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9/12 - O Sistema Imune em Funcionamento II - Ativação de linfócitos B e troca de isótipo.

A produção e diferenciação de LBs acontece na medula óssea sendo que o DNA das células B pouco
diferenciadas é não-recombinado (linhagem germinativa, germ line) onde os genes necessários estão
dispostos em regiões afastadas.

Em ordem, na cadeia pesada existem vários segmentos Vs, vários segmentos Ds e vários segmentos Js e, em
seguida, encontram-se os segmentos que dão origem à cadeia constante: a constante mi (Cμ), a constante
delta (Cδ) - a constante mi origina a cadeia mi (μ) da IgM, da mesma forma que a constante delta dá origem
à IgD - continuando, existe uma SEQUÊNCIA INIBITÓRIA, a constante gama um (γ), outra sequência inibitória,
a constante exon (Cε) e assim por diante.

Então, com os LBs na medula óssea ocorre o rearranjo gênico de segmentos tanto pela ação da Rag 1 quanto
pela Rag 2, tendo a partir disto um segmento V unido ao acaso a um segmento D e, ao acaso, unido a um
segmento J. Seguindo há uma constante mi, uma constante delta, uma região inibitória, uma constante gama,
uma sequência inibitória e assim por diante. Ao ser lida, a sequência de DNA irá converter uma sequência
VDJ, uma Cμ, uma Cδ e quando chegar à sequência inibitória a leitura será interrompida.
Nesse momento, o LB que está sendo gerado na medula óssea expressa IgM e IgD. Então todo LB sai da
medula óssea expressando estes tipos de Ig em sua superfície, ambas reconhecendo o mesmo tipo de
antígeno, pois a sequência gênica que determina as regiões variáveis são as mesmas.

A partir do momento que estes LBs são gerados, eles começam a circular/recircular pelo organismo
passando pelos diferentes órgãos linfóides secundários e, uma vez que eles reconheçam seu antígeno
específico, estes LBs serão ativados. O encontro destes LBs com o seu antígeno específico acontece em
nível de órgãos linfóides secundários, sendo que o que determina esse encontro é a drenagem antigênica:
aquele antígeno presente na pele será drenado para um linfonodo; os antígenos sanguíneos serão drenados
para o baço; antígenos de trato respiratório serão drenados para órgãos linfóides associados à mucosa
(MALT).

A ATIVAÇÃO DE LBS FRENTE À DIFERENTES ANTÍGENOS : protéicos, lipídicos, lipopolissacarídicos, ácidos


nucléicos.
Obs: A seguir, os eventos de ativação descritos serão exemplificados em nível de linfonodo, porém podem
acontecer em qualquer órgão linfóide secundário.

Quando o antígeno invade o organismo, é suposto que se haja uma infecção por determinada bactéria, sendo
que essa bactéria possui em sua superfície uma série de antígenos diferentes. Considerando que haja um
ANTÍGENO PROTÉICO (ptn X) na superfície desta bactéria, e considerando que tenha sido inoculada, e que ela
esteja numa região intersticial (na pele, p.ex.), haverá neste local uma célula dendrítica imatura (Célula de
Langerhans) que é capaz de endocitar este antígeno protéico e migrar para o linfonodo de drenagem.

Ao migrar para o linfonodo de drenagem, esta Célula de Langerhans vai sofrer processo de maturação,
começando a expressar em sua superfície moléculas de MHC (II e I), e também aumentando a expressão de
moléculas co-estimulatórias B7. Então, no linfonodo, estarão presentes peptídeos bacterianos carreados e
apresentados por células dendríticas, e também estarão presentes peptídeos livres drenados pelos sistema
linfático, em ambos os casos através de vasos linfáticos aferentes. Ao mesmo tempo, haverá neste local
linfócitos T e B naïves transportados através do sangue. Estes linfócitos deixam a circulação arterial e
migram para o estroma dos linfonodos por meio de vênulas pós-capilares modificadas chamadas
VÊNULAS DO ENDOTÉLIO ALTO (HEVs).
O linfonodo é organizado em regiões cortical, paracortical e medular. A região paracortical possui
principalmente LTs. Estes LTs chegam ao linfonodo através de artéria que penetra a região medular, onde
fica o hilo, e atravessam para o interior do linfonodo através de HEVs, localizadas na região paracortical.
Os LBs chegam ao linfonodo pelo mesmo local e migram para a região cortical.
Os LBs virgens, no córtex, formam estruturas chamadas FOLÍCULOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS. Estes LBs podem
(ou não) reconhecer algum antígeno. Caso não reconheçam, eles saem do linfonodo, são drenados pelo vaso
linfático eferente, chegando depois ao ducto torácico e caindo no sistema venoso.

