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Edward Jenner
(1749-1823)
Nos séculos XIX e XX, cientistas, seguindo o modelo de Jenner, desenvolveram novas vacinas a
fim de combater numerosas doenças fatais, inclusive a poliomielite, coqueluche, sarampo, tétano,
febre amarela, tifo, hepatite B e muitas outras. Posteriormente, vacinas mais sofisticadas,
desenvolvidas em tempos mais recentes, praticamente eliminaram a varíola em todo o mundo.
Jenner começou a investigar sistematicamente a doença pústula do vaqueiro e veio a perceber que
diferentes sintomas apareciam em diferentes vítimas da varíola das vacas, ou seja, que esta não
admitia apenas uma única manifestação fixa. Jenner concluiu então que o que havia, desde sempre,
sido identificado como uma única doença era, de fato, mais de uma, sendo que apenas uma vacila
conferia imunidade à varíola.
Em 1789 Jenner observou que as vacas tinham nas tetas feridas iguais às provocadas pela varíola no
corpo de humanos, só que no caso dos animais, a versão da doença era mais leve.
Ao observar que as mulheres responsáveis pela ordenha quando expostas ao vírus bovino tinham
uma versão mais suave da doença, recolheu o líquido que saía destas feridas e o passou em cima de
arranhões que ele provocou no braço de um garoto. O menino teve um pouco de febre e algumas
lesões leves, tendo uma recuperação rápida.
A partir daí, o cientista pegou o líquido da ferida de outro paciente com varíola e novamente expôs
o garoto ao material. Semanas depois, ao entrar em contato com o vírus da varíola, o paciente
passou incólume à doença. Estava descoberta assim a propriedade de imunização.
Surgiu, então, uma situação que parecia vir contrariar, por completo, todas as suas conclusões. Em
uma das vacarias da região apareceu um surto da doença que Jenner havia identificado como
conferindo imunidade à varíola, tendo alguns dos trabalhadores apanhado essa doença, mesmo após
terem sido infectados com a tal versão benigna. Jenner levantou uma nova hipótese dinâmica,
passando a considerar o tempo de imunização. Descobriu-se assim que a substância só conferia
imunidade contra a varíola quando a sua virulência estivesse próxima do seu máximo.
Mesmo assim, a vacinação utilizando fluído das pústulas da “varíola bovina” espalhou-se
rapidamente. O valor demonstrativo da vacina foi tão grande que Napoleão insistiu que todas as
suas tropas fossem vacinadas assim como os países sob o domínio da França.
Fonte:
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/11873/hoje+na+historia+1976+
+edward+jenner+inicia+estudos+da+vacina+contra+variola.shtml