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MATERIAL DE APOIO

Disciplina: Direito Administrativo


Professor: Roberto Baldacci
Aulas: 13 e14

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
1. Atos Públicos Administrativos
1.1. Controle
1.2. Formas de controle
1.3. Formas de ilegalidade
1.4. Controle administrativo sobre atos administrativos
1.5. Controle de mérito
1.6. Limites na autotutela no poder de revogar
2. Bens públicos
2.1. Regime jurídico de proteção sobre bens públicos
2.2. Bens públicos em espécie mais importantes
2.3. Gestão privada sobre bens públicos

1. Atos Públicos Administrativos: (continuação)

Competência

Finalidade

Pressupostos Forma

Motivo

Objeto

 Ato vinculado é aquele que possui em lei a definição e o preenchimento de todos os pressupostos
exigidos em lei;

 Ato discricionário é aquele que possui parte de seus elementos ou pressupostos previamente definidos
por lei e a outra parte estará em branco ou indefinida e será preenchido exclusivamente pelo
administrador no exercício do poder discricionário;

 Mérito é a motivação privativa do administrador. Preenche ou define aquilo que está em branco ou
indefinido em lei, baseados em fatos ou circunstâncias que o administrador escolhe, que devem ser
proporcionais ao limite da lei, demonstrando a oportunidade e conveniência;

 Pressupostos vinculantes: competência, finalidade, forma, definidos em lei;

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 Preenchimento dos elementos em branco ou indefinidos dos atos discricionários: deve ser motivado.
Essa motivação será baseada em fatos e em circunstâncias que o administrador escolhe/indica. Mas essa
escolha não é livre, esses fatos e circunstâncias que vão preencher o elemento em branco ou indefinido,
devem ser razoáveis e proporcionais aos limites da lei. Preenchendo através dos fatos e circunstâncias
proporcionais, o administrador demonstra a oportunidade e a conveniência e a pratica desse ato. Esta
motivação que preenche o elemento em branco ou indefinido demonstrando a oportunidade e a
conveniência e chamado de mérito discricionário. Exemplo: a lei de responsabilidade fiscal dispõe que
durante estado de calamidade não vigoram os limites e os prazos da referida lei (a lei não define o que é
calamidade).

1.1. Controle:

 O modelo francês reconhece a dupla jurisdição (judicial e administrativa) e uma não revê os atos e
decisões da outra. As duas fazem coisa julgada material. As duas gozam de definitividade;
 O modelo inglês prevê que a única jurisdição é a judicial, e só ela faz coisa julgada material. Poderá
rever atos e decisões da administração;
 O Brasil adota o modelo inglês de jurisdição, que prevê que o poder judiciário poderá rever atos e
decisões proferidos pela administração;

1.2. Formas de controle


a. Controle Judicial sobre atos administrativos: exercido desde que haja provocação;
b. É exclusivo sobre legalidade. O judiciário pode decretar apenas a ilegalidade de um ato, levando a
nulidade ao ato. Representa que desde a origem o ato é ilegal;
c. Necessário anular todos os efeitos que o ato provocou, desde a origem (efeito ex tunc);

1.3. Formas de ilegalidade:


a. O ato viola texto de lei;
b. O ato viola os limites da razoabilidade;
c. O ato viola os limites da proporcionalidade;

 O Judiciário pode anular atos vinculados por ilegalidade de qualquer um dos seus elementos;
 O judiciário pode anular ato discricionário por ilegalidade ocorrida na competência, finalidade ou
forma, ou ainda por ilegalidade da motivação do mérito, quando houver descumprimento dos limites
de proporcionalidade e razoabilidade (devido processo legal substantivo);

1.4. Controle administrativo sobre os atos administrativos (autotutela administrativa):


a. A administração pode controlar a legalidade de seus próprios atos. Esse controle é feito de ofício;
b. Decretação de nulidade, com efeito retroativo ex tunc;
c. Pode reconhecer a ilegalidade de atos vinculados (todos os elementos);
d. Pode reconhecer a ilegalidade dos atos discricionários (quanto a competência, finalidade e forma);

 Há um limite para um reconhecimento. Trata-se de limite temporal. Quando o ato administrativo


repercutir efeitos positivos/favoráveis aos administrados, a Administração poderá exercer a autotutela no
prazo de até cinco anos. Se não repercutir não há prazo.

