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ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA/UFSJ/NEAD

METODOLOGIA DE
PESQUISA
EM EDUCAÇÃO

Alexandre Carlos Eduardo


Geraldo Roberto de Sousa

NEAD/UFSJ
São João del Rei
2018
Inteligência e imaginação criadora são essenciais para a Ciência.

Mas somente o trabalho organizado leva a Ciência aos seus resultados.

Albert Einstein
LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Representação sobre a busca pela Ciência e Pesquisa. ......................................... 14


Figura 02 – O ciclo da pesquisa. .............................................................................................. 22
Figura 03 – Fonte: http://psicologiafisma.blogspot.com.br/Acesso em: 7 jun. 2018). ............ 23
Figura 04 – Fonte: https://tccnasnormasdaabnt.com.br/tipos-de-pesquisa-tcc/Acesso em: 7
jun. 2018. .................................................................................................................................. 27
Figura 05 - Fonte: https://www.assessoriaescrita.com.br/abnt/normas-abnt/Acesso em: 7 jun.
2018. ......................................................................................................................................... 39
Figura 06 - https://www.buscaescolar.com/biologia/etapas-do-metodo-cientifico/Acesso em:
7 jun. 2018). .............................................................................................................................. 52
Figura 07 - http://historianafisica.blogspot.com/2011/11/metodo-cientifico.html Acesso em: 7
jun. 2018). ................................................................................................................................. 53
Figura 08 - http://atelierdeducadores.blogspot.com/2015/09/pesquisa-levamento-
bibliografico-e.htm Acesso em: 7 jun. 2018). .......................................................................... 62
Figura 09 - http://www.cesed.br/portal/unifacisa-promove-palestra-que-ensina-a-escrever-
artigos-cientificos/ Acesso em: 25 jun. 2018). ......................................................................... 78
Figura 10 - http://www.calixto.com.br/normas.asp/ Acesso em: 25 jun. 2018). ..................... 81
Figura 11 - Fonte: https://formatacaoabnt.blogspot.com/2011/10/apresentacao-
grafica_11.html/Acesso em: 25 jun. 2018)............................................................................... 95
Figura 12 - Configuração de margens e orientação do papel. .................................................. 96
Figura 13 - Configuração de fonte para digitação no editor de textos Word no menu Formatar.
.................................................................................................................................................. 97
Figura 14 - Configuração de parágrafo no menu Formatar do editor de textos Microsoft Word.
.................................................................................................................................................. 98
Figura 15 - Um exemplo de como integrar figuras no seu documento. ................................. 100
Figura 16- Formatação da Capa-Contracapa. ......................................................................... 101
Figura 17 - Exemplo de Numeração de página em Trabalho acadêmico ............................... 102
Figura 18- http://www.servicoformaton.com/2016/08/paginacao-numeracao-das-folhas.html/
Acesso em: 25 jun. 2018). ...................................................................................................... 102
Figura 19 - Logotipo da ABNT (https://blog.mettzer.com/normas-abnt/ Acesso em: 25 jun.
2018). ...................................................................................................................................... 116
7

SUMÁRIO

Lista de Figuras ........................................................................................................................ 6


APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 10
ÍCONES ................................................................................................................................... 12
UNIDADE 1 – A CIÊNCIA E A PESQUISA CIENTÍFICA .............................................. 13
1.1 As nuances conceituais entre ciência e Pesquisa Científica .......................................... 14
1.1.1 Ciência ............................................................................................................................. 15
1.1.2 O Conhecimento científico .............................................................................................. 18
1.1.3 Pesquisa científica ........................................................................................................... 21
1.2 Classificação das Pesquisas .............................................................................................. 27
1.2.1 Quanto à natureza ........................................................................................................... 28
1.2.2 Quanto à forma de abordagem do problema .................................................................. 28
1.2.3 Quanto aos objetivos ....................................................................................................... 30
1.2.4 Quanto aos procedimentos técnicos utilizados ............................................................... 33
1.2.5 Procedimentos para a realização de uma Pesquisa Científica ....................................... 35
1.3 A Importância das Normas ABNT ................................................................................. 39
1.3.1 Normalização .................................................................................................................. 40
1.3.2 Padronização ................................................................................................................... 40
1.4 Distinções Conceituais entre Ética e Moral.................................................................... 40
1.4.1 Alguns Princípios Éticos que devem ser adotados na Pesquisa Científica..................... 42
UNIDADE 2 – O MÉTODO CIENTÍFICO ......................................................................... 45
2.1 Introdução ......................................................................................................................... 45
2.1.1 Método Científico ............................................................................................................ 46
2.1.2 Erros comuns a evitar ao usar o Método Científico ....................................................... 48
2.2 Fases do Método Científico .............................................................................................. 52
2.2.1 Faça uma Observação ou Identifique o problema .......................................................... 53
2.2.1.1 Observação Natural ..................................................................................................... 54
2.2.1.2 Observação Encenada .................................................................................................. 54
2.2.1.3 Observação Quantitativa.............................................................................................. 55
2.2.2 Faça uma pergunta.......................................................................................................... 55
2.2.3 Formule uma hipótese ..................................................................................................... 56
2.2.3.1 Testando Hipóteses ....................................................................................................... 57
8

2.2.4 Experimentação ............................................................................................................... 59


2.2.5 Análise dos dados ............................................................................................................ 59
2.2.6 Conclusão ........................................................................................................................ 60
UNIDADE 3 – A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA OU REVISÃO DA LITERATURA .. 62
3.1 Introdução ......................................................................................................................... 62
3.1.1 Objetivos da Pesquisa Bibliográfica ............................................................................... 66
3.1.2 Tipos de Pesquisa Bibliográfica ...................................................................................... 66
3.1.3 Passos para escrever uma Pesquisa Bibliográfica ......................................................... 68
3.1.4 Algumas maneiras de organizar as fontes da Pesquisa Bibliográfica ............................ 71
3.1.5 Questionamentos que podem serem feitos sobre cada livro ou artigo que você incluiu
em sua Pesquisa Bibliográfica ................................................................................................. 72
3.1.6 Observações importantes ................................................................................................ 73
3.1.7 Plágio na publicação acadêmica .................................................................................... 74
3.1.7.1 Tipos de plágio ............................................................................................................. 74
UNIDADE 4 – TRABALHO CIENTÍFICO ........................................................................ 78
4.1 Tipos de Trabalhos Científicos ........................................................................................ 78
4.1.1 Monografia ...................................................................................................................... 79
4.1.2 Dissertação/Tese ............................................................................................................. 79
4.1.3 Artigo Científico .............................................................................................................. 80
4.2 Divisões do Trabalho Científico segundo as regras da ABNT ..................................... 81
4.2.1 PARTE 1 – Elementos Pré-textuais ................................................................................. 82
4.2.2 PARTE 2 – Elementos textuais ........................................................................................ 85
4.2.2.1 Introdução do Texto ..................................................................................................... 85
4.2.2.2 Revisão Bibliográfica (Quadro Teórico)...................................................................... 85
4.2.2.3 Capítulo Intermediário ................................................................................................. 86
4.2.2.4 Metodologia .................................................................................................................. 86
a) Estrutura típica .................................................................................................................... 87
b) Avaliação da escolha do método e suas limitações ............................................................. 88
c) Tipos comuns de metodologia .............................................................................................. 88
d) Resultados ............................................................................................................................ 90
e) Análise e Discussão dos Resultados ..................................................................................... 90
f) Conclusão do Texto ............................................................................................................... 91
4.2.3 PARTE 3 – Elementos Pós-textuais ................................................................................. 91
4.2.3.1 Referências ................................................................................................................... 91
9

4.2.3.2 Glossário ...................................................................................................................... 91


4.2.3.3 Apêndice ....................................................................................................................... 92
4.2.3.4 Anexo ............................................................................................................................ 92
4.3 Formatação do texto segundo as normas ABNT ........................................................... 95
4.3.1 Margens ........................................................................................................................... 96
4.3.2 - Fonte, Espaçamento e parágrafo (ABNT NBR 14724:2011)........................................ 97
4.3.3 – Tabelas, Figuras e Ilustrações (ABNT NBR 14724:2011) ........................................... 98
4.3.3.1 Algumas diretrizes básicas ........................................................................................... 98
4.3.4 – Capa e Contracapa (ABNT NBR 14724:2011) .......................................................... 100
4.3.5– Numeração ou Paginação ........................................................................................... 101
4.3.6– Equações ..................................................................................................................... 103
4.3.7– Referências Bibliográficas .......................................................................................... 104
4.3.8– Apêndice ...................................................................................................................... 104
UNIDADE 5 – FORMATO DE PRÉ-PROJETO, ARTIGO CIENTÍFICO E
SUGESTÕES DE TEMAS PARA TCC ............................................................................. 109
5.1 Introdução ....................................................................................................................... 109
5.1.1- Estrutura de Pré-Projeto do Trabalho de Conclusão de Curso/EE/NEAD/UFSJ ...... 110
5.1.2- Estrutura de Trabalho de Conclusão de Curso/EE/NEAD/UFSJ................................ 113
5.1.3- Sugestões de Temáticas para a confecção do Artigo Científico/NEAD/UFSJ ............ 118
UNIDADE 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 122
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 123
10

APRESENTAÇÃO

Prezado (a)s:

Sejam bem-vindos à disciplina Metodologia de Pesquisa em Educação, do Curso de


Especialização em Educação Empreendedora, do Núcleo de Educação a Distância/NEAD, da
Universidade Federal de São João del-Rei/UFSJ.
Em algum momento de sua vida acadêmica ou profissional você já ouviu falar sobre
metodologia científica, mas os objetivos, métodos, regras e ferramentas inerentes à mesma
ainda continuam um pouco obscuros para a grande maioria das pessoas.
A metodologia nada mais é que o estudo dos métodos ou o estudo dos instrumentos
essenciais para a elaboração de um trabalho científico. Muitos alunos de cursos de graduação
ou especialização precisam fazer uma metodologia para a conclusão do curso, mas ela é
apenas uma etapa de todo o trabalho conhecido como monografia ou TCC.
Para elaborar uma metodologia científica de sucesso é importante fazer uma boa
pesquisa, ela é primordial para a elaboração do trabalho. Nessa fase de pesquisa você vai
investigar mais a fundo, precisa fazer uma boa coleta de dados sobre o tema que vai
apresentar. Não existe uma forma correta de pesquisar ou a que dá mais resultado, você
precisa pesquisar a fundo para conseguir tudo o que precisa para a pesquisa.
Este material didático foi elaborado visando a uma aprendizagem autônoma; os
conteúdos foram cuidadosamente selecionados e a linguagem utilizada facilitará seus estudos
a distância, estando em conformidade com as normas apresentadas pela ABNT.
Além de prepará-lo para melhor aproveitar o seu tempo de estudo, fornecerão bases
metodológicas para desenvolvimento dos trabalhos científicos que você irá realizar ao longo
do curso, como as pesquisas em todas as disciplinas e o Trabalho final de Conclusão de Curso
– TCC.
Foi a partir dessas preocupações e atendendo à função desta disciplina é que organizo
a mesma em cinco (05) unidades temáticas que são:
UNIDADE 1 – AS NUANCES CONCEITUAIS E PESQUISA: aborda os conceitos distintos
entre ambos; destaca o papel da ciência como pesquisa científica e a importância das normas
ABNT; ilustra os principais procedimentos para a realização de uma pesquisa.
UNIDADE 2 – O MÉTODO CIENTÍFICO: faz a conceituação e as fases em que o método
científico se constrói.
11

UNIDADE 3 – A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: aborda os objetivos, tipos, passos e o


problema de plágio na pesquisa bibliográfica.
UNIDADE 4 – ASPECTOS BÁSICOS PARA APRESENTAÇÃO DA ESCRITA
CIENTÍFICA ACADÊMICA: aborda os tipos de trabalhos científicos, suas divisões
estruturais e formatação segundo a ABNT.
UNIDADE 5 – FORMATO DE PRÉ-PROJETO, ARTIGO CIENTÍFICO E SUGESTÕES
DE TEMAS PARA TCC: aborda a estrutura de um pré-projeto, artigo científico e sugestões
de temas para a confecção de um artigo técnico, do curso de especialização em Educação
Empreendedora/NEAD/UFSJ.
Esperamos que tenham compreendido de que trata a disciplina. Aqui não se tem a
pretensão de esgotar os assuntos, mas sim contribuir para sua formação acadêmica e
profissional.

Desejamos que tenham um ótimo estudo.

ALEXANDRE CARLOS EDUARDO


GERALDO ROBERTO DE SOUSA
12

ÍCONES

Orientação para estudo

Ao longo desta apostila, serão encontrados alguns ícones utilizados para facilitar a
comunicação com você.

Saiba, abaixo, o que cada um significa.

ATIVIDADE TERMINO DA SEÇÃO VOCÊ SABIA

CONCEITO
13

UNIDADE 1 – A CIÊNCIA E A PESQUISA CIENTÍFICA

Fazer ciência é...

Ter o conhecimento através de estudo ou prática.

E ter capacidade de produzir soluções em algum domínio do problema.

Fazer Pesquisa é...

Investigar assunto de interesse e relevância.

Observar os acontecimentos.

Conhecer com profundidade.

Utilizar métodos científicos.

Responder às questões que surgem no decorrer do estudo.

Descobrir respostas.

Ter curiosidade constante... Busca!

Temas cobertos na unidade

• Definições de Ciência.

• Conhecimento Científico.

• Pesquisa científica.

Espera-se que, ao final desta unidade, você seja capaz de:

• Nomear as bases do conhecimento científico;

• Conhecer as principais formas de classificação das pesquisas.


14

1.1 As nuances conceituais entre ciência e Pesquisa Científica

Figura 01 – Representação sobre a busca pela Ciência e Pesquisa.

Nós costumávamos ouvir sobre cientistas e pesquisadores, e achamos que sabemos o


que eles fazem para viver. Há vagas de pesquisadores e cientistas em muitas organizações
privadas e até departamentos governamentais, e as pessoas solicitam essas vagas, dependendo
de suas qualificações e experiência de trabalho. O que você acha? Um pesquisador também é
cientista ou pesquisador cientista? Um pesquisador é algo mais que um cientista ou apenas um
tipo de cientista? Essa unidade tenta esclarecer essas categorias de pessoas que são tratadas
como profissionais em nossas sociedades.
É surpreendente para muitos que existam estudiosos de pesquisa, pesquisadores
científicos, cientistas e pesquisadores. Mas qual é a diferença? Qualquer pessoa envolvida em
pesquisa científica fazendo a atividade, sua vocação é rotulada como pesquisadora. Mas isso
não significa que uma pesquisa possa ser apenas de natureza científica como muitas pesquisas
sobre religião e ainda sejam chamadas de pesquisadores. Acontece (na verdade, é uma
questão de escolha) que uma pessoa pesquisando sobre aspectos da Bíblia seja referida como
um estudioso da Bíblia, e não um pesquisador ou um cientista. Se um jornalista pesquisa, ele
não é um pesquisador? Assim, é claro que o cientista é uma subcategoria de pesquisadores
que se aprofunda em assuntos científicos, como a física ou outras ciências naturais.
15

1.1.1 Ciência

O que é ciência? Para alguns, ciência refere-se a cursos difíceis de nível médio ou
superior, como física, química e biologia, destinados apenas aos alunos mais brilhantes. Para
outros, a ciência é um ofício praticado por cientistas em jalecos brancos, usando
equipamentos especializados em seus laboratórios.

Etimologicamente, a palavra "ciência" é derivada


da palavra latina scientia que significa
conhecimento (CIENCIA, 2018).

A ciência consiste em duas coisas: um corpo de conhecimento e o processo pelo qual


esse conhecimento é produzido. Este segundo componente da ciência nos proporciona um
modo de pensar e conhecer o mundo. Comumente, vemos apenas o componente "corpo do
conhecimento" da ciência. Somos apresentados a conceitos científicos em forma de
declaração - a Terra é redonda, os elétrons são carregados negativamente, nosso código
genético está contido em nosso DNA, o universo tem 13,7 bilhões de anos - com pouco
conhecimento sobre o processo que levou a esse conhecimento e por que pode confiar nele.
Mas há uma série de coisas que distinguem o processo científico e nos dão confiança no
conhecimento produzido através dele (Albagli et al., 2015, p. 10).

Considere alguns exemplos. Um ecologista que observa os comportamentos


territoriais dos pássaros azuis e um geólogo que examina a distribuição de fósseis em um
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afloramento: ambos são cientistas, fazendo observações para encontrar padrões em fenômenos
naturais. Eles só fazem isso ao ar livre e, assim, entreter o público em geral com o seu
comportamento.
Um astrofísico que fotografa galáxias distantes e um climatologista analisando dados
de balões meteorológicos, da mesma forma também são cientistas que fazem observações,
mas em ambientes mais discretos.
Os exemplos acima são científicos observacionais, mas também há ciência
experimental. Um químico observando as taxas de uma reação química em uma variedade de
temperaturas e um físico nuclear registrando os resultados do bombardeio de um tipo
particular de matéria com nêutrons, ambos são cientistas realizando experimentos para ver
quais padrões consistentes emergem. Um biólogo observando a reação de um tecido particular
a vários estimulantes, também está experimentando para encontrar padrões de
comportamento.
A semelhança crítica é que todas essas pessoas estão fazendo e registrando
observações da natureza, ou de simulações da natureza, a fim de aprender mais sobre como a
natureza, no sentido mais amplo, funciona. Veremos abaixo que um dos seus principais
objetivos é mostrar que as ideias antigas (as ideias dos cientistas há um século ou há apenas
um ano) estão erradas e que, em vez disso, novas ideias podem explicar melhor a natureza
(Lakatos et al., 2017, p. 67).
A Ciência pode ser agrupada em duas grandes categorias: ciências naturais e ciências
sociais. A ciência natural é a ciência de objetos ou fenômenos que ocorrem naturalmente,
como luz, objetos, matéria, terra, corpos celestes ou o corpo humano. As ciências naturais
podem ser classificadas em ciências físicas, ciências da terra, ciências da vida e outras. As
ciências físicas consistem em disciplinas como a física (a ciência dos objetos físicos), a
química (a ciência da matéria) e a astronomia (a ciência dos objetos celestes). As ciências da
terra consistem em disciplinas como a geologia (a ciência da terra). As ciências da vida
incluem disciplinas como biologia (a ciência dos corpos humanos) e botânica (a ciência das
plantas). Em contraste, a ciência social é a ciência de pessoas ou coleções de pessoas, como
grupos, empresas, sociedades ou economias, e seus comportamentos individuais ou coletivos.
As ciências sociais podem ser classificadas em disciplinas como a psicologia (a ciência dos
comportamentos humanos), a sociologia (a ciência dos grupos sociais) e a economia (a
ciência das empresas, mercados e economias).
As ciências naturais são diferentes das ciências sociais em vários aspectos. As
ciências naturais são muito precisas, deterministas e independentes da pessoa que faz as
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observações científicas. Por exemplo, um experimento científico em física, como medir a


velocidade do som através de uma determinada mídia ou o índice de refração da água, deve
sempre produzir exatamente os mesmos resultados, independentemente do tempo ou lugar do
experimento, ou da pessoa que conduz o experimento. Se dois alunos realizando o mesmo
experimento de física obtêm dois valores diferentes dessas propriedades físicas, isso
geralmente significa que um ou ambos os alunos devem estar errados. No entanto, o mesmo
não pode ser dito para as ciências sociais, que tendem a ser menos precisas, deterministas ou
não ambíguas. Por exemplo, se você medir a felicidade de uma pessoa usando um instrumento
hipotético, poderá descobrir que a mesma pessoa é mais feliz ou menos feliz (ou triste) em
dias diferentes e, às vezes, em momentos diferentes no mesmo dia. A felicidade pode variar
dependendo das notícias que a pessoa recebeu naquele dia ou dos eventos que ocorreram
anteriormente durante esse dia. Além disso, não há um único instrumento ou métrica que
possa medir com precisão a felicidade de uma pessoa. Assim, um instrumento pode calibrar
uma pessoa como sendo "mais feliz", enquanto um segundo instrumento pode achar que a
mesma pessoa é "menos feliz" no mesmo instante no tempo. Em outras palavras, há um alto
grau de erro de medição nas ciências sociais e há uma considerável incerteza e pouca
concordância nas decisões de política das ciências sociais. Por exemplo, você não encontrará
muitas divergências entre os cientistas naturais sobre a velocidade da luz ou a velocidade da
Terra ao redor do Sol, mas você encontrará numerosos desacordos entre os cientistas sociais
sobre como resolver um problema social, como reduzir o terrorismo global ou resgatar uma
economia de uma recessão. Qualquer estudante que esteja estudando as ciências sociais deve
ter consciência e se sentir à vontade para lidar com níveis mais altos de ambiguidade,
incerteza e erro que acompanham essas ciências, o que reflete apenas a alta variabilidade dos
objetos sociais.
As ciências também podem ser classificadas com base em seu propósito. As ciências
básicas, também chamadas de ciências puras, são aquelas que explicam os objetos e forças
mais básicos, as relações entre eles e as leis que os governam. Exemplos incluem física,
matemática e biologia. As ciências aplicadas, também chamadas de ciências práticas, são
ciências que aplicam o conhecimento científico das ciências básicas em um ambiente físico.
Por exemplo, a engenharia é uma ciência aplicada que aplica as leis da física e química para
aplicações práticas, como construir pontes mais fortes ou motores de combustão eficientes,
enquanto a medicina é uma ciência aplicada que aplica as leis da biologia para resolver
doenças humanas. Ambas as ciências básicas e aplicadas são necessárias para o
desenvolvimento humano. No entanto, as ciências aplicadas não podem se sustentar sozinhas,
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dependem das ciências básicas para seu progresso. É claro que a indústria e as empresas
privadas tendem a se concentrar mais em ciências aplicadas, dado o seu valor prático,
enquanto as universidades estudam as ciências básicas e aplicadas.

1.1.2 O Conhecimento científico

O objetivo da ciência é criar conhecimento científico.

Conhecimento científico é a informação e o saber que


parte do princípio das análises dos fatos reais e
cientificamente comprovados.

Em outras palavras, o conhecimento científico refere-se a um conhecimento baseado


em métodos científicos que são apoiados por validação adequada.
A expressão “natureza da ciência” refere-se tipicamente aos valores e pressupostos
inerentes ao conhecimento científico e ao desenvolvimento do conhecimento científico.
Embora haja divergências sobre aspectos específicos da natureza da ciência, optou-se por
concentrar apenas naqueles aspectos geralmente aceitos academicamente.
O conhecimento científico pode ser experimental (sujeito a mudanças), empírico
(baseado e / ou derivado de observações do mundo natural), subjetivo (carregado de teoria),
envolve necessariamente a inferência humana, imaginação e criatividade (envolve a invenção
de explicações), e é incorporada social e culturalmente. Dois aspectos importantes adicionais
são: a distinção entre observações e inferências; e as funções e relações entre teorias
científicas e leis. O que se segue é uma breve discussão sobre essas características da ciência e
do conhecimento científico.
Primeiro, os estudantes que estão nessa etapa tão importante do curso, ou seja, início
do Trabalho de Conclusão de Curso, devem estar cientes da distinção crucial entre observação
e inferência. As observações são declarações descritivas sobre fenômenos naturais que são
“diretamente” acessíveis aos sentidos (ou extensões dos sentidos) e sobre os quais vários
observadores podem chegar a um consenso com relativa facilidade. Por exemplo, objetos
lançados acima do nível do solo tendem a cair e atingir o solo. Em contraste, as inferências
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são afirmações sobre fenômenos que não são “diretamente” acessíveis aos sentidos. Por
exemplo, objetos tendem a cair no chão por causa da “gravidade”. A noção de gravidade é
inferencial no sentido de que só pode ser acessada e / ou medida através de suas
manifestações ou efeitos.
Em segundo lugar, estreitamente relacionado à distinção entre observações e
inferências está a distinção entre leis científicas e teorias. Leis são declarações ou descrições
das relações entre fenômenos observáveis. A lei de Boyle, que relaciona a pressão de um gás
ao seu volume a uma temperatura constante, é um exemplo disso. As teorias, ao contrário, são
explicações inferidas para fenômenos observáveis. A teoria molecular cinética, que explica a
lei de Boyle, é um exemplo. Os cientistas geralmente não formulam teorias na esperança de
que um dia adquiram o status de “lei”. Teorias e leis são muito importantes para a ciência e
são tipos diferentes de conhecimento. As teorias não amadurecem em leis e as leis não
amadurecem em teorias.
Em terceiro lugar, todo o conhecimento científico é, pelo menos parcialmente,
baseado e / ou derivado de observações do mundo natural (isto é, empírico). Todas as teorias
e leis desenvolvidas pelos cientistas devem ser verificadas em relação ao que realmente ocorre
no mundo natural. Se as observações empíricas não são consistentes com as previsões
derivadas de nossas teorias e leis, os cientistas começam a procurar por descrições e
explicações alternativas (ou seja, leis e teorias).
Em quarto lugar, embora o conhecimento científico seja baseado empiricamente, ele
envolve a imaginação e a criatividade humanas. A ciência envolve a invenção de explicações
e isso requer muita criatividade por parte dos cientistas. Esse aspecto da ciência, juntamente
com sua natureza inferencial, implica que conceitos científicos, como átomos, buracos negros
e espécies, sejam modelos teóricos funcionais e não cópias fiéis da realidade.
Quinto, o conhecimento científico é subjetivo ou carregado de teoria. Os
compromissos teóricos, crenças, conhecimentos prévios, treinamento, experiências e
expectativas dos cientistas realmente influenciam seu trabalho. Todos esses fatores de fundo
formam uma mentalidade que afeta os problemas que os cientistas investigam e como eles
conduzem suas investigações, o que eles observam (e não observam) e como eles fazem
sentido, ou interpretam suas observações.
Em sexto lugar, a ciência afeta e é afetada pelos vários elementos e contextos da
cultura em que é praticada. Esses elementos incluem, mas não se limitam a tecido social,
estruturas de poder, política, fatores socioeconômicos, filosofia e religião. Em suma, dizemos
que a ciência é social e culturalmente incorporada.
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Em sétimo lugar, decorre das discussões anteriores que o conhecimento científico nunca é
absoluto ou certo. Esse conhecimento, incluindo “fatos”, teorias e leis, é experimental e está
sujeito a mudanças. As alegações científicas mudam à medida que novas evidências,
possibilitadas por avanços na teoria e na tecnologia, são postas em prática em teorias ou leis
existentes, ou como evidências antigas são reinterpretadas à luz de novos avanços teóricos ou
mudanças nas direções de programas de pesquisa estabelecidos (Albagli et al. ,2015, p. 14).

