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Gilmar Santos

O FUTURO
DA
HUMANIDADE

2001

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@ Copyrignt - 2001 Fundação Gilmar Santos

Condenação:
Pr. Gilmar Santos

Consultoria Editorial:
Pr. Tácito da Gama Leite Filho

Revisão:
Pâmela Alves dos Santos Andrade

Digitação e Capa:
Wanderson Ribeiro A. Padilha

Diagramação e Arte Final:


Márcio José de Oliveira Veras

Impressão Planográfica
Fone: (62) 211-6185/211-6194

Realização: Fundação Gilmar Santos


Faculdade de Teologia e Filosofía de Goiânia
Av. C. 1, Qd. 468, N°. 887 - Jardim América
CEP: 74.265-010 - Goiânia/GO
Fone: 286-7234/5761722

www.fundacaogilmarsantos.org.com.br

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Sumário

Introdução..................................................................05
1. A Diferença entre o Justo e o ímpio.........................07
2. A Última Morada dos Perdidos................................16
2.1. A Realidade do Inferno na Bíblia..........................17
2.2. A Realidade do Inferno na Consciência Humana..20
2.3. A Descrição do Inferno........................................ 23
2.4. O Escape do Inferno............................................ 26
2.5. A Esperança do Céu............................................ 27
3. A Única Solução para a Humanidade..................... 29
3.1. A Validade do Derramamento de Sangue no
Antigo Testamento.....................................................30
3.2. O Poder e a Eficácia do Sangue de Jesus............ 35
Conclusão................................................................. 39
Contracapa................................................................40

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Introdução

Existe um quadro muito antigo intitulado "os dois


caminhos", que pode ser encontrado na casa de muitos cristãos, o
quadro retrata o destino final das pessoas, um paradoxo de dois
estilos de vida. De um lado, há o caminho largo, cheio de prazeres,
festas, facilidades; do outro, há o caminho estreito, cheio de
obstáculos, algumas dificuldades, um templo. No final de cada um
desses caminhos está o destino daqueles que os trilham: o
primeiro leva à perdição, ao inferno, ao fogo destinado aos ímpios;
o segundo leva à salvação, ao céu, à paz junto ao trono do
Cordeiro. O pintor preocupou-se com as pessoas que estavam
caminhando por aqueles caminhos e tentou alertá-los quanto ao
seu futuro.
No início deste milênio, proliferam idéias e grupos místicos,
seitas, todos supersticiosos, enfatizando crenças em gnomos,
anjos, poderes sobrenaturais, contatos com o invisível.
Preocupam-se em buscar soluções para problemas cotidianos,
vividos no âmbito pessoal ou social, na família, no trabalho, na
comunidade e até mesmo na igreja. Demonstram que estão
abertos à espiritualidade que, infelizmente, está mal direcionada.
Envolvemo-nos, também, em debates quanto à existência ou
não do destino das pessoas. Em nível popular ou acadêmico e
teológico, há discussões em torno de predestinação, livre arbítrio,
destino traçado por Deus. Percebe-se que o materialismo
positivista, ou seja, a busca pela posse de coisas materiais não
tem satisfeito os desejos mais íntimos do ser humano e, por isso,
as pessoas enveredam pelos caminhos do misticismo e do
sobrenatural.
Como arautos de Deus, atalaias de Israel, servos de Jesus
Cristo, precisamos proclamar a verdade do evangelho àqueles que
estão sedentos por encontrar uma resposta adequada aos seus
anseios e preocupações espirituais. É este o objetivo da presente
obra: esclarecer quanto ao destino das pessoas, nem sempre
visível neste mundo mas, com certeza, claro e evidente nas
Escrituras Sagradas, a Bíblia, fonte de toda a verdade e sabedoria
reveladas por Deus. Queremos deixar bem claro que existe
diferença entre o justo e o ímpio, que há um castigo eterno para os
ímpios e uma recompensa eterna para os justos. Neste sentido, o
destino eterno das pessoas já está traçado por Deus; entretanto,
cada pessoa pode mudar este destino, através de suas escolhas ao
longo desta vida. Não acreditamos que Deus tenha traçado o
destino para as pessoas, no sentido de serem justas ou ímpias;

5
entendemos que cada um colhe aquilo que semeia:

"Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois


aquilo que o homem semear, isso também ceifará.
Porque o que semeia para a sua própria carne da
carne colherá corrupção; mas o que semeia para o
Espírito do Espírito colherá vida eterna ".(Gl 6.7,8)

O presente livro quer ajudar o povo de Deus a compreender


o futuro da humanidade. O que vai acontecer conosco depois da
morte? Para tanto, é importante reconhecermos a diferença entre
o justo e o ímpio; estes, dependendo de suas escolhas durante sua
vida, alcançarão a salvação eterna ou a perdição eterna.

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1
A Diferença entre o Justo e o ímpio

"Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio,


entre o que serve a Deus e o que não serve ".
(Ml 3.18)

A profecia de Malaquias foi dada por Deus no tempo de


Esdras e Neemias, durante a volta do cativeiro babilônico, da
reconstrução da cidade, da religião e do culto. Caracteriza-se o
livro pelo seu estilo contestador, indagador. O profeta coloca-se no
lugar de advogado de Deus, inquirido pelo povo acerca de diversas
questões, mais precisamente sete perguntas atrevidas e incisivas:
Em que nos tens amado? (1.2)
Em que desprezamos nós o teu nome? (1.6)
Em que te havemos profanado? (1.7)
Em que o enfadamos? (2.17)
Em que havemos de tornar? (3.7)
Em que te roubamos? (3.8)
Que temos falado contra ti? (3.13)
Este atrevimento se deveu ao fato da nação de Israel sentir-
se frustrada, por Deus não castigar a impiedade das nações
vizinhas. Eles percebiam a diferença que havia entre eles e os
povos politeístas, idólatras, adoradores de imagens de escultura e
ídolos, povos cruéis, devassos. Diante deles, os israelitas pareciam
santos, bons, honestos, fiéis. Por isso, entre murmúrios de
indignação, censuravam-se por terem sido tão justos em sua
maneira de viver: "É inútil servir a Deus. Vejam os povos das
outras nações: fazem tudo o que querem, vivem folgadamente e
Deus não os castiga". Continuavam com suas lamúrias: "O que
nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos, e
andar de luto diante do Senhor dos Exércitos?". O povo estava
ressentido com Deus. Em meio às conversas mais triviais, era
impossível evitar comentários menos exasperados.
- Bem-aventurados são os soberbos, resmungavam,
alguns, com azedume.
- Só os que cometem impiedade prosperam, coaxavam,
outros, amargurados.
- ... até os que tentam ao Senhor escapam..., concluíam,
enciumados, os escravizados pela concupiscência.
Deus, porém, não aceitou as palavras injuriosas do povo, e,
através do profeta Malaquias, transmitiu-lhes o seu desagrado:

7
"Eu ouvi tudo. As vossas palavras foram agressivas para mim".
Deus também ouviu e atentou para as palavras daqueles
que O temiam e se lembravam do Seu nome. Mandou que fosse
escrito um memorial a esse respeito em Sua presença. Acerca
deles, declarou: "São minha possessão particular, naquele dia que
preparei, diz o Senhor dos Exércitos; poupá-los-ei, como um homem
poupa a seu filho, que o serve" (Ml 3.17). Voltando-se para os que o
aborreceram, esclareceu decisivamente: "Então vereis outra vez a
diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que
não o serve " (Ml 3.18).
O salmista Asafe também tratou do problema da
prosperidade dos maus ou ímpios. Sua atitude parece semelhante
à dos israelitas, na volta do cativeiro, e assim se expressa:

"Com efeito, inutilmente conservei puro o


coração e lavei as mãos na inocência. Pois de
contínuo sou afligido e cada manhã, castigado. Se
eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído
a geração de teus filhos. Em só refletir para
compreender isso, achei mui pesada tarefa para
mim; até que entrei no santuário de Deus e atinei
com o fim deles". (SI 73.13-17)

Asafe contemplava a prosperidade dos infiéis e o fato de não


terem preocupações, terem saúde, serem violentos e nada
sofrerem, falarem maliciosamente, serem altivos, blasfemarem, e
mesmo assim viverem tranqüilos e aumentarem suas riquezas (SI
73.1-12). Muitos, ainda hoje, olham para a prosperidade do
homem ímpio, para a sua vida de orgia e de prazeres e se deixam
tentar, dizendo: "Não vale a pena servir a Deus. Eu procuro viver
uma vida santificada para melhor servir a Deus, e não tenho essa
prosperidade". Existem ainda outros que procuram justificar-se a
si mesmos, dizendo: "Eu me abstenho das coisas más e não ando
no pecado como esses ímpios ingratos, que fazem o que querem,
não temem a Deus e não O servem. Por que eles têm tudo:
prosperidade, saúde, educação, lazer...? Parece até que Deus não
se importa com a maneira como eles vivem".
Querido leitor, todos os prazeres deste mundo são efêmeros
e passageiros. A Bíblia afirma claramente: Nada trouxemos para
este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele. "Como
saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e
do seu trabalho nada poderá levar consigo " (Ec 5.15). Só há uma
coisa que podemos levar deste mundo, sobre a qual o apóstolo
Paulo falou nestes termos: "Combati o bom combate, acabei a
carreira e guardei a fé" (2 Tm 4.7). Somente a fé nos acompanhará

