moram com o paciente, bem como parceiros,
mesmo que assintomáticos
✓ Lavar roupas e passar com ferro quente
✓ Pode-se usar sabonetes escabicidas, às vezes corticóides são
necessários
PSORÍASE
*Inflamatórias
✓ Doença crônica, hiperproliferativa inflamatória da pele
✓ Comum - 2% da população
✓ Doença articular - padrão inflamatório
✓ Etiopatogenia desconhecida, sabidamente imunomediada
✓ Ambos os sexos, qualquer idade (pico 20-30 anos)
✓ Predisposição genética
✓ Fatores desencadeantes e exacerbadores: stress emocional,
medicamentos (beta bloqueadores, antimaláricos, sais de lítio, indometacina,
IECA), infecções estreptocócicas (gutata), HIV, traumas cutâneos e outras
dermatites – fenômeno de Koebner
✓ Exposição solar parece melhorar as lesões
✓ Inflamação da derme (Eritema) e Hiperproliferação da Epiderme
(Espessamento e Descamação) -> Ciclo celular acelerado
✓ Áreas mais acometidas: Couro cabeludo, cotovelos e joelhos, região
lombossacra e peri umbilical, dorso das mãos, unhas
✓ Curso crônico e flutuante
✓Sinal de Auspitz - Orvalho Sangrento
✓ Fenômeno de Koebner, Lesões geralmente simétricas
PSORÍASE
*Inflamatórias
TRATAMENTO
✓ Não há cura, objetivo é o controle clínico
✓ Medicações tópicas e sistêmicas com propriedades antinflamatórias e
antiproliferativas
✓ TÓPICO: FORMAS LOCALIZADAS ou associado nas mais extensas
Corticóides tópicos ↑ potência -> Clobetasol (Clob X®, Psorex®) curto
período! Coaltar (alcatrão) ou LCD preparações 2-10% em vaselina
Ácido salicílico 1-3% em cremes associados
Calcipotriol (Vitamina D) 0,005% +- corticóide -> Daivonex® ou Daivobet ®
Imunomoduladores (Tacrolimus e Pimecrolimus) 2x/dia
Cremes emolientes Cold cream, Óleos, Vaselina, Lactato de amônio, Ácido
lático
Ceratolíticos Ácido salicílico 2-6%, Uréia 10,20%
Na forma de xampu, creme, pomada ou solução capilar
✓ FOTOTERAPIA: DOENÇA MAIS EXTENSA OU REFRATÁRIA
PUVA (Psoraleno + UVA): combinação inibe a síntese de DNA das lesões
✓ SISTÊMICA: CASOS GRAVES E EXTENSOS
ACITRETINA: retinóide (palmo plantar e pustulosa)
METOTREXATE: inibidor da síntese de DNA 5-15 mg/semana (articular)
CICLOSPORINA: imunossupressor (resgate rápido)
IMUNOBIOLÓGICOS: Infliximab, Etanercepte, Adalimumabe, Ustekinumabe
✓ Evitar corticóides sistêmicos (rebote, desencadeamento de lesões graves)
DERMATITE DE CONTATO
*Inflamatórias

✓ Reação inflamatória da pele resultante


da exposição tópica a diversos agentes
presentes no ambiente;
✓ Doença ocupacional muito frequente;
✓ Grande impacto sócio econômico;
DERMATITE DE CONTATO
*Inflamatórias
DC POR IRRITANTE PRIMÁRIO:
✓ Agente químico que em contato com a pele produz inflamação, sem
sensibilização prévia (sem memória imunológica)
✓ Forma mais frequente – qualquer substância
✓ Ex: mãos das donas de casa, das fraldas.
✓ Outros: Dicromato de potássio (Cimento e couro), Sabões,
detergentes, vegetais (alho, cebola)
✓ Não há reconhecimento antigênico,
✓ Teste de contato é negativo,
✓ Pode se desenvolver no primeiro contato,
✓ Geralmente limita-se a região de contato
✓ Geralmente são substâncias ácidas ou alcalinas, depende da
concentração e do tempo de contato
DERMATITE DE CONTATO
*Inflamatórias