VOCÊ SABIA?

A essência da formação em uma pós-graduação é o


desenvolvimento de um trabalho de conclusão resultante de
profunda investigação científica orientada por um pesquisador
dedicado ao tema escolhido.

Devemos entender que as teorias, nas quais o conhecimento científico é baseado, são
apenas explicações de um fenômeno particular, como sugerido por um cientista. Como tal,
pode haver boas ou más explicações, dependendo do grau em que essas explicações se
encaixam bem com a realidade e, consequentemente, pode haver teorias boas ou ruins. O
progresso da ciência é marcado pela nossa progressão ao longo do tempo de teorias mais
pobres para melhores teorias, através de melhores observações usando instrumentos mais
precisos e raciocínio lógico mais informado.
Chegamos a leis ou teorias científicas através de um processo de lógica e evidência.
Lógica (teoria) e evidência (observações) são os dois e apenas dois pilares sobre os quais o
conhecimento científico é baseado. Na ciência, as teorias e observações estão
interrelacionadas e não podem existir uma sem a outra. As teorias fornecem significado e
significado ao que observamos, e as observações ajudam a validar ou refinar a teoria existente
ou a construir nova teoria. Qualquer outro meio de aquisição de conhecimento, como fé ou
autoridade, não pode ser considerada ciência.
21

1.1.3 Pesquisa científica

Dado que as teorias e observações são os dois pilares da ciência, a pesquisa científica
opera em dois níveis: um nível teórico e um empírico. O nível teórico está preocupado com o
desenvolvimento de conceitos abstratos sobre um fenômeno natural ou social e relações entre
esses conceitos (isto é, construir “teorias”), enquanto o nível empírico se preocupa em testar
os conceitos teóricos e relacionamentos para ver quão bem eles refletem nossas observações
da realidade, com o objetivo de, finalmente, construir melhores teorias. Com o tempo, uma
teoria torna-se cada vez mais refinada (ou seja, ajusta-se melhor à realidade observada) e a
ciência ganha maturidade. A pesquisa científica envolve continuamente indo e voltando entre
a teoria e as observações. Tanto a teoria quanto as observações são componentes essenciais da
pesquisa científica. Por exemplo, confiar apenas em observações para fazer inferências e
ignorar a teoria não é considerado uma pesquisa científica válida.
Dependendo do treinamento e do interesse de um pesquisador, a investigação
científica pode assumir uma das duas formas possíveis: indutiva ou dedutiva. Na pesquisa
indutiva, o objetivo de um pesquisador é inferir conceitos teóricos e padrões a partir de dados
observados. Na pesquisa dedutiva, o objetivo do pesquisador é testar conceitos e padrões
conhecidos da teoria usando novos dados empíricos. Assim, a pesquisa indutiva também é
chamada de pesquisa de construção de teoria, e a pesquisa dedutiva é uma pesquisa de teste de
teoria. Observe aqui que o objetivo do teste de teoria não é apenas testar uma teoria, mas
possivelmente refiná-la, aprimorá-la e estendê-la. A Figura 1.2 ilustra a natureza
complementar da pesquisa indutiva e dedutiva. Note que a pesquisa indutiva e dedutiva são
duas metades do ciclo de pesquisa que constantemente se repetem entre a teoria e as
observações. Você não pode fazer pesquisas indutivas ou dedutivas se não estiver
familiarizado com a teoria e os componentes de dados da pesquisa. Naturalmente, um
pesquisador completo é aquele que pode percorrer todo o ciclo de pesquisa e pode lidar com
pesquisas indutivas e dedutivas.
22

Figura 02 – O ciclo da pesquisa.

É importante entender que a construção da teoria (pesquisa indutiva) e o teste da


teoria (pesquisa dedutiva) são críticos para o avanço da ciência. Teorias elegantes não são
valiosas se não corresponderem à realidade. Da mesma forma, montanhas de dados também
são inúteis até que possam contribuir para a construção de teorias significativas. Em vez de
visualizar esses dois processos em um relacionamento circular, como ilustrado na Figura 1.2,
talvez eles possam ser mais bem vistos como uma hélice, com cada interação entre teoria e
dados contribuindo para melhores explicações do fenômeno de interesse e melhores teorias.
Embora tanto a pesquisa indutiva quanto a dedutiva sejam importantes para o avanço da
ciência, parece que a pesquisa indutiva (construção de teoria) é mais valiosa quando existem
poucas teorias ou explicações anteriores, enquanto a pesquisa dedutiva (teste de teoria) é mais
produtiva quando há muitas teorias concorrentes do mesmo fenômeno e pesquisadores estão
interessados em saber qual teoria funciona melhor e sob quais circunstâncias.
A construção de teorias e os testes teóricos são particularmente difíceis nas ciências
sociais, dada a natureza imprecisa dos conceitos teóricos, as ferramentas inadequadas para
medi-los e a presença de muitos fatores não explicados que também podem influenciar o
fenômeno de interesse (Bray et al, 2015, p.75).
Pensar a ciência como pesquisa científica é algo extremamente instigante. Partindo do
pressuposto do ser humano como um ser crítico, procurando incessantemente respostas para
suas perguntas de cunho científico, pode-se generalizar que a pesquisa científica tem o seu
objetivo maior a geração do conhecimento sobre algo para que alguém possa aprender e
absorver tal conhecimento. Quando se trata de pesquisa sobre algo já comprovado, o objetivo
então pode se delinear no caminho de comprovar e partir para o contraditório
(Singh, 2015, p.30).
23

Figura 03 – Fonte: http://psicologiafisma.blogspot.com.br/Acesso em: 7 jun. 2018).

No caso da definição da pesquisa no âmbito acadêmico/científico, pesquisa científica


é a aplicação prática de um conjunto de processos metódicos de investigação utilizados por
um pesquisador para o desenvolvimento de um estudo (PESQUISA CIENTÍFICA,
SIGNIFICADOS, 2018).
Através deste processo metódico, a pesquisa científica tem o propósito de encontrar
respostas para as dúvidas e anseios questionadores iniciais para o desenvolvimento de um
estudo. Ela caracteriza-se por ser uma investigação extremamente disciplinada, que segue as
regras formais dos procedimentos para adquirir as informações necessárias e levantar as
hipóteses que dão suporte para a análise feita pelo pesquisador/cientista.
Se considerarmos uma abordagem inovadora, empreendedora, e aproveitando o fato
de estarmos num Curso de Educação Empreendedora, o pesquisador avalia se a temática
apresentada é de interesse para a comunidade científica e se os resultados do estudo serão
relevantes para o interesse social.
Neste sentido, a pesquisa científica se torna um elo entre o pesquisador e a
comunidade científica, o que torna a publicação e divulgação destes estudos de extrema
importância para a produção do conhecimento científico.
24

Segundo (Ivankova, 2006, p.1),

“Pesquisa Científica é um processo de produção do


conhecimento que tem como metas principais gerar novo
conhecimento e/ou corroborar ou refutar algum conhecimento
pré-existente, sendo uma investigação sistemática de
determinado assunto que visa obter novas informações sobre
um problema específico e bem definido.”

No meio acadêmico, principalmente entre os docentes da área de educação e áreas


afins que ministram a disciplina Metodologia de Pesquisa, sempre há grande preocupação em
relação ao ato de pesquisar propriamente dito. Este ato é indispensável na formação
acadêmica, uma vez que ao ingressar no Ensino Superior, exige-se do graduando a produção
do conhecimento. Este se produz por meio da pesquisa. Através dela que o sujeito se constitui
como pesquisador, além do desenvolvimento profissional que o ato de pesquisa proporciona
na formação dos sujeitos.
Mediante isso, emprega-se um caminho metodológico sistemático para a construção
do conhecimento. E essa construção não é simples, é complexa, pois, depende da imersão
sistemática no objeto de estudo; de uma consistente revisão da literatura existente e da
discussão com as pessoas que acumularam muita experiência prática no campo de estudo
(Prodanov e Freitas, 2013, p. 51-52).
O pesquisador não se encontra pronto. Ele se faz na caminhada escolar quando é
incentivado a ter elaboração própria, a dialogar com a realidade em que vive, a construir o seu
saber, ao contrário de apenas assimilar o saber já pronto. É isso, pois, que qualificamos como
um pensar criativo! Colocamos, então, a pesquisa como uma das atividades normais do
profissional da educação seja ele professor, administrador, orientador ou supervisor.
É importante que você descubra e construa seus caminhos para obter ou não respostas
ou mesmo algumas aproximações que ampliem seu saber sobre as coisas investigadas.
Para tal se colocam com fundamental importância as relações de aprendizagem
flexíveis, cooperativas e colaborativas entre sujeitos. Portanto, não se trata apenas de uma
questão técnica ou propriamente científica, mas com dimensão ética.
25

ATIVIDADE

Com base no conteúdo dessa seção, responda as seguintes perguntas:

Questão 1 - A pesquisa científica é a realização de um estudo planejado, sendo o método de


abordagem do problema o que caracteriza o aspecto científico da investigação. Sua finalidade
é descobrir respostas para questões, mediante a aplicação do método científico. As afirmativas
a seguir estão relacionadas com esse assunto. Analise-as e assinale a incorreta.
a) A pesquisa sempre parte de um problema, de uma interrogação, uma situação para a qual o
repertório de conhecimento disponível não gera resposta adequada.
b) Toda pesquisa baseia-se em uma teoria que serve como ponto de partida para a
investigação.
c) Para solucionar um problema, são levantadas hipóteses que podem ser confirmadas ou
refutadas pela pesquisa.
d) Nenhuma pesquisa pode gerar subsídios para o surgimento de novas teorias.

Questão 2- Em relação ao conhecimento científico, assinale V (verdadeiro) para as


alternativas verdadeiras e (F) para as falsas e escolha a sequência correta.
( ) O conhecimento é uma forma de compreender a realidade.
( ) O conhecimento científico tem como base o conhecimento teológico.
( ) O conhecimento empírico surge das experiências em laboratório.
( ) A ciência pode ser definida como uma forma de investigação metódica e organizada.

Questão 3 -
1ª) O conhecimento popular, também denominado de vulgar, empírico ou senso comum,
resulta do modo espontâneo e corrente de conhecer.
PORTANTO
2 ª) O Conhecimento popular é sistemático, já que se trata de um saber ordenado logicamente,
formando um sistema de ideias (teorias) e não conhecimentos dispersos e desconexos.
Nesse sentido, podemos afirmar que:
26

Ambas as afirmativas são verdadeiras.

Questão 4 - O cientista utiliza um método na apreensão da realidade. Através do método


podemos descobrir como chegar a um objetivo. É uma forma de pensar para se chegar à
natureza de determinado problema.
Nesse sentido, denomina-se método:

Questão 5- O planejamento é fundamental para a elaboração do trabalho científico por que:

Questão 6 - Assinale APENAS as afirmações que contêm características pertinentes ao


conhecimento científico:
I. Lida com fatos;
II. Contingente, pois suas hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da
experimentação;
III. Sistemático, pois o saber é ordenado logicamente;
IV. Infalível em virtude de ser definitivo, absoluto ou final.

Questão 7 - Segundo Eva Maria Lakatos (1992, p. 43), a pesquisa pode ser considerada um
procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento
científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades
parciais. Significa muito mais do que apenas procurar a verdade: é encontrar respostas para
questões propostas, utilizando métodos científicos. Podemos, assim, indicar três elementos
que caracterizam a pesquisa:
I - o levantamento de algum problema;
II - a solução à qual se chega;
III - os meios escolhidos para chegar a essa solução, como os instrumentos científicos e os
procedimentos adequados.
Assinale APENAS as afirmações verdadeiras.
27

Você concluiu a seção que trata dos conceitos sobre pesquisa científica.

Agora voltaremos nossa atenção sobre a classificação da pesquisa científica.

Vejamos!

1.2 Classificação das Pesquisas

Figura 04 – Fonte: https://tccnasnormasdaabnt.com.br/tipos-de-pesquisa-tcc/Acesso em: 7


jun. 2018.

Diferentes autores têm apresentado formas diferenciadas de classificações sobre os


tipos de pesquisas. Isso se justifica em razão de que a pesquisa consiste num conceito
complexo que não pode ser descrito de maneira única. Muitas dessas classificações fazem uso
de variáveis de classificação que não podem ser utilizadas simultaneamente. Dessa forma,
diferentes classificações podem ser obtidas usando-se diferentes variáveis (Ludwing, 2014,
p.204).
28

1.2.1 Quanto à natureza

Com base na natureza, a pesquisa é dividida em duas categorias, ou seja, pesquisa


básica e pesquisa aplicada, em que a pesquisa básica é aquela que agrega mais conhecimento
ao conhecimento real. Pelo contrário, a pesquisa aplicada implica a pesquisa que é colocada
em prática e é benéfica para resolver problemas práticos.

• Pesquisa Pura, Básica ou Teórica – A pesquisa básica, também chamada de pesquisa


pura ou pesquisa fundamental, tem como objetivo a pesquisa científica para melhorar as
teorias científicas para melhor compreensão ou previsão de fenômenos naturais ou outros.
Exemplos: Por que o elétron gira? Qual é o princípio ativo encontrado nas folhas de hortelã?
Que mecanismos os pássaros usam para voar?

• Pesquisa Aplicada ou Prática – Referem-se a estudos e pesquisas científicas que buscam


resolver problemas práticos. Esse tipo de pesquisa desempenha um papel importante na
solução de problemas cotidianos que geralmente causam impacto na vida, no trabalho, na
saúde e no bem-estar geral. A pesquisa aplicada é usada para encontrar soluções para
problemas cotidianos, curar doenças e desenvolver tecnologias inovadoras.
Existem muitos tipos diferentes de psicólogos que realizam pesquisas aplicadas.
Psicólogos que trabalham em fatores humanos ou campos industriais / organizacionais, por
exemplo, costumam fazer esse tipo de pesquisa.

1.2.2 Quanto à forma de abordagem do problema

Pesquisas quantitativas e qualitativas são métodos complementares que você pode


combinar em suas pesquisas para obter resultados abrangentes e profundos.
Em termos simples, os dados quantitativos fornecem os números para provar os
amplos pontos gerais de sua pesquisa. Os dados qualitativos trazem os detalhes e a
profundidade para entender suas implicações completas.
Para obter os melhores resultados com esses métodos em suas pesquisas, é importante
que entenda as diferenças entre eles. Vamos dar uma olhada.
29

• Pesquisa Quantitativa – É projetada para coletar fatos frios e duros. Números. Os dados
quantitativos são estruturados e estatísticos. Ele fornece suporte quando você precisa tirar
conclusões gerais de sua pesquisa.
Exemplos: - relação entre o número de pessoas gripadas em outubro de 2017 e o número de
pessoas que receberam a vacina contra a gripe neste mesmo ano, na cidade de São João del-
Rei-MG; - censo escolar do Brasil.

• Pesquisa Qualitativa – Recolhe informação que procura descrever um tópico mais do


que medi-lo. Pense em impressões, opiniões e pontos de vista. Uma pesquisa qualitativa é
menos estruturada: ela busca se aprofundar no tópico em questão para obter informações
sobre motivações, pensamentos e atitudes das pessoas. Enquanto isso traz profundidade de
compreensão para suas questões de pesquisa, também torna os resultados mais difíceis de
analisar.
Exemplo: - avaliação de um programa de gestão ambiental para a escola pública.
Quando usar pesquisas qualitativas versus quantitativas? Dados quantitativos podem
ajudá-lo a ver o quadro geral. Os dados qualitativos adicionam os detalhes e também podem
fornecer a opinião humana aos resultados da pesquisa. Vamos ver como usar cada método em
um projeto de pesquisa.

Formulando hipóteses: A pesquisa qualitativa ajuda você a reunir informações detalhadas


sobre um tópico. Você pode usá-lo para iniciar sua pesquisa descobrindo os problemas ou
oportunidades em que as pessoas estão pensando. Essas ideias podem se tornar hipóteses a
serem comprovadas através de pesquisas quantitativas.
Validando suas hipóteses: A pesquisa quantitativa fornece números para os quais você pode
aplicar a análise estatística para validar suas hipóteses. Esse problema era real ou apenas a
percepção de alguém? Os fatos concretos obtidos permitirão que você tome decisões com
base em observações objetivas.
Encontrando respostas gerais: A pesquisa quantitativa geralmente tem mais respondentes
do que a pesquisa qualitativa porque é mais fácil conduzir uma pesquisa de múltipla escolha
do que uma série de entrevistas ou grupos focais. Por isso, pode ajudá-lo a responder
definitivamente a questões gerais como: As pessoas preferem-no aos seus concorrentes? Qual
dos serviços da sua empresa é mais importante? Qual anúncio é mais atraente?
Incorporando o elemento humano: A pesquisa qualitativa também pode ajudar nos estágios
finais de seu projeto. As citações que você obteve de perguntas abertas podem colocar uma
30

voz humana nos números objetivos e nas tendências de seus resultados. Muitas vezes ajuda a
ouvir seus clientes descreverem sua empresa com suas próprias palavras para descobrir seus
pontos cegos. Dados qualitativos vão te dar isso.

• Exemplos de como usar questões qualitativas e quantitativas usando um exemplo


hipotético

Questões Quantitativas:

Há quanto tempo você é cliente da nossa empresa?


• Esta é minha primeira compra
• Menos de seis meses
• Seis meses a um ano
• 1-2 anos
• 3 ou mais anos
• Ainda não fiz uma compra

Qual a probabilidade de você comprar algum de nossos produtos novamente?


• Extremamente provável
• Muito provável
• Provavelmente
• Não tão provável
• Não é de todo provável

Pergunta qualitativa de acompanhamento:


• Você tem algum outro comentário, pergunta ou preocupação?

1.2.3 Quanto aos objetivos

• Pesquisa exploratória – A pesquisa exploratória, como o nome indica, pretende apenas


explorar as questões de pesquisa e não pretende oferecer soluções finais e conclusivas para os
problemas existentes. Este tipo de pesquisa é geralmente realizada para estudar um problema
31

que ainda não foi claramente definido. Ao conduzir pesquisas exploratórias, o pesquisador
deve estar disposto a mudar sua direção como resultado da revelação de novos dados e novos
insights.

Prodanov e Freitas (2013, p. 51-52), observaram que “a pesquisa exploratória é a pesquisa


inicial, que forma a base de uma pesquisa mais conclusiva. Pode até ajudar na determinação
do desenho da pesquisa, metodologia de amostragem e método de coleta de dados”. A
pesquisa exploratória “tende a enfrentar novos problemas sobre os quais pouca ou nenhuma
pesquisa anterior foi feita”. Entrevistas não estruturadas é o método de coleta de dados
primário mais popular com estudos exploratórios.

Exemplo: Em uma organização que considera um programa para ajudar funcionários com
necessidades de cuidado infantil, por exemplo, uma pesquisa exploratória com um pequeno
número de funcionários que têm filhos pode determinar que muitos deles têm cônjuges que
também trabalham, e que esses funcionários têm reações positivas à possibilidade de um
programa de cuidados infantis no local. Nesse caso, a pesquisa exploratória ajuda a cristalizar
um problema e a identificar necessidades de informação para pesquisas futuras.

Vantagens:
• Flexibilidade e adaptabilidade para mudar;
• A pesquisa exploratória é eficaz em estabelecer as bases que levarão a estudos futuros;
• Estudos exploratórios podem economizar tempo e outros recursos, determinando nos
estágios iniciais os tipos de pesquisa que valem a pena.

Desvantagens:

• Esses tipos de estudos geralmente fazem uso de um número modesto de amostras que
podem não representar adequadamente a população-alvo. Consequentemente, os resultados
da pesquisa exploratória não podem ser generalizados para uma população mais ampla;
• Descobertas desse tipo de estudos geralmente não são úteis na tomada de decisões em um
nível prático.

• Pesquisa Descritiva – A pesquisa descritiva visa obter informações completas e precisas


para o estudo, o método adotado deve ser cuidadosamente planejado. O pesquisador deve
definir com precisão o que ele quer medir? Como ele quer medir? Ele deve definir claramente
32

a população em estudo. Utiliza métodos como análise quantitativa de dados secundários,


pesquisas, painéis, observações, entrevistas, questionários, etc.
Concentra-se em formular o objetivo da pesquisa, projetar métodos para a coleta de dados,
seleção da amostra, coleta de dados, processamento e análise, relatando os resultados.

Exemplos: Pesquisas realizadas pelo IBGE, Estatísticas para apontar o nível de atendimento
dos órgãos públicos de uma comunidade, suas condições de habitação, nível de
criminalidade...

Vantagens:
- Pelo termo pesquisa descritiva, entende-se um tipo de pesquisa conclusiva que se preocupa
em descrever as características de um indivíduo ou grupo em efetivo para analisar tópicos e
problemas não quantificados.
• A possibilidade de observar o fenômeno em um ambiente natural, completamente
natural e inalterado.
• A oportunidade de integrar os métodos qualitativos e quantitativos de coleta de dados.
• Menos demorado que experimentos quantitativos.

Desvantagens:

• Estudos descritivos não podem testar ou verificar o problema de pesquisa


estatisticamente.
• Os resultados da pesquisa podem refletir certo nível de viés devido à ausência de
testes estatísticos.
• A maioria dos estudos descritivos não é "repetível" devido à sua natureza
observacional.
• Estudos descritivos não são úteis para identificar a causa por trás do fenômeno
descrito.

• Pesquisa Explicativa – A pesquisa causal, também conhecida como pesquisa explicativa,


é conduzida para identificar a extensão e a natureza das relações de causa e efeito. Pesquisas
causais podem ser conduzidas para avaliar impactos de mudanças específicas em normas
existentes, vários processos, etc.
33

Os estudos causais concentram-se em uma análise de uma situação ou um problema


específico para explicar os padrões de relacionamentos entre as variáveis. Os experimentos
são os métodos de coleta de dados primários mais populares em estudos com pesquisa causal.

Exemplos:
• Pesquisa descritiva pode dizer que 20% dos alunos falham no exame. Pesquisas
explicativas podem dizer qual é a razão por trás dessa falha.
• Pesquisa descritiva responde que um sistema de computador com mais RAM tem mais
velocidade. A pesquisa explicativa responde à pergunta de por que um sistema de
computador com mais RAM tem mais velocidade em comparação com o sistema de
computador com menos RAM.

VOCÊ SABIA?

Brasil está em 56º lugar entre 65 países em estudos e pesquisas em educação


empreendedora nas escolas.

