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Custos na

Mineração:
Quais são e
qual a sua
importância no
estudo de
viabilidade
econômica?
por Wagner Araújo em 01/Aug/2018

Pode parecer clichê, mas a definição dos custos de um projeto de


mineração, principalmente antes da implantação do mesmo é uma tarefa
árdua. Não sendo crítico aos demais aspectos inerentes ao estudo de
viabilidade econômica, mas o conhecimento dos custos depende
primordialmente da experiência de quem está elaborando o projeto.
Quantificar e qualificar tais custos é algo muito difícil se comparado a
outros aspectos. Contudo, a determinação dos mesmos é preponderante
para a avaliação no estudo de viabilidade econômica de um projeto,
principalmente de mineração o qual apresenta grande variabilidade
devido aos inúmeros tipos de bens minerais e seus respectivos métodos
de aproveitamento.

Um importante aspecto a ser considerado é o conhecimento de outros


projetos já implantados, uma vez que auxilia de forma direta no
dimensionamento desses custos. Contudo, nem sempre o empreendedor
estará nessa posição de conforto, sendo necessária uma verificação
mais ampla de todo o fluxograma do projeto, tendo uma visão a priori
ampla, para depois especificar cada etapa do processo, desde a etapa
dos estudos iniciais até a entrega do produto final.

De forma didática inicialmente é importante classificarmos os custos para


posteriormente avançar em uma discussão sobre análises de viabilidade
do empreendimento, uma vez que esta é intrinsecamente influenciada
pelos custos.

Custos Operacionais

Normalmente, os custos operacionais são as despesas ligadas ao


funcionamento da explotação.

Tais custos podem ser classificados em três categorias:


• Custos diretos;
• Custos indiretos e;
• Custos gerais.

É possível estimar os custos de operação por analogia com outras


minas, pelo menos em algumas operações, através de modelamento de
certas etapas em função de parâmetros pertinentes e aplicação desses
através de coeficientes admitidos ou também através da análise
detalhada do projeto.
Destaca-se a seguir alguns parâmetros primordiais para a estimativa dos
custos operacionais:
• Escala de produção nas variadas operações considerando os
equipamentos utilizados, aspectos gerais da mina e o real
aproveitamento frente à produção projetada;
• Custos unitários de mão-de-obra (encargos e salários);
• Verificação do método de lavra aplicado;
• Fluxograma no processo de beneficiamento.

Tais parâmetros nos permite acessar os custos diretos. Já para os custos


indiretos e gerais, são usados percentuais dos diretos ou de elementos
do investimento. Exemplo:
• Manutenção e reparos: 2 a 5% do custo de materiais;
• Custos indiretos: 10 a 30% dos custos diretos
• Custos gerais: 2% das vendas ou faturamento.

Custos diretos

Os custos diretos são diretamente proporcionais à quantidade produzida.


Exemplo dessa afirmativa é o custo com mão de obra, pessoal
diretamente ligado à operação e com materiais, energia, lubrificantes,
reagentes químicos para tratamento, água, explosivos, corpos moedores,
peças de reposição dentre outros, à medida que aumento a produção,
consequentemente é necessário o aumento de tais custos.

Custos Indiretos

Já os custos indiretos independem da produção realizada, ou seja, os


custos não variam com a oscilação da produção. Pode-se destacar como
exemplos os custos com serviços administrativos, vigilância,
almoxarifado, escritórios, seguros, taxas, juros, trabalhos gerais de
preparação e de pesquisa, dentre outros.

Custos Gerais
Por fim existem os custos gerais como despesas com comercialização,
serviços administrativos da central, serviços financeiros, dentre outros.

Como forma de melhor exemplificar e discriminar os principais custos na


mineração, um estudo do CETEM destaca o seguinte:

Custos de Administração

Os custos de administração incluem todos os salários do pessoal de


engenharia e de administração, material consumido, aluguéis de
escritórios, luz, comunicações, despesas de viagem, treinamento de
pessoal e seguros. Incluem ainda, despesas médicas e hospitalares, de
educação e de recreação do pessoal.

Custos de Comercialização

Os custos de comercialização compreendem os salários dos pessoal de


marketing e de vendas, despesas com viagem, despesas com
propaganda e comissões de intermediários, sendo que estas últimas
costumam ser expressivas para o caso das exportações.

Capital de Giro

O Capital de Giro pode ser uma importante parcela do capital total,


necessário para um novo projeto. É importante estima-lo
cuidadosamente, não só calculando sua componente inicial, mas
também considerando os acréscimos necessários ao longo do tempo,
principalmente quando são previstos aumentos futuros no nível das
operações.

Custos da Produção

Os custos de produção devem ser detalhadamente estimados e


desdobrados em seus principais componentes: pessoal, material, peças
sobressalentes, impostos e taxas, energia elétrica, aluguéis, serviços
contratados etc. Devem também ser listados separadamente por fase
dos serviços: extração, transporte interno, beneficiamento do minério,
estocagem, manuseio e carregamento. Convém ainda separar os custos
de operação daqueles de manutenção, constituindo estes últimos, uma
parcela significativa, ao contrário do que ocorre nas indústrias de
transformação, em que tais custos são secundários. Os custos de
pessoal devem incluir os acréscimos decorrentes da legislação
trabalhista, de responsabilidade do empregador, bem como previsões
para substituições de empregados em férias, acidentados, doentes, em
repouso semanal etc. É importante pré-estabelecer quantos turnos de
trabalho serão adotados. O consumo de materiais deve ser previsto por
fase dos serviços, sendo os principais itens (reagentes, combustíveis,
lubrificantes, correias transportadoras etc), indicados e especificados.

Custos de transporte

Este tipo de custo, depende exclusivamente do bem mineral a ser


explotado e beneficiado, uma vem que, em alguns casos, a entrega
ocorre na própria mina, onde o transporte passa a ser do próprio
comprador. Exemplo são os blocos rochas ornamentais comprados pelas
serrarias, ou ainda, as casa de materiais de construção, na compra de
agregados como britas e areia.

Já para os bens minerais onde devem ser transportados pela empresa


de origem, no caso de transportes ferroviários, um acordo tarifário
especial pode ser obtido com reduções substanciais de preço, em
relação às tarifas oficiais. Na hipótese de transporte rodoviário, os preços
podem ser obtidos mediante entendimentos com os transportadores.
Wagner Araújo

Engenheiro de Minas pela UFOP, Especialista em Recursos Minerais. Pós-


graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho pela FACAM. Pós-
graduado em Master em Engenharia em Geotecnia pela PUC/MG. Experiência
em atividades do Setor de Rochas Ornamentais e de Segurança de Barragens.

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