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1.

O INSTRUTOR E A COMUNICAÇÃO
(notas de aula)
1. Necessidade
A comunicação é uma necessidade. À medida que as sociedades evoluem, aumentando
o campo do conhecimento humano, mais necessária é a habilidade da comunicação. Pesquisas
recentes evidenciam esta necessidade na atividade aérea, principalmente devido à
complexidade de procedimento e à premência de respostas. Na instrução aérea apresenta outro
fator, que é a relação instrutor-aluno e a transmissão de conhecimento em condições
desfavoráveis. A junção destes dois argumentos nos mostra a importância do domínio das
técnicas de comunicação para o nosso desempenho profissional.
Dentre as diversas formas de comunicação, analisaremos aquela que, sem dúvida,
representa a maior parte do nosso dia a dia e que é a de uso mais constante: a comunicação
oral. Estudaremos uma técnica específica de comunicação oral que muito nos facilitará a
atividade de instrução, quer dando aulas, briefings ou instrução aérea propriamente dita.
O nosso objetivo será desenvolver a sua capacidade de exposição oral, começando
com uma análise dos atributos de quem se comunica, a escolha do método para a apresentação
das idéias e os passos preparatórios da exposição. Uma vez estudadas estas fases iniciais,
passaremos ao carro-chefe deste capítulo: as técnicas requeridas para o sucesso de sua
comunicação. Cabe-nos ressaltar que este sucesso começa do expositor, a partir de uma
postura interna, a qual chamamos de atributos.

2. Atributos do Instrutor
O que faz um instrutor ser eficiente? De nada adianta o domínio das técnicas de
comunicação se seus alunos não entendem. Como nos fazer compreender? As respostas a
estas perguntas são simples, porém exigirão uma constante reflexão ao longo de suas
atividades. O instrutor, independente do preparo cuidadoso da sua tarefa, deve ter
credibilidade.
O que entendemos como credibilidade pode ser decomposto em três aspectos distintos:
o primeiro e o mais importante é a honestidade. É através dela que conquistamos a confiança
dos alunos, quebrando barreiras e nos fazendo entender. Em suma, o expositor sincero está em
paz consigo mesmo e pode desenvolver outro atributo, que é o conhecimento do assunto e do
elemento humano – seus alunos. O último aspecto é uma boa organização e apresentação das
idéias.
Sinceridade e conhecimento são desenvolvidos ao longo da carreira. O que resta
aprimorar é a habilidade em organizar e apresentar os conhecimentos, o que será analisado a
seguir.

3. Método de Apresentação
Para organizar e apresentar idéias adotaremos o método de fazer uma exposição –
comunicação – baseada num sumário. Ou seja, o instrutor terá como guia um sumário das
idéias principais, que servirá como linha mestra da exposição.
Com o sumário a preparação antecipada da tarefa e a própria prática individual,
teremos uma flexibilidade de adaptação às reações da audiência – alunos -, cujo resultado será
mais eficiente.
Ao planejar e preparar uma Exposição Oral (aula ou briefing), o instrutor não segue
regras fixas que garantam o sucesso de sua comunicação, mas deve ater-se ao seguinte
principio: a preparação tem de ser a mais completa e detalhada possível, porém sem
limitar a tão necessária flexibilidade que lhe permite ajustar-se às reações dos alunos. A
cada momento desta fase o instrutor deve ter em mente que o objetivo básico da preparação é
tomar a mensagem, ou seja, o conteúdo da apresentação, o mais claro, objetivo, adequado e
compreensível para a sua ausência.
Como sugestões, apresentamos uma “lista de verificações”, que pode ser utilizada no
planejamento e na preparação desta tarefa:

3.1 Seleção e Limitação do Assunto

a) Seleção do assunto
Selecionar o assunto de acordo com a sua aplicação na instrução aérea ou na formação
do piloto.

b) Limitação do Assunto
Alguns assuntos são de tal maneira extensos ou complexos que se torna impossível
esgotá-los dentro de um tempo limitado. Neste caso, cabe ao instrutor adequar a amplitude do
tema ao tempo disponível, sem esquecer, contudo, dos aspectos que, realmente, interessam
aos alunos.

