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Rio, Domingo,. 22-9-1946


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-— este justificava a famosa


NOVA biografia us frase de um papa: "Non An»
Shelley, por Èdmund
Blunden, íjli, sed angeli". Mas teria
que me sido um anjo do mal! Então,
mandaram da Inglaterra,
salvaram-lhe o nome, ligan-
sugere uma meditação sobre
do-o por meio de um peque*
a conjunção copúlativa "é".
"Quando nos faltam con- níssimo "e" a um título aris-
tocrático, indiscutido — e o
ceitos", diz Goethe,, "ocorre-
binômio "Byron e Shelley"
nos üm.termo". Ora, aquele
estava pronto. . *
é um termo freqüente da Na verdade as relações
historiografia literária e uma
entre Byron e Shelley, os
fonte de confusões. No bi-
dois exilados na Itália, só
nômio "Corneille e Racine", foram dè natureza pessoal e
o "e" ainda pode passar,
tratando-se de dois poetas por assim dizer geográfica.
Não há relações entre a poe-
tão diferentes que nem á sia do primeiro e a do outro,
mania das comparações na Byron foi classicista, pessi-
escola chega a confundi-los.
mista c libertino aristocráti-
Meio ridículo é o "Ariosto e cò; Shelley é romântico, oti-
,Tasso" de críticos riâo-ita- jVVsta e libertador democrá-
lianos que não leram nem o
tico. Aquele "e", em vez de
primeiro nem o outro, prati- salvá-lo, só podia prejudicar
cando-se a mesma coisa com a'a,;%-:V,-;;-
compreensão dá sua poe-
os indefesos»' •'Esquilo a Sn,1.
focles". Perigoso é, moder- . ;Devemos àquele,"e" a va-
namente, o binômio "Proüst . lorização tardia' de Keats,
e -Joyce!\ misturando dois
cujo nome estava ligado aos
estilos, duas épocas, dois
dois outros esmo o de um
mundos diferentes. Nietzs-
che devia protestar pública- pobre parente. Reconheceu-
do o anacrojnismo do estilo
mente contra a absurda
de ByrOn, admirador de Po-
combinação "Goethe è Schil-
pe, os críticos aprenderam a
ler" que, baseando-se nas "classicis-
apreciar melhor o
relações pessoais dos dois
mo autenticamente grego" de
poetas, substituiu na memó- Keats, cuja estrela subiu até
ria da nação a poesia clássi-
alturas shakespearianas. E
ca de Goethe pela eloquên-
mais uma vez foi Shelley o
cia classicista de Schiller,
prejudicado. Pois aquele
sacrificando a literatura ao "grego" Keats foi na verda-
gosto dos professores. Gaso de também um romântico,
de conseqüências algo seme-
mas com a capacidade de se
lhantes é "Byron e Shelley".
"Byron e Shelley" — a disciplinar, criando então
. uma poesia de equilíbrio
expressão binaria transfor-
clássico-romântico, assim co-
ma em fato literário as rela-
mo é a de Baudclairc — em
ções de dois amigos, na ítá- suma
. lia em exílio voluntário; REMBRANDT—Auto-ret*ato — Mweu de Viena
com ar de condescendência "A thing of beauty is a
acrescentaram o nome de joy
for ever".
terceiro "italiano", de Keats,
II
SHEL y
o pobre tísico que morreu O romântico Shelley não
moço naquela mesma terra. possuia porém aquela disci-
A combinação implica quase plina, e por isso é que cor
fatalmente um julgamento meçaram a negar à sua poe-
sia a qualidade de um "joy
? ? ?
crítico: Byron seria grande;
Shelley, algo menor; e Keats, for ever". A poesia de Shel-
coitado, "também" é lem- ley— poesia de sonhos mu-
brado. Acontece que os eu- OTTO MARIA CARPEAUX sicais — é romantismo cm
ropeus continentais mantêm sentido germânico. A ideo-
esse conceito até hoje, não 0- logia revolucionária de Shel-
conhecimento da rulho com que professava rece o momento supremo da cos a sua vida; e homens aos ley é romantismo em sentido
tomando "dos
inversão valores, reali- convicções ateitas e republi- sua poesia a sua morte nas quais motivos poéticos ficam francos. Em todo caso, êle
canas, raptou uma mocinha vogas do golfo de Livorno. incompreensíveis, deviam tornou-se intensamente an-
zada na Inglaterra. Lá,
de 16 anos, Harriet West* Shelley confundira a vida considerá-lo como egoísta tipátíco aos anti-românicos
Keats está acima das dis-
cussões, considerado como brook; após a tentativa in- com a poesia. Depois con- antipático, senão como lou- do século XX. Assim como
feliz de uma cruzada para fundiram-lhe a poesia com a co. Maurras investiu contra
valor shakespeariauo; Byron
converter ao ateismo os ir= vida. A Inglaterra victoria- Basta porém folhear a an- Hugo, assim e pelos mesmos
já não é lido. E o inquieto tologia divulgadíssima de
Shelley, ligado a eles por um landeses católicos, abando- na perdoou antes a Byron, motivos investiram os neo-
Palgrave, obra da época vie- norte-americe -
frágil "é", continua uma vi- nou mulher e filhos, fugindo apesar das atitudes de de- humanistas
eom Mary Godwin, cuja ir- safio deliberado, dó que a toriana, para saber que a nos contra Shelley: acharr.n
da póstuma, agitadíssima, "Anglus, rr.d
Shelley que teria destruido magia verbal de Shelley, que que êle fora
quase tão agitada como a sua mã Fanny se suicidou por
d o maior músico da pala-
. breve existência terrestre. amor pelo jovem poeta; de- os outros e a si mesmo por non angelus", senão üm «-.oí
O adolescente, belo como pois de se ter consumado irresponsabilidade morai. E vra entre os poetas ingleses j anjos revoltados. "Qiíoín
outro suicídio, o de Harriet, os burgueses de 1850 tinham venceu as antipatias. O ho- <>osta de Milton", disse P.E.
