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Igreja Batista de Cachoeirinha Pr.

Emanuel Sinatra

PERDÃO E RECONCILIAÇÃO A MARCA DO CRISTÃO


Estudo 3 – PERDÃO NO NOVO TESTAMENTO
Texto Base: Mt. 18:21-35.
OBJETIVOS: aprender com o perdão no Novo Testamento e como
chegar a uma compreensão cristã deste assunto,
através das Escrituras Sagradas.
Introdução
O tema perdão é muito debatido em várias disciplinas
acadêmicas. Há muito interesse na teologia do perdão, mas ao
mesmo tempo há certo desprezo pelo material bíblico sobre o
perdão. Neste estudo verificaremos algumas palavras para o
perdão sob os aspectos do perdão do NT.
EXPOSIÇÃO
I . Palavras do Novo Testamento
A doutrina do perdão antecipada no AT tem sua plena
revelação no NT. Consideremos algumas palavras gregas:
1. Âphesis, Remissão. Despedir mandando embora.
Substantivo grego empregado por dezessete vezes: Mt. 26:28;
Mc. 1:4; 3:29; Lc.1:77; 3:3; 4:18 (citando Is. 61:1); 4:18 (citando
Is. 58:6); 24:7; At. 2:38; 5:31; Ef. 1:7; Col. 1:14; Hb.9:22; 10: 18.
2. Apolúo; soltar, libertar, divórcio, perdoa. Ocorre apenas
uma vez com o claro sentido de perdoar, em Lc. 6:37. O
pecador perdoado deve perdoar de todo coração. A fonte está
no perdão com o qual Cristo nos perdoou.
3. Charizomai, ser misericordioso, gracioso com..., livrar,
perdoar, apagar a dívida – utilizada por vinte e duas vezes: Lc.
7:2, 21,42,43; At. 3:14; Rm. 8:32; ICo. 2:12; IICo. 2:7,10; 12:13;
Gl. 3:18; Ef. 4:32; Fl. 2:9; Cl. 2:13; 3:13; Fm. 22.
4. Aphiemi, mandar embora, soltar, deixar ir, liberar o
endividado, «perdoar… Termo grego usado por cento e
quarenta e cinco vezes no NT, desde Mt. 3:15; 6:12, 14, 15, 9:2,
5, 6; 12:31, 32; 18:21, 27, 32, 35 até Ap. 11:9.
No NT o verbo usual para perdoar é o mesmo verbo para
descrever a remissão de uma pessoa. Na cultura grega dívida e
pecado são termos intercambiáveis, perdoar o pecado = remir a
dívida.
O NT revela que a relação entre Deus e a humanidade é
análoga à relação entre um credor e um devedor. Isso não
significa interrupção do relacionamento, o perdão restaura a
relação com Deus.
Assim, no NT, Perdoar significa deixar livre, libertar de
uma exigência legal, atribuir um favor incondicionalmente ao
que feriu. É não levar em conta o mal; é despedir a mágoa; é
agir como se o incidente nunca houvesse acontecido.
Igreja Batista de Cachoeirinha Pr. Emanuel Sinatra

 Implicações práticas deste conhecimento:


Perdão dos pecados é prerrogativa divina (Sl.130:4).
Jesus foi capacitado pelo Pai para perdoar (Mt. 2:5).
Um perdão pleno, gratuito e eterno é oferecido a todos
quantos se arrependerem e crerem no evangelho.
Como cristãos devemos perdoar aqueles que nos
ofendem, de modo imediato, definitivo, como Deus o fez.
O perdão depende da obra expiatória de Cristo. Perdão é
um ato de graça. O perdão cancela o efeito do pecado cometido.

II. Perdão de João e ss


João usa três referências:
1 – Os pecados são perdoados no nome de Jesus (2:12) e,
2 – para perdão do pecado, basta confessar a Deus (1:9).
Aqui se trata do perdão de Deus para os seres humanos.
3 – (20:23, 22) – a ênfase é a proclamação do perdão de
Deus através da igreja (se trata do perdão divino);
Atos usa seis citações ao perdão. Ocorrem no contexto
da proclamação e testemunho, e referem-se ao perdão de Deus
(2:38; 5:31; 8:22; 10:43; 13:38; 26:18). O perdão é conexo ao
arrependimento, ao batismo, à fé, à justificação e à iluminação.
O arrependimento é apresentado como um mandamento que
possibilita o perdão (2:38) e um dom dado com o perdão (5:31).
Paulo não trata com profundidade o perdão, mas há
várias referências importantes:
Em Ef. e Cl., o foco é a relação entre Cristo, o perdão divino e
o perdão mútuo (Ef 1:7, 4:32; Cl 1:14, 2:13, 3:13 ).
Ef. 1:7 celebra a graça de Deus em Cristo. Trata dos benefícios
dos crentes em Cristo, "a redenção pelo seu sangue, o perdão dos
pecados". A redenção é a libertação pela morte de Cristo e é
conhecida através do perdão. Em 4:32 Cristo é o modelo do
perdão mútuo. Na prática de perdão a igreja deve imitar
Deus (5:1).
Em Cl. a mensagem é semelhante – a "redenção, o perdão dos
pecados" (1:14). "Perdoou todos os nossos pecados" (2:13). Cristo é o
padrão para o perdão entre cristãos. Paulo encoraja a (3:13).
Perdoar é sinal da presença de Cristo (Cl 3.11-13).
Hebreus cita o AT (8:12), o perdão divino no contexto da
relação entre Cristo e o sistema sacrificial (9:22; 10:18).
Assim, o perdão está intimamente conectado com Cristo.
Sua morte e ressurreição, Seu sacrifício e mostram a graça de
Deus na doação de Cristo para o perdão dos seres humanos.
 Implicações práticas deste conhecimento:
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O perdão por meio ou através de Cristo se origina em