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para a eternidade.
O Senhor atentava para os justos e também ouvia as suas
palavras. Diz-nos a Bíblia que havia um memorial diante do
Senhor (Ml 3.16). O Senhor falou através de Malaquias: "Outra vez
vereis a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e
o que não o serve". Sempre houve e sempre haverá diferença entre
o justo e o ímpio. Deus não trata o justo e o ímpio da mesa forma.
Deus sabe fazer distinção entre o justo e o ímpio. Foi assim
nos dias de Noé, quando os ímpios pereceram afogados nas águas
do dilúvio. À medida que as águas subiam, cobrindo toda a
superfície da terra, os seus corpos começaram a boiar. Deus,
porém, lembrou-se de Noé, diz-nos a Bíblia. Deus jamais se
esquece dos justos. Eles estão no seu coração e fazem parte dos
Seus planos. "São de paz os planos que tenho para vós" - diz o
Senhor, - "e não de mal, para vos dar uma esperança e um futuro "
(Jr 29.11). Deus sabe tratar tanto com o justo quanto com o
ímpio. Quem faz a diferença é Ele.
Uma das interrogações mais desafiadoras e questionadoras
que o homem já fez aos ouvidos de Deus foi feita por Abraão:
"Senhor, destruirás também o justo com o injusto?" (Gn 18.23). O
Senhor estava disposto a destruir Sodoma e Gomorra, mas antes
de fazê-lo comunicou a Abraão, cumprindo-se o que está escrito
na Palavra: "Fará o Senhor alguma coisa sem comunicar isso aos
seus servos, os profetas?" (Am 3.7) A Palavra ainda acrescenta: "Os
segredos do Senhor são para aqueles que o temem ".
- Vou destruir Sodoma e Gomorra, disse o Senhor a
Abraão, pois a abominação praticada nessas duas cidades chegou
até a minha presença.
- Senhor, intercedeu Abraão, destruirás também o justo
com o injusto?
- Não, Abraão, respondeu o Senhor.
- Se houver ali cinqüenta justos, ainda assim matarás a
todos? Intercedia aflito o patriarca.
- Não, Abraão. Se houver ali cinqüenta justos eu
pouparei as cidades, por amor dos cinqüenta.
- E se houver quarenta? Insistia inseguro o patriarca.
- Não, Abraão. Se houver ali quarenta justos eu pouparei
as cidades, por amor dos quarenta.
Em toda a Bíblia distinguimos a tremenda diferença entre o
justo e o ímpio. Vejamos:
a) Os ímpios são chamados de: árvore corrupta, arbustos no
deserto, cães, cabritos, cegos, cereal queimados, cera derretida,
cinzas sob os pés, escorpiões, espinhos e abrolhos, estrelas
errantes, feras, filhos da desobediência, filhos da ira, filhos da
maldição, filhos do diabo, filhos do inferno, filhos do maligno,

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filhos da perdição, fumaça, geração perversa, inimigos da cruz,
inimigos de Deus, insensatos edificado sob a areia, joio, lobos,
leões cobiçosos de presas, nuvens sem água, ondas espumantes
do mar, orvalho que logo desaparece, prata reprovada, ramos
abomináveis, moinha que o vento espalha, redemoinho que passa,
sepulcros caiados, terreno pedregoso, transgressores, vasos de ira,
vestes corroídas pela traça, víbora surda, etc. É a Bíblia que os
descreve assim.
b) Os justos são chamados de: o sol, as estrelas, monte Sião,
embaixadores, homens de Deus, o Líbano, tesouro, jóia, ouro,
vaso de ouro e de prata, pedras de uma coroa, pedras vivas,
criancinhas, escolhidos, filhos obedientes, filhos da luz, filhos
amados, herdeiros, instrumentos para honra, luzes, membros do
corpo de Cristo, lutadores, servos bons, peregrinos rumo aos céus,
ovelhas de Deus, cordeiro, água, orvalho e chuva, jardim regado,
ramo de oliveira, romãs, lírio, árvore plantada junto ao ribeiro,
cedro do Líbano, palmeira, oliveira nova, árvore frutífera, cereal,
trigo, soldado de Cristo, sal da terra, embaixadores do Rei,
cidadãos do céu, remidos do Senhor, vasos de misericórdia.
"Outra vez vereis a diferença entre o justo e o ímpio, entre o
que serve a Deus e o que não o serve ". Vale a pena ser crente.
Aleluia! Essa diferença refere-se não apenas a esta vida, mas
também a vida futura, à eternidade. A Bíblia afirma claramente
que o ímpio está destinado à condenação eterna. Essa condenação
não é um castigo de Deus ao ímpio, mas uma conseqüência das
escolhas feitas por ele aqui, em vida. A Bíblia descreve ainda de
várias maneiras o estado de sofrimento e de perdição do ímpio:
fogo eterno, trevas exteriores, tormento, castigo eterno, ira de
Deus, segunda morte, eterna destruição, banidos da face de Deus,
pecado eterno, inferno. Tudo isto é a descrição do estado eterno de
sofrimento e de perdição do ímpio.
Os ímpios, segundo a Palavra de Deus, sofrerão o juízo
divino durante a grande tribulação. Eis uma descrição do que
acontecerá nesse dia:

"Os reis da terra, os grandes, os chefes militares, os ricos, os


poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e
nos penhascos dos montes, e disseram aos montes e aos
rochedos: Caí sobre nós, escondei-nos o rosto
daquele que está assentado sobre o trono, e da ira
do Cordeiro. Pois é vindo o grande dia da ira deles,
e quem poderá subsistir? " .(Ap 6.15-17)

Para os ímpios está determinada a grande tribulação. As


estrelas do firmamento cairão, a lua escurecerá, as águas do mar

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tornar-se-ão em sangue e haverá pestilência na terra. Naquele dia,
os horrores serão tão grandes, os sofrimentos tão terríveis, que os
homens chegarão diante dos montes, das rochas, dos rochedos, e
dirão assim: "Abafai-nos! Matai-nos agora! E melhor morrer do que
sofrer toda essa aflição". Mas não morrerão.
A Bíblia diz que os agentes de Satanás, gafanhotos, ferirão
os homens. São gafanhotos de uma espécie diferente, dotados da
mesma peçonha dos escorpiões.

"Foi-lhes dito que não causassem dano à erva verde


da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore
alguma, mas somente aos homens que não têm na
testa o selo de Deus. Foi-lhes permitido que não os
matassem, mas que por cinco meses os atormentassem.
E o seu tormento era semelhante ao
tormento do escorpião, quando fere o homem.
Naqueles dias os homens buscarão a morte mas não
a acharão; desejarão morrer, mas a morte fugirá
deles" .(Ap 9.3-6)

Ah! Que dia terrível será aquele! Diz-nos a Palavra do Senhor


que os ímpios estão destinados à eterna perdição e ao julgamento
do trono branco.

"Então vi um grande trono branco, e o que estava


assentado sobre ele. Da presença dele fugiram a
terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os
mortos, grandes e pequenos, e abriram-se os livros.
Os mortos foram julgados pelas coisas que estavam
escritas nos livros, segundo as suas obras. Então a
morte e o inferno foram lançados no lago de fogo.
Esta é a segunda morte. E todo aquele que não foi
achado inscrito no livro da vida , foi lançado no
lago de fogo" .(Ap 20.11-12,14-15)

Preste atenção ao que diz a Palavra:


a) "Eu vi... (os) grandes e pequenos... ". Esta expressão,
grandes e pequenos não se refere à estatura física e sim à posição
social de cada indivíduo aqui na terra. Naquele dia estarão ali,
diante do trono branco, governados e governantes, pobres e ricos,
pretos e brancos, sábios e ignorantes. Todos os homens, sem
exceção alguma, estarão ali diante do Senhor para serem julgados.
Naquele dia estarão ali as grandes estrelas de Hollywood, os
grandes astros do rock que em suas canções amaldiçoam a Jesus
Cristo e exaltam a Satanás. Naquele dia estarão ali aqueles

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considerados "ídolos", os quais desprezam a Deus e querem a
glória para si mesmos. Naquele dia estarão ali grandes e
pequenos, e todos eles tremerão diante do Senhor.
b) "... e abriram-se os livros...". Eu creio que um dos livros a
serem abertos ali, naquele dia, é o livro da consciência. Deus fará
com que a mente humana, semelhante a uma fita de vídeo,
reproduza toda a existência de cada uma das pessoas. Deus não
acusará a pessoa alguma. Será a própria mente humana que
acusará o homem diante de Deus, mostrando-lhe todos os seus
atos praticados em vida aqui na terra.
Naquele dia, diante do trono do Senhor, mulheres lembrar-
se-ão do momento em que o fórceps extraiu-lhes do útero um
indefeso embrião, usurpando-lhe o direito à vida. Naquele dia
todas as coisas estarão transparentes, cristalinas e reveladas
diante do Senhor.
Naquele dia o joio vai deixar de perturbar o trigo. Naquele
dia as máscaras de religiosidade cairão por terra e todos hão de
ver "outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a
Deus e o que não o serve". (Está chegando esse dia). Depois que
todos forem julgados, o Senhor também julgará o "príncipe deste
mundo".
Naquele dia, o Senhor Jesus Cristo será exaltado e
enaltecido acima de todos os seres e poderes; todos os joelhos se
dobrarão diante dele e exaltarão o seu nome.

"... Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de


Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas
a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo,
fazendo-se semelhante aos homens. E achado na
forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo
obediente até à morte, e morte de cruz- Pelo que
Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome
que é sobre todo nome, para que ao nome de Jesus
se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra
e debaixo da terra, e toda língua confesse que Cristo
Jesus é o Senhor para a glória de Deus Pai".
(Fp2. 6-11)

Naquele dia, os husselitas (Testemunhas de Jeová), que


afirmam que Jesus não é Deus, mas apenas um profeta
semelhante aos demais, virão e se ajoelharão diante de Jesus,
declarando: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor!"
Naquele dia, Joseph Smith, pai do mormonismo, virá e terá
que se ajoelhar diante de Jesus e declarar para a glória de Deus
Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor!"

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Naquele dia, Allan Kardec, sistematizador do espiritismo
moderno, virá e terá que se ajoelhar diante de Jesus e declarar
para a glória de Deus Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és
Senhor!"
Naquele dia, as "mães e pais de santos" e todas as pessoas
que entregaram suas mentes ao diabo e às suas mentiras, terão
que se ajoelhar diante de Jesus e declarar para a glória de Deus
Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor!"
Será assim com todos: Buda, Maomé, Confúcio, César, Nero,
Pilatos, Herodes, Karl Max, Hitler, entre tantos outros que
negaram a Jesus e perseguiram os seus seguidores, curvar-se-ão,
reverentemente, diante de Jesus e clamarão para a glória de Deus
Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor!"
Finalmente, também virá Lúcifer, a estrela errante, a antiga
serpente, o tentador das nações, o pai do anticristo, da besta e do
falso profeta, e, ajoelhado, humildemente, reconhecerá para a
glória de Deus Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor! Jesus,
tu vencestes!"
A Igreja já glorificada, reunida em torno do Senhor Jesus
Cristo, bradará em uníssono, apontando na direção do príncipe
dos demônios: "Senhor Jesus, eis o acusador dos santos. Ele
perseguiu e derramou o sangue de nossos irmãos. Ele arrastou
para a lama a muitos da sua Igreja".
Querido leitor, está chegando a hora em que todos hão de
ver a "diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e
o que não o serve".
O justo receberá a vida eterna. A Bíblia afirma em João 5.24:
"Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve as minhas
palavras t crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não
entrará em condenação, mas passou da morte para a vida eterna ".
Os justos serão arrebatados.