um anjo, atraiu todos que o
encontraram no canúnho, e Shelley foi para a Itália, res- instintivamente razão: By- mem Shelley não fora um More, "não será cape:-: cio
ron foi grande aristocrata, e inglês ao gosto daqueles in- gostar de Shelley", sem im.:-
destruiu-os todos, como se pírar o ar clássico e pagão,
fosse um anjo do mal. Ex- adorar belas italianas, viver o que temos nós outros com gleses. Mas o criador de ginar que pouco ina-ií» tarde
os "spleens" desses Lords? versos como — o sucessor mais radical do
pulso da Universidade de em sonhos de libertação da
Oxford por motivo do ba- humanidade e em irrespon- Mas Shelley foi um filho "O-World! O Life! O Time! Tieo-humanismo iria conde-
"gentry",
sabilidade completa, escre- perdido da já li- nar o herético Milton e o
vendo a tragédia lírica "Pro- gada a classe média- A poe- On whose last steps I climb, revolucionário Sliéfl£y ao
Este suplemento não métheus Ünbound", enorme sia de Byron fora a expres- írembling ai íhat where I mesmo tempo. Gpn) c.'oit'>,
rapsódia luciférica. Tudo são de sua posição social. had stood before; T. S. Eliot che;ou a- duvi-
When v.'il return the glory
pode ser vendido na sua poesia foi inspiração Mas Shelley, destinado a le-
var uma existência razoável, oí your prime?
dar até da intefeõniiíit dp
criador ' do "3 'rc vi *úv:v ; X b\-
vital; tudo na sua vida foi
separacftimefíte ; : : ifusão poética, e quase' pf- mãnlwu cm motivos poétl- No more - 0 bíysr more!" 'Cxuv.i :-\ 1.'' i>0<)

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JORGE DE UMA
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Ciro tios Anjos o conságrauo iüii«ancját» «a NTRE tücfos os criíieos *wr f *!****'*'-* *—*- -** -*--1
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.i.j^'>.<^?_3SSBfiÉfiíi: UUti c 0 UJ iQZuiiiititiw US *#*•*¦¦ *•**#- p- ^ r,
„-x£•••*
"Amanuciise Bclmiro" e "Abdias" e on» das «o- de Moine de Btrarv dos os sistemas agnósticos mesmo segundo uma razão
laberadores d&
"Letras e Artes'* acaba de ser no.
um dedicou o melhor surgidos no decorrer do ortíficial e de convenção^ vi-
"A fjíbso- vemos dentro de uma Hu-
»!•--**¦•. ¦ ¦ • •*—¦"'•'.•.'•^SaiHí meado pára o alto cargo de diretor do JPASEL efe sua existência a estucCd- século dezenove;,
»;¦;•>•••;, '•''*•'•'''*%*'%Hl___|
•x ••'.".*• vX'.->>^.*Jp_b{Í Escolha muito justa, porquanto Ciro do* Anjos, fo: e êste foi o "Docteur és fia do refativo tucfo falseou, são perpetue, É* elevando-
a par dc seus grandes méritos de escritor, sem- tudo sofisticou: é tempo de nos paro Deus, procurando
|JfB W^&m pre revelou qualidades invulgares para
atividade tettres et en théofogie'* —
tibertor-nos de certos planos
À. De La VaHette-MonbrurL restabelecer a verdade ab*
administrativa em várias fnnções que nesse ter-
O sétt *Essai de biographíe soluto em seus. direitos". A. a;' 'os da dialética leigo que
reno vem exercendo. „. -
hístorique et psychologique esto á-"fuo torefo, M. dè podemos alcançar as coisos
¥x<::*:. \.xo-.:"»»»»!?'-»
5J.V.V.;.*.- ¦ AffiwMMK -fflfy-^aaas B isso quer dizer, além de tudo* gue o cria- como são realmente. Foi
%'.•'.•' .':. â_^^___< dor do "Amanuense Bclmiro'» ficara definitiva- Snr. M. efe Biran" é das Biran consagrou a maior
mente no Rio de Janeiro. coisas mais minuciosas e parte de suo existência. por uma seqüência contínua
honestas que conheça, Gon- Cristão de noscenço, foi-lhe de progressos simultâneos
â GRANDE FEIRA DO UYRO" servo desde os tempos da necessário móis de trintai da ciência e no rerigião que
De uns meses paía cá que as liquidações *;?*É?ÊÊZ última guerra a seu* "Moine anos poro encontrar os trtu- Maine de Biran-, reunindo
dizer
fô livrarias da rua São José. Agora, entretanto, pode.se tos de suo linhagem perdi- com justo visão, fé e psico-
que esse movimento culminou com *'WffU*mi*&u** de Biran, critique et dtscipíe
ra do Livro, cm que aparece o maior numero coro de <*™J**» Jg
de Pascal" anotado: e fei dos no escuridão do ateismo fogia, consegue • construir
mmlioaae; brasileiras e estrangeiras, vendidas o «omiderâ- uma filosofia- transcenden-
A Feira deriva, porém de °nia_fau- êste um tivro que me acont- dos fins dO século dezoito ?
