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QUESTÃC
JUDAIC/
A V P A S S O S . 22 - C E N T R O
Rio de Janeiro - RJ - CEP 2005 1
TEI.S.: (21) 2221-9308 I 3852-1225
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A QUESTÃO JUDAICA
J. CABRAL
A Questão Judaica
19 3 7
EDIÇÃO DAL I V R A R I A DO GLODO
B a rc tlln s , & C ia. — P S r to A le g r e
B e rta so
Filiais : Sa nt a l i a r i a e Paleta*
Prefácio
A vaga de anti-judaísmo que se desencadea pelo mun
do inteiro absolutamente não deve ser considerada resid-
tado duma reação reacionária, injusta e despropositada,
porque, em verdade, ela ê simplesmente a reação social
instintiva contra o parasitarismo nefasto de Israel, o qual,
através da ubiquidade internacional do capitalismo e do
comunismo se quer tornar dono do mundo. No Brasil,
nunca se pensou sobre êsse assunto, que apaixonara >uj
E uropa homens como Sombart c Drumond.. .Uma igno
rância geral permitia que o judeu agisse em plena segu
rança. Veio, porém, o movimento integralista e, dentro
dele, eu tive oportunidade de levantar a lebre. Logo mui
tos olhos se abriram e a gente moça compreendeu onde
estava o perigo da subversão social c compreendeu mais
as razões profundas dêsse perigo. O livro que apresento
agora ao público, de autoria de um sacerdote, livro pensa
do c documentado, sem excessos e demasias, é um dos
bons frutos da campanha a que aludí...Êlc auxiliará a
mocidade brasileira a verificar que, acima do problema
nacional, há um problema mundial, que não está em causa
unicamente o nosso Brasil c sim o destino da Humanida
de, que há uni Cristianismo e um Anticristianismo, e que
è preciso tomar o partido da Luz ou das Trevas. Dentro
das Trevas c dos segredos, manobra o judeu...
Sempre que se trata da questão judaica, os ignoran
tes c os de má fé veem com a eterna história da questão
de raças. Argumentam com isso e acabam se Reportan
do ao racismo germânico, que interpretam a seu bel-pra
zer. Êsscs indivíduos esquecem de propósito que o ra-
6 J. C A B R A L
G U STAVO BARRO SO
O AUTOR AO LEITOR
O POVO DE DEUS
UM ESTADO NO ESTADO
i >
No estudo aprofundado dos problemas que a questão Judai
ca apresenta ao mundo político e à sociedade contemporânea o
que primeiro se nos apresenta é a questão da nacionalidade.
Constituem os judeus, verdadeiramente, uma nação?
Opinamos, francamente, pela resposta afirmativa à pergunta
supra. . .
O leitor desavisado julgará que temos idéias preconcebidas
e parti pris contra os elementos de origem semítica e que falamos
sem estudo prévio da questão. No entanto, o que afirmamos está
de pleno acórdo com o sentir e pensar dos mais notáveis próceres
do movimento sionista. Tudo depende do sentido e do valor que
atribuirmos ao térmo nação. (l )
Teodoro Herzl assim se exprime: _
“ A nação judaica?... Explicarei o que entendo por nação,
e depois poder-se-á ajuntar-lhe o adjetivo judaico. TJma nação,
para mim, é um grupo histórico de pessoas inegavelmente de
acordo entre si e irmanadas ante um inimigo comum. Se a isto
se aplica o adjetivo judeu, saber-se-á o quç compreendo por nação
judaica.”
“ Grande número de atestados dos próprios judeus, escreve
G. Feder, provam a sua viva conciência de sempre representarem
um Estado dentro dos Estados, e de que seus companheiros de
raça em outros países são seus irmãos, mas nunca os povos que
os hospedam.
Desse instinto super nacional de absoluta solidariedade re
sultam todos os perigos para as nações sedentárias, no campo das
relações internacionais, na guerra e na paz.” ( 2)
Luiz Brandeis, chefe sionista e membro do Supremo Tribu
nal dos Estados-Unidos, fala dêste modo:
A OUESTÂO JUDAICA
O Brasil, até nossos dias, está isento dos perigos e das difi
culdades oriundas da questão judaica. Mercê do pequeno contin
gente de indivíduos de raça hebréia, existente em nosso país, o
problema judeu é do número daqueles que só podemos estudar
extra muros.