"Pois o mesmo Senhor descerá do céu com


grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta
de Deus, e os que morreram em Cristo ressurgirão
primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o
encontro com o Senhor nos ares, e assim estaremos
para sempre com o Senhor" (1 Ts 4.16-17).

É o próprio Senhor Jesus Cristo quem virá nos buscar. Se a


Igreja está desejosa de encontrar-se com Cristo, maior é o seu
desejo de encontrar-se com Sua Igreja, pois está escrito: "Ele nos
amou primeiro" (1 Jo4.10).
O salmista Asafe contemplou a diferença entre o justo e o

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ímpio quando entrou no santuário de Deus. Ali ele pôde
reconhecer que o Senhor coloca os ímpios em lugares
escorregadios; eles ficam assolados, repentinamente. Asafe, ao
contrário, sentia segurança nas mãos de Deus, era guiado pelo
conselho divino, seria recebido em glória. Tudo pela fé. Afirmou,
com convicção:

"Ainda que a minha carne e o meu coração


desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a
minha herança para sempre. Os que se afastam de ti,
eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis
para contigo. Quanto a mim, bom é estar junto a
Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para
proclamar todos os seus feitos ".(Sl 73.26-28)

É esta fé e certeza de Asafe que nos faz contemplar o Dia do


Senhor e proclamar os seus feitos; um desses feitos será sua volta:
rodeado de seus anjos, dando suas ordens, como Rei e Senhor do
Universo.
Arcanjo, é chegada a hora! Diz Jesus, levantando-se do trono
e dirigindo-se a um ser celestial vestido de vestes resplandecentes.
O arcanjo ouve reverentemente o que Jesus lhe diz. Em seguida,
levando ambas as mãos, em forma de cone, à boca, faz ressoar por
toda a abóbada celeste seu brado de júbilo: "É chegada a hora!"
- Miríades, querubins, serafins, clama o arcanjo, é
chegada a hora!
Os anjos virão à frente de Jesus para opor-se às hostes
infernais que estão alojadas no espaço (Ef 6.12). Essas hostes
demoníacas tentarão impedir a subida da Igreja até os ares. Mas
os anjos, com suas espadas inflamantes desembainhadas
expulsarão dali as legiões demoníacas. E Jesus, descendo até as
alturas dirá à Igreja: "Levanta-te, amada minha, povo meu, e
vem!"
Esse momento está chegando. A Bíblia nos exorta a estar
preparados para esse dia: "Estejam cingidos os vossos lombos e
acesas as vossas candeias " (Lc 12.15). Jesus está chegando. A
hora é esta para reascender as nossas lâmpadas espirituais e
reabastercer-nos com o óleo da unção do Espírito Santo.
Está chegando a hora em que todos, grandes e pequenos,
saberão a diferença que há entre o justo e o ímpio, entre o que
serve a Deus e o que não O serve. Não há mais tempo para
brincadeiras espirituais. Quem for santo, santifique-se mais;
quem for imundo, continue na sua imundície, porque não há mais
tempo para ser uma coisa ou outra, ou santo ou profano, ou justo
ou ímpio.

14
"Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio,
entre o que serve a Deus e o que não serve".

Com certeza, existe diferença entre o justo e o ímpio.


Somente o destino de cada um comprovará essa verdade:
salvação, paz, presença do Senhor, para os justos; perdição,
tormento, afastamento do Senhor, para os ímpios. Esse é o
assunto do próximo capítulo. Leia-o com atenção e tire suas
conclusões. Que o Senhor fale ao seu coração e transforme o mais
íntimo do seu ser!

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2
A Última Morada dos Perdidos
Jesus contou uma parábola muito interessante, com a qual
deixou lições preciosas para todos nós. São lições sobre a vida
além morte; sobre recompensa e castigo; sobre impossibilidade de
comunicação entre o mundo dos vivos e dos mortos. Leia-a.

"Ora, havia certo homem rico que se vestia


de púrpura e de Unho finíssimo, e vivia todos os
dias, regalada e esplendidamente. Havia também
certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de
chagas à porta daquele, e desejava alimentar-se com
as migalhas que caíam da mesa do rico. Os próprios
cães vinham lamber-lhe as chagas. Morreu o
mendigo e foi levado pelos anjos para o seio de
Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. No
inferno, estando em tormentos, ergueu os olhos, e
viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio. Então
clamou: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e
manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu
dedo e me refresque a língua, porque estou
atormentado nesta chama. Mas Abraão respondeu:
Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em
tua vida, ao passo que Lázaro somente males, mas
agora ele é consolado e tu atormentado. Além disso,
está posto um grande abismo entre nós e vós, de
sorte que os que quisessem passar daqui para vós
não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para
cá. Respondeu ele: Rogo-te, ó pai, que o mandes à
casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos. Que ele
lhes dê testemunho, afim de que não venham
também para este lugar de tormento. Disse-lhe
Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. "
(Lc 16.19-29).

Nesse texto, Jesus fala, através de uma parábola, sobre a


realidade do inferno, de uma forma clara, objetiva e direta. E um
assunto pouco apreciado e discutido. No entanto, trata-se de uma
doutrina bíblica de fundamental importância para o ser humano,
genericamente, e o cristão, especificamente.
Nos dias atuais vivemos em meio a muitas igrejas, pastores e
pregadores adeptos do "modernismo" teológico. Neste contexto,
escrever sobre o inferno é discorrer sobre um assunto considerado

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ultrapassado. Todavia, hoje, mais do que nunca, a pessoa, dentro
da igreja ou fora dela, precisa ser relembrada da realidade da
existência do inferno. Existem tantos pastores, pregadores, igrejas
e movimentos religiosos, que dizem servir Jesus Cristo e que, se
lhes fosse possível, tirariam o inferno do relato bíblico. Mas ainda
que se pudesse omitir o inferno do cenário bíblico, nem mesmo
assim o inferno deixaria de existir.
Em nossos dias, existem muitas igrejas e muitos crentes que
professam o nome de Jesus, mas vivem de qualquer maneira como
se a pessoa pudesse entrar no céu, incondicionalmente. Saiba de
uma coisa: existe o inferno. Quem não quiser ir para o inferno
deve andar nos passos de Jesus. O salmista Asafe, muitos anos
antes de Jesus, já tinha esta certeza, como vimos no capítulo
anterior: "Os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis
todos os que são infiéis para contigo" (SI 73.27). O fato de
perecerem os que se afastam de Deus, os infiéis, não significa
simplesmente morrer; significa passar a eternidade longe de Deus.
O inferno é uma realidade e isto está na Palavra de Deus, a Bíblia
Sagrada.

2.1 - A Realidade do Inferno na Bíblia

Na jornada desta vida, rumo à eternidade, só existem dois


destinos para o homem: céu ou inferno. A via de acesso ao céu é o
arrebatamento; a via de acesso ao inferno é a própria morte.
Mesmo que a única certeza que se tem na vida seja a morte,
segundo um provérbio popular, um grande número de pessoas
não crê na existência do inferno. Há duas coisas, cuja existência
Satanás tem grande interesse em negar: o inferno e ele próprio.
Saibam que ele tudo fará para iludir, anuviar e obscurecer a
mente da pessoa, para que acredite nessas mentiras, a Bíblia
afirma que Satanás é o pai da mentira. Na verdade, o seu
magnífico desempenho na arte de mentir é comprovado pelo
grande número de pessoas, sobretudo entre as mais bem dotadas
intelectualmente, que têm dado crédito às suas falácias. "O
inferno é aqui mesmo", dizem umas. "Inferno, é miséria, pobreza e
sofrimento", afirmam outras. "Inferno', confirmam os adeptos do
ateísmo materialista, "são as frustrações da impossibilidade, as
dores e o sofrimento de uma enfermidade crônica e terminal, as
angústias desfalecedoras da vida".
Satanás tem alcançado excelentes resultados em disseminar
suas engenhosas fraudes. Da mesma forma, em relação ao
inferno, um grande número de pessoas, sobretudo entre aquelas
formadoras de opinião, corroboram para esse embuste. "Satanás é
mais uma invenção humana", gritam bem alto os intelectuais

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agnósticos. "Satanás é um delírio da Bíblia", atacam os filósofos
ateístas.
Todos esses defensores da não-existência do inferno e de
Satanás tentam convencer-se a si mesmos de que, negando a
existência deles, automaticamente, eles deixam de existir. Isto não
é ignorância: é pura insensatez. Mas ainda que se pudesse excluir
o inferno e a maléfica pessoa de Satanás das doutrinas bíblicas,
nem mesmo assim eles deixariam de existir. Voltaremos a este
assunto, no próximo capítulo.
Certa vez, um irmão chegou para o seu pastor e lhe disse, de
forma áspera:
- Pastor, eu vou lhe dizer uma coisa: Eu não creio na
existência do inferno. Eu creio, sim, na existência do céu.
- Irmão, por que você crê apenas na existência do céu?
Perguntou-lhe com simplicidade o pastor.
- É porque Jesus falou apenas sobre o céu, arrematou
com ingenuidade.
- Meu filho! Assim como Jesus falou acerca do céu,
também falou acerca do inferno.
- Falou? Exclamou de olhos esbugalhados.
- Sim, filho, falou.
- Pastor, no Evangelho de João, Jesus fala sobre as
moradas que estava preparando no céu para nós. Depois disso
voltaria para levar-nos para lá. Jesus só falou do céu, concluiu
categórico o irmão, com ares de quem havia descoberto uma
indiscutível verdade.
- Meu filho! Disse o pastor, colocando bondosamente a
mão sobre o ombro daquele irmão. O mesmo Cristo Jesus que
falou da existência do céu, também falou da realidade da
existência do inferno. Examine melhor os Evangelhos e encontrará
neles referências ao inferno, feitas por Jesus. Então você saberá
que o inferno existe.
Talvez também seja esta a mentalidade de muitos por aí. No
Salmo 9.17, está escrito assim: "Os ímpios serão lançados no
inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus". Os ímpios,
pecadores não arrependidos, serão lançados no inferno
juntamente com todas as nações que se esquecem de Deus. Em
Daniel 12.2, também está registrado: "Muitos dos que dormem no
pó da terra ressurgirão, uns para a vida eterna, e outros para a
vergonha e o desprezo eterno". Não é um tratado de Teologia que
está afirmando isto, mas sim a palavra profética através dos lábios
de Daniel.
Dissemos, no início, que a humanidade tem dois destinos
diferentes na eternidade: o céu ou o inferno. Uns viverão
eternamente no céu, com Deus; outros viverão eternamente no

