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Cristiam Tomazelli
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul -
Curso Técnico em Meio Ambiente - Modalidade Ensino à Distância.
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul.
RESUMO
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1 INTRODUÇÃO
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metais (cádmio, mercúrio e chumbo) referidos nas Resoluções CONAMA em
vigor, por causa do volume e da velocidade de geração de seus resíduos,
como também da composição desconhecida de alguns tipos, representam
atualmente problemas ambientais, tornando-se tão prejudiciais como os
resíduos das pilhas e baterias não regulamentadas, fato que merece um estudo
com maior profundidade (GÜNTHER e REIDLER, 2010). Além disso, existe um
outro problema que representa uma fatia de quase 40% do mercado brasileiro
de pilhas, que são as pilhas não originais, popularmente chamadas de “pilhas
piratas”, provenientes principalmente da China (ABINEE apud BANCO REAL).
Uma pesquisa desenvolvida em parceria pelo Centro de Tecnologia Mineral
(CETEM), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, e o Instituto de
Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), detectou que
estas pilhas de procedência duvidosa, comercializadas por todo país, contém
sete vezes mais chumbo e dez vezes mais mercúrio do que o tolerado pela
Resolução 257/99 do CONAMA (CETEM, 1999).
De acordo com o vídeo Reciclagem de Pilhas e Baterias, por ano no
Brasil são fabricados em média 800 toneladas de pilhas comuns e alcalinas
que no momento são jogadas fora, em lixos domésticos. Quando o assunto é
aparelho celular já somos 120 milhões de usuários necessitando de baterias
para funcionarem, no momento que é feito descarte do celular, a bateria
geralmente vai para o lixo doméstico. Circulam por ano no Brasil 1,2 bilhões de
pilhas, 800 milhões são produzidos aqui mesmo e os outros 400 milhões são
materiais contrabandeados e não atendem as especificações da legislação
(GLOBO NEWS). A Resolução 401/2008 do CONAMA estabelece como regra
que pilhas e baterias com baixa concentração de metais pesados – pilhas
alcalinas, por exemplo – podem ser jogadas junto ao lixo doméstico, desde que
o lixo seja levado para aterros sanitários. O problema é que a maioria absoluta
das cidades brasileiras não possui aterros sanitários e descartam pilhas e
baterias em vazadouros comuns. Neste contexto, mostra-se importante que a
população das cidades brasileiras, assim como os moradores de Santo Antônio
da Patrulha, tenham acesso à educação ambiental para a conscientização do
uso e descarte correto dos materiais potencialmente tóxicos ao seres humanos
e ao meio ambiente como é o caso das pilhas e baterias, amplamente
utilizadas.
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2 MATERIAL E MÉTODOS
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Como modelo de aplicação prática, foi desenvolvido o projeto “Palestra
de Conscientização Sobre o Consumo e o Descarte Adequado de Pilhas e
Baterias” na comunidade estudantil do Pólo Universitário Santo Antônio,
localizado em Santo Antônio da Patrulha, RS. A metodologia adotada para a
execução do projeto foi baseada na comunicação direta com o público, visando
à educação ambiental para a conscientização eficaz.
A palestra de conscientização da comunidade estudantil do Pólo
Universitário Santo Antônio abordou os perigos de contaminação do solo,
cursos d’água e lençóis freáticos pelo descarte inadequado de pilhas e
baterias, bem como a importância de não consumir materiais contrabandeados
e os que não atendam as normas vigentes no Brasil. Para a apresentação
desta foram elaborados slides em Power Point.
A palestra foi ministrada pelos autores do projeto: Bruno Trentin,
Cristiam Tomazelli e Jader Guimarães. Ocorreu às 21h do dia 23 de junho de
2010 no II Seminário do Meio Ambiente, com o tema “O consumo consciente e
o descarte adequado de pilhas e baterias”. Cerca de 60 pessoas da
comunidade estudantil, incluindo alunos de outras escolas e de outros
municípios, além de professores, mestres e doutores que prestigiaram o evento
que contou com várias outras palestras sobre temas ambientais como “A
contaminação do Meio Ambiente e dos alimentos por agrotóxicos”,
“Embalagens de agrotóxicos” e “Legislação vigente em relação às embalagens
vazias de agrotóxicos”.
