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HOTEL PARIS
The Hotel Paris
Hôtel Paris Hotel Paris
ESTO R I L - PORTUGAL
PELO •apõr AlWBA , esperado ômanhã, devemos re-
ceber a ..nossa ~o.stumada rem~s~ a '!_len_;;al desta acre-
ditada marca de papel de fumar, que continua mereéendo
a preferência de todos os fumadores de bom gôsto, como
o testemunha o seu consumo sempre crescente. Esta prefe-
rência é plenamente justificada, porquanto o nosso ZIG ZAG
é o único papel de fumar que não é prejudicial à saúde,
ao contrári ~ çi<> que sucede- com as. numerosas imitações
que abundam no mercado e que são altamente noci\las
para a garganta e bronquios do fumador. A combustão do
papel ZIG ZAG não deixa resíduos, enquanto que a das
A C asa Havanesa
LISBOA
24, Largo do Chiado, 25
E n d e r e ç o Te 1e g r á f ie o : H A V A N E Z A
Telefone: 2 0340
i ANO 1 J,ISBOA, 3 DE ABBIL DE J9SS N.0 9
Crítica
Actualidades
SS E MAINI A Arte
Literatura
IPOlfU@UIESSA
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DIRECTOR Editor RAUL DE LYZ E Propriedade da
Administrador: JO Sl B. \ 'ICENTE
Redacçto " admlnlslraç(Jo e oficinas RUA s CARLOS DO AMARAL Emprtt1a da •Semana Portuguesa. (em orga.
LUZ SORIANO, núfTUlro 91 ~ l l S 8 O A Red1tlor Jrlnclpal: Bandúra de Tóro nuardo) li Rua lu• Sorlano, número !H
A •S-.111·1111 />m·t11y111'""" deforma al1:uma p<>dcn;t dl'l'.\ar de pres- brilhante. fos;1imcnte conqui>lando um logar de destaque na «Re-
ta r a >Ua homenagem au J"t 1nto 'all'ara,~a .•'nr. Bandeira de Tóro, ''ista de Monas Gernos•. no •Parafusm• e em muitos outros jornaes
que P'~r l1 das as íon1l,1s, cc.rlscgu1 u ~on1 Ô M.:u ttho pn:~tJgio, tena- aonde trah.111,.,u, tendo ali escrito diversos panfletos em prosa e
cidade e persistência , ur1o::1ni1.ar l!stc num~ru, d~ 1:, '/" du :;o1 que verso sempre com hr1lhante e~1to.
C••m orgulho h•11e clamo> a puhh· Quando da Grande Guerra,
c1JaJe. ei-lo a caminho para as principaes
Ha muiln que na nos,;\ terra cidades do BrnLil. onde realiwu
não 'e <"Jota uma puhl;~;1.;.íu n~slc brilhantes conferencias patrióticas
1-1énero, rei<• facto ele •t•r d"pcn· aJ,ogando a causa dos aliado>.
cliosa e ainda porque 111íc:h1mente M ais tarde loi o mesmo esco-
os seu' ori;an11adores. faltos de lhido pelos governos dos Sn rs. Drs.
persistê:>cia. dcs:~tcm ao encontra-
E pitacio Pessoa e Artur Bernardes,
rem o primeiro ob>liículo, e18 por- para cargos da mais absolucta con-
que em tudo e ror tudo nau pode-
Íia n~a, que destmpenhou .:om
ria íi ca r no esquec.menlo e seria
tõda a lealdade. zelo e nob r~za de
osso uma ongrati<láo ela nossa parte
se não l1vessc1nos o bom 'cnso ele caracter, tendo como recompensa
d edicar e'l •. página, .:01110 homc· (após uma s6rie Je intrigas) o ter
nag<:1n du «8t•mmm l'ol'luyufl'tl» uo de ver-se na conting.lncia de aban·
seu ilustre c hefe da rcdaeÇÍIP, Snr. donar o Bratil, apesar de est a rem
Bande ira de Tóro, ao jornalista hri - no p >-ler os seus amigos.
lhJnle, ao escritor, ao poeta e ao l'atroeinndo polo saudoso Or.
pan fl Aista qae pM ve1e• nos< hega Anl6nio ,Jo~IÍ do Almeida ingressa
a elcctnsar. M u Diário do :\oticias... ali colabo·
Carlos Bandeir<1 de Tóro, !ilho rnndo no luqu.;ril-0 à [udustria :\a.
de uma familia d1stint;>>1ma eh- oional.
dJlga. nüo o 1m;>ed1u a sua heral· l::~tando por muito tempo afas-
dia d e colahc1rar ard< r.is1mente ao tado da vida jornal istica ingrei!i!a
l.odo da mocidade da su·i gern~ü·i na s,111n11n Pmtuyuha•, à qual tem
luctando com abnegac;lio. h.;ro"mo dado todo o seu eafor~o e dedicação.
e emu-;oasmo para a queda da Mo- Tal, é pois, a brilhaote folha
narquia e Jdvento d~s novas 1n,11- cl~ eondueta do prestimo;o eidadão
tu1çõt>s. <(llC â Pátria i1 Repilbli<>a e à lluma·
Senhor de 1n,.ulgar cultura.
nidado tem prestado os mais rele·
começou a suJ c1rreora 1orn ,1Js11ca
no lornal 1epublicln•i •A C1p1tal•, vantcs •cn ic0t1.
ma-; d1,:.1J J Jc: um c,p.r1to 1rrc-
1
E para t.crminar, a cSfm<wa l'ur·
quoet~, por d1veras c1rcun>t 1nçia;,, Cario• B a n -::l e: Jr a de Toro l11911i~a· agradooe todos os au:.ilios
emi~rou, um ano a;x\s a 1npl.im 1~áo da Repilhloc.1. percorrend" os prcsta<fo•, ao or;._'1\nirador Mste numero, <' R todas as pc~soas que
prrncipa1s p,115e, da Europa, Americ 1 <l·• ~ui <' Ccntr.I etc. etc. concorreram atinai. 1>am pnderinoij levar a ~abo a nosSR obra, produto
Foi no lt:o de J:ln~1ro, 0:1d~ ;, sua d;,mrn .oda pum;rnência, dcs- de trabalho e pre•ietcn~ia, qmlei 11m11 verdadeira andacia, para uona re-
penou a atenção puhlica, crcou ami~'" devotados e admiradores vista 11uc catá no 8eu principio, Ull\ij qu-i u:io olha áll dificl1ldadeJl qu1;
cio se1.1 talento, rnic1ando·oc um 1ornali~t·\ d(i cqm1•at~. p~ lemi~ta se lhe. antepõem, porr1uo o sen lema ú bem s~rvir o publitºo.
P agina 4 SEMANA P ORTUGUESA
aos eomba=
•••
A todos aqueles que por qualquer formam contribuiram com o seu esforço durante a confla-
gração europeia para que tão alto se erguesse o nome de Portugal e se dignificasse a Republica!
Ao Ex.'"º Presidente da Republica e ao Governo do meu Paiz que tomaram a iniciativa da
entrada de Portugal na Grande Guerra, concorrendo plra que praticassemos o ado mais notabílitante ,
de ha um seculo a esta parte!
A todos aqueles, finalmente, que, em 9 de Abril, souberam escrever na Historia Patria, mais
uma pagina de epopeia, o preito da mina sincera admiração e profunda homenagem.
Parede pn sa supériorité sur Jes clímats de Nice, tio ns techniques sont excellentes sur un'>
étendue droite de plus de 2 kilomêtres,
Biarrltz et Catania (en Sicíle) et en fait
No extremo leste da Costa do Sol, en- climat te ptu s temperé de l'Europe. avec des parcours de 150 à õ50 mêtres
contra-se a estância balnear da Parede, entre les trous, et i l n'est traversé pa-
onde está instalado o magnifico ~anatório
de Santa Ana para d oentes pobres, cc ns-
Cõte du Soleil station hydrologl~oe rancu ne voie ferrée ou route qui sont
toujours génantes.
truido a expensas da benemérita Senhora La Côte c'u Soleil est aus·i une impor- Champ ffippique et Polo. - La piste
D. Amélia Chamiço Biester, muito digno tante Station thermale minérale: Estoril adaptée à ces sports est située sur Ja
de ser visitado. Termas dont la source est d'eau minéro- route de Bicesse tout pres du Champ du
A Comissão de Iniciativa de Cascais, -medicínal-hypersalines, chlo rorée sodi- Golf. Les concours hippiques sont des
mandou construir o «Solario ca Ptdra que, magnésique su lfatée et bicarbonatée, fêtes qui ont lieu au príntemps et à l'au-
Alta» com o intuito de prestar um sP.rViço calcique et lithinique, d'apres la classifi- tomne.
importante pelo tratamento hélio-mariti - cation et l'analyse officielle du Professeur Lawn Tennis. - li y a plusieurs courts,
,mo, à semelhança de Larch le Louquet Charles Lepierre. avec entraineurs, oi1 on peut joueur
Paris Ploge, e que depois entre~ou á moyennant le paiement d 'une taxe fixe .
Câmara Municipal de Cascais. i:.' um
enorme terraço cuja balaustrada está vol-
La Socie!e Estoril·Plage Les plus fréquentés sont ceux du Pare
Estoril, Pavillon Estoril et Sportin g Club
tada ao mar, apetrechado com todos os L Sociéte Estoril-Plage, concession- à Cascais.
requesitos necessários aos enfermos da naire de la so urce, a fait edifier pour Caurses de Chevau:r. - Ont toujours
tuberculose externa. A helio - terápia é son utilisation, au centre d'une pare, un Jieu dans la saison appropriée à l'Hippo-
regida pelo esquema Rollier. magnifique établissement de bains mo- drome ele «Marinha», situé a 12 kilometres
A Parede devido ao seu clima ideal é derne, en style anglais, ouvert toute l'an- cl'El'toril. C'est le rendez-vous de la So -
de há muito utili-ada pelos doentE-s dt:sta née et dirigé par des médecins érnínents. ciété élégante de Sintra et des colonies
categoria; é muito de louvar a Comi$~ão Cet établissement de bains élégant, sum- ba ln eaires de la Côte du Solei!.
que empreendeu tão importante melhora- ptueux et confortable est un des plus Automobilisme. - On organ ise de fré -
mento. importants . li posséde des installations quentes courses cl1ins l e Pare Estoril sur
Carcavelos d'usa~e thérapeutique des plus modernes de magnifiques routes.
pour les bains de chaleur, de lumiere, Escrime. - La salle d'armes est instal-
E' a povoação que abre as portas da traitements électriques, massege, ~ymnas lée dans l'établissement de bains d' Estoril.
Cosia do Sol, mostrando·nos desde lo~o o tique, etc.; celles de mécanothérapie Elle est trés fréquentée en Eté. Elle est
seu grande poder de salubridade, não só êtante entre toutes exemplaires. diri!lée par un tres bon maltre d'armes.
para adultos como para crianças. O Sana- On a obtenu, dans cet ét11blissement Equilation. - li y a au~l'i au Pare Es -
tório de Carcavelos desempenha um par des bains carbo-gazeux semblables á toril nne é cole d 'Equitation pour les
importante papel na luta contra a tubercu- ceux de Royal et de Bad-Nanheim, la dames et les enfants, dirigée par un habile
lose óssea e gan~lionar. ~uérison de rheumatismeF, gouttes, mala- professeur.
Numa bela quinta junto à praia e~tá dies de la femme, de l'apareil ~astro-intes 'l ir-a11x-Pigeo11s. - ~on Stand se trouve
instalada a estação do Cabo Submarino. tinal, de névral~ies, sciatiques, lympha- aussi dans le Pare Estoril de même que
Em Carcavelos produz-se um afamado tisme, rachitisme et maladies de l'Hpareil l'installation pour le.
vinho de mês<i. circulatoire. Tir-a11x-ass1Pltes. - Oü se sont formés
L'établissemcnt posséde égatement une de tres bons tireurs pour le Tír-a11.r-Pi-
Propagande de la Cõte du Solei! Fifty years ego this landscape was bu\ tuolion of beauty ond cornforh li must also
e veste ond dense pine-wood that the 211.i be recommendended the Park H otel, mo-
La commission d'lniti11ti11e de Cascais Earl of Mo!'er bought for ,\,onte Estoril dern, elegunt, and comfortoble, situated
installée à Mont'&itoril met à la dbposi- Society, \\'hich he has founded. near the sprinlo(, the Tennis Courts, lhe
lion des touribies 1111 serviced'informotions The Es1oris, seen from out side at sea, Golf-Links ond the Estoril Casino.
parfait et un confortable salon de lecture offer a surprising '1iew, either for the \la- There are other,, comfortable hotels,
ayant des om•ra!!es en plusieure~ langues, ried tinis of their trees or for the beauty Grande Hotel de Italia, Hotel Estrade,
ainsi que diver..es illustrations et 1our- of their chaleaux, \'illas, cottages, and of Hotel ,\\iramar, Hotel Paris, Atlantico,
naux. Tout pres se trouve le Station de~ the beautiful houses, in the portuguese Zenith, Savoy, etc., suppoying first rate
Poste et telégraphe. style, which lift up between the cheerful food. ab leveall the fish, which is there
end mi:;!hty \'e:;!etation, with our dazzling elWd}'::l very fresh, due to the fact of being
Cascais sun end the clearnes oi the atmosphere, very near a fishing harbour.
thi~ is an unheard panorama.
