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poucos an03, o uma senhora, tiçâ sofrida em vida. Mas vô- riu o jovem vQc*s com© uma .-^ma^^ssamBSÈm:»^..
ainda jovem, partiram da Ber- po- chicotada cm público.
Um rumo aos arredores de jamos..
tsdam e hotspedaram^se no ai- — O» indivíduo não estava or-
Em poucos ano» do intenste-
bergue de Stimming> às margen3 sirna atividade? o Jovem peóta rado. Eu teria feito o mesmo se
do Wansee. Passaram a tarde as conveniências houvesse»*
criara toda umaWJ* sério do dra*
atsgremente. Levaram hora» mas históricos: Família Sch- permitido — comentou Goethe
passeando em torno do lago.a rotteustein'*
"Pedro, o Eronntu'*, quando o duque da Weimcr-
An:eciaram. embevecidos, "Leopoldo da Áustria" o "Bebort censurou, indignado* o gesto do
outono! quo so pre- manifestante.
paisagem Guiscard". sen* lalat da como-
parava para o inverno já pró- dia "O Cântaro Quebrada'' o Kleist nunca so refes desse
ximo. Depois jantaram, leliz-ss numerosas poesias. Tran3bor-, assovio dado por quem» anima-
como em pkna lua do mel» o dando, do projetos e prevendo do de ííla. sxcacsSvc» nsds mal?
rccolh-ram-3o aos seus quartos um futuro glorioso.- o Jov«?m pretendia senão agradar a Goe-
onde lr/arcm toda a noite es-' Kleist ansiava por encontrar-se» the, presente ao espetáculo. ^SflSfflSlilill ^S?^*^BS3i!^ffiS''':-'-'-'-!il^^^^^ 5 ^ na ssKvSh ^^^ tsf-
"Goethe matou Kleict" tornou-se
crevendo car*».-!". face a face, com Goethe*- cuja <í3í8S!8Sis^fSÍBSi887SSWX-X{-:-z-ixo™ ¦ -
CULPADO
desde o momento em —- Olho ou página falsa?
COMEÇOU que recebeu o téleio* A petulância do suieiti-
íscma, Haviam dado pela nho explicando:
sua fraude. Isto é, não era Página falsa ou olho,
bem uma fraude. Isso se fa- é a mesma coisa. Nós aqui,
zia muito comum ente. Ha- por comodidade, dizemos
via até tradutores que per-
petravam verdadeiras con-
Conto de ADALARDO CUNHA olho.-E' mais rápido, sabe?
Ahn...
' Sensações dê livros de res= •* Concurso de "Letras e Artes")
(Classiíicado no Grande O revisor acendeu-lhe o
i peito, de alta cultura. Co- cigarro pendente morto dos
mo aquele célebre **best- —»¦ HH—ll»l , *~-?an^.
» lábios.
. setler" que serviu até para ——- ¦¦¦ '
Obrigado. Gomo é que
uma grossa polêmica entre o senhor deu pelo salto!1
vários causídicos da cr dade. Pelos saltos?..-
quo ele fizera foram ai- Sim, sim;..
guns cortes sem importan- 1 mÀ {JfrS H"*""* —Os nomes dos perso-
i «da, frases redundantes de Sfttill nagens estavam grafados
| pouco interesse para o lei- de vários modos, e, ao me
I tor. Fora mesmo xim fa- reportar ao original...
; vor, um ato de bondade, de Aí estava! Então ele ti-
magnânima bondade ter nha razão. Aquele sujeiti-
feito os cortes. E agora nho nunca que descobriria
aquele telefonema. £ logo o salto {os saltos...) se
de quem? De um sujeito \ Wjf&f^L \ li l A i\:^^ tf A não fosse por causa dos no-
que podia lá ser um bom mes grafados errado.
comerciante de livros, não Mas nós, os traduto-
havia dúvida, mas um re- res, nos permitimos tácita-
matado ignorante de coisas mente esses cortes, para
de cultura, do espírito. melhor entendimento do
O chefe rompeu o seu leitor. E, diga-se de passa-
círculo de togo: gem, o nosso leitor é pre-
—* Bom dia, jovem.
^rcoso d?mais para apre-
f — Bom dia, doutor. ciar isso que é, para o lei-
• Ah! o chefe viera mesmo
tor. americano, quasi uma
a calhar. Ajudara-o a bo- necessidade.
tar o pensamento em coisas O senhor já esteve nos
muito mais prosaicas, mas Estados Unidos?
apaziguador.as. Ia dizer que sim, mas
Mas na hora de acertar lembrou-se logo de que o
as. coisas ete saberia mos- gerente o conhecia bem e
trar a todos aqueles imbe- confessou:
eis que a tradução estava Não. Mas isso é ob-
era muito bem feita. Bem vio...
í feita e — isto sim — mui- Com aquele "óbvio" aca-
tissimo mal paga. Ou que- chapara o sujeitinho im-
j rcriam cies uma obra de pertinente. Depois fez se
arte em troca daqueles pou- de preocupado e pôs-se a
cos cruzeiros que lhe pa- virar e desvirar as páginas
garam? Pois sim! do livro. E mentiu:
Novamente o chefe emer- -— Eu era capaz de jurar
giu-o: que traduzi este pedaço
— O senhor acertou aqui. "The man... death...
aquele catálogo? his móther..." Quem sabe
,' —- Sim, doutor, acertei. ¦~*ss±*y ^~*v ^ ^l Wk ^V as páginas se perderam por
—"*¦**¦ *- ^*ü * ^*1 \%\
^¦LssvSL.Jy ffií
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; Botei-o depois naquela es-
{ante, a 12. Mas não. A numeração
Catálogo... Bem, sem- *V* — «»*>*> »¦¦¦ i .i'«»i«.»i». ' i n»i.é..-»h'"TTni»uiiUJ,i'ltf^*1*,%,'<'
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das laudas da tradução es-
pre é melhor do que ser tava certa: 29, 30, 31, 32..,
explorado em trabalho de O silêncio do revisor quase
pensamento, de inteligên- Ilustração de OSWALDO GOELDI o irritou. Percebendo o es«
cia. E melhor pago. Che- ria de sofrer muito com o visor disse que encontrou, tado de espírito do moço
pressão do livro! Umas S0
gava, assinava o ponto, fi- sem querer, «ns saltos na tradutor, o outro duetilizou
ou 60 páginas a menos... episódio, tão lancinante es-
cava remanchando por ali,
E sem prejuízo para o lei- tava exposto... Revisor sua tradução. Vá até a sa- a tensão:
e pronto. No fim do mês Ia de revisão que ele lhe O senhor sabe por que
tor, está visto, que teria to- besta! i
eram 3.000 cruzeiros re- mostrará. E* por aquela o porco anda de cabeça
da a matéria principal do
dondos. Engraçado: na sua Entrou. Os olhos por trás porta. para baixo?
original intacta. O que tira-
verdadeira vocação era um dos óculos dançavam ner- E voltou ao telefone. Não sabia.
ra eram idéias repisadas '
—- vá lá! — incompreendi- —- Aquela porta! Era só E' porque tem vergo-
pelo autor, E até mesmo vosos. A boca cerrada não
do. O tempo enorme que alargava as rugas das co- abri-la e todos voltariam o nha da mãe ser porca.
- levava, despesas com di-enfadonhas.
Outra vez o chefe: missuras, que podiam trair rosto para observá-lo. A Não riu. Disse apenas:
cionários, papel, aluguel de ele, o tradutor criterioso! "E' boazinha" e continuou
'* —O senhor está sentiu- o seu sentimento de culpa.
máquina. E as consultas a A telefonista e a dactilógra- O tradutor sem escrúpulos, a fingir que estava interes-
do alguma coisa?
bibliotecas sobre citações
— Não, doutor, E' que fa tinham um sorriso irô- é o que diriam. Sem um sado no livro. E remoía-se.
obscuras do livro? Havia nico pendurado nos olhos; pingo de critério. Saltar Sujeitinho mais estúpido!
dormi mal esta noite.
Uma até que devia ter sido Sente-se.
O gerente estava telef onan- daquela maneira!
For que mentira? Bem.»
"biuff" do autor, Não en-
Vim ver os pulos.., Obrigado. Não quero.