DC ALÉRGICA:
✓ O indivíduo se expõe ao agente sensibilizante e na reexposição há a
sensibilização,
✓ Ocorre em pessoas predispostas, caracterizando reação de
hipersensibilidade do tipo celular IV – tardia, mediada por células.
✓ Manifestações clínicas aparecem num período cada vez mais curto,
mais grave e de forma mais extensa.
✓ Niquel, formalina, parabenos, etc
✓ Há reconhecimento antigênico,
✓ Teste de contato positivo,
✓ Necessita de contato prévio (sensibilização)
✓ Disseminação a distância, menor dependência da concentração e do
tempo de exposição
DERMATITE DE CONTATO

Lembrar das não eczematosas


DERMATITE DE CONTATO
*Inflamatórias

DIAGNÓSTICO:
Clínico / Laboratorial: Teste de contato
TRATAMENTO
PREVENÇÃO: Cremes de barreiras, uso de EPIs

DC DAS MÃO
Uso de luvas, Creme de silicone
Vulcanizadores borracha e latex: luvas de vinil e poliuretano
Alérgicos ao látex: borracha sem látex
DC Cromo: adicionar sulfato ferroso ao cimento -> cromo hexa para
trivalente
DERMATITE DE CONTATO
*Inflamatórias
LESÕES LOCALIZADAS:
Forma exsudativa aguda ou subaguda
Compressas e banho de Permanganato de Potássio
Corticóides em creme - DEXAMETASONA CREME 2 vezes ao dia 30
dias
Antibioticoterapia se infecção secundária
Fase crônica (liquenificada): predomina xerodermia e espessamento da pele
Emolientes, Corticóides, Imunomoduladores e ceratolíticos

LESÕES DISSEMINADAS
Corticóides sistêmicos em baixas doses (Prednisona 0,5 mg/kg/dia)
Anti histamínicos
Casos leves (Fexofenadina 120 mg 1x ao dia.
Casos intensos Polaramine ou Hidroxizine 8/8h25 mg/dia
DERMATITE ATOPICA
*Inflamatórias

✓ Em crianças, é a dermatose mais frequente


em todas as idades, exceto entre os
neonatos;
✓ Prevalência varia de 10-20%;
✓ Discretamente mais frequente em meninas
(1,3:1).

FATORES GENÉTICOS

FATORES AMBIENTAIS
Mutações de perda de função em genes que
codificam a expressão da filagrina (formação do
fator de hidratação natural e função de barreira
cutânea)
DERMATITE ATOPICA
*Inflamatórias

FATORES DE RISCO:
✓ Famílias pequenas;
✓ Educação elevada;
✓ Condições sócio econômicas boas;
✓ Migração do meio rural para o meio urbano;

