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DIREITO PENAL OAB

Prof. Nidal Ahmad 2ª Fase

08 ERRO DE TIPO – Art. 20


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DOLO

Exclusão FATO
ATÍPICO
CULPA
Invencível

Essencial

EXCLUSÃO DO DOLO

Vencível

RESPONDE POR
CULPA, SE TIVER
PREVISÃO LEGAL

ERRO DE
TIPO

Erro do Objeto

Erro Sobre Pessoa


art.20, § 3°, CP
Acidental
Aberratio Ictus
art. 73 CP

Aberratio Criminis

art. 74, CP

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8.1) CONCEITO

A figura típica (ou tipo legal) é composta de elementos específicos ou elementares.


Em outras palavras, os “elementos constitutivos do tipo” tratam de cada componente que constitui o modelo
legal de conduta proibida.

Ex: No crime de homicídio temos os seguintes elementos: matar + alguém. O erro


sobre qualquer desses elementos pode levar ao erro de tipo.

O erro de tipo pode recair sobre uma circunstância qualificadora.

Ex: No crime de lesão corporal seguida de aborto, o sujeito não responde por este
crime se desconhecia o estado de gravidez da vítima. É que neste caso ele supõe inexistente uma circunstância
do crime (o estado de gravidez da vítima), subsistindo o tipo fundamental doloso (lesão corporal leve).

O erro de tipo sempre exclui o dolo, seja invencível ou vencível, podendo, no


entanto, dependendo do caso concreto, levar à punição por crime culposo, se previsto em lei.

8.2) ERRO DE TIPO ESSENCIAL

É o erro que incide sobre as elementares e circunstâncias do tipo.

Daí no nome erro essencial: incide sobre situação de tal importância para o tipo que,
se o erro não existisse, o agente não teria cometido o crime, ou, pelo menos, não naquelas circunstâncias.

Portanto, há erro de tipo essencial quando a falsa percepção da realidade impede o


sujeito de compreender a natureza criminosa do fato.

O erro de tipo essencial se subdivide em: INVENCÍVEL OU VENCÍVEL.

A) INVENCÍVEL (OU ESCUSÁVEL)

Ocorre quando não pode ser evitado pela normal diligência. Qualquer pessoa,
empregando a diligência ordinária exigida pelo ordenamento jurídico, nas condições em que se viu o sujeito,
incidiria em erro.

Ex. o agente se embrenha em mata virgem e fechada, distante de qualquer centro


urbano, com a intenção de caçar capivara. Pelas tantas, vislumbra um vulto se movimentando pela intensa
vegetação. Supondo ser um animal, efetua um disparo. Atinge o alvo e constata, para sua surpresa, que
abateu não um animal, mas um ser humano que, por coincidência, também caçava por ali.

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O erro de tipo essencial invencível exclui o dolo e a culpa, pois o sujeito não
age dolosa ou culposamente.

B) ERRO VENCÍVEL (OU INESCUSÁVEL)

Ocorre quando pode ser evitado pela diligência ordinária, resultando de imprudência
ou negligência. Qualquer pessoa, empregando a prudência normal exigida pela ordem jurídica, não cometeria
o erro em que incidiu o sujeito.

É o erro evitável, indesculpável ou inescusável (cuidado: vencível = inescusável):


poderia ter sido evitado se o agente empregasse mediana prudência.

Ex. Suponha-se que o agente vá caçar em mata próxima a zona urbana, onde
costumam passar pessoas, e efetua um disparo de arma de fogo contra um vulto pensando ser um animal,
atingindo, na verdade, uma pessoa que passava pelo local, matando-a. No caso, não obstante ter se verificado
o erro de tipo, o erro, pelas circunstâncias, não era plenamente justificável, porquanto o agente agiu com
imprudência, sem o devido cuidado objetivo, devendo responder por homicídio culposo.

O erro de tipo essencial vencível exclui o dolo, mas não a culpa, desde que
previsto em lei o crime culposo.