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inferno. Ali, onde o fogo jamais se apaga, haverá gritos, ranger de
dentes e sofrimento. A Bíblia indica claramente quem irá para o
céu ou para o inferno: "E irão estes (os ímpios) para o castigo
eterno, mas os justos para a vida eterna" (Mt 25.46). O inferno é
um lugar de tormento eterno. Qual é a melhor opção: morar
eternamente no céu ou no inferno?
Jesus advertiu seus discípulos, quando mandou que fossem
pregar, sobre as dificuldades que teriam; não deveriam ter medo
daqueles que apenas poderiam matar o seu corpo. O único temor
razoável seria diante daquele que pode fazer perecer no inferno,
tanto a alma como o corpo (Mt 10.28; Lc 12.5). Quando estamos
no serviço do Senhor não precisamos ter medo; apenas quando
estamos longe dos seus caminhos. Aí sim precisamos temer, pois
"há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em
caminhos de morte " (Pv 14.12). Por isso mesmo, Jesus alertou
sobre os tropeços que alguns poderiam colocar diante dos outros,
dizendo que seria melhor entrar na vida sem um dos membros do
corpo, do que ficar com os dois e ir para o inferno:

"E, se tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é


melhor entrares maneta na vida do que, tendo as
duas mãos, ires para o inferno, para o fogo
inextinguível [...] e, se teu pé te faz tropeçar, corta-
o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo
os dois pés, seres lançado no inferno". (Mc 9.43-45)

Jesus falou diversas vezes sobre o inferno, relacionando-o a


diferentes situações da vida. Deixou bem claro que os fariseus e
escribas, hipócritas, raça de víboras, não escapariam da
condenação do inferno (Mt 23.33). De outra feita, Ele ampliou o
significado da Lei mosaica quando afirmou que, se alguém chamar
o outro de tolo, estaria sujeito ao inferno de fogo (Mt 5.22). Ao
falar da igreja, construída sobre a pedra angular, ele mesmo,
Jesus Cristo, animou os discípulos dizendo que as portas do
inferno não prevaleceriam contra sua igreja (Mt 16.18).
Em Mateus 25.46, também está determinado: "E irão estes
(os ímpios) para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna ".
Tiago, ao falar do perigo do mau uso da nossa língua, deixou claro
que ela pode colocar em chamas toda a carreira da existência
humana até ser consumida em chamas pelo inferno (Tg 3.6). Por
último, Apocalipse 20.15 revela claramente: "E todo aquele que não
for achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo ".
Nos textos acima você pôde contemplar a evidência bíblica
da existência do inferno. A própria vivência nossa também atesta
à existência do inferno, como você pode verificar logo a seguir.

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2.2 - A Realidade do Inferno na Consciência Humana

Além da Bíblia, que já é suficiente para nos convencer, a


nossa própria razão nos diz que o inferno existe. Sabe como?
Existe em nossa consciência uma lei moral, fruto de revelação
natural de Deus (Rm 1.18-32), que confirma a existência do
inferno. Como você reage quando toma conhecimento de que um
ato de brutal selvageria foi praticado contra uma criança indefesa,
maculando a sua pureza, enlameando a sua inocência,
violentando a sua integridade física e emocional? Como você reage
diante de crimes hediondos praticados com requintes de
barbaridade contra pessoas inocentes, que tiveram a infelicidade
de cruzar com uma criatura abjeta, bestial e perversa? Em muitos
lugares, a população indignada com o ato de selvageria praticado
por esses bandidos desalmados, tem procurado fazer justiça com
as próprias mãos, invadindo as prisões e linchando esses
facínoras sem piedades. Entendam-me bem. Não estou fazendo
apologia da vingança ou retaliação com as próprias mãos, mesmo
porque não temos o direito de tirar a vida de alguém, ainda que
esse indivíduo seja o pior dos marginais, criminosos.
Você sabe por que as pessoas expressam sua revolta
exigindo justiça ou, elas mesmas, procuram justiçar esses
criminosos, invadindo, depredando e incendiando cadeias? É
porque dentro da pessoa há uma lei moral de julgamento que diz
assim: "Errou, tem que ser punido". É por isso que, em meio à
comoção popular, ouvem-se toda sorte de xingamentos e insultos
à pessoa do criminoso: "Assassino!", "Bandido!", "Monstro!",
"Prisão perpétua para esse miserável!", "Ele tem que morrer!" e
outros mais.
Dentro de cada pessoa existe esta lei: a lei moral, a lei da
punição. O indivíduo tem que pagar pelo erro cometido. Analise
comigo esta questão: se o homem que é falho, imperfeito e injusto
exige justiça e punição para os erros cometidos por ele mesmo,
como ficaria esse mesmo homem nas mãos de um Deus justo,
perfeito e santo? "Pelo contrário, sejam santos em tudo o que
fizerem, assim como Deus, que os chamou, é santo” (I Pe l.l5).
Dentro de cada ser humano existe um sentimento de que a
punição a quem infringe a lei é justa e lógica. Se na lei dos
homens é assim, na lei de Deus, cujos preceitos são justos,
perfeitos e santos, também não é diferente. Você pode chamar de
maniqueísmo o confronto dualístico entre o bem e o mal ou
gnosticísmo, mas a realidade é que são conceitos humanos e
racionais, à luz da palavra aprendemos que a pessoa tem sede de
justiça. Veja o que a Bíblia declara sobre este assunto:

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"Pois se Deus não poupou os anjos que pecaram, mas, havendo-os
lançado no inferno, os entregou à
cadeias da escuridão, ficando reservados para o
juízo; se não poupou o mundo antigo, embora
preservasse a Noé, pregoeiro da justiça, com mais
sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos
ímpios; se condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra,
reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem
impiamente; e se livrou ao justo Ló, atribulado pela vida dissoluta
daqueles perversos (pois este justo habitando entre
eles, afligia todos os dias a sua alma justa com as
injustas obras deles)" .(2 Pd 2.4-8)

Esteja atento ao testemunho bíblico: Se Deus não poupou os


anjos que pecaram, acompanhando o rebelde Lúcifer (muitos deles
estão presos em cadeias de escuridão no mais profundo do
inferno); se Deus não poupou os contemporâneos de Noé; se Deus
não poupou as cidades de Sodoma e Gomorra; por que, então, no
último dia, Ele pouparia o pecador de qualquer espécie, ladrão,
assassino, prostituta, adúltero, homossexual, lésbica, idolatra ou
outro, abrindo-lhe a porta do céu? Não! Não! Não! O céu é um
lugar de pureza, de santidade, de verdade e de justiça.
A última revelação acerca do inferno e do ímpio está em
Apocalipse 20.15: "E todo aquele que não for achado inscrito no
livro da vida, foi lançado no lago de fogo". Deus não tem prazer em
lançar o homem no lago de fogo. Quando o homem se apresentar
diante do tribunal divino para ser julgado, Deus não o empurrará
para o inferno, pois ir para o céu ou o inferno é apenas o resultado
da opção feita pelo homem, em vida, aqui na terra. Ninguém irá
para o inferno por ter feita esta decisão, e sim por não ter crido no
sacrifício expiatório de Cristo na cruz do Calvário. Logo, para
alguém escapar do inferno, a solução é esta: crer no Senhor Jesus
Cristo. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não
para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por
ele. Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está
julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E o
julgamento é este: A luz veio ao mundo, e os homens amaram antes
as trevas que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo
aquele que faz o mal aborrece a luz. t não vem para a luz, para que
as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade
vem para a luz, afim de que seja manifesto que as suas obras são
feitas em Deus. " (João 3.16-21)

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Aqueles que combatem a doutrina bíblica da existência do
inferno e de Satanás advogam em causa própria e criam suas
próprias teses. "Se o inferno existisse, seria o lugar mais solitário
do mundo. Um Deus amoroso, clemente e justo jamais mandará
seus filhos para o inferno", argumentam os defensores da
complacência divina.
Billy Graham, o grande evangelista, disse certa vez: "Se Deus
não julgar esta geração, Ele terá que pedir desculpas a Sodoma e
Gomorra". Esta é uma grande verdade: a humanidade, em nossos
dias, está mais desobediente, depravada, imunda e corrompida do
que nos dias de Sodoma e Gomorra. Se os moradores dessas duas
cidades vivessem hoje e assistissem aos programas de televisão,
certamente perguntariam: "Senhor, o que fizemos de tão ruim que
estes não tenham feito pior ainda?"
Se os moradores de Sodoma e Gomorra tomassem
conhecimento do projeto de legalização da união cível entre
lésbicas e homossexuais, defendido pela ex-deputada e atual
prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, certamente falariam,
perplexos: "Meu Deus! O que nós fizemos em oculto, as nações
estão legalizando em suas casas legislativas e tribunais". Com
certeza, Deus poupará o justo, mas julgará o ímpio, porque Deus é
santo.
Você sabe o que está reservado para o ímpio? O apóstolo
Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu assim:

"O Senhor sabe livrar da tentação os piedosos, e


reservar os injustos para o dia do juízo, para serem
castigados. Deus castigará especialmente aqueles
que segundo a carne andam em imundas
concupiscências, e desprezam as autoridades.
Atrevidos, arrogantes, não receiam blasfemar das
autoridades superiores [...]".2 Pe 2.9,10)

Deus castigará aqueles que andam em imundas


concupiscências, diz o apóstolo Pedro. Eles receberão o
pagamento pela injustiça praticada.
Em seguida, o apóstolo pormenoriza essas injustiças:

"Tais homens têm prazer na luxúria à luz do


dia. São nódoas e máculas, deleitando-se em suas
mistificações[...] Têm os olhos cheios de adultério, e
são insaciáveis no pecado; engodam as almas
inconstantes; têm um coração exercitado na
ganância, são filhos da maldição! "(2 Pe 2.12-14)

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São filhos da maldição! Esclarece definitivamente o Espírito
Santo, por intermédio de Pedro. Assim como os anjos caídos, como
os contemporâneos de Noé, como as cidades de Sodoma e
Gomorra, afirma o Espírito de Deus, serão lançados no inferno.