Á l'ouest des Etitori•, à l'extremité This sarne landscape unfold~ it~elf on Casino
occidentale de la bJtie e;;t l>ituée la \'ille both side, ali along the Sunny Coas! in a
de Cascais, siége du Conseil Municipal. sequence of egreable shores, ali full of E'toril-Casino, is a beautiful construc-
Cétai jadis la plage de la Cour qui rési- colour and life, which begin leaving Lisbon tion, nicely decorated, from where we
dait à la Citadelle, aujourd'hui residence Bli:t and .!!o without interruption to finish can see a splendid panorama. lt has also
de Monsieur le Président de la l~épubli et 1,.;asca1s. maguificents sulloons for evening parties,
que, est toujours fréquentée par notre expositions, theater, cinema 1111d also for .
meilleure société. regulated games (roulette and baccará).
Cette ville est éléganle svec des belles l he Sunn1 Cml Climlic, Hydro and l ourist
maisons et ses jolis 1ardins. Le Musée du Resort Sunny Coast Sporl Resorl
Comte de Castro Guimarães, chateeux
située su r la route qui mene á la Boca do The Sunny Coast due to it.~ climatics Gol/- Golf lhe fovourite f,!11me of En- ·
Inferno, contient une grande profnsion de conditions is also a tonical-sefative H.e- glish aud Americains, adopted by France,
riches pieches d'ort d'urgenterie artisti- sort. which is now getting so many adepts in
que et une r emarqueble bibliotêque ou se Its special situation the influence of the Porl11S1al, possess at Estoril, one o f lhe
trouve l 'orginal de la célebre Cnronique Gulf-Stream, maintaing in the balance of most beautiful links of Europe. Its present
de D. Afonso H enrique!! premier !?oi de its ternperature, the necessary dryness for area is of 1551000 square yards and is sí-
Portugal (X II siecle) écnte par Duarte a good atmosphere, the protection from tuated on the grounds overlooking Estoril
Gal11ào et délicamente enluminée. Sintra-Montaín. that acts as condenser Park. From every of the spots along its'
for the most of the moistness coming course, we can enjoy a delightful pano -
Parede from the north, give to Sunny Coast ex- rama, either of land or oi sea. lts tech ni-
ceptional climatic charecteristics. cal conditions are splendid. ln a streight
Á l'extrémité Est de la baie de lo Côte lts middling temperature is 12•h-C 53,6 liue of more thnn 2.200 Yards \Vith a dis-
du Soleil se trouve le séjour belneuire de F, during Autumn end Winter, and duriug tance of 166 to 5õ8 Yards bel\veen lhe
Parede, ou est installé le m11g11ifique :-.a- Spring and Summer, J71h e. 32,6 F, Which holes, it is uot crossed by any railway or
natorium de Sainte A une, pour les molodes shows by its superiority upon the climates rood, elways enbarrassing.
pauvres. li a été construi! aux frais de of Nice, Biarritz, and Catania(in Sicile) to
l'ilustre dame O. Amelia Chorniço Bies· be lhe most temperate climate of Europa. Hlppodrome and Polo
ter, et il est di~ne d'être visité.
La Commiss1on d'l nitiative du Conseil The field adequated to these sports is
MuniC!pel de Cascais a fait construire le
l heSunny Coast Hydrologic Resort situeted in the Bicesse Road, close to the
Solarium de la Pedra Alta, dens le des- The Sunny Coast possess also an im- Golf Link. There take always place Hyppic
sein de rendre un important service eu port1111t minero-medicinal Hydro Centre- festivais in Spring and Autumn.
traitement helio-rneritirne, le livrant apres Estoril Thermas - \\'ith the1r spring of
à la Municipalité de Cuscais. li est ,em- \\/ater ,\\inero-,\\edicinal, H)'persaline So- Lawn l ennis
sable à ceux de lerch·f.e- rouquels Paris díum Chlorate ,\lagnesian Sulphated Bi-
Plage. C'est une énom1e terra,se cerbonated Calcic and Lithate accordini;! There are se\'eral Courts \\1ith trainers;
ayant une três belle ran!lée de colonnes the classificat1on and official analysis of \\lhere every one can pley upon payment
et face de la mer J)Ol>.~édant toutes les Professor Charles Lepierre. of a fixed iee. The most frequented ere
conditions les plus néces:;eíres pour les The Estoril Plage Society, Conce~:;io those or E~toril-Park, Estoril Pavillion at
malades de la tuberculose exterieur. L'hé- naire of Thermal Spring, has ordered to ,\'\onte E~toril and Sporting at Cascais.
liothérápie est appliquéa selon le régime be built near the sarne, and within a Park,
Rollier. e splendid end modem Bath Establlshrnent, Horse·R1cing
Parede à cause de son cli mat idéal cst in the English Style, open ali the year,
uti lisée depuis long·temps pour les mala· under the direction oi distinguished phisi- The}' teke ah,•ays place in the appro-
des de ce genre. cians, for the use of Therrnal Spriug. priated se3so11 at the Hyppodrome of «Ma-·
La Commission. qui 11 cntepris de si The elegant building, planed wich sump- rinha» situeted at 7 nnles end a half from
i mportantes, améliorntions est cli:.!ne eles tuousness and comfort, is one of the Jr .<1 Estoril. 1t is the «rendez-\IOUS» or the ele-
plmi grilds éloges. important of that kind in the count. u1lo g1111t Society from Sintra 11nd of the Bath
pos~ess the mos! modem apparalusfo,s
colouies of Sunny Coust.
Carcavelos terapeutical use of phisical agents Heatt
C'est la premiére locolité c111 i 011\lro les Light, Massage Gyrnnastic, etc. A boveull, Automobile·Course
portes de la Côte du Soleil, 11011s mon- its mecanotherapie's instalation is the
t ra nt tout ele suite 11011 waud po1111oir ele mos! complete one. Within Estoril Park, over the splendid
sal ubrité non se11lement pour les udultcs, Great many diseases as; rheumatic, roads tul<e place frequenlly automobile
mais surtout pour les enfauts. Le '11111110- 11011!, diseases of Blood system, ladie~ 11il- roces.
rium dà Carcavelos joue un rlilc três ments, ga-,tric and intestinal disease", Fenclng
importent dons la lutte contre lo tuber- Neuralgia, Sciatica, Lymphatism, chil-
culose osseuse et g111111lio111111ire. There is 11 íencinf.! school ai Estoril Sp:i
dren's rickets and diseases of Blood cir-
Oans une rnai~ou Je compagne pr~s ele culation, ha11e obtained, by cause of corbo l'ein'.! well frequented during all the year
la plage est installée la Statiou Télé:.(rn- gaseous bath similar results to those under the direction oi o Fencing-master.
phique du Cable Sousmarin. obtained at the Royat an Nanheim Spas.
Carcavelos produit 1111 11in Ires re- The E~tablishment posses;; al~o a large Rialng-School
nommée. swirnming beth, ivith water at 27th of tem-
perature, ali covered with gla"~. \llhere At Estoril Park there is also a Ridinl!
teke place beeutiful sportive festi\'ities, school, much frequeuted by lodies and
Sun ny Coas t and swimming competihons under the di-
rection of remarkables teachers.
chilclren, under rhe direction of a clever
ri dinlo(-ma~ter.
Estoris Pigeon-Shooling
l he Sunny Coast. Pleasure Resort
About 15 th mile' to the \\'est of Lisbon lts Stand remnins also at Estoril Park
on the Atlantic shore "'ithiu the n111je,tic As pleasure Resort, Sunny Coast is a as well as lhe Plote Sllooli11g- Stand,
bay. \\!hich stretches frorn the Point of first rate one. Amon!I the hotels, the first where have been trained very good shoo-
Rana to Santa ,\\ artho, Beacon unfoldinst place belongs to Estoril-Palace- Hntel, ters for Pi!o!eon's Shooting.
al ong the gentle slopes which rise in the which has been lately built, and as been
nor thernly direction, remain two of the officially classed as luxury Hotel posses- Beaches Nautical Sports
most beautiful and modern pleasure and sing the refinements of comfort end ele-
tourist r esort.s of Portugal 1-':STORIL :.iaricy which may be requi red for lhe mo- There are man)l beaches elong de Sunny
ANO MONTE ESTORIL. dero ci\lilisation l>eing in a privili!.(ed si· Cuast hui the most adequaled Tor-sea..
l'arlnà S SÉMANA PORTUGUESA
Palauras memrnas ~ijueles ~ue ~elo seu trabalho e honestrna~e. o rnnielho~e ~asials multo ~eue
Engenheiro: Raul Ca1·doso ltes- DI'. :tlario Cândiclo ele Sousa. Isso não o i mpede porêm, dê já
11ano Garcia (Veterinário Municipal) ter no seu activo r elevantes ser vi-
E' um funci onário cujo aprumo e Têm a paixão da sua profissão. ços prestados.
honestidade pódem e devem ser Pertence à pleiade dos novos C onsciente do seu valor que é
exemplo de todos os que desejam que prestigiaram a classe. grande, não transige nunca com os
bem servir. Se não fôra êle e o Dr. Piadeir o hábitos do passado que nêste Con-
Quando no meu espirito surgem outro novo de grande valôr intele- cêlho eram regra em assuntos de
duvidas sôbre qualquer assunto é ctual e morai, a C âmara e muito estética.
ao seu consêlho seguro e ordena- principalmente eu, terí amos sosso- M eteu na ord em aquilo que dela
do que recorro para as dissipar. brado na luta que susten tamos para andava arredado, ponda cada qual
Trabalhador infatigá vel alicerça meter na ordem os Ser viços do no seu logar : os mestres d' obras,
essas faculdades numa inteligência Matadouro e i mpor o Regímen de os amadores de projectos e os
brilhante e numa modéstia sem li- Municipalização de Carnes que hoje creadores oe estilos . . .
mites. está st:ndo copiado por outras Câ- Tem em mim um admirador.
A obra da Câmara é em grande maras.
parte obra sua. D evo-lhe o fa vôr de uma bôa Dr. Antonio Pere ira Conth1ho
Honro-me com a sua amizade, amizade pessoal nascida nas rel a- (Medico .lf1111iâ pal)
muitas vezes demonstrada. ções de serviço.
Emíclio l<~rancisco tl' Alme iclll. E' um funci onário co m quem o
(Secretário da Câmara) Dr. Alberto •ltlmu•do \ ' alatlo Câmara conta em todas as emer-
Impõe-se pela orientação e mé- Nava1·l'o (A dvo1rado Sindico) gências.
todo que imprime aos ser viço a Transcrevo-as faz endo-as minhas Inteligente e honesto, nunca a
seu cargo. as palavras do Senhor Presidente sua profi ssão foi um balcão de ne-
Nunca precisei de qualquer infor- da Câmara de Oeiras : gócio.
mação ou documentos r elativos a •Especializado em a ss unt o s E' o médico dos pobres e dos
assuntos das suas atribuições que administrativos, alia à sua notável desprotegidos.
me não fóssem dados imediatamen- proficiência, qualidades de i nteli · Devo-lhe como Presidente da
te. gência preciosas, honesteni <Jade Câmara e Delegado do Govêrno,
Acusam-no de sectarismo politi- impecável, elegância e fino aprumo muitos conselhos e inesqueci veis
co. Posso afirmar que as suas ati· de todas as suas atitudes e ac- provas de amisade.
tudes políticas nunca transpuzeram ções•. Dirige gratuitamt!nle a Créche
as portas da Repartição. E' de facto assim. •José Luiw.
Devo-lhe uma colaboração leal .Jol'ge Segm·1ulo (rlrquilecl o)
que muito me apraz registar e agr a- E' de todos êste:; funci onários o ANTONIO C ARDOSO
decer públicamente. mais modern o na Câmara, TEKENT E
A obra levada a cabo pela Camara Municipal sob a presidencia do Sr. Antonio Cardoso
Administrador do Conselho
Comissão Administrativa: Antonio Cardoso - Presidente; Franklim Lamas -Vice-Presidente -Fer-
nando Bravo - Vogal; Eduardo Maria Rodrigues - Vogal. Antonio Lopes Martins - Vogal; Joaquim A maneio
Salgueiro Junior - Vogal.
Ão tenho a pretensão de apresentar uma obra Alargamento da Avenida Emídio Navarro, num
N pnfeita.
Tenho apenas o orgulho de poder afirmar
que ela tem sido realizada dentro dos mais
escrupulosos principios de honestidade.
Como não podia dei'<ar de
troço compreendido entre a Rua dos Navegantes e o
Largo do Gama, com expropriação dum prédio.
Construção completa dos colectores para esgôtos
a poente da Avenida Vasco da Gama com prolonga-
mento até ao Mar, onde vão
sêr - porque há-de sêr sem- desaguar na altura de Santa
P r e as si m, em quanto o Marta.
mundo fôr mundo e por cá Construção de duas câ-
nos andarmos acotovelando maras para ejectores pneu-
- têm a Câmara sofrido cri- matico-automáticos, destina-
ticas e campanhas a que não dos a elevar os esgôtos da
têm sido alheios subjecti vis- parte baixa da Vila.
mos políticos e caprichos Construção de uma parte
malévolos, de mistura por dos colectores destinados a
vezes com intenções hones- conduzir os esgôtos a essas
tas, mas imponderedas, na câmaras.
apreciação nervosa e apai- Alargamento do gavêto de
xonada dos factos e dos ho- ligação da Travessa dos Na-
mens. vegantes com a Travessa
A 1g um a s ocasionaram de Alfarrobeira.
certa desorientação no es- Calcetamento da Calçada
pírito público, sobretudo no de Alfarrobeira.
daquêle público, que por Calcetamento de parte da
temperamento ou defeito de Rua da Bela Vista.
educação, está sempre dis- Construção dum Largo de
posto a acredítar em tudo o ligação d a Alameda d os
que ouve e lê, sem joeirar a Combatentes da G ra11 d e
idoneidade dos críticos e in- Guerra com a Avenida Val-
quirir da razão e acerto das bom, com E:'xpropriação dum
afirmações que fazem. prédio.