' as coisas têm de ser leva- do e não pôde sorrir-lhe co»
contrara nada sobre o por- mo ele esperava. Então to- Não era para menos. O Estou bem.
das assim mesmo. O chefe
,r,co de Ganarede. Enfim, um mes- As frases saíam-lhe pon-
nunca que compreenderia o f dos já sabiam. Fora des- sujeitinho era aquele
trabalhe insano. E agora "softiite'*. iuadas.
seu problema. Se é que mascarado. Proclamara-se mo, de óculos
aquele telefonema. E que tradutor criterioso, dife- Naturalmente para * ameni- Um outro revisor acer-
u01ha, você dê
aquela bobagem pudesse *
telefonema! rente dos medalhões que zar-lhe a burrice. c o u - s e para abreviar
ser considerada um proble-
um pulinho até aqui para Faz favor, sente-se. aquela complicação propo-
ma. Verdade que aquele pegavam os originais e da-
ver uns saltos que o revisor vam para mocinhas prote- Sentar. Então ele não sitadamente longa.
salto de 12 páginas foi au**
encontrou, está bem?" Este salto correspon-
dacioso. Mas o inglês esta- gidas traduzirem, assinan- percebia que naquela con-
O revisor! Vai ver que do depois a versão. Apon- juntura a única posição de à página 35; este outro
va tão difícil naquele tre-
é um garoto de eolégio que- a página 83. Este aqui...
cho que ele temera, por tara mesmo ao gerente um apropriada era a de pé?
rendo se mostrar ao patrão, bem conhecido. E agora ali Não, obrigado. Estou Cretino! Intrometido!
escrúpulo — sim, por es-
ou tentando mesmo um au- Então não via que ele es-
crúpulo! — traduzi-lo er- estava ele, certo, certíssi- muito bem assim.
mento de ordenado. A ca- mo da sua culpa, à mercê Tirou um maço de cigar- tava mesmo prolongando
rado. Contudo, o revisor
sa paga tão pouco aos que «quilo para ter tempo de
não poderia pegar o saiio, de unia telefonista cretina ros e ofereceu ao sujeiti-
She servem... Que é que p de uma dactilógrafa está- nho, que se serviu de um. de assentar as idéias? Que
pois não partia o sentido na
um molecote podia saber «pida. Que sabiam elas de li- Guardou o maço. Depois fosse ajudar o diabo!
ligação. Só se foi aquele ou-
de literatura! Os cortes — Quer urn cigarro?
teratura, principalmente de lembrou-se de que não ti-
tro
©ram mais do qüe necessà- gerente havia dito
"uns (osaltos"). -O da morte literatura inglesa? rara o dele e voltou a tra« O 2o revisor disse que
j rios para o leitor apressa- O gerente tampou, o fo- zer o maço para fora. O não. Não fumava. E lá se
da mãe do próprio autor.
!' do de hoje. E econômicos foi o maço novamente in-
E andava muito certo em ne com a mão. incidente encabulou-o por- '
'
leitor have- ~ Olá! Escuta, o nosso re* que os outros sorriram;»;.:; >v, <Cv»d»f *»¦ 15/ pis)
\ ficaria mais barata a im- cortá-lo, pois o
, '•:',.. . Xft
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**
V
P0EMS NOVOS
C RI AN Ç AS DE FRANÇA
"Poesie 43",. publicação francesa, lança o sen primeiro tomo —
— Poetes prisoniers". Apresentá-o Pierre SEGHÉRS, advertindo
Conto de NELY DUTRA logo que não se traià de um grupo de escritores, senão de novos
poetas, y# ".
Pára estes fieis cantores da :4'vie reclu.se" a poesia ê a noiva,
Corriam-lhe lágrimas. E fun- Abaixou-se para beijar a a mulher, a esperança-i a verdade, que os consola ou fortalece, es-
CADEIRA era alta de- ¦¦/ cabeça da prima.
mais e as pernas da gava repetindo: Nojento. crev-. Seghers.
A * menina estavam ba- Beto" segurouJhe as mãos .-r- Foi só de bobagem que Neste volume de cento e poucas página*; ai estão reunidos, os
loueando. Comia abacate, fa- e sacudiu-a com violência. eu disse que tu és feia. Tava que sófreramna carne, o flagelo nazista, unidos peta identidade
—. Malcriada. Vais ficar brabo porque não me guar. do terna) ¦— o amor, a mulher, a criança, o lar sempre distantèt
zendò de quando cm vez, ara_ daste abacate. Olha prá mim: o tempo a prece, 0 homem que luta se dilacera.. .o prisioneiio,
bescos nc ar com a colher gorda e feia como a Marina. .CHARLES Autrand revela-nos um temperamento forte, uma
Vão fazer troça de ti, na aula. Tu és a minha mulherzinha ?
vasia. . .
És bobalhona e feiosa. Va. A menina sorriu: personalidade escultural. Sua poesia penetra a cada passai naa
O gosto da fruta era me. Quando é que a gente simplicidade das linhar, sóbrias^ de um Hpurabloco, bloco de vida,
lhor do que o da merenda que mos — gritou zangado. Pede como êle mesmo afirma de sua amada e calma" tão natu~
levava para o colégio. "Mas perdão. Anda -— ordenou. vai se casar? , ral como "um cubo de vida".
Lili continuou calada, de —• Uc. Quando a gente Surpreénáe-iios com imagens audaciosas largados, esponta-
a merenda é tão boa! Marina
todo o dia pede um pouqui- cabeça baixa. crescer. ; neamente, no ritmo largo e poderoso como sua própria ins-
Beto bateu-lhe na mão com -ü-'Faz as contas, Beto. Eu piração,
nho" estava pensando Lili tenho sete, tu \ tem nove. ';.
a régua.
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.-¦....¦•-..
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Agora na outra. Piá Quantos anos são ?
Espigado, com cabelos crês-
pos e escuros, meio curvado aprender.
Não choro — disse a dos.
O menino contou nos de-
, CHARLES AUTRAND -
ao peso dos livros, e o boné Nove, dez, onze... Fal-
relaxadamente jogado para menina. Tu me pagas. Vou
traz, êle falou: rasgar todos os teus desenhos. ta 12 anos.
Nunca! Por causa disto Posso te beijar ? — per.
ó. Lili!
A menina nem sequer o vais apanhar mais. Senta — guntou a prima. POEMA
o'hou. Continuou brincando empurrou-a para a cadeira — Pode. Só uma vez.
com a colher vasia. jura qúè tu não vais pegar Lili ficou na ponta dos pés
Beto atirou os livros na me- os imeus desenhos. e'" beijou-lhe o nariz. Tu, crês que no meu sono há pirâmides,
sa do meio da sala e puxan» Lili sabia que o tesouro de — Tu és tão bonito! Deixa
do uma cadeira sentou_se ca- Beto eram os desenhos) Cha. eu passar a mão no teu ca- pirâmides que se erguem para a noite,
lado. Abriu um caderno com mavam de ninho (gostavam belo?
muito de mistérios e não que- estáveis cabos de alta tensão,
a bandeira nacional na capa Não. Agora vamos andar
e resmungou aborrecido por- riam que alguém entendesse de balanço. Vem, ordenou. mais duras que o granito
aue o lápis não tinha ponta. as suas combinações e brin. E o chão ? Está tão sujo !
Procurou uma lâmina numa quedos), o buraco da parede, tu crês que esta solidez me limito
no porão, onde o primo es- Vou pedir prá Julia limpar «
latinha velha. antes que a mamãe chegue. e se apoia nos meus ossos *
A menina estava olhando: condia os cadernos escolares Ela foi no médico com o pa-
Tu vai te corta, Beto. aproveitados para desenhar.
Não tem mais abacate ? Havia retratos dos tios que pai. Vou ganhar uma irmã- na interseção do meus ossos
moravam na fazenda e do zinha. Tu sabias?
— perguntou p menino, fin- Não me importo.,Vamos afogada nos músculos
gindo não ter ouvido o co„ cavalo baio que puxava a
carroça. E até a carinha andar de balanço, anda. Se- tu crês no meu sono e vigílias endurecidos por uma couraço
mentário da prima. não fica tarde.
Lili encolheu as pernas c miúda da prima, com olhos
verdes, franja e cabelos li- A menina não reparava tu crês que sou forte
respondeu zangada: na impaciência do primo, e
Não tem. Já comi tudo. sos. Beto desenhara a prima muito séria, cheia de ciúme,
Puxa ! Tu vais te err> e troçara muito: "Teu cabelo
perguntou-lhe: Quero falar-te do sofrimento
panturrar. parece piaçava". Tu vai gostar sempre de
Não tens nada com isto. Folhas e folhas de riscos mim ? Mesmo que a "irmãzi- quando nossas lâmpadas abafadas se apagam
Tomo purgante depois. Mas vermelhos, azuis, verdes, ama. nha seja mais bonita que eu ? quando teus olhos
falou tão estavanadamente relos. O tesouro de Beto. Só gosto de ti — garan- glaucos como as águas dos mores do
que o prato caiu no chão. Lili sabia mas a mágua era tiu Beto. [norte
—Rápida, pulou da cadeira e mais forte do que o carinho A mamãe só fala nela — emergem à superfície da peU
agachada, as pernas gordas que sentia pelo primo. Lili. Todo o dia.
