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ÍNDICE

Introdução ................................................................................................................................... 2

Topologias de conversores chaveados ....................................................................................... 4


Topologias não isoladas ................................................................................................. 5
Topologias com isolação ................................................................................................ 8
Outras topologias ....................................................................................................... 12

Formas de controle de conversores chaveados ........................................................................... 14


Controle em modo tensão ............................................................................................... 15
Controle em modo corrente ............................................................................................ 16
Circuitos integrados utilizados ....................................................................................... 17

Análise de defeitos numa fonte chaveada .................................................................................. 23


Fonte genérica com 3842 ............................................................................................... 24
Fonte do monitor Proview 456 e outros ......................................................................... 28
Fonte da impressora Epson LX-300 ............................................................................... 29
Fonte ATX genérica ....................................................................................................... 30
Fonte do monitor Samsung 450b ................................................................................... 32

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Introdução

Antes do surgimento das fontes O resultado será igual a 30 watts.


chaveadas, a necessidade de regulação da Considerando-se que seja usado um
tensão de saída de uma fonte era sanada dissipador com resistência térmica de 1 grau
basicamente da mesma forma em todos os por watt (que já seria um dissipador
casos: Intercalava-se entre a fonte não relativamente grande), teríamos uma geração
regulada e a carga um regulador linear, onde de calor tal que o dissipador chegaria a
geralmente o componente responsável pela atingir uma temperatura 30 graus acima da
regulação da tensão era um transistor bipolar temperatura ambiente, considerando que ele
comum. No entanto, tal solução tinha fosse instalado ao ar livre. Como numa
sempre alguns inconvenientes. Para poder aplicação prática isso geralmente não
regular efetivamente a tensão, um circuito acontece – o dissipador fica em relativo
assim sempre desperdiça uma parte da confinamento – o aumento da temperatura
energia, na forma de calor. Como num seria maior ainda. Além disso, o desperdício
circuito assim há sempre uma queda de de energia seria igual a um terço da potência
tensão sobre o elemento regulador, ao total.
mesmo tempo em que circula nele uma
corrente, é inevitável a dissipação dessa Numa analise comparativa, as fontes
energia. chaveadas possuem diversas vantagens em
relação às fontes lineares, tais como:
Quando a carga a ser alimentada é de
baixa potência, isso não chega a representar & Menor aquecimento, pois não
um problema, pois a energia desperdiçada e existirá um semicondutor “jogando
o aquecimento são mínimos. De fato, nos energia fora” na forma de calor. É
dias de hoje os reguladores e fontes lineares claro que as fontes chaveadas
ainda são usados em larga escala, para também geram calor, mas esse calor
alimentar cargas de baixa potência, e em é gerado apenas devido às perdas
situações onde o espaço não é um fator nos semicondutores e indutores, e
crítico. Mas, quando a potência envolvida é geralmente é menor do que seria
alta, um circuito assim tende a se tornar numa fonte linear do mesmo porte.
dispendioso devido à necessidade de
elementos de filtragem (capacitores) e & Menor consumo de energia, devido
dissipadores de grande porte, assim como do também ao fato de existir menor
próprio semicondutor, que precisará ter uma desperdício na forma de calor. A
grande capacidade de dissipação de diferença entre a potência consumida
potência. Além disso, um circuito assim e a potência fornecida na saída
costuma ter grandes dimensões. geralmente é menor numa fonte
chaveada, comparada a uma fonte
Para se ter uma idéia do aquecimento linear de mesma potência.
gerado por um regulador linear de potência
mais alta, tomemos como exemplo um  Tamanho reduzido, devido ao fato
regulador com entrada de 18 volts e saída de de não serem necessários elementos
12 volts, fornecendo uma corrente de 5 de filtragem e dissipadores tão
amperes (potência da carga = 60 watts). A volumosos quanto os que seriam
potência dissipada será igual à diferença necessários numa fonte linear.
entre as tensões, multiplicada pela corrente.

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& Possibilidade de redução do custo mesma rede elétrica tende a deixar a
final, devido à inexistência de um forma de onda da rede elétrica
transformador com núcleo de ferro. "achatada" nos picos, assim como
Obviamente, todas as fontes pode gerar oscilações e ressonâncias
chaveadas possuem pelo menos um e s p ú r i a s na rede. Out r o s
elemento indutivo, mas esse equipamentos, como por exemplo os
elemento possui dimensões reatores eletrônicos para lâmpada
comparativamente menores do que fluorescente, também possuem esse
um elemento usado numa fonte efeito indesejado. Tal problema pode
linear de mesma potência. ser eliminado com a adição de um
estágio pré-regulador de fator de
É claro que as fontes chaveadas têm potência entre os estágios de
também as suas desvantagens, embora a retificação e filtragem da entrada da
maioria delas possa ser minimizada ou fonte. Algumas fontes mais
contornada. Dentre as principais elaboradas já possuem esse circuito.
desvantagens, podemos citar:
& E, finalmente, o único inconveniente
& Geração de ruído e interferência: Por que não é facilmente contornado:
possuir um circuito oscilador que Uma fonte chaveada, via de regra, é
opera em freqüências relativamente mais complexa do que uma fonte
altas (geralmente acima da linear, o que cria certas dificuldades
freqüência máxima perceptível pelo para o técnico reparador. Mas, assim
ouvido humano, cerca de 15KHz), como com qualquer outro circuito
toda fonte chaveada irradia uma eletrônico, uma vez que o princípio
parcela de interferência de funcionamento tenha sido
eletromagnética (EMI). Tal entendido, e os pontos principais da
inconveniente, caso represente um topologia utilizada sejam
problema para o resto do circuito, identificados, o reparo se torna mais
pode ser minimizado com alguns fácil.
cuidados adicionais no projeto e, em
ultimo caso, com a colocação de Enquanto num regulador linear a
uma blindagem envolvendo o regulação da tensão de saída se dá pela
circuito da fonte. Também há conversão de parte da energia em calor, o
propagação de ruído pela rede princípio de funcionamento de uma fonte ou
elétrica, embora tal inconveniente regulador chaveado se baseia no
possa ser minimizado com a adição funcionamento de um indutor. Em
de um filtro de linha na entrada da funcionamento, o indutor fica operando
fonte. A maior parte das fontes continuamente num ciclo: Num primeiro
chaveadas existentes possui momento, o indutor é submetido à passagem
internamente um filtro de linha. de uma corrente, o que faz com que ele
converta energia elétrica em campo
& Degradação da forma de onda da magnético, e armazene esse campo no seu
rede elétrica / baixo fator de núcleo. Num segundo momento, esse
potência: Devido ao fato de só indutor "devolve" essa energia na forma de
drenar corrente da rede elétrica nos uma tensão elétrica de polaridade inversa em
picos da senóide, a existência de relação à tensão a que ele foi submetido,
muitas fontes chaveadas numa quando então se dá a transferência de

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energia para a saída da fonte / regulador. funcionamento das fontes chaveadas.
Esse é o princípio universal de

Topologias de conversores chaveados

Existem diversas topologias de estágio de saída horizontal e alta


fontes chaveadas, distintas pelo modo como tensão.
os componentes principais são interligados,
e pelo modo como o circuito opera. As & Nos monitores LCD com fonte
topologias principais podem ser externa, onde ela fornece apenas
classificadas em dois grupos: As topologias uma única tensão (usualmente de 12
não isoladas, sem isolação galvânica entre a volts), existe internamente pelo
entrada e a saída, e as topologias isoladas, menos um regulador chaveado, que
onde temos isolação total entre entrada e gera a partir dos 12 volts uma tensão
saída. de 5 volts para alimentar a parte
lógica do circuito. Em muitos
Os conversores não isolados são os monitores existe também um
tipos mais simples, e sua aplicação principal regulador de 3.3 volts, pois alguns
se dá em equipamentos onde é necessário circuitos mais atuais utilizam essa
gerar uma tensão que não é fornecida pela tensão. A tensão de 12 volts vinda
fonte principal. Alguns exemplos de diretamente da fonte é utilizada
conversores não isolados: apenas para alimentar o inversor das
lâmpadas do backlight, sendo esse
& Nas placas-mãe dos computadores circuito também uma espécie de
atuais (Pentium II e posteriores), a fonte chaveada.
tensão que alimenta o processador é
gerada por um regulador chaveado, & Em equipamentos de informática de
a partir da tensão de 5 volts vinda da pequeno porte, tais como hubs e
fonte (ou a partir da tensão de 12 modems ADSL onde é usada uma
volts, nas placas para Pentium IV). fonte externa não-regulada, existe
Nas placas padrão AT para Pentium internamente um regulador que
também existe um regulador, nem converte essa tensão numa tensão
sempre chaveado, que gera a tensão regulada de 5 volts.
de 3.3 volts, que mais tarde passou a
ser fornecida diretamente pela fonte, Já as topologias com isolação são
com o advento das fontes ATX. vistas mais comumente como fontes
chaveadas autônomas, separadas do resto do
& Nos monitores de vídeo SVGA circuito do equipamento, seja numa placa
comuns, a tensão que alimenta o separada (como as fontes de algumas
estágio de saída horizontal e geração impressoras), numa caixa (como as fontes de
de alta tensão deve variar conforme microcomputador), ou mesmo externas ao
a freqüência de varredura horizontal equipamento.
utilizada. Essa variação é obtida
graças a um regulador chaveado
localizado entre a fonte principal e o

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Topologias não isoladas princípio da indutância, um indutor é um
componente que tende a se opor a uma
Existem três topologias básicas de variação de corrente. No momento em que a
conversores não isolados: O conversor corrente fornecida pelo elemento comutador
abaixador (conhecido também como buck cessar, o indutor entregará a energia
ou step-down), o conversor elevador armazenada, na forma de um surto de
(também conhecido como boost ou step-up) tensão reversa, e a corrente será drenada
e o conversor inversor (também conhecido pelo diodo. Então, a energia armazenada no
como buck-boost). indutor será "empurrada" para o capacitor de
filtro da saída, e conseqüentemente para a
carga. No ciclo seguinte, o elemento
Conversor abaixador comutador é novamente ativado, fazendo
com que todo o processo se repita.
Como o próprio nome sugere, nessa
topologia, a tensão de saída do circuito O conversor abaixador é um dos
sempre será menor, ou no máximo igual à reguladores chaveados mais utilizados
tensão de entrada, uma vez que a sua função atualmente, especialmente em equipamentos
é reduzir a tensão. Abaixo temos o diagrama de informática de pequeno porte com fonte
básico de um conversor empregando essa externa não regulada, onde o uso de um
topologia. regulador linear entre a fonte (geralmente de
cerca de 9 a 12 volts) e o circuito
(alimentado com 5 volts) tornaria necessário
o uso de um dissipador, aumentando não só
a dissipação de calor, como o tamanho final
do equipamento. Esse circuito é também a
base do conversor forward, o tipo de circuito
mais utilizado em fontes de PC, que será
visto posteriormente, quando estudarmos os
conversores isolados. Essa topologia permite
a implementação de uma proteção contra
curto-circuito na saída, a custa da adição de
Como podemos ver no desenho, o um circuito sensor de corrente em série com
indutor é ligado entre o elemento comutador o elemento comutador.
e a carga. Para simplificar o entendimento,
o elemento comutador será representado
sempre como um transistor bipolar.

