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Karl Popper

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Karl Raimund Popper (Viena, 28 de Julho de 1902 — Londres, Karl Raimund Popper
17 de Setembro de 1994) foi um filósofo da ciência austríaco
naturalizado britânico. É considerado por muitos como o filósofo
mais influente do século XX a tematizar a ciência [1]. Foi também
um filósofo social e político de importância considerável, um
grande defensor da democracia liberal e um oponente implacável
do totalitarismo.[2][3] Ele é mais conhecido pela sua defesa do
falsificacionismo como um critério da demarcação entre a ciência e
a não-ciência, e pela sua defesa da sociedade aberta.

Índice
Biografia
A filosofia de Popper Nascimento 28 de julho de 1902
O paradoxo da tolerância Viena

De comunista a liberal Morte 17 de setembro de 1994 (92 anos)


Londres
Diferenças entre Popper e Francis Bacon
Alma mater Universidade de Viena
Livros traduzidos para o português
Prêmios Prémio Internacional Catalunha
Outras obras
(1989)
Seguidores
Prêmio Kyoto (1992)
Referências
Leitura adicional Orientador(es) Karl Bühler, Moritz Schlick
Ver também Campo(s) Filosofia
Ligações externas Tese 1928: Zur Methodenfrage der
Denkpsychologie

Biografia
Nascido numa família de classe alta de origem judaica secularizada, foi educado na Universidade de Viena. Concluiu o doutoramento
em filosofia em 1928 e ensinou numa escola secundária entre 1930 e 1936. Em 1937, a ascensão do Nazismo levou-o a emigrar para
a Nova Zelândia, onde foi professor de filosofia na Universidade de Canterbury, em Christchurch. Em 1946, foi viver na Inglaterra,
tornando-se assistente (reader) de lógica e de método científico na London School of Economics,[4] onde foi nomeado professor em
1949. Foi nomeado cavaleiro da Rainha Isabel II em 1965, e eleito para a Royal Society em 1976. Reformou-se da vida académica
em 1969, apesar de ter permanecido activo intelectualmente até à sua morte, em 1994. Recebeu a insígnia de Companheiro de Honra
(Companion of Honour) em1982.[5]

Popper recebeu vários prémios e honrarias no seu campo, destacando-se, entre outros,
o prémio Lippincott, da Associação Americana
de Ciência Política, o Prêmio Sonning e o estatuto de membro da Royal Society, da Academia Britânica, da London School of
Economics, do King's College de Londres e do Darwin College de Cambridge.
A filosofia de Popper
Popper cunhou o termo "Racionalismo Crítico" para descrever a sua filosofia. Esta designação é significante e é um indício da sua
rejeição do empirismo clássico e do observacionalismo-indutivista da ciência, que disso resulta. Apesar disso, alguns académicos,
incluindo Ernest Gellner, defendem que Popper, não obstante não se ter visto como um positivista, se encontra claramente mais
próximo desta via do que da tradição metafísica ou dedutiva.

Popper argumentou que a teoria científica será sempre conjectural e provisória. Não é possível confirmar a veracidade de uma teoria
pela simples constatação de que os resultados de uma previsão efetuada com base naquela teoria se verificaram. Essa teoria deverá
gozar apenas do estatuto de uma teoria não (ou ainda não) contrariada pelos factos.

O que a experiência e as observações do mundo real podem e devem tentar fazer é encontrar provas da falsidade daquela teoria. Este
processo de confronto da teoria com as observações poderá provar a falsidade da teoria em análise. Nesse caso há que eliminar essa
teoria que se provou falsa e procurar uma outra teoria para explicar o fenómeno em análise. (Ver Falseabilidade). Em outras palavras,
uma teoria científica pode serrefutada por uma única observação negativa, mas nenhuma quantidade de observações positivas poderá
garantir que a veracidade de uma teoria científica seja eterna e imutável.