Situações que diminuem a exposição a antígenos nas


etapas precoces do desenvolvimento da criança,
impedindo o desenvolvimento de tolerância
imunológica
DERMATITE ATOPICA
*Inflamatórias
✓ Processo inflamatório crônico, pruriginoso e recorrente;
✓ Reage anormalmente a estímulos ambientais (ingestantes,
inalantes, injetantes, contactantes e microorganismos);
✓ 80% são encontradas outras manifestações de atopia (rinite
alérgica, asma) no paciente ou em seus familiares;
✓ Geralmente são crianças com tendência a hiperatividade, com
prurido agravado no período noturno
DERMATITE ATOPICA
*Inflamatórias
CLÍNICA:
✓ XEROSE CUTÂNEA
✓ BAIXO LIMIAR AO PRURIDO
✓ VASCULORREATIVIDADE CUTÂNEA
ALTERADA – VASOCONSTRITIVA
✓ FAVORECIMENTO DA LIBERAÇÃO DE
MEDIADORES
OUTRAS CARACTERÍSTICAS:
✓AUMENTO DA PRODUÇÃO DE IgE –
respiratórios
✓PARTICIPAÇÃO DO Staphylococcus aureus -
superantígenos
DERMATITE ATOPICA
*Inflamatórias
✓ Lesões eczematosas
Agudo, Subagudo ou Crônico
DERMATITE ATOPICA
✓ PRURIDO INTENSO
*Inflamatórias
✓ FORMA INFANTIL (até 2 anos): face, poupando maciço centro-
facial, superfícies extensoras dos membros
✓ FORMA PRÉ PUBERAL (2 a 12 anos): Acomete flexuras (dobras
antecubitais e poplíteas, dobras do pescoço
✓ FORMA ADULTA: Lesões ocorrem em qualquer lugar, frequente
a localização flexora.
DERMATITE ATOPICA
*Inflamatórias
OUTROS SINAIS:
✓ Xerose;
✓ Dermatite crônica inespecífica dos pés e mãos;
✓ Ictiose e hiperlinearidade palmar;
✓ Pitiríase alba;
✓ Dermografismo branco;
✓Ceratocone e catarata subcapsular anterior;
✓Dupla prega palpebral infra orbital de Dennie Morgan
✓ Ceratose pilar
DERMATITE ATOPICA
*Inflamatórias
DERMATITE ATOPICA
*Inflamatórias
TRATAMENTO
CUIDADOS GERAIS
✓ Ambientais (banhos, sabonetes, vestuário, unhas, cortinas, brinquedos e
almofadas, animais domésticos, cama)
HIDRATANTES (recomposição da barreira cutânea)
✓Emolientes – protetores de barreira lipídica (Fisiogel AI®, Cetaphil
Restoraderm, Kalima)
✓ Sabonetes de Glicerina ou Emolientes (Cetaphil Restoraderm®, Oilatum®),
Repytelin® no banho

✓ Alimentares - controverso
(prova da exposição e exclusão)
Podem contribuir para exacerbação em até 30% dos casos graves,
principalmente em < 3 anos
Ovo, trigo, leite de vaca, soja, morango,
frutos do mar e castanhas