2.3 - A Descrição do Inferno

Você poderá perguntar: Que tipo de lugar é o inferno?


À luz da Bíblia, querido amigo, o inferno é um lugar de
separação, sofrimento e dor. A pior dor que alguém pode sofrer é a
dor da separação. Ali Deus voltará as costas definitivamente para
o ímpio. O inferno é um lugar de separação entre o ímpio e Deus,
entre o ímpio e o justo. Você é capaz de imaginar o que é viver
eternamente separado de Deus?. Você quer saber que tipo de
lugar é o inferno? É um lugar de um sofrimento e de dores mais
intensas do que a dor de uma enfermidade física, de uma afronta
ou injustiça, de difamações ou calúnias imerecidas, de um trauma
ou de uma perda irreparável, de uma rejeição e de outros
sofrimentos morais.
Querido amigo, para a maioria dessas dores e sofrimentos,
ainda pode existir esperança: a doença pode ser curada, a honra
restaurada, a alma ferida sarada. Mas quanto à separação de
Deus, ela é irremediável: a esperança não visita o inferno. Você é
responsável pelo seu destino eterno. Só você pode evitar o inferno.
Jesus disse:

"Porque Deus amou ao mundo de tal


maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao
inundo, não para que condenasse o mundo, mas para
Que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não
e condenado, mas quem não crê já está condenado,
porque não crê no nome do unigênito filho de Deus".(Jo 3.16-18)

A morte também não visita o inferno, e muitos dos que lá


estão gostariam que ela os visitasse. Hoje. a morte é um pavor
para muitos. Ninguém quer saber da morte. Mas os que estiverem
no inferno serão capazes de saudá-la, dizendo: "Vem, morte! Seja
bem-vinda! Vem colocar um ponto final neste tormento!" O anjo da
morte não entra no inferno. O sofrimento no inferno é eterno.
Então, o inferno é um lugar de separação, sofrimento e dor, para
toda a eternidade. Além disso, existem certas características do
inferno que você precisa conhecer.

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• O inferno é um lugar de más companhias
Que tipo de lugar é o inferno?
É um lugar repugnante e assombroso, dominado por uma
extrema miséria e habitado pela escória deste mundo.
Você quer saber mais? Então veja o que diz o texto sagrado:

"Quanto aos medrosos, e aos abomináveis, e


aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e
aos idolatras, e a todos os mentirosos, a sua parte
será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a
segunda morte".(Ap 21.8)

O inferno é um lugar de péssima e abominável convivência.


Os que para lá vão têm como acompanhantes eternos: ladrões,
assassinos, feiticeiros, vilões, homossexuais, lésbicas, a pior
escória entre os que rastejam no charco da imundície e das
impurezas deste mundo.
O inferno não está destinado apenas às pessoas más e
desprezíveis. Existem pessoas boas, honestas, educadas e bem
intencionadas que também irão para o inferno. Sabe por quê?
Ninguém vai para o inferno por causa de uma postura social
incorreta, uma conduta moral condenável ou de uma prática
religiosa complacente. Lembre-se do ministério terreno de Jesus
Cristo. Ele não rejeitou os criminosos, os ladrões, os cobradores
desonestos de impostos, as prostitutas, os adúlteros, os
endemoninhados, antes conduziu-os aos reinos dos céus. Aos que
o censuravam por aceitar a companhia desses pecadores, disse-
lhes: "Não necessitam de médico os são, e, sim, os enfermos. Eu
não vim chamar os justos, e, sim, os pecadores ao arrependimento"
(Mt. 9.10-12; Mc 2.15-17; Lc 5.29-32). Em seus últimos
momentos, na cruz, disse ao ladrão arrependido: "Hoje estarás
comigo no paraíso " (Lc. 23.43). A única maneira para alguém
escapar do inferno é arrepender-se dos seus pecados e ser lavado
no sangue do Senhor Jesus Cristo.

• O inferno é um lugar de colheita


Que tipo de lugar é o inferno?
O inferno é um lugar de colheita. Senão, veja a tremenda
revelação que o apóstolo Paulo nos faz:

"Não vos enganeis: Deus não se deixa escarnecer. Tudo o que o


homem semear, isso também ceifará. O que semeia na sua carne,
da carne ceifará'; corrupção; o que semeia no Espírito, do Espírito
ceifará a vida eterna ".(Gálatas 6.7,8)

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Ninguém pode zombar de Deus impunemente. Por mais
esperto que você seja, escondendo sua vida dupla, isto é, um
santo na igreja e um profano no mundo, servindo a Deus apenas
na aparência, não ficará assim por muito tempo. Por trás dessa
fachada muito bem construída, exala um mau cheiro do
testemunho que sobe até os céus. Sodoma e Gomorra despertam
algum temor em sua consciência cauterizada?
Não se engane, atente para a advertência deste humilde
profeta. Ninguém pode zombar de Deus impunemente! Por mais
que você seja esperto para criar mil e um subterfúgios para
esconder seus adultérios, suas fornicações, suas impurezas, suas
orgias e bebedices, suas negociatas e tramas desonestas, deixe-me
esclarecer sua mente anuviada pela concupiscência: Ninguém
pode zombar de Deus impunemente! Vai chegar o dia da colheita,
o dia da prestação de contas. "para que ao nome de Jesus se dobre
todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, i
toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus
Pai." (Fp 2.10-11).

• O inferno é um lugar de lembranças dolorosas e amargas


Você quer saber que tipo de lugar é o inferno1? A luz da
Palavra de Deus, o inferno é um lugar de terríveis e dolorosas
lembranças. Na parábola, Jesus diz que o rico, no inferno, abriu
os olhos e viu a Abraão e a Lázaro.
- Quem é aquele? Indaga o rico à sua própria
consciência.
- É Lázaro, a resposta flui clara e precisa dos labirintos
de sua memória.
- Pai Abraão! Grita angustiado, das masmorras do
inferno, o rico infeliz e miserável. Eu tenho cinco irmãos...
- Ó Pai Abraão, entre gemidos de aflição e terror grita,
em desespero, o pobre homem rico. Eu te rogo que mandes Lázaro
à casa de meu pai para testemunhar a todos os meus parentes, a
fim de que não venham também para este lugar de tormento.
O inferno será um lugar de lembranças amargas para
aqueles que abandonaram a fé, profanaram o sangue da Aliança e
ultrajaram o Espírito da graça.
- Ai! Meu Deus! Nunca mais! Nunca mais! É o refrão
desconsolado de alguém lembrando-se das reuniões na igreja, das
orações nas casas dos irmãos, dos encontros, das vigílias... Por
que, meu Deus, eu vacilei e desobedeci?

• O inferno é um lugar de acusação


Ali, um filho há de apontar para o pai, dizendo: "Foi ele

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quem me deu o primeiro gole de cerveja. Foi ele quem fez de mim
um bêbado, um assaltante, um viciado, ao dar-me aquele primeiro
copo de cerveja". Outro filho há de lembrar-se do primeiro cigarro
que fumou, e também dirá: "Foi você, meu pai, que me deu o
primeiro cigarro". Em uníssono, dos calabouços do abismo, outras
vozes se levantarão, clamando:
Foi você, meu pai, quem me deu o primeiro baseado para
fumar. Agora eu estou aqui neste lugar de tormento.
Foi você, meu pai, quem me deu a primeira revista
pornográfica para olhar. Por isso, eu estou aqui sendo
atormentado.
Foi você quem me deu dinheiro para ir a um motel, dizendo
que eu tinha que ser homem...
No inferno, filhas olharão para suas mães e dirão assim: "Foi
você, minha mãe, quem me deu um mau exemplo de adultério e
de prostituição". Outras, cuja memória não cessa seu latejar
contínuo e corrosivo, também confrontarão suas mães, dizendo:
"Foi você, minha mãe, quem me obrigou a abortar o filho que eu
gerei em pecado".
Foi você quem me trouxe para este lugar de tormento, minha
mãe, é o lamento angustiado que retumba do covil infernal.

2.4 - O escape do inferno

Como escapar do inferno? Eu não quero ir para lá!


Tenho boas notícias para você, meu querido, na Palavra:
"Quem nele crê não é condenado..." (Jo 3.18).
Existe uma saída. Sim, existe uma rota de escape: JESUS.
Em primeiro lugar você precisa crer nEle, arrepender-se de seus
pecados e confessá-lo como seu Senhor e Salvador pessoal. A
Bíblia diz: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam
apagados os vossos pecados..." (At 3.19).

"Se com a tua boca confessares a Jesus


como Senhor, e em teu coração creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Pois com
o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz
confissão para a salvação ". (Rm 10.9,10)

"Em nenhum outro há salvação, pois também debaixo do céu


nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos
ser salvos".(At 4.12)

Através da cruz de Cristo, Deus construiu uma via de acesso


aos céus. A cruz foi colocada sob o abismo. Ela é a única

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passagem para os céus. Quem não vier através da cruz, cairá no
abismo profundo que faz separação entre o homem e Deus. A cruz
de Cristo bloqueia o caminho de acesso ao inferno. Ao lado dela,
Jesus está acenando para as multidões, dizendo: "O caminho é
este. Venham por aqui". Ele está chamando: "Venham para o céu".
Nós estávamos caminhando para o inferno. Mas Jesus veio,
morreu na cruz do calvário, ressuscitou e nos fez assentar nas
regiões celestiais.

