Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Índice
Biografia
A filosofia de Popper Nascimento 28 de julho de 1902
O paradoxo da tolerância Viena
Biografia
Nascido numa família de classe alta de origem judaica secularizada, foi educado na Universidade de Viena. Concluiu o doutoramento
em filosofia em 1928 e ensinou numa escola secundária entre 1930 e 1936. Em 1937, a ascensão do Nazismo levou-o a emigrar para
a Nova Zelândia, onde foi professor de filosofia na Universidade de Canterbury, em Christchurch. Em 1946, foi viver na Inglaterra,
tornando-se assistente (reader) de lógica e de método científico na London School of Economics,[4] onde foi nomeado professor em
1949. Foi nomeado cavaleiro da Rainha Isabel II em 1965, e eleito para a Royal Society em 1976. Reformou-se da vida académica
em 1969, apesar de ter permanecido activo intelectualmente até à sua morte, em 1994. Recebeu a insígnia de Companheiro de Honra
(Companion of Honour) em1982.[5]
Popper recebeu vários prémios e honrarias no seu campo, destacando-se, entre outros,
o prémio Lippincott, da Associação Americana
de Ciência Política, o Prêmio Sonning e o estatuto de membro da Royal Society, da Academia Britânica, da London School of
Economics, do King's College de Londres e do Darwin College de Cambridge.
A filosofia de Popper
Popper cunhou o termo "Racionalismo Crítico" para descrever a sua filosofia. Esta designação é significante e é um indício da sua
rejeição do empirismo clássico e do observacionalismo-indutivista da ciência, que disso resulta. Apesar disso, alguns académicos,
incluindo Ernest Gellner, defendem que Popper, não obstante não se ter visto como um positivista, se encontra claramente mais
próximo desta via do que da tradição metafísica ou dedutiva.
Popper argumentou que a teoria científica será sempre conjectural e provisória. Não é possível confirmar a veracidade de uma teoria
pela simples constatação de que os resultados de uma previsão efetuada com base naquela teoria se verificaram. Essa teoria deverá
gozar apenas do estatuto de uma teoria não (ou ainda não) contrariada pelos factos.
O que a experiência e as observações do mundo real podem e devem tentar fazer é encontrar provas da falsidade daquela teoria. Este
processo de confronto da teoria com as observações poderá provar a falsidade da teoria em análise. Nesse caso há que eliminar essa
teoria que se provou falsa e procurar uma outra teoria para explicar o fenómeno em análise. (Ver Falseabilidade). Em outras palavras,
uma teoria científica pode serrefutada por uma única observação negativa, mas nenhuma quantidade de observações positivas poderá
garantir que a veracidade de uma teoria científica seja eterna e imutável.
Alguns [carece de fontes?]consideram este aspecto fulcral para a definição da ciência, chegando a afirmar que "científico" é apenas
aquilo que se sujeita a este confronto com os factos. Ou seja: afirmam que só é científica aquela teoria que possa ser falseável
(refutável). Existem críticas contundentes quanto a esse aspecto [carece de fontes?]. Essas remanescem no bojo da própria Filosofia que
Popper propõe. E por quê? Ao afirmar que toda e qualquer teoria deve ser falseável, isso se aplica à própria teoria da falseabilidade
popperiana. Portanto, a falseabilidade deve ser falseável em si mesma. Diante dessa evidente necessidade - sob a pena de sua teoria
ser não-universal e portanto derrogada pela sua imprecisão - poderá existir proposições em que a falseabilidade não é aplicável (vide
teorema da incompletudede Kurt Gödel). Por outro lado, essa crítica poderia ser vista sob outro prisma: a falseabilidade é um critério
metodológico e prescritivo da ciência, e, portanto, metateórico, isto é, se trata de uma teoria sobre teorias. Em outras palavras, o
critério da falseabilidade se aplica aos enunciados capazes de serem falsificados pela experiência, ou seja, os enunciados das ciências
empíricas, como a física experimental e a biologia e não à epistemologia ou à filosofia da ciência.
Nos dias de hoje, verifica-se que o falsificacionismo popperiano não é princípio de exclusão, mas tão somente de atribuição de graus
de confiança ao objecto passível do crivo científico. Outros argumentam que estas críticas não fazem sentido devido a teoria de
Popper não ser científica, por não se ocupar de fatos contingentes[carece de fontes?].
Para Popper a verdade é inalcançável, todavia devemos nos aproximar dela por tentativas. O estado actual da ciência é sempre
provisório. Ao encontrarmos uma teoria ainda não refutada pelos factos e pelas observações, devemos nos perguntar, será que é
mesmo assim ? Ou será que posso demonstrar que ela é falsa ? Einstein é o melhor exemplo de um cientista que rompeu com as
teorias da física estabelecidas.
Popper debruçou-se intensamente sobre a teoria marxista e a filosofia hegeliana que lhe é subjacente, alegadamente retirando-lhes
qualquer estatuto científico. Fez o mesmo em relação à psicanálise e à astrologia, argumentando que suas teorias subjacentes não são
falseáveis (refutáveis). Além do mais, pelo fato de os proponentes dessas três disciplinas terem visado de modo insistente e seletivo à
verificação de suas teorias, Popper as classificou como pseudociências.
O seu trabalho científico foi influenciado sobretudo pelo seu estudo dateoria da relatividade de Albert Einstein.