' vel desconto de 50 por cento. secretario da bdu- Podemos mesmo dizer que te, sem o excessivo" drama
ciaJva oficial. Foi o sr. Fioravanti di Plero, criou panhou durante a convales-
cação e Cultura do Distrito Federal quem a pela wsotacao êle nos atinge mais na ai- literário dè Blaiss Pascol.
ao cença de grave moféstia em?
n° 4-í de 11 de agosto último, visando facultar essa vantagem muito ma que Descartes, pois que Tal filosofia desdenhando
publico a partir do mes de setembro. Empreendimento 1918. Volíette Monbrtin
" justo e digno dc aplausos consentaneo com a orientação do gene.
ainda não satisfeito deste no autor do "Discurso sobre todas as limitações dos sen-
ra! Gaspar Dutra, presidente da República, empenhado em me- "o dúvida não tidos ou das paixões,, em
lhorar as condieõees de vida dos brasileiros em_ todos os setores. culto exaustivo à memória o método"
O interessante é que com a Feira, outras livrarias da mesma
do filósofo, mstitue uma So** era senão um processo de que se entEelaçoram o sen-
rua, que já vinham liquidando, fizeram novas remarcaçoes com sualisma e Iodos os sistemas
ciedade biraniona dè que raciocínio", enquanto no
abatimentos mais sensíveis ainda. "Journoí intime", que dele se aproximam,
"AS ALIANÇAS" foi presidente de honro — autor do
encarando apenas as coisa* montem energicamente
Henrt Bergson.
! Já se acha no prelo, devendo ser lançado no próximo demêsLedo de do místico, esto dvwda é com os direitos do razão hu-
I outubro, pela Livraria Agir Editora, o romance dc estréia Reteio com crescente mono aderida a seu objeto
Ivo, o poeta de
"As imaginações" e "Ode e Elegia "Journal muito mais perigosa. Mai-
Trata-se dc ura romance que, embora presidido pelas ünftas amor o intime*': e ne de Biran, como tem cb* próprio, os dirertos desta
"ra2ão superior,
mestras que caracterizam êsse gênero literário, se afasta singular- quero hoje transcrever afgu~ servacío Augusto INticoFas no que plana
mente dos tipos que ora imperam entre nós, sitnando-se elaramen. mas idéias de Monbrun o sobre tòâah as coisas deste
te dentro do romanesco s--m se inclinar para a observação sócio- dizer de Vallette-Monbrun,
lógica. respeito de seu biografado. partiu da meto em que che- mundo" e liga o mundo fe-
domo o titulo indica, é a bistória de um casamento, o exame Com isto satisfaço melhor o nomenal^ ao mundo noume-
de dois temperamentos diferentes unidos prlos laços matrimoniais. gou Jouff roif e por uma dis-
Utilizando «ma técnica, que varia desde o monólogo
'"tt-nor curiosidade de uma de mi» posição inversa; atingiu o
nal,. o tempo o eternidade.
até à narração direta do3 acontecimentos, e asando simultânea- nhas leitorcà que, havendo Moine de Biran levou a
mente dois planos — o do tvmpo presente e— o da recuperação uo ponto dè onde êste houvsra
tempo perdido, por intermédio da memória Lcao Ivo joga com lido um de meus úítimos ar- partido. Deste beco escuro,
vida fazendo psicologia,
vários elementos de técnica que dão um cunho bem sugestivo tigos sobre Maine de B1» que no opinião de seu pre- que ê o filosofia dos ho-
ao seu romance de estréia. ron me soíicito novos escla*- mens interiores. Podèr-se-
Com "As alianças" "A — obra que abrirá caminho pai-* a pu- faciadór ero o ceticismo de
blicação de dois outros, travessia" e "0 patamar'* — Ledo Ivo reci mentos a respeito deste Bayle e o sensualismo de ro dizer que êle se confinou
filia.se ao "realismo feérico" qae caracleriza certos romancis- metafísico de quem Rever- em um só tivro, o livro fnti-
; tns que não desnresam o artifício e a magia verbal, como Virgínia Cqbanis, seu esp£r?to, ospt- "co-
; Woolf e Jean Giraudoux. Cotfard dizia: "E* o mestre rondo ò verdadeiro vrdb, cli- mo de suo alma, mas,
de todos nós". rigiu-se poro uma luz mais mo cado homem traz em si
Como julgávamos a lífo* Duas grandes lições de» o\ta que nem todo gente o formo da humana condi-'
A 8V1ANHÃ ratura norfeamerfeana preendem-se da Ibnaa e do-
terosa odisséia de AAaFne de
consegue divisor por entre o
cerração pesada1 dó mundo,
ção", confessa ndo-se, êste
novo Montaigne fez uma
Eis como um dos nossos escri- "o rerno dè Deus não obro dè importância uni ver-
Biran em sua procuro do pois
Rio de Janeiro tores julgava a literatura norte-
ainerieaha numa"O crônica publica- verdade. Â primeira è .do se dó, no dizer do próprio sal, que, como os "Ensaios",
Direi or: Ernoni Reis aa na revista Mundo Litera-
"Eu diria qoe máxima importâncio: o Biran, se o caminho do as- jornais perecerá.