Tu és tão bruto que vais queixou-se da carne dócil
vestidas com meias cinzentas, —- E* sempre assim quando
meteu o dedo num pouco de ficar pequenininho como • o
anão da .história. Cada bolo vem irmão prá gente. Não e nem percebes a pressão da fronte que adormece . «o meu
creme que ainda restava num faz mal. Eu gosto de ti. Va-
dos pedaços da vasilha que., vai "te diminuir um pouqui- [ombro
nho — e continuou ameaçan. mos ligeiro.
brada. Lambeu-o satisfeita e Se tu gostas tanto — pro- ou a languidez de tua carne identificada à minha
virando-se para o primo dis_ do. Quando fores bem me-
norsinho que eu quero vêr meteu a menina — eu vou esta hora é tua
se muito altiva: brincar de mulherzinha e ma-
se podes me bater. Nunca
Viste ? Comi tudo. mais quero te vêr, Vou pedir rido contigo, lá no porão. Tu Teu sangue estua tão dentro do meu que em certos me-
—- Bem feito. Quebuaste o queres ?
prá mamãe que te mande prá Quero, sim. [mentos duvido^
prato. E a tia Ondina vai te fazenda, de novo. E promete:
dar uma sova porque sujaste Quando eu ficar grande me Passou-lhe o braço pelo om- da existência de barreiras »;.;
o chão. Bem feito. caso com o Cláudio. Êle é bo- bro.
' —
A menina avançou e bateu- nito. Corre mais ligeiro que Tu tás crescendo ligeiro, limites
lhe na mão que segurava o lá. tu. Lili. Vamos apostar quem obstáculos ,
pis: Bonito, não —> contra, chega antes? Mas as últimas
Nojento. Se tu não ti- riou Beto. E' feio. Parece um palavras já foram ditas en- e permaneces calma e pura
vesses chegado eu tinha co_ ôvo de Páscoa. Tu vais casar quanto corriam para o jar- natural como um,cubo de vida
mido todo o meu abacate. comigo. dim.
quando te chamo com a voz de minha alma
e a alma por sua vete se acalma
O^esfoo
Capitai» Mártirfha
titos Mares Guia,, da Cftr-
ísoraçâo Musicai "Santa
VISTA PARCIAL DE cidade * as do campo, foram va*
rejadas pelos H músicos e fare-
jadas pelo Lolô. Aliás, oor um
dever de justiça, em nvm sempre
inato, desejo consignar aqui um
VI 1^8 AO EM SÃO
/«*•»'
ta'íeita à Biblioteca Mu-
\ r nicipal, o crítico Sérgio
Milliet não me deixou li-
uL peso acrescido de alguns
quilos. Mas saí trartquila-
mente naquela madrugada
15 ANOS DE IDADE
vre um só momento, e friorenta pelas velhas ruas
***** quando fui com o mesmo paulistanas com a con-
'$$$$*$¦ tffi wf»4^*
y* H visitar a seção de do-
cumentos, êle ainda #se Oi ciência também pesada. O
remorso porém não durou
conservou todo o tempo
• " «HÍ ' 5fS ** -^o <$***& *%aiírt!1S5=^ muito. Na manhã seguin-
/& È & 0& &>» ao meu lado com os olhos
(islo é: conto, já com o ovo largura, etc, em São Paulo, onde eu publiquei o teressante, anota-o para
no...) Sc cíá vier, que pechin: pretos e os preços,
peito. Iria fazer um fias- morava, isto em 1902, me
preendido,
aquilo Comecei pelo Rio Gran- verdadeiramente as coisas :¦; . ... „.,.,. ,,, ...
.'¦¦¦¦ •••-¦;¦»:-;•:•:-: •:•.-:•
,,;''
meu primeiro livro com que fazia depois transportar para os
procurando wMwmm
minha mulher escolher, pensou ** de, Santa Catarina e Pa-
eha! Não imaginas que horror para co dos diabos. Enfim, não contara várias histórias futurismo. . do espírito, ¦ ¦:-y-
livros. Num enorme ca- m
•:•:¦:•:•:-
pouco tempo o eol vai apagai* a to que eu iria perder tão Não dou ao rc- entrando em Santos,^tive rações vindouras, através &y:y: ¦,yy----r-^
návèis massadas. Entre elas havia uma que ' em francês. Tinha 26 responden- nais desses romances. Bas-
Janterna, c ficaremos às escuras, ótima oportunidade. Con- mancista que,! tempo ainda de atingir
-:':'
de documentos, confissões,
:-:¦¦:.:¦:•;<--:•:-:¦>:¦.¦,:•.'-;.'.¦-.';¦>.'
¦'¦:r'-;
Depois da tua resposta mau- me deixou bastante im- anos." minha, São Sebastião, Angra dos tante riscados e trabalha-
Admirei-1.ic muito eom a noü,
sultando o dicionário de do uma pergunta depoimentos, exigências,
cia da p.Yftidn tio Àcâeio para dar-tc-ei o dinheiro para paga- pressionado. Ouvi calado Que precocidade, seu declara 2
" E'(verdade, fui Reis e, afinal, disse: "Rio dos. Vejo anotações pelos
mento de jornais etc. Diz a mestre Aurélio e com um toda a descrição. Trata- tenham um conhecimento X-Iv-vX'".'" ¦ •'•'¦
Spa. Não só êle não me res-
preso 13 vez||t das quais de Janeiro". O professor cantos das páginas naque-
maistrinha que eu eempre rezo pouco de mistificação, a va-se de uma moça que Osvald ! mais seguro do clima em
pondeu a uma ear!<>. que lhe es- Nada disso. oito .como ctüfeista e as fez um escarcéu dos dia- Ia sua letra um tanto de-
crevi uliimamenle, como tam- «m padrenosso a Appolio e situação para mim seria tinha morrido de amor em e irrequieta. que viveram os homens "À
uma Ave-Maria a Orplieo, pam menos embaraçosa, Foi o Nesse momento lembro- outras por brí|á e contra- bos para demonstrar a mi- sordenada de letras desse nosso tem- José Veríssimo, áms de Ia France, remer.çf*
bém não achou ocasião paijá São Vicente e aparecia to- Pergunto qual dos seus li-
que os liiunfos aumentem dc que fiz. .i lhe que se conta em tom venção, Tive |te um due- nha ignorância. A raia ti" po. Tempo tí\o trágica- '
participar_mc a sua viagem! das as noites. Ora, saí dali vros que mais ",gosta.
Com v.igar eu te contarei no- hora para hora. Adeus. Os nos- de anedota a sua chegada Io fracassa dc/j nha sido danada. Mas fi-
— " Nenhum mente angustiado e tão ments et sympathie.
vídades a esse respeito e oa- sos' respeitos c saudades a tua Quando 0 táxi.me tlei- e não perdi tempo. Apro-
Osvald idte:
'p-adrade é.
quei calmo e disjse con- diz êle.
tragicamente rico.
xotíem frente à casa de veiiei a idéia do primo e ao Rio, naquela época} " " Embora minha predile-
excelente família o tu recebe um homem flfce faz bla- vmcèntèniente : Senhor , MAURICE BARRES"
tros.
urna dúzia de abraços do teu Osvald, o romancista apa- Hz um conto que a famt- com idéias e índumenjaria "porto em vá uara este último J. G. k
Peço-te o obséquio de me :?n-
, modernista. .. v'áues a wo^iÉ^-ik.^d^ professor, entrei no
receu-me metido num ro- lia muito apreciou\W"
«lagares quanto cusfa uma assi«. i Luis Guimarães Jr,.