Nenhuma trouxe porém, Terraplanagem das partes
felizmente, a qualquer dos marginais da Alameda dos
membros da Câmara, moti- Combatentes da Grande
vos para se sentír abalado, Guerra e arborização da
pois a apreciação objectiva, mesma.
que nos tem sido fdta pelos Aterro do Largo Costa
homens de cérebro equili- Pinto e ajardinamento do
br ado e i ntenções li1as, su- mesmo.
plantou sempre as rajadas Construção d u ma casa
que nos têm batido. nêste Largo para instalação
Por tal razão, vencidas as das má quinas elevatórias
dificuldades que semearam dos E:'sgôtos.
Tenente A NTON IO CARDOSO
os que só sabem destruir, Construção da escada de
Administrador do Conselho e Presidente da Camara Municipal
seguiremos o caminho que a acesso à Rua Fernandes To-
nossa consciencia e a nossa inteligencia nos indicarem maz.
como melhor para o progresso do Concêlho e pres· Reparação da Rua Rodrigues de Freitas.
tigio da Ditadura. Colocação do Oblisco na Praça Costa Pin:o.
E com o amparo dos amigos desta Terra e auxílio Construção de lavadouros para peixe e aumento
do Govêrno, acrescentaremos aos que já fizemos e de mezas para a venda do mesmo no Mercado.
que vou expôr, aquilo que é urgente que se faça. Ligação com expropriação de prédios da Alameda
Zona urban iz ada dos Combatentes da Grande Guerra com o Largo
fronteiro á Praia.
Cascais Calcetamento e transformação da Praça 5 de Ou-
Alargamento da Rua Guilherme Fernandes. tubro.
T ransformaç.ão do Largo das Terras, com iluminação, Construção das garages municipais e respectivo
arborização e construção de placas centrais. armazem (esta obra já estava i niciada). Construção do
Arranjo da Rua da Bela Vista. jardim josé Luiz.
S~dA.NA PORTlJ(~lJt:SA l»aglna U
Calcetamento do Largo
anexo à Igreja da Fr1::gue1ia.
Ajardinamento do Largo
d'Assunção. Demoliçl\Q do
muro que circundava os fôs-
sos da Cidadela e construção
dum novo com revestimento
de azulejo.
Construção duma placa
central no Largo da Fre~ue
zia e destinada à memória
de Costa Pinto.
Construção dum a p e -
quena memória à Travessia
do Atlantico.
Trans orrnação doe: jdr-
dins da Parada e lJ. Diogo
de Menezes.
Transformação do Ma·
tadouro e construção da
casa de matança de porcos
e lavagem de 111iudezas, de
harmonia com os mais mo-
dernos ensrnamentos.
Aquisição de toda a apa- ,
relhagem necessária para
tal fim, !>em como de ba-
Ca.u;ols- Buia de Cascais
lanças para pezo VÍVO e Baia de cascais Cascai•' Bay
morto. La Beie de Case.is Die Bucht Yon Casctis
Sinalização do transito
feita em postes de cimento armadl\ devidamente pin- Cl)Jnp·A de um cilindro mecânico a óleos pesados
tados. de 12 toneladas.
Substituição das condutas de agua destinadas a Compra de um auto-Ianque para es\laseamento de
abastecer os prédios s11uados n<1 Estrada da Bôca do fossas e dum ~rupo molo-bomba.
Infern o, Criação de viveiros de ro~eiras e outras flô- Compra de um automôvcl para serviço ca.narãrio.
res nos terrenos anexos á Abegoaria. Compra de uma camiont-te própria para o trans-
Reparação das Escolas Latino Coelho e Conde porte de carnt's.
Ferreira. Pequenas olm1c: na Secção de Engenharia, Finanças,
Pagamento de metade da despesa de conservação Po~to Pvlic1.tl, Guarda Republicana e Inspecção de
do alcatroamento das ~uas Municipais. Saúde.
Arranjo <la l~ua Alexandre Herculano. Alargaa1enlo e aformoseamenlo do Largo da Es-
Compra da casa •Conde da Guarda>, para instalação tação.
dos serviços camararios. Substituição do muro de vedação d0s terrenos cio
caminho de ferro.
Cons.ruçào dum a pe-
quena ~llra<.!e iunto do Chalet
\'ieira da S1l va como com-
twnsação do terrt-no cedido
pelo proprietário.
DC'111olição e co nstrução
dn frontaria duma casa pua
i1lari,tamento da Rm.s Re~1-
111erito 19 de lnfanteria. '
:flonte E!itoriJ
Arranjo e alcatroamento
dn lfoa Conde Móser.
Alc11troamento da A ,ie-
nidn $at oia.
J\rranJO da Avenida do
rai11I.
Arranjo da Avenida S<1n-
fré.
Con!'êr10 da Rua Bijou.
Arranjo e 11lcatroimento
da Rua Pinheiro.
Arranjo e alrntroar ento
d:i Avenida elas Acacia~.
Arranjo de um aquedmo
de ai.<uas fluviais da mesma
Avenida.
Ca•cais - Cidadela Arranjo e alcatroamento
ca,cAIR Cltadel
Zl:udelle in Cu~cai~ da A \lenida dos Estrangeiros..
~agbaa t~ SEMANA P()R'fU4,JlJE~A
A
Minha
Terra
"SEMANA PORTUGU E·
SA• pede-me, nem eu
sei bem por quê, um as pala-
vras sôbre Casca is, sôbr e
esta terra a que tan to quero
e que no seu mel ancoli co
viver de «velhinha senhora>,
parece desconhecer-se e re-
cear-se, quando pretendem
t ocar seus pergaminhos ou cascais - •Boca do Inferno>
torna-la cmenina do nosso La •Boca de Inferno> The •~\outh ar Hell•
t empo•. •Bouche de L'Enfen Bollenrachen
Nem «rouge•, nem • ba-
t on•, nem •cremes>, nem cessencias• caras, consome de Cascais, não é empreendimento de tomar a ser io,
a predilecta da antiga côrte, tão certa está de que, por muito grnnde que fosse a competencia !iteraria
t endo por mãe a Natureza, não carece, para merecer que a tanto se propuzesse.
a nossa dedicação ilimitada, de se mascarar, de se Cascais, a par da sua \lida intima, isto é, da sua
cobrir de enfeites, bastando-lhe seus encantos, suas ex1stencia ci\lil e burguesa, tem historia honrosa no
belezas naturais. campo militar e nas lutas entre os que, em epocas
Velho rincão, burgo pobre e honradinho que tem varia~, pretenderam chamar seu • ao •nosso querido
visto e sentido como poucos o embate violento do Portug~I. Mas não interessa ao fim que destinaram
marulhar continuo da intriga e do despeito entre os esta re Jistu, !embrar os feitos heroicos que Cascais
homens, só pede lhe concedam a calma que gosou prest:nceou, nem, filo pouco, relembrar os seus tem-
em tempos idos, a p11z que foi seu bem principal pos felizes, em que desconhecia a fome, em que se
quando era a pacata aldeia pescatoria, apenas ani- bastava a si propria, á custa des.>e mar que foi pro-
mada nos cur tos mêses do verão em que via colori-
das e aristocratisadas as suas lindas praias, encanto
e sedução que o tempo lhe roubc;u, para os entregar
sem pejo nem remorsos, a outras que foram chegando
atrasadas de muitos anos, mas mais audaciosos, mais
impudicas, mais • dern ier cri.,.>, consrgu irarn l ançar
a vila-mat: num quasi esquecimento, no cêsto dos
papeis velhos ...
/llafreijo
ASSINEM
Semana
Portuguesa
Cascai• - O Fdrol de Santa Marta
El faro de Sanai Marta 1'he Light·hou'c oi Sunla Martho
l.e phare de >•mie Mur.hec l.euchllurm ::>anlu Murtu
P1'lglna u; Sl<~llANA PORTUGUESA
O..,MUSEU..,BIBLIOTECA
<ONDE <<ISTRO GUIMARÃES
• • •
CASCAIS
Dr, Manoel de Castro Guimarães, formado em direito pela Universidade de Coimbra e antigo Di-
rector do Banco Lisboa & Açores, faleceu em 15 de Agosto de 1927, foi u111 apaixonado músico tocando pri-
morosamente orgào, tendo em Paris recebido lições de Eugeoio Gi~ont e Alexandre Guillerman, publicou em
edição comemorativa, fazendo anteceder um prefácio na Cronica dt:! Afonso l l enriques, por Duarte Galvão,
legando após a sua morte à Vila de Cascais a sua casa, que é hoje o museu.
Além disso dividiu a sua fortuna em três partes, duas das quais para a família e uma para a
Vila de Cascais.
* * *
Não longê do Museu e a Caminho da Vila encon-
tra-se a Igreja paroquial, digna de ser visitada por
possuir, alem da colecção dos quadros de Josefa
-
LOUÇAS DE ESMALT E dos
;r;:;. 1.. l . n h: d <' C nm õe«. :;7 TELl!FON E OASO\IS, oo
I~. Vi sconde da L uz, 9 e l l
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GERMANO S. TORRADO
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arti<;?os tn10l!raficos, certas dt· jos,:ar. a!!uas de
1 modelo>-, a~:.im como, T el ef o ne 5-1 - Cascais
me,a, cen·ejaria, refriste1 anti"· chocoh1t es, repareç/le,, ele toda a
di~cos e grafonolas, perfumarias, 1,1 e., etc. espécie Esta cnsa torna-se
Deposito de tabaco~ e fosforos 1 1 i:.emprc preferid a pela
Rua Re gime nto 19, n .º 23 a 31 col onia C$trangei1a de
passai:!< 111 pela Costa
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da F. de \!edícina, 2."' e 6."• feirts - l!l 1/2 h.- Doenças de garganta,
naris e ouvidos Dr. l.ulz Macieira, interno de oto-rhin o·lerín gol ogia
dos tfospitaes, 3."", 5."' e sabados l.'i h. -Cirurgia, Io!eral, doenças das
T e lefone - C ascais 16 s."" e opernç<les, Dr. Luiz Quint e/a, Ciru rgião dos Hospitais, 3.ª", 5.••
e sábados, 18 h. Doenças \'enéreas, dos rins e vias urinár ias, D r.
Março/ de ,lfendonça, Director da Clinica de venereologia do Dispen-
Eário de li'gienc Soc'al, Todos os dias 10 h. - Doenças da boca e
dentes, Dr. Anlonio }01ge, Interno dos Hospitais 2."'\ 4... e 6.•• feiras
15 h. - Clinica ~enl Dr. Pereira Colflinho, Director Clínico do H. da
.\\i~ericordia, todos os dies, excepto 4.as - 13 1/2 h. Análises C.ini -
cas e vacines, fJr. jotJo A /oim, Assistente de Anali~es Clinicas dos
Hospitais, f(a ios X, Dr. jo~é de Padua, Interno dos Ho~piteis.
LARAMA
LAMPA
POUPAM A VISTA DE CORRENTE
Paglna 23 SEMANA PORTUGUESA'!
Comi ssão
de iniciativa
e Tu r ismo
do Conselho
de Cascais
iniciativas se conjuguem pa-
ra que a Costa do Sol pos
sa vir a ser o espoente ma-
ximo da riqueza do nosso
paiz.
<Semana Portugueza • se-
gundo me dizem se propõe
contar todas as belezas de
Por tugal, não se ponpando
o trabalho, nem a sacrifíci os
de- toda a ordem, para levar
alem das nossas fronteiras
o echo vibrante da sua vós
atravez das suas páginas
ilustradas, conseguiu nêste
número especial que pptrio- Sede da Comissão de lniciat•11a do Concelho de Cascais
ticamente dedicou aos Esto- Casa onde funciona la Comisson de iniciati11<1 The house of lhe lniciatioe Comission
ri s, ver cravado do melhor Maison de la Comission lniciati11e Auskunftsbilro der Propagando-Gessellschatf
exito o seu objecti vo.
Nunca em Portugal se fêz em jornais ou revistas Que me perdoem pois os simpaticos dirigentes da
uma edicçi'lo tão completa de propaganda da Costa do revista <Semana Portuguesa•, se não correspondi em
Sol, propaganda que representa um perfdto cAlbum• sabedoria, como muito desejaria, á muita competencia
senão um precioso documentário de inestimavel vatôr. que certamente de mim esperavam, ao dirigir-me tão
Como portuguez e nunca como pretenções peseu- amavel quanto honroso convite, porem, a mais não
do literárias que me abalancei a vir dizer algumas chega o menengenlio e arte.
palavras despi das de luzimento sôbre o Mo'lte Estoril Que os leitores me relevem pela intenção que
Hlhos tão sómente do muito amôr que consagro ao me inspirou a veleidade em que sem querer me dei-
meu paiz e no bom de desejo de contribuir até 011de xei cahir na certeza de que êste despretencioso artigo
chegaram os meus poucos conhecimentos literários não t~ve outra mira~em que não fôsse a de corres-
para erguer bem alto o nome portuguez o com êle a ponder à ~<'ntileza do convi te e há muita amisade que
beleza, o encanto, a graça e o valôr da minha queri- me liga d i revista <~emana Portu~ueza».
da pátria, da lida terra portugueza. S. joà') do Estoril Março de 1933
..