rio", em 1922: Saboreondb-se os profun-
SUPLEMENTO DOMINICAL a literatura norte-anerif-ma é ci- condenação da filosofia ra~ cencão não lhe está prepa-
LETRAS E ARTES nemática, o que significa que rodo'*. Havendo gasto o das análises que o profundo
cionalista que se mostrou ò
Orientação de:
ela segue os temas e processos
das fitas cinematográficas, sem- íuz dos próprias experiêr> melhor de sua vidb, dispon- psicólogo de suo próprio ai-
pre moldados no mesmo assunto, cias, inteiramente incapaz do-se 00 acesso desta luz ma nos deixou, todo espíri-
Jorge Lacerda variando apenas os personagens^. to refletida é fevado o pen-^
Não podia haver generalização dè satisfazer as exigências divina — Maine de Biran
SEÇÕES A CARGO DE: AL. sar que o vácua que mora
,Hú ...i SAÍ.. ... íii t\ — -» mais infeliz. Realmente, sempre da alma humana. Se a cr1'- conseguiu compreender que
COSTA, BRITO BROCA, houve e*-r>a literatura nos Esta- o religião resolve sozinha os no fundo dè nós todos, e
dos Unidos, mas considerá-la ft tica moderna fez por muito
DJALMA VIANA. PERNAN-
literatura norte-americana não problemas da filosofia. Sem
de que recuma em certas
DO, LEME, JOÃO CONDE, tempo em torno de M. de
M Li UiLO MEN DES, PERE- passa de nina tolice. fatiqar-nos, ensina-nos onde horas um verdadeiro dieses-
Birar» uma espécie de cons-
GRINO JÚNIOR E SANTA reside a realidade absoluta. pêro suicida que nado pode
ROSA 7/ EDIÇÃO DE "REGRAS piraçâo do silêncio, é que
Diz-nos também que, enca- preencher, é por sem dúvida
Colaboradores: Adonias Fi- sem dúvida nenhuma há re-
lho, Alcântara Silveira, Ai. PRATOAS PARA BEM rondo as coisas sob o, con- o lugar de Deus, o lugar do
conhecido em Biran como
ecu Amoroso Lima. Almeida ESCREVER" trote dos sentidos ou sègun- Deus perdida'. ;'.;- . •.,.:.";
Fischer, Alphonsus Guima- em Pascali um defensor sis-
Ruy Barbosa, ao morrer, dei.
rães Pilho. Aníbal Machado, xou vaga a cadeira que ocupava temático dos direitos" do ro*
Antônio Rangei Bandeira As- de Le- Zôo humana no que têm de
cendino Leite, Augusto Fre. na .Academia Brasileira
Iras. Os imortais decidiram que
¦.: .0 QUE LEBEMPS BBEXEr.'..-i'
derico Schmidt, Augusto só um espirito altamente dotado leq ítimò, i nstituindo pór seu
Myer. Bivno Acloli, Cássia; " Carpeaux está
Otto Mari-?"líistórià ;escíèvendo pára á Livraria-José
'Literatura
como o da Águia de Haya potle*»... próprio exemple o. mais du-, d^ Russ_',, em que estudará
no Ricardo, Cecília' Meireles. ria substitui-lo no Petit Tria? Olímpio uma
Clmsrhnó Martins,'¦¦¦V Ciro trdos non. Escolhen-se, então, Lande-,,
ro combate nâo só contra a o desenvolvimento das letras na terra.. déDbstoiewsfcy, $ob uni
An.ios C-fisvi-' T. lino Frçirç para suceder a Ruy orgulhosa filosofia esfoida- novo plano.:- Carpeaux está terminando,também,o'.sen grande
Tavares Barbosa,;
Cláudio na! mais iii/pórtanté; dds corpora. ; na (que só
considera o ho- trabalho' em três volumes;^ ^Literaturas do Ocidente ? . ;,; v.,
Dantas,, Mota»¦¦:¦. Dora Ferreira
ria Silva, fíiirivt a ¦ /-»
- çffes culturais dò B.rásil.:' • V/ ' :',5??-'"'¦¦¦'"-¦'¦" "-,;V;;.-;U^#^
*.- ; Laúdeflftó mem em. seu estado de fór- it.{'"1:- tfr%%w :^â9-fl
• •Dentro em petierj apiarcícíérá o primeiro volumeí$% •tComê?
*w\ Geraldo Ferraz, Gabriel É da autoria'dò ":cfe.