3.2 Esboço inicial


Neste ponto, o instrutor pode iniciar a pesquisa e ordenação da sua tarefa. Partindo do
conhecimento que tem do assunto, inicia a elaboração do esboço, sem grandes preocupações
de ordem estética ou de desenvolvimento do assunto, cuidando, apenas, de anotar tudo o que
deve ser dito. Dois itens devem estar presentes nesta fase: as fontes de consulta e os apoios,
que ajudarão os alunos a compreender com maior facilidade.

3.3 Montagem do Sumário


Após preparar e fundamentar seu trabalho, o expositor irá preparar a montagem final,
calcado no conteúdo do esboço inicial. Nesta transição é oportuno salientar que nunca devem
ser perdidos de vista os princípios da clareza, objetividade, precisão e concisão. Deverá ser
observada, para a montagem do sumário, a seguinte seqüência:
• Assunto (definir o título)
• Objetivo
• Introdução
• Desenvolvimento
• Conclusão
Não há necessidade de se escrever tudo, mas apenas os tópicos principais. Com um
sumário bem montado o instrutor terá um excelente guia para orientá-lo. Temos, porém, que
definir o que será feito na introdução, no desenvolvimento e na conclusão. A introdução é o
momento que dispomos para preparar a audiência para o assunto. Neste primeiro contato com
os nossos alunos devemos, inicialmente, chamar a atenção deles para a nossa pessoa, pois
geralmente eles se encontram com a atenção dispersa ao chegarmos na sala de aula. Esta fase
é chamada de atenção e o instrutor pode utilizar uma pergunta geral a respeito do seu assunto,
uma piada, cumprimentar a audiência, enfim utilizar um recurso para chamar a atenção dos
seus alunos.
Uma vez capturada a atenção para o instrutor o passo seguinte será levar esta atenção
para o assunto da aula, ou seja, motivar os alunos para o trabalho a ser desenvolvido. Nesta
fase, chamada de motivação, o instrutor deverá demonstrar a importância do assunto a ser
estudada, qual a sua utilidade.
Com os alunos julgando a matéria importante, vamos ao último passo da fase da
introdução: a definição do objetivo do trabalho e dos passos que serão seguidos para atingir o
objetivo proposto. Neste momento o método recomenda a apresentação de um roteiro que
deverá ficar sempre a vista da audiência servindo de referencial para os alunos se situarem ao
longo da aula.
Dentro deste contexto de introdução, desenvolvimento e conclusão, estes tópicos
devem ser ligados por material transicional.
Para o desenvolvimento devemos preparar o nosso sumário com as idéias agrupadas
segundo o exposto no roteiro, não esquecendo de suportá-las com apoios (citações, exemplos,
gráficos, estatísticas, etc).
A conclusão é uma síntese do trabalho, com a preocupação de não se apresentar dados
novos, todo o assunto deve ser esgotados no desenvolvimento. Para tal devemos ter preparado
no nosso sumário uma revisão dos tópicos mais importantes (sempre se reportando ao
roteiro).
Após um resumo das partes principais devemos mostrar a importância do assunto dado
– remotivar – para, então, encerrar o trabalho – fecho.
Todas estas etapas devem ser listadas no sumário, que servirá de base para a realização
do trabalho escolar, assim com o assunto elaborado o passo seguinte será tornar efetiva a
nossa comunicação, ou seja, transmitir esses conhecimentos já organizados.

4. Apresentação de uma Exposição Oral


Uma exposição oral pode ser comparada, sem grandes exageros, à exibição de um
bom espetáculo de teatro – não no sentido da peça em si, mas na preparação e no desempenho
– no qual os ouvintes representam os alunos, e o expositor, o artista.
Um indivíduo dotado de pouco experiência verificará que a arte de fala em um grupo
se torna mais fácil na proporção em que aumenta a experiência e a confiança.
O “medo da turma” ou o “medo de falar em público” constitui a causa mais freqüente
do insucesso dos expositores: cerca de 80% são atacados desse mal sempre que se inicia uma
exposição.
Normalmente, o medo é provocado pela pouca experiência do expositor; mas isso, se
bem que natural, não se deve ser considerado como fator determinante de boa, ou má
apresentação.
Este “medo” pode ser reduzido, desde que se tomem alguns cuidados. Para tanto, o
instrutor deve:
• Realizar um planejamento e uma preparação da exposição de maneira que
domine perfeitamente o assunto;
• Praticar a exposição antes da apresentação. Se possível, solicitar a
avaliação de algum colega;
• Iniciar a exposição de maneira calma e deliberada
• Conscientizar-se, por fim, de que o objetivo da exposição é transmitir
ensinamentos, lembrando-se que os ouvintes (alunos) ali se encontram para
aprender, e não para criticá-lo.