Infelizmente, porém, a inconciência ou a leviandade com que
nosso govêrno está permitindo a entrada, em larga escala, de
filhos de Israel no território nacional, vai preparar-nos para fu
turo próximo êsse gravíssimo e inquietante problema, (pie tanto
e tanto tem perturbado a vida de muitas nações.
Como se não bastassem os vagabundos, desordeiros, usurá
rios, prestamistas e desocupados, que enchem nossas maiores e
melhores cidades, vamos abrir a porta e franquear a entrada aos
citadinos internacionais, que outros povos repelem e consideram
como indesejáveis c perigosos.
O ANTISSEM 1TISM 0
I
A ascensão de Hitler ao poder determinou, na Alemanha,
uma agitação popular e uma hostilidade aberta contra os judeus,
íísse fato veio trazer à baila o velho têrmo antissemitismo.
Essa palavra, criada por Wilhem Marr, em 1879 signifi
ca, ao pé da letra, o ódio aos indivíduos de raça ou origem
semítica. No entanto, sua significação ou aplicação se res
tringe ao ódio ao judeu. Mais propriamente devia dizer-se
anti-judaísmo, pois é o judeu o povo visado pelo antissemi
tismo.
Ainda mais. No antissemitismo devemos distinguir duas
espécies ou modalidades muito importantes.
Há um antissemitismo vandálico e selvagem, que se traduz
na prática de atos violentos e selvagens, que não raro, termi
nam em morticínios e sacrifício de vítimas inocentes, imola
das à fúria inconciente das multidões revoltadas. A essa es
pécie de antissemitismo pertencem os célebres pogromos, rea
lizados na Rússia, na Polônia, na Rumânia e noutros países.
São atentados que violam os sentimentos de religião e de hu
manidade, somente comparáveis aos linchamentos praticados na
América-do-Norte.
Claro está que êste sentimento e os atos inspirados pelo
mesmo devem merecer a mais formal condenação da parte da
quelles que receberam o influxo da civilização cristã e aceitam
os princípios básicos do direito das gentes.
Inimizade odienta ao judeu é cousa que se não pode con
ciliar com a crença religiosa e as condições modernas da so
ciedade política.
Aos governos cabe o dever de garantir a vida e de tutelar
os bens dos seus súbditos de raça e religião israelita.
Quanto a essa espécie de antissemitismo não há lugar pa
ra dúvidas nem hesitações: todo cristão o deve repudiar e
combater.
46 J. C A B R A L
4 — Q. J.
50 J. C A B R A L
O SIONISMO
judaísmo e internacionalismo
(3) Afoneo Ari ao* d« Melo Franco — Livro citado — Pág. 201.
A primeira forma de internacionalismo (capitalista) alimen
ta-se da sêde do ouro; a segunda (a forma proletária) vive do
ódio de classe.
O internacionalismo proletário consiste na luta de vida ou
morte entre patrões e operários, burgueses e assalariados de tô-
da espécie.
Na luta em prol da conquista do poder, uo intuito de im
plantar o Estado Proletário sôbre as ruínas do Estado Burguês,
o internacionalismo proletário não recua no emprêgo de todos os
meios possíveis; daí o inferno das greves constantes, dos atenta
dos terroristas e das agitações operárias. E tudo isso, tôda essa
longa série de perturbações públicas deve preparar o advento da
ditadura do proletariado, isto é, a bolchevização do mundo.
O desenvolvimento pleno e a etapa final do internacionalis
mo proletário consistem na ruína da civilização hodierna, que de
verá ceder seu lugar à ditadura da classe operária sôbre tôdas as
demais camadas em que se divide a coletividade humana.
Tôdas as conquistas da democracia, tôdas as liberdades po
líticas, todos os direitos civis devem desaparecer ante a realidade
brutal de um fato: todo poder à classe operária, por intermédio
de seus delegados ou representantes.
I
A religião cios judeus... estas palavras evocam, mui natu
ralmente, tudo que, em nossa infância, lemos nas histórias bíbli
cas acèrca da religião do povo de Deus. A vocação de Abraão,
o cativeiro no Egito, a Terra da Promissão, os reinos de Judá e
Israel, o Templo de Jerusalém e tudo quanto diz respeito à his
tória dessa raça única e singular.