D ANILO
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~ .e
•:.:~•~llíll.05lll1e,;iz: 11iot;u1at.o
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foi executada i"
w nas oficinas ll<
S gráficás d e ã
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Alvaro Si 1va ~
~
: eJ. B. Vicente e
5
; J, i m i t a tl a f1~
111 Telef. 2 8650 ~
= ~
Monte Estoril - t-lall da Séde da Comissão de Iniciativa
Despacho de la Com!sión de Iniciativa
Bureau de la Comission de lniciotive
Tne Office of the lnici11tiv.! Comission
Bilro der Propagand11 Gessellschaft
• ~
ª •~-~~~~!HS!f~
.........
i_,aglna ~IS
A TERRA
ENCANTADA
E toda a e Costa do Sol>,
D é sem dúvida alguma
o Monte Estoril a princêsa
encantada, e que nos inebria
e i.eduz, não só pelos colori-
dos da sua frondosa vege-
tação como enfim, por todas
as belesa'> que encerra, o
que demonstra bem, que a
obra do Criador, perfeita e
oni potente de coisa alguma
se esqueceu.
O Monte Estoril, vigilante
como qualquer guerreiro or-
gulhoso pela vitória, recur-
vado sôbre a montanha, olha
atentamente o Atlântico, que ftlonte Estoril - Comíssilo de ln!ciati\>a - Sala da Biblioteca
de vez em quando lhe vem Comi~ion de lnicialilla Sala de 11 Bibli ot eca Jniciative Comission Librori :;aloon
beijar os pés, umas vezes Co:ni-;sion d'lniciutive - Salle de 13 bibliotheque Biblíothek im AtBkunftsbilro
impetuosa, outras mansa-
mente. reabrir a não ser que, transformado em mais um Hotel.
Pena é que os seus encantos e são êles tantos É pena, mas o seu rival o Estoril, que afinal não tem
que me é impossivel descrevê-los não sejam reconh e- tantos encantos, apesar da grande maquilhage que os
cidos por aquêles qu.: tinham obrigação e o dever de homenc; lhe imprimem conseguiu porém, tirar-lhe a pri-
não esquecerem a princesa encantada da bela Costa masia.
do Sol. Todavia, para mim, que sou fran co e justo o Monte
O seu Casino que out'róra recebia em seu seio não Estoril é e será sempre a princesa encantada da mais
só os turistas de tofo o mundo que nos visitavam, bela costa de Portugal.
como as pessoas da nossa mais alta sociedade, dórme
fechado e com escritos sem esperança sequer de jámais A le.randre d' Oliveira
Anunciar na «Semana
Portuguesa» é recla-
mar bemos seus pro-
ductos e leva-los ao
conhecimento do pú-
blico.
1 A
is========~====================-• : •-===========================:::=::~
São LuJz - «l F l nfJo respon· rei, é a continuação dos •5 Mos- inter<>sse conseguiu dar-nos uma
de •. queteiros>, fita que teve um exito agradável pelicula de exteriores,
absoluto. semeada aqui, duma cena de ele-
Um film esperado com interesse A •Milady• està certamente re- vada ternura, além d'uma cena de
e que d'uma maneira geral corres- servado um· triunfo identico, aten- baixa espéculação financeira.
pondeu á espectativa. dendo ao inter esse que no publico A história desenrola-se em volta
- Dizemos duma maneira geral
porquanto a técnica e1r1pregada
não nos trouxe nada de novo.
Com isto não pretendemos tirar
o valõr á fita onde ha a destacar
depois da interpretação, os jogos
de luz e a fotografia impecável.
É principalmente na segunda
parte, quando surge no meio do
mar, a gigantesca plantaforma da
Ilha Flutuante para servir de escala
aos aviões transocianicos, que Eric
Pommer afirma as suas qualidades
de bom r ealizador, conjugando com
perfeito equilibrio a interpretação
com o lado técnico.
Charles Boyer, Jean Murat e
Daniéle Parola, três valôres do ci-
nema francêz, são os principais in-
térpretes e fazem-no de forma a me-
r ecêr louvores.
Charles Boyer em primeiro pla- José Mojica, o slmpatico e popular tenor tam querido
no, r epresentando com um realis- do nosso publico.
mo impressionante. (Cliché 11entilmente cedido pela Com-
O publico, que tem enchido to- panhia Cinematografica de Portugal)
das as noi tes o S. Luiz, encontra
nêste filme emoção e algumas pas- dispertam certas figuras de roman- de •Tommy• cavalo de corridas.
sagens de bom cinema. ce criadas num ambiente de heroi- A destacar o bom trabalho de Er-
cidade. nest Torrence e a excelente foto-
A interpretação ainda a cargo de grafia.
()entra 1 - •Nilo quero sabBr Bienche Montei, Aiméc Simon V. C.
quem és• .. . Girar'! e Harry Baur, está entre-
gue a bons artistas.
- A dentro da sua categoria é Cenários bem organizados e bôa
um bom film. Todo êle num am- fo tografia.
biente de verdad eira alegria e fres- 'rlvoJi - «Tarzan, o homem macaco»
cura denota bem o gosto artístico S. Luiz - 11.Tarzan, o homem macaco»
do seu r ealízador. Odeon e Palaeio - «O au/oma- Central - «A melhor cliente»
Geza Von Bolvary dirigiu com to do amôn, G iná 1do - -.O filho da lndia»
elegância esta linda historia côr de Odeon - «Uma alma livre•
rosa que inspira e enternece o es- Vê-se com pouco agrado, e es- Co ndes «0~ 3 de casaca»
pirito, e onde ha paisagens magnl- taríamos talvêz muito perto dum Royll l -«Se~redos d'uma secretália»
ticas. fracasso se não fôsse a bôa inter- Palaeio - «Uma alma livre»
Encontro e beleza são os princi- pretação do actor Max Hansen que Chil\dO Te1•1•mo1c-«A Frente in11i·
pais factores desta obra que tem consegue por vêzes amenizar um sivel•
ainda a valoriza-la a feliz interpre- pouco a insípidêz do argumento e J ,y11 «Ama-me esta noite>
tação dos simpaticos artistas; Lia- a monotonia de certas cenas. Olimpi1t -A~ulho em palheiro-Casa-
ne Haide, e Gustav Frohlich e a No Odeon, em fim de espectacu- mento síngular
graça do ímpagavel comico Szoke lo, apresen tam-se a coupletista Pn1:h1 - «A Cortezil
Szakall. Pefiíta de Andalucia e Douglas et Euro1•"- 'º príncipe da Arcádia~
A viagem de automovel da Ale- Josephine, bailes amerir.anos e Ca1•ltólio - «ffapa1. ou rapariga~
manha para a ltalia é um lindo poe- acrobáticos. .Jardian C in<'mn «Titans do Céu»
ma visual. A. F. Palatln o - Santo Amáro - Filmes sen·
sacionais
CondeM - •tftilady•. Th'oli - •Puro Sangue• . Sah'io Portni:uul - C. da Memória.
Promotora Calvári o.
Lição de história que relata as Reside o valôr dêste filme na Cine Uo cio - Arco do Bandeira.
iutas entre o astuto Cardeal Riche- excelente realisação de Charles B e lgicll Ciue m a. R. da Beneficencia.
lieu e os valentes M osqueteiros do Brabin, que d'um tema sem grande Ide al - Rua do Lo reto.
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PAG.INA DE TOUR OS
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Não queremos ferir i nteresses dos touros de morte,mas só agora pa~sam nos bastidores da tauroma-
materiais, mas lambem não deseja- adq11iri a cer teza. quia nucíonal. Limito-me a qaran-
mos que espesinhem, com o seu Não qut!r o fazer a análise pro- tir-\los que existem coisas interes-
exagerado comercialismo, uma art~ menorisada das suas atitudes mas sanlissi mas.
que é bela e emoti\la. A festa dos ~aranto-lhe senhor SeQurado que
touros, prezados l eitores, não é V. Ex." km de contar com o Grupo *
D o li\lro Uno ai sessio, T ouros e
êsse espectaculo que os empre1á- do Sector UM e muito t'Sp~cial-
rios portuguezf's, chefiados p:1r mente comigo. Toreros em 1952, tràduzi es im-
José Segurado, organisam. Isto que V. Ex.ª tem chuchado com todos pressõ s daquêle distinto critico
se faz aqui é uma tôsca imitação aquêles que precisam de ~i, e há espanhol sôhre Pepe l i;!lesias e
do que se faz lá fóra e:n Pranç..i, bem pouco tempo chuchou com a Cayetano Leal •Pepe-H11lo•. Do
Espanha etc. Bem sei que a morre direcção daquê'e Grupo que nada, primeiro artista diz: T oreou no dia
do touro está proibida por lei, mas fix e bem, precisa ou quert da sua 22 de Agosto em Tarrazona de la
ta1rbem não ignor am que o~ ca r- pessoa. M ostrou concord ar com os Mancha e matou dois touros; com
tazes, mandados 11fixar pel A Empre- meus pontos de vist'I e quAndo, essn corridl'I comecou e acabou a
za da Praça de touros do C'a111po ingénuamenk, pensei que lhe po- t . . mporadH. Ta111bem é outra lásti-
Pequeno são uma vergonho-a diamos oferecer a nossa aliarça ma de toureiro! E é que isto do
afronta à critica portu çtueza, que desinter essad11, V. Ex." continuRndo toureio está cheio de lá 0 ti111as. Sô-
tanto tem defendido a Festa Hrava, a chuchar conôsco, manda af1xnr bre o novi 1h . . i ro •Peoe1 Hillo)) diz
e ao grupo Tauromáquico do s.c- aquê'es pHpeis ordinarissimos pe- q11 e toureou des?ssete corridas e
tor um, que se conlitu iu exprt'Sl\8 - las paredes da nossa CApital. Ago- que quási sempre bem.
mente para criRr um espectaculo ra, mai s a sangue frio, compreendo NIZZA DA ~ ILVA
que nunca existiu em Portug111. o seu pr opósi to. V. Ex.ª quere es-
0 nosso piitrimónio artistico em pécular com a nossa proragandil,
matéria de touros, não existe por- mas falta-lhe a inteligência. Real-
que se olharmos para o passado, mente não é a sua idade a mais
não encontramos um detalhf' ou própria para essa metamorfose tão
uma demonstrnção de que a Festa
Bra\la tf'nha sido culti\lada no nos-
grande.
Se o senhor nunca pr,)\•ou pos- A VIAÇÃO
so Pais. Existiram apenas cavalei- suir fósforo, como é que quere,
ros. creio que bons, mas se real- nesta altura, adquiri-lo. O Grupo O problema da a\liação constitue
mente montavam e ensinavam mui- T ouromáqui co do Sector U.\1. a actualmente uma necessidade abso-
to bem os seus ca,·alos, todavia que me onwlho de pertencer, ofe- luta. T anto assim é que fácil se
pouco percebiam de toureio. No rece desinteressadameme o seu torna verificar o incremento enor-
T oureio a pé-aqui arde Troia a concurso a todas as pessoas que me que êle modernamente tem to-
\lergonha era completa. Ainda mos rem boa \lontade e absoluta mado em quási todos os Estados,
ha\lia o bom senso de lhes cha- concordância com o nosso progra- que procuram assim acompanhar
marem capinhas, toureiros \lolantes mil. bem de perto o progresso da ciên-
etc ... Pena é que lhes não dessem ~ ste mereceu a apro\lação sin- cia, egualando-se mutuamente nos
o \lerdadeiro nome. cera de todos os \lerdadeiros cri - processos de o fazer.