5. Técnicas de comunicação
A efetividade de uma exposição repousa, em uma última análise, no que é visto,
ouvido e compreendido. Para tal, é necessário que paralelamente à preparação do assunto, o
instrutor aplique uma série de técnicas de comunicação que, se bem utilizadas, possibilitarão
uma efetiva comunicação entre o apresentador – instrutor – e os ouvintes – alunos. Vejamos:

5.1 O expositor é visto


A maneira pela qual o expositor se apresenta causa uma impressão duradoura na
audiência, podendo ajudar bastante na aceitação do próximo assunto a ser tratado. Para tanto,
ele deve atentar para alguns requisitos, como por exemplo, a atitude, que deve ser natural e
espontânea. Uma postura correta e uma atitude de autoconfiança colaboram para a
credibilidade do instrutor. Devem ser evitados o excesso de rigidez, as atitudes tímidas ou a
displicência.
A correção no trajar e a higiene pessoal também são fundamentais para a aceitação do
apresentador: A gesticulação e a movimentação dão vitalidade à apresentação; não os
empregando, o expositor poderá parecer constrangido e deixará de utilizar excelentes meios
de tornar-se mais eficiente. Há, apenas, uma regra importante a ser observada: fazer com que
ambos, movimentação e gesticulação, estejam coordenadas com o que se fala.
Uma gesticulação e movimentação adequadas facilitam a comunicação; ao contrário,
movimentos cadenciados, maneirismo ou cacoetes desviam a atenção da audiência e por isto
devem ser evitados. O treinamento que deve anteceder a exposição é uma boa oportunidade
para a correção destas deficiências.
Finalmente, o contato visual é um dos melhores recursos utilizados para prender a
atenção dos alunos. Deve ser dirigido igualmente a toda audiência, procurando “despertar”
pelo tema, na medida em que faz com que cada um se sinta participante. Na “contramão”,
possibilita ao instrutor uma avaliação imediata da compreensão do assunto abordado.

5.2 O Expositor é ouvido


A voz do expositor é o melhor recurso de que dispõe para tomar sua apresentação
dinâmica, agradável e eficiente. Os fatores abaixo relacionados influem neste aspecto das
Técnicas de Comunicação.

a) Volume
O volume de sua voz deve ser adequado ao tamanho do ambiente, e sugere-se variar o
mesmo, vez por outra, para não tornar monótona a apresentação.

b) Velocidade da Oração
Via de regra, a velocidade ideal é aquela ligeiramente menor do que mantida numa
conversação informal. A variação também é importante e deve-se evitar os excessos.
Se muito rápido, o expositor corre o risco de não ser entendido e, por outro lado, se
muito lento, a monotonia e o desinteresse poderão tomar conta da platéia.
c) Pausa

E outro recurso com que o expositor, tanto para quebrar o ritmo da apresentação como
dar algum tempo à audiência para assimilar uma passagem mais importante.

d) Dicção
Palavras resmungadas ou mal pronunciadas não serão ouvidas ou entendidas,
redundando na perda da eficiência na comunicação. A clareza, aliada à correção da
pronúncia, é fundamental para a transmissão das idéias.

e) Locução
É o estilo oral do expositor. Um dos erros mais comuns é uma exposição oral ser
conduzida como se fosse um discurso (laudatório, comemorativo ou mesmo político)
que tivesse outras finalidades e características.

5.3 O Expositor é Compreendido


Para que a comunicação oral atinja seus objetivos, faz-se necessário que haja uma
perfeita compreensão e assimilação da totalidade do assunto apresentado. Além da adequação
do tema apresentado e dos demais cuidados considerados durante o planejamento da
apresentação, toda exposição deve progredir sem atritos ou interrupções não intencionadas
Tendo despertado, o interesse da audiência (alunos), a melhor maneira de conservá-lo
é desenvolvendo o raciocínio numa seqüência lógica e continua. Cada ponto ou idéia deve ter
uma relação definida com os tópicos anteriores e posteriores: daí a importância do uso das
transições. O assunto deve ser esmiuçado e esgotado, mas nunca além do necessário, para não
confundir a audiência com dados e idéias supérfluos.
A clareza com que são apresentadas as idéias definirá boa parte de compreensão obtida
numa apresentação. Em conseqüência, a seleção das palavras que irá empregar deverá ser uma
preocupação do expositor.
Finalmente, a capacidade de adaptação às reações da audiência é muito importante
para que o instrutor saiba, a cada momento, se o assunto abordado está sendo assimilado por
todos.
Um eficiente contato visual constará o nível de compreensão dos participantes. A
partir desta permanente observação, se notar que a compreensão está sendo prejudicada, o
expositor não só pode, como deve, reformular idéias, relembrar conceitos ou até mesmo
esclarecer pontos.
Eventualmente, pode acontecer que uma frase ou mesmo um dito qualquer, mal
colocado, poderá mudar o estado de ânimo da audiência, ferindo suscetibilidades, isso
acontecendo, reformule-o de imediato. Se, por outro lado, este foi estimulante e motivador,
não vacile, procure explorá-lo adequadamente.