Cremos, geralmente, que nas sinagogas modernas há fiéis
que praticam e observam as determinações da I^ei Antiga da Lei
de M oisés... cremos que os judeus seguem a mesma religião e
professam os mesmos dogmas que os cristãos, exceto, é claro,
tudo que foi promulgado no Novo-Testamento. E’ essa a ilusão
de muitos, de todos que não penetraram o sentido e o valor da
questão judaica.
Para se formar um juizo seguro e esclarecido de tudo que
se relaciona com a vida dos modernos judeus, devemos procurar
informações e esclarecimentos no Talmud, ou doutrina, isto é,
na compilação das tradições orais, que os rabinos, doutores «ju
daicos, transmitiam aos fiéis, nas sinagogas.
Foram os rabinos que fizeram, sob o nome de Talmud ou
doutrina, uma compilação das suas tradições orais.
Há dois Talmuds: o primeiro é o de Jerusalém, também
chamado da Palestina, principiado no reinado de Adriano; o se
gundo é o Babilônio, composto duzentos anos depois do primeiro.
Ambos se compõem de duas partes; a Mischna ou segunda
lei, que é o texto, e o Ghcmara ou Yhémara, que significa com
plemento, e é o comentário.
A Mischna do Talmud de Jerusalém é obra do rabino Judas
Haceadosch; o Ghêmara é composição de alguns rabinos, que
viveram depois dêle.
Esta primeira compilação é muito obscura e pouco estimada
dos judeus.
O segundo Talmud, o de Babilônia, foi redigido por vários
78 J. C A B R A L
OS JUDEUS E AS REVOLUÇÕES
J
o seu ideal não é dos que vivem de esperanças — nem tão alto
o situaram — não podiam contentar-se com sonhos ou fantas
mas ; julgavam ter direito de exigir satisfações imediatas e não
promessas remotas. Eis o móvel da agitação constante dos
judeus.
Os motivos que originaram, entretiveram e perpetuaram
essa agitação, na alma de alguns judeus modernos, não são
causas exteriores, como a tirania efetiva de um príncipe, de
um povo ou de um código severo. São causas internas, que
derivam da própria essência do espírito hebraico. Na idéia
que os israelitas formam de Deus, no seu modo de encarar a
vida e a morte, devemos procurar a razão dos sentimentos de
revolta que os animam.“
A citação, que acabamos de fazer, torna-se mais que su
ficiente à penetração da psicologia revolucionária, que encon
tramos como incitadora das atividades dos judeus nas pertur
bações da ordem pública e nas mudanças violentas de governos.
O judeu é essencialmente revolucionário e, porisso, não
deixa de fazer sentir sua influência, sempre que julga oportuno.
Na impossibilidade de fazermos o estudo completo da in
fluência judaica em tódas as principais revoluções do mundo
(o que, certamente, ultrapassa o plano e os limites dêste livro)
procuraremos salientar essa mesma influência nalgumas das
maiores e mais importantes agitações político-sociais, havidas
nos tempos modernos.
A REVOLUÇÃO FRANCESA
II
A REVOLUÇÃO RUSSA
J. Füerstenberg.
III
A REVOLUÇÃO ALEMÃ
7 — Q. J. \
98 J. C A B R A L
IV
A REVOLUÇÃO HÚNGARA
Disraeli.
No estudo da questão judaica e dos problemas provenien
tes da mesma, apresenta-se-nos manifesta a existência de for
ças ocultas, que atuam, mais ou menos energicamente, mais ou
menos abertamente, segundo os intuitos e as aspirações do
judaísmo internacional.
Não ousamos afirmar, como fazem alguns autores, que
haja um verdadeiro governo ou super-govêrno judeu, que exer
ça domínio sôbre o inundo, mas é inegável que o judaísmo
cxterce poderosa influência sôbre os governos das grandes po
tências e mais uma vez tem conseguido impor sua vontade aos
dirigentes e manobrar forças ocultas, quando se trata de de
fender os interêsses da raça eleita e privilegiada.