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ií.k
.-..,-:ií/ :¦..y .^i''A,f,.\.' .*-* ?, -i' L"..V 1
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•jé^aSK'K:'-- 'i-t&Vf,':*%£$* - -***!.! ." ¦ ui_Í?5Í *¦
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LETRAS0ARTEh ffJHíMIlliGOt-l^.WS
.{réglww ***
¦'
r-f
_-r_r.xj.uBUIÇAO
,k ano em curso, para a
Mteraíura nacional, é,
inegavelmente, .uma dás mais
do
"Os Servõf da ÍVforte" tando a sobrinha de pouco»
meses e desaparecendo'. An-
gelo, em seu delírio, ouve
voz da mãe chamando-o
insistênciae saia vagai pelos
com
a
casti-
CÂNTICO NEG RO ce-nos que esse abuso foi pro-
positadb, pretendendo
isso o romancista baiano de.
fender a sua tese de que os
homens não
na
podem
ausência
com
viver
de
incisivo, de linguagem tranqüilos
alto D3us. E' uma das de-
ça — Dossuidor de um poucas
de caracterização, mar- ficiências que apontamos no
*
poder
cando as figuras que desfilam (FRAGMENTO) j>
Van Tieghcm, especialista em Nueríingcn cm Stuílgart, h dc também dos pobres e azedos fru-
¦•¦
literatura c;>nípârada, vem di- cida como romancista publica
"En tos que produzo. lizar um sistema '¦' do pensamento,
• de novo sohre o agora, um estudo critico setembro de Í795 e* é absolutamente necessária a
zer-nos alg» Aborrecido comigo mesmo
. p,,v^ -¦<*- "T w v-i!-sw. no Hvro Margc de Jules Lemaítrc".
*
• • com que tudo o que me cerca, Idéia da imortalidade. Da mesma
"Mtuwet. Thomme. et. Poeu-
de respeitável sr. Oon- acabei mergulhando numa com- forma, para um sistema de ação.
••'vre L '<¦'-¦¦ ¦ • ' •¦'¦' Um livro de sensação é o
¦¦-'¦''¦ "Us Hommes selheiro, que sô agora, e pleta abstração;.. procuro desen- : Creio por este meio ppder provar
.. .. *..*•• •"•.,' André Simonc PERDOE, de um até que pbnib ò!s céticos têm ra-
yólver em mim a idéia filosofia.
i
qui oht trálii ia Francc". de maneira tâp pouco bri- e até que ponto não,
I^afont; ~-
Aimé ""ovo'* certamento
lhante, eu lhe remeta a colabo- progresso infinito dá zão,
ftltum .-- di' '-os «m procuro demonstrar que ó ir;e- Sinto-me muitas vezes como
üm romancista da linhagem ração que o sr. tão generosamen- um .exilado; quando. me lembro
Bubstancicso estudo fsôbre Pau! espiritual de Charles Morgan: te me autorizou a lhe mandar. messivel processo a ser feito em
Va.c^, lüiü u.i.. caria prefacio cada' sistema, e que consiste na das horas que passamos juntos.
Marius Gront, com seu roman- A doença e o tédio me impe- sr., com sua generosidade, nem
do próprio Valery. ce: "Un homme perdu". diram de fazer o que eu própria- união do sujeito e do objeto num O 'ôn.
Absoluto, (EU, ou como p qUel- se irr":,va com o e despo-
mente desejava. es- lido espelho em que muitas ve-
André de Richard, um escrl- Talvez o sr. me permitirá do ram chamar), num Absoluto
Digno de discussão e comen- : zes, apesar de minha bôa'vontade,
tor estranho, ainda jovem, cora de enviar-lhe isto de outra vez. tético, intuitivo e ao m^smo tem-
certa semelhança com o nosso tarlos pelos novos "Kietzche",
pontos — ao me- teórico, r- só é possivelpor ei a impossível reconhecer a figu-
vista que sugere é 'o. Pertenço realmente^ po do Mestre que eu queria refle-
Lúcio Cardoso, lança mu novo -1;, ¦•'' res. nullíus —, ao sr. meio de uma aproximação infinl- ra
"Le dc 11 H especialista nos como tir. Oreio que só çs homens ra-
romance Mauvais" — o De forma, que © sr. pode dispor ta como a quadrãtura do efreu-
drama de uma adolescência ln- em estudos sociais. ros têm este privilegio de saber
feliz que nao pode escapar ao dar sem receber, e' de poder in-
seu destino. '•».;, "*; --• flamar até no gelo. Quanto a
mim, —- ai de mim! -- sinto a
Importante estudo biográfico
e critico sobre Mcrimé é este do
Marquês a A de Ltippé, intitu-
lado "Mcriiné*'. em que nos re-
POESIA PURA ; toda hora, que não sou um ho-
mem raro. Sinto-me duro e frio
l e mergulhado num horrível ln-
verno. Tão de ferro é o meu céu,
vela a vitU nonco eonltecida, São de psdra sou eu!
Toam desejarão a esplendida aventura E se deixe morrer ao seu deslumbramento, Em outubro, - provavelmente,
i publica e privada do autor úa sonho alimento ¦= do
"Carinen** — fjraade escritor e
De, uni dia, embora já sem forças, recolhê-la, Quem sabe nascerá para e vou procurar um emprego
homem de bem. De um mundo mais perfeito e compreemivol preceptor em Frankf'irt.
. * * Como um dom, um milagre diferente, Talvez seria um bom jeito de
lhe pedir desculpas por este par»
No terreno da pesquisa lite- íavrório que lhe estou escreven-
1 raria, Auguste Oupoy, também ânsias • ¦.' Não importa que eu seja, apenas, cinza* do, dizer-lhe que, de certo modo,
literatura comparada
mestre de "Elvire, Quem não indagará, decerto, em
apresenta inspiratrice — Onde a terei? em qne caminhos? cm que Não importa. Virei, se posivél, beijá-la, tomei por um dever, fazer-lhe
!J. [cstrèM Como uma prestação de contas de ml*
de Laroartinc", curioso tra- quem beija, a própria mãe, no rosfé,
• Vtajhn enhrw £«*« í»l»?her qUC ^3 PeáináoJhe perdão de machucá-la. nha vida. Mas mesmo dando es-
£í«. que horizonte Q*vlt «« divina distancia^ ta desculpa, eu não seria comple-
galeria da» hc-roása* ronianl!- Não imforia* Ouvirei, talvez a sua falat tamente sincero. Porque a ver-
ao lado de
cas poderia formar "Dama Ondef e procurará, sofregamenteK
Maria Duplessis, a das Como uma benção, como um Unitivo, dade é que meu único orgulho •
Com uma stde lerrivel, sua fonte meu único consolo é este úe po-
Camelias". Recordando a ilusão do meu sol posto )
* • « De infinita, de mágica frescura,. t_f de, sô mm vez, ter passado, ao de teve* der dirigir-me ao sr., e contar»
'.-.¦ Logo rieno's da morte do cri- lhe alguma coisa de mim. Sem-
Num acaso feíis, as mãos pelo seu rosto. pre,
*!co, Benjamin. Cremieu,. ree- J&SÍstíxA.MÜggUUi--t An»c»"« iiifvmP _ •_ •.ni: _amtrauvr
¦fj htlt >l «fl 'J ¦» S T% H Jlv,»í
n-
ditou se em if.rfris <» seu lom "Le Em que pais rmioio ou primitivot Hoelderlin".
ce tão pouco conhpculo de de Barrw)
Piemier de la Classe". ,, Não faz mal que éguém fique a l (Trad, Natftnftel
¦y\ '
/
'í.í -¦•.'
V*
LÉTTiAS È ÁU TES PéffVM 11
ÜOMlNGO, 22-9-1*46
Dois jovens muito "paulo- dificuldade inicial se tro. Não basta chamar a Bar-
chegar à inter- davia quase sempre é o critico rés de "camelo".
Virginizados". me parece intransponível meio dele,depôde algumas verdades que fala, o critico musical em
UMA ao tomar o livro do sr. pretação
de nucleares, comportadas artística. era todo primeiro plano — um crítico * *
Andrade Muricy, Caminho reproduzindo um
• _ George Sand, a vaca leitei - o processo da criação para quem, —» ÍSua eloqüência está para a
Música, para objeto desta no- O resultado da crítica moder- dos seus conceitos, a perfeição verdadeira eloqüência assim co-
ia da literatura. ta: a dificuldade de quem não a necessida- não é essa coisa fria, admira-
na não proscreveu mo Mirbeau para Mirabeau.
conhece a teoria musical, dc de da música para encaminhar vel e inútil mas aquilo que im- (Trad. de Brito Broca)
Balzac podia ser sido o úni- quem não é siquer um musico- o critico ao cerne desses proble- porta no controle da inteligêu-
eo que possuia o direito de es- mano. E todas as div?gações mas. Ao contrário, esta neces- cia, isto é, em se achar o espi-
que se seguem a essa dirteulda- da poesia, rito tão interessado nos proble- '
erever mal.