1.2.4 Quanto aos procedimentos técnicos utilizados

• Investigação de Caso

A pesquisa de caso, também chamada de estudo de caso, é um método de estudar


intensivamente um fenômeno ao longo do tempo dentro de seu cenário natural em um ou
alguns locais. Múltiplos métodos de coleta de dados, como entrevistas, observações,
documentos pré-gravados e dados secundários, podem ser empregados e as inferências sobre
o fenômeno de interesse tendem a ser ricas, detalhadas e contextualizadas. A pesquisa de
casos pode ser empregada de maneira positivista para fins de testes teóricos ou de maneira
interpretativa para a construção de teorias. Esse método é mais popular na pesquisa de
negócios do que em outras disciplinas de ciências sociais.
34

A pesquisa de caso tem vários pontos fortes exclusivos sobre métodos de pesquisa
concorrentes, como experimentos e pesquisa de pesquisa. Primeiro, a pesquisa de caso pode
ser usada tanto para a construção de teoria quanto para testes teóricos, enquanto os métodos
positivistas podem ser usados apenas para testes teóricos. Na pesquisa de caso interpretativa,
os construtos de interesse não precisam ser conhecidos de antemão, mas podem emergir dos
dados à medida que a pesquisa avança. Em segundo lugar, as questões de pesquisa podem ser
modificadas durante o processo de pesquisa se as questões originais forem menos relevantes
ou relevantes. Isso não é possível em nenhum método positivista depois que os dados são
coletados. Terceiro, a pesquisa de caso pode ajudar a obter uma interpretação mais rica, mais
contextualizada e mais autêntica do fenômeno de interesse do que a maioria dos outros
métodos de pesquisa, em virtude de sua capacidade de capturar um rico conjunto de dados
contextuais. Quarto, o fenômeno de interesse pode ser estudado a partir das perspectivas de
múltiplos participantes e usando múltiplos níveis de análise (por exemplo, individual e
organizacional).
Ao mesmo tempo, a pesquisa de casos também apresenta algumas deficiências
inerentes. Por não envolver controle experimental, a validade interna das inferências
permanece fraca. Naturalmente, esse é um problema comum a todos os métodos de pesquisa,
exceto experimentos. No entanto, como descrito mais adiante, o problema dos controles pode
ser abordado em pesquisas de casos usando “controles naturais”. Em segundo lugar, a
qualidade das inferências derivadas da pesquisa de caso depende fortemente dos poderes
integrativos do pesquisador. Um pesquisador experiente pode ver conceitos e padrões em
dados de casos que um pesquisador iniciante pode perder. Assim, os achados são às vezes
criticados como subjetivos. Finalmente, como as inferências são altamente contextualizadas,
pode ser difícil generalizar as inferências da pesquisa de casos para outros contextos ou outras
organizações.
É importante reconhecer que a pesquisa de caso é diferente das descrições de casos,
como os estudos de caso de Harvard discutidos em classes de negócios. Embora as descrições
de casos descrevam um problema organizacional em detalhes com o objetivo de estimular a
discussão em sala de aula e o pensamento crítico entre os alunos, ou analisar como uma
organização lidou com um problema específico, a pesquisa de caso é uma técnica de pesquisa
formal que envolve um método científico para obter explicações de fenômenos
organizacionais.
35

1.2.5 Procedimentos para a realização de uma Pesquisa Científica

Segundo (Teixeira, 2005, p. 79), todo procedimento metódico para o desenvolvimento


de uma pesquisa científica passa necessariamente por algumas etapas básicas:

1) Realização de perguntas – Nessa etapa o espírito inquieto e questionador do pesquisador


têm que ser latente. Essas características são essenciais para se ter um bom início
investigativo da pesquisa. E, o mais importante, precisa encontrar uma boa pergunta que irá
direcionar o seu trabalho científico. Suas respostas agora devem ser metódicas, disciplinadas,
pois se trata de elaborar um trabalho científico. Quando apresentamos perguntas, já temos de
alguma forma, condições de resposta, pois já existem instrumentos teóricos e metodológicos
capazes de nos ajudar a encontrá-las.
Pesquisar para que? ...para conhecer.
Conhecer para que? Para planejar...Para intervir...Para formar...Para debater...Para
avaliar...Para transformar...Para emancipar...
Com quem pesquisar? Com os alunos .... Sobre os alunos...Com os professores...Sobre os
professores...Com a comunidade...Sobre a comunidade...Com o conselho escolar...Sobre o
conselho escolar...etc...
Como pesquisar? Com fontes bibliográficas (PB) ...Com fontes documentais e
bibliográficas (PD) ...Com fontes orais e bibliográficas (PC) ...Com fontes ambientais e
bibliográficas (PC) ...Com fontes orais, ambientais e bibliográficas (PC) ...Com fontes orais,
documentais e bibliográficas (PC) ...etc...
Como planejar a pesquisa? Através das delimitações do Problema a ser abordado; da
Justificativa; das Questões e Objetivos a serem enfrentados; do Referencial; da Metodologia a
ser empregada; dos Resultados e Conclusões a serem encontrados.

ATIVIDADE

Com base no conteúdo dessa seção, responda as seguintes perguntas:


36

Questão 1 - Um antropólogo americano pesquisou por 1 (um) ano uma tribo indígena no
interior da Amazônia, os Kawahiva, uma das últimas tribos que ainda vivem isoladas da
civilização. Nesse período observou aspectos do cotidiano e das práticas culturais dos
Kawahiva. O antropólogo fez uso de qual procedimento de pesquisa:

Questão 2- Considere as afirmações a respeito da abordagem qualitativa em pesquisa:


I. A validade de um estudo relaciona-se, fundamentalmente, com frequência e duração das
observações, tempo de permanência em campo e confiabilidade dos dados.
II. Os julgamentos de valor do pesquisador não afetam a coleta e a análise de dados.
III. A maior acuidade dos dados independe do intervalo de tempo estabelecido entre uma
observação realizada e seu registro escrito.
IV. A categorização dos dados parte do arcabouço teórico da pesquisa e modifica-se ao longo
do estudo pelo confronto constante entre teoria e material empírico.
Correto:

Questão 3- Do ponto de vista da forma de abordagem do problema as pesquisas podem ser


classificadas como:

Questão 4- O planejamento de uma pesquisa dependerá basicamente de três fases:


I. Fase decisória: referente à escolha do tema, à definição e à delimitação do problema de
pesquisa.
II. Fase construtiva: referente à construção de um plano de pesquisa e à execução da pesquisa
propriamente dita.
III. Fase redacional: referente à coleta dos dados e informações obtidas na fase construtiva.

Questão 5- Qual é a primeira fase de um trabalho de pesquisa?

Questão 6- Segundo Ciribelli (2003) é o tipo de pesquisa que se baseia na observação dos
fatos que efetivamente ocorrem, pois, os dados são coletados através de várias técnicas,
especialmente por meio de entrevista, questionário, depoimentos e consultas:
a) Pesquisa ação.
b) Pesquisa bibliográfica.
c) Pesquisa documental.
d) Pesquisa de campo.
37

Questão 7- Cresswell (2007) a considera como uma pesquisa que utiliza uma determinada
amostra e possui seu resultado generalizado para toda população, a qual é realizada por meio
de intervenções e tratamentos, que alteram os resultados dessa amostragem, sendo descartados
outros fatores que porventura possam influenciar:
a) Estudo de caso.
b) Pesquisa ação.
c) Pesquisa experimental.
d) Pesquisa bibliográfica.

Questão 8- Referente à Pesquisa Qualitativa, é INCORRETO afirmar:


a) Traduz em números as opiniões e informações para então obter a análise dos dados e,
posteriormente, chegar a uma conclusão.
b) Na pesquisa qualitativa, os dados, em vez de serem tabulados, de forma a apresentar um
resultado preciso, são retratados por meio de relatórios.
c) Tem um caráter exploratório, uma vez que estimula o entrevistado a pensar e a se expressar
livremente sobre o assunto em questão.
d) É traduzida por aquilo que não pode ser mensurável, pois a realidade e o sujeito são
elementos indissociáveis.

Questão 9- Referente à Pesquisa Quantitativa, analise as afirmativas abaixo:


I. É o tipo de pesquisa que requer o uso de estatísticas e de recurso, como por exemplo,
porcentagem.
II. Por meio de questões do tipo “fechadas”, apresenta-se um conjunto de alternativas de
respostas no intuito de se obter aquela que melhor representa o ponto de vista da pessoa
entrevistada.
III. É o tipo de pesquisa que se traduz por tudo aquilo que pode ser quantificável.
IV. É traduzida por tudo aquilo que não pode ser mensurável.
A alternativa correta é:
a) Apenas a afirmativa II está correta.
b) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
c) Apenas a afirmativa IV está correta.
d) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
38

Questão 10- Indique “V” para as afirmativas verdadeiras e “F” para as afirmativas falsas:
( ) Nas ciências sociais, os pesquisadores, ao empregarem métodos quantitativos estão mais
preocupados com o processo social do que com a estrutura social; buscam visualizar o
contexto e, se possível, ter uma integração empática com o processo objeto de estudo que
implique melhor compreensão do fenômeno.
( ) Os métodos qualitativos e quantitativos não se excluem. Embora difiram quanto à forma e
à ênfase, os métodos qualitativos trazem como contribuição ao trabalho de pesquisa uma
mistura de procedimentos de cunho racional e intuitivo capazes de contribuir para a melhor
compreensão dos fenômenos.
( ) Combinar técnicas quantitativas e qualitativas torna uma pesquisa mais forte e reduz os
problemas de adoção exclusiva de um desses grupos; por outro lado, a omissão no emprego
de métodos qualitativos, num estudo em que se faz possível e útil empregá-los, empobrece a
visão do pesquisador quanto ao contexto em que ocorre o fenômeno.
( ) A pesquisa qualitativa na forma documental consiste no exame de materiais que ainda não
receberam um tratamento analítico ou que podem ser reexaminados com vistas a uma
interpretação nova ou complementar.
A alternativa correta é:
a) F, V, V, V.
b) F, V, V, F.
c) V, F, F, F.
d) V, F, F, V.

Questão 11- Visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o


estabelecimento de relações entre variáveis. A forma mais comum de apresentação é o
levantamento, em geral realizado mediante questionário ou observação sistemática, que
oferece uma descrição da situação no momento da pesquisa. É a metodologia indicada para
orientar a forma de coleta de dados quando se pretende descrever determinados
acontecimentos. (GIL, 1996; DENCKER, 2000)
a) Pesquisa Exploratória.
b) Pesquisa Explicativa.
c) Pesquisa Descritiva.
d) Pesquisa Quantitativa.
39

1.3 A Importância das Normas ABNT

Figura 05 - Fonte: https://www.assessoriaescrita.com.br/abnt/normas-abnt/Acesso em: 7 jun.


2018.
As Normas ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas são ferramentas
imprescindíveis que um pesquisador precisa para trabalhar com cunho científico e
metodológico. Imagina você com uma quantidade enorme de informações e dados, sem ao
menos saber como compilar isso, e passar para o papel de forma organizada e padronizada?
É com esse “Padrão” e “Normalização” que você irá escrever o seu trabalho acadêmico. Para
isso, existem várias normas e recomendações específicas para cada tipo de trabalho
(dissertação, tese, trabalho de conclusão de curso, monografia, artigo científico, etc.).
Algumas Universidades têm diretrizes específicas para uma dissertação dos trabalhos
científicos. Em qualquer caso, um trabalho acadêmico deve obedecer aos padrões da ABNT,
no que diz respeito à linguagem e formato na qual é escrita.
Segundo ABNT (2018), pode-se citar algumas normas para elaboração de trabalhos:
• ABNT NBR 6023:2002. Informação e Documentação – Referências – Elaboração;
• ABNT NBR 6024:2012. Informação e Documentação – Numeração progressiva das
seções de um documento escrito – Apresentação;
• ABNT NBR 6027:2012. Informação e Documentação – Sumário – Apresentação;
• ABNT NBR 6028:2003. Informação e Documentação – Resumo – Apresentação;
• ABNT NBR 10520:2002. Informação e Documentação – Citações em documentos –
Apresentação;
• ABNT NBR 10719:2011. Informação e Documentação – Relatório técnico e/ou
científico – Apresentação;
• ABNT NBR 14724:2011. Informação e Documentação – Trabalhos acadêmicos –
Apresentação;
40

• ABNT NBR 15287:2011. Informação e Documentação – Projeto de pesquisa –


Apresentação;
• ABNT NBR 15437:2006, Pôsteres Técnicos e Científicos.

1.3.1 Normalização

Segundo ABNT (2018), a normalização é, assim, o processo de formulação e


aplicação de regras para a solução ou prevenção de problemas, com a cooperação de todos os
interessados, e, em particular, para a promoção da economia global. No estabelecimento
dessas regras recorre-se à tecnologia como o instrumento para estabelecer, de forma objetiva e
neutra, as condições que possibilitem que o produto, projeto, processo, sistema, pessoa, bem
ou serviço atendam às finalidades a que se destinam, sem se esquecer dos aspectos de
segurança.

1.3.2 Padronização

Padronização ou normalização (ou normatização) é o processo de desenvolvimento e


implementação de normas técnicas. A padronização tem como objetivo definir especificações
técnicas que auxiliem na maximização da compatibilidade, reprodutibilidade, segurança ou
qualidade de determinado processo, produto ou serviço (PADRONIZAÇÃO, 2018).
Para ter credibilidade, os padrões devem ter certos atributos:
• o seu desenvolvimento deve ser supervisionado por um organismo reconhecido.
• o processo de desenvolvimento deve estar aberto à contribuição de todas as partes
interessadas.
• os padrões resultantes devem ser documentados e publicamente disponíveis.
• geralmente há um método para monitorar e verificar se as organizações estão cumprindo
os padrões.

1.4 Distinções Conceituais entre Ética e Moral

Ao realizar sua pesquisa e começar a escrever seu TCC, você estará consciente dos
requisitos de avaliação, regras e regulamentos estabelecidos por sua instituição (consulte a
41

seção sobre Plágio). No entanto, existem outras regras que todos os pesquisadores, qualquer
que seja seu assunto, devem seguir regras de ética e moralidade. Nesta seção, você aprenderá
a distinção entre essas duas categorias em um contexto acadêmico e encontrará diretrizes para
conduzir uma variedade de tipos de pesquisa.
O que queremos dizer com ética em pesquisa?
Os termos ética e moral são frequentemente usados de forma intercambiável. Francis
(1999) faz uma distinção útil entre os dois:

A moral geralmente se refere a um conjunto de


valores não escritos que fornecem um quadro de
referência que usamos para ajudar na tomada de
decisões e regular nosso comportamento.

Ética geralmente se refere a um código escrito de


princípios de valor que usamos em um contexto
particular.

Considerações éticas na pesquisa são críticas. Ética são as normas ou padrões de


conduta que distinguem entre o certo e o errado. Eles ajudam a determinar a diferença entre
comportamentos aceitáveis e inaceitáveis. Por que as considerações éticas são tão importantes
na pesquisa? Primeiro, os padrões éticos impedem a fabricação ou falsificação de dados e,
portanto, promovem a busca do conhecimento e da verdade, que é o principal objetivo da
pesquisa. O comportamento ético também é crítico para o trabalho colaborativo porque
incentiva um ambiente de confiança, responsabilidade e respeito mútuo entre os
pesquisadores. Isso é especialmente importante ao considerar problemas relacionados ao
compartilhamento de dados, coautoria, diretrizes de direitos autorais, confidencialidade e
muitos outros problemas. Os pesquisadores também devem aderir aos padrões éticos para que
o público apóie e acredite na pesquisa. O público quer ter certeza de que os pesquisadores
seguiram as diretrizes apropriadas para questões como direitos humanos, bem-estar animal,
cumprimento da lei, conflitos de interesse, segurança, padrões de saúde e assim por diante. O
manuseio dessas questões éticas tem grande impacto na integridade do projeto de pesquisa e
pode afetar se o projeto recebe ou não financiamento.
42

Como as considerações éticas são tão importantes na pesquisa, muitas associações e


agências profissionais adotaram códigos e políticas que descrevem o comportamento ético e
orientam os pesquisadores. Esses códigos tratam de questões como honestidade, objetividade,
respeito à propriedade intelectual, responsabilidade social, confidencialidade, não
discriminação e muitos outros. Esses códigos e políticas fornecem diretrizes básicas, mas os
pesquisadores ainda serão confrontados com questões adicionais que não são especificamente
abordadas e isso exigirá a tomada de decisões por parte do pesquisador, a fim de evitar a má
conduta.

1.4.1 Alguns Princípios Éticos que devem ser adotados na Pesquisa Científica

Abaixo se tem um resumo geral de alguns princípios éticos que vários códigos éticos
abordam:

Honestidade
Esforce-se pela honestidade em todas as comunicações científicas. Honestamente, relate
dados, resultados, métodos e procedimentos e status de publicação. Não fabricar, falsificar ou
deturpar dados. Não engane colegas, patrocinadores de pesquisas ou o público.

Objetividade
Esforçar-se para evitar preconceitos em projetos experimentais, análise de dados,
interpretação de dados, revisão por pares, decisões de pessoal, redação de subsídios,
testemunho de especialistas e outros aspectos da pesquisa em que a objetividade é esperada ou
exigida. Evite ou minimize o preconceito ou o auto-engano.

Integridade
Mantenha suas promessas e acordos; agir com sinceridade; esforçar-se por consistência de
pensamento e ação.

Cuidado
Evite erros descuidados e negligência; examine cuidadosamente e criticamente seu próprio
trabalho e o trabalho de seus colegas. Manter bons registros de atividades de pesquisa, como
coleta de dados, projeto de pesquisa e correspondência com agências ou periódicos.
43

Respeito pela Propriedade Intelectual


Honrar patentes, direitos autorais e outras formas de propriedade intelectual. Não use dados,
métodos ou resultados não publicados sem permissão. Dê o devido reconhecimento ou crédito
por todas as contribuições para a pesquisa. Nunca plagie.

Confidencialidade
Proteger as comunicações confidenciais, como documentos ou subsídios enviados para
publicação, registros pessoais, segredos comerciais ou militares e registros de pacientes.

Publicação Responsável
Publique a fim de avançar na pesquisa e na erudição, não para avançar apenas em sua própria
carreira. Evite a publicação desnecessária e duplicada.

Respeito pelos colegas


Respeite seus colegas e os trate de maneira justa.

Responsabilidade social
Esforce-se para promover o bem social e prevenir ou mitigar os danos sociais por meio de
pesquisa, educação pública e defesa de direitos.

Não Discriminação
Evite a discriminação contra colegas ou estudantes com base em sexo, raça, etnia ou outros
fatores não relacionados à competência e integridade científica.

Competência
Manter e melhorar sua própria competência profissional e especialização através de educação
e aprendizagem ao longo da vida; tomar medidas para promover a competência na ciência
como um todo.

Legalidade
Conhecer e obedecer a leis relevantes e políticas institucionais e governamentais.
44

Cuidado Animal
Mostre o devido respeito e cuidado com os animais ao usá-los em pesquisas. Não realize
experiências com animais desnecessárias ou mal projetadas.

Proteção dos assuntos humanos


Ao conduzir pesquisas sobre seres humanos, minimizar danos e riscos e maximizar os
benefícios; respeitar a dignidade humana, a privacidade e a autonomia; tomar precauções
especiais com populações vulneráveis; e esforçar-se para distribuir os benefícios e encargos
da pesquisa de forma justa.

ATIVIDADE

Questão 1 - Imagine-se fazendo uma pesquisa e encontrando os livros organizados de formas


diferentes: uns começando pelo desenvolvimento, seguido da conclusão e terminando com a
introdução; outros começando pela conclusão, seguida da introdução e do desenvolvimento.
Que confusão, não é mesmo? Para evitar esse caos, responda: para que serve as normas
ABNT?

Questão 2- A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na norma NBR6023 indica


que se utilizarmos o sistema autor data nas citações ao longo do texto, como as referências
devem ser dispostas?

Questão 3- A apresentação formal de trabalhos científicos é regida por normas que são
estabelecidas e publicadas por Institiuições como Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT). Sobre estas normas de padronização, analise as afirmativas e assinale a alternativa
correta.
( ) I. Buscam estabelecer critérios para realização da pesquisa.
( ) II. Criam um padrão que delimita os elementos de texto e sua distribuição no trabalho.
( ) III. Apresentam critério para análise da qualidade de resultados.
45

UNIDADE 2 – O MÉTODO CIENTÍFICO

Temas cobertos na unidade


• O que é método e metodologia? E procedimento ou técnica? Como esses elementos se
relacionam no contexto da ciência? O que é método científico?
• O conhecimento científico tem a sua origem nas observações ou nas teorias? Na
intuição (no intelecto) ou na observação?

Espera-se que, ao final desta unidade, você seja capaz de:


• Nomear as bases do conhecimento científico;
• Empregar corretamente os diferentes métodos científicos;
• Selecionar os métodos mais apropriados para conduzir uma pesquisa;
• Relacionar Ciência e Método.

2.1 Introdução

Na literatura atual, existe ainda uma tênue distinção entre dois conceitos: metodologia
e métodos. Procurar um conceito geral neste caso é praticamente impossível, devido a
existência de diferentes pensamentos e práticas, adquiridos por experiências diversas das
pessoas (Kuhn, 2011, p. 20).
Pergunta-se: o que é na verdade pesquisa científica? O que é Método Científico?
Quais são os Métodos Científicos? Como se escolhe o Método? As estas questões existem
diversas maneiras de respondê-las, justamente considerando o aspecto científico de quem quer
avançar nas criações da humanidade.
46

Etimologicamente, considerando a sua origem grega, a palavra


metodologia advem de methodos, que significa META
(objetivo, finalidade) e HODOS (caminho, intermediação), isto
é, caminho para se atingir um objetivo.

Por sua vez, LOGIA quer dizer conhecimento, estudo. Assim,


metodologia significaria o estudo dos métodos, dos caminhos a
percorrer, tendo em vista o alcance de uma meta, objetivo ou
finalidade
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Metodologia_da_pesquisa_cient%
C3%ADfica/Acesso em: 7 jun. 2018).

2.1.1 Método Científico

O "Método Científico" é um conjunto de medidas tomadas para garantir que as


conclusões sejam alcançadas de forma sensata, experimentos planejados com cuidado, que os
dados sejam interpretados de acordo com os resultados dos testes e que os procedimentos
possam ser verificados independentemente. O sistema é projetado para reduzir tanto o erro
humano quanto o viés possível. Ideias e teorias devem estar sujeitas a críticas, e a contra-
evidência deve ser levada em conta para produzir novas e mais acuradas teorias.
O método científico é um processo de experimentação usado para explorar
observações e responder a perguntas. Isso significa que todos os cientistas seguem exatamente
esse processo? Não. Algumas áreas da ciência podem ser mais facilmente testadas do que
outras. Por exemplo, os cientistas que estudam como as estrelas mudam à medida que
envelhecem não conseguem estudar rapidamente a vida de uma estrela que tem um milhão de
anos, ou saber como os dinossauros digeriam sua comida para testar suas hipóteses.
Quando a experimentação direta não é possível, os cientistas modificam o método
científico. De fato, existem provavelmente tantas versões do método científico, quanto
existem cientistas! Mas, mesmo quando modificado, o objetivo permanece o mesmo:
descobrir relações de causa e efeito fazendo perguntas, reunindo e examinando
47

cuidadosamente as evidências, e verificando se todas as informações disponíveis podem ser


combinadas em uma resposta lógica.
Embora o método científico como uma série de etapas, tenha em mente que novas
informações ou pensamentos podem fazer com que um cientista faça backup e repita etapas a
qualquer momento durante o processo. Um processo como o método científico que envolve
tal apoio e repetição é chamado de processo iterativo.
Este conceito pode ser aplicado em várias situações de nosso dia a dia. Vamos dar
aqui apenas um exemplo, mas você pode encontrar muito outros. Suponhamos a seguinte
situação: o carro pára de funcionar no meio da rua. Esse é um fato que ocorreu e que
observamos. Agora, usando o método científico, vamos tentar entender por que o carro parou,
utilizando as etapas do método científico. Pergunta ou questionamento: O que será que causou
isso? Hipótese: A gasolina deve ter acabado. Verificação da hipótese: Observar o marcador de
combustível e verificar quantos quilômetros o carro percorreu desde a última vez em que o
tanque de combustível foi abastecido. O marcador está no zero, e o carro percorreu
quilômetros suficientes para o combustível ter acabado. Coloca-se combustível e o carro
começa a funcionar. Conclusão: A hipótese foi corroborada: a gasolina havia acabado.
O método científico permite que os pesquisadores testem de forma independente e
imparcial teorias pré-existentes e descobertas anteriores, além de submetê-las a debates
abertos, modificações ou aprimoramentos. O método científico deve satisfazer quatro
características:
Replicabilidade: Outros devem ser capazes de replicar ou repetir de forma independente um
estudo científico e obter resultados semelhantes, se não idênticos.
Precisão: Conceitos teóricos, que muitas vezes são difíceis de medir, devem ser definidos
com tal precisão que outros possam usar essas definições para medir esses conceitos e testar
essa teoria.
Falseabilidade: Uma teoria deve ser declarada de uma maneira que possa ser refutada.
Teorias que não podem ser testadas ou falsificadas não são teorias científicas e qualquer
conhecimento desse tipo não é conhecimento científico. Uma teoria que é especificada em
termos imprecisos ou cujos conceitos não são mensuráveis com precisão não pode ser testada
e, portanto, não é científica. As ideias de Sigmund Freud sobre a psicanálise se enquadram
nessa categoria e, portanto, não são consideradas “Teoria”, embora a psicanálise possa ter
utilidade prática no tratamento de certos tipos de doenças.
Parcimônia: Quando existem múltiplas explicações de um fenômeno, os cientistas devem
sempre aceitar a explicação mais simples ou logicamente mais econômica. Esse conceito é
48

chamado de parcimônia ou “navalha de Occam”. A parcimônia impede que os cientistas


busquem teorias excessivamente complexas ou extravagantes, com inúmeros conceitos e
relações que podem explicar um pouco de tudo, mas nada em particular.
Qualquer ramo de investigação que não permita que o método científico teste suas leis ou
teorias básicas não pode ser chamado de “ciência”. Por exemplo, teologia (o estudo da
religião) não é ciência porque ideias teológicas (como a presença de Deus) não podem ser
testado por observadores independentes usando um método replicável, preciso, falsificável e
parcimonioso. Da mesma forma, as artes, a música, a literatura, as humanidades e o direito
também não são considerados ciência, embora sejam criativos e meritórios esforços por si
mesmos (Kuhn, 2011, p.34).
O método científico, aplicado às ciências sociais, inclui uma variedade de abordagens,
ferramentas e técnicas de pesquisa, como dados qualitativos e quantitativos, análise
estatística, experimentos, pesquisas de campo, pesquisa de casos e assim por diante. A maior
parte deste livro é dedicada a aprender sobre esses diferentes métodos. Entretanto, reconheça
que o método científico opera principalmente no nível empírico da pesquisa, ou seja, como
fazer observações e analisar e interpretar essas observações. Muito pouco deste método é
diretamente pertinente ao nível teórico, que é realmente a parte mais desafiadora da pesquisa
científica (Martins, 2013, p.8).