Por culpa dos nossos antepas- ticos de Portugal. São exemplos, para não citar-
sados, que não soubernm ou não Eles estão a nosso lado auxili an- mos outros: a Alema ha, a ltalia, o
quizeram seguir o exemplo dos ou- do-nos com os seus prociosos co n- Japão e a Russia.
tras paizes civilizados, somos obri- selhos na justa campa nha de Tou- lnfc:lízmen te em Portugal o pro-
gados a suportar tudo que nos ros de M ortt>. blema aviatório é ainda uma crian-
quf'iram dar. T enho de admitir e respeitar a ça recemnascida, e o pouco que há
Saímos do Campo Pequeno a <li- opin ião das pessoas que de testem feito é o resultado de esforços i n-
zer mal das corridas e logo a se- as Corrid as de Touros e as toura- dividuais, e não como devia sêr, o
guir \!amos comprar bilhetes para das. Lá têm as suas razões. M11s resultado nascido duma vontade
outra fantochada. E porquê? admiti r que h ~ ja em Portugal pra- colec1iva que con•cenciosamente
Porque existe no nosso povo a ças de touros onde se não respPi- ti\lesse uma final idade.
intuiçào da Festa, embora embota- te a dignidade do publico e dos • Sem11nn Portugueza • que pro-
da pelos sucessivos desenganos próprios toureiros, isso nunca. O meteu interes$ar-se por todas as
que sofre quando lhe anunciam ca\la leir o tauromáquico tem o ~eu causas justas tem o prazer de anun-
toureiros de categoria e lhe ofere- posto dentro do tourei o mas o ciar aos seus leitores que muito
cem Melchor Delmonte, Alé, Baha- peão luta com enormes dificulda- b1 e\lemen te irá têr uma página diri-
monde etc. des para conseguir colocar-se. O s;iida pelo nosso prezado amis:to
Olhem para êsses, repito, iode- emprezário, excessi\lamente sianan- senhor Romeu Cunha, um moço
centes cartazes a convidarem o pu- cioso, contrata exatamente 11quêles cheio de valôr que á causa da a\lia-
blico a renavar as suas assinaturas que pouco esc~upulosamenie se cao tem dado o melhor do seu es-
e \lejam o que êles prometem. presh11n ao papel de fi~urante da forço, e a quem se de\lem já l'll-
Nada, llbsolutamente nada. Nem companhia cómica do Campo Pe- çtu 1s trabalhos de \lerdadeira utili-
podem prometer porque o próprio queno. dad P.
emprezári o não tem programa parn 'ão cito os nomes dos preferi- Antecipadamente agradecemos a
a temporada e por isso pr1-tende dos porque não quero quPimar sua valiosa colaboraçao
estabelecer a confusão ches:iando todos os cartuchos, mas garanto-
até a desmascarar-se completamen- lhes, meus senhores, que me encon- V I S ADO PICL.A OC>NllS -
te. Já suspeita\la que mestre Segu- Iro com uma \lontade doida de vos S ÃO
_ rado era um dos maiores inimigos dizer alguma coisa das que se
Página 3 2 Sl 'U ANA PORTUGUESA
VISITEM
O ESTORIL- COSTA DO SOL
Estância de P razer e de Alegria
ti • •
UEM nos havi a de dizer, que há meia duzia de anos,
reza, que por a1i medrava, fez dêste rincão abençoado como
maravilha digna de r espeito, pelo trabalho a'i consumado - e
contemplação pelas belezas estonteant s que se admir?m.
Que111 nuncii, tivesse viajado Dor êsse mu ndo fóra, - e
pela primeira vez pisasse a mans;dào do relvado que se esten-
de vi::rdejante pela Costa do Sol - decerto que a sua aln•a
há vida de prazeres e de sensações ficaria estupefacta pelo que
viu - pelo que avistou - e pelas grandezas que aqui e ali se
desen rolctm meigamente.
Estoril - Estoris - abençoado e mimoso torrão que das
maravilhas sôbre nrnravilhas - belezas sôbre belezas - praze-
r es sôbre prazeres - a todos aquêles, do estran~H ro e de
Portugal que, numa hora de bom espírito soubt ram encami-
nhar seus inci::rtos passos, rara tão encan tadores siti o ~.
Esta e~tânc ia maravilhosa que fica a tres quilometros da
nossa linda e ~a rrida Lisboa, servida por um confo rtA r te e
m.Jdernis-imo com' oio electr co - b<:inhada-se suavemente de-
las aguas tranquilas do atlAntico, que e n~o lfa lda n· ma baia
cheia de 111agestade que vai da no11 te de Rana e se enttn ·e
deleitosamente a•ê ao farolim de Santa M<:rta = é inco ntestá-
\·elmente com
todos ê s te s
riquíssimos
pre d i cados-
u n s dados
p e 1a própria
naturtza ou-
tros pe 10 tra-
t>alho de f'n- J·'a n" to <l 1• l•'i~o ei l'etl o
~rade drn ento
a mais bela maravil ha que Portugal ufan<1mente baloiça no seu
purpurino regaço.
Tudo ali é um perfeito Eden - até a própri a atmosfera
que se respira co nforta mais - A própria luz que abraça êste
macisso de encantadora verdurn - numa côr verde que nos ext a-
sia e nos faz sonhar de'eilosamente- é outra - pela sua clara
inte111idade, pelas variadas transformações que a atmosfera be-
néfica l he dei.
A e l e~ânci a do moderni smo fez desta p<1 isagem dulcefi cante
- uma das mais raras maravi lhas, que nos é dado gosar.
O encanto que se sofre que pela primeira vê t visite a
rosta do Sol, é i ndiscriminavel - pois lhe são tantos - a nos-
sa alma banh-i -se numa sensação tão impressioni;ta-que não
mais ela nossa r efina ~e apaga.
Tudo enfim aqui é belo - deslumbra-nos e sufoca-nos.
Não só o moàtrni -;mo dos seus palacetes torna o Estoril
maravilh -. so mas tambem a dois passos a água do mar faz
r . ss-iltar urna beleza in comparávelmente sonhadora - matisa-
da de variadas côres que vem beijar dolentemente a fina areia
da sua praia.
Incontestávelmente com todas estas notas brilhantes- tor-
nou-seo Estoril o centro preferido do mundanismo elegante.
A sua praia na quadra que se aproxima - rebrilha por
tanta linda mulher, que envergirndo as mais vistosas e garri-
G ~•ilherm e Cn.rl\im das indumentarias, própria para prai a, ali vão todas as manhãs
SEllA.t-. A PORTlJ<9 l' l•~SA Página 33
.. r
Guilherm e Cardim = Ho-
mem d um>1 vo ntade patrio-
tica que tem <lado ao Esto-
ril a sur1 i ncompará\1el ener -
~ i a - em gosto e em arte.
A sua sábia administração
e o St'U temper,1111ento artif -
ti co. S'lUbcr11 111 b.-m depres-
sa torn 1r o Estnr il como es-
1f11ci:i de prt1zer imprésrindi -
v ,..I. na vid 1 <la humani dadf'.
Não se poupMdo a coisa
all:! rma, d e sabe como n1n-
<.1uem, va' ori::;Hr o que é jus-
to e o que é humano.
E i!SSim o CHsi no com os
seus lu'<uosos salões e com
u n serviço esmerud .1 tem
r ccebid o a visirn de emi-
nentes personalidades.
E:,loril - 1:-:splanada do Tamariz O General de Govs, quan-
Tt rraza dei Tamari1 The terr.ice of Tnmi riz+ do vi si tou êst e formóso retiro
Terrace du cTamariz» Esplenade lm Tamariz l icou tão~ ,_encantando por
Púgl"" 3 4 SEMANA PORTUGUES~
A COSTA DO SOL
Hom e nn gem nos 111·0·
cn1•10.;o1•e s do Ttll'ls- t:storil Hotel do Parque
mo e m Po..tugnl Hotel dei Parque Thé Par" Hotel
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Fa~sto de Fig[eiredo Guilherme Cardlm
Pedem-me aqui do lado, um ar tigo para o número que est a linha out'róra abandonada e t rist - -u~ i "' ·
es pecial da •Semana Portugue2 a dedica do ao formo'so ás circunstancia ~ de grandeza e de ma~r ficc .eia . E.;
Estoril. ses homt:ns que todos devem conhecer. e QU t' a •St-·
Vacilámo; ainda um momento, nesse ped ido porque mana Portuguesa , arquiva ::.s seus n"r.' · •1H s 'L S
o assunto não é dos mais fáceis - vis to t ratar-se duma modestas páginas são:
estanda dé prazer e de ale~ri a, onde as mulheres bo- Fausto Fii;lueiredo - o transforma dor
nitas. são sempre uma côr diferen.e ao ambiente, que perior, possuid o duma vontade de vencer
ali se respira. um momento sequer emquanto nào Vi li s
Actual mente o Estoril. graças ac e m p r~end i me :i to que muitos desdenhosamente é «impossi é e
de dois homens , que noutro pais teri am sido já $!uin- \'el • - e fo i.
dados aos postos mais altos do T urismo, fiz eram com Fausto Figueiredo então ouvindo por t
clamôres de !> '
daquel es que dec;e! f.
Portugal no seu ve, a t' r
pedestal - animavam-. o -
encorajavam-no, davan. lhe
al entos na campanh;i ....
que a sua alma de intrepic1o
batalhador se t inha um difl
metido - e que a todo C• ins-
tantr. pensav-1, pl aneando,
arquitectando e ouvindo este
e aauêle.
O Estado indife rente a
todas as manifestações d ..
vi talidade, não dava um
passo par a que a realidade
do sonho de Fausto de Fi-
gueirt>do fôsse concebida!
Mas Fausto de Figuei·
redo, duma tenacidade de
espanto. consegue derrubar
t odos os obstaculos e vence
- Vf' nce como um heroi.
A sua il ,-roicid ade LJltra-
passa todos os sentimentos
hum a no~, porque hoje toda
a gente - pc rtuguêses e es-
tran ~ei ros perguntam.
Como foi possível r eali-
zar tão grande sonho?
Jantar- • Amerlc•na no~Caalno
E foi.
Paglnl\ 36
* * *
Numa pequena digrc>são
que fizemos atravez de tan-
to encanto da Costa do
Sol - sentimos logo ao che-
star ao Estoril, o centro de
Turismo, que vai desde
Cascais a Carcavelos.
E' Servida esta encanta-
dora r egião pr r um snviço
de comboios - electricos- -
a toda a hora, comboi os
luxuosos no qual os pasrn-
sieiros como·damente insf P-
lados, se deleciam a l on~an
do a vista para o mar tran- A Praia em frente ao «Tamariz» - Uma regale
quilo, que de lado se esper·
swiça- e do outro o verdejante arvoredo, que nos faz São as regatas - pequeninos barcos baloiçando
inibriar e absorver o ar mais confortante e mais puro. sôbre as suas aguas tranquilas que numa hora certa,
Tudo aqui é belo desde a atmosfera e clima que é peslisam suavemente para a corrida numa ancía de
Santo até às ma~nificencias das instalações dos mo- vencer.
numentos H oteis - Casino, Parques, jardins, Pala- E vencem.
cios, Museus niío falando na ridente Praia que com O entusiasmo então é louco milhares de lindas
a sua fina areia de côr d'oiro, faz extasiar docemen- mulheres com indumentarias garridas e com um alegre
te todos aqueles, que visitem a Costa do Sol. sorriso a brincar nos lábios - aclamam - dão palmas
E' nêsse mar que se baloiçam docemente no seu e recebem em magote os vencedores.
leito, encantadoras festas que ali se tem realisado. E isto tudo se deve ao esforço de Guilherme Car-
dim, mas ha mais.
Todos os domingos os
comboios despejam gen-
te- :e ainda porque Gui-
lherme Cardim, organisou
um programa de festas.
Ontem foram as corri-
das de moto-hoje é na-
tação - amanhã á noite
é a quei ma dê fogo de
artificio.
A Costa do Sol i ncon-
testávelmente está em
permanente festa.
E o que seria a Costa
do Sol, sem o esforço
titanico, o de querer
vencer senão tivesse ha-
vido dois homens:
Fausto de Eigueiredo
- Guilherme Cardim?
Que respondam os
detractores, a que 1e s
mesmo que noutros tem-
pos, vacilavam em dar
uma resposta para que a
grande obra fôsse um
facto consumado.
Não queremos lam-
bem esquecer o nome
de Virgílio Soares, ilus-
1re Secretari o Geral da
Sociedade de Propagan·
Almoço no Campo oferecido dOS Príncipes ile Counaught pelo ~ r. Guilherme Cardim Presi-
dente da Sociedade Propa~ande da Costa do So\ realisado em uma quinta de Penha Longa, da da Costa do Sol.
ao ciual assistiu lambem ~ir Russel \vilhinson, medico de sua altezas. A.
Oclima da Costa do Sol
eos climas europeus
( OMPARADO o cFma da
Cosia do Sol com o cli-
geral portugues, comparemo-
l o agora com os climas do
resto da Europa.
Pa lermo, em latitude pou-
co superior à da Costa de
Sol, t em de média anual
17,5, do mês mais frio 10,5
e do mês mais quente 24,8.
A Costa do Sol tem, res-
pecli\lamente, 16°,6 - 10,7
22,4. Isto é, a Costa do
Sol, um pouco ao norte de
Palermo, tem média anual
superior à que resullar :a da
pequena diferença de lati-
tude, com ln \lerno mais tem-
perado e Verão mais fresco,
dando um menor des\IÍO
anual: 14°,5 em Palermo e
sómente de 11°,7 na Costa
do Sol. 1
Ater as, ainda mais ao sul, Esforíl - Partido do Sud-Express rEst oril-Paris)
tem média anual de 17º,6; Partida dei ~ud-Express Estoril-Pari~ The Departure of lhe Sud-Fxpress Estoril - Paris
do mês mais frio 8°,5; do] Départ do Sud·Express (Estoril-Pari•) A.bfahrt des Sud-Express (fator il-Paris)
mês ruais quente 27°,5. lsto1
é, Atenas, a pezar de estar mais ao sul que a Costa do sua maior regularidade com ln\lerno mais temperado
Sol, tem ln\lerno muito mais frio e des\lio anuel muito e Verão menos quente,
mais acentuado, que é de 18",8. Contraste ai nda maior r esulta se compararmos o
Constantinopli>, em latitude superior à da Costa clima da Cosia do Sol com o de New-York, \isto que
do Sol, tem de média anual 14",l; do mês mais frio ficando New-York a uma latilude pouco superior à da
5",2; do mês mais quf nle 25º,5. Isto é, Constantinopla, Cesta do Sol, tem média :inual menor: 100,6; tem o
ao norte da Costa do Sol, tem Verão mais querte, mês mais frio de t ermalidade extraordi nàriam ente
com des\lio térmico mais acEntuado ou :eja ISº,5. n ais hri.-.:a: Iº; P, a pesar disso, tem o mês mais
Assim ccmpa1 ado o clima da Costa do Sol com quentP de termalidade superior: 22°,9.
o clima d€stes cic!zdfs do Medittrrârto, vur.cs que o Es:e contriste tão acentuado não c!e\le, pcrém,
desla região é superior ao das cic:ladEs citacas, r t-la acmirrr, visto a Costa do Sol apro\leilar da termali-
dade re~u lado ra da corrente
do Golfo, como t ôda a costa
ocidental da Europa, e de
que a América não apro-
\leita. Mas se compa rarmos
o clima da Cosia do Sol
com o resto da cos ta oci-
dental da Europa, que igual-
mente apro\leita desta cor-
ren te oceânica quente, \le-
mos que ainda, sôbre o
destas, o clima ·da Costa do
Sol pre\lalece pela sua maior
termalidade e regularidade.