QUESTÃO 02 - VII EXAME OAB


Larissa, senhora aposentada de 60 anos, estava na rodoviária de sua cidade quando foi abordada por um
jovem simpático e bem vestido. O jovem pediu-lhe que levasse para a cidade de destino, uma caixa de
medicamentos para um primo, que padecia de grave enfermidade. Inocente, e seguindo seus preceitos
religiosos, a Sra. Larissa atende ao rapaz: pega a caixa, entra no ônibus e segue viagem. Chegando ao local
da entrega, a senhora é abordada por policiais que, ao abrirem a caixa de remédios, verificam a existência de
250 gramas de cocaína em seu interior. Atualmente, Larissa está sendo processada pelo crime de tráfico de
entorpecente, previsto no art. 33 da lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006.
Considerando a situação acima descrita e empregando os argumentos jurídicos apropriados e a
fundamentação legal pertinente, responda: qual a tese defensiva aplicável à Larissa? (valor: 1,25)

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QUESTÃO 1 - V EXAME
Antônio, pai de um jovem hipossuficiente preso em flagrante delito, recebe de um serventuário do Poder
Judiciário Estadual a informação de que Jorge, defensor público criminal com atribuição para representar o
seu filho, solicitara a quantia de dois mil reais para defendê-lo adequadamente. Indignado, Antônio, sem
averiguar a fundo a informação, mas confiando na palavra do serventuário, escreve um texto reproduzindo a
acusação e o entrega ao juiz titular da vara criminal em que Jorge funciona como defensor público. Ao tomar
conhecimento do ocorrido, Jorge apresenta uma gravação em vídeo da entrevista que fizera com o filho de
Antônio, na qual fica evidenciado que jamais solicitara qualquer quantia para defendê-lo, e representa
criminalmente pelo fato. O Ministério Público oferece denúncia perante o Juizado Especial Criminal, atribuindo
a Antônio o cometimento do crime de calúnia, praticado contra funcionário público em razão de suas funções,
nada mencionando acerca dos benefícios previstos na Lei 9.099/95. Designada Audiência de Instrução e
Julgamento, recebida a denúncia, ouvidas as testemunhas, interrogado o réu e apresentadas as alegações
orais pelo Ministério Público, na qual pugnou pela condenação na forma da inicial, o magistrado concede a
palavra a Vossa Senhoria para apresentar alegações finais orais.
Em relação à situação acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados
e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) O Juizado Especial Criminal é competente para apreciar o fato em tela? (Valor: 0,30)
b) Antônio faz jus a algum benefício da Lei 9.099/95? Em caso afirmativo, qual(is)? (Valor: 0,30)
c) Antônio praticou crime? Em caso afirmativo, qual? Em caso negativo, por que razão? (Valor: 0,65)

QUESTÃO 4 - VI EXAME OAB


Carlos Alberto, jovem recém-formado em Economia, foi contratado em janeiro de 2009 pela ABC Investimentos
S.A., pessoa jurídica de direito privado que tem como atividade principal a captação de recursos financeiros
de terceiros para aplicar no mercado de valores mobiliários, com a função de assistente direto do presidente
da companhia, Augusto César. No primeiro mês de trabalho, Carlos Alberto foi informado de que sua função
principal seria elaborar relatórios e portfólios da companhia a serem endereçados aos acionistas com o fim de
informá-los acerca da situação financeira da ABC. Para tanto, Carlos Alberto baseava-se, exclusivamente, nos
dados financeiros a ele fornecidos pelo presidente Augusto César. Em agosto de 2010, foi apurado, em
auditoria contábil realizada nas finanças da ABC, que as informações mensalmente enviadas por Carlos Alberto
aos acionistas da companhia eram falsas, haja vista que os relatórios alteravam a realidade sobre as finanças
da companhia, sonegando informações capazes de revelar que a ABC estava em situação financeira
periclitante.
Considerando-se a situação acima descrita, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) É possível identificar qualquer responsabilidade penal de Augusto César? Se sim, qual(is) seria(m) a(s)
conduta(s) típica(s) a ele atribuída(s)? (Valor 0,45)
b) Caso Carlos Alberto fosse denunciado por qualquer crime praticado no exercício das suas funções enquanto
assistente da presidência da ABC, que argumentos a defesa poderia apresentar para o caso? (Valor: 0,8)

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