No primeiro momento, o elemento


comutador será ativado, e uma corrente
crescente

circulará pelo indutor no sentido direto,


fazendo com que ele armazene energia na
forma de campo magnético no seu núcleo.
No segundo momento, quando o elemento
comutador é desligado, o indutor
descarregará a energia armazenada. Pelo

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Conversor elevador melhor aproveitamento da carga da bateria,
pois permite que ela seja utilizada
Ao contrário do circuito anterior, no praticamente até a exaustão, coisa que não
conversor elevador a tensão de saída será seria possível com um conversor abaixador,
sempre maior - ou igual, caso o conversor pois exigiria uma bateria com tensão muito
esteja inativo - à tensão de entrada. Abaixo maior que os 5 volts para proporcionar um
temos o diagrama dessa topologia. bom aproveitamento da carga. O conversor
elevador é também a base da maioria dos
circuitos de correção de fator de potência em
fontes chaveadas, que vem se tornando cada
vez mais populares, especialmente em fontes
produzidas na Europa, onde as normas
técnicas são mais rígidas que as brasileiras,
com relação ao fator de potência em
circuitos eletrônicos conectados à rede
elétrica.

Como podemos ver, assim como no Conversor inversor


conversor abaixador, o indutor é intercalado
entre a entrada e a saída, mas os Abaixo vemos o diagrama básico de
semicondutores ficam em posições um conversor inversor.
diferentes. Nesse circuito, no primeiro
momento, quando o elemento comutador é
ativado, o indutor é submetido diretamente
à tensão de entrada, armazenando energia.
No momento em que o elemento comutador
é desativado, a energia armazenada no
indutor fará com que surja entre seus
extremos uma tensão reversa, que será
somada com a tensão da fonte, e entregue ao
capacitor de filtro da saída, através do diodo.
Nesse circuito, não temos a possibilidade de
proteção contra sobrecarga ou curto-circuito Diferentemente dos circuitos
na saída, proteção essa que, caso seja anteriores, no conversor inversor o indutor
necessária, tem de ser implementada na não é intercalado entre a entrada e a saída,
fonte principal. mas sim entre o elemento comutador e o
terra. Como vantagem temos o fato de a
Esse circuito é muito comum em tensão de saída poder ser maior ou menor
monitores de vídeo comuns (CRT), onde que a tensão de entrada, sem necessidade de
fica intercalado entre a fonte principal e o modificações no circuito. No entanto, tal
estágio de saída horizontal e alta tensão. circuito tem uma particularidade: A tensão
Um outro equipamento onde esse tipo de de saída terá polaridade oposta em relação à
conversor se popularizou são os telefones tensão de entrada, o que restringe a
celulares, onde convertem a tensão da aplicação desse circuito a casos específicos,
bateria (geralmente em torno de 3.6 volts) onde a inversão de polaridade é necessária,
em 5 volts. Tal estratégia permite um ou pelo menos, desejável. E, assim como no

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conversor abaixador de tensão, temos a Conversor misto
possibilidade de implementação da proteção
contra sobrecarga na saída, pois o elemento O circuito conversor misto não chega
comutador está em série com a entrada, e a ser propriamente uma topologia distinta,
não em paralelo como no conversor mas sim uma fusão do conversor abaixador
elevador. com o conversor elevador. Abaixo temos o
diagrama desse circuito.
Como já foi mencionado, esse
circuito tem aplicação relativamente restrita,
sendo uma das topologias menos utilizadas.
Esse circuito é utilizado em casos
específicos, como por exemplo, em
equipamentos que possuem interface serial
mas não contam com uma tensão negativa
vinda da fonte principal (as interfaces seriais
padrão RS-232C, as utilizadas nos
computadores e periféricos com Numa primeira análise, a primeira
comunicação serial utilizam tensão de +12 e diferença notada é que nesse circuito temos
-12 volts). Nesse caso, utiliza-se um dois elementos comutadores, assim como
conversor inversor para gerar a tensão de -12 dois diodos. Conforme a estratégia de
volts a partir de alguma tensão positiva controle, os elementos comutadores podem
disponibilizada pela fonte principal. Existe ser acionados juntos ou não, sendo o
também uma linha de nobreaks, a saber, a acionamento simultâneo o mais comum,
linha Prestige, fabricada pela Powerware, pois implica em menor complexidade para o
onde há um circuito que funciona como circuito de controle. À custa da necessidade
conversor elevador quando o nobreak de mais um elemento comutador, essa
funciona em modo rede e, por meio de um topologia reúne as vantagens dos
artifício com diodos e um relé, converte-se conversores abaixador e elevador. A tensão
num conversor inversor quando o nobreak de saída pode ser variada de 0 volts até o
passa a operar em modo bateria, onde gera limite imposto pelos componentes (tensão
uma tensão de -200 volts (o inversor é máxima suportada pelos semicondutores,
alimentado com tensão simétrica, de +200 e capacitor, etc...). Assim como no conversor
-200 volts) a partir da tensão de +60 volts do abaixador, tempos a possibilidade de
banco de baterias. Nos monitores LCD, na implementação de uma proteção contra
placa do display também existe um pequeno sobrecarga, bastando para isso que seja
conversor inversor, que gera uma tensão de inserido um elemento sensor de corrente em
-12 volts, tensão essa que é usada para série com qualquer um dos elementos
polarizar o display, em conjunto com uma comutadores, sendo mais simples a inserção
tensão de +12 volts gerada por outro entre o segundo elemento e o terra, pois
conversor localizado também na placa do assim a monitoração da corrente será
display (a tensão de 12 volts da fonte não é referenciada ao terra. Também não há o
utilizada diretamente pelo display). inconveniente de a tensão de saída ter
polaridade inversa em relação à tensão de
entrada, o que simplifica bastante o projeto
de fontes de alimentação com tensão de
saída variável usando essa topologia.

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Topologias com isolação vinda do transformador cessa, o que faz com
que o indutor descarregue a energia
Após termos estudado os armazenada, através do diodo com anodo
conversores simples, sem isolação galvânica aterrado.
entre entrada e saída, veremos agora os
conversores isolados, que são utilizados em Esse conversor na sua forma mais
diversas aplicações, sendo a mais comum as crua tem aplicabilidade relativamente
fontes chaveadas que são conectadas restrita, pois possui alguns inconvenientes se
diretamente à rede elétrica. As topologias comparado às outras topologias forward.
mais utilizadas nas fontes com isolação são Como o transformador também é um
a forward nas suas diversar formas e a elemento reativo, ele tende a armazenar
flyback, derivadas do conversor abaixador e energia, assim como o indutor, o que não é
inversor, respectivamente. desejável nessa topologia. O transformador
deve descarregar-se totalmente entre um
ciclo e outro, do contrário, ele gerará perda
Forward simples de energia, aquecimento, e maior consumo
de corrente para o elemento comutador. Para
Aqui temos o diagrama básico de um contornar esse inconveniente, utilizam-se
conversor forward simples (com um único alguns artifícios, tais como a adição de um
elemento comutador). enrolamento de descarga, ou seja: um
enrolamento que faz com que a energia
armazenada no transformador seja entregue
de volta ao capacitor de filtro do lado
primário no momento em que o elemento
comutador é desligado. Outro artifício é a
construção do transformador com a maior
indutância possível, pois assim ele tende a
armazenar menos energia. Também se pode
usar um diodo zenner para absorver o pico
de tensão reversa, mas isso se torna
impraticável em conversores de alta
Agora, diferentemente das topologias potência. Em conversores de maior potência
vistas anteriormente, temos dois essa topologia dá lugar às topologias
componentes indutivos, sendo um deles um forward simétricas, as próximas a serem
transformador com núcleo de ferrite, e o vistas.
outro o indutor, já conhecido. Quando o
elemento comutador é ativado, o Circuitos com conversores forward
enrolamento primário do transformador é simples são encontrados predominantemente
submetido à tensão de entrada, e gera na sua em fontes de alimentação de
saída uma tensão, determinada pela tensão micro-computadores "de marca" (Compaq,
de entrada e pela sua relação de espiras. O IBM, HP, etc..), assim como em algumas
indutor, assim como conversor abaixador, é fontes para servidores. Embora
submetido a uma tensão, igual à subtração eventualmente também sejam usados
da tensão de saída da tensão vinda do circuitos assim em fontes genéricas, a
transformador, e armazena energia na forma topologia predominante nesse tipo de fonte
de campo. No segundo momento, quando o é a forward em meia ponte.
elemento comutador é desligado, a tensão

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Forward push-pull pois reduz o stress dos elementos
comutadores, o que tende a aumentar a sua
Aqui vemos o diagrama de um vida útil.
conversor forward push-pull, onde temos
dois elementos comutadores. Circuitos com conversores forward
Push Pull não são muito populares, sendo
encontrados predominantemente na fonte de
alguns equipamentos de grande porte como,
por exemplo, a fonte de algumas copiadoras.

Forward em meia ponte

Aqui vemos o diagrama básico de


um conversor forward em meia ponte, em
Nesse tipo de circuito, os dois duas versões diferentes: Com alimentação
elementos comutadores operam simétrica e simples.
alternadamente, e devem possuir tempos de
chaveamento exatamente iguais.

Agora, diferentemente do conversor


forward simples, temos um transformador
que opera simetricamente, o que elimina os
problemas de energia residual armazenada.
Como único inconveniente dessa topologia,
temos o fato de os elementos comutadores
terem de suportar uma tensão igual a pelo
menos o dobro da tensão de entrada. Embora
o transformador armazene energia durante a
condução dos elementos comutadores, isso
não chega a ser um inconveniente: De
qualquer forma essa energia será entregue à
saída pois, não importa a polaridade da
tensão reversa gerada, ela será somada com
a tensão reversa gerada pelo indutor no
momento do desligamento dos elementos
comutadores. E, caso a energia armazenada
durante a condução de um dos elementos
comutadores não tenha se descarregado
totalmente até o momento da ativação do
outro, a tensão reversa no primário do
transformador fará com que a corrente que Esse circuito não possui o
circulante no elemento comutador no inconveniente de fazer com que os
momento da ativação seja menor do que elementos comutadores suportem uma
seria se o transformador estivesse totalmente tensão igual ao dobro da tensão de entrada,
descarregado. Esse efeito de entrada em e permite que o transformador tenha um
condução com menor corrente é desejável, enrolamento primário simples, ao contrário

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do push-pull, que exige um primário com Forward em ponte completa
tap central. Assim como no conversor
forward push-pull, qualquer energia que Abaixo vemos o diagrama de um
fique armazenada no transformador no conversor forward em ponte completa,
tempo entre a condução dos elementos também conhecido como ponte H.
comutadores será entregue à saída, não
sendo desperdiçada.