Aqui a difert-nça é devida
à Cosia do Sol estar mais
sul, mas a pesar da sua
maior termalidade anual, da
do mês mais frio e da do
mês mais Qll!'nte, est1mos
na presença dum clima que
nào pode ser classificado de
quente, mas sim de tempe·
rado e equilibrado ... ».
(Do capítulo IV do
•Clima da Cosia do
Costa do Sol falação terminus do comboio eletrico (Cais Sodré
Sol•, 1 elos Srs Dn.
Estaçion terminus dei tren eletrico (Cai~ Sodré) The Terminus of lht Eletric trains- Cais Sodré Armando Narciso e
La gare de Cisis-do-Soáré - Train eletríque Bahnhof des elektrischen Zngues Cais Sodr é Marques_da Haia).
~
K~RMmu~ mm 1
A. RIBEIRO DA cosTA
MO D AS ALFAIATARIA ~
~I3;~;;;~13~;;· w~I3~d
Pad aria F1•an eeza Antonio Ro~rlgues &C.ª ormao.) L.daLeitaria e Pastelaria A
- DE - - Com - A CHIC DO EST ORIL
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manda-se aos domicil ios vidros, louças, c imentos, tij olos,
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tas, esmalte, gasolina, oleos, Pequenos almoços - For-
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'Pagina 43 SEMANA PORTUGÜESÀ
T· E· A· T ·
··-==================================-· : •·-==================================-;
l
assistiram. Devem sentir-se conso·
CREMILDA DE OLIVEI RA lados os nossos irmãos brazileiros
pela justiça com que foi premiado
ilustra hoje a nossa página teatral a foto da grande actriz que-se
o seu consciente trabalho ao som
chama Cremilda de Oli11eira1 como homena~em á simpatica artista pelo
seu conscenciorn trabalho no vibrante e cnloroso das palmas lis-
d, sempenho da interessar.te boetas.
Do~ •Morangos com créme•,
operda •A Viela dos Gatos•.
outra coisa não posso dizer, senão
Satisfez-nos em absoluto a
naturaliúade com qU..! d.-sem-
penhou o papel de «Miquelina~
não só n11s passagens dramati-
cas da peça em que soube 11r-
rancar lágrimas ao publico co-
mo lambem pela consciencia e
perfeição do sotaque tripeiro • .
A critica da peça foi rdta jà
pdo nosso critico, motivo por-
que nos dispensamos de diur
o que já foi dito.
Apraz-nos contudo regis~ar
êste louvor á inleligente actril
pt'IO prazer que St'ntimos ao
constatar c;ue a arte no tea-
tro ainda fdizmente e1d , f(', t
que como muitos prett'ndem,
náo morreu nunca poderá cer-
tamente fén~cer tnquanto hou·
ver em Portugal artistas com Arocy Cort:z
v,rntade de trabalhar, com toda
a sua dedic.ição pelo teatro, como Cremilda de Oiiveira c,ue nos tem que terão car taz até que sejam
honrado por d versa> vezes não só em Portugal como lambem no E$1ran- obrigados a sub!'titui-lo pard nos
geiro. darem a conhecer o seu variado
CARLOS ALBERTO rep ortório, e fd •citar muito since-
ram ente os SE'US autores jar.j.-(
jarcolys e Lui_z lg'ezias pelo magni·
fico trabalho apresentado.
COLISEU DOS RECREIOS
MORANGOS COM CRÉ:ME . ..
Noite de festa, noite de alegria e de prazer a de trinta do passado
mê1. no Coliseu dos Recreios.
E' que se apresentou pela vêz primeira ao publico de Lisboa, uma
pleide de art stas nossos irmãos pela rap e pelo san,Jue, que trazem
consigo, na bagagem, o amôr e a frat~rnidade d~ doi; povos que se es-
timam calorosamente.
Nunca no nosso papel de critico de teatro nos senumos num fau-
teuil tão emotivamente.
Tratava ·se de fazer critica, de diZE'r com sinceridade o leal verdade
qual o quilate dos artistas que para nós iam r epresentar e ... meu Deus ;
eu ttnh:i mê1o de ser forçado a dizer mal dêsse punhado de queridos
Brasi leiros.
Tratado largos anos no Brazil com acrisolado afecto e profundo
carinho, nada mais triste, nada mais confran~edor para o nosso coração
agradecido, do qJe ter que ser severo e m'..lito imparcial na espinhosa Jard el jercolh
missão de jornalista.
Felizmente, que para tran ~uilidade da nossa alma e scssêÂo do nosso Dos artistas ... dos artistas direi
espírito, a Companhia de Re11ista Brazileira Tró·ló·ló agradou em cheio sem favôr a:gum, que !" dos me
e dispensa sem fa11 ôr o mais insignificante elogio da crítica. agradaram.
Atestá-lo, a> duas 11ibra1tcs, quente3 e e:itusiásticas apote:>ses do Para todos, sem o:cepção algu-
públi co. ja11ais igualadas em palcos portuguezes e que nasceram espon- ma, o nosso melhor abraço de sin·
t3neas, naturais no coração sincero de todos os luzitanos que à prern ere ceras feiicitaçõ es.
Aglna .t,.t
s. JO ÃO E s. PEDRO
DO ESTORIL
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t"&gina 4G
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(lo cam11e o1Hlto (l e L 1sb aa ({e F o ol-B :lll c om 2 1>ontos ele
, ·nntngem s o l)l'e o 2 .o clmss ificaclo c1ne é o «B ele n e n s es».
Os nacl:ulo res 11ort u g neses Ye ncem brilhant e m ente em \ ' igo
RealízoLJ- se no passado dom ingo Class ificnção l •' ina l 5.0 ) = 10 pontos
a 12.ª jorn ada do Campeonato de 0
1. Bl ack (Rudge), de Lisboa 1 h. 2.0 - E. Veiga Beirão (2.ºX5.0 X
Lisboa que comportava o encon· 16'40" 115. 6.0 ) - 11 pontos
tro S po rti n g-Be m ~ i ca - •Drcby• do
foot-ball lisb0eta-o qual termi nou
2.0 Aranha (Rudge), de Bar celo-
na, 1 h. 17'51 "1(5.
Cross inter - Clubs
pela vi ctoria do primeiro por 3- 1. 3.0 Teixeira (Nor ton), de L isboa. 0
1. Vencedor es (Esteves, Carva-
Os outros resultados fôram os 4.0 Bastos (Rudg : ) de S. joão da lho e Fonseca) 29'5"215
seguintes: Madei ra. · 2.º Bemfica (Angelino Lopes e
Carcavelinhos - Casn Pia 4 O 5.0 A. de Almeida (Royal Expield Ri beiro)
Belenenses - L uso 4-2 do Porto. 5.0 Sporting M arcelino, Figueire-
Barreirtnse - União 2-1 6.° Campos (RuJge), do Por to. do e Bern ar do)
A classificação a d ual, é : 7.0 M. Teixeira (Rudge), do Por- 4.0 Vencedores B
I.º - Spor ting ...... 51 pon tos to. 5.0 H ock ey
2.0 - Belenen ~ es. . . 29 Or~an i sação, policiamento e vi - 6.0 Vendedores C
5.0 - Bemfica . ... .. 27 gilancia, do ci rcuito excelente. Para Vigo <>egui u a equipe por-
4.0 - Barreirense . .. 25 tuguesa que vai disper tar o Cross
5.0 - Carcavelinhos 24
6.0 - Casa-Pia ..... 25 Atletismo que se r ealiza em Vigo na próxima
quinta-feira.
7, 0 - Lnso . ... .. ... 22 Ct·o s s - Con cetl'ey A equipe é formada por Manuel
8.0 -Uniào . ... _. ... 20 Dias, Antonio d'Al meida, Adelino
A raculdade de Ciências e o
A silo Maria P ia ganharam os Tavares e Armando Silva.
em m1~
esta/elas. Aos nossos presados l eitores
No campo do jockey Club rea- apresentamos as nossas desculpas
lizaram-se ontem os campeo natos pela informação reduzida que apre-
Os natluelo 1·e s }Wl't ngne ze s escolares e numa prova d<! estafe- sentamos nêste número, motivada
Hmce rnm t o (lll!ii as 111·0 - tas inter- l ubs para •Juniors>, as
0
PAREDE •
O SOLARIO DA PAREDE
Solário ela • P.-dra A lta>, mandado construir pela Segundo um traba lho do professor D r. A rm ando
O Comissão de l niciAti 11a do concelho de Cascai ~ ,
auxiliada pelo M . D. Concelho Nacio nal de Turismo e
Narciso e cio sii;!natário, as car acter isticas ge rais do
cli ma, t-xlraíclas de dez anos ele obser 11ação, são re-
pela Camar a Mu11 cipa l de Cascais, fo i i naugurado em presentadas pelas 111 écl ias se~uintes : méd ia anual da
16 de O utubro ele 19õ0. No dia 20 de j aneiro de 19õl , tempera turr, 113",6; desvio térmico. 11 °,7; pressão,
a Comissão de Iniciativa do Concelho de Cascais ofe- 765"'"' 5; hum:dadt-, G:l,2; direcção domi nan te cio vent• ,
receu-o á respecti lla Caman·. norte e noroeste; dias de chuva, 35; dias de céu limpo,
E' um estahelecimento único, no seu género, em • 273,5; dias d<' céu coberto, 21l.2; dias de ne11oeiro,
Portu gal um externato para cura helio-marilima. En- 1,4; dias de trolloada, 0,8; dias de temptral, 1,9. Está.
contra-se situado na •Pedra Alta>, .. mre a praia da por t11nto. o Solário situado numa r ..giAo de e pri mavera
Parede e a praia das ,\ vencas, numa situação adm i- quási permanente onde o sol brilha, de manhã á noite,
rallel, junto ao ar rebentar elas ondas. T em a protege-lo num céu sem nuven- •.
dos ven tos dom i nant~·s, o norte e noroE>ste, muros, O Salário é um 11asto terr.iço em betonilh11, com
•marquises• e, num plano superior, um • écran• de pi- uma superfície, aproximadamente de 1.000 metros
ni'al. Tem uma ori entação francamente S. S. E. Está quadrados. junto ao mar tem balaustrddas e ao fundo
aberto desde as 8 ás 20 horas. • marquises• para protecçào dos doentes, em caso de
Sob o ponto de vista climatóri co, encontr.imos mudança brusca de tempo. Em frente d11s e mar quises•
nesta região todas as características dos cli mas medi- f icam as cabine~. onde os adultoc: fazem a sua expo-
terrânicos: sua11idade de temperatura, pureza de atmos- sição solar. junto das balaustradas ha uma secção es-
fera, raridade de dias encober to s, grande número de pecial para as crianças. O Solário tem água encanada,
horas de sol, raridad e de dias de chu 11a e secura de esgôtos, dei/idamente assegurados, c11bi ne telefónica,
atmosfera. electrici dade, etc. Para pr ot eção da cabeça dos doen-
te s, ha pequenos toldos,
adaphi\leis aos carros dos
imobilizados, e o e écran >,
em suportes especiai s, para
os doentes mo\liveis.
A higiene, dentro do So-
lário, é rigorosa. Os doentes
contagiosos não são admi-
tidos. A-fim-de aumentar a
perman encia no Solário e
evitar deslocações incomo-
dadas, podem os d oentes
tomar nê!e as suas r tfeições.
Para êsle efei o, existem pe-
quenas mesas an iculadas,
umas simples e outras com
movimento de t-levações e
ini !inação, para os doentes
imobilizados.
O tratamento hel io-ma r i-
f mo é especialmrn te i ndi-
ca do em todas as fo rmas da
tuber cu lose osteo - articula-
res, anrites, coxa'gias, mal
de Pett, na ademopatia tra-
queo-bro nquica, na conva-
lescença da pleurisia sere-
fb ri nosa, na tuberculose Um aspecto do «Solario»
renal, no lupus, nes tuber- Un 8$pectodtl «Sotariun» One af pect of the «Solar íum»
cul oses cutaneas, no r aqu i- Un a~plct do Solariun Ein Ansicht des [olariums
ttsrr.o, nas crianças débeis,
nas ulceras varicesas, nas feridas citUrgicas, etc. ~ôtre a impc rl zncia éos ~o l ~rio<, diz jautcr t, que
A técnica seguida na <plicaçào teraprntica co sei •la ç-alerie de curt> solai re ceviendra dans le servi ce
é, !!era l, a técni ca de Relier, mas d i ri~i r-se-á o banho de cit urgie de dE tr:ai n une necessi!é aussi capital e que
solor por qualquer oulra técnica conhecida (Jaubert, le lab( rat0i1 e et la rnlle de la 1adi o~ raph i e» . Desta
Armand-Deli lle. Aimes, Privat, etc.), desde que os mé- manei ra, perlo con o está de Lisbca, o Solário da Pa-
dicos assistentes a solicitem. rede de\'e transf ormu-se na Gal eri a ce cura solar
Os doentE s são vigiados por- t:m- médico e· por-uma dos serviços de cirurgia da cap;tal.
enferm eira.