de só um fundamento encon- fiidadc, tal como a inscrita no mas se lhe oferecem quan- UM POLEMISTA
* * está firmemente que
tvam, já não digo diante dos programa dc todo o critico que to o aparelho sensorial. Mas
o crítico é um botânico. Eu leitores mas no meu próprio en- mer- quando ao crítico musical su- Acácio França, colaborador do
tender: é o sentimento literá-» tenha realmente em novista conheci- cede o analista literário ou o suplemento panamericauo de A
»ou um jardineiro. das gülhár seu espírito
o famoso, na
rio que transparece páginas mento exato da verdade e de artista preocupado com pro- MANHÃ, tornou-se
do sr. Andrade Muricy capaz, suas ramificações mais mislc- cesso e a finalidade da arte, os Bahia, pelas suas polemicai, na
Tudo é belo. E' preciso fa- por si só, de cnlciar qualquer riosas e fecundas. Esse o crité- elementos de expressão e os te- imprensa, principalmente pelas
fav de um porco, como de uma, espírito sensível à expressão rio em que se fundam as pági- mas vocacionais, o estilo e a ofensivas contra o atual deputa-
flor. das idéias. nas deste excelente livro dc cs- técnica, — o conhecimento con- que do Altamirando Requião, tam-
tf * * Acontece que o livro do sr» tetica — (estética, pura e sim- nos revela, formulado cm bém jornalista e escritor. Quan-
Andrade Muricy é, no seu con- como af fica, inten- ceitos e reflexões próprias, ca- do Requião atacou o pintor
Um homem escreveu uma uma obra de arte, de cri- plesmcntc, en- Presciliano Silva, Acácio Fran-
junto,
earta de amor a uma mulher que tica de arte, cheio de penetran- cionalmente escrito)—não das ohs- ractcristicamcnte pessoais,
contra poucos paralelos nos ça defendeu eom brilho este- úi-
não lhe responde. Procura a cau- tes idéias e de reflexões da tante o objeto particular
modernos tratados de estética timo. Defendeu, mais tarde,
sa do silêncio e encontra-a: es- mais alta importância sobre a pesquisas do sr. Andrade Mu- já escritos no Brasil. João Ribeiro também das crítj-
queceu de pôr o selo. ricy. cas de Requião e reuniu os arti--
; criação estética superior, no
* * dc suas manifestações Não custa ao leitor atingir a Ressalvado, é claro, o caráter gos dessas duas campanhas num 1 -
plano do problema da de alguns ca- livro.
O filho de Verlaine parece- plásticas e nà ordem do pensa- complexidade de improvisação
mento que a anima. criação artística e, afinal, escla- pitulos desse Caminho de Músi-
ise com Rimband. < de "entou- rcccv-sc a seu respeito, se se ca, tenho a convicção dc que
**'* Homem arredado
rages" c círculos literários e deixar conduzir pelos # métodos voltarei a ler, muitas vezes, por
dês- necessidade de estudo, de orien- ELSA E OS IMBECIS
Para que a obra prima che- votado à meditação, o autor de dc perquirição c dc análise
gue a ti, pelo menos faze-lhe A Nova Literatura Bmsileira se critico cheio de saúde espi- ração certa sobre determinados
se dedi- ritual, de compreensão humana assuntos dc comum predileção, Aragón, Elsa Triolct, a esposa de Louis
um sinal. vem, há muito tempo, hoje lão famosa quanto
"t * eando ao estudo dos problemas e de sensibilidade. Por todos e ainda, por prazer intelectual, o marido, exprimia todo o seu
Minha literatura: cartas a música, da arte, pref cientemente da esses onsaios surpreende-sc uma os notáveis ensaios que o sr. horror pela palestra dos imhe«*
que tem em-iquecído experiência considerável no es- Andrade Muricy acaba de nos CÍS«
mini mesmo que deixo os outros com o resultado de suas pesqiii- tudo e no sentimento da arte, em volume, tfrisaios — "ConversarítttsJAcom um tolo
lerem.¦•¦• ' " experiência feita de seriedade oferecer
-. ¦
sas. Acentue-sc a significação qúe, em última palavra, são — dizia ela —¦ é o mesmo quo
£¦¦#¦'« •¦•' do titulo deste novo trabalho interior e da qual participam uma franca* e. decisiva afirma- com um perneta".. . -.. »-
Todos os animais falam, ex-. "' «eu;
pelo caminho dá música o todos os dons de Jrjação do au- ( -"> passear
' ção dc. consciência estética»;
TÈtõ q papagaio ç^Tlat^i : b£-9 mH.irfutv> iviurícs rsaJíS?!,» -4OT.fr --~=í=——~^^Z
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k £ T Jí. /t S £ ^ tô T E X Pógiira, li
DOMINGO,. 22-S^I946
Jardeü ftiiim tt&rusunUuri-sat fa-
Ziembinski vlní... zendiv «si dbi^ filhos do velho
O transeunte acreditou' scí-mi- Cahat^ STmõflr-.CR' Pedro. Orlando
ENFIM pre no teatro c nunca G&X, xvzo' inácnsnmeie o cam-
"b<MH«o e domes-
no nosso teatro. Empossivei' di- ponês-, UrutOii
zer porque,' mas era coma uma tícor r ebeir.ando a teWa",-.como
dessas fatalidades» o teatr» bra- *v üUfirlrami» 0'Neill. fr. um» vo-
siieíro hão con^flsià nunca cffçüt* wníca»-inegável. Êsse ins-
acompanhar o ritmo 8c des?a- tiua). na. leartro observa-y tam-
volvimento das outras artes em bem, emttwra menos dèseavol-
que, graças a Deus» brilhamos. vido, tiiiiv Jbrdfel! Fillioi ,:
como podemos- Mas isto agora:
não interessa o que interessa &
que enfim Ziemhinskt veio e
velo o grupo doa Comediantes e
veio o bom teatro.
ZIEMBINSKI VEIO « •
Zicmrbi?islfei. esí'A suberfiia no
velho. Cabot. Passagens-, (tomo
aquela dat. grande' moi»4íefta' da
Miliriauaii rçmmdta» arranca do
HiindVy d* alma a» eonvicçao do
que: Deus não 4- nada fácil; esto
O nome de 0* Neüí^no car- Deus i qwc «stá m»a pedras, —
taz do Ginástico, tinha a força
de um convite. Vsmos assistir
ANTÔNIO CAO assumem; uma pujança d:..má-
"Desejo", versão brasileira de tica contagiosa, a inesquecível,
O^ velha'- vive neste momento, Io
Miroel Silveira, de "Dcsire un- absoluta^ drama» a> coração, da
der the Elms". O teatro de Eu- os lados a casa de Cabot. SI- <derar da fazenda. Eben rompe eem o- amor, comenta dcacnean-
com a amante, e esta, para de- lado: "Ninguém, mata nhv- peça. Níntai mais existir,, nada
gene G' Neill respira numa at- mão e Pedro odeiam a velho, exiatiu,.. nenv » fazenda» nem
mosfera dramática tão espessa», porque sua persistênica dc vi- monstrar seu amor, mofai o fi'- guem". Isto,, pmxMir- é outra his- Abbie- nen^ Ebcnv nen» mesmo
lho querido qne se erguera, co- íória. Vamos aos Comediantes».
que sua en-cnnção é uma tenr- ver lhes retarda o sonha da hc-
Ziembinslii è Sandro, Olga e Or- «r» demoniov. fi!c eslà. s«zinho.
tativa que fala sozinha sabre a rança da fazenda e ua pari ida mo um obstáculo ao amor. Sô coiw Dteus e' coma Deus. Tu-
'j.-o s "Dà: Esta a história. Sobre cia se landa Gu-y.
