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O maior risco de efeitos indesejados dos agrotóxicos ocorre por meio da contaminação do
sistema hidrológico, que mantém a vida aquática e as cadeias alimentares a ele relacionadas.
Principalmente tendo-se em vista que a água é indispensável para praticamente todas as
atividades humanas, das quais se destacam o abastecimento doméstico e industrial, a irrigação
agrícola, a geração de energia elétrica e as atividades de lazer e recreação, além da preservação
da flora e fauna.
A água é uma das vias primárias pelas quais os agrotóxicos são transportados dos locais
que foram aplicados para outros compartimentos do ciclo hidrológico. Os contaminantes podem
atingir as águas superficiais - por meio do escoamento das águas da chuva e da irrigação; ou
subterrâneas - pela drenagem e percolação (passagem lenta de um líquido através de um
meio filtrante) no solo. Além disso, o solo representa uma fonte da qual resíduos de agrotóxicos
podem ser liberados para a atmosfera, águas subterrâneas e organismos vivos, uma vez que
estes podem utilizar esses compostos como fonte de carbono. A Figura 1 ilustra o movimento dos
agrotóxicos no ciclo hidrológico.
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Os impactos ambientais sobre o solo, água e sua microbiota causados pelo uso dos
agrotóxicos estão relacionados principalmente com o tempo de permanência de seus resíduos
acima do necessário para exercer sua ação. A persistência, por sua vez, é resultado da ausência
de processos que modificam a estrutura química dos compostos e promovem sua dissipação, e é
dependente de processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem no próprio ambiente.
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Além dos fatores relacionados com o comportamento dos agrotóxicos no meio ambiente,
deve-se levar em conta também as informações toxicológicas das moléculas em questão. A
maioria dos agrotóxicos demonstra atividade bioquímica também em espécies não-alvo e por isso
seu potencial de transporte também preocupa.
Como uma alternativa para avaliar o potencial teórico de lixiviação e o risco de poluição
das águas, podem ser usados os critérios de “triagem” da Agência de Proteção Ambiental dos
Estados Unidos (US-EPA); o índice GUS (“Groundwater Ubiquity Score”) de vulnerabilidade de
águas subterrâneas; o método de Goss, entre outros. Esses são procedimentos que levam em
consideração as propriedades físico-químicas dos compostos e as propriedades do solo.
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- avaliar diferentes usos do solo em uma bacia / sub-bacia hidrográfica sobre seu
impacto em relação à qualidade da água;
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2009.
Deise Helena Baggio Ribeiro possui graduação em Farmácia (1997), habilitação em Tecnologia
de Alimentos(1999) e mestrado em Ciência dos Alimentos pela Universidade Federal de Santa
Catarina (2001) e doutorado em Ciências Biológicas (Microbiologia) pela Universidade de São
Paulo (2005). Atualmente é pesquisadora do Centro de P&D de Proteção Ambiental do Instituto
Biológico, no Laboratório de Ecologia de Agroquímicos. Tem experiência na área de Ciência e
Tecnologia de Alimentos, atuando principalmente nos temas: toxinas e agrotóxicos em alimentos
e no meio ambiente.
Contato: deise@biologico.sp.gov.br
Eliane Vieira possui graduação em Química pela Faculdades Osvaldo Cruz (1995) , especialização
em Lato Sensu Em Química pela Faculdades Osvaldo Cruz (1998) e mestrado em Química
(Química Analítica) [SP-Capital] pela Universidade de São Paulo (2003) . Atualmente é
Pesquisador Científico do Centro de P&D de Proteção Ambiental do Instituto Biológico. Tem
experiência na área de Química , com ênfase em Química Analítica. Atuando principalmente nos
seguintes temas: Pesticidas, Resíduos, Manga, Efeito Matriz.
Contato: vieiraeliane@biologico.sp.gov.br
Contatos:
lucas@infobibos.com
eabramides@terra.com.br
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