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X Encontro de Iniciação Científica do Centro Universitário Barão de Mauá

Identificação e Levantamento de Plantas Tóxicas em


Instituições de Ensino da Cidade de Santa Rosa de Viterbo-SP.
1 2
Ingrid Marise Vieira , Odete Luiza de LuccaThiezerini
1,2
Centro Universitário Barão de Mauá
1 2
ingridvieira@outlook.com.br, odete.lucca@baraodemaua.br

Resumo adaptação ao local e em sua disponibilidade e


custo.” (BOCHNER; FISZON; ASSIS, 2013)
A existência de plantas nocivas em instituições
causado por plantas tóxicas. Segundo dados
de ensino ao alcance de estudantes e
educadores, possibilita a ocorrência de da Fiocruz, cerca de 60% dos casos de
envenenamentos pelas mesmas. Este trabalho intoxicação por plantas ocorrem em crianças
contribui para esclarecer e alertar as com idade inferior a nove anos, sendo que a
autoridades responsáveis dos maioria dos casos compreende crianças de 01
estabelecimentos de ensino, sobre a a 04 anos de idade (FIOCRUZ, 2012).
prevenção de acidentes por intoxicações e Realizar o levantamento, a identificação das
reações de hipersensibilidade, principalmente plantas com potencial tóxico e a sua
em crianças, com o fim de evitar tais divulgação, a fim de informar os indivíduos dos
ocorrências. riscos aos quais eles estão sendo expostos, é
de suma importância. Tais informações
Introdução deverão ser compartilhadas principalmente
nas escolas, para que os alunos entendam
Os vegetais são seres vivos que produzem que as plantas tóxicas não têm que ser
uma série de substâncias com variadas banidas ou extintas, mas sim respeitadas, para
finalidades, entre elas, a atração de agentes que possam ser admiradas em sua beleza,
polinizadores, os ataques de animais e fungos, sem nenhum risco de perigo ou ameaça à
a proteção das intempéries climáticas, e ainda segurança daqueles que queiram ou possam
algumas outras funções. Quando as vir a se aproximar delas. O conhecimento das
substâncias causam lesão ou prejuízo a possíveis intoxicações é importante para a
qualquer função biológica, elas são definidas prevenção e ainda, que se tomem as medidas
como veneno. Isso quer dizer que as plantas necessárias para o socorro em tempo
produtoras destes venenos são identificadas oportuno no caso de possíveis acidentes.
como tóxicas. Segundo Campos et al.
(2016),as espécies tóxicas são aquelas
capazes de produzirem compostos que podem Objetivos
causar alterações metabólicas prejudiciais ao
homem e aos animais. Assim, deve-se ter Identificar plantas tóxicas situadas em
cuidado ao manusear e disponibilizar uma ambientes escolares por meio de um
planta no ambiente interno, externo ou público, levantamento qualitativo e quantitativo, a fim
evitando-se intoxicações, seja por ingestão, de alertar a comunidade escolar, bem como
contato com a pele, contato com os olhos ou informar os dados obtidos às autoridades das
aspiração. instituições de ensino pesquisadas.
Ao se tratar de ambientes escolares, a falta de
conhecimento dos indivíduos, não por
negligência, mas pela desinformação, e cabe Materiais e métodos
aqui colocar, talvez por mera falta de O desenvolvimento deste projeto foi realizado
oportunidade de se ouvir algo sobre esta na cidade de Santa Rosa de Viterbo-SP,
temática. “O jardim é uma organização dos durante os meses de março a novembro de
componentes da natureza, notadamente das 2016. Foram realizadas visitas aos seguintes
plantas, de forma a agradar o senso de campos de pesquisa: jardins e espaços
contemplação do ser humano.” (LORENZI, internos do prédio, de escolas de Ensino
2013), e isso acaba facilitando a exposição de Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio
crianças, jovens e funcionários aos riscos de denominadas aqui, respectivamente, por
envenenamento, uma vez que a vegetação escola 1, 2 e 3.
escolhida “se baseia em aspectos estéticos, Solicitou-se uma autorização junto à Diretoria
no porte e características da planta, na sua das Instituições de Ensino para se adentrarnas
unidades escolares e entregue, no ato, o
Termo de Consentimento declarando o sigilo
na divulgação dos nomes das instituições.
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Após a coleta de dados foi realizada a utilizando OneDrive para registros fotográficos
identificação das plantas de acordo com suas das plantas observadas e base de dados
características morfológicas e seu Google (palavras-chaves: tóxica, tóxico,
desmembramento em plantas tóxicas ou venenosa toxicidade). As espécies
plantas que não apresentam toxicidade. encontradas foram identificadas e classificadas
Utilizou-se caneta, lápis, folhas de papel sulfite utilizando-se bibliografia especializada.
para anotações, dois aparelhos móveis:
Samsung Galaxy Gran Prime 4g SM -
G530MU, moto E2(4G-LTE), armazenamento Resultados e discussão
de dados em pen drive, notebook Acer Aspire
Seguem abaixo as tabelas referentes aos
57427-4631, um caderno universitário 200
resultados dos dados coletados.
folhas e em nuvem (armazenamento em rede)