Na palestra foram abordadas informações mais relevantes sobre o tema
descarte de pilhas e baterias e algumas outras curiosidades. Nesta ocasião, foi
aplicado um questionário (Anexo), com o objetivo de verificar os conhecimentos
prévios do público sobre o tema e avaliar o conhecimento adquirido após
assistirem a palestra.
No evento foi abordado desde a história dos inventores das pilhas e
baterias; passando pelo princípio de funcionamento; definições; média de
consumo no Brasil e na cidade sede do seminário; principais substâncias
encontradas, os componentes mais perigosos: metais pesados tóxicos; efeitos
ocasionados pelos metais pesados nos seres humanos, enfatizando as
doenças causadas por: mercúrio, cádmio e chumbo; os impactos causados ao
meio ambiente devido ao descarte inadequado; limites desses metais na
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composição das pilhas e baterias estabelecidas pelo CONAMA; e o tempo
médio de degradação de uma pilha e de seus componentes no solo. Foi
apresentada, ainda, a alternativa correta para o descarte das pilhas e baterias
estabelecidas pelo CONAMA, que consiste em devolvê-las nos
estabelecimentos que as comercializam; os problemas do consumo de pilhas e
baterias contrabandeadas e/ou que não atendem à legislação nacional, além
de gráficos demonstrando as médias de consumo destas em comparação com
as legalizadas; vantagens e desvantagens de consumir pilhas alcalinas;
recomendações úteis, incluindo a de optar sempre que possível pela compra
de pilhas recarregáveis, sendo que no final da apresentação, as principais
considerações foram recapituladas.
A aplicação dos questionários para diagnóstico dos conhecimentos
sobre o tema seguiu a metodologia de distribuição aleatória, cerca de 40
questionários aos espectadores, que foram instruídos a preencher apenas um
dos lados (primeira etapa) do questionário. Ao término da palestra, os mesmos
espectadores foram instruídos a preencher o verso do questionário (segunda
etapa), que continha exatamente as mesmas perguntas as quais tinham
respondido na primeira etapa. Desta forma, com relação ao tema, foi possível
avaliar o nível de conhecimento dos participantes, antes e depois da palestra.
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3 RESULTADOS e DISCUSSÃO
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Questionário 1ª etapa
40
35
N °de pessoas
30
25
Certo
20 Errado
15
10
5
0
1 2.1 2.2 3.1 3.2 4 5 6 7.1 7.2 8 9 10
Perguntas
Questionário 1ª etapa
33%
67%
Certo Errado
10
Questionário 2ª etapa
22%
78%
Certo Errado
Questionário 2ª etapa
40
35
N °de pessoas
30
Certo
25
20 Errado
15
10
5
0
1 2.1 2.2 3.1 3.2 4 5 6 7.1 7.2 8 9 10
Perguntas
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Podemos perceber de modo geral nos gráficos e tabelas supracitadas,
que através dos questionários da 1ª etapa, dois terços dos avaliados possuíam
um conhecimento muito pequeno a respeito do assunto abordado. Após a
palestra, foi oferecido um tempo para o preenchimento do verso da folha que
possuía a 2ª etapa do questionário. Foi comprovado na conclusão da avaliação
da pesquisa, que a apresentação do tema foco obteve êxito nas informações
mostradas ao público alvo, que chegou a 78% de acertos, conforme
apresentado na Figura 3. Este resultado superou o percentual obtido no
período pré-palestra, ou seja, houve uma expressiva aquisição de
conhecimento sobre o assunto abordado.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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5 REFERÊNCIAS
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ANEXO
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