2.5 - A esperança do céu

Ora, se o inferno existe, logo o céu existe também. A Bíblia


afirma que existem três céus: o céu inferior ou céu atmosférico,
das nuvens, dos pássaros, dos aviões; o céu intermediário ou céu
planetário, das estrelas, das constelações, dos planetas, das
galáxias; o terceiro céu, também chamado de Paraíso, a morada
do Deus Altíssimo, é para lá que nós os que cremos em Jesus
Cristo vamos.
Foi o apóstolo Paulo que deixou registrado o seu
arrebatamento ao terceiro céu:

"Conheço um homem em Cristo que há quatorze anos foi


arrebatado até o terceiro céu. Se no corpo não sei, se fora do corpo
não sei, Deus o sabe. E sei que o tal homem, se no corpo não sei, se
fora do corpo não sei, Deus o sabe, foi arrebatado ao paraíso, e
ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir" (2
Coríntios 12.2-4)

Neemias também fez referência aos três céus:

"Só tu és Senhor. Fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu


exército, a terra e tudo o que nela há, os mares e tudo o que neles
há. Tu os conservas com vida, a todos, e o exército do céu te adora
".(Ne 9.6)

Ele caracterizou os céus assim: céu, céu intermediário; céu


dos céus, a morada do Deus Altíssimo; a terra, o céu atmosférico.
O apóstolo João, na Ilha de Patmos, teve uma gloriosa visão
do céu:

"E vi um novo céu e uma nova terra, pois já o


primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já
não existe. Vi também a cidade santa, a nova
Jerusalém, que de Deus descia do céu, ataviada
como uma noiva para o seu noivo. E ouvi uma

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grande voz vinda do trono, que dizia: Agora o
tabernáculo de Deus está com os homens. Deus
habitará com eles, e eles serão o seu povo, e o
próprio Deus estará com eles, e será o seu Deus.
Deus enxugará de seus olhos toda lágrima. Não
haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem
dor, pois já as primeiras coisas são passadas. E o
que estava assentado sobre o trono disse: Faço
novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, pois
estas palavras são verdadeiras e fiéis. Disse-me
mais: Está cumprido; Eu sou o Alfa e o Omega, o
princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe
darei da fonte da água da vida. Quem vencer herdará todas
as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. [...] E o muro da
cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos
doze apóstolos do Cordeiro. Aquele que falava comigo tinha uma
cana de ouro para medir a cidade, e as
suas portas, e o seu muro. A cidade era
quadrangular, o seu comprimento era igual à sua
largura. Mediu a cidade com a cana até doze mil
estádios; e o seu comprimento, largura e altura
eram iguais. Ele mediu o seu muro, de cento e
quarenta e quatro cavados, segundo a medida de
homem, que o anjo estava usando. O muro era construído de
jaspe, e a cidade era de ouro puro, semelhante a vidro límpido".(Ap
21.1-7, 14-18)

Spurgeon, considerado o príncipe dos pregadores do século


XIX, referindo-se à cidade celestial, disse assim: "É mais fácil
alguém atravessar o oceano Atlântico num barco de papel, do que
atingir os céus pelas suas boas obras". Só entrará no céu quem
estiver lavado e justificado no sangue do Cordeiro de Deus, Jesus
Cristo. O céu é lindo, o céu é eterno, o céu é perfeito, o céu é um
lugar santo, o céu nos pertence. Jesus Cristo é nosso. Venha
comigo para o céu.

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3
A Única Solução para a Humanidade
Enquanto as pessoas estão neste mundo podem escolher
quanto ao destino eterno de suas almas: ou crêem em Cristo,
obedecem a Deus, trilham em seu caminho e obtém a vida eterna,
ou não crêem em Cristo, desobedecem a Deus, trilham por seus
próprios caminhos e alcançam seu castigo eterno. Uma coisa é
certa, segundo as Escrituras: só há uma solução para a
humanidade, o sangue de Jesus Cristo.

"Quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam


com sangue, e sem derramamento de sangue não há
remissão". (Hb 9.22)

O poder que há no sangue de Jesus Cristo, ainda hoje, para


a Igreja, é um dos maiores e mais profundos mistérios de toda a
sabedoria divina. Por mais capacidade que tivéssemos para
discorrer sobre o poder que há no sangue de Jesus Cristo, ainda
assim, não alcançaríamos a plenitude da revelação divina sobre a
eficácia desse precioso sangue. Todavia, cremos que a Palavra de
Deus há de trazer uma iluminação divina, às nossas mentes,
sobre o poder do sangue do Cordeiro.
O que você faria, querido leitor, se lhe ocorresse,
repentinamente e em caráter de urgência, um incidente cuja
solução exigisse de você uma determinada quantia além de suas
possibilidades? Imagine-se vivendo esta situação: Você recorreu
aos parentes e amigos, mas não obteve socorro algum. Procurou
os bancos, mas estes lhe negaram um empréstimo em virtude das
informações cadastrais fornecidas por você terem sido
insuficientes. Você não possui nenhum bem móvel ou imóvel, cuja
venda lhe proporcione os recursos suficientes para cobrir aquela
despesa emergencial. Restam-lhe, apenas, algumas jóias antigas,
heranças da família de sua esposa, que não podem ser vendidas.
A única saída, nessa situação, é procurar uma agência de
penhores da Caixa, por exemplo, onde poderá obter um
empréstimo imediato, sem as exigências e burocracia do sistema
bancário. "Finalmente, você respira aliviado, o meu problema foi
solucionado". Agora, você dispõe de um prazo menos rígido para
pagar o empréstimo e resgatar as jóias penhoradas. De um lado,
você está tranqüilo por ter deixado as jóias da família sob a
custódia de uma instituição idônea. De outro lado, a Caixa
também tem a mesma tranqüilidade quanto ao retorno da quantia
emprestada aos cofres dela. Que garantia é essa? As jóias que

29
você deu em penhor.
Querido, o sangue de Jesus é a garantia de nossa esperança
de perdão. O sangue do Cordeiro de Deus é o penhor do nosso
perdão. Ninguém jamais obterá o perdão de seus pecados, se não
confiar no poder do sangue de Jesus Cristo como um penhor.

3.1 - A Validade do Derramamento de Sangue no Antigo


Testamento

"Pois a vida da carne está no sangue, pelo que vo-lo


tenho dado para fazer expiação pelas vossas vidas
sobre o altar; é o sangue que faz expiação pela
vida".(Lv 17.11)

A primeira referência bíblica a um sacrifício expiatório,


derramamento de sangue para perdão, está subentendida nesta
frase: "Fez o Senhor vestimenta de peles para Adão e sua mulher, e
os vestiu " (Gn 3.21). Dizem os eruditos que estudam o Antigo
Testamento que, nesse contexto, um cordeiro foi imolado em
sacrifício expiatório pelo pecado de Adão e Eva. Em seguida, a pele
desse cordeiro foi arrancada e transformada em vestidos para
cobrir a nudez de nossos primeiros pais, evidenciada pelo pecado.
Assim, um ser inocente foi sacrificado em lugar de outro
inteiramente culpado.
O sangue é a própria vida de uma criatura. A vida de um
cordeiro puro e inocente, através do seu sangue derramado, foi
dada em penhor da vida de Adão e Eva. O pecado, que também
expôs a nudez espiritual de Adão e Eva, exigia dos transgressores
um alto preço, além de suas possibilidades, o sangue (um penhor)
de uma vítima inocente e pura, para remissão da culpa. Foi assim
que, pela morte de uma criatura, pura e inocente, outras criaturas
transgressoras permaneceram vivas.
Imediatamente, após o pecado cometido, nossos primeiros
pais descobriram que estavam nus, coseram, com folhas de
figueira, umas vestes grotescas, e cingiram-se. O pecado causou-
lhes um corrosivo sentimento de culpa e um desconforto moral
constrangedor. Instintivamente trataram de escondê-lo. Então,
ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela
viração do dia, esconderam-se, entre as árvores (Gênesis 3).
- Adão! Adão! Chamou Deus. Onde estás?
- (Silêncio).
- Adão! Adão! Chamou Deus, novamente. Onde estás?
- Ouvi a tua voz no jardim Adão balbuciou timidamente
de seu esconderijo entre as árvores, e tive medo, porque estava
nu, e escondi-me.

30
O medo foi o primeiro sentimento hostil a penetrar no
coração do homem após sua queda e fracasso. É por isso que o
homem passou a temer a presença de Deus. O homem tem medo
de ser confrontado com seus pecados; tem medo de encarar o
juízo de Deus; tem medo de encarar, inclusive, a realidade da
própria morte.
- Quem te mostrou que estavas nu? Inquiriu Deus
mansamente. Comeste da árvore de que te ordenei que não
comesses? Averiguou o Senhor.
- Foi a mulher que me deste por companheira, disse
Adão, jogando a culpa sobre Eva, e insinuando que Deus não lhe
havia dado a mulher perfeita e ideal. Ela é a culpada! disparou
fulminante. Ela me deu o fruto da árvore, e eu o comi, concluiu
com ares de ingenuidade.
- O que fizeste? Perguntou o Senhor a Eva.
- A serpente me enganou, respondeu cabisbaixa a
mulher, retorcendo nervosamente as mãos, eeu comi.
Adão e Eva descobriram instintivamente, naquela ocasião,
alguns mecanismos de defesa e imediatamente os puseram em
prática. Um deles foi o da transferência da culpa. Em outras
palavras, significa dizer: "Eu pequei, mas a iniciativa não foi
minha. A mulher que me deste por companheira me induziu a
pecar. Logo, é dela a culpa e não minha". Em contrapartida, Eva
soube explorar o gancho deixado por Adão: "Se não fosse a
serpente, eu não teria comido nada. A culpada é a serpente que
mentiu para mim. Também, quem mandou criar um bicho desses,
tão sagaz e falante?".
Essa tendência de transferir a culpa para outras pessoas
perdura até hoje. Mas isso não ajuda em nada. 0 indivíduo que
transfere a sua culpa para os outros está querendo enganar-se a
si mesmo: nem a sua própria consciência crê na inocência dele.
Tanto Deus como as demais pessoas que o cercam sabem que ele
é responsável pelos atos praticados.
Outro mecanismo de defesa utilizado pelos nossos primeiros
pais foi o da ocultação do pecado. (Esta é a primeira reação do
homem ao cometer um pecado.) Eles improvisaram uma
vestimenta grotesca, cosida com cipós e folhas de figueira, numa
tentativa vã de esconder de Deus a sua nudez. Que pensamento
mais ingênuo. Eles não imaginaram que as folhas, desmembradas
do caule, logo murchariam com o calor e incidência do sol sobre
elas.
As pessoas, ainda hoje, precisam parar de jogar sua culpa
sobre as circunstâncias, o ambiente ou os outros que as cercam.
Deus quer tratar com cada um, pessoal e diretamente. É mais
sábio assumir a culpa, visto que todo homem é responsável pelos