Tabela 1. Plantas tóxicas na escola 1


Nº de
Nome comum Nome científico Família Parte tóxica Princípio Ativo
indivíduos
Agave Agave Americana Asparagaceae 4 Seiva Saponina
Folhas e
Agave-dragão Agave attenuate Asparagaceae 5 Saponinas
inflorescências
alcaloides;
Amarílis; Açucena Hippeastrum reginae Amaryllidaceae Mais de 10 Bulbo
alérgeno(pólen)
Anthurium Oxalato de cálcio,
Antúrio Araceae 6 Toda a planta
andraeanum saponinas
Schinus
Aroeira Anacardiaceae 1 Toda a planta Alquil-fenóis
terebinthifolius
Glicosídeo da
Babosa Aloe vera Liliaceae 1 Toda a planta
Antraquinona
Euphorbia
Cabeleira-de-velho Euphorbiaceae 1 Látex Ésteres do forbol
leucocephala
Café-de-salão- Aglaonema Oxalato de cálcio,
Araceae Mais de 10 Toda a planta
dourado commutatum saponinas
Kalanchoe
Calanchoê Crassulaceae Mais de 10 Toda a planta Glicosídeo cardiotóxico
blossfeldiana
Cheflera Schefflera arboricola Araliaceae 2 Toda a planta Oxalato de cálcio
Cica; Palmeira- ácido 2-amino-3-
Cycas revolute Cycadaceae 2 Sementes
sagu (metilamino)-propanoico
Comigo-ninguém- Dieffenbachia Oxalato de cálcio, sa-
Araceae 1 Toda a planta
pode amoena poninas
Cróton Codiaeum variegatum Euphorbiaceae 4 Sementes Alcaloidecrotina
Oxalato de cálcio,
Espada-de-são- Sansevieria trifasciata Asparagaceae Mais de 10 Toda a planta saponinas e substâncias
jorge hipersenssibilizantes
doliarina, glicosídeo
Figueira benjamina Ficus benjamina Moraceae Mais de 10 Toda a planta
cianogênico
Sulfetos orgânicos e
Guiné Petiveria alliacea Phytolacaceae Mais de 30 Toda a planta nitratos, sheilina e
ladonina
Imbé Philodendron imbe Araceae Mais de 10 Toda a planta Oxalato de cálcio
Epipremnum
Jiboia Araceae 4 Toda a planta Oxalato de cálcio
pinnatum
Raiz, caule, flor e Esteroides, saponinas,
Jurubeba Solanum paniculatum Solanaceae 2
fruto glicosídeos e alcalóides
Cristais de oxalato de
Lança-de-são-
Sansevieria cylindrica Asparagaceae 1 Toda a planta cálcio e outros ácidos
jorge
orgânicos
Alérgeno (pólen),
Lírio Hemerocallis flava Liliaceae 7 Pólen alcalóides amarilidáceos
(bulbo germinativo)
Lírio-da-paz Spathiphyllum wallisii Araceae 21 Folhas Oxalato de cálcio
Mangueira Mangifera indica Anacardiaceae 3 Folhas Óleos voláteis
Leucanthemum Saponinas, taninos e
Margarida Asteraceae Mais de 10 Caule e folhas
vulgare oxalato de cálcio
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Palmeira rabo-de-
Caryota urens Arecaceae 2 Fruto Oxalato de cálcio
peixe
Pingo-de-ouro Duranta etecta Verbenaceae Mais de 10 Fruto Esteroide
Syngonium
Singônio Araceae Mais de 30 Toda a planta Oxalato de cálcio
angustatum
Vinca; Boa-noite Catharanthus roseus Apocynaceae 10 Flor e folha Alcaloides