Os LBs específicos para a ptn X a reconhecem através da interação com a IgM. Esta célula então recebe um
sinal para migrar até os LTs.
*Por outro lado, no mesmo momento, o LT (específico) pode estar interagindo com o antígeno através de
apresentação via MHC, efetuada pela célula dendrítica.
Ao migrar, o LB pode também internalizar a ptn X e apresentá-la via MHC II, também expressando B7.
Assim, a própria célula B pode ativar o LT.
*Na maioria das vezes, a ativação do LT acontece auxiliada pela célula dendrítica.

Então, a partir do momento que o LT é ativado, ele passa a expressar na sua superfície uma molécula
fundamental para a ativação do LB: a CD40L. Estes LTs ativados migram em direção ao LB, havendo então o
encontro entre LTs e LB, entre as regiões cortical e paracortical.
→ O LB nesta região já esta expressando moléculas de MHC II+peptídeo. Além de que já possui
constitutivamente a molécula CD40.
→ O LT expressa o TCR específico para o complexo peptídeo+MHC II e também expressa CD40L.

Agora, o LT pode auxiliar a ativação do LB. Através da interação CD40-CD40L, tem início o processo de
ativação do LB que, uma vez ativado, passa a expressar a molécula co-estimulatória B7, que interage com a
molécula CD28 (constitutivo no LT), fortificando ainda mais a interação CD40-CD40L, aumentando também a
produção de IL-2 pelo LT, importante para estimular a proliferação e funções efetoras dos LBs .
*O LT ativado começa a secretar algumas citocinas, inicialmente a IL-4, IL-5 e IL-6.

(ABBAS). "Citocinas derivadas da célula T auxiliar, mais especialmente a IL-2, IL-4 e IL-21, podem
estimular a proliferação e diferenciação da célula B, como é feito pelas citocinas BAFF e APRIL da família
do TNF. A IL-6, que é produzida por macrófagos, células T e muitos outros tipos celulares, é um fator de
crescimento para células B diferenciadas, secretoras de anticorpos".

Então o reconhecimento antigênico direto via IgM de superfície foi o primeiro sinal para a ativação do LB.
Frente a antígenos protéicos, é necessário um segundo sinal disparado a partir da interação CD40-CD40L.
Esta ativação é chamada ATIVAÇÃO TIMO-DEPENDENTE, pois envolve a participação de uma célula T.

O LB ativado entra em expansão clonal e gera células-filhas com a mesma especificidade antigênica. Alguns
destes LBs ativados na cortical-paracortical, começam a secretar suas primeiras imunoglobulinas (+)IgM e (-)IgD,
que deixam o linfonodo e entram na via linfática e depois na via sangüínea.
Outra parte destes LBs volta para a região cortical, onde há mais proliferação e onde acontecem três fenômenos:
1. HIPERMUTAÇÃO SOMÁTICA
2. TROCA DE ISÓTIPO
3. FORMAÇÃO DE CÉLULAS DE MEMÓRIA.
Estes LBs ativados, ao retornar para a região cortical, formam agora os chamados CENTROS GERMINATIVOS , no
interior dos folículo linfóide primário (formando assim um FOLÍCULO LINFÓIDE SECUNDÁRIO).