Na versão alimentada com fonte


simétrica, o capacitor em série com o
enrolamento primário do transformador
serve para evitar que pequenas diferenças
entre as tensões de alimentação, ou mesmo
no tempo de condução dos elementos
comutadores, façam com que o núcleo do
transformador sature, o que aumenta
enormemente a demanda de corrente, e pode
danificar os elementos comutadores, caso Nesse circuito os elementos
não exista uma proteção contra comutadores são ativados aos pares: o
sobrecorrente. O capacitor é opcional, mas é elemento comutador superior de um dos
muito utilizado, especialmente em lados da ponte é ativado e desativado
conversores alimentados pela rede elétrica, juntamente com o elemento inferior do outro
onde uma pequena avaria em um dos lado.
capacitores de filtro após a retificação da
entrada já faria com que houvesse uma A maior aplicação dessa topologia se
diferença entre a tensão positiva e a dá em conversores de alta potência, tais
negativa, diferença esse que comprometeria como os utilizados em nobreaks de grande
o funcionamento do conversor caso não porte, assim como em fontes chaveadas de
existisse o capacitor em série. alta potência. Para conversores de menor
potência esse circuito não é a melhor opção
Esse tipo de circuito é popular em devido à quantidade de elementos
fontes que possuem em sua entrada um comutadores necessária, além da maior
dobrador de tensão, sendo o caso mais complexidade do circuito de acionamento.
popular as fontes de micro-computadores
comuns, padrão AT e ATX. Quando é
necessária uma monitoração da corrente nos
elementos comutadores, geralmente isso é
feito inserindo-se um transformador de
corrente em série com o enrolamento
primário do transformador.

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Flyback conversores de alta potência (maior que 200
watts), pelo seguinte motivo: O elemento
Aqui temos o diagrama de um indutivo tem que se descarregar totalmente
conversor flyback, a versão isolada do entre um ciclo e outro, do contrário ele pode
conversor inversor. apresentar saturação no núcleo. Devido à
necessidade de descarga total, esse circuito
costuma operar sempre com largura de pulso
baixa (menos de 50% de ciclo ativo na
maioria dos casos), o que redunda em
maiores correntes circulando pelo elemento
comutador, pois é necessário transferir mais
energia em menos tempo. Além do mais,
numa comparação entre um indutor
multifilar e um transformador de mesma
potência, o transformador geralmente é
menor.

Uma outra particularidade desse


Embora tenhamos um elemento circuito é o tipo de núcleo usado no
indutivo com dois enrolamentos (ou mais, elemento indutivo. As peças do núcleo
dependendo do circuito e da quantidade de unidas não formam uma peça totalmente
saídas do conversor), ao pé da letra ele não contínua: Nas laterais as faces das duas
funciona como um transformador, mas sim peças de ferrite se encontram, mas no meio
como indutores acoplados. Nesse circuito, fica um pequeno espaço (gap). Esse espaço
temos como particularidade a inversão de reduz significativamente a indutância do
fase entre o enrolamento primário e o(s) elemento, para garantir que ele se
secundário(s). Vide a marcação de fase nos descarregue totalmente entre os ciclos de
enrolamentos. No primeiro momento, operação. Num transformador esse espaço
quando o elemento comutador é ativado, o de ar não existe, pois é desejável que ele
elemento indutivo passa a armazenar energia tenha indutância alta, para influir o mínimo
no núcleo, na forma de campo magnético, e possível no funcionamento do circuito.
a tensão induzida no enrolamento
secundário tem polaridade inversa em Essa topologia é de longe a mais
relação à saída correspondente. No segundo popular atualmente, sendo utilizada em uma
momento, quando o elemento comutador é ampla gama de equipamentos eletrônicos e
desativado, aí sim a energia será entregue à de informática. Dentre eles podemos citar:
saída. Se os enrolamentos fossem ligados Televis ores, DVD, videocassete,
em fase, a tensão de saída seria dependente impressoras, monitores, e diversas fontes
apenas da tensão de entrada e da relação de externas, como as fontes de notebook,
espiras. zip-drives, etc… E, não por acaso, o
transformador que gera alta tensão para
A principal vantagem desse tipo de polarização do tubo de imagem nas TVs e
circuito é a sua simplicidade, aliada a larga monitores é chamado de flyback: O
faixa de tensões de entrada. De fato, a princípio de funcionamento é o mesmo. Até
maioria das fontes "full-range" são mesmo algumas fontes AT e ATX de baixa
conversores flyback. Como inconveniente, potência (150 watts ou menos) usam essa
esse circuito tem o fato de não ser usual para topologia.

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Boost push-pull desse circuito são momentos críticos, o que
demanda estratégias de controle especiais no
Esse circuito é a versão isolada do momento da partida e da parada. No
conversor elevador. Abaixo temos o seu momento da entrada em funcionamento é
diagrama. usual os elementos comutadores iniciarem
operando com largura de pulso baixa, e ir
aumentado gradativamente, até entrar no
modo de operação normal, onde começam
os momentos de condução simultânea. Isso
gera um problema, que também ocorre no
momento do desligamento do conversor: A
energia armazenada no indutor pode fazer
com que os elementos comutadores sejam
submetidos a tensões muito altas quando
forem desligados simultaneamente, o que
pode acabar por destruí-los. Para contornar
O princípio de funcionamento é mais esse problema usam-se diversos artifícios,
ou menos o mesmo do conversor elevador, como a adição de um enrolamento de
mas mais complexo: No primeiro momento descarga no indutor, o que limita a tensão
os dois elementos comutadores entram em reversa máxima gerada por ele, fazendo com
condução, fazendo com que o enrolamento que ela seja devolvida para a fonte, ou
primário do transformador se comporte bateria.
como um curto. Assim, o indutor é
submetido à tensão de entrada, e armazena Essa topologia de conversor é
energia. No segundo momento um dos comumente usada em nobreaks senoidais
elementos comutadores é desligado, importados, onde converte a tensão do
enquanto o outro permanece em condução. banco de baterias em uma tensão contínua
Assim, a energia armazenada no indutor é regulada, para alimentação do inversor.
transferida para a carga através do Também é possível encontrar tal topologia
transformador. Depois, o ciclo se repete, ao em nobreaks nacionais, como os da linha
contrário: O elemento comutador desligado Trusting HF, fabricados pela BK.
é ativado novamente, e depois do tempo
determinado pelo circuito de controle, o
outro elemento comutador é desligado, Outras topologias
fazendo com que a energia que foi
armazenada no indutor seja transferida para Além dos conversores já vistos,
a saída pelo transformador em sentido existem outros tipos de conversores, menos
inverso em relação ao primeiro ciclo. populares e utilizados em casos mais
específicos. Existem também algumas
Como vantagem desse circuito temos variações das topologias já vistas, assim
o fato de ele, assim como o conversor como circuitos onde são mescladas
elevador, poder operar com baixas tensões diferentes topologias. Entre essas topologias,
de entrada, o que proporciona um grande as mais populares são os conversores
aproveitamento em circuitos alimentados ressonantes.
com baterias. Como inconveniente, temos a
complexidade da estratégia de controle. A
entrada em funcionamento e o desligamento

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Ressonante em meia ponte comutação suave, com tensão e / ou corrente
nula no momento da ativação. Isso faz com
Aqui temos dois diagramas de que a interferência irradiada seja menor,
exemplo de conversores ressonantes em assim como o stress dos próprios elementos
meia ponte. comutadores.

Esse circuito é utilizado em


equipamentos onde a demanda de corrente
não sofre grandes variações. Uma aplicação
onde conversores assim são vistos são as
fontes de diversas Tvs fabricadas pela Sony.
Também encontramos circuitos assim nos
reatores eletrônicos para lâmpada
fluorescente, onde a saída não é retificada,
mas sim ligada à lâmpada através de um
capacitor. Além dos reatores independentes,
na maioria absoluta das lâmpadas
fluorescentes compactas eletrônicas
(excetuam-se as com reator convencional) o
reator interno é um circuito ressonante em
meia ponte.

Ressonante push-pull

Abaixo vemos o diagrama básico de


um conversor ressonante push-pull,
alimentando uma lâmpada fluorescente.

Notadamente, os diagramas são


semelhantes aos do conversor forward em
meia ponte. A diferença é que não existe o
indutor no lado secundário, e os capacitores
são de menor valor, pois devem funcionar
carregando-se e descarregando-se a cada
ciclo de operação do conversor. Num
circuito desse tipo, o controle da potência A maior aplicação desse circuito é no
transferida para a saída se dá pela variação acendimento de lâmpadas fluorescentes,
da freqüência. Quanto maior a freqüência, tanto comuns como as de catodo frio, em
maior será a transferência de potência. circuitos alimentados por baixas tensões ou
baterias. Nos monitores LCD, o inversor que
A característica principal de um alimenta as lâmpadas do anteparo do display
circuito ressonante é o fato de os elementos (backlight) é um circuito desse tipo,
comutadores operarem num regime de intercalado com um conversor abaixador,

-13-
que é controlado pela placa lógica do LCD se dá pela variação da luminosidade
monitor: O controle de brilho num monitor das lâmpadas do backlight.

Formas de controle de conversores chaveados

Após termos visto as topologias da a tensão de saída.


etapa de potência dos reguladores e fontes
chaveados, estudaremos os circuitos de Existem também as fontes chaveadas
controle. A forma mais comum de controle auto-oscilantes, onde não é usado nenhum
é a modulação em largura de pulso (PWM). circuito integrado na etapa de controle, mas
Basicamente, existem duas formas de apenas transistores e componentes discretos.
controle PWM: O controle em modo tensão, Nessas fontes, tanto a freqüência como o
e em modo corrente. No controle em modo ciclo ativo variam conforma e tensão de
tensão, a tensão vinda de um amplificador entrada e a demanda de corrente na saída
de erro (considerando como “erro” o desvio (exceto se a fonte for sincronizada
de tensão na saída do conversor) é externamente, nesse caso a frequência será
comparada com um sinal triangular vindo de fixa). Esse tipo de fonte é comum em
um oscilador, para gerar os pulsos de aplicações de baixa potência, tais como:
controle do elemento comutador. Já no Impressoras de pequeno porte, videocassete,
controle em modo corrente, a tensão vinda a fonte stand-by das fontes ATX, etc…
do amplificador de erro é comparada com Existem também alguns monitores que usam
uma referência da corrente circulante no esse tipo de circuito, sendo o caso mais
elemento comutador. conhecido o modelo antigo do Mtek 1428.
Algumas fontes padrão AT muito antigas e
Também existem circuitos onde o raras também usam um circuito auto-
controle é feito usando-se outras estratégias, oscilante.
tais como:

& Modulação em densidade de pulso


(PDM): Os pulsos tem largura
constante, e o controle se dá pela
variação da freqüência.