Tabela 2.Plantas tóxicas da escola 2


Nº de
Nome comum Nome científico Família Parte tóxica Princípio Ativo
indivíduos
Schinus Anacardiacea
Aroeira 1 Toda a planta Alquil-fenóis
terebinthifolius e
Rhododendron
Azaléa Ericaceae 2 Toda a planta Glicosídeo cardiotóxico
indicum
Glicosídeo da
Babosa Aloe vera Liliaceae 1 Toda a planta
Antraquinona
Bico-de- Euphorbia Euphorbiacea
3 Toda a planta Ésteres diterpênicos
papagaio pulcherrima e
Cabeleira-de- Euphorbia Euphorbiacea
1 Látex Ésteres do forbol
velho leucocephala e
Kalanchoe
Calanchoê Crassulaceae 25 Toda a planta Glicosídeo cardiotóxico
blossfeldiana
Codiaeum Euphorbiacea
Cróton 7 Sementes Alcaloide crotina
variegatum e
Oxalato de cálcio,
Espada-de- Sansevieria Asparagacea saponinas e
são-jorge trifasciata e Mais de 10 Toda a planta substâncias
hipersenssibilizantes
Oxalato de cálcio,
Sansevieria Asparagacea saponinas e
Espadinha 5 Toda a planta
trifasciata e substâncias
hipersenssibilizantes
Jiboia Epipremnum aureum Araceae 7 Toda a planta Oxalato de cálcio
Lírio-da-paz Spathiphyllum wallisii Araceae 3 Folhas Oxalato de cálcio
Euphorbiacea Glicosídeos
Mandioca Manihot esculenta 9 Raiz e folhas
e cianogênicos
Pingo-de-ouro Duranta erecta Verbenaceae Mais de 10 Fruto Esteroide
Syngonium
Singônio Araceae Mais de 10 Toda a planta Oxalato de cálcio
angustatum
Trevo Oxalis sp Oxalidaceae Mais de 10 Folhas Oxalato de cálcio
Zamioculcas
Zamioculcas Araceae 3 Toda a planta Oxalato de cálcio
zamiifolia

Tabela 3. Plantas tóxicas da escola 3


Nº de
Nome comum Nome científico Família Parte tóxica Princípio Ativo
indivíduos
Folhas e
Agave-dragão Agave attenuata Asparagaceae 8 Saponinas
inflorescências
Allamanda Glicosíseocardiotóxico,
Alamanda Apocynaceae 1 Toda a planta saponinas, esteroides,
cathartica
triterpenos, alcalóides
Látex, folha e
Alocásia Alocasia sp Araceae 1 Oxalato de cálcio
caule
Anthurium Oxalato de cálcio,
Antúrio Araceae 2 Toda a planta
andraeanum saponinas
Schinus
Aroeira Anacardiaceae 3 Toda a planta Alquil-fenóis
terebinthifolius
Bico-de- Euphorbia
Euphorbiaceae 2 Toda a planta Ésteres diterpênicos
papagaio pulcherrima
Kalanchoe Glicosídeo
Calanchoê Crassulaceae 2 Toda a planta
blossfeldiana cardiotóxico
Schefflera
Cheflera Araliaceae 2 Toda a planta Oxalato de cálcio
arboricola
Cica; palmeira- Cycas revoluta Cycadaceae 3 Sementes Ácido 2-amino-3-
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sagu (metilamino)-
propanoico
Coroa-de- Diterpenos, miliaminas
Euphorbia milii Euphorbiaceae Mais de 30 Toda a planta
Cristo de A a I
Codiaeum
Cróton Euphorbiaceae 3 Sementes Alcaloide crotina
variegatum
Figueira Doliarina, glicosídeo
Ficus benjamina Moraceae 1 Toda a planta
benjamina cianogênico
Imbé Philodendron imbe Araceae Mais de 10 Toda a planta Oxalato de cálcio
Epipremnum
Jiboia Araceae 2 Toda a planta Oxalato de cálcio
pinnatum
Spathiphyllum
Lírio-da-paz Araceae 9 Folhas Oxalato de cálcio
wallisii
Pingo-de-ouro Duranta erecta Verbenaceae Mais de 10 Fruto Esteroide
Vinca; Boa- Catharanthus
Apocynaceae 3 Flor e Folha Alcaloides
noite roseus