1) Quando uma célula prolifera, ela passa a estar mais sujeita a mutações ao acaso, mais difíceis de serem
reparadas devido à velocidade aumentada de duplicação. Aqueles LBs ativados em proliferação podem sofrer uma
a dez mutações pontuais ao acaso em sua região gênica VDJ, e caso isso aconteça, a especificidade inicial do LB
pode mudar para uma especificidade totalmente diferente, como também pode continuar reconhecendo o mesmo
determinado antígeno com pior ou melhor afinidade.
Após a hipermutação somática, as células B passam a ser testadas, sobrevivendo somente aquelas que
reconhecerem muito bem o antígeno. Esta seleção é feita pelas CÉLULAS DENDRÍTICAS FOLICULARES, num
processo chamado MATURAÇÃO POR AFINIDADE.
*As células dendríticas foliculares têm esse nome porque lembram morfologicamente uma célula dendrítica,
e se encontram dentro do folículo linfóide. Esta célula tem a capacidade de adsorver (aderir) antígenos em
sua superfície. Ela tem receptores para o sistema complemento e também tem receptores para IgM.

Como já descrito, no início desta resposta imune ocorreu um "pool" de células B secretoras de IgM
específicas (eventualmente chamada de Ig de fase aguda). Portanto, na superfície destas células
dendríticas foliculares podem ser encontradas IgMs ligadas à ptn X. A célula B então será testada quanto à
afinidade com relação a esse antígeno. Inicialmente, o que se espera é que esta célula B seja programada
para morrer. Mas, se esta célula B for capaz de interagir novamente com o peptídeo, com uma afinidade
muito elevada, ela sobrevive. As células que sobrevivem, agora, produzem anticorpos com mais afinidade
pelo antígeno.

2) A troca de isótipo é a suspensão na produção de uma Ig seguida do início da produção de outra Ig.
Os LTs ativados secretam citocinas que alcançam os centros germinativos. Além disto, uma parte destes
LTs também se direcionam para os centros germinativos, onde continuam a secretar citocinas, continuam a
interagir com LBs através de CD40L, fazendo com que estas células B que antes secretavam IgM agora
secretem outra Ig.

Em função da citocina secretada por LTs ou por macrófagos, determinado tipo de Ig tende a ser produzido.
Sabe-se que a IL-4, que inicialmente estimula a diferenciação e proliferação de LTs ( TCD4+ naïves → Th2),
quando no centro germinativo, induz preferencialmente a troca de isótipo para IgE.
O interferon gama, p.ex., induz a troca de isótipo para IgG.

Em relação ao DNA na célula B, antes de cada segmento constante existe uma SEQUÊNCIA SINALIZADORA:
s.mi (antes da Cμ), nada antes da Cδ, s.gama (antes da Cγ), s.exon (antes da Cε), e assim sucessivamente.
*No exemplo da troca para IgG, a sequência mi, que antes era a mais próxima da região VDJ, agora será
substituída pela sequência gama, existindo a formação de uma alça que une a sequência mi com a sequência
gama, excluindo todo o código interposto entre as duas sequências sinalizadoras (incluindo a Cmi e a Cdelta).
Desta forma, a matriz de leitura será a mesma região VDJ e em seguida será enxergada a sinalização gama,
a constante gama e uma sequência inibitória. Isso faz com que a Ig secretada seja IgG.
*Supondo que, numa próxima infecção, este antígeno seja inoculado via mucosa, a produção de citocinas
como TGF-β induz que a resposta imune seja mediada por IgA. Para um mesmo LB que produzia IgG, ainda é
possível recombinar genes afim de fazer a troca da produção de IgG para IgA, pois a sequência sinalizadora
alfa ainda existe no DNA. Agora, a sequência sinalizadora gama se une à sequência sinalizadora alfa e todo o
DNA interposto é excluído. Isso faz com que a Ig secretada seja IgA.
*Existem duas enzimas intracelulares chamadas AID e UNG que são os principais fatores envolvidos tanto
na hipermutação somática quanto na troca de isótipo. São estas as enzimas que quando estimuladas realizam
substituição de pares de bases, removem resíduos, induzem clivagem, etc.

(ABBAS). "A enzima-chave sabidamente necessária para a maturação da afinidade e a mudança de isótipo é
a desaminase induzida pela ativação (AID). Seres humanos com deficiência dessa enzima desenvolvem uma
doença semelhante à síndrome de hiper-IgM causada por mutações em CD4OL, e camundongos knock-out
com deficiência dessa enzima possuem profundos defeitos na mudança de isótipo e na maturação da
afinidade".