2.1.2 Erros comuns a evitar ao usar o Método Científico

Um dos erros mais comuns quando se utiliza o método científico é permitir que haja
um viés em direção à hipótese. Formar uma hipótese é um passo importante, mas o objetivo
do método científico não é necessariamente provar a hipótese correta; o objetivo é aprender
com o experimento. Isso significa que a pessoa que faz a pergunta deve ter cuidado para não
descartar dados que vão contra a hipótese.
Outro erro comum não é contabilizar erro sistemático no experimento. É quase
impossível controlar todas as variáveis independentes em um experimento, especialmente
aquelas que são causadas por erro humano. É por isso que os experimentos são repetidos
muitas vezes, mas ainda é possível permitir que os erros influenciem a análise e as conclusões
dos dados, se não forem esperados ou não forem observados.
Finalmente, ao analisar os dados, um erro comum é acreditar que a correlação implica
causalidade. Isso significa que, embora possa parecer que duas coisas estão acontecendo
49

juntas, isso não significa necessariamente que uma esteja causando a outra. Por exemplo, se o
consumo de chocolate de um país se correlaciona com o número de ganhadores do prêmio
Nobel, seria incorreto supor que comer chocolate aumentaria a chance de um indivíduo
ganhar um prêmio Nobel. Mais provavelmente, a correlação indica simplesmente que tanto a
educação quanto o chocolate podem ser acessados pela maioria da população do país.
Alguns outros termos que você talvez precise saber:

• Variável independente

Esta é a parte do seu experimento que você testará (variará) para responder sua hipótese.

Dois exemplos de variáveis independentes comuns são idade e tempo. Não há nada que você
ou qualquer outra pessoa possa fazer para acelerar ou reduzir o tempo ou aumentar ou
diminuir a idade. Eles são independentes de tudo.

• Variável dependente

A variável dependente é o que está sendo estudado e medido no experimento. É o que


muda como resultado das alterações na variável independente. Um exemplo de uma variável
dependente é o quão alto você é em diferentes idades. A variável dependente (altura) depende
da variável independente (idade).
Uma maneira fácil de pensar em variáveis independentes e dependentes é, quando
você está realizando um experimento, a variável independente é o que você muda, e a variável
dependente é o que muda por causa disso. Você também pode pensar na variável
independente como a causa e a variável dependente como o efeito.
Pode ser muito mais fácil entender as diferenças entre essas duas variáveis com
exemplos, então vamos ver alguns exemplos de experimentos abaixo.
Abaixo estão as visões gerais de dois experimentos, cada um com suas variáveis
independentes e dependentes identificadas.

Experiência 1: Você quer ver que tipo de fertilizante ajuda as plantas a crescer mais rápido,
então você adiciona uma marca diferente de fertilizante a cada planta e vê o quanto elas
crescem.
50

Variável Independente: Tipo de fertilizante dado à planta


Variável Dependente: altura da planta

Experiência 2: Você está interessado em saber como o aumento da temperatura do mar afeta
a vida das algas, então você projeta um experimento que mede o número de algas em uma
amostra de água retirada de um local específico do oceano sob diferentes temperaturas.

Variável Independente: Temperatura do Oceano


Variável Dependente: O número de algas na amostra

Para cada uma das variáveis independentes acima, fica claro que elas não podem ser alteradas
por outras variáveis no experimento. Você tem que ser o único a mudar a marcas do
fertilizante nos Experimentos 1, e a temperatura do oceano no Experimento 2 não pode ser
significativamente alterada por outros fatores. Alterações em cada uma dessas variáveis
independentes fazem com que as variáveis dependentes sejam alteradas nos experimentos.

ATIVIDADE

Questão 1 - Os passos principais de um método científico incluem a observação, formulação


de hipótese, parte experimental e conclusões. No entanto, outras partes podem ser
incorporadas ao desenvolvimento de uma pesquisa, como controles, variáveis e dados. Por
mais que a utilização de controles possa estar relacionada a todos os passos de uma pesquisa,
o valor de um controle serve para avaliar diretamente a:
a) Parte experimental.
b) Conclusão.
c) Observação.
d) Hipótese.
51

Questão 2 - A escolha de um método é fundamental para que o pesquisador execute os


objetivos e chegue a resultados conclusivos. Assim, a forma correta de se reconhecer um
método científico é:

Questão 3 - Para aquisição de um novo conhecimento, bem como aplicação de procedimentos


e técnicas científicas necessitamos de fazer uso de:

Questão 4 Considerando que:


I - Metodologia significa, na origem do termo, estudo dos caminhos, dos instrumentos usados
para se fazer ciência.
II - Método é um conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, a serem vencidas na
investigação da verdade, no estudo de uma ciência, ou para alcançar determinado fim. E
metodologia (do grego methodos + logia) significa o "estudo do método".
Podemos afirmar que:

Questão 5- O conceito de Método Científico pode ser definido como:

Questão 6- Numa pesquisa realizada, por um grupo de estudantes de geografia, na


Chapada dos Veadeiros (Goiás). O professor que liderava a pesquisa de campo fez a seguinte
recomendação sobre a possibilidade de novas cavernas não catalogadas. Isso se refere a que
tipo de pesquisa:

Você concluiu a seção que trata dos conceitos de Método científico.

Agora voltaremos nossa atenção as Fases do Método Científico.

Vejamos!
52

2.2 Fases do Método Científico

Figura 06 - https://www.buscaescolar.com/biologia/etapas-do-metodo-cientifico/Acesso em:


7 jun. 2018).

O "método científico" refere-se meramente a uma estrutura ampla para estudar e


aprender mais sobre o mundo ao nosso redor de maneira científica. Não é tanto uma série de
passos absolutos e imutáveis como uma diretriz para o método que deve ser usado ao tentar
chegar a uma teoria cientificamente aceitável sobre um assunto. Portanto, não é possível
fornecer um número finito de etapas ou um procedimento exato para seguir o método
científico.
Mas não é só para cientistas. O método é uma versão mais organizada dos mesmos
processos de dedução que usamos na resolução de problemas do dia a dia e pode ajudá-lo no
seu dia a dia. É ótimo para chegar à raiz das coisas e eliminar fatores adicionais (mas
irrelevantes) por meio de testes e ajustes repetidos no objeto de seu interesse.
No entanto, os passos do método científico detalhados abaixo descrevem os principais
passos que os cientistas geralmente tomam ao conduzir uma investigação científica.
53

Figura 07 - http://historianafisica.blogspot.com/2011/11/metodo-cientifico.html Acesso em: 7


jun. 2018).

2.2.1 Faça uma Observação ou Identifique o problema

Observação é o processo de observar alguém ou algo. Muitas vezes, a observação é uma ação
informal, mas também pode ser formal e envolver a coleta de dados. Uma observação também
pode ser a própria informação coletada.
Na ciência, é necessário fazer observações para provar ou refutar hipóteses usando o
método científico, o processo de hipotetizar, prever, testar e concluir com base nas
observações da pessoa. Embora a observação seja mais definitivamente usada por todos os
cientistas, qualquer um pode fazer uma observação apenas observando.
Alguns exemplos de observação incluem:
• Uma diretora assistindo a uma professora dando uma aula para sua classe a fim de
avaliar sua eficácia como educadora.
• Um cientista olhando para uma reação química em um experimento.
• Um médico assistindo a um paciente depois de administrar uma injeção.
• Um pai assistindo seus filhos interagindo com outras crianças no playground.
54

• Um astrônomo olhando para o céu noturno e gravando dados sobre movimento e


brilho dos objetos que ele vê, etc...
Essa etapa também pode ser chamada de "pesquisa". É o primeiro estágio na
compreensão do problema.
Depois de decidir sobre o tópico e reduzi-lo a uma pergunta específica, você precisará
pesquisar tudo o que puder encontrar sobre isso. Você pode coletar informações de suas
próprias experiências, livros, internet ou até mesmo experiências "não oficiais" menores.
Para esta fase do Método Científico, é importante usar quantas fontes você puder
encontrar. Quanto mais informações você tiver sobre o tema de seu trabalho científico, melhor
será a base de sustentação teórica sólida para o desenvolvimento do trabalho.
A palavra "observação" tem dois significados no método científico. Primeiro, há a
observação do cientista sobre o mundo, pois leva à teoria hipotética. Este é o primeiro passo
do método científico e pode ser apresentado de duas maneiras, como uma observação natural
ou uma observação encenada. Em segundo lugar, na coleta de dados em um experimento
usando o método científico, existem dois tipos de observações, qualitativas e quantitativas.

2.2.1.1 Observação Natural

Quando um cientista se propõe a provar algo usando o método científico, ele deve primeiro
observar algo no mundo natural. Por exemplo, Sir Isaac Newton teorizou que havia uma força
chamada gravidade depois que ele viu uma maçã cair de uma árvore. Isso seria uma
observação natural. Newton viu algo acontecer na natureza sem qualquer intervenção da parte
dele ou de qualquer outra pessoa. Esse tipo de observação significa que o cientista assistirá e
esperará que o evento aconteça durante um experimento.

2.2.1.2 Observação Encenada

Se Isaac Newton apresentasse sua teoria da gravidade depois de deixar cair uma maçã de uma
sacada, sua observação seria caracterizada como encenada. Muitos experimentos começam
com um cientista pensando "e se" - por exemplo, "E se eu largar essa maçã de uma sacada? O
que vai acontecer?” Nesta forma de observação, o cientista cria uma teoria hipotética de
pensar sobre algo na natureza, intervindo na natureza e observando o evento. Esse tipo de
55

observação geralmente determina que a experimentação que vem da observação terá que ser
recriada.

2.2.1.3 Observação Quantitativa

No método científico, depois que um cientista apresenta uma teoria baseada na


observação de algo na natureza, ela inicia um experimento. Uma vez que o experimento está
em andamento, ele deve ser observado. O cientista registra as observações do experimento e
coleta dados. Uma forma de coleta de dados durante o método é quantitativa. Essa forma de
observação durante um experimento emprega modelos matemáticos e depende do cientista
para coletar informações com base em números, como quantas maçãs caíram de uma árvore
ou varanda. A observação quantitativa é comum na física, na biologia e nas ciências naturais.

2.2.2 Faça uma pergunta

O problema ou questão de pesquisa é a parte mais importante do método científico.


Cada parte do seu projeto é feita para responder a essa pergunta. A questão de pesquisa às
vezes é formada como uma declaração e é chamada de "Problema" ou "Declaração do
Problema". Qual é o seu objetivo ou que idéia você está tentando testar? Qual é a pergunta
científica que você está tentando responder?
Uma questão científica geralmente começa com: como, o quê, quando, quem, que, por
que ou onde?
Depois de fazer uma observação interessante, uma mente científica coça para
descobrir mais sobre isso. Este é de fato um fenômeno natural. Se você já se perguntou por
que ou como algo ocorre, você está ouvindo o cientista em você. No método científico, uma
questão converte maravilhas e interesses gerais em uma linha de pensamento e investigação
canalizada.
Por exemplo, se você está interessado em esportes, sua pergunta pode ser "Quanto a
temperatura do ar afeta o desempenho de uma bola de futebol?"
Você pode criar um teste justo para responder sua pergunta?
Um "teste justo" requer que você altere apenas um fator (variável) e mantenha todas
as outras condições iguais. Se você não puder criar um teste justo, mude sua pergunta.
56

Alguns outros exemplos:


• Existe uma relação entre a altura de uma pessoa e o comprimento de seu passo?
• Uma touca de natação faz um nadador nadar mais rápido?
• Ele destaca o que você lê para ajudá-lo a se lembrar mais facilmente?
• A cafeína promove o crescimento das plantas?
• O ângulo de incidência dos raios solares afeta o desempenho de uma célula solar?
• Como a saliência de uma bola de golfe afeta a distância percorrida?

2.2.3 Formule uma hipótese

Hipótese científica, uma ideia que propõe uma tentativa de explicação sobre um
fenômeno ou um conjunto restrito de fenômenos observados no mundo natural. As duas
principais características de uma hipótese científica são a falseabilidade e testabilidade, que
são refletidas em uma declaração “Se ... então” resumindo a ideia e na capacidade de ser
apoiada ou refutada por meio de observação e experimentação. A noção da hipótese científica
como falsificável e testável foi avançada em meados do século XX pelo filósofo britânico
nascido na Áustria, Karl Popper.
A formulação e o teste de uma hipótese são parte do método científico, a abordagem
que os cientistas usam quando tentam entender e testar ideias sobre fenômenos naturais. A
geração de uma hipótese frequentemente é descrita como um processo criativo e é baseada no
conhecimento científico existente, na intuição ou na experiência. Portanto, embora as
hipóteses científicas sejam comumente descritas como suposições educadas, elas na verdade
são mais informadas do que uma suposição. Além disso, os cientistas geralmente se esforçam
para desenvolver hipóteses simples, pois são mais fáceis de testar em relação a hipóteses que
envolvem muitas variáveis e resultados potenciais. Tais hipóteses complexas podem ser
desenvolvidas como modelos científicos (ver modelagem científica).
Uma hipótese é uma observação, geralmente baseada em causa e efeito. É a ideia
básica que não foi testada. Uma hipótese é apenas uma ideia que explica alguma coisa. Ele
deve passar por um número de experimentos destinados a provar ou refutar isso.
Uma hipótese é uma solução sugerida para uma ocorrência inexplicada que não se
encaixa na teoria científica atual aceita. A ideia básica de uma hipótese é que não há um
resultado pré-determinado. Para que uma hipótese seja denominada hipótese científica, ela
deve ser algo que possa ser apoiado ou refutado por meio de experimentação ou observação.
57

EXEMPLOS:
Ao observar que um lago parece azul sob um céu azul, você pode propor a hipótese de que o
lago é azul porque está refletindo o céu. Uma hipótese alternativa seria que o lago é azul
porque a água é azul.

Podem-se citar outros exemplos:


Pergunta: Por que as folhas mudam de cor no outono?
Hipótese: Eu acho que isso muda de cor no outono porque eles não estão sendo expostos a
muita luz solar.
Hipótese: O crescimento bacteriano pode ser afetado pela temperatura.
Hipótese: O chocolate pode causar espinhas.

Dependendo dos resultados da avaliação científica, uma hipótese geralmente é


rejeitada como falsa ou aceita como verdadeira. No entanto, como uma hipótese
inerentemente é falsificável, mesmo hipóteses apoiadas por evidências científicas e aceitas
como verdadeiras são suscetíveis à rejeição mais tarde, quando novas evidências se tornam
disponíveis. Em alguns casos, em vez de rejeitar uma hipótese porque ela foi falsificada por
novas evidências, os cientistas simplesmente adaptam a ideia existente para acomodar a nova
informação. Nesse sentido, uma hipótese nunca é incorreta, mas apenas incompleta.
A investigação de hipóteses científicas é um componente importante no
desenvolvimento da teoria científica. Portanto, as hipóteses diferem fundamentalmente das
teorias; enquanto que o primeiro é uma explicação experimental específica e serve como
principal instrumento pelo quais os cientistas coletam dados, o segundo é uma explicação
geral ampla que incorpora dados de muitas investigações científicas diferentes realizadas para
explorar hipóteses.

2.2.3.1 Testando Hipóteses

Testar uma hipótese pode levar a uma de duas coisas: a hipótese é confirmada ou a
hipótese é rejeitada, o que significa que ela precisa ser mudada ou uma nova hipótese tem que
ser criada. Isso deve acontecer se os experimentos repetidamente e claramente mostrarem que
sua hipótese está errada. Não importa quão elegante ou apoiada seja uma teoria - se pode ser
refutada uma vez, não pode ser considerada uma lei da natureza. A experimentação é a regra
58

suprema no método científico, e se uma experiência mostra que a hipótese não é verdadeira,
ela supera todas as experiências anteriores que a apoiaram. Esses experimentos às vezes
testam diretamente a teoria, enquanto outras testam a teoria indiretamente via lógica e
matemática. O método científico exige que todas as teorias tenham que ser testáveis de
alguma forma - aquelas que não podem ser consideradas teorias científicas.
Se uma teoria é refutada, essa teoria ainda pode ser aplicável em alguns aspectos, mas
não é mais considerada uma verdadeira lei da natureza. Por exemplo, as Leis de Newton
foram refutadas nos casos em que a velocidade é maior que a velocidade da luz, mas elas
ainda podem ser aplicadas a mecânicas que usam velocidades mais lentas. Outras teorias que
foram amplamente consideradas verdadeiras durante anos, até mesmo séculos, que foram
refutadas devido a novas observações incluem a ideia de que a Terra é o centro do nosso
sistema solar ou que os planetas orbitavam o sol em órbitas circulares perfeitas, em vez de
órbitas elípticas agora comprovadas.
É claro que uma hipótese ou teoria comprovada nem sempre é refutada por um único
experimento. Isso ocorre porque os experimentos podem ter erros, portanto, uma hipótese que
parece ter falhado uma vez é testada várias vezes por vários testes independentes. As coisas
que podem causar erros incluem instrumentos defeituosos, erros de leitura ou outros dados, ou
o viés do pesquisador. A maioria das medições é dada com um grau de erro. Os cientistas
trabalham para tornar o grau de erro o menor possível, enquanto ainda estimam e calculam
tudo o que poderia causar erros em um teste.

Exemplo aplicado:
"A quantidade de luz solar em um jardim afeta o tamanho do tomate?" E propõe uma resposta
à pergunta com base no que você sabe. O experimento que você irá projetar é feito para testar
a hipótese.
Usando o exemplo do experimento com tomate, aqui está um exemplo de uma hipótese:
TÓPICO: "A quantidade de luz solar que um tomateiro recebe afeta o tamanho dos tomates?"
HIPÓTESE: “Acredito que quanto mais luz solar uma planta de tomate recebe, mais o tomate
crescerá”.
Esta hipótese é baseada em:
(1) As plantas de tomateiro precisam de luz do sol para produzir alimentos através da
fotossíntese e, logicamente, mais sol significa mais comida e;
(2) Através de observações exploratórias informais de plantas em um jardim, aqueles com
mais luz solar parecem crescer mais.
59

2.2.4 Experimentação

Uma vez que uma hipótese tenha sido formada, ela deve ser testada. Isto é feito
através da realização de um experimento cuidadosamente projetado e controlado. O
experimento é um dos passos mais importantes do método científico, pois é usado para provar
uma hipótese certa ou errada e para formular teorias científicas. Para ser aceito como prova
científica para uma teoria, um experimento deve atender a certas condições - ele deve ser
controlado, isto é, deve testar uma única variável mantendo todas as outras variáveis sob
controle. O experimento também deve ser reproduzível para que possa ser testado quanto a
erros. Para determinar se uma previsão científica é válida, um experimento precisa ser
projetado e feito. A previsão se torna a hipótese experimental. Nós "testamos" as condições da
previsão para ver se o resultado é de fato o que esperamos.
Depois de formar uma hipótese, um experimento deve ser configurado e executado
para testar a hipótese. Um experimento deve ter uma variável independente, que é algo
manipulado pela pessoa que faz o experimento, e uma variável dependente, que é a coisa que
está sendo medida (e que pode ser afetada pela variável independente). Todas as outras
variáveis devem ser controladas para que não afetem o resultado. Durante uma experiência, os
dados são coletados. Dados são um conjunto de valores; pode ser quantitativo (por exemplo,
medido em números) ou qualitativo (uma descrição ou resposta sim / não).
Por exemplo, se você testasse o efeito da luz solar no crescimento das plantas, a
quantidade de luz seria a variável independente (a coisa que você manipula) e a altura das
plantas seria a variável dependente (a coisa afetada pela variável independente). Outros
fatores, como a temperatura do ar, a quantidade de água no solo e as espécies de plantas
teriam que ser mantidos iguais entre todas as plantas usadas no experimento, para que você
pudesse realmente coletar dados sobre se a luz solar afeta o crescimento das plantas. Os dados
que você coletaria seriam quantitativos, já que você medirá a altura da planta em números.

2.2.5 Análise dos dados

Como o experimento é realizado, é importante anotar os resultados. Em qualquer


experimento, é necessário realizar várias tentativas para garantir que os resultados sejam
constantes. O experimentador, em seguida, analisa todos os dados e usa-os para tirar uma
conclusão sobre a força da hipótese. Se os dados comprovarem que a hipótese está correta, a
60

pergunta original será respondida. Por outro lado, se os dados refutarem a hipótese, a
investigação científica continua fazendo pesquisa para formar uma nova hipótese e então
conduzindo um experimento para testá-la. Esse processo continua até que uma hipótese possa
ser comprovada como correta por um experimento científico.
Todo o processo é colaborativo e é conduzido de maneira claramente documentada
para ajudar outros cientistas que estão fazendo pesquisas no mesmo campo. Ao longo da
história, há casos em que os cientistas pararam sua pesquisa antes de completar todas as
etapas do método científico, apenas para ter a investigação levantada e resolvida por outro
cientista interessado em responder a mesma pergunta.

2.2.6 Conclusão

Finalmente, você chegou à sua conclusão. Agora é hora de resumir e explicar o que aconteceu
no seu experimento. Sua conclusão deve responder à pergunta colocada no primeiro passo.
Sua conclusão deve ser baseada somente em seus resultados.
• Pense nas seguintes perguntas:
• Sua hipótese estava correta?
• Se sua hipótese não estava correta, o que você pode concluir disso?
• Você precisa executar sua experiência novamente, alterando uma variável?
• Seus dados estão claramente definidos para que todos possam entender os resultados e
seguir seu raciocínio?
Lembre-se, até mesmo um experimento falho pode render uma lição valiosa.

ATIVIDADE

Questão 1 - Quando procuramos respostas científicas para um determinado fenômeno que


ainda não foi estudado, qual o primeiro passo que devemos tomar de acordo com o método
científico?
a) Produzir hipóteses.
61

b) Criar uma teoria.


c) Fazer deduções.
d) Observar.
e) Generalizar.

Questão 2 - Quando fazemos afirmações prévias, as quais podem ser verdadeiras ou não, para
explicar um determinado fenômeno, estamos elaborando:
a) uma teoria.
b) uma hipótese.
c) uma observação.
d) uma lei.
e) um modelo.
62

UNIDADE 3 – A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA OU REVISÃO DA LITERATURA

Temas cobertos na unidade


• O que é uma pesquisa bibliográfica?
• Qual o objetivo de uma pesquisa bibliográfica?
• Como montar uma estratégia?
• Como refinar a pesquisa?

Espera-se que, ao final desta unidade, você seja capaz de:


• Organizar as informações obtidas;
• Identificar contradições e respostas anteriormente encontradas sobre as perguntas
formuladas;
• Averiguar se trabalhos com problemáticas semelhantes já foram realizados, e se vale a
pena repetir a investigação;

3.1 Introdução

Figura 08 - http://atelierdeducadores.blogspot.com/2015/09/pesquisa-levamento-
bibliografico-e.htm Acesso em: 7 jun. 2018).