1.5. Controle de mérito:


a. Também decorre de autotutela administrativa;

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b. Também é exercido de ofício;
c. Pode rever a oportunidade e conveniência (sobre esse aspecto o Judiciário nunca pode interferir)
quando ocorrer um fato superveniente que altere o cenário jurídico. Quando decreta o ato tem-se
um cenário baseado em fatos e circunstâncias. Depois, quando o ato está em vigor, ocorre um fato
superveniente que altera o cenário jurídico e então, nesse novo cenário, a Administração pode
reputar o ato inoportuno ou inconveniente;
d. Revoga-se o ato por perda de mérito (somente atos discricionários);
e. Efeitos meramente futuros (ex nunc);

1.6. Limites na autotutela no poder de revogar:


a. A Administração não pode revogar atos vinculados (só pode revogar ato discricionário que seja
legal);
b. Não pode revogar ato ilegal (este é passível de anulação e não revogação);
c. Não pode revogar o ato simples (de mero expediente, desp. simples e ordem simples);
d. Não é possível revogar o ato exaurido e o ato consumado;
e. Não se admite a revogação de atos complexos e atos compostos;
 Atos complexos: duas autoridades distintas reúnem seus esforços e praticam juntas uma
mesma atribuição;
 Atos compostos: duas autoridades com atribuições distintas, que em conjunto, praticam o ato;

Limites de razoabilidade e
Texto
proporcionalidade

Somente A.D. - Fundam. do mérito


A.V.: 5 pressupostos
discricionário

A.D.: 3 pressupostos (competencia,


finalidade e forma)

2. Bens Públicos: conforme o art. 98/CC, são bens públicos todos aqueles de domínio da União, Estados,
Distrito Federal e município, e também de autarquias de todos os tipos e fundações públicas de todos os
tipos. Para o conceito não é relevante a destinação, nem quem está sob posse ou uso. O que interessa é
quem é o dono.

Não são bens públicos os bens pertencentes à empresas públicas, sociedades de economia mista, entidades
do terceiro setor, tal como as O.S. e as OSCIP, bem como bens pertencentes a permissionárias e
concessionárias;

A única exceção é a empresa pública prestadora de serviços públicos (Correios), que possui bens privados
que serão protegidos como se públicos fossem;

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Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são
particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

Art. 99. São bens públicos:


I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e
praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a
serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual,
territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas
de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada
uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se
dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso


especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação,
na forma que a lei determinar.

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados,


observadas as exigências da lei.

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou
retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a
cuja administração pertencerem.

2.1. Regime jurídico de proteção sobre bens públicos:


a. Absolutamente impenhoráveis;
b. Não oneráveis;
c. Imprescritíveis (não podem sofrer usucapião);
d. Alienação depende do artigo 99/CC – regula o uso e a destinação (afetação) do bem público.
Enquanto o bem estiver afetado será indisponível, inalienável. Poderá ser:

i. Afetação de uso comum do povo: atender necessidades e fruições da população em geral,


como praças, praias, viadutos, etc. A afetação de uso comum decorre da natureza do bem
ou é instituída por ato ou norma;
ii. Afetação de uso especial: atender necessidades e fruições da administração,
privativamente, como, por exemplo, viaturas de polícia, presídios, prédio da prefeitura,
computadores do fórum, etc. É instituída por ato ou norma;
iii. Bem público desafetado é aquele que esteja em desuso. Chamado de bem público
dominial/dominical. É alienável.