tudo quanto Ele é e em tudo quanto Ele faz. O perdão depende
da obra expiatória de Cristo.
Cristo, é o exemplo, o padrão cristão para perdoar.

III. Perdão de Mateus a Lucas – Cristo, nosso Exemplo


Mt. 6:12, 14-15 - A ação de Deus,e a da humanidade
Entre o perdão de Deus e o perdão de outros, o perdão
de Deus vem em primeiro lugar.
O Perdão não é por mérito, mas deve ser recebido, e os
que o receberam perdoam os outros. Ele só é recebido com
uma resposta: arrependimento. Há um elo entre a experiência
do perdão de Deus e nossa atitude para com os outros.
Arrependimento não é uma condição prévia para ser
perdoado, mas que o perdoar não é um processo unidirecional.
O perdão humano é um reflexo do perdão divino que
emana do caráter de Deus. Quando somos chamados ao
relacionamento com Deus, somos obrigados a pensar e a agir
do Seu modo, e assim exercer o Seu perdão.
 Implicações práticas deste conhecimento:
A responsabilidade é individual, pois cada ser perdoado
por Deus tem a responsabilidade de perdoar aos outros.

Lc. 7:36-50 - Perdão: uma experiência de aceitação


A questão chave é a seguinte: perdão é uma resposta a
um ato de amor ou seu o ato de amor é uma resposta por ter
sido perdoado? Não é que o amor ganhou o perdão, mas que a
resposta confiante da mulher lhe permitiu receber o que era
oferecido como um dom gratuito, sem relação com seus
méritos. Foi Salva, mas por sua fé - sua resposta confiante".
No v.49, desafiam a autoridade e a identidade de Jesus
como autor do perdão de Deus. Perdoando seus pecados, Jesus
concedeu a ela a Sua honra. Jesus confirma que é a fé, não
amor, ou arrependimento, e nem a emoção, que salva.
 Implicações práticas deste conhecimento:
No Reino, há uma inversão de visão em relação à
prerrogativa de honra e vergonha. A fé libera o potencial de
experimentar o perdão, um perdão que é evidente em um amor
que não tem limites.
Marcos 2:1-12 Perdão: o poder de trazer a plenitude
O perdão ocorre exatamente no ponto onde as palavras
de cura eram esperadas.
Jesus toma para si a exclusiva prerrogativa de Deus para
perdoar pecados. É uma declaração autoritativa (para ser
respeitada e obedecida) e é percebida como tal.
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Jesus responde em sentido inverso no v.9 e traz juntos o


perdão e os aspectos de cura da história sob o tema da
autoridade. O silêncio dos escribas deixa claro que Sua
autoridade é superior à deles.
O v.29, O problema não é um fracasso em
reconhecer quem é Cristo, nem mesmo ter dúvidas e perguntas
honestas. O problema é a acusação de que o poder de Jesus
para expulsar demônios é um resultado de estar possuído por
um demônio, i.e. "a recusa deliberada de ver a atividade do espírito de
Deus no ministério de Jesus". Isto é imperdoável!
Atitude fixa da mente que se recusa a reconhecer o
poder de Deus e que calunia Sua autoridade. Tal atitude torna
alguém legalmente obrigado à condenação eterna porque
removeu de si o potencial de um relacionamento com Deus.
 Implicações práticas deste conhecimento:
O perdão é um testemunho da chegada do Reino.
O perdão é o foco do ministério de Jesus e deve ser o
nosso foco.
O perdão está disponível para todos os pecados contra os
outros e contra Deus.
É somente através do relacionamento com Deus que o
poder de Seu perdão pode ser experimentado.