Após estes processos, as Igs produzidas saem do linfonodo, posteriormente caem na corrente sanguínea e
começam a agir no antígeno localizado na periferia. A troca de isótipo contribui para uma maior força de
ligação ao antígeno, e determina diferentes funções efetoras específicas.
O ANTÍGENO NÃO-PROTÉICO não é processado e exposto via MHC, portanto não ativa os LTs.
Então acontece que o LB chega ao linfonodo, migra para a região cortical, sua Ig pode reconhecer este
antígeno não-protéico, porém o LB não terá o sinal via CD40L do LT, pois o LT não é ativado nesta situação.
Sabe-se que, os antígenos não-protéicos (polissacarídeos, glicolipídeos, ácidos nucléicos), em geral, são
multivalentes, ou seja, ao longo de sua estrutura existem epitopos antigênicos idênticos que se repetem.
P.ex., em uma bactéria polissacarídica, existem os mesmos polissacarídeos em várias regiões de sua
superfície. Então, todos esses antígenos de superfície podem interagir com a mesma imunoglobulina. Como
são realizadas varias interações, o LB torna-se capaz de ser ativado. O LB pode até mesmo internalizar o
antígeno preso em seu BCR, mas não pode processá-lo e apresentá-lo via MHC, portanto, não pode ativar o
LT. Não haverá, de nenhuma forma, a ativação de LTs. O LB ativado passa então a secretar IgM e IgD,
sendo que eventos como hipermutação somática e troca de isótipo não serão possíveis, pois é necessária a
interação CD40-CD40L.

(ABBAS). "O mecanismo principal pelo qual os sinais do CD40 induzem a mudança no isótipo é a indução do
gene da AID, situado posteriormente a CD40." (...) "Se por um lado o CD40 é o principal receptor de
sinalização que contribui para a indução da AID, por outro as citocinas induzem fatores de transcrição que
identificam quais os loci de cadeia pesada da Ig que serão os alvos da mudança de isótipo mediada por AID
em uma dada célula B ativada."

Esta é uma resposta conhecida como RESPOSTA TIMO-INDEPENDENTE, mediada principalmente por IgM.

VACINAS CONJUGADAS

Chama-se de vacina conjugada aquela vacina onde o seu objetivo é gerar uma resposta frente a um
polissacarídeo. Se a imunização do indivíduo for realizada apenas contendo o polissacarídeo, a resposta será
mediada apenas por IgM. Também não haverá hipermutação somática, maturação por afinidade, troca de
isótipo ou memória imunológica.

Se o polissacarídeo for conjugado com uma proteína, haverá deste modo uma ativação completa da célula B.
Uma célula dendrítica que entre em contato com esse conjunto pode dessa forma apresentar MHC contendo
um peptídeo em sua fenda, o que possibilita a ativação de um LT que, por sua vez, passa a apresentar CD40L.

Na população de LBs presentes no linfonodo pode haver presença de LB específico tanto para o
polissacarídeo quanto para o peptídeo.
Para um LB que reconhece especificamente o polissacarídeo (com a ptn conectada de forma covalente) é
possível internalizar este complexo, processando e apresentando a porção protéica. Quando houver o
encontro do LB com o LT, será possível a ativação completa da célula B graças à interação CD40-CD40L.
Como o LB reconheceu especificamente o polissacarídeo, num primeiro momento há a produção apenas de
IgM.
Porém, por estar ativado, ao migrar de volta para a região cortical no folículo linfóide primário, ele forma
um centro germinativo e assim um folículo linfóide secundário. Neste local, ele sofre todos os processos
necessários para produzir Igs de maior afinidade e de isótipo mais adequado à infecção pelo polissacarídeo.
Também é possível haver a ativação de um LB específico para a porção peptídica da vacina, com o mesmo
resultado.

Então o que é feito é juntar na mesma vacina um ptn de interesse, um polissacarídeo de interesse, ligados
de forma covalente. Deste modo é possível haver uma resposta mediada por anticorpos adequada frente ao
peptídeo e frente ao polissacarídeo, potencializando a resposta imunológica.

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