Munhoz da Rocha. Gtierrei. Freire este pequeno.livro intitu- _a;;je í|qjjt-:séf§^''cjuprido
„ii! itliYinosví Gustavo': Barroso; . lado -"Regras Praticas, para hem. nao sente éle • necessidode diá Huniâná"i dé Bâlzaft, nàedicão erudita ;da Globo confiada
..escrevei!', sétiina ;ediçã,a, a . Pàuíò ¦íionâi'; D^ásè.: vOlü^iè fará -patte a- deliciosa novela
I Joüff.mm-Bih iro.. Jorae: fte: !cüjá;
de henhu^ò-ífsfespfiq^^. co-, a"Mb^déiíê'
{.' Lima. Tose Francisco Goejbqy; ' Editora A NOtTÈ acaba de. larV- urha
^ignóhfí,'3ístoyi4;:.âe ''"''' provinciana'apaixonada'
.Insê Simeào Leal. Ledo
"Ivo,
\. {ai-.,;S*ãófòr.rseü
áutór uma das mo; também çòntro esto fi?. ^s J" '•' 'i'-'' '*£&t
Luis Jardim. Mfl'h'6,.-''l?tV) tit penas mais fecundas que já p<'S- pop^i^-èoeia^aíániidq^..:;:,.,^^
''rnelas ;. 'Manuel iüí> Bandeira; , suimos, ,e jestp. volume ;lb<?i ..tçria losofia faisomentetàcíonaf )W*áymF'tim\^*V%b&-iW % ;....,...... r:^,;::i ,,, :.,i,:*^,^
"Província
Marcos Koncler,- Reis». Mario!! ....assegurado a gloria que assinalou., que prèten^s' banhir Deus J& está para aparecer ò'novo nômerr> da m
dn Si'va Bri.iõ. AWwi (••.- n ' suas', atividades., .intelectuais.^
Isto porque/ sem nenhuma (Iiír deste mundo carcomido. E* São Pedro", a excelente revista de cultura,, editada em Porto (
na. Marques Rebelo. Murilo • "Regras Alegre. u •' • -;,
vida, ; Praticas para neste sentido —- principal- _
M-n('.os. Octnvio de Faria.
Otto Maria Carpeaux. Renzo bem escrever" é uma pequena '.&#(¦, mente .neste «senti do -—que "Cranlèrd^ de Eli^beth! Gaskelí^ traduzido; pela • escritora:
Massíarani. fíi-Mro Couto, Ro- JSP.bra-pj*ima.i;i,. „.i..:,!.:;,..-,,
'.^.'"-vi, .''?'*':¦'¦* .preocupação que norteou;.. se faz mister Ouvir-Sèo àhá-- Raquel de Qúéíròz è étiítafJó' pela L^arja'José plimpioVrie^é-;;
geTíiOjiiCoir^ini ', ,,A;.sau,dosto,. escritor. .Laudelino., tema pdsca lino,, çm que cerV larà ao! nòsst> público úrfiâdíis.grandes romancistas, inglesas M;
s»er. Rosário .Fusco, Sérgio ÍUQ i o..
Mnlidt. 'Si-mi Io' de Melo, T :*s- I Freire foi a de fúzev jdcsf.e li» sécuio passado,, «das prtí»éirasv; a inj^eressajr-s,e., pelos, pròblérná^'
so da Silveira. Tntnistoc!ps les f vro um pequeno' BreviaHõí tos burgueses literários en- sociais. . f'..: !
Linhares. Vicente Ferreira da s xerqaram uma "bòutads": * * * . •
Mv£ \\HSon Figueiredo ej Historiador? não; psicólogo . vlrâ.desper^ar^eertaRiepte, interesse a .seleção de cartaz â&
Ii Xavier Placer. t -'"-^.'JVáoi naturalmente nao /Todo
filosofia:nâo vale
uma hora de ateníao*'. Fot Voltaire, publicada juntamente com uma biografia do • patriàr-;
de Brita Broca a ser editada';;. pela Livraria
llustradores: Alfredo Ccs-*»' sou historiador ¦—declara Emil ca de Ferney,, obra'¦]:x<i..•;•"¦.'::/.•'''; l''^':'''.';.',
chiatli. Armando Pacheco, LudwÍQ]j—'mas sim um psicô* em idêntico sentido .que-Bí* José Olímpio.;V :!"'.".':.'/..;:': ;'..i
Athos Bulcão, Eroeric Mar. logo. Durante trinta e cinco mr\ *—tendo compreend 30
cier. Fayga Ostrower. Ibero anos, meu único objetivo tem ; Rüth GuirríarSeSi a airtorã de "Àgúa •Funda", jâ erítrég^
Camargo; Luiz Jardim. Os- sido conhecer melhor o coração que nâo se podia íilosofar/ de oütrp;romance,: êste ;ménos ^esçritiv^
wa!do Govlrti. Percy Deanei dos homèfísitfidò' a minha obra excluindo, o priorij o aoso» a Globo os originais '.'<Jüripre
não tem outro \ propósito sinâo e mais intrpspéctivo. ela .^gcfm.V'^^ "^T^I^Jft^^ft^
'^UJr:
Santa Rosa e Van Rogger. "ò
¦ tsse.". .-•¦: ¦..•,;r ¦•--,-;-.-Trí.T-T-;'T>- luto, conetue êste conceito mulQU numa entrevista:; de escrever .-sempre^
,.'«.«'
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¦ - -jv.r*.-..-.