fò dos Convyir-n. para os caminhos de ouro da do. cm. redor è um> supra do
sejo"é uma cadência; dramática Califórnia. Eben o; odeia; por- poderia escrever muito, «obre- <J dirigente dos Comediantes Deus. & sua- preseaça que vive
que acon.ece à vida de alguns que êle lhe roubou; a. mãe. O /u:Io sobre o seu dtcaoMPfc» fl- demonslro uma. perfe.ta' noção nos; objetos;, nas pcssoa3, na
homens e uma mulher numa velho Cabot também odeia, tudo na-1; quando os dois amantes se' d'o^ "'role'*' de "metteur en; scè- terra e nos-, movimentas. Esto
rude fazenda da Nova Inglater- c vive incrustado nas pedras de entregam nas mãos da policia lis;'" amis» até aqui talvez não- mistério;, que- ninguém- entendo
ra por volta de 1850. Não sé sua fazenda construindo, uma à justiça de Deus, este Deus- tenhamos, conhecido euúe nós. e do qual: vive- a solitário» iro-
poderá dizer que é o romance solidão. Mas ás veze3 existe o que é o mesmo Deus de Efrain Zienibinslti, segundo.' a lição de pregnnrá deste momento; em di-
da ambição pela terra ou pela diabo. E num dia de primaveras Pitoeff, representa todos os: per- ante O' episódio inteira.. 0: pró-
amor, que é a história de uma o diabo entra no couro; da ve- «onagens, na- sentida de que pria dclegadr* de polícia1 o; pres-
paixão ou de um caráter. Por- lho e o velha sai numa-, charre- lhes infunde ái vida física, mo- sentirá,, quando no. final! lança
que tendo tudo isso, não é de te alucinada pelas estradas c de'a as iiia:;caras humanas que um olhar- de cobiça sobre a fá-
nada disso que tira- sua ex!s-
"Desejo" traz ao voltar uma n<iva mu- escolhe,, como. escolhe e BÍtimai zenda-. Elrra mesmos está domi-
tência. é na rcalidn- lher, ambiciosa» ardente e bela. as íu.onaçocs: da voz: e dos ges- nado rior êsfe sentimento, qnan-
de, apesar de sua sangrenta É Abbie Putman. k chegada da tos,, mas também, e sonreludo, do pronuncia a ultima palavra
construção, a deml.:rgi.'i üc i:m madrasta, Simão e Pedro to- sopra, nas: narinas de cada ator do último'ato £Ôbre a beleza da
episódio de amor. Uma dem.ur- mam seus sacoa de viagem e a atmosfera il« alma teatral madrugt!a na fazenda. Mhs a
gia amorosa que brota coma partem para a Califórnia. Es- que lhe cabe. Dar corpo a uni: madrugada não cxste,, <p% a fa-
um caetus nas paredes de pc- tes são homens sem maldição e sopro divino;, deve ser a tarefa zenda» também não. Só Deus
dra da casa de Efrain Cahot, no sem eleição e setis planos dc- de Zicmbinskii.. Numa; peça de- existe noi coração; dos solitá-
coração de Ahbie Pu.man e fio- correrão por certo com todo su- a de 0*Neill, a
miurg.ca como "metteur rios. ZiembinsUi, justamente
resce nas mãos de Eben. A coi- cesso. São homens do mundo demiurgia do en scè- como- Pitoeff é «ro ator Bi lin-
sa acontece assim: — O velho e do tempo, c o mundo e o- tem- ne" transporta o, espectador & guc. Os- raros e pequenos de-
Efrain Cahot tem três filhos e po conhecem seus filhos, e para plenitude dbi absoluto teatral, feiios de pronuncia enr dois ou
uma fazenda com uma ca:;a de eles todos os problemas se so: abrindo o porta de todos os ou- três tons d'e "e" aberto1 ou fc-
pedra. Os dois filhos mnis ve- lueionam honestamente, mes- tros absolutos e dando ao tca- chr.dO são; largamente comoen-
lhos, Simão e Pedro, são da pri- mo sc fôr preciso fazer algu~. tra- a concepção de Pitoeff —
meira mulher e nada de espe- ma trapaça. Porque a trapaça 111 Hk *4^-'-mf 1 moral, social e metafísica. Con-
saclos pc!o. sentido profundo
que o estrangeiro descobre em
ciai os marca. São homens de è a moral do mundo e do- tem- cepção que, bem. enteniud.o, não cada palavra div üíigua nova,
seu tempo e de scu meio, bovi- po. Quando Abbie Putman che~ bole iradi»! com Os valores pu- muito» mais rápida mente- que o
nos e doméslicos, apesar da ga c se apodera da casa, o j.o- ramente artísticos: do- teatro, nacional, afeito ao. '^isto- roti-
centelha de aventura pioneira vem Eben cresce era rancor e que sãa amorais;, associais e in- neiro- do- verbo1, ft: vcaimento
que ns atira aos eldorados da sede de vingança. É a_ usurpa- dependentes; da meta física. assombrosa a valorlzaç-âa da
Califórnia do século XIS. Nn- dnrn do lugar de sua mãe, é sua Ziembinski jcm-se a impressão de que palavra na boca,, nos olhos1, nas
temrjo os fcw^õri,s '-<-•'-~s inimiga. Ziembinslri; iiâo> esquece um
que1^ mãos,, no» corpa toda de Efrain
e domésticos podiam ser aven- Cabot, um "Deus Juro e snz;- inomonlo o1 caráter ¦didático- Cabot.
tureiros, como. hoje po_ei.i- :>u" , Mas o mesmo diabo que en- nha". Um Deus dificil* respon- poético' du> eucenaçân-'.
' trará no couro do velha Cabot» fiável por todas as coisas. Dos ai.ores, è- precisa lembrar Ê precisa; que todo a mundo
aviadores. incorporou-se também na chei- Mas não é nosso intuito fa- lambem; que raramente os tem que gosta; dc teatro vá ver os
O terceiro filho» Eben Cabot, rosa pele dc Abbie e envenenou comediantes, vá ver as primei-
provem do segundo matrimônio o coração de Eben. lar sobre 0* Neill e o sentido havida hons; na Brasili. João
ras flores do* grande teatro no
e sua mãe feneceu como uma de sua peça, que é uma réplica Caetano á uma história que os
talvez ao verso de Üscar Wilde nossos avós cantam e noscos Brasil;, este teatro- que hoje co-
flor pisada pelas botas do ve- Sobre a fogueira do ódio e da meçamos; a ter, porque cmfim
lho Cabot. Ebon, cr-rs r ç S--"i vingança ergue-se o clarão, do. na "Bailada do cárcere de Rea- avós? tinham! péssimo- gosto e
Ziembinski. ve*o-.....
à mãe no encargo dos scrviç.is amor, c a mulher trai o se» ma- ding;",, de que os homens ma- nós. não? e&taivainos; lá pára ver.
domdsiiicjs, tp.o.ideu ua u'L. o.- rido è o filho se apodera da tam sempre o objeto dD» amor.. Depois-, disso* nós. mais- ou> me- Sobre a cenário; dc Eras G<)n-
xa o'-o'adi'n:i de .«"eu ir. bn'!io. mulher do pai e com satânico Como o "fratelli a un tempo» nos- os; cauhecemas, e mesmo calvos; uma. palavra'. Cremos
o sofrimento da mãe» Está certo prazer, dos cornos de qne ailov- stesso Amore e Morte",, de Leo> quanda eram. bons atores fa- que. a solução dada peí> jovem
de que foi o pai que a matou» na a cabeça da velha constrói pardi. No primeiro ato,, quan>~ ziam- péssima teatro. pintor e eenartsta satisfaz, coi*-
eom a sua implacável áspero- a vingança da mãe e é descan- do ainda" não havia Abbie». 01rfa e Sand-co.- aparecem cm tamente. fi!"e preersuu- adaptai'
za. Seu jovem coração? se ali- sa de seu fantasma. Nasce um quando não havia amor, os IV grande estilo» numa força piás- a: figuração: de OWeilli ao ]ic-
menta desta amargura e se cm- filha, e o velha de diaba no lhas; que viviam no odio> fa— fcica a&« vezes assombrosa e cs- queno- palca dó! Ginástico' c com
briaga do desejo de vingança e couro a julga seut e faz- crer a Iam vagnmerte- em matar ai- pa Inundo, sfibue a* cousa» um issa- achoni uma fármulh» qne se
de ódio. O ódio, o grande pre- Eben que Abbie o concebe» por guem. Mas; Simão, como. um; sopro- dramática iíiEesistivcl e ajusta- bem Si marcação^ que o
cursor do amor, ronda de todos um frio calculisma nara se apo- eco-dc todos os que não canhe- nwtôntico-. José Orlando Guy e díiretor imprimiu. & peça.
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.r'TrSfc.
-mi ' S*-,'AÜBftS3-;; '™*
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:,r""^",- ¦¦'¦--
JAKOB WASSERMANN
como muitos outros que nuo tra- ~- «GoJovin y El Crimen .çam êsse poeta, cuja poesia fala
de partida
desses
do
pois
re.ee ter sido, de fato,' o ponto
romance
pastores
no mun-
pa- ecu para cantar os passarinnos,
o luar e os mal-me-qticres?
boêmio .
marães Passos, poeta e co. Em 3.» edição, indispensá. do. Um prefacio erudito e, pois, Ale. Silv.j
iiae-
Como se vc\ ao autor nao vel em qualquer biblioteca es- instrutivo," do tradutor, valori-
essam muito os brasileiros qu* os pecializada, êsse é um > livro A PROFESSORA HILDA — zou sobremodo o volume noti-
nem in-
foram úteis
políticos quc ajudaram
car o pais na situação
à pátria
a coio-
em que
que
corporado
se pode afirmar
definitivamente
moderno espirito jurídico bra-
esteja
ao
Lucio
Olyinpio,
Cardoso
1946.
