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PROCESSO Nº 114/2017
ABERTURA: 03/04/2017
DA CONSULTA
PARECER
MÉRITO
ou rural. Como se observa, a concessão de uso especial para fins moradia possui como
pressupostos: a) posse por cinco anos até 30 de junho de 2001; b) posse ininterrupta e
pacífica (sem oposição); c) imóvel urbano público de até 250 m² (duzentos e cinquenta
metros quadrados); d) uso do terreno para fins de moradia do possuidor ou de sua família;
e) não ter o possuidor a propriedade de outro imóvel urbano ou rural; f) não ter o possuidor
obtido anteriormente concessão de uso para fins de moradia.
A concessão de uso especial para fins de moradia, assim como a concessão de direito real de
uso, consiste em um direito real, nos termos do artigo 1.225 do Código Civil de 2002: Art.
1.225. São direitos reais: I - a propriedade; (...) XI - a concessão de uso especial para fins de
moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) XII - a concessão de direito real de uso.
(Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007), esta concessão especial de uso aproxima-se da
concessão de direito real de uso, mas dela se distingue porque a primeira se restringe à
finalidade de moradia do possuidor. Ademais, a concessão de uso para fins de moradia é um
direito subjetivo do possuidor que preenche os requisitos, não dependendo de análise de
conveniência e oportunidade por parte da Administração Pública, como ocorre com a
concessão de direito real de uso. Trata-se também de um direito real resolúvel, transferível
por ato inter vivos ou causa mortis, vinculado a uma finalidade específica, qual seja, a
destinação para moradia, podendo o direito se extinguir se o concessionário conferir
destinação diversa ou adquirir outro imóvel urbano ou rural, além de outros casos previstos
em lei. A outorga da concessão especial de uso para fins de moradia não depende de lei
específica para cada caso, já que não transfere a propriedade, podendo ser outorgada por
termo administrativo ou, se o pedido não for atendido administrativamente, por sentença
judicial. Também não é necessária licitação, já que a finalidade é prestigiar o ocupante do
imóvel.
Pois bem, análise aos referidos instrumentos municipais nos dá o rumo a ser
verificado desde o requerimento formulado pelo cidadão, a documentação que deve ser
acostadas, os atos dos diversos atores públicos e, por fim, o deferimento ou não.
FUNDAMENTOS LEGAIS
Com a regra legal estabelecida e o seu respectivo regulamento, nos termos dos
instrumentos multicitados no presente Parecer, temos por completo o procedimento ora
analisado, com o cumprimento integral do art. 3º do Decreto nº 1.995/2008.
Este é o parecer.
S.M.J.
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WALTER FERRÃO JUNIOR
SUBPROCURADOR MUNICIPAL (Decreto nº 244/2016).
OAB/BA nº 15.745.