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$&Mlft<3Ò, 22-9-1946 •lrT-8rlSX£^ítr&* «3


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Através do s su plemèntos ,..,

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DJALMA VIANA ••'-ÁrV*'

PALAVRAS DE FREUD A MEDEIROS E ALBUaDERQUE


se Mmeào leal. o poeta Murl- nariz, o colaborador do "Diá-* Em 1919, quando não havia ainda traduzida para o francês
crer no que digo rio", explica com serenidade o nenhuma obra de Freud, Medeiros e Albuquerque realizou m
mesmo porque manda Deus Io Mendes, firme, ern sua se- do Rio de Janeiro, sob os auspícios da Sociedade dc
PODEM ^ão de música. Firme também demonstra com inteligência Policlinica '.iriflíVi e Psiquiatria uma conferência sôbrc as teorias do
que se diga a verdade; o sr. Batista da Gosta. Quanto seu ponto dc vista. Lamenta- Na"'
Mentir não o faço desde me- vel apenas que, para destruir o H' f • «Kl rnes/rc viénense, depois incluída no livro
aino, quando cursava o colégio às artes plásticas, quem brilha "Graves e Fuleis". Medeiros enviou o livro a
é o sr. Santa Rosa. Então, 6. sr. Plínio Salgado, cite o sr. conseguiu ler a conferência pelo
áos padres. E' possível que
suplemento, que se diria com- Cotrim Neto c não sc baseie BHp9 Freud,- que
também a falta de imaginação*
hábito do trabalho sobre do- pletò ainda apresenta outra nos livros d0 próprio sr. Pb.
nio . Salgado. No entanto, se
wBMm í fato de.
E respondeu
compreender
com uma
muito bem o espanhol.
carta muito lisonjeirn
(jumentos, a herança do velho página, de informação literária, para o autor, na qual dizia, entre outras coi-
enriquecida com pequenas no. comparado ao do sr. Otto, seu "Ef uma idéia agradável e
tvô negociante, é possível que tas criticas. . artigo é, sem dúvida, admira- E ¦ ¦ '¦ -^^è^^^^^^^^^^^v^^t^ sas, o seguinte:
tudo isso tenha concorrido pa- vel. pela sua penetração e cul- conforatdora pensar que as palavras que a
ra me tornar assim um sujeito Finalmente, sobre o grande atira pelo mundo afora, se as vezes são
soneto clássico, a estranha e gente
fluro, quase violento, que gos. tura. mal compreendidas e depreciadas pelos que
ca de resolver suas coisas na vigorosa ilustração de Goeldi. Muito bem, digamos agora ao nos cercam, despertam um, interesse , simpático
batata. Inventar, com a sen- Um traço forte e sensível ler a crônica de d. Rachel de ™.™.„...,^,,,.v,,;,.,, çni pessoas que estão separadas de nós por ler-
vergonhice do sr. Joel Silvei- que superaria, longe, a mostra Queiroz que, evitando a politl. ras e mares, por diferenças de raças e línguas. Isso nos eleva acima
ra, não sei. Pesa.me nos om- dc Lula Cardoso Aires, no ca, não poupa os médicos. Dc- das restrições mesquinhas e pessoais e faz-nos sentir o poder dó
'¦ Correio da Manhã". E supe- liciosa, sua crônica. Um amor ,pçnsaniéfíio c de todas as coisas que servem para unir os homens".
bros a responsabilidade c, cul-
pa da minha profissão, enten. raria, ainda a "muilier dc de crônica, diria, não estivesse
do perfeitamente as fraque- branco", de Ibero Camargo, no perto do sr. Rubem Na varra,
zas humanas. mesmo jornal. O suplemento, tão gentil, falando de pintura. AS CONFERÊNCIA DE ANDRÉ' SIEGFRID
Coloquei-me, assim, . desde porém, oferecia mais que ilus- Enfim, o que vale mesmo uns
Estão despertando grande interesse as conferências de André
que -me impuseram a obrigação trações, mais que o soneto de bons bagaços é o rodapé dc d.
Baudelaire traduzido pelo sr. Vera Pacheco Jordão. Admira- Siegfrid nesta capital onde se encontra a convite do Ministério
de redigir estas notas, a servi, das Relações Exteriores. Siegfrid é, realmente, um dos mais lú-
ço do que me parece ser a ver- Guilherme dc Almeida. Oferc- vel, exclamarei, apontando
cia, além da seção tio sr. José com o dedo a vivaeidade do cídòs analistas dos problemas sociais e políticos do inundo mo-
dade. Pouco importa a cor da c hão será dc mais lembrar p acolhimento que o seu livn»
pele da vítima. O que me pre- Conde, c da crônica do poeta seu estilo e a erudição bem derno; *'Les Ktals Unis d'Aujourdhui" teve por parte dos estudiosos do
ocupa, e repito, mais uma vez, Ledo Ivo, c da crítica do sr. orientada. O sr. Raul Lima,
Roberto Al vim Corrêa, ,um con. do lado de dentro, recorda Brasilhá uns quinze anos. dos Esse francês surpivendia-nos, então, com
c não trair a justiça que ma uma admirável explicação nossos vizinhos dó norte, a nós, que
ensinaram a amar, não transi- to — uni bom conto do sr. Au. Aluisio Branco, um escritor que, civilização
glr, cm momento algum, com relio Buarquc de Holanda. So- nãô mòresse, seria hoje tão liá quinze anos atrás, ainda mal çompreeiidihmòs a
quem quer que seja. Mesmo o bretudo oferecia um artigo querido quanto seus compa. americana.
rei, se rei houvesse, eu não o magnífico de d. Lúcia Miguel nheiros de província c dc ge-
Pereira. *» .
pouparia. Rei não havendo, a- Mas para que não faltasse n ração. INICIATIVAS QUE EX16EM MAIS ESTÍMULOS
pesar dos ares pretenciosos do nota política, um; curioso artigo O unindo porém, é assim.