Então, você foi encarregado de escrever sua pesquisa bibliográfica do seu trabalho
científico. Pensa que é um esforço simples; apenas tira o pó de seus livros, acomoda-se em
63

sua cadeira com um café na mão, pronto para anotar resumos rápidos de suas leituras,
enquanto folhea as páginas. Pesquisa feita? Não é bem assim.
Tradicionalmente, a pesquisa bibliográfica inclui livros, revistas, jornais e vários
documentos especializados. Além de materiais impressos, a pesquisa bibliográfica também
pode incluir gravações de áudio e vídeo, fotografias, filmes e, mais recentemente, programas
baseados em computador e informações on-line. Até recentemente, a maioria das pesquisas
bibliográficas eram feitas apenas em bibliotecas, mas com a chegada do computador certas
quantidades e tipos de pesquisas bibliográficas podem agora ser feitos onde quer que um
computador e uma linha de telefone ou conexão de rede estejam disponíveis.
Em um trabalho científico, possivelmente tem que fazer isso duas vezes - uma vez em
sua proposta e uma vez em sua versão final. Em sua proposta, a revisão de literatura é mais
como um ensaio e deve discutir os pontos-chave da literatura relevante que você encontrou
sobre o tema identificado em seu título. Esta seção provavelmente formará a maior parte da
proposta, e o comitê estará procurando evidências de que você encontrou alguns textos
importantes e relevantes na área temática, leu-os, identificou alguns temas e questões
principais e pode discuti-los com um nível de compreensão. Não é esperado que você tenha
realizado uma pesquisa bibliográfica completa, mas espera-se que você tenha começado e lido
em torno do assunto. Você não pode desenvolver suas perguntas ou hipóteses de pesquisa, a
menos que tenha feito isso. Deve ter 600-800 palavras e terminar com uma lista de referências
completas. Uma revisão de literatura não é feita livro por livro (ou fonte por fonte), mas é
integrada e escrita sob temas e questões chave que podem ou não ter cabeçalhos.
Em seu trabalho acadêmico, a revisão de literatura é muito mais substancial, mas os
mesmos princípios se aplicam. Você deve usar um estilo integrado apresentado sob
cabeçalhos claros e lógicos. A maior parte do que se segue é relevante tanto para a proposta
como para a dissertação - é realmente uma questão de escala que os diferencia.
Uma revisão da literatura é um resumo escrito dos resultados da pesquisa
bibliográfica. Sua finalidade é fornecer uma prova de escolaridade - para mostrar que você
conhece a literatura e tem a capacidade intelectual de lê-la, desenvolver o argumento teórico e
ser capaz de fornecer uma análise crítica e construtiva dessa literatura.
64

Bento (2012, p.2-3) define a pesquisa bibliográfica como:

“Um relato do que foi publicado em uma temática específica por


acadêmicos e pesquisadores credenciados, com escopo pré-definido e
dotado de finalidade crítica. Esta pesquisa pode ser apenas um simples
resumo das fontes (trabalhos de outros autores), mas geralmente tem um
padrão organizacional e combina resumo e síntese. Um resumo é uma
recapitulação da informação importante da fonte, mas uma síntese é uma
reorganização, ou um rearranjo dessa informação. Pode dar uma nova
interpretação do material antigo ou combinar novas interpretações antigas.
Ou pode traçar a progressão intelectual do campo, incluindo grandes
debates. E, dependendo da situação, a revisão da literatura pode avaliar as
fontes e orientar o leitor sobre as mais pertinentes ou relevantes”.

Há muitas controvérsias sobre o que envolve uma revisão de literatura. Embora, em


alguns casos, uma revisão de literatura possa ser um simples resumo de fontes importantes, na
maioria das vezes é necessário que você se envolva criticamente com o texto para transmitir
suas opiniões sobre ele, assim como quaisquer críticas que possa ter. Qual é a sua
interpretação de uma fonte específica? Essa interpretação difere consideravelmente de outros
pontos de vista da literatura? Esse é o tipo de engajamento crítico esperado em uma revisão da
literatura.
Ao passo que um resumo provavelmente fornecerá uma simples recapitulação dos
argumentos gerais da (s) fonte (s), as expectativas relativas a uma revisão de literatura se
estendem, além disso. Uma revisão de literatura pode fornecer uma nova perspectiva em um
trabalho de pesquisa clássico ou pode combinar interpretações novas e antigas (essa é a
“lacuna” – falarei mais sobre isso depois). Uma revisão de literatura também pode fornecer
um esboço completo e crítico dos desenvolvimentos intelectuais em um campo com foco em
debates importantes e frequentemente polêmicos. Em outros cenários, uma revisão da
literatura também pode fornecer uma avaliação de uma fonte e informar um leitor sobre sua
validade, pertinência e relevância para o sujeito da pesquisa (Bento, 2012, p.2-3).
Chegando praticamente no final do curso, você será solicitado a escrever uma revisão
da literatura como uma tarefa separada. Frequentemente é parte da introdução de um
experimento, relatório de pesquisa, trabalho de conclusão de curso, dissertação ou tese. Ao
escrever a revisão da literatura, seu objetivo é transmitir ao leitor quais conhecimentos e
65

ideias foram estabelecidos sobre uma temática e quais são seus pontos fortes e fracos. A
revisão de literatura é o momento em que são apresentados os referenciais teóricos e as outras
pesquisas relevantes para o estudo.
Além de ampliar seu conhecimento sobre o tema, escrever uma revisão de literatura
permite ganhar e demonstrar habilidades em duas áreas:
1. busca de informações: a capacidade de buscar eficientemente na literatura, usando
métodos manuais ou computadorizados, para identificar um conjunto de artigos e livros úteis.
2. avaliação crítica: a capacidade de aplicar princípios de análise para identificar estudos
imparciais e válidos.
Aqui estão 6 questões que devem ser consideradas ao criticar os outros trabalhos.
Metas claras. O acadêmico declara claramente o objetivo básico de seu trabalho? O
acadêmico define objetivos que são realistas e realizáveis? O acadêmico identifica questões
importantes no campo?
Preparação Adequada. O estudioso mostra uma compreensão da erudição existente no
campo? O estudante traz as habilidades necessárias para o seu trabalho? O acadêmico reúne
os recursos necessários para levar o projeto adiante?
Métodos apropriados. O acadêmico usa métodos apropriados para os objetivos? O
acadêmico aplica efetivamente os métodos selecionados? O acadêmico modifica os
procedimentos em resposta a mudanças nas circunstâncias?
Resultados significativos. O acadêmico alcança os objetivos? O trabalho do estudioso
acrescenta consequentemente ao campo? O trabalho do acadêmico abre áreas adicionais para
exploração adicional?
Apresentação Eficaz. O acadêmico usa um estilo adequado e uma organização eficaz para
apresentar seu trabalho? O acadêmico usa fóruns apropriados para comunicar o trabalho ao
seu público-alvo? O acadêmico apresenta sua mensagem com clareza e integridade?
Crítica Reflexiva. O acadêmico avalia criticamente seu próprio trabalho? O acadêmico traz
uma evidência apropriada à sua crítica? O acadêmico usa a avaliação para melhorar a
qualidade do trabalho futuro?
66

3.1.1 Objetivos da Pesquisa Bibliográfica

Os autores devem tentar realizar os seguintes quatro objetivos importantes na


preparação de uma revisão de literatura:
1. Fornecer uma visão geral completa de pesquisas anteriores sobre o tema. Esta deve ser uma
revisão útil para leitores que já estão familiarizados com o tópico e um pano de fundo
essencial para os leitores que são novos no tópico. Deve fornecer um sentido claro sobre
como a pesquisa atual do autor se encaixa no entendimento mais amplo e sociológico do
tópico. Quando o leitor completa a leitura da revisão da literatura, ele ou ela deve ser capaz de
dizer: "Agora sei o que pesquisas anteriores aprenderam sobre esse tópico".
2. Conter referências a importantes estudos anteriores relacionados à questão de pesquisa
encontrada em fontes de alta qualidade, como livros acadêmicos e periódicos. Uma boa
revisão da literatura transmite aos leitores que o autor tem sido consciente em examinar
pesquisas anteriores e que a pesquisa do autor se baseia no que já é conhecido. Neste
processo, leitores altamente interessados também são fornecidos com um conjunto de
referências que eles podem querer ler.
3. Ser sucinta e bem organizada. A maioria dos periódicos acadêmicos estipula uma duração
máxima para artigos submetidos para publicação, e geralmente são apenas cerca de 20
páginas. Depois de todo o trabalho que foi colocado em um papel, os autores geralmente
sentem que poderiam escrever pelo menos o dobro disso. Assim, cada página é preciosa e os
autores devem aprender a escrever de forma sucinta. Uma revisão típica da literatura é de
apenas 3, 4 ou 5 das 20 páginas, e deve conter muita informação. Portanto, é necessário e útil
aprender como fazê-lo sucintamente.
4. Seguir diretrizes estilísticas geralmente estabelecidas. Isso transmite aos leitores que o
autor está familiarizado com o estilo de publicação acadêmica, e isso pode adicionar
legitimidade ao trabalho do autor. Além disso, quando o estilo típico é usado, é mais fácil para
os leitores seguirem imediatamente a organização do jornal.

3.1.2 Tipos de Pesquisa Bibliográfica

As Pesquisas bibliográficas são estudos metodológicos que utilizam buscas em


bancos de dados para resgatar resultados de pesquisas, e têm como objetivo a discussão
objetiva e teórica de um tópico ou tema específico.
67

Seis tipos principais de pesquisas bibliográficas são comumente encontrados na


literatura científica. Esses três tipos de pesquisas têm características e objetivos distintos.

• Revisão Argumentativa
Esta forma examina a literatura de forma seletiva, a fim de apoiar ou refutar um
argumento, suposição profundamente incorporada ou problema filosófico já estabelecido na
literatura. O objetivo é desenvolver um corpo de literatura que estabeleça um ponto de vista
contrário. Dada a natureza carregada de valor de algumas pesquisas em ciências sociais [por
exemplo, reforma educacional; controle de imigração], abordagens argumentativas para
analisar a literatura podem ser uma forma legítima e importante de discurso. Entretanto,
observe que eles também podem introduzir problemas de parcialidade quando são usados para
fazer afirmações sumárias do tipo encontrado em revisões sistemáticas.

• Revisão Integrativa
Considerada uma forma de pesquisa que revisa, critica e sintetiza a literatura
representativa sobre um tópico de forma integrada, de modo que novas estruturas e
perspectivas sobre o tópico são geradas. O corpo da literatura inclui todos os estudos que
abordam hipóteses relacionadas ou idênticas. Uma revisão integrativa benfeita atende aos
mesmos padrões da pesquisa primária em relação à clareza, rigor e replicação.

• Revisão Histórica
Poucas coisas estão isoladas do precedente histórico. As revisões históricas são
focadas em examinar a pesquisa ao longo de um período de tempo, muitas vezes começando
com a primeira vez que uma questão, conceito, teoria, fenômenos surgiram na literatura, e
depois traçando sua evolução dentro do conhecimento de uma disciplina. O objetivo é colocar
a pesquisa em um contexto histórico para mostrar familiaridade com os avanços do estado da
arte e identificar as direções prováveis para futuras pesquisas.

• Revisão Metodológica
Uma revisão nem sempre foca no que alguém disse [conteúdo], mas em como o disse
[método de análise]. Essa abordagem fornece uma estrutura de entendimento em diferentes
níveis (ie, teoria, campos substantivos, abordagens de pesquisa e técnicas de coleta e análise
de dados), permite que os pesquisadores utilizem uma ampla variedade de conhecimentos,
68

desde o nível conceitual até documentos práticos para uso em trabalho de campo nas áreas de
consideração ontológica e epistemológica, integração quantitativa e qualitativa, amostragem,
entrevistas, coleta de dados e análise de dados, e ajuda a destacar muitas questões éticas que
devemos estar cientes e considerar ao longo de nosso estudo.

• Revisão Sistemática
Esta forma consiste em uma visão geral das evidências existentes pertinentes a uma
questão de pesquisa claramente formulada, que usa métodos pré-especificados e padronizados
para identificar e avaliar criticamente pesquisas relevantes, e coletar, relatar e analisar dados
dos estudos incluídos na revisão. Normalmente, ele se concentra em uma questão empírica
muito específica, muitas vezes colocada em uma forma de causa e efeito, como "Até que
ponto A contribui para B?"

• Revisão Teórica
O propósito desta forma é examinar concretamente o corpus da teoria que se
acumulou em relação a uma questão, conceito, teoria, fenômenos. A revisão teórica da
literatura ajuda a estabelecer quais teorias já existem, as relações entre elas, até que ponto as
teorias existentes foram investigadas, e desenvolver novas hipóteses a serem testadas. Muitas
vezes essa forma é usada para ajudar a estabelecer uma falta de teorias apropriadas ou revelar
que as teorias atuais são inadequadas para explicar problemas de pesquisa novos ou
emergentes. A unidade de análise pode se concentrar em um conceito teórico ou em toda uma
teoria ou estrutura.
As revisões de literatura são abrangentes em várias disciplinas acadêmicas e,
portanto, você pode adotar várias abordagens para organizar e redigir efetivamente sua
revisão de literatura.

3.1.3 Passos para escrever uma Pesquisa Bibliográfica

Bento (2012, p.2-3) em sua abordagem indica alguns passos para se escrever uma boa
pesquisa bibliográfica. Pode-se citar:
69

1. Encontre um Tópico de Trabalho


Olhe para sua área específica de estudo. Pense no que lhe interessa e no que é um terreno
fértil para estudar. Converse com seu professor, faça um brainstorming e leia notas de aula e
edições recentes de periódicos no campo.

2. Revise a literatura
Usando palavras-chave, pesquise um banco de dados de computador. É melhor usar pelo
menos dois bancos de dados relevantes para sua disciplina.
• Lembre-se de que as listas de referência de artigos e revisões recentes podem levar a
documentos valiosos.
• Certifique-se de incluir também quaisquer estudos contrários ao seu ponto de vista.

3. Concentre seu assunto de maneira estreita e selecione documentos de acordo.


Considere o seguinte:
• O que te interessa?
• O que interessa aos outros?
• Que período de pesquisa você considerará?
• Escolha uma área de pesquisa que deve ser revisada.

4. Leia os artigos selecionados cuidadosamente e avalie-os


• Quais suposições a maioria / alguns pesquisadores parecem estar fazendo?
• Quais metodologias eles usam? Que procedimentos de teste, assuntos, material
testado?
• Avaliar e sintetizar os resultados da pesquisa e as conclusões extraídas.
• Observe especialistas no campo: nomes / laboratórios que são frequentemente
referenciados.
• Observe teorias conflitantes, resultados, metodologias.
• Preste atenção à popularidade de teorias e como isso mudou / não mudou ao longo do
tempo.
70

5. Organize os Documentos Selecionados Procurando Padrões e Desenvolvendo


Subtópicos
Observe coisas como:
• Achados que são comuns / contestados
• Duas ou três tendências importantes na pesquisa
• As teorias mais influentes

6. Desenvolver uma tese de trabalho


Escreva uma declaração de uma ou duas frases resumindo a conclusão que você alcançou
sobre as principais tendências e desenvolvimentos que você vê na pesquisa que foi feita sobre
o assunto.

7. Organize seu próprio trabalho com base nos resultados dos passos 4 e 5
Desenvolva títulos / subtítulos. Se a sua revisão da literatura for extensa, encontre uma
superfície grande na mesa e coloque notas, post-it ou cartões de arquivo para organizar todas
as suas descobertas em categorias. Movimente-os se você decidir que (a) eles se encaixam
melhor em títulos diferentes, ou (b) você precisa estabelecer novos tópicos.

8. Escreva o corpo do papel


Siga o plano que você desenvolveu acima, certificando-se de que cada seção se liga
logicamente ao anterior e ao depois, e que você tenha dividido suas seções por temas ou
subtópicos, não reportando o trabalho de teóricos ou pesquisadores individuais.

9. Olhe o que você escreveu; Foco na análise, não na descrição

Veja as frases de tópico de cada parágrafo. Se você lesse apenas essas frases,
descobriria que seu artigo apresentava uma posição clara, logicamente desenvolvida, do
começo ao fim? Se, por exemplo, você descobre que cada parágrafo começa com o nome de
um pesquisador, isso pode indicar que, em vez de avaliar e comparar a literatura de pesquisa
de um ponto de vista analítico, você simplesmente descreveu a pesquisa que foi feita. Este é
um dos problemas mais comuns nas revisões de literatura de estudantes. Então, se o seu
trabalho ainda não parece ser definido por um conceito central, ou se ele não analisar
criticamente a literatura selecionada, então você deve fazer um novo esboço baseado no que
71

você disse em cada seção e parágrafo do artigo e decida se você precisa adicionar
informações, excluir informações fora do tópico ou reestruturar o documento completamente.

10. Análise de dados e relatórios: Os estudos devem ser agrupados de acordo com suas
semelhanças metodológicas. Essa abordagem deve ser abordada no projeto. Apresentação
numérica e gráfica dos resultados também deve ser abordada no projeto para facilitar a
compreensão do leitor dos resultados. A análise estatística e síntese dos resultados consistem
em meta-análise, um método estatístico para integrar os resultados das revisões sistemáticas.

11. Interpretação das Constatações: Isto é determinado pela força da evidência, utilização
dos resultados, custos e prática atual, que dita o equilíbrio entre benefícios e riscos.

12. Refinamento e atualização da revisão: quando publicada, uma revisão sistemática será
analisada pela comunidade científica, que fará recomendações que devem ser abordadas nas
revisões subsequentes, atualizando o tópico de revisão quando novos estudos sobre o tópico
forem publicados.

13. Conclusão: A conclusão resume todas as evidências apresentadas e mostra sua


significância. Se a revisão é uma introdução à sua própria pesquisa, ela destaca as lacunas e
indica como a pesquisa anterior leva ao seu próprio projeto de pesquisa e metodologia
escolhida. Se a revisão for uma tarefa autônoma para um curso, ela deve sugerir qualquer
aplicação prática da pesquisa, assim como as implicações e possibilidades de pesquisas
futuras.

3.1.4 Algumas maneiras de organizar as fontes da Pesquisa Bibliográfica

Cronológica: Se a sua revisão seguir o método cronológico, você poderá escrever sobre os
materiais acima, de acordo com o momento em que forem publicados.
Por publicação: Encomende suas fontes por cronologia de publicação, somente se a ordem
demonstrar uma tendência mais importante. Por exemplo, você poderia solicitar uma revisão
da literatura sobre estudos biológicos de cachalotes se a progressão revelasse uma mudança
nas práticas de dissecação dos pesquisadores que escreveram e / ou conduziram os estudos.
72

Por tendência: Uma maneira melhor de organizar as fontes acima cronologicamente é


examinar as fontes sob outra tendência, como a história da caça às baleias. Então, sua análise
teria subseções de acordo com as eras nesse período.

Temática: As revisões temáticas da literatura são organizadas em torno de um tópico ou


questão, em vez da progressão do tempo. No entanto, a progressão do tempo ainda pode ser
um fator importante em uma revisão temática. Por exemplo, a revisão de cachalotes poderia
se concentrar no desenvolvimento do arpão para a caça de baleias. Enquanto o estudo se
concentra em um tópico, a tecnologia de arpão, ele ainda será organizado cronologicamente.
A única diferença aqui entre uma abordagem “cronológica” e “temática” é o que é mais
enfatizado: o desenvolvimento do arpão ou da tecnologia de arpão. Mas revisões temáticas
mais autênticas tendem a romper com a ordem cronológica.

Metodológico: Uma abordagem metodológica difere das duas acima, em que o fator de foco
geralmente não tem a ver com o conteúdo do material. Em vez disso, concentra-se nos
“métodos” do pesquisador ou escritor. Para o projeto cachalote, uma abordagem metodológica
seria examinar as diferenças culturais entre o retrato das baleias no trabalho artístico
americano, britânico e francês. Ou a revisão pode se concentrar no impacto econômico da
caça às baleias em uma comunidade. Um escopo metodológico influenciará os tipos de
documentos na revisão ou o modo como esses documentos são discutidos.
Às vezes, porém, você pode precisar adicionar seções adicionais que são necessárias para o
seu estudo, mas não se encaixam na estratégia organizacional do corpo. Quais outras seções
você inclui no corpo é com você. Coloque apenas o que é necessário. Aqui estão algumas
outras seções que você pode querer considerar:

3.1.5 Questionamentos que podem serem feitos sobre cada livro ou artigo que você incluiu
em sua Pesquisa Bibliográfica

Bento (2012, p.2-3), em sua abordagem indica algumas perguntas que podem ser feitas sobre
cada livro ou artigo que você pode incluir em sua pesquisa bibliográfica. Podem-se citar:
• O autor formulou um problema/problemas?
• Está claramente definido? Sua significância (escopo, gravidade, relevância) está
claramente estabelecida?
73

• O problema poderia ter sido abordado de forma mais eficaz de outra perspectiva?
• Qual é a orientação da pesquisa do autor (por exemplo, ciência crítica interpretativa,
combinação)?
• Qual é o quadro teórico do autor (por exemplo, psicológico, desenvolvimentista,
feminista)?
• Qual é a relação entre as perspectivas teórica e de pesquisa?
• O autor avaliou a literatura relevante para o problema / questão? O autor inclui
literatura tomando posições com as quais ela ou ele não concorda?
• Em um estudo de pesquisa, quão bons são os componentes básicos do desenho do
estudo (por exemplo, população, intervenção, resultado)? Quão precisas e válidas são
as medições? A análise dos dados é precisa e relevante para a questão de pesquisa? As
conclusões valem com base nos dados e análises?
• No material escrito para um público popular, o autor usa apelos à emoção, exemplos
unilaterais ou linguagem e tom retoricamente carregados? Existe uma base objetiva
para o raciocínio, ou o autor está meramente “provando” o que ele ou ela já acredita?
• Como o autor estrutura o argumento? Você pode "desconstruir" o fluxo do argumento
para ver se ou onde ele se decompõe logicamente (por exemplo, ao estabelecer
relações de causa e efeito)?
• De que maneira este livro ou artigo contribui para nossa compreensão do problema em
estudo e de que maneira ele é útil para a prática? Quais são os pontos fortes e
limitações?
• Como este livro ou artigo se relaciona com a tese ou pergunta específica que estou
desenvolvendo?

3.1.6 Observações importantes

Uma revisão da literatura é uma peça de prosa discursiva, não uma lista descrevendo
ou resumindo uma peça da literatura após a outra. Normalmente, é um mau sinal ver todos os
parágrafos começando com o nome de um pesquisador. Em vez disso, organize a revisão de
literatura em seções que apresentem temas ou identifiquem tendências, incluindo a teoria
relevante. Você não está tentando listar todo o material publicado, mas sim sintetizá-lo e
avaliá-lo de acordo com o conceito orientador de sua tese ou questão de pesquisa.
74

Se você está escrevendo uma bibliografia anotada, você pode precisar resumir cada
item brevemente, mas ainda deve seguir através de temas e conceitos e fazer alguma avaliação
crítica do material. Use uma introdução geral e uma conclusão para indicar o escopo de sua
cobertura e formular a pergunta, o problema ou o conceito que seu material escolhido ilumina.
Normalmente, você terá a opção de agrupar itens em seções - isso ajuda a indicar
comparações e relacionamentos. Você pode escrever um parágrafo ou mais para apresentar o
foco de cada seção (Bento, 2012, p.2-3).

3.1.7 Plágio na publicação acadêmica

Ao empreender um projeto de pesquisa, os pesquisadores geralmente descobrem que


outros desenvolveram ideias semelhantes. Pode haver outros que inventaram uma técnica
investigativa, que descreveram a história natural de uma doença ou a estrutura de um
composto, ou explicaram alguns processos de maneira tão elegante que sua descrição não
pode ser melhorada e o pesquisador decide usá-la textualmente.
É extremamente importante lembrar, ao escrever um artigo, reconhecer todas essas
fontes clara e completamente. A tentativa de usar as idéias, palavras ou trabalhos feitos
anteriormente por outra pessoa, sem lhes dar o devido crédito, é considerada extremamente
antiética e é chamada de plágio.

3.1.7.1 Tipos de plágio

• Plágio deliberado - O autor não dá o crédito devido ao trabalho anterior feito no campo,
mas apresenta o trabalho anterior como sua própria idéia.
O autor não credita técnicas usadas para conduzir a pesquisa às pessoas que as
desenvolveram.
As opiniões e ideias dos outros são passadas como as do autor.
Muitas vezes, a má administração do tempo ou restrições de tempo levam um pesquisador a
plagiar grandes partes de material de outros autores, em vez de gastar tempo com pesquisa de
fundo e redação original.
75

• Plágio acidental ou inconsciente

Um erro descuidado é cometido ao escrever as referências.