& Controle por corrente média: A


corrente no elemento indutivo é
monitorada, e a comutação é feita de
tal forma que a corrente varie entre
um limite mínimo e máximo
pré-definidos.

& Controle por supressão de pulso: Os


pulsos tem largura e frequência
constantes, mas a comutação é
suprimida e reiniciada
constantemente, procurando manter

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Controle em modo tensão circuito ilustrado a tensão de referência seja
igual à tensão de saída, para facilitar o
Abaixo vemos um diagrama de entendimento, na prática o mais comum é
exemplo de um conversor abaixador de usar-se uma tensão de referência mais baixa
tensão utilizando o controle em modo (2.5 volts é o valor mais comum), e a tensão
tensão. de saída passa por um divisor resistivo antes
de ser aplicada na entrada do amplificador
de erro.

O controle em modo tensão é


utilizado por diversos circuitos integrados
para controle de fontes chaveadas, sendo os
mais populares o TL494 e o SG3524. Uma
vantagem do controle em modo tensão em
relação ao modo corrente é o fato de, quando
não é necessária uma proteção contra
sobrecarga, não ser necessário o sensor de
corrente em série com o elemento
comutador. O sensor é necessário no
controle em modo corrente. Em
compensação, quando é exigida uma
proteção contra sobrecarga, um circuito de
controle em modo tensão torna-se mais
complexo do que um circuito semelhante
com controle em modo corrente.
A diferença entre a tensão de saída e
a tensão de referência (Vref) é amplificada
pelo amplificador de erro, o que resulta
numa tensão que é aplicada ao comparador
de largura de pulso. Na saída do
comparador, teremos pulsos, cuja largura
dependerá da tensão de saída do
amplificador de erro. Se a demanda de
corrente na saída do conversor aumentar, o
que faz com que a tensão na saída do
conversor tenda a diminuir, a tensão na
entrada do amplificador de erro também
tende a diminuir. Isso faz com que a tensão
na saída do amplificador de erro aumente, o
que fará a largura dos pulsos de controle do
elemento comutador aumentar.
Aumentando-se a largura dos pulsos,
aumenta-se a transferência de potência da
entrada para a saída, e o aumento de
consumo é compensado. A estabilidade é
atingida quando a diferença entre a tensão de
saída e a referência é nula. Embora no

-15-
Controle em modo corrente também circula no resistor em série com o
elemento comutador, o que faz com que haja
Aqui vemos o diagrama básico de uma pequena queda de tensão sobre esse
um conversor elevador com controle em resistor, e essa tensão é aplicada na entrada
modo corrente. não-inversora do comparador de largura de
pulso. Quando a corrente atingir um valor tal
que a tensão na entrada não-inversora se
iguale à tensão na entrada inversora (tensão
essa que vem do amplificador de erro), a
saída do comparador passará para o nível
alto, o que fará com que o flip-flop seja
resetado, desligando o elemento comutador.
Quando o oscilador gerar o próximo pulso,
o ciclo se repete. No caso de a tensão de
saída diminuir devido a um aumento do
consumo de corrente, a tensão na saída do
amplificador de erro aumenta, aumentando
também o limite de corrente para o
desligamento do elemento comutador.

Uma vantagem do controle em modo


corrente é o fato de não ser necessária a
implementação de uma proteção contra
sobrecarga na saída do conversor, pois o
próprio circuito de controle já pode limitar a
corrente máxima que pode circular no
elemento comutador, bastando para isso
limitar a tensão máxima na entrada inversora
do comparador de largura de pulso. A
No controle em modo corrente, maioria dos circuitos integrados para
diferentemente do controle em modo tensão, controle em modo corrente já possui uma
o sinal em forma de rampa gerado pelo limitação interna fixada em 1 volt.
oscilador não é aproveitado pelo
comparador de largura de pulso, mas sim os Os circuitos com controle em modo
seus pulsos de saída. A tensão vinda do corrente tem se tornado cada vez mais
amplificador de erro passa por um divisor populares atualmente, em parte devido a
resistivo, e é comparada com a rampa gerada existência de diversos circuitos integrados
pela amostragem de corrente no elemento de baixo custo e fácil obtenção dedicados a
comutador. esse tipo de controle, tais como o 3842 e
similares, fabricados por diversas empresas
No funcionamento do conversor, no de semicondutores. Além disso, circuitos
primeiro momento o oscilador gera um com controle em modo corrente podem
pulso, que põe o flip-flop no estado ativo, facilmente ser sincronizados externamente,
através da entrada “S” (Set). Nesse coisa que é tremendamente mais difícil de
momento o elemento comutador é ativado, ser feita com um conversor em modo tensão.
e começa a circular uma corrente crescente Devido a isso, a maioria dos monitores de
através dele e do indutor. A corrente vídeo e Tvs atuais usa na fonte um circuito

-16-
com controle em modo corrente, que circuitos de controle bastante complexos, se
funciona sincronizado com a freqüência de comparados aos encontrados nas fontes
varredura horizontal. Quando esse chaveadas atuais. Mais tarde, com a
sincronismo não existe, o ripple (ondulação popularização dos circuitos integrados, o
na tensão) na saída da fonte pode gerar controle passou a ser feito utilizando-se os
interferências e ondulações indesejáveis na circuitos integrados então disponíveis no
imagem. mercado (amplificadores operacionais,
comparadores, portas lógicas, etc...).
Outra aplicação onde o controle em
modo corrente é popular são os circuitos Mais tarde, com o advento dos
integrados que já possuem internamente o circuitos integrados dedicados ao controle
elemento comutador. O único inconveniente de fontes chaveadas, as fontes chaveadas
desse tipo de circuito integrado é o fato de, tornaram-se bem mais simples, e mais
caso o elemento comutador sofra algum confiáveis, devido à menor quantidade de
dano, o circuito integrado ficará inutilizado. componentes. Além, é claro, da dificuldade
de manutenção, que diminuiu bastante.

Circuitos integrados utilizados A partir de agora, passaremos a


estudar alguns desses circuitos integrados,
Nos primórdios das fontes chaveadas analisando o seu diagrama interno e
as etapas de controle eram construídas com funcionamento.
componentes discretos, o que tornava os

3842 chaveada. Como é produzido por vários


fabricantes, podemos encontrá-lo com várias
O 3842 é um dos circuitos integrados siglas diferentes antes do código 3842,
de controle mais populares atualmente, e sendo as mais comuns: UC (Unitrode), TL
com certeza o mais popular entre os (Texas), KA (Fairchild), SG
dedicados ao controle de conversores (SGS-Thomson) e DBL (Daewoo).
chaveados em modo corrente. Por ser um
componente de simples utilização, além do A seguir, vemos o seu diagrama interno
baixo custo e fácil obtenção, é encontrado simplificado.
em virtualmente qualquer tipo de fonte

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Descrição dos pinos: serve para fazer com que, mesmo com o
circuito operando com largura de pulso
1. Saída do amplificador de erro máxima, haja um tempo morto (onde o
2. Entrada do amplificador de erro elemento comutador é mantido desativado),
3. Entrada do sensor de corrente dado pela duração do pulso vindo do
4. Oscilador oscilador. O diodo zenner de 1 volt impõe
5. Terra um limite máximo para a corrente circulante
6. Saída no elemento comutador. Essa corrente é
7. VCC dada pela divisão da tensão (1 volt) pela
8. Saída da tensão de referência (5V) resistência do resistor utilizado em série
com o elemento comutador.
Comparando o diagrama interno do
3842 com o controle em modo corrente O 3842 começa a funcionar quando
mostrado anteriormente, vemos que é a tensão de alimentação (pino 7) atinge 16
basicamente o mesmo circuito, com a adição volts, e mantém o funcionamento enquanto
de alguns refinamentos. Os diodos em série a tensão não cair abaixo de 10 volts. É por
com a saída do amplificador de erro esse motivo que geralmente quando uma
proporcionam uma queda de tensão de 1.2 fonte com 3842 é submetida a um curto na
volts, e os resistores fazem com que a tensão saída, ela fica tentando partir e emitindo um
resultante seja dividida por 3. A porta lógica ruído (“tic.. tic.. tic..”). No momento em que
AND localizada entre o flip-flop e a saída a tensão atinge os 16 volts, ele também

-18-
passa a fornecer uma tensão regulada de 5 uma largura de pulso não maior que
volts no pino 8 (saída de tensão de 50%. É comum encontrá-lo em
referência), que deve ser conectado através fontes para servidores e também nas
de um resistor ao pino 4, e o pino 4 ao terra fontes de algumas impressoras.
através de um capacitor. São esses dois
componentes que determinam a freqüência & 3845: Reúne as características dos
de operação do conversor. Nos casos em que dois anteriores, funcionando com
o 3842 deve funcionar sincronizado com um tensão baixa como o 3843, e largura
sinal externo, esses componentes são de pulso limitada, como o 3844. Dos
calculados de forma que a freqüência de vistos até agora, é o menos usado. É
operação seja um pouco menor do que a utilizado, por exemplo, no
mínima freqüência em que o circuito vai carregador de baterias dos nobreaks
funcionar (no caso das TVs é 15.75 KHz, e da linha Ten, fabricada pela CP
nos monitores VGA é 31.5 Khz). Para Eletrônica, onde controla um
sincronizá-lo, basta aplicar os pulsos de conversor elevador que converte
sincronismo no pino 4. É por esse motivo uma tensão de pouco mais de
que muitos monitores de vídeo e Tvs tem 30VAC na tensão nominal de carga
uma espira de fio enrolada em volta do do banco de baterias (95.2 ou 163.2
núcleo do flyback, e ligada no circuito da volts, conforme a quantidade de
fonte. Alguns monitores (como o Samsung baterias – 7 ou 12).
450b e o Daewoo 1427x) possuem ao invés
da espira um pequeno transformador de & 3846: Tem saída dupla, ou seja: Os
sincronismo, ligado entre o lado secundário pulsos são alternados entre as duas
e primário da fonte. A largura de pulso saídas. É usado em conversores
máxima gerada pelo 3842 beira os 100% simétricos. Não é visto comumente
(usualmente 97%), sendo limitada apenas em equipamentos nacionais, devido
pelo “dead-time” do oscilador. à sua dificuldade de obtenção. É o
único da família que não possui
Além do 3842, existem outros encapsulamento de 8 pinos.
circuitos integrados derivados dele, com
algumas características distintas. Vamos a & 3882: Necessita de uma menor
eles: corrente para iniciar o
funcionamento. Enquanto o 3842 e
& 3843: É semelhante ao 3842 em similares necessitam cerca de 1 mA
todos os aspectos, mas inicia o seu para começar a funcionar, o 3882
funcionamento com tensão menor necessita de cerca de 0,2 mA,
(8,5 volts). Geralmente é utilizado possibilitando o uso de resistores de
em circuitos onde a alimentação é partida com maior valor, o que reduz
fixada em 12 volts, pois um 3842 a dissipação total de calor do
não iniciaria a operação com essa circuito. É equivalente ao
tensão. KA3842A.