Mateus 18:21-35 – As restrições e as condições do perdão


O perdão deve ser ilimitado, Jesus usa dois números
perfeitos 7 e 10, e os multiplica. Não deve haver contagem ou
cálculo – o perdão é um estado de coração e não uma questão
de cálculo.
Há três pequenos cenários descritivos que representam o
ensinamento de Jesus e resumem toda a seção de Mateus.
O primeiro, mostra que é possível perdoar. Um servo
vem diante do rei com uma dívida que não pode ser paga. O
Rei é o exemplo de alguém que é capaz de mostrar
misericórdia ao oferecer perdão, em vez de extrair justiça.
A parábola lida com situação econômica, a palavra usada
para a dívida é a mesma palavra usada para o pecado em outros
contextos. Assim, a palavra usada para o cancelamento da
dívida é aquela usada em outro lugar para o ato de perdoar.
Assim, "há um eco do evangelho do perdão dos pecados neste verso".
O segundo, mostra como alguém perdoado pode não
demonstrar perdão. O "perdoado" usa imediatamente à violência
física contra seu devedor antes de qualquer explicação do
problema ou qualquer oportunidade para uma defesa e apelo. O
pedido de misericórdia é o mesmo. Mas, há fortes contrastes
entre as ações do primeiro servo e a misericórdia do Rei.
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Embora a falta de perdão e a injustiça da situação


evoquem uma resposta dos espectadores, os discípulos
certamente teriam ficado indignados com a situação. No
entanto, a pergunta a ser feita se esta cena se seguiu a partir da
primeira, iria provocar tal reação?
No terceiro, os espectadores agem. Julgaram que as
ações do servo "perdoado" eram indignas de alguém que fora
tratado com misericórdia. A declaração final da parábola
resulta em um sentido de encarceramento perpétuo do servo,
uma vez que parece improvável que a dívida fosse paga. Como
Davies e Allison comentam, isso torna a situação em "um
símbolo transparente de julgamento escatológico". De fato, a aplicação
da parábola fornecida no versículo 35 também alerta para o
futuro julgamento escatológico.
Tradicionalmente, a justiça sem misericórdia era aplicada
quando do julgamento. No entanto, Jesus fala de justiça e
misericórdia.

 Implicações práticas deste conhecimento:


Somente aqueles que perdoam com sinceridade podem
esperar ser perdoados.
Como Jesus devemos ser misericordiosos em vez de
legalistas.
A reversão do perdão do Rei demonstra que é impossível
ter tanto os novos quanto os antigos padrões de
relacionamento.
O ensino de Jesus é a ideia de um indivíduo agir em
direção a outro na forma que Deus agiu em relação a ele.
Esta é uma mensagem essencial para os discípulos
viverem em comunidade uns com os outros.

Conclusão

1 – O perdão não é merecido nem adquirido pela


humanidade, é um presente de Deus que precisa ser recebido -
pela fé.
2 – A autoridade de Jesus indica a origem da
capacidade de perdoar. É Deus quem é a fonte dessa
autoridade. Portanto, Deus é a fonte do perdão. Mateus 18
deixa isso claro.
3 – O perdão oferecido à humanidade por Deus em
Cristo é sem limites. Está disponível para todos e é sem limite.
4 – A capacidade ou habilidade da humanidade de
perdoar é um reflexo da natureza divina. O perdão que Deus
oferece estabelece uma nova forma de relacionamento com Ele,
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mas a pessoa que o recebe oferecer esse perdão aos outros.


Mateus 6 deixa claro que o perdão deve ser exercido dentro da
comunidade de cristãos pois será a luz mostrada para aqueles
que estão fora desse grupo imediato.
5 – Há consequências para nós se não perdoarmos.
Mateus 18 – O perdão ilimitado de Deus sobre nós deve ser
refletido no perdão que oferecemos aos outros. Novos e velhos
padrões de relacionamento não podem coexistir. O fracasso em
perdoar é porque nunca foi perdoado. Quando separados de
Deus é impossível experimentarmos seu perdão.
O perdão é um sinal da chegada do Reino, da
inauguração da nova era das relações corretas. Quando o
perdão que Deus oferece é recebido através da fé e é
compartilhado entre seus filhos, então seu Reino começa a ser
realizado na Terra (Lc. 6:37; Mt. 7:1-2; 22:37-40).
O homem perdoa seu devedor (Mt 6:12) e até o seu
inimigo (Mt 5:38-48; Rm 12:19 e segs.) como consequência
do perdão da parte de Deus, em Cristo.

Bibliografia:
ADAMS, Jay E. Conselheiro Capaz. São Paulo, Missão Evangélica
Literária, 2003.
_______________ O Manual do Conselheiro Cristão. São Paulo,
Missão Evangélica Literária, 1994.
_______________ Teologia do Aconselhamento Cristão. Editora
Peregrino, 2016.
BROWN, Colin, Lothar Coenen. Dicionário internacional de Teologia
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COLLINS, Gary R. Aconselhamento Cristão – São Paulo: Vida Nova,
1995.
DOUGLAS, J. D. e Outros. O Novo Dicionário da Bíblia. Edições
vida Nova, São Paulo, 1998.
GEISLER, Norman L. Fundamentos Inabaláveis: respostas aos maiores
questionamentos contemporâneos sobre a fé cristã... São Paulo: Editora
Vida, 2003.
HARRIS, R. Laird e Outros. Dicionário Internacional de teologia do
Antigo Testamento – São Paulo: Vida Nova, 1998.

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