A fre~ uf ncia no Solário é ve rdadeirarr.ente anima- M. /\forques da Mata
dora . As cabines, ê' te ano, Encheram-se, reconhecrn-
Dir ector clínico c!o ~ olar da Pedra Alta
do-se já a necess!>idade de au1r.entar o seu número,
pa ra o próximo ano.
Este numero da
«Semana Portugues »
constuue o mais belo
Catalogo da Costa do Sol
AV .
li da-
f1fi31
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~e'a Un!rersldd! de
Coimbra -
Republ ic a
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PENSAME NTOS
A hipocr isia é ainda uma home- ......
nagem que o vício presta á verdade.
........
A vida é como uma rosa em que sada.
cada pêtala é uma ilusão e cada
espinho uma r ealidade. Só os grandes corações sabem
quanta alegria proporciona o seu Quando o l ivro da esperan ça es·
bem. tá fechado, a vida já não é mais
do que uma agonia.
......
Uma mulher é franca quando não
diz mentiras inúteis. Aquêles que são sempre severos
para com os outros não se escra-
visaram nunca de perto.
E' tão dificil fixar ideias firm es
numa alma agitada pela desco n-
As censuras, fornecendo novos fiança e pelo medo romo escrever
pr etextos á inconstância, acabam num papel que treme.
por apagar o amôr no coração Tem-se sempre vinte anos em al-
pronto a mudar. gum canto do coração. ....
Quais são as desgraças que nos
são assás sensiveis, por isso que
A mais nobre vingança é o deli- Se supostas injustiças consola-te; nos surpreendem mais ? as que so-
cioso perdão. a verdadeira in ellcidade é fazê-las. fremos por haver cumprido os nos-
sos deveres.
C AR C A V E L· OS
Sua situação, particularidades, agricultura,
Comercio, Industria e Melh oramentos
*
lru ta h na l Fue li tarc111•11 "2 E Carcavelos, para quem vem de Lisboa, a
'1Ulú • na• 11bklll •·t111tt lrta• primeira local idade da costa do Sol. Bonita e
Pagina li6 SEMANA PORTUGllE~Á
sedutora, abre com vislumbres a certa importância os seus estabele- do o 1-airro dos Lombos, á beira
mais formidavel zona de turismo cimentos. da linha ferrea, o que, além de
portugueza. A parte industrial, conquanto se- r.on1ribuir grandemente para o de-
Grande localidade com ares de ja menor é exiensi\fa a algumas oli-
pequena vila, assente em terreno cinas, e a uma importante fabrica
absolutamente plano, e situada en- de moagem movida a electricidade
tre pinhais densos e luxuriantes com maquinismos dos modelos
qumtas e hortas, confronta ao S. mdis modernos.
com o Oceano, a N. com a peque- O meio colecti\fo é tambem im-
na povoação da l~.:belva, a L. com portante, sendo composto de 4
t 'arede e a O. com Oeiras. agremiações, duas humanitárias, 1
Acravessada por dois Ribeiros recrc!at.va e uma desporti\fa.
b::n-=:111..ia Carcavelos, dos ventos A Associação de Bombêiros Vo-
da Serra de Sintra, que muito pu- luntários, com um bem montado
ntlcdm o seu ambiente. serviço de prontos-socorros, a si-
Oa ::.ua antiguidade e passado nistros marítimos e terrestres, dis- A\lenida Combat~ntes da Grande
h1stur1cu, pu..ico se conhece supon- põe para a sua altr.,ista cruzada, Guerra á pouco inaugurada
do-se ser bastante antiga, talvez ae 5 viaturas: pronto-socorro, auto-
do cempo do Marquez de Pombal, maca. ~e nl)olvimento d> comércio e da
que unha o seu valor em Oeiras, O grupo d'escotciros, colectivi- Industria da localidade aumentou
e que, vor ele, se não foi fundado dade nova, é composto da mociaa- o seu va lôr, debaixo de outros
o que e 111u1to provavel, pelo me- de da terra, que a êle dispensa to- pontos de vista.
nos, 10! intensamente aesenvolví- da a sua a1iv1aade. Contudo, os poderes publicos
da. Conta grande num ero d'acam- têm olhado com reduzido carinho
ütim1mente servida de agua po- pamentos, realizados fóra da vila, para Carcavel os, que, se fôsse tão
tável que durante o ano, não es- aonde tem estagiado alguns dias. melhorada como qualquer das ou-
casseia, está Carcavelos, quási to- A Sociedade Musical, é a unica tras localidades da Costa do Sol,
talm::nte servida pela rede desgos- Colecti\fidade recrea ti va, tendo si- seria sem duvida superior a elas.
tos, que já se estende em larga do fundada há já alguns anoi:. Poucos molhoramentos, e esta
escala. O grupo-Sportivo, tem um pas- Vila só t " m de bonito o que a Na-
O seu movimento escolar, é fdto sado glorioso, pelos seus triunfos tureza lhe deu ; a mão dos homens
por 2 escolas, cada uma, para um alcançados em várias modalidades tt!m passado para mais longe, sem
sexo, e que runcionam regularmen- desportivas, por diversos pontos se preocupar com uma localidade
te, com grande trequencia, do paiz. E' em numero aproximado qut', podia ser, um dos principais
Produzem os seus Vinhedos, o a 45, o total de taças e outros tro- atrativos desta zona de t uri$mO,
apreciavel nectar, que tem larga feus, com que foi premiado, alguns porqu ~ possui locais adotaveis a
exportação e reputação mundidl. t:' de grande valõr. construçõ 'S e aformoseamentos de
o vinho generoso de Carcavelos, Carcavelos, só há muito pouco qualquer especie.
conhecido e apreciado no conti- tempo começou a progrodir, gra- Uma grande obra, que está em
nente, ilhas, e colonias, no Brazil, ças à obra elogiávd d.! E1md10 - vesperas de ser uma realidade,
Inglaterra, etc, aonde todas as suas Pimentel de Figueiredo. que fun- f'ra a construção já iniciada da
marcas, tem grande consumo. dou o Bairro da Cartaxeira, hoje Av enida Jorge V, o que muito va-
O comercio tem tido grande in- muito aumentado, e aonde, num lorisarà a ótima praia l ocal.
cremento nos ultimos anos, mercê <los seus palacetes, está instalado Há porem muitos outros melho-
do desenvolvimento da localidade. o Cin e-Teatro de Carcavelos. ramentos urgentes a efectuar, co-
S ·.o em numero elevado, e de uma Ultimamente, foi tannem funda- mo, a reparação de Várias ruas, o
alargamento de outras, o
alcatroamento da Rua 5 de
Outubro, uma das mais im-
importantes arteri as, a repa-
ração dos largvs centrais, o
aformoseamente por meio
da demolição e destruição
de certos pontos las1imosos,
o prolongamento da Ru<1
Sacadura Cabral, em estu·
do e a cargo da Junta de
FregJesia, o terminus da
estrada, que, à beira da linha
ferrt'a liga Oeiras a Carca·
veles, e que é de pequena
l'Xtensao, tendo já sicto vi-
sitado o local pelo sr. Ge·
neral Teofilo da T rindade
c'a Junta Autonoma das Es-
tradas, e a constituição do
mercado fechado em subs·
tituição du que funciona ao
ar livre no ponto mais cen·
tral, tendo já sido executa-
do o projecto, graciosa ol>ra
)lista do Praia de Carca\lelos a maior e a m3i3 beld de tod~ a CHta do Sol, \l~nJo-.ie ao do ar4uiteto Rc!belo de An-
longe o S~natorio Dr. José d'Almeida drade, para o que se chama
a atenção do Go11êrno, ministro da magnifica exposição a s uést~ M das vinhas que as guarnecem; e
Obras Publicas e Comunicações, mesmo tempo enxutos sem ser ari- jà Plinio t.nha f~ito a observação
Camara Municipal, e d emais enti- dos, que devem talvez a estas con- dêste facto, citando em apoio o
dades, que, prestando a sua cola- dições a sua superioridade para
boraçéio a êstas obras, contribui- vinhos aos outros h:rrênOs das
rão para o desenvolvimento inte- imediações.
gral duma pequena vila de que Com efeito o solo formado pelo
muito há a esperar. depó3ito das aguas que cobriu mais
As obras ultima nente operadas, ou menos completamente a forma-
têm sido rêalmente alguma cousa ção secundária, a qual parece es·
de grandioso, mas é ainda pOJC:>; lênder-se por toda a costa oceani
precisa·se dê mais, e muito mais, ca do nosso pa1z desde a foz do
para satisfazer as mais, ju~tas as· TêJO até Aveiro, oferece em Car-
pirações de Carcavelos, a bela po- cavelos uma camdda bem te.11pe-
voação, que abre as por tas da rada de argila, de <1reia e de càl O Jardim de Carcavelos
Costa do Sol, ao t uri sm > ávido de sustentada por um sub sólo umas
panoramas e belezas, desejosos vezes marnoso, outras vezes cas- h11verem perJiJo a sua reputação
d'aspectos e curiosidades e que calhoso, outras ainda gresifero, as vinhas de Emus, cidade da Tra-
nel a facilmen te encontrará. qual deles o mais ageitatlo á cul- cia, por se lhes ter desviado o cur-
Carcavelod Abril de 19~ t ura da vinha e •Ja údicad<1, que so oo rio Ebro, que as banhava.
r.:quer em ci ma uma capa nào mut· Nos tempos ac1uais póde ver-se
lfé11riq11e A. da Mola t o espessa de terra substanc ial, e o mesmo facto passanao em revis·
n J fundo, um ter.-eno pt::rmeavel ta algumas das regiões vi nícola>.
que dê fácil escoante ás agJas. O 111nhedo de Tokay, po r exem.
REGIÃO DE CARGAVELOS A esta boa l otação e arranjo me-
chanico dos t errenos reune Carca-
pio, que tem a fama oe projuzir o
primeiro Vinho licoroso do mundo,
junto á foz do Tejo e por detrás vel os, nos lombos especialmente, plantado por ordem do imperador
da t orr e de S. juliào da B ura de- um rc:le\lo suave tanto quanto é ne· Probus no ano ~80 n:i monte da·
mora a região Vinicold de Carca- cessário para sacudir o excesso quele nome, no condado de Zem-
velos, cujos vinhos eram out r'ora das aguas, sem desnudamente dd plrn, entre Buda e Cra::ovia, tica
tão afamados, que se t:onsideravam flor mtmósa do sólo, relevo que na foz dos Ri0s, Theisse e Brodog.
logo i mediátos aos vinhos do Dou- expõe a cultura por egual ás tn· E' na vertente do Vesuvio tron-
ro e da Madeira. Pvstcque esta fluencias da luz e do calôr, e que tei ra ao mar que existem os vinhos
região compreenda um certo nume- deixa correr os \·entes sem obsta- do celebre lacryma Cnsti.
ro de freguesias e um 1 extensão culo para dessipar as humiJades As colinas que cercam o lago
não inferior a duas leguas quadra- do ár e do terreno. Averno entre 1-'uzzollo e Baia pro-
das, é Carcavelos o logar em que E a tudo is10 ajuntll se o contac- duziam aquele lalt::rno, generosum
se produzia o mais precioso vinho to das águas, que refrigerando no et Iene, como o requeria Horacio.
dêsle nome, e nêste mesmo .:ram verão e aquecendo no inverno este O Johannisb.!rg e os outros grJn·
os chamados lombos de Carcave- já pedaço dr. costa, acab;im assim des vinhos da Alemanha são pro·
los, as courélas mais privilegiadas . de temperar o clima tào prop:cio duzidos na margem esquerJa e di-
Os lombos, são os colinas suaves quanto é caroa11el o tempero do reita do Rheno e do Meuse.
que se estendem á beíramar de Car- torrão. A proximidade das aguas 03 dulc1ssimos vinhos do arqui-
cavelos; terrenos em parte anatei- parece exercer uma notável in- pelago recebem de todas as parte.>
ra dos, em parte rochosos, com fluencia e fa11ora11el na produção a influência das aguas e Mediter·
raneo.
As vinhaterias do Medoc
, a contar do cabo de Graves
estào todas escalonadas, as
mt!lhores principalmente,
sôbre a margem . esqu.:rda
do rio Girond<'; e continua111
sôbre as margens do Oor-
dognee do Garona. No nos·
so paiz os grandes vinhos
dJ E'<tremadura guarnecem
as duas margens do Téjo
e o~ do Porto são produzi-
dos, como se sabe, nas 11er-
tenks alcantiladas do Dou-
ro. Diz se no Douro, como
resumo da mais e.'<celente
Posiç<\o de um vinhedo, qu<!
a vinha dCl'e ter a :Jé no
rio e 11111 fogc1o. ao pé.