Alguns [carece de fontes?]consideram este aspecto fulcral para a definição da ciência, chegando a afirmar que "científico" é apenas
aquilo que se sujeita a este confronto com os factos. Ou seja: afirmam que só é científica aquela teoria que possa ser falseável
(refutável). Existem críticas contundentes quanto a esse aspecto [carece de fontes?]. Essas remanescem no bojo da própria Filosofia que
Popper propõe. E por quê? Ao afirmar que toda e qualquer teoria deve ser falseável, isso se aplica à própria teoria da falseabilidade
popperiana. Portanto, a falseabilidade deve ser falseável em si mesma. Diante dessa evidente necessidade - sob a pena de sua teoria
ser não-universal e portanto derrogada pela sua imprecisão - poderá existir proposições em que a falseabilidade não é aplicável (vide
teorema da incompletudede Kurt Gödel). Por outro lado, essa crítica poderia ser vista sob outro prisma: a falseabilidade é um critério
metodológico e prescritivo da ciência, e, portanto, metateórico, isto é, se trata de uma teoria sobre teorias. Em outras palavras, o
critério da falseabilidade se aplica aos enunciados capazes de serem falsificados pela experiência, ou seja, os enunciados das ciências
empíricas, como a física experimental e a biologia e não à epistemologia ou à filosofia da ciência.

Nos dias de hoje, verifica-se que o falsificacionismo popperiano não é princípio de exclusão, mas tão somente de atribuição de graus
de confiança ao objecto passível do crivo científico. Outros argumentam que estas críticas não fazem sentido devido a teoria de
Popper não ser científica, por não se ocupar de fatos contingentes[carece de fontes?].

Para Popper a verdade é inalcançável, todavia devemos nos aproximar dela por tentativas. O estado actual da ciência é sempre
provisório. Ao encontrarmos uma teoria ainda não refutada pelos factos e pelas observações, devemos nos perguntar, será que é
mesmo assim ? Ou será que posso demonstrar que ela é falsa ? Einstein é o melhor exemplo de um cientista que rompeu com as
teorias da física estabelecidas.

Popper debruçou-se intensamente sobre a teoria marxista e a filosofia hegeliana que lhe é subjacente, alegadamente retirando-lhes
qualquer estatuto científico. Fez o mesmo em relação à psicanálise e à astrologia, argumentando que suas teorias subjacentes não são
falseáveis (refutáveis). Além do mais, pelo fato de os proponentes dessas três disciplinas terem visado de modo insistente e seletivo à
verificação de suas teorias, Popper as classificou como pseudociências.

O seu trabalho científico foi influenciado sobretudo pelo seu estudo dateoria da relatividade de Albert Einstein.

O paradoxo da tolerância
Embora Popper tenha sido um defensor da tolerância, ele disse que a intolerância não deve ser tolerada, pois se a tolerância permitir
que a intolerância tenha sucesso completamente, a própria tolerância estaria ameaçada. Em seu livro A sociedade aberta e seus
inimigos, ele argumentou:

"A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se


estendermos a tolerância ilimitada, mesmo para aqueles que são
intolerantes, e se não estamos preparados para defender uma sociedade
tolerante contra o ataque dos intolerantes, então os tolerante serão
destruídos e tolerância com eles. - Esta formulação, não implica que
devemos sempre suprimir as filosofias intolerantes, contanto que possamos
combatê-las por argumentos racionais e mantê-las sob controle pela opinião
pública.
Mas devemos reivindicar o direito de suprimi-las, se necessário até mesmo pela força, e isso
pode facilmente acontecer se elas não estiverem preparadas em debater no nível de
argumentação racional, ao começar por criticar todos os argumentos e proibindo seus
seguidores de ouvir argumentos racionais, devido ela ser uma filosofia enganosa, ensinando-
os a responder a argumentos com uso de punhos ou pistolas.