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 Para alienar precisa:
 Desafetar;
 Fazer avaliação de mercado;
 Bem imóvel dependerá de autorização legislativa e licitação;
 Bem móvel – licitação na modalidade leilão;
 Excepcionalmente leiloa bem imóvel que recebeu por dação em pagamento;

2.2. Bens públicos em espécie mais importantes:

a. Terrenos da Marinha: faixa de 33 metros. Constitui bem público federal que está sob gestão da
Marinha. Medidos através da borda de rios navegáveis que vão sofrer influência das marés (rios
que desembocam no mar) ou medidos a partir da linha de preamar (ao longo da costa, medido a
partir da média das marés altas). Este bem não pode ser alienado. O que pode ocorrer é uma
enfiteuse especial, e o particular tem exploração do direito de posse. O particular enfiteuta não é
dono, apenas possuidor. Para manter direito de posse paga taxa anual de foro, e conforme queira
transferir a terceiros, paga taxa de laudêmio;

b. Terrenos dos índios: as terras que são tradicionalmente ocupadas por índios são demarcadas pelo
Congresso Nacional, e mediante lei são convertidas em reserva indígena. Trata-se de bem público
federal, que está sob uso e gestão exclusiva dos índios. Quando os índios abandonarem a reserva é
possível instituir também regime de enfiteuse especial, conferindo de direito de posse à
particulares, mediante pagamento das taxas de foro e laudêmio;

c. Terrenos reservados: rios navegáveis sem maré. Terão ao longo de sua borda quinze metros. São
bens públicos dos Estados. Estão sob servidão de passagem;

d. Riquezas minerais e potencial hídrico para geração de energia: distingue das áreas privadas. São
bens públicos da União. A Administração decreta uma modalidade interventiva chamada ocupação
temporária. Após realiza licitação na modalidade concorrência (se verificar que há potencial de
exploração), será escolhida concessionária. O concessionário vai explorar o potencial e pagará ao
proprietário da área uma participação dos lucros;

e. Petróleo e gás: marco do pré-sal.

 Antes do pré-sal: a exploração era por concessão. O óleo extraído pertencia ao


concessionário, e o concessionário pagava para administração a parcela em dinheiro e os
Royalties a título de ressarcimento (pagos somente ao Estado ou município produtor);

 Após o pré-sal: a exploração agora é por regime de partilha. Óleo extraído pertence a
União. A União paga ao seu parceiro em óleo (não há transação em dinheiro). E os
Roayalties passaram a ter natureza de receita pública, devida a Estados e município;

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2.3. Gestão privada sobre bens públicos: a lei regula formas de exploração e gestão privada sobre bens
públicos e as mais importantes são:

a. Autorização de uso:
i. Não exige prévia licitação;
ii. Não é regulada por contrato;
iii. Decorre de ato discricionário precário, ou seja, pode ser revogado a qualquer tempo;
iv. Atende apenas interesses do particular autorizado;
v. Exemplos: poço de agua artesiano, mesas de bar na calçada, realização de shows e eventos
em espaços públicos e portões que fecham ruas sem saída;

b. Permissão de uso:
i. Sem licitação ou contrato;
ii. Decorre de um termo permissionário precário;
iii. Atende interesses do particular permissionário e interesses públicos;
iv. Exemplo: banca de jornal na calçada, vendedor ambulante autorizado, etc.;
v. Excepcionalmente pode exigir licitação nas formas exigidas em lei (Exemplo: box no
mercado municipal, Ceasa, bares e restaurantes e lojas na rodoviária, porto ou fórum);

c. Concessão de uso:
i. Sempre exige licitação na modalidade concorrência;
ii. Regido por contrato administrativo;
iii. Concessionário deve fazer investimentos vultuosos;
iv. Atender interesses privados do concessionário e interesses públicos;
v. Concessionário está sujeito a metas de eficiência na exploração do bem público;
vi. Exemplo: rodovias, aeroportos, portos, estádios municipais, etc.;

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