A Liga das Nações, a célebre sociedade de Genebra, de
que tanto se tem falado e ainda se fala, é a efetivação e a
realização de um plano judaico. Em março de 1864, um ju
deu, Levy Bing em artigo publicado nos “Arquivos Israelitas”,
lançava a idéia da instituição de um tribunal internacional, um
tribunal supremo, que se encarregasse de julgar as grandes
dissenções públicas, as querelas das nações, um tribunal, quê"
proferisse julgamentos inapeláveis. E terminando, definia a na
tureza da palavra dêsse novo organismo: “ E esta palavra deve
ser a palavra de Deus, pronunciada pelos seus filhos prediletos,
os hebreus; e diante dela se inclinarão com respeito tòdas as
potências, isto é, o universo dos homens, nossos irmãos, nossos
discípulos e nossos amigos”.
E essa aspiração de Israel foi acalentada e alimentada
durante vários anos, até sair vitoriosa no tratado de Paz, que
pôs têrmo à conflagração européia. Segundo podemos con
cluir dos “Protocolos dos Sálnos dc Sion” e de várias outras
publicações judaicas, os magnatas do povo hebreu previram a
Grande Guerra e organizaram o programa das suas reivindi-
1M J. C A B R A L
i
XI
AS ORGANIZAÇÕES JUDAICAS
(4 ) V e r número de — “ A O f e n s i v a ” , de 16-11-1935.
134 J. C A R R A L
Diz Berdiaeff:
‘‘O socialismo tem um caráter messiânico. Para êle, existe
uma classe deita, uma classe-messias: o proletariado; êste está
isento do pecado original que gera tòda a história, tòda a cultu
ra dita “ burgueza”, — isento dêste pecado que constitue a explo
ração do homem pelo homem e da classe pela classe. Esta classe-
messias é o próprio embrião da verdadeira humanidade, da hu
manidade futura, que não conhecerá mais nenhuma exploração.
(J proletariado é o noro Israel. Todos os atributos do povo elei
to de Deus lhe são transferidos Êle deve ser libertador e o sal
vador da humanidade, deve realizar o Reino de Deus na terra.
A uma hora tardia da história, o antigo milenarismo hebraico se
reproduz assim sob uma forma secular. A classe eleita realizará
enfim na terra o Reino prometido, a felicidade em Israel, que o
Messias crucificado não pôde realizar. Ela é precisamente êsse
Messias novo, organizador do reino terreno, em nome do qual
o antigo Messias foi renegado porque anunciava um reino que
não é dêste mundo”. (•)
Para o messianismo judaico, o socialismo e o comunismo
não constituem um fim, mas um meio; um meio de destruição
das forças materiais, isto é, os governos organizados, e das for
ças espirituais, isto é, as religiões em geral e o catolicismo, em
particular, que se opõem ao imperialismo de Israel.
Um ligeiro balanço dos partidos socialistas demonstra, à
saciedade, que êsse movimento político é criação do judaísmo.
De acordo com o autor do importante e documentado li
vro “Who rules Russia'!, em 503 pessoas que ocupam os al
tos cargos da ditadura do proletariado, contam-se 406 judeus,
29 russos, 34 livóuios, 12 armênios e os restantes são polone
ses e tchecos.
Das atividades comunistas dos judeus, na Alemanha, to
dos tomaram conhecimento, pois o nacional-socialismo se en
carregou de desmascarar os planos do imperialismo israelita.
Em 1928, o partido social-democratico alemão escolheu
39 representantes para as comissões do Reichstag: dêsses 39
delegados do povo alemão, 38 eram judeus!
A Itália, antes do advento do regime fascista, esteve pres-2
10 — Q. J.
146 J. C A B R A L
(4) Witold Kowerski — " Israel sem máscara” — Pág. 450 e segs.
A QUESTÃO JUDAICA 149
OS JUDEUS E A AGRICULTURA
"Na pugna contra o antissemitisnw, que
os considera usurários por temperamento, e
dotados de específica disposição para o co
mércio, os judeus atuais pretendem que a agri
cultura foi desde remotos tempos ocupação
predileta da sua rdça. A-pesar-disso, e de
diserem que só forçados das circunstâncias,
e repelidos das outras profissões, tiveram os
seus antepassados de se consagrar à vida de
mercantes e à usura, os fatos não confirmam
semelhantes alegações. Pelo contrário, fre
quentes Veses os cristãos lhes exprobravam
a repugnância pelos trabalhos agrícolas e os
que reclamavam intenso esforço físico”.