— Livraria José ciado. Versão direta de Júan
Valera, prosador espanhol do
do romance
Romance
século XIX, autor
se encontra. Para Mc é na pura sileiro. Escrito - com clareza, os 0 sr. Lucio Cardoso é um dos "Pcpita Jimencz", cuja tradu-
boêmia... ,. ^oijo comentários expressos numa nossos romancistas mais fecun- ção brasileira existe por ai.
por essa os assuntos de- MRS. DALLOWAY —
Nunca tive simpatia
sol-
forma didática, dos. Mas essa fecundidade não — tradução
ííeraçáo passada, que vivia uma compostos com método, não cn- prejudica cm nada a qualidade. R, Fnsco Virgínia Wolf
tando trocadilho entre riquece apenas a nossa biblio- A cada novo livro do sr. Lucio de Mário Quintana — Li-
nada .ta- so. y^ . vraria do Globo, 1946 ——
empada e um chopp, grafia jurídica. Valoriza-a, Cardoso, surpreendemos um no-
*r OGS13.
V/VJ1W
des.
zendo de útil, avesso vivo bretudo quando sentimos nas vo passo para uma perfeição li- "¦
intelectual de Hoje, suas páginas, densas de objeti- terária que se aproxima cada . Houve no mundo í^arissimas
ta geração
exageradamente apegada a
cm- vidade c penetração critica, um vez mais, num sentido de -am- .mulheres geniais. Duas dela*
sas seríssimas, cornar dc quem natniral e vivo estilo literário. plitude e força, só comparável OSWALDINO MARQUES — nàscei-am na Inglaterra, e foram
-deseja resolver o problema do Primeiro livro de uma cole- % "Tragédia Burguesa" do sr. "Cantos de Walt Whifc. Emily Bronte e Virgínia Wolf.
entanto leio com "Código de Processo Pe- Otávio dc Faria. A — Introdução de E' justamente desta que acalia
mundo. No ção. t man"
de Nuy-- nal", dc Ari Franco, poderá in- Annibal M. Machado ., —• de sair, pela primeira vez em
prazer algumas páginas
mundo de Menezes em que
ele dicar os livros futuros. E os No drama dessa professora Livraria José Olymplo língua portuguesa, um doa seus
dá vida nova ao anedotano .dos futuros autores. Contam.sc, efe- do interior que sofria uma ter: Editora — 1946 .—• romances mais famosos que enri-
Paula Wei c dos Emilio de Me-, tivamente, já programados, rivel mania de perseguição, e qüece poderosamente o movi-
nezes. obras de utilidade indiscutível vivia mergulhada em uni mun- dswaldino Marques se firmou mehto editorial deste ano.
Pena, entretanto, é que o au- que, contribuindo para solução do dolorosamente solitário — como um dos melhores traduto- Em "Mrs. Dalloway", sem fa.
tor — que tem jeito para a.coi- do certos problemas, não dei- na curta e densa história de res da* poesia de língua inglesa vor"uma obra prima*de roman-
inteligência —• danação, o sr. Luçio Car-. Há muito nos ce, o leitor brasileiro poderá ter
sa e bastante xam de auxiliar os estudiosos uma entre nós. que
teime cm ficar no terreno da ha interpretação das leis. Es- doso nos apresenta uma das habituamos a vê-lo nos suplemcu- idéia do mundo maravilhoso é
anedota e da piada. Rinal esses
pecialjzados quase todos, os li- melhores coisas quc já escre- tos literários se esforçando para inquietante que se abrigou uafi
homens deviam ter feito mais. vros divergem no conteúdo. Al- veu. É um tivro bem escrito, tornar acessíveis a grande nu- páginas
"The Waves". Com
escritas pela autora de
disso. Pen- varrido uma agreste mero de leitores os versos de um estilo
alguma coisa além guns, de tese ou de fundo teó- por poesia
o de feérico e cintilante como ura
so que Raymundo de Menezes rico; outros, técnicos,' de fundo c desolada, que tem poder oun Edgard Lee Masters, dé um
— em algum, livro prender a atenção do leitor até T. S. . Elliot, de um Longston diamante ao sol,' ela descrer*
bem poderia
— ou- prático. Todos porém necessá- de uma crise Weldcn um dia — marcado pelas bado*
próximo focalizar uma rios k consulta imediata. o desenlacc que Hughes, de um James
tra figura do nosso passado e "Coleção talvez não interesse a todas as Johnson. Agora êle nos dá a ladàs do Big-Ben..Ê neste ali
Com a Jacinto", pois,
aos seus inumeráveis' a pessoas, mas nem por isso dei- tradução de alguns poemas de está Clarissa Dalloway, prepa*
mostrar a Editora A Noite se propõe rando uma festa, Os leitorc»
leitores uma vida .que fosse. entregar ao leitor de língua xa dc existir: o da falta de fé, Withmon — os mais conhecidos ' ?
eles um exemplo digno de com oportunidade, da limitação de certas almas — da lírica do poeta que Ha possivelmente estranharão
para portuguesa, matéria deste romance, que ie.
ser imitado. Porque — cmnn os melhores livros jurídicos. que substituíram o egoísmo pe- setts versos à si próprio ao ar
escrevi — talento não lhe falta. la esperança, e o sofrimento ia- livre, entre as árvores, os astros vanta uma série de quadros, si«
Nem jeito. fecundo pela oferta de si mes- e oa rios. Além dos versos OswaJL tuaçõès e detalhes que não pe»
tencem a© trivial romaàesc'».
ALC. SILV, Ensaio mo.
É, finalmente, o drama da au-
sência de Deus até a hora últi-
tlino Marques aiudá presenteia
seus leitores com
e noticia biográfica do poeta
um prefácio Entretanto,
de a grande
justamente
lição woolfiana:
ai resl
ii*
Conto 1—
ma. E este tema nada tem de
precioso ou invulgar: pertence
norte-americano. Áonihal
chado se encarrega
ves de enriquecer 0 livro còm
por
Ma»
sua
ra ela, o material
empregado na confecção de unu
novela não tinha a importâncii
usualmente
-•¦¦'tí*--x^-tí<:í-%
s
¦v^isii--'"''¦¦¦:'
--'"' ..VI 4
"/
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CLASSIFICADO 0 CONTO 00 SR. ADALARBÔ CUNHA - SOVAS RECOMENDAÇÕES AOS CONCORRENTES C0«-^w<«Â
autor: "O personagem é ficti- cado. Veja se faz melhor. Me- b) Termhiudo o mês, %.uberá
extraordinário, além de toda fixncutativa q nume- cio, mas o fato, é verdadeiro'*. nos banal do que êsle ultimo. ao leitor desse dia — por meio
ro de originais que vimos recebendo para o nosso eoncur- Verdadeira, mas o senhor não J. C. DA ROCHA SOBRINHO de votor enviado num coupon
so dc contos. De tal forma que, st continuar a crescer a
CONTINUA soube transforma-lo num bom — Tem qualidades,
"Cheque"
redige estampado êm A MANHA —
onda de concorrentes, seremos obrigado» a restringir as nossas conto. Desclassificada. bem. Mas o não es- qual o melhor dos contos pu—
aos mesmos, na "Correspondência". Já não suo mais tá em condições de ser clássi- bjiçadòs. Os votos serão rece—
respostas ARC1UNO TAVARES — Em-
quarenta, c sim cinqüenta ou sessenta concorrentes a demandarem bora não redigindo mal, não ficado. bidns até o fim do mês prárt-
semanalmente. Desejaríamos
um julgamento, "Desclassificado", limítir-nos a sim- chegou a fazer contos em con- H. M. D. — Rio — O conto mo, quando se procederá à
ou "Classificado"; inas se no "A Historia de meu filho" foi apuração, sendo o resultado
pies indicações: dições de 3er classificado. Foi
último caso bastará isso; no primeiro, bem sabemos o efeito que "O desclassificado. publicado no número imediato
'porém,, o qne acontece com "O Poder e cabendo ao vencedor além da
tal secura pode produzir. Dentro em pouco, não veremos de uma canção" e Navio O COUPON PARA A VOTAÇÃO
outra solução para atender o numero assoberbante de concorreu- POPULAR importância de 300 cruzeiros,
que Deus lhe deu". com qne já fora contemplado,
tes Convém acentuar que o critério de seleção ainda não está LUCAS. ALVIM — Petropoüs Continuamos hoje a publica-
rigorosa como desejávamos. Dissemos c repetimos, destinar-se o Terrivelmente melodrama- mais a prêmio de ROO cruzei—
ção do conpon do concurso na ros.