& 3844: Funciona na mesma faixa de Como já foi mencionado, a mesma


tensões do 3842, e tem internamente estratégia de controle do 3842 é usada em
um flip-flop que faz com que a cada out ros ci rcui t os i nt e grados , na
dois pulsos um seja suprimido. Na implementação do controle em modo
prática, ele é usado onde se necessita corrente. Um exemplo são os circuitos

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integrados KA2S0880 e DP104, usados na deflexão para monitores, onde encontramos
fonte de alguns monitores Samsung. um bloco semelhante, para o controle do +B.
Também podemos citar os STR-Z5717, Como exemplo podemos citar o TDA4858,
STR-F6524 e similares, muito usados em onde o bloco de controle é acessível através
monitores LG. Existem também alguns dos pinos 3, 4, 5 e 6.
circuitos integrados processadores de

LM2576 15V e uma versão com tensão de saída


ajustável, que pode fornecer tensões a partir
Atualmente tem se popularizado no de 1.23V até a tensão máxima de entrada. A
mercado os circuitos integrados que tensão máxima de entrada é de 37V nas
possuem quase todos os semicondutores versões comuns, e 57V nas versões com
necessários para a construção de um tensão de entrada extendida (sufixo HV). A
conversor chaveado. Um desses integrados corrente máxima é limitada internamente em
é o LM2576. Ele foi inicialmente produzido 3 amperes. A frequência de operação do
pela National, e logo foi copiado pela oscilador é fixada internamente em 52KHz.
Onsemi (Motorola). Excetuando-se o diodo,
os capacitores e o indutor, ele possui Além do LM2576, existem outros
internamente todo o circuito necessário para circuitos integrados da mesma família -
a construção de um conversor abaixador batizada de “Simple Switcher” - dedicados
com controle em modo tensão. Abaixo à construção de outros tipos de conversores.
vemos o seu diagrama interno. Os mais comuns são o LM2575 e o
LM2577.

Por ser um componente simples e


versátil, é encontrado em diversas
aplicações, onde geralmente fica na própria
placa principal do equipamento. É
encontrado em monitores LCD, e em
algumas placas-mãe para Pentium até 233
Mhz. Existem também alguns notebooks
que o usam no circuito regulador de tensão
e no módulo carregador da bateria. Não é
Descrição dos pinos: comum encontrarmos o LM2576 em
equipamentos de fabricação nacional, pois
1. Entrada de tensão não regulada ele não é popular no mercado brasileiro. É
2. Saída de chaveamento um componente relativamente difícil de ser
3. Terra encontrado no comércio, e devido a isso ele
4. Entrada de feedback se torna caro. Felizmente, a sua incidência
5. Controle do liga/desliga de defeitos é baixíssima, sendo um
componente praticamente indestrutível nas
O LM2576 existe em 5 versões, condições normais de uso.
conforme a tensão de saída: 3.3V, 5V, 12V,

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TL494 tensão. Assim como o 3842, também passou
a ser produzido por vários fabricantes, as
Um circuito integrado já vezes com nomes bem diferentes do
relativamente antigo - mas ainda muito original. Alguns exemplos de versões com
popular nos dias de hoje - é o TL494, nome diferente: IRM302 (Sharp), KA7500
fabricado inicialmente pela Texas (Fairchild) e M5TP494N (Mitsubishi). É o
Instruments. Foi um dos primeiros circuitos circuito integrado usado na maioria absoluta
integrados para esse tipo de função a ser das fontes de PC, tanto AT como ATX.
lançado, e atualmente é o mais popular,
entre os circuitos de controle em modo Abaixo, o seu diagrama interno.

Descrição dos pinos: 13. Seleção do modo de operação


14. Saída da tensão de referência (5V)
1. Entrada não inversora do 15. Entrada inversora do amplificador de
amplificador de erro 1 erro 2
2. Entrada inversora do amplificador 16. Entrada não inversora do
de erro 1 amplificador de erro 2
3. Saída dos amplificadores de erro
4. Dead time control O TL494 é um circuito integrado
5. Capacitor do oscilador bastante versátil, pois possui algumas
6. Resistor do oscilador características que o tornam adequável a
7. Terra uma extensa gama de aplicações. Entre as
8. Coletor do transistor 1 características podemos citar:
9. Emissor do transistor 1
10. Emissor do transistor 2 & Controle de tempo morto (dead time
11. Coletor do transistor 2 control): Esse recurso, acessível pelo
12. VCC pino 4, facilita o projeto de

-21-
conversores com o recurso 8 e cerca de 35 volts (o limite
de “soft start” (partida máximo varia conforme o
gradual). O circuito começa fabricante), o que elimina a
a operar com largura de necessidade de um circuito regulador
pulso mínima e vai de tensão exclusivo para ele na
aumentando gradualmente maioria dos casos.
até chegar ao ponto de
operação normal. Esse & Coletores e emissores dos
recurso serve para minimizar transistores de acionamento
o surto de corrente nos acessíveis externamente: O
elementos comutadores no acionamento pode ser referenciado
momento em que o circuito ao terra, à tensão de alimentação, ou
entra em funcionamento. até mesmo flutuante, dentro dos
limites da tensão de alimentação
& Dois amplificadores de erro: Graças usada.
a existência de dois amplificadores
de erro, um deles pode ser usado Como inconveniente, temos o fato de
para monitorar a tensão de saída do o TL494 não possuir um latch (trava) para
conversor, e o outro pode ser os pulsos na saída, ou seja: Se a tensão na
conectado a um circuito sensor de saída dos amplificadores de erro
corrente. Usualmente o primeiro oscilardurante o período de um ciclo (coisa
amplificador de erro é usado para que pode acontecer se o circuito não for bem
monitoração da tensão e o segundo, projetado, ou um capacitor numa saída
quando usado, para monitoração da monitorada do conversor apresentar defeito),
corrente. o TL494 pode gerar mais de um pulso por
ciclo, o que pode levar a instabilidades no
& Dois modos de operação: O pino 13 funcionamento do conversor, ou mesmo à
seleciona o modo de operação do queima dos elementos comutadores.
TL494. Quando conectado ao pino
14 (tensão de referência de 5 volts), Uma particularidade interessante do
o TL494 opera no modo alternado: TL494 é o fato de a largura de pulso ser
Os dois transistores internos inversamente proporcional à tensão na saída
funcionam alternadamente. Quanto dos amplificadores de erro, ou seja: Quanto
esse pino é aterrado, o TL494 passa maior a tensão, menor será a largura de
a operar no modo simultâneo: Os pulso. Devido a isso, na maioria dos casos a
dois transistores internos funcionam tensão de saída é aplicada na entrada não
juntos, e podem ser ligados em inversora do primeiro amplificador de erro,
paralelo, para duplicar a capacidade ao contrário da maioria dos outros circuitos
de corrente. Isso facilita o seu uso integrados de mesma função, onde a tensão
em conversores de baixa potência, vinda do divisor ligado na saída do
onde os transistores internos do conversor é aplicada numa entrada
TL494 podem ser usados como os inversora.
próprios elementos comutadores.
Atualmente, estão se popularizando
& Larga faixa de tensões de operação: no mercado os circuitos integrados
O TL494 pode funcionar com específicos para fontes de PC, que possuem
qualquer tensão de alimentação entre internamente a base de um TL494, mais o

-22-
circuito de supervisão das tensões de saída são encontrados em algumas fontes com
(responsável pela proteção contra uma inscrição tipo “2002” ou “2003”.
sobretensão, e pelo sinal de power good da
fonte). Esses circuitos integrados são os que

Análise de defeitos numa fonte chaveada

Agora, após termos estudado a teoria


de funcionamento das fontes chaveadas,
passaremos a analisar algumas fontes
chaveadas reais, e identificar os principais
pontos de ocorrência de defeitos.

Além dos pontos de possíveis


defeitos, também veremos os valores e
substituições mais comuns para alguns
componentes. Tendo em vista a dificuldade,
ou mesmo a impossibilidade de obter
esquemas de algumas fontes, esse tipo de
conhecimento se torna útil no dia-a-dia do
técnico reparador: É relativamente comum
chegar para reparo uma fonte com
componentes carbonizados, ou um
equipamento com a fonte nessa situação.
Além disso, também há a possibilidade de
nos deparamos com uma fonte que já tenha
sido mexida, com componentes faltando.
Esse segundo caso ocorre mais
frequentemente com quem trabalha com
manutenção terceirizada.

No caso de nos depararmos com uma


fonte chaveada com componentes faltando
ou ilegíveis, que use no bloco de controle
um circuito integrado, o primeiro passo é
obter o datasheet do circuito integrado
utilizado. É comum o datasheet conter um
exemplo de aplicação, e geralmente o
projeto da fonte é baseado nesse circuito de
exemplo. Conhecendo-se o funcionamento
do integrado utilizado, torna-se possível até
mesmo executar uma “engenharia reversa”
no circuito da fonte e estimar os valores dos
componentes faltantes, obtendo sucesso na
maioria dos casos.

-23-
-24-
Fonte genérica com 3842 possuam alguns refinamentos adicionais no
circuito (filtros de linha na entrada, filtragem
Para começar, estudaremos a função adicional na saída, etc..), esse circuito já é
de cada componente numa fonte com 3842, uma fonte totalmente funcional. Abaixo, o
resumida ao máximo. Embora as fontes reais diagrama.

