Anotações de Estudo - Histologia - Fígado, Pâncreas e Vias Biliares
Fernando Barros
11 de outubro de 2018
1 Fígado
• 2 lobos. Mas o fígado tem 4 lobos.
• Função do Fígado:
- Absorção: absorve no intestino, pode ser arma-
zenado nele.
- Detoxicação: pode ser detoxicado
- Exócrina: eliminado pela bile.
- Síntese: a albumina é sintetizada no fígado, -
brinogênio (fator de coagulação), protrombina.
• A estrutura histológica é voltada para essas funções que
o fígado desempenha.
• Todo o fígado é revestido por uma cápsula de te-
cido conjuntivo (cápsula de Glisson). Essa cáp-
sula emite septos dividindo o fígado em lobos e alguns
septos também envolvem de maneira parcial, a estru-
tura menor, a unidade menor do parênquima hepático
que seria o lóbulo hepático.
• O fígado recebe irrigação de dois grandes vasos:
- Veia Porta, vai levar ao fígado tudo que vai ser
absorvido em nível de intestino.
- Artéria Hepática, que vem do tronco celíaco, tra-
zendo oxigênio que é necessário para ele funcionar.
• A maior parte do uxo sanguíneo penetra através do
Hilo pela Veia Porta.
1
• Em nível de lóbulo hepático
- estrutura menor, hexagonal.
- No Espaço porta a gente encontra:
- Ramo da artéria hepática
- Ramo da veia porta
- Vasos linfáticos
- Terminações Nervosas
- Ducto biliar.
- Essas estruturas estão localizadas no canto do
lóbulo hepático.
• Um lóbulo hepático tem entre 3 e 6 espaços portas.
São nesses lugares entre os vasos que a gente encontra
o tecido conjuntivo.
• O uxo sanguíneo entra pelo Hilo, penetra no espaço
porta e daqui ele drena em direção ao vaso no centro do
hexágono, que é chamado de Veia Centro Lobular.
Da veia centro lobular, ela drena para a Veia Sublo-
bular, daí para a Veia Coletora, ai vai para as Veias
Hepáticas e daí para a Veia Cava Inferior.
• O Fluxo Biliar (função exócrina do fígado): A bile é
formada nos hepatócitos, célula do fígado. Ele vem em
sentindo inverso ao do sangue. É formada nas células e
drena para o Ducto biliar, presente no espaço porta. Aí
tem o ducto hepático biliar que vai drenar para o hepá-
tico direito e esquerdo, eles se juntam dando o hepático
comum, que se junta com o cístico, proveniente lá da
vesícula e eles dois vão dar o ducto chamado de ducto
colédoco. Que junto com o que vem do Pâncreas vai
desembocar no duodeno.
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• A Bile é armazenada na vesícula biliar.
• A vesícula biliar só tem o papel de concentração e ar-
mazenamento da bile.
• A colecistocinina é um hormônio liberado pelo du-
odeno que faz com que a vesícula biliar se contraia,
fazendo com que a bile, que já está concentrada seja
liberada junto com o suco pancreático a nível do duo-
deno, facilitando a digestão.
Figura 1:
2 Pâncreas (exócrino)
• A maior parte do parênquima do pâncreas é formado
por uma glândula composta com ácinos serosos. As
ilhotas de Langerhans diferenciam o pâncreas das
parótidas (não tem).
• Ductos estriados. Na parótida os ductos tinham
muitas invaginações, as células que revestem os duc-
tos transportam muitos íons.
• No pâncreas não há ductos estriados.
• Entretanto, a estrutura do parênquima do pâncreas é
a mesma da parótida.
• Os ácinos, todos serosos, tecido conjuntivo entre os áci-
nos é bastante vascularizado, rico em bras reticulares.
• Todas as células acinosas têm um aspecto triangular,
como se fosse uma pirâmide, com um núcleo redondo
voltado para a base.
• No ápice das células acinosas aparecem grânulos de se-
creção chamados Grânulos de Zimogênio:
- Enzimas: pepsinogênio, quimiotripsinogênio,
carboxipeptidases, nucleases.
• Os grânulos são responsáveis pela acidolia na região
apical da célula acinosa. Já a região da base é bastante
rica em R.E.R.
• No centro dos ácinos, nasce estruturas que vão excretar,
que seriam os ductos. No centro do ácino vamos en-
contrar células que NÃO são acinosas, são bem mais
claras, que são as responsáveis pela formação do pri-
meiro segmento da porção excretora que é chamado de
ducto intercalar.
• Esse ducto intercalar é um tipo de ducto intralobular,
porque tá dentro do lóbulo, que vão se associar dando
uma estrutura maior (mesma coisa que ocorre na pa-
rótida) e vão drenar para os ductos interlobulares e
esses drenam para o pancreático principal.
• QUANDO OS DUCTOS TEM O CALIBRE MENOR
DO DUCTO INTERCALAR, ESSE DUCTO É RE-
VESTIDO POR EPITÉLIO CÚBICO SIMPLES.
A MEDIDA QUE O DIÂMETRO DOS DUCTOS VAI
AUMENTANDO O EPITÉLIO VAI SE TORNANDO
CILÍNDRICO.
- Intercalar: cúbico simples
- Interlobular: cilíndrico simples
- Pancreático principal: cilíndrico simples + célu-
las caliciformes
• Acidolia apical, basolia na base da célula e também
presença de microvilos sem importância, porque os mi-
crovilos aí são esparsos, são curtos e não tem aquela
importância como seria de absorver, como há em de-
terminados tipos de segmentos do tubo digestivo.
• A lâmina basal da célula ca apoiada nela e por fora
entremeando esses ácinos temos bras reticulares que é
justamente o conjuntivo de suporte.
• No centro dos ácinos, temos a presença de células mais
claras que são chamadas de células centroacinosas
por que estão no centro do ácino, que são elas respon-
sáveis pela formação pelo primeiro segmento de ducto
que é o ducto intercalar, dele vai para o intralobar, in-
terlobular e vai drenar para o pancreático principal.
• No pancreático principal, temos um epitélio que é ci-
líndrico, um epitélio simples e a presença de células
caliciformes.
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• As células que são acinosas, tem na base receptores