Devemos, portanto, reivindicar, em nome da tolerância, o direito de não


tolerar os intolerantes. Devemos enfatizar que qualquer movimento que
pregue a intolerância deva ser colocado fora da lei, e devemos considerar a
incitação à intolerância e perseguição devido a ela, como criminal, da
mesma forma como devemos considerar a incitação ao assassinato, ou
seqüestro, ou para a revitalização do comércio de escravos como
criminoso.[6][7][8][9]

De comunista a liberal
Popper foi membro ativo do Partido Comunista da Áustria, mas quando questionou os líderes do partido sobre a morte de vários
colegas em uma manifestação, ele obteve a resposta de que foram necessárias para se realizar a revolução, o que o marcou
profundamente e, a partir daí, começou a questionar a ideologia marxista. Com o tempo, Popper buscou refutar Marxismo[1] e
tornou-se um liberal. Em 1947, Popper fundava com Friedrich Hayek, Milton Friedman, Ludwig von Mises e outros a Sociedade
Mont Pèlerin para defender o Liberalismo clássico, no espírito do Sociedade aberta.

Diferenças entre Popper e Francis Bacon


Comparando o método científico de Karl Popper com a visão baconiana da ciência, Ernest Gellner afirma em "Relativism and the
social sciences" ("Relativismo e as ciências sociais"):

"a definição do método científico de Popper difere da versão baconiana de empirismo por
sua ênfase na eliminação em vez da ênfase na verificação. No entanto eles têm em comum
um determinado ponto: quer nós verifiquemos ou refutemos, de qualquer forma fazêmo-lo
com a ajuda de duas ferramentas e apenas duas: a lógica e a confrontação com os factos.
As teorias são julgadas por dois juízes: consistência lógica e conformidade com os factos. A
diferença entre os dois modelos situa-se apenas em saber se os factos condenam os
pecadores ou canonizam os santos. Para o jovem Popper havia alguns pecadores
apropriadamente certificados, mas nunca santos definitivamente canonizados".

Livros traduzidos para o português


A sociedade aberta e seus inimigos(2 volumes). São Paulo, EDUSP, 1974.
Conhecimento objetivo: uma abordagem evolucionária . São Paulo, ed. da Universidade de São Paulo, 1975.
Autobiografia intelectual. Brasília: UnB, 1977. 263p. (B)
A miséria do Historicismo. Tradução de Octany S. Mota e Leônidas Hegenberg. - São Paulo: Cultrix: Ed. da
Universidade de São Paulo, 1980.
O racionalismo crítico na política. Brasília, Editora UNB, 1981.
O realismo e o objectivo da Ciência(1o volume do pós-escrito à Lógica da descoberta científica). Lisboa,
Publicações Dom Quixote, 1987.
Sociedade aberta, universo aberto. Lisboa: Dom Quixote, 1987. 112p. (B)
O universo aberto – argumentos a favor do indeterminismo(2o volume à Lógica da descoberta científica). Lisboa,
Publicações Dom Quixote, 1988.
A Teoria dos Quanta e o cisma na física(3o volume do pós-escrito à Lógica da descoberta científica). Lisboa,
Publicações Dom Quixote, 1989.
Em busca de um mundo melhor. Lisboa, Fragmentos, 1989.
Um mundo de propensões. Lisboa, Fragmentos, 1991.
O eu e seu cérebro. Campinas: Papirus; Brasília: UnB, 1991. 513p. (B)
A lógica da pesquisa científica. São Paulo, Cultrix, 1993.
Conjecturas e refutações(O progresso do conhecimento científico). Brasília, Editora da UNB, 1994.
Televisão: um perigo para a democracia. Lisboa, Gradiva, 1995.
O Cérebro e o Pensamento. Campinas: Papirus, 1995.
O Mito do Contexto. Lisboa: Edições 70, 1999.
Lógica das Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Biblioteca Tempo Universitário, 2004.
Em Busca de um Mundo Melhor. São Paulo, Martins Fontes, 2006.
O Conhecimento e o Problema Corpo-Mente. Lisboa: Edições 70, 2009.
Textos Escolhidos. Rio de Janeiro: Contraponto/Editora PUC-Rio, 2010.
Os Dois Problemas Fundamentais da T eoria do Conhecimento. São Paulo, UNESP, 2013.
O mundo de Parmênides. São Paulo, UNESP, 2014.