O pesquisador não sente a necessidade de reconhecer o autor original de um fato bem
conhecido, considerando-o “conhecimento científico comum” (por exemplo, o aquecimento
global está causando a mudança climática).
Há uma diferença cultural, por exemplo, pesquisadores juniores de certas culturas podem
achar que não seria correto alterar as palavras usadas por um pesquisador sênior que é uma
autoridade no campo.
Existem problemas de linguagem: falantes não nativos de inglês podem não ter certeza de sua
capacidade de parafrasear as palavras de outro autor, mantendo o significado correto.
O artigo que está sendo parafraseado é uma descrição altamente técnica, que o pesquisador se
sente incapaz de escrever em suas próprias palavras. Isto é especialmente verdadeiro para
estudantes ou pesquisadores inexperientes.

Dicas para evitar plágio acidental

Na escrita acadêmica é importante lembrar que todas as referências a trabalhos


anteriores feitos no campo devem ser citadas corretamente. Todas as fontes referidas para as
técnicas e antecedentes para o estudo devem ser abrangente e corretamente referenciadas.
Se você acha que não conseguiria parafrasear adequadamente o trabalho de outro
autor, é permitido citar o trabalho do autor na íntegra. No entanto, você tem que colocar essas
frases entre aspas.
Aspas não são necessárias quando você parafraseia ou resume um outro autor, mas
você tem que ter certeza que você realmente reescreveu o parágrafo com suas próprias
palavras, mantendo o significado original. Apenas mudando algumas palavras aqui e ali no
parágrafo original ainda é considerado como plágio.
Ao tomar notas, anote o material de outros estudos com suas próprias palavras.
Certifique-se de adicionar aspas a qualquer texto que tenha copiado da fonte, para que você
possa identificar qualquer material que copiou diretamente ao consultar suas anotações
posteriormente.
Mesmo que você não esteja certo de que pode parafrasear adequadamente as palavras
de outro autor, tente o seu melhor. Peça a um co-autor ou colega para ajudá-lo ou use serviços
profissionais de edição para aperfeiçoar o idioma.
76

Mesmo quando assumindo que os fatos ou técnicas aos quais você está se referindo
são “conhecimento científico comum”, é sempre melhor fazer uma referência ao autor
original. Alguns leitores de uma revista de base ampla podem não ser especialistas em sua
área de assunto e gostariam de receber as informações.

• Auto-plágio
Uma pessoa já publicou alguns artigos antes e depois os combina para criar um artigo
maior ou mesmo um livro sem reconhecer os artigos anteriores.
O autor cria publicações de salame em uma tentativa de publicar diferentes aspectos
do mesmo estudo como artigos diferentes, mesmo que o estudo seja melhor apresentado como
um grande artigo.

ATIVIDADE

Questão 1 - Escolhido o tema de pesquisa o pesquisador deverá consultar catálogos, anuários


bibliográficos, repertórios bibliográficos gerais e especializados. Cada livro, artigo,
documento ou texto deverá ser lançado em ficha em que constará o autor, o título da obra, o
número da edição, o local da edição, o nome da editora, a data da edição. Essa primeira fase
da pesquisa corresponde:

Questão 2- Referente ao plágio, analise as afirmativas a seguir:

I. O plágio integral consiste na utilização da essência da obra do autor expressa de forma


distinta da original.
II. O plágio parcial consiste na cópia de um trabalho inteiro, sem citar a fonte.
III. O plágio conceitual é a “colagem” resultante da seleção de parágrafos ou frases de um ou
diversos autores, sem menção às obras.
IV. O plágio conceitual consiste na utilização da essência da obra do autor expressa de forma
distinta da original.
A alternativa correta é:
77

a) Apenas a afirmativa I está correta.


b) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
c) Apenas a afirmativa II está correta.
d) Apenas a afirmativa IV está correta.

Questão 3- A pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado, desenvolvido com base em


material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, monografias, dissertações,
teses, artigos, isto é, material acessível ao público em geral. Esse material pode constituir-se
em fonte primária ou secundária.
Com relação ao tipo de fonte, analise as seguintes asserções.
Quando o livro Metodologia Científica, de Marina de Andrade Marconi e Eva Maria Lakatos,
publicado pela Editora Atlas, é referenciado em um dado estudo sobre o tema, o mesmo é
considerado fonte primária porque foi utilizado por um autor que escreveu ou analisou o tema
abordado por Marina de Andrade Marconi e Eva Maria Lakatos, logo o estudo desse autor é
considerado fonte secundária.
Acerca dessas asserções, assinale a opção CORRETA.
a) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da
primeira.
b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa
correta da primeira.
c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda uma proposição falsa.
d) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda uma proposição verdadeira.
e) Tanto a primeira quanto a segunda asserção são proposições falsas.
78

UNIDADE 4 – TRABALHO CIENTÍFICO

Temas cobertos na unidade


• Tipos de Trabalho Científico.
• Divisões dos Trabalhos Científicos segundo a ABNT.
• Formatação do texto segundo a ABNT.

Espera-se que, ao final desta unidade, você seja capaz de:


• Distinguir os principais tipos de trabalho científico;
• Conhecer a estrutura e formatação de trabalho científico segundo a ABNT.

4.1 Tipos de Trabalhos Científicos

Figura 09 - http://www.cesed.br/portal/unifacisa-promove-palestra-que-ensina-a-escrever-
artigos-cientificos/ Acesso em: 25 jun. 2018).

Os cientistas comunicam os resultados de suas pesquisas a outros cientistas através da


literatura científica, que constitui, portanto, um permanente repositório de conhecimento
científico e um registro do progresso na investigação científica.
Se você está pensando em fazer um curso de pós-graduação, pode ter ouvido falar de
uma tese, dissertação, monografia/trabalho de conclusão de curso ou artigo científico para se
formar, e provavelmente se pergunta qual é exatamente a diferença entre ambos. Existem
diferenças definidas entre eles, embora freqüentemente confundidas. Ambos os trabalhos são
semelhantes em sua estrutura, pois contêm uma introdução, revisão literária, corpo,
79

conclusão, bibliografia e apêndice. Além disso, as semelhanças terminam basicamente.


Vamos aprofundar ainda mais a definição de cada uma e as diferenças entre elas, segundo
ABNT NBR 14724:2011.
Como pesquisador, poderá transformar seu trabalho acadêmico em um artigo de
periódico (nacional ou internacional). A ideia é ajudar você a entender como os dois tipos
distintos de escrita acadêmica, destinados a diferentes públicos e escritos para diferentes
propósitos.
Os Trabalhos Científicos resultantes de pesquisa são definidos pela ABNT, da
seguinte forma:

4.1.1 Monografia

É um trabalho especializado de escrita (em contraste com obras de referência) sobre


um único assunto ou um aspecto de um assunto, muitas vezes por um único autor e,
geralmente, em um assunto acadêmico.
Uma monografia tem algumas características comuns com livros e artigos científicos.
É um tipo especial de livro escrito em um único tópico especializado, dedicado
principalmente a trabalhos de pesquisa.

4.1.2 Dissertação/Tese

Se você está em um programa de pós-graduação ou está pensando em continuar seus


estudos acadêmicos depois de obter seu diploma de bacharel, talvez esteja se perguntando
qual é a diferença entre uma tese e uma dissertação. Embora sejam semelhantes em alguns
aspectos, existem algumas diferenças que os diferenciam uns dos outros.
Antes de pesquisar a diferença entre uma tese e uma dissertação, você deve entender
que elas são muito semelhantes. De fato, os dois termos são frequentemente usados de forma
intercambiável. Ambas as teses e dissertações são trabalhos que são atribuídos a estudantes de
pós-graduação. Como eles são documentos bastante extensivos, você terá um tempo
determinado para finalizá-los, no final do seu último ano de estudo. Para obter seu diploma,
você terá que obter uma aprovação no seu projeto.
80

A boa notícia é que, embora não seja um projeto em grupo, você ainda poderá receber
ajuda de consultores e colegas. Com muitas pessoas para ajudá-lo ao longo do caminho,
passando a sua tese ou dissertação deve ser muito atingível. Se você acabar fracassando na
primeira vez, muitas escolas permitirão que você a reenvie depois de fazer mais trabalho para
atender aos requisitos.
Talvez a maior diferença entre uma tese e uma dissertação seja o propósito
pretendido. Uma dissertação, comumente requerida para obter um mestrado, deve testar a
compreensão de um aluno sobre sua área de estudo. O aluno formula uma proposição com
base em trabalhos anteriores feitos por outros no campo. Este trabalho anterior é analisado
pelo aluno em seu trabalho, como ele ou ela faz um caso para certo ponto de vista.

4.1.3 Artigo Científico

Um trabalho de pesquisa é baseado em pesquisa original. O tipo de pesquisa pode


variar dependendo do seu campo ou do tópico (experimentos, pesquisa, entrevista,
questionário, etc.), mas os autores precisam coletar e analisar dados brutos e conduzir um
estudo original. O trabalho de pesquisa será baseado na análise e interpretação desses dados.

ATIVIDADE

Questão 1 - A redação dos trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) deve observar
as normas brasileiras elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
relativas ao tema. Qual é a norma brasileira que especifica os princípios gerais para a
elaboração de trabalhos acadêmicos, visando a sua apresentação à instituição (banca,
comissão examinadora de professores, especialistas designados e/ou outros)?
a) NBR 6023
b) NBR 6027
c) NBR 10520
81

d) NBR 12225
e) NBR 14724

4.2 Divisões do Trabalho Científico segundo as regras da ABNT

O propósito de um relatório científico é comunicar claramente a sua mensagem chave


sobre por que suas descobertas científicas são significativas. Para fazer isso, você precisa
explicar por que está testando uma hipótese, qual metodologia você usou, o que encontrou e
por que suas descobertas são significativas. Isso requer um vínculo claro entre sua
apresentação e sua análise / discussão. Embora a estrutura principal seja padrão entre os
trabalhos científicos, os detalhes podem variar.
Chegou o término do seu curso, só falta o Trabalho de Conclusão de Curso/TCC: e
agora? Não é o momento de desespero, e sim, o momento de colocar todos os conhecimentos
de outras disciplinas do curso e juntar com a temática escolhida por você, tudo na forma
metodológica, regida pelas normas da ABNT ou as correspondentes a nível internacional.

Figura 10 - http://www.calixto.com.br/normas.asp/ Acesso em: 25 jun. 2018).


82

Abaixo, têm-se de forma clássica as divisões comumente encontradas nos trabalhos:


1. Parte 1 - Elementos Pré-textuais
2. Parte 2 - Elementos textuais
3. Parte 3 - Elementos Pós-textuais

4.2.1 PARTE 1 – Elementos Pré-textuais

Capa (NBR 14724) – É um elemento obrigatório, onde se deve constar:


• O nome da Instituição: como por exemplo, Universidade Federal de São João del-
Rei/UFSJ.
• Curso: como por exemplo, Especialização em Educação Empreendedora/NEAD.
• Autor: publique sempre com o mesmo nome.
• Título: o título em si é uma oportunidade importante para dizer ao leitor em potencial
sobre o que é sua pesquisa. Você precisará que ele seja sucinto, específico, descritivo e
representativo da pesquisa que você realizou. Geralmente 4-12 palavras.
• Cidade: como por exemplo, São João del-Rei/MG.
• Ano: a data em que o trabalho foi enviado.

Folha de rosto– É um elemento obrigatório, onde se deve constar:


• Nome do autor
• Título do Trabalho
• Cidade
• Ano
• Breve descrição do trabalho, onde deve estar incluído o objetivo e o nome do
Orientador.

Errata – Só haverá necessidade se for preciso algum tipo de correção.

Folha de Aprovação- (Obrigatório). Nesta folha é lançada posteriormente o resultado. Nela


constam os nomes do orientador e dos examinadores.
83

Dedicatória – Na página de dedicação, o autor nomeia a (s) pessoa (s) para quem o trabalho
foi escrito. Cabe ao autor decidir se tem uma dedicação ou não. Não é necessário identificar a
(s) pessoa (s) a quem o trabalho é dedicado.

Agradecimentos- No agradecimento você agradece às pessoas que contribuíram para o seu


Trabalho de Conclusão de Curso, Mestrado ou Doutorado, fornecendo supervisão acadêmica,
apoio administrativo, alimentação e abrigo, amizade, etc.
Primeiramente, você deve agradecer ao seu supervisor principal, seguido pelo co-
supervisor e pelas pessoas que o ajudaram a moldar seu perfil acadêmico. É uma boa ideia
agradecer aos funcionários administrativos da Faculdade, que provavelmente o ajudaram a
resolver alguns problemas durante os seus estudos de pós-graduação. Você pode continuar
agradecendo seus colegas próximos, amigos, cônjuge, filhos, pais e (opcionalmente) Deus.
O agradecimento é o único lugar no trabalho onde você pode revelar informações
pessoais sobre você e sua vida. É menos formal do que o resto da dissertação e pode incluir
piadas, frases em língua estrangeira, etc. Tenha em mente que muitas pessoas que não
conhecem você, pessoalmente lerão esta parte, então você não deve ser muito pessoal.
É uma boa idéia preparar uma lista de pessoas para incluir nos agradecimentos antes
de começar a escrevê-las. Você pode começar com esta lista meses antes de enviar sua
dissertação; coloque um post-it em sua mesa e adicione os nomes das pessoas para agradecer
enquanto você se lembra delas.
Os agradecimentos do trabalho é a única parte que todo mundo vai ler (acredito que,
ao final de um evento de defesa, todos na audiência leram os agradecimentos na cópia do
trabalho antes deles). Reserve tempo para escrevê-lo bem e inclua todas as pessoas a quem
deseja agradecer.

Epígrafe- É opcional nas Normas ABNT. A epígrafe é uma breve citação ou um poema, que
geralmente serve para vincular o trabalho acadêmico a outros trabalhos publicados,
geralmente bem conhecidos. Geralmente é alinhada à direita, geralmente precedida por um
traço.
Neste espaço o autor faz uma citação, apresentando os embasamentos feitos para seus estudos.

Resumo – Um único parágrafo de 150 a 500 palavras. O resumo é uma sinopse auto-contida
do relatório - um resumo informativo do que você fez e do que descobriu.
O resumo deve incluir o seguinte:
84

• Objetivos (conforme descrito na Introdução) e escopo da investigação.


• Uma breve referência aos Materiais e Métodos.
• Um resumo dos resultados e conclusões - uma breve, mas completa, declaração do (s)
resultado (s) do experimento.
Se houver uma hipótese, você pode indicar o que é e se foi suportado ou refutado.
O seguinte não deve ser incluído no resumo:
• Citações de literatura.
• Fórmulas e abreviaturas, referências a tabelas.
Embora o resumo venha primeiro em um relatório, é melhor escrevê-lo por último, depois de
obter os resultados e as conclusões.

Resumo em Língua Estrangeira- Abstract – Trata-se do mesmo resumo transcrito e


traduzido para o inglês.

Índice- O índice (muitas vezes intitulado apenas Conteúdo) é a primeira página na qual o
número da página aparece (v, vii ou ix - dependendo se há uma dedicação / epígrafe). O
índice deve conter o título e o número da página inicial de tudo que o segue: confirmações,
partes do livro, capítulos, seções, lista de referências, etc. Se alguns títulos dos capítulos
forem muito longos, considere a escolha de títulos curtos alternativos a serem usados no
índice. Não inclua o conteúdo no índice, a menos que queira fazer uma piada.

Lista de ilustrações (opcional) -A lista de ilustrações contém todas as ilustrações na


dissertação e os números das páginas onde elas podem ser encontradas. Se houver vários tipos
de ilustrações, a lista pode ser dividida em partes, como Figuras, Mapas, etc. Os títulos das
ilustrações não precisam corresponder exatamente às legendas impressas com as ilustrações
em si; você pode usar títulos encurtados. A lista de Ilustrações é geralmente intitulada
simplesmente Ilustrações, mas aparece como Lista de Ilustrações no sumário.

Lista de Tabelas- Uma lista de tabelas (geralmente intitulada apenas Tabelas, mas inseridas
no índice como Lista de Tabelas) contém todas as tabelas e seus números de página. Os títulos
das tabelas podem ser encurtados, se necessário.
85

4.2.2 PARTE 2 – Elementos textuais

O texto do trabalho (compreende o corpo do trabalho) deve conter os seguintes elementos,


apresentados em conformidade com os padrões e expectativas da ABNT. Em alguns casos, a
ordenação desses ingredientes pode diferir da mostrada aqui.
O corpo do trabalho (TCC, dissertação ou tese) segue, dividido em capítulos. Lembre-se que
as páginas no corpo são atribuídos algarismos arábicos (começando com "1") que correm
consecutivamente até o final.
Nenhum estilo particular de apresentação é recomendado para o corpo do documento de tese
(por exemplo, estilo de cabeçalhos de capítulos e subtítulos, níveis de títulos, etc.). O aspecto
mais importante do estilo é a consistência: o mesmo estilo deve ser seguido por toda parte. Se
estiver usando o formato do manuscrito, cada capítulo deve ter sua própria seção bibliografia /
referências. Se estiver usando o formato tradicional, a bibliografia normalmente segue no
final do texto.

4.2.2.1 Introdução do Texto

Este é sempre o primeiro capítulo do seu trabalho. O capítulo deve ser curto (até 5
páginas). O capítulo deve apresentar seções como segue (onde aplicável):
• Contexto do problema (Qual é o contexto mais amplo deste trabalho?)
• Descrição do problema (Qual é o problema ou desafio específico abordado por este
trabalho?)
• Pergunta (s) de pesquisa (Quais são as perguntas reais que devem ser respondidas por
esta pesquisa? Por que elas são interessantes? Para quem? Por que não há uma
resposta óbvia? Se isso for demais, os detalhes da discussão podem ser postergados até
mais tarde, por exemplo, para a seção de metodologia.)

4.2.2.2 Revisão Bibliográfica (Quadro Teórico)

A Revisão Bibliográfica define o tom geral para seu trabalho. Deve causar uma boa
impressão e convencer o leitor por que o tema é importante e sua abordagem é relevante.
Mesmo assim, não deve ser mais que necessário.
O que é considerado depende da sua área de atuação e temática relevantes.
Informações básicas podem ser de natureza histórica, ou podem se referir às pesquisas
86

anteriores ou considerações práticas. Você também pode se concentrar em um texto


específico, pensador ou problema.
Escrita acadêmica geralmente significa ter uma discussão consigo mesmo (ou algum
oponente imaginado). Para abrir suas discussões, existem várias opções disponíveis. Você
pode, por exemplo:
• referir-se a um evento contemporâneo.
• delinear um problema específico; um estudo de caso ou um exemplo.
• revisar a pesquisa / literatura relevante para demonstrar a necessidade desse tipo
particular de pesquisa.
Se é comum em sua disciplina refletir sobre suas experiências como praticante, este é
o lugar para apresentá-las. No restante do seu trabalho, esse tipo de informação deve ser
evitado, especialmente se não tiver sido coletado sistematicamente.
Dica: não gaste muito tempo em sua revisão e faça comentários antes de começar o texto
principal.

4.2.2.3 Capítulo Intermediário

Este capítulo é necessário, se o trabalho requer material de apoio sobre conceitos


menos estabelecidos, tecnologias, etc. ou se os recursos existentes não são facilmente
aplicáveis ao problema da tese ou precisam ser integrados em um único lugar. O capítulo deve
ser conciso e referir-se aos recursos existentes (publicações, livros didáticos, etc.), sempre que
apropriado.

4.2.2.4 Metodologia

A metodologia é talvez a parte mais desafiadora e laboriosa do trabalho de pesquisa.


Essencialmente, a metodologia ajuda a entender a ampla abordagem filosófica por trás dos
métodos de pesquisa que você escolheu para o seu estudo. Isso significa que seu capítulo de
metodologia deve indicar claramente se você escolheu usar técnicas de coleta de dados
quantitativos ou qualitativos ou uma mistura de ambos. Você será solicitado a fornecer
justificativas a respeito de porque preferiu um determinado método em detrimento dos outros.
Se você está tentando descobrir exatamente como escrever metodologia ou como estruturar
metodologia de pesquisa ou dissertação, então este artigo irá apontar na direção certa.
87

A Metodologia é o estudo dos métodos. Ou então as etapas a seguir num


determinado processo. Tem como objetivo captar e analisar as características dos vários
métodos indispensáveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e
criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização.
(https://www.biblioteconomiadigital.com.br/2010/07/como-fazer-metodologia-em-um-
projeto.html/ Acesso em: 25 jun. 2018).

a) Estrutura típica

Sua metodologia precisa estabelecer uma relação clara entre sua pergunta de pesquisa,
a temática existente em seu campo que você pesquisou como parte de sua revisão de
literatura, e os meios pelos quais chegará às suas conclusões. Portanto, não importa em que
área de assunto você esteja trabalhando, sua seção de metodologia incluirá o seguinte:

• Uma recapitulação da (s) sua (s) pergunta (s) de pesquisa


A chave para justificar sua metodologia é demonstrar que ela é adequada ao propósito de
responder ao problema de pesquisa ou às perguntas que você colocou no início. Você deve
recapitular as principais perguntas que deseja responder ao apresentar sua metodologia, mas
isso não precisa ser uma redefinição palavra por palavra; você pode querer reescrever o
problema de uma forma que preenche a sua revisão de literatura e metodologia.

• Uma descrição do seu trabalho ou método

Este é o coração da metodologia, mas não é por si só, uma metodologia. Esta é a parte
da sua metodologia onde você explica claramente seu processo de coleta e análise de dados,
ou para abordar sua questão de pesquisa. Isso deve ser claro e detalhado o suficiente para que
outro estudioso possa lê-lo e aplicá-lo de alguma forma, fora do contexto imediato de sua
dissertação. Se você está oferecendo uma nova abordagem teórica sobre uma obra literária ou
um problema filosófico, seu leitor deve ser capaz de compreender sua teoria o suficiente para
que ela possa ser aplicada a outro texto ou problema. Se você estiver descrevendo um
experimento científico, seu leitor deve ter tudo de que precisa para recriar seu experimento em
um laboratório. Se estiver introduzindo um novo tipo de modelo estatístico, seu leitor deve
88

poder aplicar esse modelo ao seu próprio conjunto de dados depois de ler sua seção de
metodologia.

b) Avaliação da escolha do método e suas limitações

Nenhum método de pesquisa é perfeito, e é provável que aquele que você escolheu
venha com certas compensações. Por exemplo, pode ter escolhido um conjunto de entrevistas
em pequena escala porque as perspectivas individuais de um conjunto de entrevistados sobre
o problema que você está explorando são mais valiosas para você do que um conjunto maior
de dados sobre respostas à mesma pergunta. Mas isso significa que, no entanto, sacrificou
uma abordagem quantitativa ao seu problema. Seja honesto e sincero - mas não apologético -
sobre as limitações de seu método escolhido e esteja pronto para justificar por que essa é a
melhor abordagem para seus propósitos.
Embora o esboço da sua seção de metodologia pareça o mesmo, independentemente
da sua disciplina, os detalhes podem ser bem diferentes dependendo da área de assunto em
que está estudando. Vamos dar uma olhada em alguns dos tipos mais comuns de trabalhos
científicos e as informações necessárias em uma seção de metodologia para cada um deles.

c) Tipos comuns de metodologia

• Um estudo científico

A seção de metodologia para um estudo científico precisa enfatizar o rigor e a


reprodutibilidade acima de tudo. Seus métodos devem parecer robustos para o leitor, sem
falhas óbvias no projeto ou na execução. Deve não apenas incluir as informações necessárias
sobre o seu equipamento, a configuração do laboratório e o procedimento para permitir que
outro pesquisador reproduza seu método; também deve demonstrar que considerou quaisquer
variáveis que possam distorcer seus dados (por exemplo, introduzindo falsos positivos em seu
projeto), e que tem um plano para lidar com isso, seja coletando, analisando ou tirando
conclusões de seus dados.
Sua metodologia também deve incluir detalhes de - e justificativas para - os modelos
estatísticos que você usará para analisar seus dados. Lembre-se de que um estudioso pode usar
qualquer parte de sua metodologia como um ponto de partida para seu próprio trabalho; eles
89

podem seguir o design do seu experimento, mas escolher um modelo diferente para analisar
os resultados, ou vice-versa!