(J. Lúcio cTAzevedo — "História dos
Cristãos-Novos Portugueses” — Pág. 31).
A agricultura, que etimològicamente significa o trabalho
ou cuidado empregado para fazer o solo produzir, tem mereci
do, em todos os tempos e em todos os povos, o desvelo dos
governos.
Todos os governos côncios de suas responsabilidades têm
empregado o melhor dos seus esforços no sentido de dar incre
mento aos produtos do solo, de que se abastece a população.
Mas a agricultura não é somente um meio de produção,
é uma fonte de riqueza pública; a agricultura desempenha, um
papel importantíssimo no desenvolvimento das nações e cons
titue um dos maiores fatores da civilização.
O plantio do solo prende o homem à terra, exercendo
sôbre o trabalhador rural uma influência imediata e decisiva.
Em livro recentemente publicado em nosso país encontra
mos a divulgação de curiosas observações exaradas em “No-
Vcllc Revue Frauçaise ’t em artigo que estabelece um paralelo
entre o camponês e o operário.
“ A máquina, escreve Afonso Arinos de Melo Franco, não
tem mistérios para o técnico que com ela maneja. E ’ um pro
duto do seu engenho e êle reconhece-lhe a constituição interna,
as causas dos seus defeitos, os processos de aumentar ou di
minuir o rendimento de sua produção. Porisso o operário
é confiante, céptico, ousado. Considera-se independente e crê
poder conduzir o próprio destino, porque não vê nêle senão
um resultado do trabalho que conhece por fera e por dentro.
O camponês, ao contrário, não assiste à elaboração do próprio
trabalho, desenvolvido no seio misterioso da terra.
A germinação é um fenômeno mágico e tão misterioso
quanto qualquer ontro fenômeno natural. Está sujeita a uma
série de influências incontroláveis e alheias à vontade do ho
mem, como as águas do céu, os ventos do espaço, as luzes do
156 J. C A B R A L
OS JUDEUS E A IMPRENSA
“Os senhores da imprensa não a utilizam
só para evitar todo ataque ao judaísmo, mas
para propagar, universalmente, os princípios
que lhe são favoráveis”.
(Léon de Poncins — “As Forças Secre
tas da Revolução” — Pág. 186 e 187).
Ninguém ousará contestar ou pôr em dúvida o poder da
imprensa sôbre a sociedade hodierna.
E ’ a grande fonte de informação, é a grande escola, onde
quase todos vão beber um conhecimento e buscar dados neces
sários à formação de conceitos sôbre os acontecimentos de
cada dia.
E ’ por meio da imprensa que o homem do povo, o magis
trado, o professor da Universidade e até os prelados da Igreja,
muitas vezes, formam seus juízos e se orientam em face das
maiores questões. Quando alguém não se deixa arrastar pelas
tendências de seu jornal preferido, dêle, pelo menos, tirará ele
mentos que influirão, mais ou menos, sôbre sua orientação pú
blica ou privada.
Daqui, compreende-se qual o empenho que têm de conquis
tar o favor da imprensa todos aqueles que pretendem impôr-se
à opinião pública.
A imprensa foi e continua a ser o moderno fazedor de reis,
porque é a imprensa que sustenta ou derriba os governos libe
rais-democráticos.
Combes, o célebre ministro do Estado francês, que tanto
perseguiu a religião e moveu terrível luta contra o catolicismo,
Combes afirmou uma vez que a imprensa havia afastado da
Igreja três quartas partes dos católicos.
Max Nordau, judeu e paladino do predomínio judaico,
sustentava que, dentre tôdas as invenções modernas, é a im
prensa a que melhor caracteriza a nossa época c é a sua fôrça
mais poderosa.
O judaísmo, que hão abdicou de suas idéias e de seus pla
nos messiânicos, não podia deixar de atrair para sua órbita de
influência êste poderoso elemento de doutrinação das massas
populares. E bem cedo os dirigentes mentais de Israel trata
ram de dominar a imprensa mundial,
174 J. C A B R A L
13 — « J.