6. Conclusão
Com o estudo do método de se fazer um sumário para uma exposição oral, bem como
todas as Técnicas de Comunicação, o instrutor poderá iniciar as suas tarefas de exposição
oral, tais como as aulas sobre as respectivas aeronaves, os briefings e debriefings, assuntos
que receberão mais adiante um tratamento especifico, onde estas regras, aqui estudadas serão
de grande valia.
Podemos comparar a exposição oral ao ato de presentear: escolher o presente,
embrulhá-lo, escrever o cartão, enfim, torná-lo atraente é a preparação da nossa exposição.
Porém de nada adianta termos o “presente” nas mãos; falta entregar a pessoa que desejamos
presentear para completar o processo, e é justamente este ato de entrega que nós
analogamente estudamos como sendo as técnicas de comunicação; agora sim, efetivamente,
presenteamos alguém.

QUESTÕES
1. Durante uma aula um instrutor deve usar a voz num volume que seja:
a) ouvido b) compreendido c) ouvido e compreendido d) sem variações

2. Para a montagem de um sumário de uma exposição, deverá ser observada a seguinte


seqüência:
a) planejamento, execução e encerramento
b) seleção do assunto, limitação do assunto e assunto
c) seleção do assunto, esboço inicial e conclusão
d) título do assunto, objetivo, introdução, desenvolvimento e conclusão

3. A fase de uma aula em que o instrutor consegue despertar a atenção do aluno para si é
chamada:
a) motivação b) atenção c) desenvolvimento d) oportunismo
4. Na fase de introdução de uma aula temos:
a) atenção, motivação e conclusão c) cumprimento, objetivo e desenvolvimento
b) atenção, motivação e definição do objetivo d) planejamento, objetivo e motivação

5. Como atributo principal, o instrutor de vôo deve ter o objetivo de conquistar a confiança do
aluno. A esse atributo, dá-se o nome de:
a) individualidade b) reciprocidade c) espontaneidade d) credibilidade

6. Para que o expositor transmita de forma clara, objetiva e precisa, o seu conteúdo, deverá
preparar inicialmente um “sumário” para sua exposição oral. A montagem deste deverá ter a
seguinte seqüência:
a) desenvolvimento, objetivo, assunto e conclusão
b) introdução, objetivo, assunto, desenvolvimento e conclusão
c) objetivo, introdução, desenvolvimento e conclusão
d) assunto, objetivo, introdução, desenvolvimento e conclusão

7. A fase onde, o instrutor escolhe suas fontes de consulta e os apoios, sem grandes
preocupações com a ordem estética, para realizar um sumário, chama-se:
a) introdução b) seleção do assunto c) esboço inicial d) objetivo

8. Para o instrutor ser eficiente, ou seja, comunicar-se bem com seus alunos, ele precisa:
a) ter profundo conhecimento técnico e vontade de acertar
b) ter dedicação integral ao seu trabalho e muita experiência
c) ser empreendedor e benevolente e ter grande capacidade de trabalho
d) ser honesto, conhecer o assunto e o elemento humano e ter habilidade em organizar idéias

9. A fase em que um instrutor escolhe suas fontes de consulta e os apoios, sem grandes
preocupações com a ordem estéticas, para realizar um sumário, chama-se:
a) objetivo b) introdução c) esboço inicial d) seleção do assunto

10. A fase do briefing em que deve ser utilizado, preferencialmente, um modelo de


demonstração das manobras é a de:
a) acolhimento b) desenvolvimento/ensinamentos
c) procedimento de vôo d) preparação para o vôo

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