sr. Luiz Carlos Prestes c da Morre Aluisio Branco, um su- E' estranho como grandes iniciativas editoriais morrem,
sua corte, è não me cabendo do sr. ^Otto Lara Rezende "me-, quo
êle próprio denomina de Jeito dc fulano, e ai fica para entre nós, sem a devida repercussão, quer na crítica, quer no
por destino qualquer vocação dilação serena" sòbre o inte. a semenle, recusndo pela própria público, que, aliás, se orienta pela crítica. Isto se dá, princi-
política', res tara ni .me os suple- morte, o tal que "Odesgraça o
mentos literários — diverti- grálisnio é o sr. Plínio Salga- suplemento de Jornal". palmente com determinadas traduções, dignas de maior inte-
niènto e tnibnlhò para os do- do. Por coincidência, no suple- Não pensem as comadres^ que rêsse, já pela importância universal das obras, já pelo
escrú-
incuto do "Diário de Noticias", foram feitas as referidas edições. Aí temos,
min gos.
também, há outro artigo, as. ínè refiro ao sr. Ernesto Feder, pulo com que"Diálogos", por
Sobre os suplementos, pois, bom camarada, sem dúvidn, exemplo, os de Platão, da Globo, traduzidos dire-
ê que realizo aninha aliança simulo pelo sr. Fábio Alves Ri- mas de quebradeira intelectual tamente cio gíegò — ò; £júa representa muita coisa numa terra
com a verdade. Mas, como a beiro, sobre o. mesmo assunto.
Uma vez acusado dc integralis« pior que a pior pindaíba. Re. de tão pouca erudição, como a nossa — e enriquecido cõíti um
verdade c tudo o mais neste firo-me, naturalmente, ao que longo prefácio, verdadeira introdução ao conhecimento da
mundo parece pedir provas, or- ta, como fui pelo sr. Mario da usa presilha no cérebro e, pen- filosofia
Silva Brito, embora não o sen. platônica'. Pois não vimos quase nenhum comentário
ganizei também eu, como o sr. do, quero afirmar aqui sando fazer a critica literária ficou aí, mais ou menos despercebido. O
João Conde, um arquivo que, que do velho suplemento, faz real. sobre o livro que por
quase me tornei com o artigo do "A vontade de Poder", de Nietzsche,
não sendo implacável, é pelo
sr, Otto. O jornalista conta mente a melhor terapêutica dos mesmo podemos dizer do
menos útil. Organizando.o fígados. Como deve gozar o também uma edição valiosíssima, acrescida de introdução e no-
aprendi que classificar c guiar- uma história comprida, acaba
nosso Carlos Drummond de An- tas. Grandes romances como a
"Crônica dos Forsytc", "Os
(dar representa uma arte. - por preferir Carlitos a Napo- drade! Sua poesia, tão séria, Quarenta Dias de Neusa Dagh" também não são, com frequen-
Quando nada, um prazer. O leão, diz que deseja é sorrir, o
'j consolo, afunda na revelação de seus julgada assim por um demen- cia, devidamente. comentados.
por exemplo, de °u" te! O grave, porém, c que pa-
o sr. Jorge Amado chamar sentimentos pessoais sem, cn- ra o poeta pode se transformar Precisamos apreciar melhor essas iniciativas que já depõem
|vir tretanto, esclarecer o leitor "louco
hoje o sr. Osvaldo de Andrade no diabo, é que o da eloqüentemente, sobre a elevação do nosso nivel editorial.
de imbecil depois de o ter cha- porque o integralismo merece Paraíba" descobriu ser . êle
jnado dc "mestre" — e verifl- ser combalido. Mal lançado, "também ura homem". Excla-
'car
que, discordando de si pró- por certo o artigo dêsse Carlos ma, patético, meio nervoso, fa- A VOGA DO LIVRO FRANCÊS CONTINUARA'
coerência não st per. Lacerda de relativa instrução.
'dia... a Sábio
i^rlo,
João. Conde, sei O mesmo, porém, já não rojando o ar:
Tem-se falado, errônea e precipitadamente, na decadên-
'..agora E êle ,é um homem l
que o arquivo não é. lu- acontece coih o sr. Fábio Ri. Água fria, amigo, é boa para cia do livro francês entre nós. Mas parece que há um equívoco
beiro. Sabendo onde mete o estas coisas. Matreiro, ficando nisso tudo. De fato, até pouco antes da guerra, vivíamos intei-
xo, como pensava.