concurso, dc preferencia, aos escritores novos e inéditos. Tal.eir- tico "Uma Cruz na Estrada". 3.s pagina da 1.a secção da c) O concurso será franquea—
eunst-meja não nos levará, entretanto, a admitirmos quem não irios- Desclassificado. Tente outro. "MANHÃ". Como já declara-
tre vocação de escritor, não revele mérito literário. E a simples PAIS GUIMA- do a todos os escritores brash-
ERNESTO mos. deve ele ser remetido, de- leiros. sem exceção. Fazemos,
facilidade de escrever, de redigir não basta para ser escritor e mui- RÃES — Nâo contem"A lolicei, pois de. preenchido — para entretanto um apelo aos no-
to. menos para fazer-se um conto. Passam.nos, constantemente, mus muito vulgar Ultima A MANHÃ — praça Mduá, 7,
"Grande Concurso de Contos ' vos ou ainda inéditos para se
pelas mãos, páginas bem escritas, sem erros, sem tolices, em boa Façanha". Desclassificado. valerem desta oportunidade de
sintaxe nas quais, apesar de tudo não encontramos nenhum mé- CARLOS ALCEU JUNQUEIRA, de "Letras * Artes". ¦-¦ Cou- porem A prova suas aptidões,
rito literário. Insistamos pois, no nosso apelo: queremos escrito- São Paulo — Agradecemos as , pon. já que um dos principais obie-
res: que estes não se receiem em cnviar.nos suas produções; dêlcs Neste, o leitor assinala o
palavras de estimulo. O limi- tivos do concurso è contribuir
depende a elevação do nivel do concurso. Não se imasinc, tam- te não pôde ser nltrupttssado. melhor conto, dos contempla- para estimulo das vocações li-
bém. que a seção "Correspondência" lem a feição de Um trbunal Os que,' porém, o desobedece- dos, publicado pelo suplemen- ter árias.
ou de uma banca examinadora, onde vamos distribuindo puxões de rem serão considerados ou nao, to durante o mês. d) Os originais nâo deverão
orelha. O caráter até certo ponto educativo que procuramos dar de acordo com nm critério Hâ um prazo de i mês para exceder de três páginas e meio
ao certame, levou-nos a atender dessa feriria os concorrentes, fa- particular. O concurso é per- a remessa desse conpon. (tipo almaço) dactilografados,
zemlo observações e sugestões d-? possível utilidade para os prin. manente, não havendo, por lan- Desta forma, o premiado do eom dois espaços, ou seis pági-
cipíantes, us plumitívos. Certamente, os que já demonstrarem to, prazo — para n entrega de mês pelo concurso popular sâ nas em manuscrito com a con—
qualidades suficientes-, escaparão a tais admiüfculos; Qi:::nLo aos originais e nem limitação de será proclamado no fim do dição ds ser a letra perfeita-
desclassificados, desculpam- a nossa franqueza. Não pode ser de numeros para os concorreu- mês seguinte. O prêmio esta- mente legível.
outra maneira, meus amigos. Recebemos muitas cartas cheias de tes. belecido corresponde à impor- e) Oi autores poderão usar
JOÃO CA LISTO LOBO — tância de 500 cruzeiros sem
esperanças verdadeiramente enternecedoras e sentimos ter dc der- contrtr os 300 cruzeiros pagos
de pseudônimo, revelando,, po-
rubar alguns castelos. Mas. a literatura não é um j-;go de xadrez Seu conlo revela qualidades. rêm confidencialmente, o no—
Continue. Não chegou, porem, na o ¦ nsião em qne o conto foi me, coò* a indicação de ser oü
nem uma simples recreação: é algo de mais sério, de muito mais classificado pela comissão jul-
sério. A b:nevol.Ancia excessiva será duplamente condenável num a ser classificado. não pnbli"ado o mesmo, «
ORLANDO BASTOS — Suo gadora. classificado ou premiado o con-
país como o Braril, onde prevalece um critério frouxo e de pouca Pniilo. Sen conto esta nas mes- O PAGAMENTO DOS CONTOS to. Os originais nâo serão'de-
responsabilidade no julgamento das coisas literárias.
mas condições do do concor- CONTEMPLADOS volvidos-
rente acima. Bem escrito, mas O pagamento dos contos con- f) Toda corresjwndência re-
um tanto banal. Procure fazer templados no concurso è efe- lativa ao concurso deverá en-
CORRESPONDÊNCIA melhor.
OSÓRIO — Rio — Aconse-
tuudo dos sábados e âs segnn-
dns-feirns na Caixa de
"i dereçar-se à R"darão da A MA-
Nffà trazendo a indicação
"GRANDE CONCURSO
WILSON DCS SANTOS RO- MANOEL CORDOUM — lhamos a ler os grandes con- Noite". Para melhor orienta- "LEIRAS h AH-
DE
CHÁ — HIO — Não è própria- Juiz de Fora — O limite que tistas, Só então poderá com- ção poderãa erJ intercuMdas CONTOS DE
mente nm conto, e sim uma imptiscmos resulta da circuns- preender o que se deseja- como procurar na portaria de A MA- TES". Será mantida uma seção
conlo. Por ora, desclassifica- NHÃ 5." rtiidor do Edifício de no Suplemento Li-
rcdayio, uma composição. Da- taucia de cscaisez de espaço- do, "A Noite", o sr. Rodolfo Fct- permanente terario destinada à referida
da, porem a idade do autor — Os conlos muito longos iriam CLARUS TARAMIS — Bem reira, que prestará todos os es- correspondência. Ninguém fi-
quinzi anos apenas — pode- parte do suple-
ocupar grande "Pega!
fraco o
"Passageiro de Segnn- elarecimentos necessários. cura sem uma resposta.
se esperar coisa melhor. Redi- mento. Este Pega la- da". Desclassificado. aos contemplados A Comissão julgadora é cons-
gc com facilidade, mas num drão" desclassificado. - Quanto
RICARDO BARBATANA dos Estados, A MANHÃ provi- titnida petos seguintes escrito-
tom ainda bastante convencia- AÜLETE FARIA — Rio — Nas mesmas condições do an- denciará a remessa da imvor- res: — Adonias Filho, Lúcio
nal. Por óra desclassificado. Piero Deliu a sua "Espera fe- terior. tância diretamente ao destina- Cardoso, Marques Rebelo. Ma-
ALCIONE DE VASCONCELOS lis". Desclassificado. SÉRGIO — Classificado. tário, ou à aaência da Emprê- nncl Bandeira e Brito Broca,
— A autora p~diu-nos para no DEMOSTHENES GONZELES Aguarde publicação sa *it Noite", caso exista na que será o secretário do Con-
cuso de classificação entretjnr- — "A Valsa" desclassificado- NABOR FERNANDES — Rio localidade. curso.
nos a importância a qne ela te- B. NOGUEIRA — "O Cana- Muito cheio ds lugares co- AS BASES DO CONCURSO AVISO AOS CONCORRENTES
ria direito á União das Opera- rio", qne o autor denomina de nvms o "Poder da Inocência". Repelimos, a seguir as bases Pedimos aos concorrentes
rias de Jesus- I^ouvamoe o seu conlo exqnisito, não è ião ex- Desclassificado. do concurso: anunciar sempre o nome e o
gesto de caridade, mas para qnisito assim, mas foi desci as- GEORGES WILHEIM — São a) O concurso ietá caráter
gne a União fosse beneficia- — Pressente-se no autor se- pseudônimo no próprio origi-^
sificado. Paulo permanente^ devendo ioda ilus- nal do conto a fim de facilitar
da seria preciso qne o conto
SERAFIM FERREIRA "che-DA de "Um caso muito atoa" ten- mana ser publicado, com o nosso trabalho.
fosse melhor. ROSA — Rio — Muito, "His- dencias literárias. Deve conli- tração, um conto escolhido pe-
nuar. O conto, porém,> nâo po- Ia Comissão Julgadora, entre O CONTO CLASSIFICADO
LUÍS EDMUNDO SODRfi — vrotante" também a sua de ser classificado. os recebidos nesse espaço de Foi classificado esta semana
Agradecemos os cumprimentos. ¦toritt dum poema". Desclassifi- conto "Culpado*, do sr.
LUÍS TOLEDO MACHADO — tempo, conferindo-se ao autor o
O conto "Obsessão" lembra, cada. "O Balisa" não está mau, em- d importância de 300 cruzei- ArtãTárdè Cunha, hoje publt-
porem, agudos de tenor subnr- IV. A. CORDEIRO — Rio — cado.
bano. Desclassificado. Sobre o conto "O Anel" diz o bora não chegue a ser classifi- ros;
' —-Mas isso não se faz.
(Conclusão da 5." pá„ina)
tacto para o bolso.
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O senhor não ia fu>
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GREGORIO DE MATOS
(1633-1696)
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