• Um estudo nas ciências sociais ou comportamentais

Como em um estudo científico, uma metodologia de ciências sociais ou


comportamentais precisa demonstrar tanto o rigor quanto a reprodutibilidade, permitindo que
outro pesquisador reproduza seu estudo, no todo ou em parte, para seus próprios fins. No
entanto, a complexidade de trabalhar com seres humanos significa que há várias questões
adicionais a serem consideradas. Antes de qualquer coisa, vai querer responder a certas
questões gerais sobre o tipo de análise que está empreendendo: é qualitativa ou quantitativa,
ou uma abordagem mista que usa dados qualitativos para fornecer contexto e contexto a dados
quantitativos (ou vice-versa)? Estará realizando entrevistas gravadas com seus sujeitos,
pedindo-lhes que preencham um questionário escrito ou observando-os realizando alguma
atividade ou outra? Ou evitará fazer sua própria pesquisa com assuntos humanos e basear sua
pesquisa em evidências documentais ou em um conjunto de dados pré-existentes? Qual é o
escopo de seus dados e conclusões? Há razões para acreditar que pode ser generalizado para
outros contextos, ou é altamente específico para o local específico ou contexto cultural em
que você conduziu sua pesquisa?
Além de responder a todas essas perguntas, deve satisfazer o leitor que considerou
todas as questões éticas associadas à sua pesquisa. Parte disso, é claro, implica a obtenção de
aprovação para seu projeto dos órgãos de ética apropriados, mas mesmo assim pode haver
aspectos de seu estudo - convidar pessoas para reviver episódios de luto e trauma, por
exemplo, ou abordar assuntos culturalmente sensíveis dentro de um determinado grupo-alvo -
que alguns leitores poderiam considerar controverso ou problemático. Certifique-se de
abordar essas preocupações de frente e, se necessário, justificar seus métodos enfatizando o
valor potencial de suas conclusões.

• Uma dissertação crítica nas artes ou humanidades

O rigor metodológico é tão valioso nas artes e nas humanidades como nas ciências e
nas ciências sociais. No entanto, se está escrevendo um trabalho de artes ou humanidades, a
maneira pela qual transmite esse rigor - e convence sua audiência - é um pouco diferente. A
seção de metodologia em uma trabalho de artes ou humanidades provavelmente estará muito
90

mais ligada à revisão da literatura do que um estudo científico ou de ciências sociais; até
mesmo a dissertação mais inovadora em artes ou humanidades envolve tipicamente aplicar as
teorias de X em um novo contexto, ou combinar as idéias de X e Y para produzir um novo
arcabouço teórico. Por essa razão, pode ser tentador encobrir a seção de metodologia em uma
dissertação de artes ou humanidades, e passar da revisão da literatura para a análise. Mas é
crucial que você forneça uma justificativa detalhada de suas estruturas escolhidas e como elas
se relacionam com sua questão de pesquisa também; sem essa justificativa, um leitor crítico
pode muito bem discordar de toda a sua análise, porque você não conseguiu convencê-los da
adequação de suas bases teóricas ao material que você está analisando.
Em particular, é de vital importância que sua metodologia de dissertação mostre uma
apreciação dos contextos históricos e culturais dos referenciais teóricos que usa,
especialmente onde há desacordo fundamental entre os teóricos. Se usar o trabalho de teóricos
de diferentes ou até mesmo opostas escolas de pensamento para apoiar suas leituras, sua seção
de metodologia deve mostrar uma compreensão clara de como essas escolas de pensamento
discordam e uma justificativa de por que existem aspectos de cada abordagem que decidi usar
em seu próprio trabalho.

d) Resultados

A seção Resultados fornece um espaço para apresentar suas principais descobertas de


uma maneira puramente objetiva e estabelecer as bases para a seção Discussão, na qual esses
dados são subjetivamente interpretados. Antes de mergulhar nesta seção, identifique quais
gráficos, tabelas e dados são absolutamente necessários para contar sua história. Em seguida,
crie uma ou duas frases descritivas que sintetizem cada resultado, referindo-se à tabela e aos
números das figuras correspondentes. Em vez de apresentar os detalhes de uma só vez,
escreva um breve resumo sobre cada conjunto de dados. Se você realizou um estudo
complicado, recomendamos dividir seus resultados em várias seções com cabeçalhos claros
seguindo a seqüência.

e) Análise e Discussão dos Resultados

Indique sua interpretação de suas descobertas, talvez comparando-as ou contrastando-


as com a literatura. Reflita sobre seus dados e observações reais.
91

Explique ou racionalize dados errados ou descreva possíveis fontes de erro e como


eles podem ter afetado o resultado.
A discussão deve responder à pergunta "O que significam os resultados?" É um
argumento baseado nos resultados.

f) Conclusão do Texto

Este é o resumo de seu argumento ou experimento / pesquisa, e deve relacionar-se


com a Introdução.
A conclusão deve consistir apenas de algumas frases e deve reiterar os resultados do
seu experimento / pesquisa.
Se apropriado, sugira como melhorar o procedimento e quais experimentos ou
pesquisas adicionais seriam úteis.

4.2.3 PARTE 3 – Elementos Pós-textuais

4.2.3.1 Referências

Cite qualquer referência que você tenha usado, assegurando que cada item na lista de
referência tenha uma citação no texto, e toda citação no texto tenha uma referência completa
na lista de referências no final do artigo.
Assegure-se de que as referências sejam formatadas de acordo com o estilo requerido
pela revista (ou seu conferencista / supervisor), e tenha cuidado com a ortografia (o autor cujo
nome você digitou incorretamente pode ser solicitado a revisar o artigo!)

4.2.3.2 Glossário

É também opcional. Consiste em uma lista em ordem alfabética de palavras ou expressões


técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das
respectivas definições.
92

4.2.3.3 Apêndice

Os apêndices podem ser usados para apresentar informações detalhadas, cuja inclusão no
texto da tese ou dissertação obstruiria desnecessariamente a apresentação clara do argumento.
Um apêndice deve ser rotulado e tal apêndice deve ser independente de outros. Normalmente,
um apêndice não deve ter notas de rodapé (a documentação pode ser inserida no texto). Os
materiais colocados nos apêndices devem atender aos padrões de paginação, margens etc.
O material encontrado no apêndice não é essencial para a dissertação, mas pode ser útil para o
leitor que busca mais informações. Exemplos são: textos de origem, listas, questionários de
pesquisa e, às vezes, até mesmo gráficos e tabelas. O apêndice não deve ser um repositório de
dados brutos que o autor não conseguiu trabalhar no texto principal.
Se houver dois ou mais apêndices, eles serão designados por letras: Apêndice A, Apêndice B,
etc.

4.2.3.4 Anexo

Elemento opcional que consiste em um texto ou documento não elaborado pelo autor,
que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Os anexos são também identificados
por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos (NBR 14724).
Exemplo: ANEXO A – Modelos de elementos pré-textuais.

ATIVIDADE

Questão 1 - Considerando que o artigo científico é um pequeno estudo que trata de uma
questão científica e destina-se a publicações em revistas ou periódicos. Diferindo-se da
monografia pela sua reduzida dimensão e conteúdo (RAMPAZZO, 2005). Ele também deve
ser estruturado em três partes (NBR 6022): elementos pré-textuais; textuais e pós-textuais.
Então podemos afirmar que no referido documento usamos os seguintes elementos pré-
textuais:
93

Questão 2 - Na organização da estrutura do Trabalho Científico, os Elementos Textuais


devem seguir qual a ordem correta de seus elementos?

Questão 3- Em que fase de um projeto de pesquisa, o pesquisador identifica o que já foi


produzido sobre o fenômeno que pretende estudar?

Questão 4- A Principal finalidade das regras de formatação dos trabalhos científicos consiste
em:

Questão 5- Selecionar e delimitar o problema de pesquisa é importante para:

Questão 6- Referente aos Objetivos da Pesquisa, é INCORRETO afirmar:


a) O Objetivo Geral refere-se diretamente ao problema do trabalho.
b) Os Objetivos Específicos são aqueles objetivos expressos por ações que contribuem para o
alcance do Objetivo Geral.
c) O Objetivo Geral pode ser considerado uma apresentação pormenorizada e detalhada das
ações para o alcance dos objetivos específicos.
d) Inicia-se a frase do Objetivo Geral com um verbo abrangente e na forma infinitiva.

Questão 7- Sobre o referencial teórico, analise as afirmativas a seguir:


I. O referencial teórico é que possibilita fundamentar, dar consistência a todo o estudo.
II. Tem a função de nortear a pesquisa, apresentando um embasamento da literatura já
publicada sobre o mesmo tema.
III. O referencial teórico não demonstra que o pesquisador tem conhecimento suficiente em
relação a pesquisas relacionadas e a tradições teóricas que apoiam e cercam o estudo.
IV. O referencial teórico permite verificar o estado do problema a ser pesquisado, sob o
aspecto teórico e de outros estudos e pesquisas já realizados (LAKATOS; MARCONI, 2003).
A alternativa correta é:
a) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
94

Questão 8- É característica INCORRETA dos objetivos da pesquisa:


a) Os objetivos específicos são iniciados com verbos que admitam poucas interpretações e
sempre no infinitivo.
b) O objetivo geral e a pergunta da pesquisa devem ter relação.
c) O verbo do objetivo geral deve aparecer nos objetivos específicos.
d) Linguagem objetiva, precisa e clara.

Questão 9- Cite e descreva sobre cada um dos seguintes elementos empregados na elaboração
de um artigo científico.

Questão 10- O que é um artigo científico?

Questão 11- Qual a finalidade do artigo científico?

Questão 12- Defina citação.

Questão 13- Explique sobre as citações através do sistema numérico ou autor-data.

Questão 14- Cite os três tipos de citações que existem e explique sobre cada um deles.

Questão 15- Explique como proceder para efetuar a citação de UM AUTOR, DOIS
AUTORES E MAIS DE TRÊS AUTORES.

Questão 16- Defina referências.

Questão 17- Caracterize os elementos essenciais e complementares das referências.

Questão 18- Como proceder nas referências em caso de citações de autores com sobrenomes
designativos de parentesco.

Questão 19- Explique o que são anexos e apêndices em uma monografia.

Questão 20- No que se refere ao artigo científico marque “V” para as afirmativas verdadeiras
e “F” para as afirmativas falsas:
95

( ) O objetivo principal do artigo científico é levar ao conhecimento do público interessado


alguma ideia nova ou alguma abordagem diferente sobre determinado tema já estudado, sobre
a existência de aspectos ainda não explorados em alguma pesquisa ou a necessidade de
esclarecer uma questão ainda não resolvida.
( ) O artigo científico pode ser definido como publicação com autoria declarada, que apresenta
e discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do
conhecimento.
( ) A principal característica do artigo científico é que as suas afirmações devem estar
baseadas em evidências, sejam elas oriundas de pesquisa de campo ou comprovadas por
argumentos que sustentem as conclusões expostas no artigo e que passaram pelo crivo da
comunidade científica.
( ) Os artigos científicos são geralmente utilizados como publicações em revistas
especializadas, a fim de divulgar conhecimentos, de comunicar resultados ou novidades a
respeito de um assunto, ou ainda de contestar, refutar ou apresentar outras soluções de uma
situação convertida.
A alternativa correta é:
a) F, F, F, F.
b) F, F, V, F.
c) V, V, V, V.
d) V, F, F, V.

4.3 Formatação do texto segundo as normas ABNT

Figura 11 - Fonte: https://formatacaoabnt.blogspot.com/2011/10/apresentacao-


grafica_11.html/Acesso em: 25 jun. 2018).
96

Esta seção visa facilitar a carga de trabalho quando se trata de aspectos de seu
trabalho científico: formatação de texto, números de página, tabela de conteúdos e muito
mais. Deve-se destacar que não é objetivo aqui detalhar qualquer editor de texto específico
ou versões atuais dos mesmos.
Muitos já terão escrito parte (ou todas) de sua tese quando começarem a se preocupar
com a formatação de seu trabalho. Embora sua formatação possa parecer boa agora, ainda
pode haver detalhes a serem corrigidos.
Recomenda-se que, mesmo que esteja bem encaminhado com a sua escrita, refaça a
sua formatação pelas normas ABNT. Isso garantirá a consistência em todo o seu texto, e
também ajudará a eliminar pequenos erros e soluços. Isto é especialmente relevante quando
vem a usar estilos para títulos, de modo que o índice pode ser feito para trabalhar
automaticamente, em vez de exigir que você a atualize manualmente.

4.3.1 Margens

Segundo a Norma ABNT NBR 14724:2011, as margens indicam a distância entre o


limite do papel e o corpo do texto. Pode-se indicar as principais: superior e inferior; direita e
esquerda.
As margens superior e esquerda devem ter 3 cm e as margens inferior e direita, 2 cm.
A Figura abaixo ilustra a imagem de como configurar as margens no editor de texto
Word no menu Arquivo, item Configurar Página.

Figura 12 - Configuração de margens e orientação do papel.


97

4.3.2 - Fonte, Espaçamento e parágrafo (ABNT NBR 14724:2011)

Fonte
O tamanho da fonte deve ser 10 ou 12 pontos para todo trabalho. Geralmente utiliza-se a fonte
Times New Roman ou Arial. Se decidir usar a fonte Times New Roman, tem-se a vantagem de
possibilitar um número maior de caracteres por linha e por página. Caso opte pela fonte
Arial, tem a vantagem de tornar mais agradável a leitura, pela forma arredondada da fonte.

Figura 13 - Configuração de fonte para digitação no editor de textos Word no menu Formatar.

Observação importante: Não use fontes exóticas (oblíquas, quadradas ou de script) para
todo o documento, mas fontes especiais podem ser usadas para dar ênfase ou quando
apropriado.

Espaçamento
É necessário um e meio ou duplo espaçamento no corpo principal do trabalho, exceto quando
o uso convencional exigir espaçamento simples; por exemplo, notas de rodapé, citações
recuadas, tabelas, etc.
Entre os títulos e subtítulos e o texto deve haver dois espaçamentos de 1,5 linhas.
A seguir, a figura ilustra a imagem da caixa de diálogo para configuração do parágrafo no
editor de texto MSWord no menu Formatar.
98

Figura 14 - Configuração de parágrafo no menu Formatar do editor de textos Microsoft Word.

O espaço do recuo entre a margem e o início do texto para os parágrafos é de 1,25 cm e à


esquerda. Entre parágrafos não deve ser usado espaçamento especial, apenas o espaçamento
de 1,5 linhas.

Parágrafo
Parágrafos eficazes são importantes em todos os tipos de escrita. Seus parágrafos guiam seu
leitor através do artigo, ajudando a explicar, fundamentar e apoiar sua declaração de tese ou
argumento. Cada parágrafo deve discutir um ponto importante ou ideia.
Recomenda-se utilizar ao longo do trabalho a seguinte estrutura entre os parágrafos:
• Espaçamento entre as linhas: 1,5 (sem espaçamentos extras antes e depois)
• Alinhamento do texto: Justificado
• Recuo do início do Parágrafo: 1,25 cm

4.3.3 – Tabelas, Figuras e Ilustrações (ABNT NBR 14724:2011)

4.3.3.1 Algumas diretrizes básicas

• Tabelas, figuras e ilustrações devem ser identificadas com a palavra "Tabela", "Figura" ou
outro descritor apropriado, e incluir um título e / ou legenda.
• Você deve usar um formato consistente para títulos e legendas de tabelas, figuras e
ilustrações em todo o seu trabalho.
99

• Letras em tabelas e figuras devem ter pelo menos 2 mm de altura para garantir que a
informação seja de fácil leitura.
• Tabelas e figuras devem ter títulos ou legendas, e devem ser numeradas.
• Os cabeçalhos devem ser repetidos na segunda página e nas páginas seguintes, divididas
em duas páginas ou mais.
• As tabelas devem ser divididas em um local apropriado, por exemplo, pouco antes de um
novo subtítulo.
• O formato dos títulos e legendas das tabelas, figuras e ilustrações deve ser consistente ao
longo do trabalho.

NUMERAÇÃO
Tabelas, figuras, ilustrações e outros itens devem ser numerados consecutivamente em ordem
de aparecimento dentro da tese.
Existem dois métodos para numerar tabelas, figuras e outros itens:
• sequencialmente ao longo da tese, e. 1, 2, 3…
• número do capítulo primeiro, depois numerado sequencialmente em cada capítulo, por
Exemplo: Tabelas no Capítulo 1: Tabela 1.1, 1.2, 1.3…
Figuras no Capítulo 3: Figura 3.1, 3.2, 3.3…
Qualquer que seja o método escolhido, o estilo de numeração deve ser o mesmo para as
Tabelas e Figuras; por exemplo: Tabela 1.1 e Figura 1.3, ou Tabela 1 e Figura 3, não Tabela 1
e Figura 1.3.

LOCALIZAÇÃO
Existem três locais aceitáveis para tabelas e figuras:
• dentro do capítulo imediatamente após a primeira referência a eles.
• agrupados no final do capítulo relevante.
• agrupados no final da tese antes da bibliografia.
Qualquer que seja o método escolhido, você deve ser consistente.
Se a sua tabela e figuras estiverem agrupadas no final do trabalho, você deve incluir uma
entrada no índice que direcione o leitor para sua localização.
Se a legenda para uma figura, tabela, etc., não couber na mesma página da ilustração que a
acompanha, coloque a ilustração em uma página separada.
100

USO DE COR
Você pode usar cores em tabelas, figuras e ilustrações.

Número de Colunas

Número de Linhas

Figura 15 - Um exemplo de como integrar figuras no seu documento.

4.3.4 – Capa e Contracapa (ABNT NBR 14724:2011)

4.3.4.1 Elementos da página de título

• Título: O título do trabalho precisa ser o mesmo em todos os documentos: a página de


título, a página de aprovação assinada, a página de aprovação não assinada, a licença
de copyright não exclusiva. Evite usar aspas ao redor do título. Quando necessário,
aspas simples ou duplas dentro de um título são permitidas. Evite usar siglas.
• Autor: Use o mesmo nome em toda a documentação;
• Escreva os nomes completos das instituições;
• Cidade / Estado / País devem ser adicionados quando parte do nome da instituição.

A seguir tem-se um exemplo de formatação e disposição da capa e contracapa em um trabalho


acadêmico:
101

Figura 16- Formatação da Capa-Contracapa.

4.3.5– Numeração ou Paginação

Com exceção da página de título, cada página do trabalho com fotografias, tabelas,
figuras, mapas e impressões de programas de computador devem receber um número. A
colocação consistente de paginação, a pelo menos 2 cm da borda do papel, deve ser usada em
todo o manuscrito. Se trabalhos previamente publicados forem incluídos, a paginação para a
tese deve ser distinta e recomenda-se que a paginação para o trabalho publicado seja
removida.
102

Figura 17 - Exemplo de Numeração de página em Trabalho acadêmico

Figura 18- http://www.servicoformaton.com/2016/08/paginacao-numeracao-das-folhas.html/


Acesso em: 25 jun. 2018).
103

4.3.5.1 Algumas diretrizes básicas

• Use algarismos romanos em minúsculas (ii, iii, iv, etc.) em todas as páginas que precedem a
primeira página do capítulo um. A página de título conta como página i, mas o número não
aparece. Portanto, a primeira página mostrando um número será a página de direitos
autorais com ii na parte inferior.
• Números arábicos (começando com 1, 2, 3, 4, etc.) começam no capítulo um ou na
introdução, se aplicável. Números arábicos devem ser incluídos em todas as páginas do
texto, ilustrações, notas e quaisquer outros materiais que se seguem. Assim, a primeira
página do capítulo um mostrará um numeral arábico 1, e a numeração de todas as páginas
subsequentes seguirá em ordem.
• Não use números de página acompanhados por letras, hífens, pontos ou parênteses (por
exemplo, 1., 1-2, -1-, (1) ou 1a).
• Centralize todos os números de página na parte inferior da página, 2 cm da borda inferior.
• As páginas não devem conter cabeçalhos ou rodapés em execução, além dos números de
página.

4.3.6– Equações

Todas as equações devem ser numeradas, por exemplo: 2.1 onde o primeiro número se refere
ao número da seção / capítulo e o segundo ao número da equação. Numere apenas equações
que são referenciadas mais de uma vez no texto, como (4.1), cuja numeração deve estar
alinhada à direita (como no exemplo), observando que equações que fazem parte de uma frase
podem levar pontuação.

y = x2 (4.1)
104

4.3.7– Referências Bibliográficas

4.3.7.1 Algumas diretrizes básicas

• Sempre inicie as referências em uma página separada imediatamente após o final de cada
capítulo ou no final de todo o documento.
• Se colocar referências após cada capítulo, as referências para o último capítulo devem ser
colocadas imediatamente após o capítulo e antes dos apêndices.
• Se colocar todas as referências no final da tese ou dissertação, elas devem aparecer após
os apêndices como o componente final do documento.
• Selecione um cabeçalho apropriado para esta seção com base no manual de estilo que
você está usando (por exemplo, "REFERENCES", "BIBLIOGRAPHY" ou "WORKS
CITED").
• Inclua o cabeçalho escolhido em todas as letras maiúsculas e centralize-o 1 ″ abaixo do
topo da página.
• As referências devem ter espaçamento simples dentro de cada entrada.
• Inclua uma linha com espaçamento duplo entre cada referência.
• A numeração de páginas deve continuar em toda a seção de referências. Garantir que as
referências cumpram os requisitos de margem e paginação.
• Formatando Trabalhos Publicados Anteriormente.
• Em alguns casos, os alunos obtêm aprovação de seu programa acadêmico para incluir em
sua tese ou dissertação artigos publicados anteriormente (ou submetidos, no prelo, ou sob
revisão) ou materiais similares que eles tenham criado. Para obter mais informações sobre
a inclusão de trabalhos publicados anteriormente em sua tese ou dissertação, consulte a
seção Uso de seus próprios materiais publicados anteriormente e a seção sobre Direitos
autorais.

4.3.8– Apêndice

Um apêndice (ou anexo) é uma ferramenta útil para fornecer informações adicionais
em uma dissertação. Você pode usar apêndices para garantir que o trabalho não seja muito
longo, evitar interromper o texto com muitas tabelas e figuras e adicionar informações básicas
sobre o assunto.
105

O papel de um apêndice

No corpo principal de sua dissertação, é importante fornecer informações claras e


concisas que apóiem seu argumento. No entanto, muitas vezes você encontrará muitas
informações adicionais sobre o seu tópico que seriam úteis para compartilhar com seus
leitores.
Qualquer informação detalhada que não seja imediatamente necessária para fazer o
seu ponto pode ir a um apêndice. Isso ajuda a manter seu texto principal focado e não
desnecessariamente longo.
No entanto, tenha em mente que os leitores devem ser capazes de entender sua
dissertação sem os apêndices. Isso significa que é importante não mover nada que seja crítico.
Os apêndices servem apenas para fornecer informações adicionais.

Itens incluídos nos apêndices


Um apêndice pode ser usado para diferentes tipos de informação, incluindo o seguinte:

• Resultados
Os resultados da pesquisa são frequentemente apresentados de diferentes maneiras,
incluindo tabelas e figuras. No entanto, quais os resultados que você deve colocar no corpo
principal da sua dissertação e que deve ir em um apêndice? Os principais resultados
relevantes para sua pergunta de pesquisa devem sempre aparecer no texto principal.
Resultados menos significativos, como descrições detalhadas de sua amostra ou análises
complementares que você realizou (que não ajudam a responder à sua pergunta principal),
podem ser colocados em um apêndice. Se você usou o software estatístico, seu supervisor
também deseja incluir os resultados de sua análise.

• Mais informações sobre pesquisas, entrevistas, etc.


Materiais escritos relacionados a coisas como pesquisas e entrevistas também podem ser
colocados em um apêndice. É importante incluir esses itens em sua dissertação, para que os
leitores possam ver o que você baseou suas conclusões, mas eles geralmente não pertencem
ao corpo principal do texto.
106

• Cópias de cartas e formulários relevantes


Se você usa muitas abreviações ou símbolos em sua dissertação, pode ser útil criar
uma lista de abreviações. Se você utilizar muitos termos técnicos ou especializados, também
poderá ser útil criar um glossário. Ambos os itens podem ser colocados em um apêndice,
embora também possam ser colocados na frente do documento.

• Tabelas, figuras e outros gráficos


Você pode achar que tem muitas tabelas, figuras e outros gráficos (como gráficos e
ilustrações) para incluir no corpo principal de sua dissertação. Se este for o caso, qualquer um
que não seja crítico pode ser incluído em um apêndice.

Formatação um apêndice
Você pode optar por ter um longo apêndice (no caso, você se referiria a ele como
apenas "o Apêndice" em seu trabalho). No entanto, separar componentes - como transcrições
de entrevistas, abreviaturas e resultados - em diferentes apêndices torna a informação mais
simples de navegar.
Comece cada apêndice em uma nova página e atribua a ele um número e um título
claro, como “Apêndice 1. Entrevistas de transcrições”. Isso torna mais fácil para o leitor
encontrar o apêndice, assim como para você se referir a ele em seu texto principal.
Também recomendamos que você numere e nomeie os elementos individuais em cada
apêndice (por exemplo, tabelas, figuras e transcrições) para deixar claro o que você está se
referindo se mencionar algo em seu texto principal. As regras regulares para tabelas e figuras
geralmente se aplicam. Certifique-se de reiniciar a numeração em cada apêndice (por
exemplo, se você tiver tabelas em mais de um apêndice, cada apêndice começaria com a
Tabela 1).
107

VOCÊ SABIA?