Tabela 4. Plantas tóxicas e sintomas de intoxicação por elas


Nome da planta Sintoma
Agave Dermatites severas com queimaduras e bolhas

Irritação na pele ou mucosas, vômito, diarreia geralmente brandos a moderados e


Agave-dragão
autolimitados.
Ingestão: náuseas, cólicas abdominais, vômitos e diarreia, alterações eletrolíticas.
Alamanda
Látex: dermatite com erupção cutânea. Ter cuidado ao podar.
Ardor e inchaço na boca, lábios e garganta, edema de glote, asfixia, náuseas,
Alocásia salivação, vômitos, diarreia. Em contato com os olhos pode causar edema e congestão
damucosaocular epálpebras.
Amarílis; Açucena Vômitos, convulsões, às vezes hepatite.
Dor e inchaço da cavidade oral. Inflamação aguda da orofaringe, salivação intensa,
Antúrio
coceira na boca. Inchaço nos lábios, língua e garganta.
Dermatite caracterizada por vermelhidão com prurido intenso. Ingestão: vômito,
Aroeira
diarreia, cefaleia e fraqueza.
Salivação, vômitos, lacrimação, coriza. Em casos graves pode ocorrer hipotensão, dor de
Azaléa
cabeça, bradicardia, convulsões e coma.
Babosa Ingestão: Atividade laxativa, diarreia descontrolada e nociva.
Lesão na pele e mucosas, edema de lábios, boca e língua, dor em queimação e
Bico-de-papagaio coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das
pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreia.
Lesão na pele e mucosas. Em contato com os olhos pode causar grande irritação,
Cabeleira-de-velho edema das pálpebras. Ingestão: queimaduras nas mucosas da boca e garganta,
náuseas, vômito e diarreia.
Ardor e inchaço na boca, lábios e garganta, edema de glote, asfixia, náuseas, salivação,
Café-de-salão-dourado vômitos, diarreia. Em contato com os olhos pode causar edema e congestão da mucosa
ocular e pálpebras.
Calanchoê Vômito, diarreia, ataxia, tremores e morte súbita.
Dermatite de contato; Ingestão: Irritação gastrointestinal, vômito, diarreia, salivação e
Cheflera incoordenação motora. Pode ocorrer inflamação da língua, convulsão e respiração
rápida e curta.
Pode causar degeneração seletiva de neurônios motores e características clínicas
semelhantes à esclerose amiotrópica lateral (EAL) Sintomas clínicos: vômitos
Cica; Palmeira-sagu repetidos, severa congestão das membranas mucosas, aumento da sede e salivação
profusa.
Ardor e inchaço na boca, lábios e garganta, edema de glote, asfixia, náuseas,
Comigo-ninguém-pode salivação, vômitos, diarreia. Em contato com os olhos pode causar edema e congestão da
mucosa ocular e pálpebras.
Látex: lesões irritativas, de vermelhidão até formação de pústulas com prurido, dor e
queimação. Ingestão: lesão irritativa mucosa, edemas nos lábios e língua, dor,
Coroa-de-Cristo queimação, salivação. Contato do látex com os olhos: geralmente causa conjuntivites;
em casos mais sérios, lesões de córnea com perda parcial ou total da visão.
Inflamação violenta da mucosa intestinal, vômitos, debilidade e morte. Insônia, violenta
Cróton palpitação do coração, dor de cabeça, confusão de ideias, pulso irregular. Na pele
aparecem pústulas vermelhas. Eczema e irritação da boca.
Espada-de-são-jorge; Inchaços na boca que podem evoluir a distúrbios respiratórios, dor e queimação,
Espadinha; Lança-de-São- salivação, dificuldade para engolir, náuseas e vômitos, cólicas abdominais e fraqueza
Jorge muscular. Casos mais graves: necrose tubular renal com diminuição da produção da
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urina, elevação dos níveis de ureia no sangue e distúrbios hidroeletrolíticos. A seiva em