para colecistocinina/colecistoquinina. Essas célu-
las não tem células mioepiteliais.
• As células da base tem esses receptores justamente para
liberar os grânulos de zimogênio. Toda vez que a gente
precisar de suco pancreático mais rico em enzimas, en-
tão a colecistocinina, ela é liberar, isso de acordo com o
alimento que foi ingerido, existe uma sinalização. Esse
suco pancreático ele é mais espesso, mais rico em en-
zimas digestivas. Enquanto que se ocorrer o contrário,
é liberado secretina e quem recebe esse hormônio são
as células centroacinosas, as células que estão iniciando
o sistema de tubulação.
• Elas liberam um líquido mais alcalinizado com bicar-
bonato, mais uido, menos espesso e bem menos rico
em proteínas digestivas.

3 Fígado
• Quando há distensão da cápsula de Glisson, o indiví-
duo sente dor. Uma fase muito avançada, onde houve
envolvimento das terminações nervosas.
• Uma parte da lâmina visceral do peritônio invade o
fígado e vai pelo hilo e vai preencher alguns locais com
conjuntivo, que é onde temos o espaço porta. A massa
poliédrica do lobo hepático que é formado por vários
hepatócitos que são células e cordões tem uma escassez
muito grande de conjuntivo.
• Quando existe maior conjuntivo no fígado, o fígado está
doente, está brosado, está com cirrose.
• No sinusóide hepático, além das células do endotélio,
• Fígado saudável tem o mínimo de conjuntivo. que são descontínuas, existe macrófago que também
tem a função de realizar hemocaterese, reaproveitando
• O conjuntivo ca só nos cantos do hexágono que seria
a hemoglobina, realizando a síntese de bilirrubina. É
a tríade portal, o espaço porta.
no gado que a bilirrubina indireta (insolúvel) será con-
• Os vasos que estão no espaço porta drenam para os jugada, transformando-se em bilirrubina direta.
vasos sinusóides hepáticos, dos sinusóides vão para a
veia centro lobular → veia sublobular → veia coletora • Na face do hepatócito voltada para o espaço de Disse,
→ veias hepáticas. existem estruturas que são microvilos do hepatócito.