Iniciando pela entrada, temos com que o capacitor C_VCC se carregue até
primeiramente um fusível. Via de regra, é atingir a tensão de 16 volts, quando o 3842
usado um fusível de ação lenta, para que ele começa a funcionar. Caso esse resistor abra,
não se queime no momento em que a fonte a fonte simplesmente não entrará em
é ligada. Após ele, temos um termistor NTC, funcionamento. O capacitor C_VCC filtra a
e em algumas fontes um resistor de fio. Esse tensão de alimentação do 3842, e serve para
componente serve para amenizar o surto de armazenar a energia necessária para fazê-lo
corrente no momento em que a fonte é partir. Se esse capacitor secar, a fonte pode
conectada à rede elétrica. Quando a fonte é simplesmente não partir, partir somente
ligada, o termistor está frio e a sua depois de várias tentativas, ou ficar
resistência é alta. Com a circulação de funcionando com ruído. Usualmente esse
corrente, ele esquenta e a resistência capacitor tem valor entre 47 e 100 uF e
diminui. Depois, temos uma ponte tensão de trabalho de 25 a 35 volts.
retificadora ou, em alguns casos, quatro
diodos separados, que convertem a tensão O diodo D_AUX, em conjunto com
alternada da rede elétrica em tensão o enrolamento auxiliar do chopper, serve
contínua, que é filtrada pelo capacitor para manter a alimentação do 3842 depois
C_ENTRADA. A tensão sobre esse que a fonte entra em funcionamento. Note
capacitor será igual à tensão de pico da rede que a marcação de fase indica que esse
elétrica, que pode ser estimada enrolamento tem polaridade oposta ao
multiplicando-se a tensão AC pela raiz de 2 primário, ou seja: A energia será entregue ao
(1.41) C_VCC no momento em que o FET se
desligar, segundo o princípio de
O resistor R_PARTIDA é o resistor funcionamento dos conversores flyback. Se
de partida da fonte. A função dele é fazer esse diodo entrar em curto, a fonte não

-25-
partirá, e se ele abrir, ficará tentando partir 400 volts já serve.
continuamente, como se houvesse um curto
na saída. Esse diodo pode ser substituído por O resistor R_DAMP e o capacitor
praticamente qualquer diodo rápido que C_DAMP funcionam como uma rede de
suporte pelo menos 1 ampere, como por amortecimento dos pulsos de tensão reversa
exemplo o BYV95B. Em algumas fontes, do primário do chopper. As imperfeições e
existe um resistor em série com esse diodo. indutâncias residuais do chopper fazem com
Caso esse resistor abra, o efeito será o que, no momento em que o FET é desligado,
mesmo do diodo aberto. possam surgir transientes de tensão mais alta
do que o FET pode suportar, levando-o à
O resistor R_GATE limita a corrente queima. Esses componentes não costumam
circulante entre o pino 6 (saída) do 3842 e o torrar, mas podem levar o FET a queimar
gate do FET. Como a junção gate-source do caso apresentem defeito, sendo o caso mais
FET comporta-se como um capacitor, os comum a abertura do resistor. Em algumas
picos de corrente nos momentos de subida e fontes não há o resistor, apenas o capacitor.
descida do pulso na saída do 3842 poderiam Em algumas fontes existe também um
danificá-lo, pois ele suporta uma corrente de circuito snubber de tensão, com um diodo,
pico de cerca de 1 ampere, no máximo. Se alem de um resistor e um capacitor em
esse resistor for encontrado carbonizado, paralelo com o resistor. E, algumas fontes de
pode ser substituído por um de 10 ohms / 1 baixíssima potência não possuem nenhum
watt na maioria dos casos. O R_GATE2 circuito de amortecimento.
serve para evitar que o FET possa entrar em
condução sozinho, caso o 3842 fique com a O resistor R_SENS1 é crítico, pois é
saída num estado de alta impedância. Caso ele que determina a corrente máxima que
esse resistor seja encontrado aberto, o valor circulará pelo FET. Na hipótese de ele ser
mais usual para ele é 10K. Já o zenner encontrado aberto e ilegível, deve-se
Z_PROT é uma proteção para a junção primeiro procurar descobrir a corrente
gate-source do FET, e costuma queimar nos máxima suportada pelo FET, e colocar um
casos em que o FET queima. Em resistor que limite a corrente a um valor
praticamente todos os casos ele pode ser abaixo desse limite. Para calcular o valor do
substituído por um 1N4746 (18 volts, 1 resistor, basta dividir 1 pela corrente
watt), ou mesmo eliminado do circuito, pois máxima esperada. É bom evitar utilizar
a experiência tem mostrado que a proteção resistores de fio nessa posição, pois a sua
oferecida por ele é ineficiente. indutância pode comprometer a precisão do
sensor de corrente. O resistor R_SENS2 e o
O FET é o elemento comutador da capacitor C_SENS servem para filtrar o
fonte. Se ele queimar, pode causar a queima sinal colhido no source do FET e entregá-lo
de vários outros componentes, sendo os ao pino 3 do 3842. Caso sejam encontrados
principais: R_SENS1, R_SENS2, C_SENS, carbonizados, os valores mais comuns são:
R_GATE, R_GATE2, Z_PROT, e por fim o 1K para o resistor, e 1 nF para o capacitor.
próprio 3842 e o fusível. Na maioria das
fontes de pequeno porte, ele pode ser R_OSC e C_OSC determinam a
substituído a contento por qualquer freqüência de operação do 3842. Esses
MOSFET canal N que suporte pelo menos 6 componentes não costumam torrar. O único
amperes e 600 volts. Nas fontes que são defeito que ocorre eventualmente nesse
ligadas apenas em 110 volts e não possuem bloco é a abertura do resistor, que faz com
dobrador de tensão na entrada, um FET de que a fonte não consiga partir e emita

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pequenos “clicks”. As vezes o FET optoacoplador sofra interferências por estar
superaquece e queima se a fonte for deixada com a base desconectada (a exceção são os
ligada na rede elétrica, nessa situação. optoacopladores de 4 pinos). Esse resistor
costuma ter valor alto, em torno de 2M2.
O 3842, já estudado, é o controle da
fonte. Para sabermos se ele está operando No lado secundário temos o D_RET,
corretamente, quando a fonte estiver ligada, o diodo retificador da saída e o C_SAÌDA,
o macete mais prático é medir a tensão nos o capacitor de filtro da saída. As
pinos 8 e 2. No pino 8 deve haver 5 volts, e especificações desses componentes
no pino 2, 2.5 volts. Para ver se ele está dependerão das características da fonte. Se
danificado, com a fonte desconectada da o diodo entrar em curto, a fonte vai ficar
rede elétrica, pode-se medir a queda de tentando partir, e o FET pode superaquecer
tensão do pino 5 para os pinos 6 e 7, com o e queimar. Já o capacitor, se apresentar
multímetro na escala de medida de diodos. defeito, pode fazer com que a fonte fique
Em ambos os casos, a medida deve ser instável, funcionando com ruído, ou mesmo
semelhante a de um diodo (500 a 700 que a tensão de saída fique mais alta ou mais
milivolts). baixa do que o esperado.

C_REF é o capacitor que filtra a O TL431 é geralmente referenciado


tensão de referência, de 5 volts. Os valores como um circuito integrado, mas trata-se na
usuais para ele ficam entre 100 e 220nF. verdade de um diodo zenner variável, onde
a sua tensão de barreira é controlada
Os resistores R_FB1 e R_FB2 externamente, pelo pino 1. Ele passa a
determinam o ganho do amplificador de conduzir como um diodo zenner polarizado
erro. Em fontes com optoacoplador como quando a tensão no pino 1 atinge 2.5 volts.
essa que está sendo ilustrada, eles costumam O divisor formado por R_DIV1 e R_DIV2 é
ter valores próximos, ou mesmo iguais, pois calculado de tal forma que, quando a tensão
o ganho não precisa ser alto nesses casos. Já de saída estiver em seu valor nominal, a
em fontes em que a referência para tensão no pino 1 do TL431 seja de 2.5 volts.
regulação da tensão é colhida no lado R_LIM limita a corrente no led do
primário, o ganho do amplificador de erro optoacoplador, por questão de segurança,
costuma ser fixado em valores entre 10 e 20. para evitar uma possível queima dele e do
O capacitor C_FB serve para retardar o TL431. O optoacoplador é o componente
tempo de resposta do amplificador de erro, que “informa” ao 3842 no lado primário
pois um tempo de resposta muito baixo como está a tensão na saída, sem no entanto
poderia tornar o circuito instável, devido ao haver contato elétrico entre os dois lados.
ripple residual na saída da fonte. Como visto no diagrama, ele é formado
internamente por um led, e um foto
O resistor R_OPTO1 faz com que a transistor. Os optoacopladores de 6 pinos
tensão na entrada do amplificador de erro geralmente podem ser substituídos pelo
fique baixa quando o optoacoplador está 4N35, e os de 4 pinos pelo PC817.
apagado. Se a fonte ficar sem esse resistor, Obviamente existem outros equivalentes, e
ela perderá a capacidade de regular podem ser usados, conforme a sua facilidade
eficientemente a tensão de saída. Os valores de obtenção.
comuns para ele oscilam entre 220 ohms e
2K2. O resistor R_OPTO2 é opcional, e
serve para evitar que o transistor interno do

-27-
Fontes sem optoacoplador existem fontes que não possuem o
optoacoplador, e a referência é colhida no
A fonte analisada possui um próprio enrolamento auxiliar do chopper. A
optoacoplador para enviar ao 3842 uma seguir, vemos um exemplo de como isso é
referência da tensão de saída. No entanto, feito.

Como vemos, agora a referência que sem o perigo de ela perder a referência da
vai ao pino 2 do 3842 vem de um divisor tensão de saída e a tensão subir
resistivo. Em algumas fontes o C_REG e o excessivamente, causando a queima da
C_AUX são o mesmo capacitor, ou seja: O fonte. Como desvantagem, temos o fato de,
mesmo capacitor que alimenta o 3842 se o capacitor secar, a tensão de saída da
alimenta o divisor resistivo. Isso não é muito fonte pode subir, danificando outros
usual devido ao fato de o divisor consumir circuitos no equipamento. Ou, no caso das
uma parcela da corrente fornecida pelo fontes que possuem proteção, a fonte é
resistor de partida, o que dificultará a partida desligada no momento da partida. É esse o
da fonte. Essa simplificação é usada, por defeito que ocorre, por exemplo, no monitor
exemplo, na fonte dos monitores Proview. LG modelo 560N e similares, devido à
secagem do capacitor C911. Quando esse
A monitoração da tensão através da capacitor seca, é aconselhável substituí-lo
referência pega diretamente do enrolamento por um capacitor de tântalo, para garantir
auxiliar do chopper tem algumas vantagens. que esse defeito não volte a ocorrer.
Uma delas é o fato de podermos ligar a fonte
com todos os diodos de saída levantados (é
comum a prática de desconectar os diodos
para procurar curto em alguma da saídas)

-28-
Fonte do monitor Proview 456 e outros Nessa fonte é usado um 3842B, uma
versão melhorada do 3842. Assim como o
Agora estudaremos a fonte dos 3842A, ele necessita de uma menor corrente
monitores Proview baseados na placa PR98. para iniciar a operação, mas não tão baixa
Além do modelo 456, a mesma placa é quanto um 3842A. Se ele for trocado por um
usada nos modelos 462, 566, e no Microtec 3842 comum (sem nenhuma letra no final),
modelo MD15-9. E, excetuando-se a a fonte terá dificuldade para partir, ou
numeração dos componentes, a fonte do poderá só funcionar em redes de 220 volts.
modelo 558 é praticamente a mesma. Anexo Isso também é muito comum na fonte dos
no final da apostila temos o esquema. monitores AOC.