✓ Orientação aos pais


DERMATITE ATOPICA
*Inflamatórias
TRATAMENTO
FASE ECZEMATOSA AGUDA - EXSUDATIVA:
✓ Banhos ou compressas
✓ Corticóides – sempre da menor potência que controle o quadro –
Hidrocortisona -> Desonida -> Mometasona
✓ Antibioticoterapia nas formas extensas – maior colonização por
estafilococos
Tópicos – Acído fusídico ou Mupirocina (Verutex, Supirocin)
VO – Cefalosporinas de primeira ou segunda geração
✓ Anti histamínicos sedativos (Hidroxizine 1mg/kg/dia)
✓ Imunomoduladores: formas localizadas e em áreas específicas (face,
pálpebras, pescoço), a partir de 3 meses (Pimecrolimus) e 2 anos
(Tacrolimus)
Tacrolimus 0,03% e 0,1% e Pimecrolimus 1% (Elidel ou Protopic) 2x/d
✓ Corticóide por VO em casos excepcionais, mais extensos, por curto
período (Prednisona 0,5 - 1mg/kg)
✓ Imunossupressores (Ciclosporina), fototerapia
VITILIGO
*Inflamatórias
✓ Freqüente – 1% da população
✓ Distribuição universal, sem preferência por
sexo ou raça
✓ Comportamento familiar
✓ Manchas acrômicas, na maioria das vezes de distribuição simétrica,
preferencialmente em face (periorificial), punhos, dorso dos dedos,
genitálias e iminências ósseas
✓ Fenômeno de Koebner
✓ Ausência de melanócitos nas lesões
✓ Teorias tentam explicar, mais plausível é a imunológica, uma vez que
há associação com doenças auto imunes
✓ A evolução das lesões é imprevisível e a duração indefinida
VITILIGO
*Inflamatórias
VITILIGO
*Inflamatórias
TRATAMENTO
✓ Corticóides tópicos média-alta potência (Clobetasol, Betametasona,
Triancinolona, Dexametasona) - Betametasona 0,1% > Betnovate® 2x/dia
✓ Baixa potência em dobras e face: Desonida, Hidro e Mometasona 1x/d
✓ Imunomoduladores – Tacrolimus/Pimecrolimus > Elidel®/Protopic® 2x/dia
✓ Fototerapia com sensibilizante Oxsoralen (8 Metoxipsoralen a 0,1% em solução
alcóolica)
✓ Bergamota solução alcóolica 20-40% + sol
✓ Fototerapia com cabine de UVA + 8MOP (PUVA terapia)
✓ GENERALIZADAS: Sistêmico com Metoxipsoralen 25 mg/dia, Oxsoralen 10
mg/dia, Mamacadela 250 mg em pó/dia
✓ Laser para lesões localizadas, Cosméticos,Tatuagens
✓ Raramente corticóide oral para extensas com evolução rápida
✓ >80% da superfície corpórea pode ser tratado com
despigmentação com Monobenziléster de
Hidroquinona pomada a 20%
✓ Apoio psicológico, Investigação de doenças AI
DERMATITE SEBORREICA
*Inflamatórias
✓ Doença inflamatória crônica da pele, freqüente e
recorrente, com escamas oleosas
✓ Predileção pelas áreas seborréicas: couro cabeludo,
sobrancelhas, bordos palpebrais, sulco naso labial e
região pré esternal
✓ Prevalência de 5% na população
✓ Mais freqüente em homens
✓ Piora com stress e ansiedade
✓ Etiopatogenia mal definida
✓ Renovação das células da epiderme acelerada,
associado a aumento da produção de sebo e presença de
um fungo – Pityrosporum ovale
✓ Início na puberdade – aumento da secreção sebácea
estimulada por andrógenos
DERMATITE SEBORREICA
*Inflamatórias
DERMATITE SEBORREICA
*Inflamatórias
DERMATITE SEBORREICA
*Inflamatórias
✓ Xampus a base de Enxofre, Ácido Salicílico, Zinco, Coaltar, Selênio ou
Antifungicos (Cetoconazol, Micolamina)
Stiproxal®, Pielus®, Ortosol plus®, Tarflex®, Nizoral®, Polytar®

✓ Corticóides tópicos:
Betnovate® solução capilar
Diprosalic® solução capilar
Betnovate® creme, Berlison®, Stifcortil®

✓ Imunomoduladores: Tacrolimus ou Pimecrolimus


Elidel® e Protopic®
✓ Casos mais resistentes: Isotretinoína -> Roacutan®

✓ Novidade: Inneov Sensicap DS cápsulas


ACNE VULGAR
*Inflamatórias

✓ Doença dos folículos pilossebáceos


✓ Localização na face e região antero posterior do tórax
✓ Etiologia multifatorial
✓ Predomina em adolescentes (atetando 80% deles) do
sexo masculino
✓ Tendência hereditária
✓ Curso prolongado, mas 2/3 autolimitado
✓ Padrão de recorrência e remissão
✓ Impacto social, afetando a qualidade de vida dos
pacientes
ACNE VULGAR
*Inflamatórias
FOLÍCULO NORMAL: os queratinócitos descamam
como células únicas para o lúmen folicular e são
excretados

PUBERDADE → ↑ Secreção hormonal – andrógenos


Aumento no tamanho e atividade das glândulas sebáceas
Hiperceratose intrafolicular
COMEDÃO
Obstrução e bloqueio da saída do folículo (sebo/queratina/bactérias)
Proliferação Propionibacterium acnes – produzem lipases
Degradam sebo – irritam e rompem a parede do folículo
Liberação de bactérias, ceratina e sebo para a derme

PÁPULAS, PÚSTULAS, NÓDULOS...