X V III
OS JUDEUS E O BRASIL
NOTA - D e c r e t o n .° 1 2 0 . d c 2 0 d e f e v e r e i r o d e 1 9 3 6 , p e l o o u a l
o G o v e r n a d o r d o R io - G r a n d e - d o - N o r t e i s e n t o u d e i m p o s t o s a r a h r ,„ „
d e c e r f lm ic a d e P a l a t i n i k , M a z u r & C ia . P 3 a fá b r ic a
214 T. C A B R A L
(5 ) — “Correio da Manhã" — N .° d e 1 8 d e o u t u b r o d e 1 9 3 4 .
A QUESTÃO JUDAICA 215
IS — Q. J.
O catolicismo não pode desconhecer ou fingir desconhecer
a existência do magno problema que é a célebre e momentosa
Questão Judaica.
Sem esposar preconceitos e exclusivismos de ordem religio
sa ou racial, a Igreja não pode fechar os olhos às dificuldades
que o caso judaico lhe oferece. Incumbe, pois, à religião católica,
dentro da ordem social e espiritual, procurar uma solução equi
tativa e justa para tamanha dificuldade.
Estudando a questão judaica em face do catolicismo, o gran
de escritor contemporâneo francês, Jaques Maritain focaliza dois
aspectos da mesma: político-social e espiritual ou teológico.
Acompanhemos, um pouco o ilustre publicista da França
hodierna, no seu estudo do problema que Israel apresenta e que
o cristianismo ou melhor o catolicismo deve resolver.
Consideramos, primeiro, o lado político-social da questão.
A existência de fortes núcleos de indivíduos de origem e
religião israelita em meio de populações cristãs não deixa de
constituir um problema muito delicado e uma questão muito
séria.
E ’ verdade que não poucos judeus, no decurso dos tempos
perderam, ou vão perdendo, lentamente, o apêgo às crenças e
usanças atávicas e acabam na fusão mais ou menos perfeita com
a população do país em que habitam. Desjudaiizam-se. Constituem
os ditos judeus assimilados, que se perdem no caldeamento das
raças. A grande maioria, porém, do povo de Israel, por um fe
nômeno naturalmente inexplicável, continua visceralmente ape
gada à Lei e ao messianismo, que, de há séculos, mantém a união
sagrada dêsse povo em estado de dispersão (Diáspora).
E isso, infelizmente, não é tudo, nem é o pior.
Israel é essencialmente messiânico; de posse'das antigas pro
fecias e das antigas tradições, êsse povo quer fazer-se justiça
pelas suas próprias mãos. Daqui serem os judeus grandes obrei-
230 J. C A B R A L
Tesús Cristo. Não vos considero responsáveis pelos atos dos vos
sos correligionários, entretanto quero assinalar-vos que a sociedade
iudaica que é tão unida e tão solidária, quando se trata da de
fesa de’seus interesses, devia poder assegurar o respeito à crença
e às tradições da população cristã. Finalmente, não posso ex
primir-vos a mágoa que sinto ao ver que publicações ofensivas
à moral e que espalham a pornografia (publicações de que a Po
lônia atualmente, está inundada) encontiem tão numerosos ven-
rWlnres e destribuidores entre os judeus. Uma vez, senhores, que
entendestes dirigir-vos a mim nesta conjuntura, julgo necessá
rio pedir vossa atenção para todos êsses pontos dolorosos, que
contribuem para a formação de um ambiente antissemita cada
vez maior na Polônia e que podem levar a excessos mui lamen
táveis.” .
Encontramos nas palavras supra-citadas de Mons. Kako-
wiski um testemunho de firmeza e sinceridade muito dignas de
um purpurado da Igreja, que sabe combater o êrro e o mal, sem
se esquecer dos ditames da caridade e da justiça.
O n o v o re sp o n d e :
— S o litá r io s n o s a s s e n ta m o s n a s lá g rim a s e n o p ra n to .
O R a b in o e x c la m a : . , , ,
— S u p lic a m o -v o s q u e te n h a is p ie d a d e d e b io n C)
E o p o v o d e I s r a e l, q u e a le n d a c r is tã p e rs o n ific o u n a f ig u r a
do Judeu Errante, c u m p re o seu f a d a n o .. . .
Imprimatur.
M one4 B . S t * R ^ 0- V ‘ G ‘
Bibliografia
p r in c ip a is autores c it a d o s ou co nsulta do s
E D IÇ Ã O
N.® 932