Assim como a fonte de diversos Um detalhe interessante dessa fonte


outros monitores, a fonte do Proview 456 é a proteção contra sobretensão,
permanece sempre ligada, mesmo que o implementada de uma forma não muito
monitor em si esteja desligado. Devido a convencional: O diodo zenner ZD502 ligado
isso, é necessário se ter cautela ao executar entre os pinos 7 e 3 do 3842. Se por
qualquer medição ou teste na fonte quando qualquer motivo a tensão nas saídas da fonte
o monitor está conectado à rede elétrica, subir, a tensão no pino 7 do 3842 também
pois a fonte estará permanentemente subirá. Se essa tensão tender a passar dos 19
alimentada. Em monitores desse tipo, o volts, o zenner fará com que a tensão no
desligamento se dá pela interrupção da pino 3 chegue a 1 volt, inibindo o
alimentação do oscilador horizontal e dos funcionado do 3842.
estágios de deflexão e vídeo, mantendo-se
apenas a alimentação do microcontrolador. Uma outra particularidade dessa
fonte, não tão incomum em outras fontes, é
Nessa fonte, como não há a forma de ligação do gate do FET: Ao invés
optoacoplador, a referência para regulação de um resistor de baixo valor, temos dois
das tensões de saída vem do próprio resistores e um diodo. O objetivo desse
enrolamento auxiliar do chopper, o mesmo artifício é fazer com que a entrada em
que mantêm a alimentação do 3842 depois condução do FET seja suave (a corrente
da partida da fonte. O divisor de tensão é circula somente pelo resistor de 22r), mas o
formado por R507, R508 e pelo trimpot corte seja rápido (a descarga da junção
VR501. O capacitor que armazena a tensão gate-source se dará através dos dois
de de amostragem é o mesmo que filtra a resistores ao mesmo tempo). Na prática, isso
tensão de alimentação do 3842. reduz um pouco o aquecimento do FET. No
caso de esses componentes serem
Ligados ao pino 4 do 3842, além do encontrados torrados e não houver
resistor e do capacitor determinantes da disponibilidade deles, um único resistor de
frequência básica de operação, temos alguns 10R / 1W funciona perfeitamente.
componentes adicionais (R511, R512, R513,
C515 C516 e D503). Esses componentes são Defeitos comuns:
responsáveis por tratar o sinal vindo do loop
de sincronismo, de cerca de 15VPP, e & Ruído e instabilidade: A causa mais
injetá-lo no pino 4 do 3842. Se esse loop for comum é o trimpot com oxidação.
desligado a fonte continuará funcionando, Geralmente esse trimpot é lacrado na
mas poderá emitir um ruído, e o monitor fábrica com uma espécie de cola.
ficará com uma interferência na imagem. Com o tempo essa cola se deteriora

-29-
e começa a corroer a pista e o cursor a possibilidade de inversão do loop
do trimpot. Também é aconselhável de sincronismo (especialmente após
verificar o ajuste das tensões de a troca do flyback), e verificar os
saída (esse ajuste deve ser feito com componentes associados ao pino 4
o monitor funcionando). Verificar do 3842.
também o capacitor C510.
& Dificuldade para partir / só funciona
& Tensões caem quando o monitor é em rede de 220 volts: Possível
ligado e a fonte fica armando e defeito provocado pela troca do
desarmando: Verificar possível 3842B por um 3842 comum. O
alteração do R523, além do C510. 3842B pode ser substituído pelo
Caso a placa apresente sinais de já 3882, ou pelo 3842A.
ter sido mexida, é bom verificar
também o ajuste de tensão. & FET aquecendo excessivamente:
R534 ou D505 aberto.
& Interferências na imagem: Descartar

Fonte da impressora Epson LX-300 duplo, o que significa que ele possui
internamente dois conjuntos led /
Semelhante às fontes de outras fototransistor. Um dos pares é usado para o
impressoras Epson, a fonte da LX-300 é um envio da referência da tensão de saída, e o
conversor flyback com controle outro é usado como uma proteção adicional.
auto-oscilante. De fato, no lado primário, o Se o circuito de regulação da tensão falhar,
circuito é semelhante ao usado na fonte de a proteção inibe o chaveamento do FET se a
algumas impressoras jato de tinta Epson tensão nas saídas subir demais. Além da
mais recentes. proteção contra excesso de tensão na saída,
há o transistor Q81 que, em caso de queda
A base do circuito auto-oscilante é o repentina na tensão da saída de 35 volts
capacitor C13, que realimenta o sinal do (como no caso de a saída ser submetida a
chopper para o gate do FET. Quando a fonte curto), também inibirá o chaveamento do
é ligada, a corrente que circula pelo resistor FET. Essa característica de redundância é
de partida (R18) faz com que o FET entre comum em fontes Epson. Em caso de se
em condução, iniciando a oscilação. Em necessitar substituir o optoacoplador, ele
funcionamento, esse circuito auto-oscilante pode s er s ubs t i t uí do po r doi s
assemelha-se ao controle em modo corrente, optoacopladores simples, como os PC817.
pois o controle da transferência de energia
do primário para o secundário se dá pela O circuito formado pelo circuito
variação da corrente limite para o integrado IC51 e componentes associados é
desligamento do FET, que é dependerá da um regulador abaixador, que gera uma
corrente circulante no resistor R20. Os tensão de 9 volts a partir da tensão de 35
transistores Q2 e Q3 são os responsáveis volts, da saída principal. Essa tensão
pelo corte do FET a cada ciclo de operação, alimenta a placa lógica, onde é reduzida para
conforme o sinal recebido do IC1 (TL431). 5 volts por um regulador linear.

O optoacoplador usado nessa fonte é Alguns componentes utilizados nessa

-30-
fonte são de obtenção relativamente difícil. amortecimento C15.
Devido a isso, é comum optar-se por
componentes equivalentes. A substituição & Liga as vezes: A chave liga / desliga
mais comum para o FET é o 6N60, mas ele apresenta defeitos com certa
pode ser substituído por outros inferiores, frequência, podendo ser limpa ou,
como o IRF840 e o IRF740. O Q2 em último caso, substituída.
(2SC4408) pode ser substituído pelo BC639. Verificar também uma possível fuga
O Q3 (2SA1015) pode ser substituído pelo na junção gate-source do FET, que
2SA733, ou pelo BC640. Eventualmente o pode fazer com que a fonte se
resistor R2 também se queima, e pode ser desligue quando submetida a carga.
substituído por um termistor NTC comum,
do tipo que é usado em fontes de PC. O & Ruído anormal: Essa fonte, assim
circuito integrado do conversor abaixador como várias outras fontes
(IC51) é um NJM2360, e pode ser auto-oscilantes, emite um pequeno
substituído pelo MC34063, de custo bem ruído durante o funcionamento. Mas,
menor e mais fácil de ser encontrado no se o ruído for excessivo, deve-se
mercado. verificar o capacitor C11.

Via de regra, a maioria dos defeitos & Queima recorrente do fusível, sem
apresentados por essa fonte se localiza no curto no FET: Esse defeito
lado primário, sendo raríssimos os defeitos geralmente é causado por curto
em componentes no lado secundário, parcial na ponte retificadora DB1.
excetuando-se as soldas frias. Os defeitos
mais comuns nessa fonte são: & Tensões de saída anormalmente
baixas: Verificar possível fuga nos
& Queima recorrente do FET: O zenners ZD51, ZD52 e ZD53, além
responsável mais comum por esse do estado do capacitor C51.
defeito é o capacitor de

Fonte ATX genérica retificador comum, onde cada um dos


capacitores (C5 e C6) se carrega com cerca
Embora exista uma tremenda de metade da tensão de pico da entrada.
variedade de circuitos diferentes nas fontes Quando a chave se encontra na posição
AT e ATX, a maioria se baseia no mesmo 110V (fechada), o circuito passa a funcionar
circuito, um conversor forward em meia como um dobrador de tensão, onde cada
ponte. Algumas poucas fontes utilizam um capacitor se carregará com a tensão de pico
circuito diferente, sendo uma minoria. Em da rede. Assim, independentemente da
anexo, o esquema. tensão de entrada, cada capacitor
armazenará uma tensão da ordem de 150 a
Reparando-se no estágio de 170 volts.
retificação e filtragem da entrada da fonte,
vemos ao lado da ponte retificadora a chave No estágio de retificação e filtragem
SW1, a chave seletora 110/220 volts. das saídas, temos os diodos e, após eles, os
Quando a chave está aberta (posição 220V), indutores de saída. Os indutores são
o circuito se comportará como um enrolados todos sobre um mesmo núcleo,

-31-
geralmente toroidal, por um simples motivo: diferentes para gerar essa tensão. Em
Manter a uniformidade das tensões de saída. algumas fontes, os 3.3 volts vem de um
Caso uma saída tenha de fornecer mais bloco de retificação e filtragem igual aos das
corrente do que as outras, o acoplamento dos outras saídas. Já em outras, mais raras,
indutores garante que uma tensão não subirá existe um regulador chaveado exclusivo
mais que a outra. para essa tensão.

O circuito na parte inferior esquerda No canto inferior direito, temos o


do diagrama é a fonte stand-by, que fornece circuito que gera o sinal de power-good (fio
a tensão de 5 volts stand-by (geralmente um cinza, na maioria das fontes). Algumas
fio roxo), além de uma tensão da ordem de fontes utilizam um circuito temporizador,
12 a 32 volts, que alimenta o TL494. Essa como o diagrama. Já algumas fontes mais
fonte fica sempre ligada, e é o maior ponto elaboradas possuem um circuito mais
de incidência de defeitos nas fontes ATX. O complexo, com comparadores, ou mesmo
maior responsável pelos defeitos é o um circuito integrado dedicado
capacitor C3, que ao secar faz com que a exclusivamente à geração desse sinal.
tensão de saída dessa fonte aumente, até
causar a queima de componentes no lado Defeitos comuns:
secundário e da própria fonte stand-by. Se
esse capacitor for encontrado seco, é & Não liga, sem tensão no fio roxo:
aconselhável substituí-lo por um capacitor Fonte stand-by danificada. Verificar
de tântalo. Outro defeito comum é a abertura o resistor de partida e o transistor
do resistor de partida, o R3. chaveador.