ACNE VULGAR GRAU I Não inflamatória
Comedoniana
*Inflamatórias
GRAU II Inflamatória
Papulopustulosa

GRAU III Inflamatória


Nodulo cística
Nódulos furunculóides

GRAU IV Inflamatória
Congloblata
Cistos e Abscessos
GRAU IV Fulminans
Congloblata
Doença sistêmica
ACNE VULGAR
*Inflamatórias
->Tratamento deve ser precoce
– minimizar danos físicos e psicológicos

ACNE GRAU I: Tópicos comedolíticos são suficientes


Retinóides (normalizam a descamação, potencializam
penetração de outras, mantem a remissão da acne)
- Ácido Retinóico/Tretinoína e Isotretinoína
Vitanol A®, Vitacid®, Retin A, Isotrex®
- Adapaleno (ação AI)
Adapaleno (genérico), Differin, Adacne, Adapel
ACNE GRAU II: Tópicos antinflamatórios, anti P. acnes e comedolíticos
- Peróxido de benzoíla (AI e ATB): Solugel®, Clindoxyl®
- Clindamicina, Eritromicina: Clindacne®, Estiromicin®
- Comedolíticos: Retinóides -> Isotrexin®, Vitacid acne
- Associação retinóides e Peróxido de benzoíla: Epiduo
ACNE VULGAR
*Inflamatórias
ACNE GRAU III Tratamento tópico + Antibióticos VO
Tetraciclinas e seus derivados
Tetralysal®(limeciclina) 150 ou 300 mg 1 vez ao dia 2 – 3 m
Doxiciclina, Minociclina (50 – 100 mg 1-2 vezes ao dia)
Tetraciclina 500 mg 12/12 horas
Azitromicina: em desuso
ACNE GRAU IV/V Isotretinoína VO - Roacutan®
Atua na glândula sebácea
Diminui a sebogênese
Normaliza a ceratinização folicular
Induz a apoptose de sebócitos
120 – 150 mg/kg de peso – Dose diária 0,5-1 mg/kg
Exames prévios
Contra indicações
ACNE VULGAR
*Inflamatórias
- Relato de piora relacionada a menstruação
(SOP? Sensibilidade periférica aumentada aos androgênios?):
Anticoncepcional com efeito antiandrogênico (inibidor competitivo do receptor androgênico e
reduz a atividade da 5 alfa redutase tipo 2)
Acetato de Ciproterona: Diane®, Yasmin®, Selene®;
Drospirenona: Yaz, Elani ciclo
Anti androgênicos: Espironolactona (inibe parcialmente a esteroidogenese adrenal e ovariana)
Sensibilizador da insulina: Metformina (500 mg – 1,5 g/dia)
Evitar ACHO com efeito androgênico (noretisterona, levonorgestrel e norgestrel).

- Todos os graus: Agentes de limpeza (removem o excesso de sebo da pele), não


deve ser exagerada (rebote e irritação).
- ACNE NA GESTAÇÃO – efeito da progesterona, primeiro trimestre
ACIDO AZELAICO é permitido (Azelan, Dermazelaic)
- Evitar monoterapia com antibióticos (tanto agudos como manutenção)
DIETA X ACNE ACNE
✓ Componentes do leite, tem capacidade de estimular a liberacao de insulina, que
estimula o IGF1 (fator de crescimento com ação semelhante a insulina), que por sua
vez aumenta a testosterona e dimunui a produção de globulina ligadora de
hormonio sexual (SHBG).
✓ Leite rico em hormonios esteróides reprodutivos animais
✓ IGF1 tem efeito anabólico e é influenciado por dietas e tabagismo
✓ Alimentação baseada em fast foods e ricas proteínas do leite aumentam IGF1
✓ Whey protein – rico em soro do leite

DIETA IDEAL
- Baixo índice glicêmico
- Rica em fibras
- Diminuir carboidratos refinados
- Diminuir acidos graxos trans
- Diminuir acidos graxos saturados
- Aumentar ingesta de omega 3 e 9 (propriedades antinflamatórias)
- Aumentar Vitamina E
natashacrepaldi@gmail.com

Celular: 92855945
Clínica: 33213565
Núcleo Técnico Científico de Telessaúde MT
www.telessaude.mt.gov.br
www.youtube.com/teleeducamatogrosso
www.teleconhecimentomt@gmail.com
Tel: (65) 3661-2494/
3615-7352

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