31
seus próprios atos, do que encontrar um "bode expiatório" que
carregue a ultrajante e opressiva carga dos seus maus
procedimentos. Também para nada serve travestir-se com as
vestimentas de religiosidade, de boas obras, de misticismo, de
falsa piedade. Quando o Sol da Justiça, Jesus Cristo, reluzir, essa
camuflagem de folhas há de murchar perante o brilho de Sua
gloriosa presença. Assim, todos estarão nus diante dEle. Não nos
deixemos enganar: Deus conhece a cada um, individualmente; Ele
sabe tudo a meu e a seu respeito; Ele conhece os nossos
pensamentos, as nossas atitudes e reações. Não há lugar algum
no mundo onde possamos nos esconder dEle. Tudo está desnudo
e devassado diante dos olhos do Senhor.
Como solução para o pecado de Adão e Eva, Deus imolou
um cordeiro indefeso, puro e inocente, e com a pele fez
vestimentas para Adão e Eva. Deus cobriu, ao mesmo tempo,
tanto a nudez como o pecado de nossos primeiros pais. Sobre o
perdão de pecados, assim nos diz a Bíblia: "Bem-aventurado
aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto" (SI
32.1). Deus cobriu primeiro a nudez e o pecado de Adão e Eva e,
em seguida, os tirou do jardim do Éden. Deus trabalha desta
forma: primeiro, ele manifesta a Sua graça; depois, Ele manifesta
o Seu juízo. A graça de Deus sempre antecede o juízo de Deus.
Dizem os judeus que a graça de Deus é semelhante a um
anjo com duas asas voando velozmente ao encontro do pecador, e
o juízo de Deus é semelhante a um anjo com uma asa só, que voa
vagarosamente, mas um dia chega. Diante disso, querido leitor,
abrace a graça salvadora de Deus antes que o juízo de Deus
chegue até você.
A segunda referência bíblica a um sacrifício expiatório é o
derramamento de sangue para perdão que está registrada neste
episódio: "Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas,
e da sua gordura. Atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta,
mas para Caim e para a sua oferta não atentou " (Gn 4.4,5).
Tudo indica que Caim e Abel, filhos de Adão e Eva, haviam
tomado conhecimento daquele primeiro holocausto, quando um
cordeiro foi oferecido em sacrifício pelo pecado dos pais. Não
sabemos se, posteriormente, outros sacrifícios foram oferecidos
com regularidade. O que sabemos é que, em conseqüência daquele
sacrifício original, Caim e Abel também decidiram apresentar suas
ofertas sacrificiais a Deus.
Caim, que era lavrador da terra, tomou das primícias da
colheita e as ofereceu ao Senhor. Abel, que era pastor de ovelhas,
ofereceu, dentre os primogênitos do seu rebanho, alguns cordeiros
em sacrifício de louvor e adoração ao Senhor. Deus se agradou do
sacrifício oferecido por Abel, um sacrifício de sangue. Quanto à

32
oferta de Caim, frutos da terra, não houve aprovação diante de
Deus. Por quê? Por faltar-lhe o princípio essencial à expiação do
pecado, o derramamento de sangue.
Eu creio que Caim, tanto quanto Abel, tinha conhecimento
da maneira como se apresentar a Deus para cultuá-lo e oferecer-
lhe sacrifícios. No entanto, ele quis inovar, criando um método
próprio para cultuar ao Senhor. Abel, o irmão mais moço,
demonstrou reverência e temor diante de Deus, oferecendo-lhe um
sacrifício de sangue pelos seus próprios pecados. Caim,
entretanto, menosprezou o princípio da expiação da culpa,
oferecendo simplesmente frutos da terra.
Existem, por aí, muitos seguidores de Caim, mostrando
menosprezo ao plano único e eterno da salvação, o poder do
sangue de Jesus Cristo. Inventam seus próprios métodos de
salvação. Atualmente, existem mil e um movimentos religiosos
pregando que "todos os caminhos conduzem ao céu". Para os
adeptos desses movimentos, não é só o evangelho de Jesus Cristo
que santifica o homem, não é só sangue de Jesus Cristo que
perdoa pecados, não é somente a obra realizada por Jesus Cristo
no Calvário que salva o pecador. A Bíblia, entretanto, mostra
categoricamente: Não existe nenhum outro meio de o homem
reatar a sua comunhão com Deus, a não ser através do sangue de
Jesus Cristo.
Não adianta inventar o evangelho segundo Allan Kardec, não
adianta inventar o evangelho segundo Joseph Smith, não adianta
inventar outro evangelho. Somente o sangue de Jesus Cristo
purifica a alma humana e perdoa a todos os seus pecados,
somente Jesus Cristo é o Caminho. "Jesus respondeu: Eu sou o
caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não
ser por mim. " (João 14.6)
Acreditar que todos os caminhos levam para o céu é uma
concepção que menospreza o sacrifício da cruz, onde Jesus Cristo,
o Cordeiro de Deus, derramou o seu sangue para expiar os nossos
pecados e nos resgatar da maldição e condenação do pecado.
A terceira referência bíblica ao derramamento de sangue, em
sacrifício expiatório, está registrada em Êxodo 12.1-13:

"Disse o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito:


Este mesmo mês será para vós o primeiro
mês, o primeiro mês do ano. Dizei a toda a
congregação de Israel: Aos dez deste mês, tome
cada homem um cordeiro para a sua família, um
cordeiro para cada casa. Mas, se a família for
pequena para um cordeiro, então convidará ele o
seu vizinho mais próximo, conforme o número das

33
pessoas. Conforme o que cada um puder comer,
fareis a conta para o cordeiro. O cordeiro, ou
cabrito, será sem defeito, um macho de um ano, o
qual tomareis das ovelhas ou das cabras. Vós os
guardareis até ao décimo quarto dia deste mês,
quando toda a congregação de Israel o matará ao
crepúsculo. Tomarão do sangue e porão em ambas
as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que
o comerem. Naquela noite comerão a carne assada
no fogo, com pães asmos e ervas amargas. Não
comereis dele nada cru, nem cozido em água, Mas
sim assado ao fogo, a cabeça, as pernas e afressura.
Nada dele deixareis até pela manhã; se algo ficar
dele até pela manhã, queimareis ao fogo. Assim o
comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos
sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão. Comê-lo-
eis apressadamente; esta é a Páscoa do Senhor.
Naquela noite passarei pela terra do Egito, e ferirei
os primogênitos na terra do Egito, desde os homens
até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito
executarei juízo. Eu sou o Senhor. O sangue vos será
por sinal nas casas em que estiverdes; vendo o
sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre
vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do
Egito ".

O povo de Israel estava gemendo debaixo da tirania do


cativeiro egípcio. Os gemidos dos filhos de Israel chegaram aos
céus. Deus resolveu libertá-los. Ordenou a Moisés que fosse até
Faraó e lhe dissesse: "Deixa o meu povo ir ao deserto para me
adorar". Faraó, no entanto, resistia à voz de Deus, e oprimia mais
ainda o povo. Finalmente, após Deus operar maravilhas diante de
Faraó através de Moisés, chegou o dia da libertação.
O Senhor chamou Moisés e lhe disse: "Hoje, cada família em
Israel sacrificará um cordeiro macho de um ano, sem defeito
algum. Com o sangue do cordeiro aspergirão as ombreiras e verga
das portas. Em seguida, assarão o cordeiro e o comerão. Esta
noite, continuou o Senhor, dizendo: eu passarei sobre o Egito e
ferirei a todos os seus primogênitos. Mas na casa onde houver a
marca do sangue do cordeiro sacrificado, ninguém morrerá".
Enfim, chegou a hora de Deus agir em favor do Seu povo.

"À meia-noite o Senhor feriu a todos os


primogênitos na terra do Egito, desde o
primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono,

34
até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e
todos os primogênitos dos animais. Levantou-se
Faraó de noite, ele e todos os seus oficiais, e todos
os egípcios, e houve grande clamor no Egito, pois
não havia uma casa em que não houvesse um
morto". (Ex 12.29)

Aquela noite, no Egito, foi uma noite de grande clamor. Em


todas as casas egípcias, até mesmo no palácio de Faraó, havia um
morto sendo velado. A dor, o sofrimento e o desespero eram
indizíveis em todos os lares. Ah! Que desespero terrível!. Via-se
apenas a presença da morte por toda parte. Ouviam-se, de todos
os lados, os gritos e gemidos de dor e de aflição. O Egito chorava
os seus mortos.
Enquanto isso, os filhos de Israel, em suas casas comiam o
cordeiro pascal, celebrando o grande dia da visitação de Deus,
quando o jugo do cativeiro foi finalmente sacudido de seus
ombros. O sangue do cordeiro pascal, aspergido nas ombreiras e
vergas de suas portas, foi uma garantia dada pelo próprio Deus,
de que nenhum dos filhos de Israel pereceria naquela noite. O
sangue do cordeiro pascal, como um penhor, livrou-os da morte.
Que diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a
Deus e os que não O servem! Enquanto, entre os egípcios havia
choro, pranto e gemidos de dor, no meio do povo de Israel havia
gozo, regozijo e alegria; enquanto os egípcios sofriam a terrível e
agonizante dor pela perda de seus filhos, os israelitas cantavam e
dançavam ao lado de seus filhos, cuja vida fora preservada;
enquanto os egípcios contemplavam, pasmados e perplexos, o
espectro da morte, os israelitas, transbordando em gozo,
contemplavam o sinal da presença de Deus: o sangue do cordeiro
que lhes dera vida e proteção! Aleluia!