contato com a pele pode provocar irritação, vermelhidão, edema e dor. Nos olhos produz
conjuntivite e lacrimejamento, podendo ocorrer hemorragia conjuntival.
Figueira benjamina Látex pode causar dermatites, queimaduras ao sol.
Insônia, alucinações, abala o sistema nervoso. O uso contínuo determina apatia,
Guiné
imbecilidade, morte.
Causa sensação de queimação e edema nos lábios, boca e língua, náuseas, vômitos,
Imbé diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia. O contato com os olhos
pode provocar irritação e lesão da córnea.
Causa sensação de queimação e edema nos lábios, boca e língua, náuseas, vômitos,
Jiboia diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia. O contato com os olhos
pode provocar irritação e lesão da córnea.
Medicinal, porém seu consumo frequente pode causar diarreia, náuseas, sintomas
Jurubeba
neurológicos e vômitos.
Pólen: Reações de hipersensibilidade alérgica, ataques de espirros, prurido nasal,
Lírio conjuntivite. Pode levar a asma e causa complicações como sinusite inflamatória e
bronquite; Bulbo: Ingestão: Degeneração hepática, falha renal.
Irritação oral, prurido, irritação ocular, dificuldade de deglutição e até de respiração em
Lírio-da-paz
casos mais graves. Pode ocorrer alteração da função renal e alterações neurológicas.
Ingestão da planta crua: cansaço, falta de ar, fraqueza, taquicardia, aumento do ritmo
Mandioca
respiratório, acidose metabólica, agitação, confusão mental, convulsão, coma e morte.
Mangueira Dermatite de contato
Margarida Dermatite de contato e constipação por ingestão.
Sensação extremamente dolorosa na boca, em contato com a pele e olhos pode
Palmeira rabo-de-peixe
causar queimaduras graves.
Febre, sono, dilatação da pupila, taquicardia, inchaço da boca e olhos, convulsões e
Pingo-de-ouro
gastroenterites.
Singônio Ingestão: Dor, queimação e edema nos lábios, boca e língua.
Ingestão: vômitos, diarreia, dor abdominal, hipocalcemia e depósito de oxalato de
cálcio nos rins. A hipocalcemia leva a uma violenta estimulação muscular tetânica,
Trevo
podendo causar distúrbios cardíacos e neurológicos. A deposição do oxalato de cálcio
nos rins obstrui os canais, causando lesões renais.
Vinca; Boa-noite Danos no sistema nervoso central.
Zamioculcas Irritações na pele, e quando ingerida, sufocação

Após a coleta de todos os dados referentes à Gráfico 1. Porcentagem de planta tóxicas


presença de plantas tóxicas nas escolas 1,2 e na escola1
3, foram elaborados gráficos demonstrando os
resultados finais.
Os gráficos encontram-se identificados de
acordo com o local da identificação das
espécies e com legenda autoexplicativa,
representado entre as espécies aquelas que
não apresentam risco de intoxicação e as
espécies tóxicas. O resultado mostrou que as
espécies identificadas na escola 1 expressam
um total de 83 representantes, sendo: 55
espécies ou 66% não tóxicas e 28 espécies
(34%) que oferecem risco de intoxicação, seja
por ingestão, dermatites de contato, reações
de hipersensibilidade, entre outros.
Ao todo, na escola 2 foram encontradas
35 espécies, desta 19 (54%) não apresentam
toxicidade e 16 (46%) são venenosas.
Já na escola 3 as espécies identificadas
somaram 27 sendo que 10 (37%) não
apresentam efeitos tóxicos, 17 espécies (63%)
apresentam toxicidade. No geral, foram
encontradas 37 espécies diferentes de plantas
ornamentais tóxicas.
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Gráfico 2. Porcentagem de plantas tóxicas na Algumas das espécies encontradas foram


escola 2 fotografadas para uma demonstração mais
clara das espécies tóxicas identificadas, para
isto algumas estão dispostas a seguir,
identificadas com seus respectivos nomes.

Figura 1. Alamanda

Gráfico 3. Porcentagem de plantas tóxicas na


escola 3 Figura 2. Agave

Figura 3. Cróton

Figura 4. Bico-de-papagaio
X Encontro de Iniciação Científica do Centro Universitário Barão de Mauá

Figura 5. Palmeira rabo-de-peixe


Figura 8. Comigo-ninguém-pode

“Considerando os benefícios de uma


arborização urbana bem planejada, esta
também deve ser valorizada em ambientes
escolares. Para isto, não se deve utilizar
espécies tóxicas, alergênicas e com
características que tenham potencial de causar
acidentes (e.g. espinhos ou folhas
pontiagudas).” (KÜSTER et al., 2012). Os
sintomas causados pela intoxicação podem
estar atrelados também à própria fisiologia do
indivíduo envenenado (CAMPOS, 2016), além
disso, “No Brasil, a notificação dos eventos
toxicológicos não é obrigatória, o que favorece
a subnotificação.” (Campos, 2016), e assim há
uma grande possibilidade do número real de
Figura 6. Agave-dragão e vincas casos relatados não ser preciso em relação à
quantidade conhecida de envenenamentos.

Conclusão
Os resultados obtidos mostram a presença de
plantas ornamentais tóxicas, nas escolas
visitadas, oferecendo riscos de intoxicação pelo
contato ou ingestão das mesmas.
Além disso, observou-se que, de maneira
geral, as pessoas sabem pouquíssimo sobre
plantas tóxicas, quais são elas e como evitar
intoxicações.
Esse fato mostra que medidas preventivas
devem ser divulgadas, nesses ambientes e à
população em geral.

Figura 7. Trevo
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Referências
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Pós-graduação em Inovação Terapêutica, Plantas Brasileiras. 1ª. ed. Nova Odessa, SP:
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