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Palavras-chave:
Psicologia analítica, gnose, epistemologia.
Resumo:
O objetivo do presente trabalho é realizar uma aproximação conceitual entre o
pensamento junguiano da psicologia e a doutrina gnóstica e espiritualista de Samael
Aun Weor. Primeiramente, estabelecemos uma discussão a respeito da provável
influência dos saberes orientais no pensamento filosófico ocidental, dado que a
gnose é uma vertente universalista que mescla o orientalismo e o cristianismo.
Verificamos que em alguns pensadores de fato há uma influência direta, em outros
nada mais que uma semelhança conceitual. Dentre os motivos que dificultou
historicamente essa permuta entre os saberes de ambos hemisférios, podemos citar
a língua e seu caráter ontológico. Por fim, realizamos a aproximação entre os
autores supracitados, verificando convergências em alguns pontos e
distanciamentos em outros. Em alguns conceitos como o de individuação em Jung e
o despertar da consciência em Weor, temos uma nítida proximidade. Ambos
utilizam-se da palavra “ego”, porém verificou-se que não dizem a respeito da mesma
estrutura da psique, havendo então uma divergência. Outro ponto onde há
aproximações e distanciamentos é no conceito de sombra, para Jung, e eu
pluralizado para Weor.
Introdução:
A história da ciência no ocidente foi profundamente marcada pelas correntes
de pensamento empirista, racionalista, materialista e, mais tarde, a positivista. A
psicologia, com seu surgimento em fins do século XIX, não ficou livre de tais
influências. O mecanicismo foi o espírito de época que aglutinava tais correntes,
tendo deixado sua marca na psicologia, entendendo-se com esta avanços e
limitações (SCHULTZ & SCHULTZ, 2002).
Materiais e métodos
A metodologia deste estudo é qualitativa e bibliográfica, compreendendo a
coleta de dados da teoria analítica da psicologia (Jung), da gnose contemporânea
(Weor) e do pensamento de alguns filósofos ocidentais pertinentes à discussão.
Buscou-se focalizar a investigação nos conceitos e ideias dos dois autores que
circunscrevem as noções de personalidade e consciência. Portanto, a referida
metodologia nos possibilita uma abrangência maior na captação dos fenômenos,
trabalhando com toda esfera dos significados, das crenças e valores que possam ser
refletidos nestas produções (GIL, 2008).
Resultados e Discussão
Verifica-se a influência orientalista na filosofia de Arthur Schopenhauer,
estudante profundo do Budismo e do Hinduísmo, encontrando ali seu ideal ético
(PAINE, 2007). É possível entender tal proximidade quando o filósofo alemão
salienta a ausência de vontade como um dos estados mais elevados do humano,
fazendo um paralelo com o conceito de Nirvana do Budismo (RODRIGUEZ, 2005).
Há também a marca do toque oriental no pensamento de Friedrich W.
Nietzsche, particularmente no que concerne à sabedoria budista. Em sua obra “O
Anticristo” (2009), Nietzsche tece comentários de conteúdo amigável à religião
oriental, considerando-a como “uma religião para homens tardios, para raças
bondosas, suaves, que se tornaram superespirituais, que sentem dor com muita
facilidade (ainda falta muito até que a Europa esteja madura para ele)” (p. 41).
Com respeito aos dois pensadores que integram o cerne desta pesquisa,
Jung e Weor, verificou-se que ambos encaram o conceito de “ego” como figura
protagonista, porém com diferentes mecanismos psíquicos envolvidos. Através do
Considerações Finais
Concluímos que o montante das pesquisas científicas que tem por objetivo
investigar influências ou permutas entre a sabedoria oriental e a filosofia ocidental
ainda é escasso. O encontro conceitual Jung-Weor é um tipo de aproximação que
ilustra adequadamente a riqueza de ideias e analogias que podemos estabelecer
entre os pensamentos ocidental e oriental.
Agradecimentos
Agradecimentos à todos e todas que se envolveram no processo desta
pesquisa.
Referências