Outras obras
All life is problem solving. Londres, Routledge, 1999.
Unended quest – an intellectual autobiography . Londres, Routledge, 1974.
In search of a better world – Lectures and essays from thirty years. Londres, Routledge, 1992.
The lesson of this century – with two talks on freedom and the democratic state. Londres, Routledge, 1997.
The myth of the framework – in defense of science and rationality. Londres, Routledge, 1994.
Objective knowledge. Oxford, Oxford University Press, 1989.

Seguidores
Ernest Gellner
George Soros

Referências
1. Stanford Encyclopedia of Philosophy.Karl Popper. Metaphysics Research Lab,
CSLI, Stanford University. Publicado em 13 de novembro de 1997, revisado em 9 de
fevereiro de 2009 (http://plato.stanford.edu/entries/popper/)
2. See Stephen Thornton,"Karl Popper" (http://plato.stanford.edu/archives/sum20
09/entries/popper/), in The Stanford Encyclopedia of Philosophy(Summer 2009
Edition), Edward N. Zalta (ed.)
3. Horgan, J. (1992) Profile: Karl R. Popper – The Intellectual Warrior, Scientific Lápide de Karl Popper, em
American 267(5), 38–44.
Viena
4. Popper foi nomeado cavaleiro em 1965, sob o governo trabalhista britânico de
Harold Wilson.
5. Malachi Haim Hacohen.Karl Popper – The Formative Years, 1902–1945: Politics and Philosophy in Interwar Vienna.
Cambridge: Cambridge University Press, 2001. p. 23,ISBN 0-521-47053-6
6. The Open Society and Its Enemies: The Spell of Platopor Karl Raimund Popper, Volume 1, 1947, George Routledge
& sons, ltd., pg 226, Notas no capitulo 7:http://www.archive.org/details/opensocietyandit033120mbp,
7. The Open Society and Its Enemies: The Spell of Plato , by Karl Raimund Popper, Princeton University Press, 1971,
ISBN 0-691-01968-1, pg 265
8. The Open Society And Its Enemies, Complete: V olumes I and II, Karl R. Popper, 1962, quinta edição (revisada),
1966, (PDF (http://ia600801.us.archive.org/34/items/OpenSocietyAndItsEnemies/Karl-Popper-Open-Society-and-Its-
Enemies.pdf))
9. The Open Society and Its Enemies,p. 581 (http://books.google.com/books?id=_M_E5QczOBAC&pg=P A581)
Leitura adicional
[Comprehensive bibliography:] Lube, Manfred: Karl R. Popper . Bibliographie 1925–2004. Wissenschaftstheorie,
Sozialphilosophie, Logik, Wahrscheinlichkeitstheorie, Naturwissenschaften. Frankfurt/Main etc.: Peter Lang, 2005.
576 pp. (Schriftenreihe der Karl Popper Foundation Klagenfurt.3.)-Current edition
Stefano Gattei. Karl Popper's Philosophy of Science. 2009.
David Miller. Critical Rationalism: A Restatement and Defence . 1994.
David Miller (Ed.). Popper Selections.
John W. N. Watkins. Science and Skepticism. 1984.

Ver também
Falsificacionismo
Thomas Kuhn
Paul Feyerabend
Ludwick Fleck
Paradoxo do corvo
Positivismo lógico

Ligações externas
Karl Popper (em inglês) no Mathematics Genealogy Project
Biografia da Stanford Encyclopedia of Philosophy
The Karl Popper Web
Instituto Karl Popper
Entrevista audio à BBC
Karl Popper versus Theodor Adorno: lições de um confronto histórico. Por Angela Ganem.Revista de Economia
Política, vol. 32, n° 1. São Paulo jan.-mar. de 2012. ISSN 0101-3157

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