E t 1mbem que a vinha de-
v~ ouvir bater a espadela
do barco. TuJo isto quer
dizer que a vinha deve es-
tár próxima às aguas do rio.
Isto é, nem muito alta qu .! o
Visfa da Praia de! c~rcavelos, a mlis lindi d! toda a Costa J.o 5ol, ve~do-se ao longe frio das alturas lhe estor-
a Torre de S. Julião da Barra peçar a maturação, nem lon.-
Parlnâ lSS
LARBAC
~uinfa ~o ~arão
Carcavelos
earcavelos
PAULO JORGE Mar ca Reg hfad a
Menç8&• Honr o~as Real Assoc'.la9áo da A.9rio11fü1r a 'Por fogoe2a em 11:170
EJtposi çlio d'EJ Pui s c>m 1678 G E x posição Agrfo ola da Li&boa em 1aa t
e a r e a ve 1 o s
da Quinta da Alagôa
Proprietario E. Vasco da Camara Belmonte. Este Vinho foi prêmiado
com a medalha de prata na Exposição do Rio de janeiro de 1908' meda-
l has de Ouro na Exposição do Rio de Jantiro de 1922 e na das Caldas
da Roi nh3 de 1927 e Di ploma de H onra na Exposição de Sevilha de
1929-1950. E' uma das marcas mais anti gas de vinhos desta região, e,
pelas suas excelentes qualidades, é sempre o preferi do em toda a Costa
do Sol. Excelente como aperitivo.
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Um anti-feminisia ela nêste entretimento, e fizeram
com que ela viesse dansar para a
o seguinte preparado : Colodio 25
gramas, éter, 12 gramas. alcool, 12
sala em presença de um músico, gramas, essencia de alfazema 0,25.
Paulo Bourget, na qualidade de Jo~é Neruda, que transcreveu a T endo o cuidado de as tratar to-
executor testamenteiro de Cláudio música e o compasso. Pouco tem- dos os dias, consegue-se umas lin-
Larcher, publicou a obra dêste au- po depois, ainda em 1830 em quci das unhas sem grande trabalho.
tor, i ntitulada «Fisiologi a do amôr se di.i; haver-se dado o caso da
modern o•, em que se pretende
achar um remédio par a o amôr,
cozinheira, a nova dansa fez a sua
solene aparição num baile de bons
Coisas uteis
por êle considerad o um dos maio- e ri cos burguezes.
r es males. Para tirar nódoas de cêra sobre
cm 1855 estreia-se em Praga, o veludo ha um processo que dá
Eis o qne, entre muitas outras capital da 8oémia, e aqui recebe o
coisas, Larcher diz das mulheres, muito bom resultaao : dobra-se, em
nome de polka, pelo qual desde bastantes dobras, um pedaço de
valha a verdade, bem maltratadas encào ficou sendo connecida. O
por um despeitado a quem uma pano velho já puido, e encharca-se
nome que. em língua •tcheque>, bem com agua fria mete-se-lhe a en-
galante actriz, Colette Rigauct. tez, quer di.i;er metade, provém-lhe do
ao que parece, partida grossa. tro uma braza, bem ard ente, aper-
compasso em que é dansada. Em ta-se sobre ela as extremidades do
A mulher é, por excelência, o 1839 a polka taz a sua aparição
ser absurdo, í1óg1co. tão impossível pano para se poder agarrar e to-
oficial em Viena e causa tão grande 1.a-se na nódoa de cera, que se vai
de dirigir, como de prever. entusiásmo que muitos composico-
Aprender a conhecer as mulhe- derretendo, e repete-se a operação,
res emprégaram o seu êsrro em renovando a água e a brasa as ve-
res, é aprender a conhecer com tazer polkas. Conta-se entre éles
antecedência os males que elas vos zes necessarias até desaparecer a
Launer, Strauss e ~r'.!:-:c!:;co Hu- nódoa.
hão de fazer, sem que os possais nar, que foi o primeiro qut: publi-
impedir. Esta ciência con;íste em
aumentar a miséria do amôr pela
cou música nêste género. De então
para cá a polca invadiu todos os Aorigem da supertição do .!!L!-ª.
lúcida previsão dessa miséria. países com geral agrado dos dan-
Só há uma forma de ser feliz sannos de tôdas as classes e cate- Esta superstição é purc1rnente cris-
pelo cofação, é não o ter. gor ias. tã e teve a sua origem na reunião
O amôr é uma doença e o doen- dos apostolos no cenaculo, na noite
te mais sagaz, tanto para esta
doença como para as outras, é o Culinaria de quarta-feira, dia em que os ju-
deus celebravam a sua Paschoa, e
que, nao tendo nunca lido livros de Doce de 01Js crapid~) que toi observada pelo Salvador do
medicina, não s9be que a tem e mundo, reunindo a sua mesa os dis-
sofre exc1ctamente como os animais. . 225 gr. de assucar, 7 gemas de cípulos, que eram doze, pretazendo
O homem que nunca foi amado, ovos e meia chavena de leite. com jesus Christo o numero treze.
Vive em cólera permanente contra Ligam-se as gemas com o assu- l)escte então, os cri stãos, quando
todos os amantes. sucar e depois de ligadas deita-se- se reunem 11algum banquete, con-
• Para socêgo das nossas leitoras, lhe o leite e vai ao lume mexendo- tam i 111 ediata111e11te as pessoas pre-
dir-lhes-hemos que até agora a con· se sempr e sem parar. Quando prin· sentes para ajun tar mais um ou su-
clu sào é de que o amôr não tem cipia a engros sar está pronto. primir outro, com receio de que al-
cura. gum morra dentro de um ano, sendo
treze.
Origem da Polka Receitas de belesa
As unhas verdadeiras joias que NOTA
A polka tão querida ainda hoje adornam a mão precisam de trata-
mento. Para as cortar deve-se pri- Toda a correspondencia desta
nos bailes campestres e, ainda não
meiro meter as mãos em agua morna secção deve ser dirigida A ' Pa-
há muitos anos, tao apreciada nos
para as amolecer, depois cortam -se gina da Mulher da cSemana Portu-
salõéS da alta roda, tem uma ori-
em oval. As peles não se devem guesa». lfoa Luz Soriano, 94 - Lis-
gem bastante curiosa. Como se
sabe, esta dansa é originária da cortar esfregam-se com sumo de li- boa.
mão e depois fazem-se secar. Para Qualquer pedido de informação
Austria e aqui fêz-se-lhes a histó-
tornar as unhas brilhantes, esfre- deverá ser acompanhado da impor-
ria da seguinte forma:
gam-se com o polidor ou com um !~ni:ia de Esc. 5SOO para porte e
Um dia, uma cozinheira, muito
aborrecida de estar sempre a lidar, bocado de camurça e o seguinte r egisto.
pó: ZENIT A
para se distrair, pôs-se a dansar e,
á falta de música, começou canta- Essencia de alfazema, 5 gramas,
roland o uma canção da sua terra oxido de estanho, 15 gramas, e car-
natal, para lhe marcar o çompasso. mim que baste para dar côr. Que- assinai a 11Semaná Portugueza,,
Os donos da casa foram dar com rendo dar-lhes côr 1 póde aplicar-se
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Pagina 66 SEJIA NA FORTUGUESA
Ambição do Nom<im
• •
Havia uma vez um homem que Desceu do céo o anjo e disse- de hastes morenas . . . Massiços
trabalhava numa pedreira. Grande lhe: brancos scintilantes eram tristes
e pesado era o seu labor, in~igni - Está dito, serás rochedo. granitos inexpressiveis,
ficante o seu salàrio. O serviço E foi a nuvem transformada em E no peitoril gelado das janelas
fazia-o sofrer e gemer. rochedo; o ardor do sol e a vio- a neve imploràva o halito afectuoso
Um dia exclamava êle : - porque l encia da chuva não o abalaram. e quente dos nossos interiores, que
não sou rico? Repousaria sõbre Mas eis que vem um operario e o conforto e o :!mor aquecem.
um «bale-halcth» (ldto) com •klam- se põe a ft>rir o ro chedo com o Eu abri uma janela sobre o pa-
bco• (cortinado). seu martelo e a deslocar dêle gran- norama que me alucinava! Palpei a
Então um anjo desceu do céo e des pedaços. neve, tive-a entre flS dedos, des-
disse-lhe: E o rochedo exclama: manchei-a. desfrui-lhe a vida. E a
Cumpra-se o teu voto ! - Este trabalhador póde mais neve tornou· se lama cinzenta e feia
Ele ficou muito rico, repousava do que eu ! Quizera ser este ho- Assim nem era ebrio nem dia-
no seu bal , -haleth, e o seu klam- mem. mante, nem floco de espuma nem
boo era de seda Vtrmelha. - Cumpra-se a tua vontade, dis- pluma de armínho!
Eis que o rei do paiz, chega sob se-lhe o anjo, que Mscera cio Ah! a inefavel poesia da neve!
seu •poyon~· de ouro (chapéo de céo. Ao contemplá-la ao lari;!o, sobre
sol) com cavaleiros adeanle do car- E o pobre homem, transformado a cidade, sobre camvos sobre mon-
r o, cavaleiros atraz. tantas vezes, voltára a ser o can- tes, vi nitidC1mente ·como ela tem
E o homem ri co, ante o espec ta- teiro que trabalha tão rud emente suQerido paQinas paginas de admi-
cul o, entristeceu-se suspirou e ex- para vencer um mesquinho salario rável encanto e duma doce tristeza.
clamou:- Ah! se eu pudesse ser e vive descuidadamente, contente
rei! e f, Fz com a sua sorte. Mario Pacheco
E o anjo desceu do céo e disse-
lhe: X. Marmier
- Faça-se o teu desejo!
Tudo branco. . . A cidade toda
Ele tornou-se rei e passeava sob
o poyong de ouro, cavaleiros á branca. a minha rua uma via lactea, AO CLUB DE FOOT-BALL
frente, cii valeiros atraz. uma estrada de noivado como uma
E o sól nasceu um dia e brilhou tapeçari"' de rosas brancas, de açu-
· de tá! forma, que com seus rai os cén&s, de camélias brancas - ...
lindos telhados rusticos a alvejar e
Os Belenenses
brilhantes torrou as plantas.
E o r ei queixou-se úO calor e ao longe, para além das copas bran-
cas dos pinheiros sonolentos, mon- Tendo chegado ao conhecimento
disse que queria ser como o sol. da redacção da Revista A •Sema-
E o anjo, descendo do céu dis- h·s scintilantes, até ás alturas bran-
cas da Serra do Caramulo. na Portuguern• por oficio da Ex.ma
se-lhe: Direcção do referido club, que al-
- Faça-se a tua vo nt, de! Nevará, nevará de noite, como
ha vinte anos já não neváva, e de guE>m do pe~soal da nossa Revista
O rei foi transformado em so 1, tinha feito uso em favor de extra-
e dardejava os stus rai os para to- manhã a pai zagem pobresinha de
Novembro éra uma princeza com nhos d ~ um cartão de livre transi-
dos o!> lados, sôbre a t.: rra tostan- to gentilmente cedido por essa
do a relva dos campos e o rosto um manto de arminho ...
Nevára, para eu ver a neve ad- digníssima Direcção, tornamos pu-
dos principes. blico que por êsse motivo deixou
Eis que uma 1 uvem tleva-se e mirável ! Nascido no sul e viven-
do sempre no su', o scenário impre- de fazer parte da nossa Redacção
oculta é! sua luz. o Sr. Francisco Ribeiro.
Ele zanga-se assi m por ser anu- sionou-me vivamente; foi voluçtuo-
so para 's meus olhos. Scenário Julgamos c.ssim dada a duvida
lado o seu pod. r e txclama, quizera satisfaç~o a Ex.ma Direcçllo do
ser nuvam. novo que a minha anciedade fixou
scenário divino que a minha alma Club d.· Foot-Ball Os Belenenses.
E o anjo disse-lhe:
Faça-se a tua vontade! artística agradt ce á N2tureza e ao
Ele tornou-se nuvem. Colocou-se Tempo!
entre o sol e a terra, e a relva tor- O céu triste, a terra triste, mas
lindíssima. o~ jardi ns tinham i lores
nou-se verde.
E a nuvem abriu-se e do seio cai- de mármore fino e rendilhado; man- MUSICA
ram torrentes de agua que inunda- tos de candura, as ca-as duma al-
ram os vales, desvastaram as ser- deia, na di~tancia brumosa dos pa- Da direcção dum talentoso eco-
ras e afogaram os gados. cificos arredores. nhecido musicista, iniciaremos no
E numa verdadeira manga de As torres escuras da vel ha cate- nosso proximo numero a publicação
agua caiu tambem sõbre u:n roche- dral tinham um pó de luar ao alto d'uma pàgina semanal de assuntos
do, sem poder abate-lo. da sua reli gi Gsidade eterna. musicais.
E a nuvem exclamou; Das arvores saiam diamantes, Daremos assim satisfação aos
- Aquêle rochedo é mais forte pendiam flocos de espuma, plumas muitos pedidos que nos têm sído
do que eu. Quizera ser aquele ro- de arminho. Em hortas verdes, flo- dirigidos por numerosos amadores
chedo! resciam altos lírios daros, em vez de musica.
•••••••••••••••••••••
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Construtores de Aeromotorés "Sistema Americano"
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