3.2 - O Poder e a Eficácia do Sangue de Jesus

Existem muitas pessoas com medo do diabo. Ouvem todos


os tipos de ameaças e de mentiras. Dizem-lhes que o destino delas
já estava traçado pelos seus guias: uns, devem desenvolver sua
mediunidade; outros devem "fazer cabeça" e se tornarem "pai" ou
"mãe-de-santo"; ou "cavalos" para as pombas-giras, para os exus,
para os caboclos, para os pretos-velhos e tantas outras entidades
demoníacas. Se não atenderem às orientações dessas entidades,
podem sofrer graves acidentes, problemas de saúde, conjugais e
financeiros, seus parentes e até eles mesmos podem morrer.
Há uma boa notícia para você: o diabo é mentiroso. Coloque-
se agora mesmo debaixo da proteção do sangue de Jesus Cristo.

35
Tenha a proteção do sangue do Cordeiro.
Uma abnegada serva de Deus, por toda a vida, foi muito
dedicada e obediente ao Senhor. Nunca se recolhia ao leito para
dormir, sem antes passar bons momentos em oração e comunhão
com o Pai. Certo dia, porém, estava tão exausta que apenas
ergueu a mão para os céus e disse: "Ó Senhor, cobre-me com o
teu precioso sangue", e logo adormeceu. Naquela noite, um
assaltante forçou a porta principal da casa da casa dessa irmã e
entrou. O salteador foi pegando tudo o que era valioso; quando
chegou ao aposento onde essa serva de Deus dormia, parou,
tomado de um grande pavor. De repente, ele correu em direção à
rua, gritando: "Não fui eu! Repetia em desespero, não fui eu!".
Toda a vizinhança acordou com aqueles gritos desesperados.
Alguns vizinhos saíram no encalço do ladrão e logo o encontraram.
Ele estava sentado numa calçada, gritando num grande
desespero, apertando a cabeça com as mãos: "Não fui eu, gente!
Não fui eu!" Quando lhe perguntaram o que havia ocorrido,
respondeu: "Quando entrei no quarto da mulher, procurando algo
para roubar, vi o corpo dela todo coberto de sangue. Aí, saí
correndo. Acreditem em mim, não fui eu quem matou aquela
mulher! Eu sou ladrão, não um assassino", completou.
Numa coisa o ladrão havia-se equivocado: aquela irmãzinha
não estava morta, apenas dormia. Ela estava toda coberta de
sangue, nisto o assaltante tinha razão. Mas o sangue que ele vira
não era o dela e sim o sangue protetor do Cordeiro de Deus, Jesus
Cristo.
O sangue de Jesus Cristo tem a eficácia e o poder para nos
reconciliar com Deus, nos purificar de nossos pecados, nos trazer
a paz, garantir-nos a vitória espiritual. A Palavra de Deus
confirma essa verdade. Observe.
O sangue de Jesus Cristo garante a reconciliação do
pecador. O que é reconciliação? É um retorno ao relacionamento
original com Deus, antes da queda do homem. "Mas agora em
Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo
chegastes perto" (Ef 2.13).
O sangue de Jesus Cristo nos traz purificação. Diz-nos a
Bíblia: "Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos
comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho,
nos purifica de todo pecado" (1 Jo. 1.7).
O sangue de Jesus Cristo nos garante a paz. Afirma a
Palavra: "... havendo ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por
meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre
a terra, quer nos céus" (Cl 1.20). A paz para a alma, a paz para o
espírito, não está nas drogas, nem nas bebidas alcoólicas, a paz
está no poder do sangue de Jesus Cristo.

36
O sangue de Jesus Cristo como instrumento de salvação tem
uma abrangência universal. Eis o que declara a Palavra: "Digno és
(Cordeiro) de tomar o livro, e de abrir os seus selos, porque foste
morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda
tribo, e língua, e povo, e nação" (Ap. 5.9).
O sangue do Cordeiro nos garante a vitória. Diz-nos a Bíblia:
"Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro..." (Ap 12.11). O sangue
de Jesus é poderoso para nos dar vitória sobre quaisquer
problemas e circunstâncias.
Certa vez, o grande evangelista Finney havia acabado de
pregar uma mensagem baseada no seguinte texto: "Mas, se
andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com
os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de
todo pecado" (1 Jo. 1.7). De repente, um homem mal-encarado
aproximou-se e disse: "Senhor pregador, o senhor poderia ir à
minha casa?" Finney, sem titubear, fitou o homem, e respondeu:
"Sim! Eu posso ir à sua casa, amigo". De imediato, algumas
pessoas se aproximaram do pregador e lhe disseram,
reservadamente: "Pelo amor de Deus, não acompanhe aquele
homem. Ele não tem uma boa fama. Dizem que já matou muita
gente". Finney, porém, lhes respondeu: "Não temam! Eu irei com
ele".
Finney seguiu o homem, em silêncio, através de ruas e vielas
estreitas e mal-iluminadas. Após algum tempo, o homem parou
diante de uma casa de má-aparência. Abriu a porta e convidou o
pregador para entrar. Foram até a sala. O homem abriu a gaveta
de um armário e retirou um revólver. Em seguida, voltou-se para o
pregador e disse:
- Pastor Finney, com esta arma eu já tirei a vida de
muitas pessoas. Ainda há esperança para mim?".
Finney, fitando-o com amor e bondade, olhando bem dentro
dos olhos, respondeu:
- Mas o sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, nos
purifica de todo pecado
O homem abriu outra gaveta, de onde retirou vários jogos de
baralho.
- Pastor Finney, disse, manuseando as cartas de
baralho: com estas cartas tenho trapaceado e roubado muitas
pessoas. Ainda há esperança para mim?
Finney, mantendo firme olhar, repetiu:
- Mas o sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, nos
purifica de todo pecado.
Pastor Finney! Desesperou-se o homem, eu já destruí muitos
casamentos, disse quase soluçando.
Eu já joguei muitas mulheres na lama. Eu não presto!

37
Ainda há esperança para mim?
Finney aproximou-se do homem, colocou a mão sobre o
ombro dele, e disse com toda mansidão:
- Mas o sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, nos
purifica de todo pecado.
Nesse instante, o homem dobrou os joelhos e, em lágrimas,
suplicou:
- Pastor, ore por mim. Eu quero ser perdoado.

38
Conclusão
Diante das escolhas que temos na vida, uma delas tem a ver
com a eternidade. Vivemos neste mundo procurando cumprir
nossas responsabilidades, viver honestamente, administrar nosso
tempo e dinheiro, divertir-nos dentro de nossas possibilidades.
Muitas vezes, não nos conformamos com os benefícios desfrutados
por aqueles que são corruptos, ladrões, desonestos, mentirosos.
Gostaríamos que a justiça de Deus fosse-lhes aplicada
imediatamente. Entretanto, apenas podemos compreender o
futuro da humanidade quando entramos na Casa do Senhor, na
presença do Senhor. Ali recebemos a revelação, como Asafe a
recebeu, de que cada pessoa há de ter um futuro e uma
eternidade coerentes com as sementes plantadas em vida.
Existem, sim, os justos e os ímpios e cada qual passará a
eternidade perto ou longe de Deus, conforme suas escolhas nesta
vida.
Embora alguns duvidem da existência do inferno, ela é
confirmada pelas Escrituras Sagradas, a Bíblia, e pela própria
consciência humana. É um lugar de sofrimento e dor, de
acusações, de más companhias, de colheita. Lá não existe a
morte, mas o sofrimento prolonga-se pela eternidade. Não há
como escapar de lá depois que a alma para lá for. Entretanto, há
esperança e certeza nesta vida de não ir para lá, através da fé no
sangue de Jesus Cristo.
O céu é uma realidade a ser alcançada por aqueles que
fazem sua opção ainda em vida. Não é questão de viver
honestamente, fazer boas obras, sacrificar-se, pagar promessas,
seguir religiões. O céu pode ser alcançado por aqueles que
confiam em Jesus Cristo como seu único Salvador e Senhor. O
céu é uma realidade para aqueles que procuram obedecer a Deus
e aos seus mandamentos, conforme prescreve a Sua Palavra. O
céu é daqueles que vivem e servem a Deus, por meio da graça
salvadora de Jesus Cristo, que derramou o seu sangue precioso
por todos. Esse sangue nos traz perdão, vitória, purificação, paz,
reconciliação com Deus. Há poder no sangue de Jesus. Basta que
cada um confie nele e se entregue incondicionalmente ao Senhor.
Receba agora mesmo, querido leitor, a proteção do sangue
de Jesus Cristo sobre a sua vida. Há poder no sangue de Jesus!

39
CONTRACAPA

FUNDAÇÃO GILMAR SANTOS

Está habilitada para prestar os seguintes serviços à Comunidade Evangélica:


> Curso Aberto à Distância (correspondência) de Bacharel em Teologia e Médio
em Teologia.
> Curso de Missiologia por correspondência ou Seriado, objetivando o
despertamento para a obra missionária.
> Bacharel e Médio em Teologia (seriado), através da Faculdade de Teologia e
Filosofia de Goiânia.
> Curso de Educação / Pedagogia Cristã (seriado).
> Capelania/ Teologia Clínica (seriado).
> Liderança e Recursos Humanos na Igreja (seriado).
> Minha Vida Missionária - Discipulado (seriado)
> Mestrado em Teologia (seriado) com especialização em Biblia, Educação Cristã
e Ministério Pastoral.
> Cruzadas Evangelísticas (Missão Cristo Para Todos) realizadas pelo Pr. Gilmar
Santos. São Cruzadas dinâmicas que têm levado a palavra de Deus aos seguintes
lugares: Brasil, Argentina, Bolívia, Uruguai, U.S.A., Portugal, França, Itália, África do
Sul, Japão, Egito, Israel, Coréia, Cabo Verde, Chipre, Luanda, Moçambique, Grécia,
Canadá, Bruxelas, Ilha do Sal, Suíça e outros
Desejamos proporcionar aos vocacionados as condições para conhecer (mais clara e
profundamente) ao Senhor e amadurecer na fé, para ministrar a palavra com autoridade
e amor.

Maiores Informações Fundação Gilmar Santos


Caixa Postal 12086 CEP 74.641-970 Goiânia GO Brasil
Tel./Fax (62) 286-7234 / 576-1722
email: fdgilmar@zaz.com.br
INSTRUÇÕES SOBRE CURSOS TEOLÓGICOS
www.fundacaogilmar.org.com.br

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