• Na face do hepatócito que está voltada para o hepa-

• Os ramos a artéria hepática e os ramos da veia porta
lançam dentro do mesmo vaso, que seria o sinusóide
hepático. O sinusóide é fenestrado, tem lâmina basal,
mas é descontínua, tem fenestras, tem diafragma. En-
tão entre o vaso e a parede da célula existe um espaço
que não é visto na microscopia óptica, só é visto na
microscopia eletrônica, o espaço de Disse.
célula estre-
• No espaço de Disse, existe uma célula,
lada ou célula de Ito, que tem a capacidade de ar-
mazenar retinoides, vitamina A. Ela também tem a
capacidade de sintetizar matriz extracelular.
tócito vizinho existe o canal biliar. Ele (hepatócito)
sintetiza bile e excreta para esse canal biliar.
• O canal biliar não tem parede própria, a parede desse
canal biliar é formada pela membranosa citoplasmá-
tica de dois hepatócitos vizinhos. É o espaço onde a
membrana de um e de outro se juntam através de des-
mossomos e zônulas de oclusão formando o canalículo
biliar.
• Colangíolo: é o canalículo que uma hora tem parede
própria, outra hora não.
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• Já na borda dos hepatócitos, na periferia do hexágono,
que é chamado de placa limitante, os ductos já co-
meçam a ter sua parede própria, um epitélio cúbico
simples, daí são chamados de Ductos de Hering, já
na periferia do lóbulo.
espaço
• O vaso linfático no espaço porta drena para o
de Mall. O espaço de Mall é o local onde deve ser
encontrado linfa.
• Modelo conceitual: lóbulo hepático clássico → Hexá-
gono formado por placas de hepatócitos dispostas radi-
almente drenando sangue do espaço porta para a veia
centro lobular e a bile em sentido oposto.
• Lóbulo portal e ácino hepático.
• Ácino hepático de Rappaport.
• Os dois conceitos novos leva em consideração primeiro
o lóbulo portal, ele leva em consideração a drenagem da
bile, então, a gente leva em conta 3 lóbulos hepáticos
clássicos vizinhos e vai levar em consideração as células
que vão fazer a bile e drenar para o mesmo ducto biliar
do espaço porta, isso se obtém pegando 3 veias centro
lobulares e ligando, então, forma esse triângulo, e esse
triângulo leva em consideração a drenagem da bile.
• O ácino hepático leva em consideração a irrigação
feita pela artéria que é ramo da artéria hepática, en-
tão ele pegou esse losango aqui de 2 lóbulos hepáticos
clássicos vizinhos e junto esse segmento a esse, então,
o ramo da artéria hepática que está aqui nesse espaço
porta e nesse espaço porta irriga dessa forma: 1, 2 e
3. O QUE LEVA EM CONSIDERAÇÃO É A
OXIGENAÇÃO DO HEPATÓCITO.
- Zona 1: formada pelos hepatócitos localizados
em torno do espaço porta (região centroacinar)
- Zona 2: formada pelos hepatócitos que envolvem
a zona 1 (região mediozonal)
- Zona 3: constituída pelos hepatócitos próximos
da veia hepática terminal (região periacinar)
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• Os hepatócitos próximos a veia centro lobular são mais

frágeis por que recebem menos oxigenação. Logo elas
responde mais rapidamente a lesões.

4 Vesícula Biliar
• A função dela é armazenar e concentrar a bile.
• A mucosa da vesícula é revestida por epitélio cilín-
drico simples. Todas as células desse epitélio secre-
tam muco. E tem muitos microvilos (bordas em es-
cova), ela tem que aumentar a superfície de absorção,
por isso as dobras.
• A mucosa é revestida pelo epitélio de revestimento e
pela lâmina própria.
• Lâmina própria: tecido conjuntivo frouxo, e logo depois
não tem submucosa, vem logo a musculatura lisa.
• Camada perimuscular: conjuntivo denso broelás-
tico.
• Se a face da vesícula estiver voltada para o fígado, ela
vai ter uma adventícia. Se a face da vesícula estiver
voltada para a cavidade vamos ter uma serosa.
• Próximo ao ducto cístico existe uma parte mucosa que
vai ter glândulas na lâmina própria que são túbulo-
acinosas mucosas, justamente para lubricar.
• É uma célula que tem uma acidolia pecular por conta
da quantidade de mitocôndrias. Na medida que ela
tem bombas de sódio para aumentar a absorção, para
concentrar a bile, ela precisa de energia que vem das
mitocôndrias.