O paradoxo da tolerância
Embora Popper tenha sido um defensor da tolerância, ele disse que a intolerância não deve ser tolerada, pois se a tolerância permitir
que a intolerância tenha sucesso completamente, a própria tolerância estaria ameaçada. Em seu livro A sociedade aberta e seus
inimigos, ele argumentou:
De comunista a liberal
Popper foi membro ativo do Partido Comunista da Áustria, mas quando questionou os líderes do partido sobre a morte de vários
colegas em uma manifestação, ele obteve a resposta de que foram necessárias para se realizar a revolução, o que o marcou
profundamente e, a partir daí, começou a questionar a ideologia marxista. Com o tempo, Popper buscou refutar Marxismo[1] e
tornou-se um liberal. Em 1947, Popper fundava com Friedrich Hayek, Milton Friedman, Ludwig von Mises e outros a Sociedade
Mont Pèlerin para defender o Liberalismo clássico, no espírito do Sociedade aberta.
"a definição do método científico de Popper difere da versão baconiana de empirismo por
sua ênfase na eliminação em vez da ênfase na verificação. No entanto eles têm em comum
um determinado ponto: quer nós verifiquemos ou refutemos, de qualquer forma fazêmo-lo
com a ajuda de duas ferramentas e apenas duas: a lógica e a confrontação com os factos.
As teorias são julgadas por dois juízes: consistência lógica e conformidade com os factos. A
diferença entre os dois modelos situa-se apenas em saber se os factos condenam os
pecadores ou canonizam os santos. Para o jovem Popper havia alguns pecadores
apropriadamente certificados, mas nunca santos definitivamente canonizados".
Outras obras
All life is problem solving. Londres, Routledge, 1999.
Unended quest – an intellectual autobiography . Londres, Routledge, 1974.
In search of a better world – Lectures and essays from thirty years. Londres, Routledge, 1992.
The lesson of this century – with two talks on freedom and the democratic state. Londres, Routledge, 1997.
The myth of the framework – in defense of science and rationality. Londres, Routledge, 1994.
Objective knowledge. Oxford, Oxford University Press, 1989.
Seguidores
Ernest Gellner
George Soros
Referências
1. Stanford Encyclopedia of Philosophy.Karl Popper. Metaphysics Research Lab,
CSLI, Stanford University. Publicado em 13 de novembro de 1997, revisado em 9 de
fevereiro de 2009 (http://plato.stanford.edu/entries/popper/)
2. See Stephen Thornton,"Karl Popper" (http://plato.stanford.edu/archives/sum20
09/entries/popper/), in The Stanford Encyclopedia of Philosophy(Summer 2009
Edition), Edward N. Zalta (ed.)
3. Horgan, J. (1992) Profile: Karl R. Popper – The Intellectual Warrior, Scientific Lápide de Karl Popper, em
American 267(5), 38–44.
Viena
4. Popper foi nomeado cavaleiro em 1965, sob o governo trabalhista britânico de
Harold Wilson.
5. Malachi Haim Hacohen.Karl Popper – The Formative Years, 1902–1945: Politics and Philosophy in Interwar Vienna.
Cambridge: Cambridge University Press, 2001. p. 23,ISBN 0-521-47053-6
6. The Open Society and Its Enemies: The Spell of Platopor Karl Raimund Popper, Volume 1, 1947, George Routledge
& sons, ltd., pg 226, Notas no capitulo 7:http://www.archive.org/details/opensocietyandit033120mbp,
7. The Open Society and Its Enemies: The Spell of Plato , by Karl Raimund Popper, Princeton University Press, 1971,
ISBN 0-691-01968-1, pg 265
8. The Open Society And Its Enemies, Complete: V olumes I and II, Karl R. Popper, 1962, quinta edição (revisada),
1966, (PDF (http://ia600801.us.archive.org/34/items/OpenSocietyAndItsEnemies/Karl-Popper-Open-Society-and-Its-
Enemies.pdf))
9. The Open Society and Its Enemies,p. 581 (http://books.google.com/books?id=_M_E5QczOBAC&pg=P A581)
Leitura adicional
[Comprehensive bibliography:] Lube, Manfred: Karl R. Popper . Bibliographie 1925–2004. Wissenschaftstheorie,
Sozialphilosophie, Logik, Wahrscheinlichkeitstheorie, Naturwissenschaften. Frankfurt/Main etc.: Peter Lang, 2005.
576 pp. (Schriftenreihe der Karl Popper Foundation Klagenfurt.3.)-Current edition
Stefano Gattei. Karl Popper's Philosophy of Science. 2009.
David Miller. Critical Rationalism: A Restatement and Defence . 1994.
David Miller (Ed.). Popper Selections.
John W. N. Watkins. Science and Skepticism. 1984.
Ver também
Falsificacionismo
Thomas Kuhn
Paul Feyerabend
Ludwick Fleck
Paradoxo do corvo
Positivismo lógico
Ligações externas
Karl Popper (em inglês) no Mathematics Genealogy Project
Biografia da Stanford Encyclopedia of Philosophy
The Karl Popper Web
Instituto Karl Popper
Entrevista audio à BBC
Karl Popper versus Theodor Adorno: lições de um confronto histórico. Por Angela Ganem.Revista de Economia
Política, vol. 32, n° 1. São Paulo jan.-mar. de 2012. ISSN 0101-3157
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Karl_Popper&oldid=52419461
"
Esta página foi editada pela última vez às 07h07min de 21 de junho de 2018.
Este texto é disponibilizado nos termos da licençaAtribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY
-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte ascondições de utilização.