O controle do liga/desliga da fonte & Fonte emite um “tic” e não parte:


geralmente é feito através do pino 4 (dead Um dos diodos retificadores da saída
time control) do TL494. No circuito em curto. Verificar também o
ilustrado temos um comparador sendo usado regulador de 3.3 volts.
para essa função. Em algumas fontes existe
um circuito com transistores, e em algumas & Ruído: Capacitores secos na entrada
mais raras o pino 4 é ligado diretamente ao ou na saída. Verificar se a ventoinha
fio PS-ON (geralmente de cor verde). não está travada pois, caso ela trave,
Algumas fontes mais raras desligam a os capacitores secarão rapidamente
alimentação do TL494. com o funcionamento, e a bobina
toroidal poderá ser danificada pelo
No lado direito, abaixo das saídas, calor.
temos o regulador de 3.3 volts (fios laranjas,
na maioria dos casos), que gera essa tensão & Queimando fusível: Transistor da
a partir da tensão de 5 volts. É comum fonte stand-by, ou um dos
usar-se um regulador linear nessa posição, transistores da fonte principal em
pois a diferença entre a tensão de entrada e curto. Verificar também o retificador
saída não é grande, e sendo assim o e os varistores em paralelo com os
desperdício de energia também será capacitores de filtro, caso existam.
pequeno. Algumas fontes utilizam metodos

-32-
Fonte do monitor Samsung 450b subir, buscando compensar o aumento de
consumo e consequente diminuição das
Um exemplo de circuito de fonte tensões.
onde é usado um circuito integrado que
engloba tanto o circuito de controle como o Essa fonte é sincronizada com a
elemento comutador é a fonte do monitor varredura horizontal do monitor. Isso é feito
Samsung 450b, igual ao 550v. O circuito injetando-se o sinal de sincronismo no pino
integrado usado é um DP104C, fabricado 5 do DP104, uma entrada específica para
pela própria Samsung, e copiado de um essa função. Nesse monitor não é usado um
integrado fabricado pela Fairchild. O loop de fio em volta do núcleo do flyback,
esquema está na area de anexos no final da mas sim um transformador de sincronismo,
apostila. o T602.

Quando o monitor está desligado O mesmo princípio de


(chave na posição off), a fonte permanece funcionamento usado no DP104 vale
alimentada, mas não operante. A chave também para os circuitos integrados DP704
desliga a alimentação do DP104C. Quando e DP904, tendo como diferença apenas a
a chave é ligada, o capacitor C608 se carrega capacidade de corrente e a faixa de tensões
com a tensão fornecida através dos resistores de operação.
de partida, R606 e R607. Quando a tensão
no capacitor atinge o valor mínimo para a Defeitos comuns:
partida do DP104 (alimentado pelo pino 3),
ele começa a chavear o enrolamento & Ruído excessivo: C607
primário do chopper, através do seu pino 1 (150uF/400V) seco.
(correspondente ao dreno do FET que ele
possui internamente). Os pulsos vindos do & Não liga, nem emite ruído: Chave
pino 2 do chopper são retificados, e é essa liga/desliga danificada. Antes da
tensão que mantém o DP104 funcionando. troca, pode-se tentar uma lavagem
com alcool isopropílico.
A regulação da tensão se dá através do
recolhimento do sinal de amostragem num & Fonte emite um “click” e desarma:
enrolamento auxiliar do chopper, exclusivo Geralmente esse defeito não é
para essa função. Os pulsos vindos do pino causado por defeito na fonte em si,
3 são retificados, o que resulta numa tensão mas sim por sobrecarga (o DP104
contínua sobre o capacitor C612. Essa possui uma proteção contra
tensão passa por um zenner de 6.2 volts e é sobrecarga). Na maioria dos casos,
aplicada na base do transistor Q602. O Q602 isso acontece por causa do flyback
tem o seu coletor ligado na entrada de queimado.
realimentação do DP104 (pino 4). Se a
tensão na saída da fonte tender a baixar, a & Fica emitindo clicks continuamente
polarização do transistor Q602 também e não liga: Esse defeito geralmente é
diminuirá, o que fará a tensão no seu coletor causado por um curto numa das
aumentar. O DP104, por sua vez, aumentará saídas da fonte. Na maioria dos
a largura dos pulsos de chaveamento no casos isso é causado pelo transistor
momento em que a tensão no seu pino 4 de saída horizontal em curto.

-33-
P501 REMARK:
AC INLET D507 WHEN ZD502 USEING R503 JUMPER L504
AC 100-220V F501 L501 ER106 R505 R506 C513 18uH
50/60Hz BYT56K MUST BE OPEN
T3A/250V JUMPER L502 RT502 8 NTC
412-600-0001 80V
750-250-772I
R505 R502 Q516

AC X-CAP
0.47U/250V
L D512 D515 C526 (OPEN) (OPEN) (OPEN)
R501 C504 RL205 RL205 T501 47U/160V

C502
560K C501 4700P/250V 730-102-564IA R504
1/2W 0.1U/250V AC Y-CAP - + 2.7K 1/2W
5 8
AC X-CAP C517 R531
N 55V
L501A R516 0.01 R517 120 1W R506 Q517
JUMPER C505 R514 75K/3W 1KV (OPEN) C528 22K 2W (F422)
4700P/250V D514 D516 47K/2W R-MNF 9 470P 500V C527 (OPEN)
AC Y-CAP RL205 RL205 D508 330U IC503
31DF4
100V 15.2V Q512 15V 7812 12V R555
C513 C518 R547 C509 HSB772S-P (10K)

BYT42M
C510 (OPEN) (OPEN) JUMPER 220P 1 3

GND
VI VO

D504
150U/400V R515 10 1KV L506
47K/2W 18UH C558
7 (JUMPER) C559
D509 31DF4 C529 R549 C557 0.1U/50V
1000U/25V 7.2V 10K 220U/25V C.C 1000U/16V

2
2 R548
D506 R518 12 56 1/4W
7.0V
ZD502 C521 BYT52D 9.1 1/2W C550 L507
C541 18V C520 68U/35V R524 D510 220P 500V 18UH D513
4.7U/50V 0.01 C.C C567 100K 1/2W (JUMPER) R558 Q515 1N4002
R507 ER302
C530
130K 1000P/1KV 10K HSB772S-P
470U/16V
L513 11
B.C L511
5

C512 L510 C523 760-100-0001 R559


1000P C.C R520 760-100-0002 0.1U 100V JUMPER 220 1/2W
GND

VCC

22 1/4W MEM L508


1 6 1 13 -11V
R509 COMP OUT 18UH
C508
150K IC502 R534 Q502 C507 220P 1KV (JUMPER)
KA3842B 6.8 R521 2SK2645 470P/1KV C531 Q514
VREF

7NB60P
R/C

2 3 47K D511 470U/25V C945


FB ISEN D505 2SK2141 HER203 R556
OFF 5
IFRBC40 C458
VR501 1N4148 510 1W R560
10K R510 L503 TO HEAT SINK 10K
8

V+ADJ 30K 1% B.C C519 C524 C506


R522 1K 4700P/250V 4700P/250V 4700P/250V R557
R508 C514 C515 AC Y-CAP AC Y-CAP AC OPEN 10K
20K 0.1 C.C 2700P SUSPEND 5
Q513
PPN C566 C565 R523 C945 R554 C561
SYNC+ C522 1200P 560P 0.27/2W C458 6.2K 100U/16V
OPEN R-WR
RL501
D503 TO Q502
C516 R512 1N4148 HEAT SINK 402-001-212DM
FROM FBT
0.1 C.C 56 HEAT SINK C503 C564 402-001-DY32 R541 M502
R513 R511 470P 470P 82 1/2W (FOR OSD OR PX)
470 1/4W 47 1KV 1KV
SYNC- 3
SG501 D522 D521 2
1KV 1N4148 1N4148 1
(OPEN) JK301
409-001-0201
VOLUME 5
(FOR PA OR SA)
R563 DC15V
SG502 C542 DEG 5
R542
2

1KV 0.1 Q511 10K C532


3 (OPEN) C945
1 C458 4.7U/50V
DEGAUSS COIL RT501
735-017-772I 2 PTC

P502
630-002-2002 PROVIEW TECHNOLOGY CO., LTD
1

DRAWN
Title
DESIGNED PRO98 SERIES 14" (200-100-PR98)
CHECKED Size Document Number Rev
D
A4 462, 456 POWER
APPROVED
Date: Thursday, November 18, 1999 Sheet 2 of 6
A B C D E

R53
Diagrama da fonte da impressora LX-300, desenhado com base no original e na placa. A fonte R64
em si é um conversor flyback auto-oscilante. O circuito que gera os 9 volts a partir dos 35 volts é um
conversor abaixador, cujo componente principal é o IC51 (NJM2360).
1 1

R82
R81
8 7 6 5
L51 C54
IC51

R65
T1 D51
C11 1 2 3 4
C15

R18
SW1 DB1

Q1

2 R12 2
C51 D55 1
C58 2
C14 3
C8 4
D2 5
C13

D1
D52 R55
C55 C56
C3 C4 R19 Q2
R15 Q3 Q82
R54 Q81
L1
R13
3 R16 R56 3
ZD52
C1 ZD53
R14
R21 D81
R2 D82
ZD51
R1 C12
R57

IC1
F1
D83

Pinos 1 e 2 = 35V
R20
Pinos 3 e 4 = GND
4 Pino 5 = +9V aprox. 4
PC1
R68

R31 R69 © 2006 Marcelo Zazulak


A B C D E
A B C D E F G H

L5
T1

+12V
D19
1 1
C10 C19

R37
C22 C27

R17
Q5
L6

R23
D13 R13 R14 R24
T2

+5V
D18
C6
R12

R36
SW1 C18
C21 C26
R22 C20
D1

-5V
D17
C9
C17 D16
Q4

R35
D12 R10 R11 C25
2 2

C5

-12V
D15
R9
D14

R34
C24

Motor
D11 R8
+VCC

GND
R20

R21
C2 Q3

+12V
3 3
Q1 +5V
D10

L1

R33
Q7
D6

+3.3V
R7
C1 +5V
16 15 14 13 12 11 10 9 +5VSB

R32
TL494

R26

R27

D22
C28
D4 D5

1 2 3 4 5 6 7 8
PS-ON

R31
C8
4 + 4
R19
R6 D20
R1

-
R16

R25
C16 C14 C15
R5 R15 R18
F1

+5V

R30
F T N
C23
C7
5 ENTRADA R3 L3 D9 5
Q6 PG
+VCC
R4

R2 C13 R29
C4 D8
1 3 +5VSB
D7 7805

R28
D2
2

D3 Q2 D21
C3 C12
C11

© 2006 Marcelo Zazulak

A B C D E F G H
11 Schematic Diagrams
11-1 Power Part Schematic Diagram

MULTI-MEDIA

11-1 DP14L*/DP15L*

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