Segundo o relatório do Research In Brazil, em 2016, foram publicados


2.159.921 artigos em todo mundo, sendo os Estados Unidos, China, Reino
Unido, Alemanha e Índia os países com maior número de publicações. Neste
ranking, o Brasil aparece em 13º lugar, a frente de todos os outros países da
América Latina.

ATIVIDADE

Questão 1- Qualquer que seja o tipo de ilustração, sua identificação deve aparecer na parte
superior desta, precedida de palavra que a designe. Consoante a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), em norma específica relativa à redação de trabalhos acadêmicos,
são considerados tipos de ilustrações:
a) Fluxogramas, fotografias e equações.
b) Fluxogramas, quadros e figuras.
c) Tabelas, quadros e fluxogramas.
d) Equações, figuras e quadros.
e) Figuras, tabelas e quadros.

Questão 2- De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em norma


específica relativa à redação de trabalhos acadêmicos, analise as seguintes afirmações
relativas aos indicativos de seção:
I. O indicativo numérico, em algarismo romano, de uma seção precede seu título, alinhado à
esquerda, separado por um espaço de caractere.
108

II. Os títulos das seções primárias devem começar em página ímpar (anverso), na parte
superior da mancha gráfica e ser separados do texto que os sucede por um espaço de 1,5 entre
as linhas.
III. Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede
também por um espaço de 1,5 entre as linhas.
IV. Os títulos que ocupem mais de uma linha devem ser, a partir da segunda linha, alinhados
abaixo do primeiro algarismo do seu respectivo indicativo numérico.
São CORRETAS as afirmações:
a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) I e IV apenas.
d) II e III apenas.
e) III e IV apenas.

Questão 3- A formatação dos trabalhos acadêmicos recomendada pela Associação Brasileira


de Normas Técnicas (ABNT), através de norma brasileira específica, sofreu alteração este
ano, passando a vigorar a partir de 17/04/2011. Analise as afirmações que se seguem, relativas
à formatação.
I. Os textos dos trabalhos acadêmicos devem ser digitados ou datilografados em cor preta,
podendo utilizar outras cores somente para as ilustrações.
II. O papel a ser utilizado na impressão dos trabalhos acadêmicos deve ser branco ou
reciclado, no formato A4 ou Ofício.
III. Os elementos pré-textuais dos trabalhos acadêmicos devem iniciar no verso da folha, com
exceção da ficha catalográfica, que deve vir no anverso da folha de rosto.
IV. Recomenda-se que os elementos textuais e pós-textuais dos trabalhos acadêmicos sejam
digitados ou datilografados no anverso e no verso das folhas.
São CORRETAS as afirmações:
a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) I e IV apenas.
d) II e III apenas.
e) III e IV apenas.
109

UNIDADE 5 – FORMATO DE PRÉ-PROJETO, ARTIGO CIENTÍFICO E


SUGESTÕES DE TEMAS PARA TCC

Temas cobertos na unidade


• Formato de Pré-Projeto.
• Formato de Artigo Científico.
• Sugestões de Temas para TCC (Curso de Especialização em Educação
Empreendedora).

Espera-se que, ao final desta unidade, você seja capaz de:


• Conhecer a estrutura de um pré-projeto e artigo científico, empregados no curso de
especialização em Educação Empreendedora/NEAD/UFSJ.

5.1 Introdução

Todo pesquisador tem estado cara a cara com uma página em branco em algum
estágio de sua carreira, perguntando-se por onde começar e o que escrever primeiro.
Descrever o trabalho de pesquisa em um formato que seja compreensível para os outros e
aceitável para publicação ou apresentado em forma de TCC, não é tarefa fácil. Quando você
investe muito tempo, energia e dinheiro em sua pesquisa, você se envolve íntima e
emocionalmente. Naturalmente, você está convencido do valor de sua pesquisa e de sua
importância para a comunidade científica. No entanto, a subjetividade que anda de mãos
dadas com um envolvimento profundo pode tornar difícil dar um passo para trás e pensar
claramente sobre a melhor forma de apresentar a pesquisa de forma clara e compreensível,
para que outros - provavelmente, não especialistas em seu campo - também possam apreciar o
interesse de suas descobertas.
Com isso em mente, apresento aqui um guia passo a passo para se escrever um artigo
científico, seguindo as Regras Gerais para o processo de TCC - Trabalho de Conclusão de
Curso do curso de Especialização em Educação Empreendedora – NEAD/UFSJ
(http://www.pos.nead.ufsj.edu.br/EE/site/).
110

5.1.1- Estrutura de Pré-Projeto do Trabalho de Conclusão de Curso/EE/NEAD/UFSJ

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
Universidade Federal de São João del-Rei
Núcleo de Educação a Distância

- ORIENTADOR:
Aluno(a):
FICHA DE CORREÇÕES E PARECERES
PRÉ-PROJETO – EE – (POLO) - TURMA
TEMA
Comentários:
Sugestão de Tema:
JUSTIFICATIVAS
Comentários:

INTRODUÇÃO
Comentários:

REVISÃO DE LITERATURA
Comentários:

OBJETIVOS
Comentários:
Objetivo amplo:
Objetivos Específicos:
METODOLOGIA
Comentários:

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
111

Comentários:

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Comentários:

OBSERVAÇÃO
FORMATAÇÃO DO TRABALHO
Comentários:
- Formatação do Pré-projeto: Tema, Justificativa, Objetivos, (amplo e específicos),
Introdução, Metodologia, Cronograma de atividades e Referência Bibliográfica.
- Tipo de Fonte: Times New Roman ou Arial.
- Tamanho da Fonte: 12 ou 11.
- Cor de Fonte: preta.
- Espaçamento entre Linhas: 1,5.
- Deslocamento 1,25 cm para a primeira linha do parágrafo.
- Textos justificados.
- Formatação das páginas, superior 3 cm, inferior 2 cm, esquerda 3 cm e direita 2 cm.
- Espaço simples 1,0: citações longas, notas, referências, legendas, tabelas e outros.
- Espaços duplos: usados antes dos títulos das seções.
- Toda vez que usar um termo que não seja em português, colocá-lo em itálico.
- Os textos de um projeto de pesquisa são redigidos na terceira pessoa.
- Capa, Folha de rosto, utiliza o modelo que se encontra nas páginas 44 e 45 da apostila
Metodologia de Pesquisa em Educação.
- Modelo de cronograma de atividades, página 42.
- Figuras, Tabelas, Gráficos quando inseridos no texto terão que serem obrigatoriamente
citados no parágrafo anterior a inserção.
- Um trabalho completo é composto de: Capa, Folha de rosto, Folha de aprovação,
Dedicatória, Agradecimentos, Resumo, Lista de ilustrações, Tabelas, Abreviaturas, Siglas e
Notações ou Símbolos, caso houver, Sumário, Introdução, Revisão de Literatura,
Metodologia, Análise e Discussão de Resultados, Conclusão/Considerações Finais,
Referência Bibliográfica/Bibliografia e Anexos.
112

OBSERVAÇÕES:
Um trabalho de pesquisa tem que responder quatro perguntas básicas: O que? Por quê?
Como? E onde?
O que? Significa a escolha do tema do trabalho. A escolha do tema terá que obrigatoriamente
está correlacionada a Pedagogia Empreendedora.
Por quê? São os objetivos e a motivação desta pesquisa
Como? É a descrição de todas as etapas propostas na pesquisa, ou seja, os materiais e
métodos utilizados.
Onde? São os resultados alcançados com o desenvolvimento da pesquisa, mais importante
ainda são as contribuições que a pesquisa poderá trazer para o meio no qual se vive, ou seja,
são as mudanças de qualidade de vida que sua pesquisa poderá proporcionar a sociedade de
modo geral.
113

5.1.2- Estrutura de Trabalho de Conclusão de Curso/EE/NEAD/UFSJ

Abaixo se tem uma estrutura de um artigo científico que poderá ser utilizada para a confecção
do TCC.

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
Universidade Federal de São João del-Rei
Núcleo de Educação a Distância

TÍTULO (Times New Roman, negrito, tamanho 14)


(espaço simples entre linhas, tamanho 14)
Nome do primeiro autor, e-mail1 (Times New Roman, negrito, tamanho 10)
Nome do segundo autor, e-mail1 (Times New Roman, negrito, tamanho 10)
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
1
Nome da instituição, endereço para correspondência, (Times New Roman, tamanho 10)
Mesmo formato para outros autores e instituições, se houver. (espaço duplo entre linhas,
tamanho 10)

Resumo: o resumo terá que responder as quatro perguntas básicas (o que?, por que?, como?
e onde?), ou seja, terá que relatar no resumo o assunto que tange a pesquisa propriamente
dita (o que?), os objetivos da pesquisa (por que?), os procedimentos de realização da
pesquisa (como?) e os resultados atingidos (Onde?). (Times New Roman, itálico, tamanho 10)
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
Palavras-chave: palavra 1, palavra 2, palavra 3 (Times New Roma itálico, tamanho 10)
(espaço duplo entre linhas, tamanho 10)
INTRODUÇÃO (REFERENCIAL TEÓRICO, NA REVISÃO DEVERÁ CONTER UMA
CORRELAÇÃO DA PEDAGOGIA EMPREENDEDORA COM O TEMA ESCOLHIDO)
(Times New Roman, negrito, tamanho 10, maiúsculas)
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
114

Os artigos devem ser rigorosamente formatados de acordo com estas instruções e este arquivo
de texto pode ser usado como um template por usuários do Microsoft Word e, em qualquer
caso, como um modelo para os usuários de outros softwares processadores de texto.
O artigo deverá ser todo redigido na terceira pessoa, exceto para o item conclusão que
deverá ser redigido na primeira pessoa do plural.
Os artigos estão limitados em no mínimo 9 páginas e no máximo 12 páginas, incluindo
tabelas e figuras. O arquivo final em formato pdf não deve exceder 2,5 MB.
A língua oficial do artigo é o Português.
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
FORMATO DO TEXTO (MATERIAIS E MÉTODOS) (Times New Roman, negrito,
tamanho 10, maiúsculas)
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
O artigo deve ser digitado em papel tamanho A4, usando a Fonte Times New Roman,
tamanho 10, exceto para o título, nome de autores, instituição, endereço, resumo e palavras-
chave, que têm formatações específicas indicadas acima. Espaço simples entre linhas deve ser
usado ao longo do texto.
O corpo de texto que contém o título deve ser centralizado, em parágrafo com recuo esquerdo
de 0,1 cm e marcado com borda esquerda de largura 2 ¼ pontos.
O corpo de texto que contém os nomes de autores e de instituições devem ser alinhados à
esquerda, em parágrafo com recuo esquerdo de 0,1 cm e marcados com borda esquerda de
largura 2 ¼ pontos.
A primeira página tem margem superior igual a 5 cm, e todas as outras margens (esquerda,
direita e inferior) iguais a 2 cm. Todas as demais páginas do trabalho devem ter todas as suas
margens iguais a 2 cm.
NÃO NUMERAR AS PÁGINAS.
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
Títulos e Subtítulos das Seções (Times New Roman, negrito, tamanho 10)
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
Os títulos e subtítulos das seções devem ser digitados em formato Times New Roman,
tamanho 10, estilo negritos, e alinhados à esquerda. Os títulos das seções são com letras
maiúsculas (Exemplo: MODELO MATEMÁTICO), enquanto que os subtítulos só têm as
primeiras letras maiúsculas (Exemplo: Modelo Matemático). Eles devem ser numerados,
usando numerais arábicos separados por pontos, até o máximo de 3 subníveis. Uma linha em
branco de espaçamento simples deve ser incluída acima e abaixo de cada título/subtítulo.
115

(espaço simples entre linhas, tamanho 10)


Corpo do Texto (Times New Roman, negrito, tamanho 10)
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
O corpo do texto é justificado e com espaçamento simples. A primeira linha de cada parágrafo
tem recuo de 0,6 cm contado a partir da margem esquerda.
As equações matemáticas são alinhadas à esquerda com recuo de 0,6 cm. Elas são referidas
por Eq. (1) no meio da frase, ou por Equação (1) quando usada no início de uma sentença. Os
números das equações são numerais arábicos colocados entre parênteses, e alinhados à direita,
como mostrado na Eq. (1).
Os símbolos usados nas equações devem ser definidos imediatamente antes ou depois de sua
primeira ocorrência no texto do trabalho.
O tamanho da fonte usado nas equações deve ser compatível com o utilizado no texto. Todos
os símbolos devem ter suas unidades expressas no sistema S.I. (métrico).
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
∂ 2T ∂ 2T
+ =0 (1)
∂x 2 ∂y 2
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
As tabelas devem ser centralizadas. Elas são referidas por Tab. (1) no meio da frase, ou por
Tabela (1) quando usada no início de uma sentença. Sua legenda é centralizada e localizada
imediatamente acima da tabela. Anotações e valores numéricos nela incluídos devem ter
tamanhos compatíveis com o da fonte usado no texto do trabalho, e todas as unidades devem
ser expressas no sistema S.I. (métrico). As unidades são incluídas apenas na primeira linha ou
primeira coluna de cada tabela, conforme for apropriado. As tabelas devem ser colocadas tão
perto quanto possível de sua primeira citação no texto. Deixe uma linha simples em branco
entre a tabela, seu título e o texto.
O estilo de borda da tabela é livre. As legendas das Figuras e das Tabelas não devem exceder
3 linhas.
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
116

Tabela 1. Resultados experimentais para as propriedades de flexão dos materiais MAT1 e


MAT2. Valores médios obtidos em 20 ensaios.
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
Produto Preço Itens vendidos
Produto A
Produto B
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
As figuras são centralizadas. Elas são referenciadas por Fig. (1) no meio da frase ou por
Figura (1) quando usada no início de uma sentença. Sua legenda é centralizada e localizada
imediatamente abaixo da figura. As anotações e numerações devem ter tamanhos compatíveis
com o da fonte usada no texto, e todas as unidades devem ser expressas no sistema S.I.
(métrico). As figuras devem ser colocadas o mais próximo possível de sua primeira citação no
texto. Deixe uma linha em branco entre as figuras e o texto.
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)

Figura 19 - Logotipo da ABNT (https://blog.mettzer.com/normas-abnt/ Acesso em: 25 jun.


2018).
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
Figuras coloridas e fotografias de alta qualidade podem ser incluídas no trabalho. Para reduzir
o tamanho do arquivo e preservar a resolução gráfica, converta os arquivos das imagens para
o formato GIFF (para figuras com até 16 cores) ou para o formato JPEG (alta densidade de
cores), antes de inseri-los no trabalho.
A citação das referências no corpo do texto pode ser feita nos formatos: Bordalo et al (1989,
p. 21) no início do parágrafo, (COIMBRA, 1978, p. 12) ou (CLARK, 1986 e SPARROW,
1980), no final do parágrafo.
Referências aceitas incluem: artigos de periódicos, dissertações, teses, artigos publicados em
anais de congressos, livros, comunicações privadas e artigos submetidos e aceitos (identificar
a fonte).
117

A lista de referências é uma nova seção denominada Referências, localizada no fim do artigo.
A primeira linha de cada referência é alinhada à esquerda; todas as outras linhas têm recuo de
0,6 cm da margem esquerda. Todas as referências incluídas na lista devem aparecer como
citações no texto do trabalho.
As referências devem ser postas em ordem alfabética, usando o último nome do primeiro
autor, seguida do ano da publicação. Exemplo da lista de referências é apresentado abaixo.
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
RESULTADOS (Times New Roman, negrito, tamanho 10)
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS (Times New Roman, negrito, tamanho 10)
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
CONCLUSÕES (Times New Roman, negrito, tamanho 10)
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
AGRADECIMENTOS (Times New Roman, negrito, tamanho 10)
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
Esta seção, se houver, deve ser colocada antes da lista de referências.
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
REFERÊNCIAS (Times New Roman, negrito, tamanho 10)
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
DIREITOS AUTORAIS (Times New Roman, negrito, tamanho 10)
(espaço simples entre linhas, tamanho 10)
Os trabalhos escritos em português ou espanhol devem incluir (após direitos autorais) título,
os nomes dos autores e afiliações, o resumo e as palavras-chave, traduzidos para o inglês e a
declaração a seguir, devidamente adaptada para o número de autores.
Os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo do material impresso incluídos no seu
trabalho.

ATENÇÃO! É obrigatório que tenha pelo menos um parágrafo no item Introdução que
enfatize a Pedagogia Empreendedora.
118

5.1.3- Sugestões de Temáticas para a confecção do Artigo Científico/NEAD/UFSJ

I. Educação Empreendedora como Base em uma Gestão Escolar.


II. Educação Empreendedora como base em uma Gestão Administrativa.
III. Empreendedorismo e Educação Empreendedora: Aprendizagem Através de Atividades
Lúdicas.
IV. Empreendedorismo Social – Ensinar e Aprender a Falar com as Mãos.
V. Despertando as Características Empreendedoras nas Crianças Através do Ensino da
Astronomia.
VI. Empreendedorismo e Educação Empreendedora: Portador de Necessidades Especiais e
Mercado de Trabalho.
VII. Pedagogia Empreendedora: Uma Ferramenta para o Sucesso da Educação.
VIII. O Projeto Político-Pedagógico a Partir de Concepções da Educação Empreendedora.
IX. Educar para Empreender.
X. Educação Integral: Oportunidade Privilegiada para Empreender.
XI. Implantação da Educação Empreendedora nas Séries do Ensino Fundamental – Uma
Abordagem Teórica.
XII. Prática de Empreendedorismo de Incentivo à Leitura: A Diferença no Tratamento
para a Aprendizagem.
XIII. Pedagogia Empreendedora: Educação Ambiental nas Escolas.
XIV. Gestor Educacional como Incentivador e Intermediador de uma Escola
Empreendedora.
XV. O Empreendedorismo e a Gestão Escolar.
XVI. A Formação Docente Empreendedora e as Novas Tecnologias.
XVII. A Importância de Práticas Empreendedoras no Processo de Alfabetização do Aluno.
XVIII. A Importância da Prática da Gestão Empreendedora na Educação.
XIX. Educação Empreendedora Voltada para a Saúde Financeira Familiar.
XX. A Influência do Empreendedorismo na Saúde do PSF.
XXI. Práticas Empreendedoras no Processo de Adaptação na Educação Infantil.
XXII. Aluno EAD: Um Modelo de Perfil Empreendedor?
XXIII. Educação Empreendedora, Possíveis Contribuições para a Formação do Educador da
Educação Básica.
XXIV. Pedagogia Empreendedora na Educação: A Importância da Pedagogia
Empreendedora no Processo da Alfabetização.
119

XXV. Empreendedorismo e Eco Alfabetização.


XXVI. As Relações Empreendedoras entre o Conteúdo, a Metodologia e as Relações
Interpessoais da Prática Pedagógica.
XXVII. Avaliação Ambiental e a sustentabilidade: uma análise através da perspectiva
empreendedora.
XXVIII. Empreendedorismo no ensino médio.
XXIX. O empreendedorismo enquanto ferramenta otimizadora da gestão escolar.
XXX. Educação ambiental: empreendedorismo e inovação.
XXXI. Educação: um novo olhar empreendedor no processo ensino aprendizagem.
XXXII. A música na aula de música.
XXXIII. A avaliação na visão empreendedora no ensino fundamental da rede pública estadual.
XXXIV. A avaliação na visão empreendedora no ensino fundamental da rede pública
municipal.

Responda as perguntas abaixo:

1. Pergunta/problema que se quer resolver ou responder (o que pesquisar?):


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
__________________________________________________________________

2. Provável título do artigo a ser elaborado:


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
__________________________________________________________________

3. Autor (quem pesquisa?):


__________________________________________________________________

4. Escreva uma pequena introdução (delimitação do tema e do problema):


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
120

_____________________________________________________________________
_______________________________________________________________

5. Faça uma pequena revisão bibliográfica, ou seja, procure e leia o que há escrito em
livros, artigos, sites, jornais, trabalhos acadêmicos etc. sobre o assunto que deseja
escrever. Não há nada escrito sobre o assunto que escolheu? Mude de tema.

6. Tente fazer uma pequena referência (transcrição) dos documentos pesquisados (anexar
ao exercício 2)

7. Escreva um objetivo geral e um objetivo específico (para que pesquisar? Quero atingir
quais objetivos com minha pesquisa?)

Objetivo geral:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

Objetivo específico:
_____________________________________________________________________
___________________________________________________________________
8. Formule uma hipótese (suposta provável resposta para a pergunta/problema):
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
__________________________________________________________________

9. Defina os métodos que precisará utilizar para obter as respostas de sua


pergunta/problema (como fazer minha pesquisa para obter o resultado esperado?).

Exs: Formulação de um questionário; Entrevistas; Autorização especial para


divulgação de dados etc.

10. Escreva os resultados previstos ou esperados de sua pesquisa:


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
121

_____________________________________________________________________
_________________________________________________________________

11. Faça um cronograma de atividades. Você vai determinar seus prazos, coordenando de
forma inteligente sua vida profissional, pessoal e acadêmica de forma a cumprir o
prazo de entrega do Artigo Científico.

Modelo:

CRONOGRAMA (proposta/modelo)
MES/ETAPAS Mês/ano Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês
Escolha do tema X

Levantamento X X X
bibliográfico
Elaboração do X
anteprojeto
Apresentação do X
projeto
Coleta de dados X X X X

Análise dos X X X
dados
Organização do X
roteiro/partes
Redação do X X
trabalho
Revisão e X
redação final
Entrega do X
trabalho
Defesa do X
trabalho
122

UNIDADE 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chegamos ao final dos estudos da disciplina Metodologia de Pesquisa em Educação,


mas a construção de conhecimentos de “Como Pesquisar” continuam. Esperamos ter atendido
aos seus objetivos e expectativas em relação à disciplina. O tema é complexo e envolve muita
informação. Por esse motivo procurou-se destacar o que é essencial para a compreensão dos
processos de pesquisa e o que é importante para o desenvolvimento do Trabalho de Conclusão
do curso de especialização em Educação Empreendedora.
Quando você terminar o seu TCC, olhe-o com certo alívio, mas com muita satisfação
também. Afinal, ele constitui uma etapa capaz de lhe proporcionar realizações que ninguém
poderá fazer em seu lugar: aprender, agir, pensar, emocionar... viver suas próprias construções
acadêmicas e profissionais, suas experiências!
Esperamos, sinceramente, ter contribuído para esse movimento e para o seu sucesso
na vida.

OS AUTORES
123

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Disponível em: <


http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-e/o-que-e/ Acesso em: 5 jul. 2018.
______. NBR 10719: Informação e documentação - apresentação de relatório técnico e ou
científico. Rio de Janeiro, julho/ 1989.
______. NBR 14724: Informação e documentação - trabalhos acadêmicos, apresentação. Rio
de Janeiro, abril/2011.
______. NBR 15287: Informação e documentação. Projeto de pesquisa – Apresentação. Rio
de Janeiro, abril/2011.
______. NBR 6023: referências e elaboração. Rio de Janeiro, agosto/2002.
______. NBR 6024: numeração progressiva das sessões de um documento. Rio de Janeiro,
março/ 2012.
______. NBR 6027: sumário e apresentação. Rio de Janeiro, janeiro/2013.
______. NBR 6028: resumo e apresentação. Rio de Janeiro, novembro/2003.
______. NBR 6034: Informação e documentação – Índice- Apresentação. Rio de Janeiro,
janeiro/2005.
______. NBR 6022: informação e documentação – Artigo em publicação periódica científica
impressa – Apresentação. Rio de Janeiro, maio /2003.
ALBAGLI, Sarita; MACIEL, Maria Lúcia; ABDO, Alexandre Hannud (Ed.). Ciência aberta,
questões abertas. Brasília: IBICT; Rio de Janeiro: UNIRIO. p. 9-26. 2015.
BRAY, Mark; ADAMSON, Bob; MANSON, Mark. Pesquisa em Educação Comparada:
abordagens e métodos. Brasília: Liber Livro. ISBN: 978-85-7963-146-7, 2015.
BENTO, A. Como fazer uma revisão da literatura: Considerações teóricas e práticas. Revista
JA (Associação Acadêmica da Universidade da Madeira), nº 65, ano VII (pp. 42-44),2012.
IVANKOVA, Natasliya V. Fundamental of Research Methodology and Statistic. ISBN:978-
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FRANCIS, R.D. A Code of Ethics for Psychologists. Leicester, BPS Books, 1999.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia
Científica. 8ª Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2017.
LUDWING, Antônio Carlos Willudwing. MÉTODOS DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO.
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124

MARTINS, Ronei Ximenes. METODOLOGIA DE PESQUISA GUIA DE ESTUDOS.


64 p.: il. CEAD-Centro de Educação a Distância da Universidade Federal de Lavras, UFLA.
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KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. (10ª ed.). São Paulo: Perspectiva,
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SINGH, Yogest Kumar. Fundamental of Research Methodology and Statistic. New Delhi:
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TEIXEIRA, Elizabeth. As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa. 7. ed.
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