Para mim,.que trato com os em Rui porque sô de Rui en. ramente absorvidos pela literatura francesa, a ponto de igno-
suplementos, c que os respeito "TARDE DA LIBERDADE tende, o sr. Luiz Viana FilhQ rarmos da maneira mais lamentável as outras, sobretudo a
;como os srs. Frederico Barata, parece desafiar novamente -dáo norte-americana. Vindo a guerra, a ausência do livro francês
: Jorge Lacerda c Raul Lima, o E DA RESISTÊNCIA sr. Homero Pires. Que nosso mercado do livro em língua in-
! arquivo é uma espécie de tra- baianos se arrebentem que o e introdução- ampla em interessar-nos enormemente
jibuco. Uma arma indispensa- FRANCESA" degas, aqui, Vtii veranear um glesa, fez com que passássemos a
não ficou, apesar de tudo, es-
| vcl nas mãos' de um soldado Realizar-se-á definitivamente pouco na ficção: gostei, é ver- por este último. Mas o francês
bisonho, como eu. Tendo-o a. no dia 1 de outubro próximo, dade, do conto do sr. Almeida quecido. Hoje, quando as edições francesas começam a apare-
'gora, mais fácil será penetrar no auditorium da A. B. I., a Fischcr. Também, gostei, já cer de novo em nossas livrarias, acreditamos que não faltará
floresta e vencer o pobre "TARDE DA LIBERDADE E agora cm outras esferas, dos público para elas. Isso nãò quer dizer que vamos deixar de lado
j.aaa DA RESISTÊNCIA FRANCESA" artigos dos srs. Manoclito de o livro em inglês. Continuaremos a lê-lo com empenho, jun-
Inundo dos artigos c dos poe-
imãs. Vencer, principalmente,^ a que teve de ser suspensa ante- Ornelas e Cândido Mota Filho, tamente com o francês. O que não se dará é apenas o exclusi-
ingratidão dos autores. Arma- riorincntc por motivo de doeu- E, para concluir a viagem sô- O francês correrá parelha agora com o
'do. como estou, posso finalmcn- ça dc Aníbal Machado. Já com- bre o suplemento de "O Jor- vismo deste último? em nosso interesse.
'. te zombar dos perigos. plelamente restabelecido o ilus- nal", o rodapé — aliás uma inglês e o espanhol, mas sempre vivo
Assim, pois, .tranqüilo como tre escritor e nosso eminente co— péssima sobremesa — do sr.
um anjo, encontro o suplemenl laborador, a Associação Brasi- Samuel Putman. Uma pena, ÚLTIMOS CARTAZES
to literário de A MANHA. Leio. leira de Escritores reiniciou os sem dúvida, que uni sujeito
as notas, releio a mim mes- trabalhos de organização dessa venha" de tão longe para dizer Orlando de Carvalho, um dos mais lúcidos estudiosos de
"Tarde" dc literatura c arte coisas que estamos cansados dé "Política
mo, e acabo me defendo sobre
saber. Fiquemos por aqui mes- problemas
políticos e sociais que possuímos, publica
o artigo do sr. Sérgio Milliet. que está sendo! esperada com o
maior interesse nos nossos cir- mo, com os nossos¦•; gênios que
do Município" (ensaio histórico), num volume com capa de
Existencialismo é o tema. Uma Rosa (Agir),
gravura de Peter Bruegel, no culos intelectuais e artísticos. estes, com a graça de Deus, ra. Santa '
alto, parece demonstrar o que Além de Anibal Machado, que ramente realizam conferências. / * * *
ivealmente é a filosofia de Paul pronunciará uma conferência sô- Escrever, escrevem. E escre«
Sartre. Enfim, bre a poesia da Liberdade c da vèm, muito, como o sr. Pedro Dan Quem não se lembra, com saudade de John Barrymorc,
puxando.me
pela mão, o sr. Alcântara Sil- Resistência Francesa, participa- tas, do "Diário Carioca", que tece um dos maiores astros do tempo do cinema mudo ? Pois a
véira se coloca diante de Heb- rão no ato Henriette Risner- como uma aranha impassível vida dêsse astro foi alguma coisa de mais romanesco e mais
liei,' escrevendo bem, comentan- Morincau, que declamará versos as feias de intermináveis "me- impressionante do que se pode imaginar. Isso veremos no li-
do com segurança. Ao lado, dos poetas resistentes e Ger- mórias"... vro "Esplendor e decadência de John Barrymore", de Gene
numa entrevista, o sr. Roland mainc Sablon, que cantará ai- Ora, , que estamos agora em Fowler, traduzido pelo sr. Raymundo Magalhães Júnior e
Corbisier se despede que êle gumas peças do "Cancioneiro face do sr. Portinarit o pintor editado pela Globo. ,
vai mas 6 para a França, bus- da Resistência". do Estado Novo. O sr. Antônio * *
, car. livros. Enquanto não ehe- . Michel Simon fará uma eaov- Bento, — braba gente essa gen-
d ação dos poeta» franceses aos "Fome de Pão", do jornalista Adolfo Porto, reúne vários
Sam, porém, os llvroá france- te do " Diário" I -^enfurecido,
ses, vejamos os livros argentL poetas Jiraolieiros e o: Èncarre- falando de "liberdade de cria- artigos sobre problemas concernentes, na maior parte às po-
nos, trôs pelo menos, na-.pal- gado d*e Negócios da França, se-
hhor. Etienne dc Croy entregara cão artística", procura defender pulações rurais, que o autor muito bem conhece. ¦' (.
ma da mão do sr. Raul Nao a. Anibal Machado a comenda
a Pampulha que, dizem, é uma * *
'¦?arío; ¦¦""'. igreja tão horripilante quan- "Rômola", o grande romance histórico de George Elliot,
' Leiamos os contos, vejam as da Legião de Honra que lhe foi to os pecados de Du Barry, Se
o ar. Beato tem razão, não sei. única vez em que a grande pintora da vida provinciana in-
concedida pelo Governo. Frán-
Ilustrações. O sr. Dalton -Tre-
O que sei é que ninguém pen* glesa abordou êsse gênero, acaba de aparecer em tradução de
cês. . f ,- • í-i* ¦
-Visan .outro premiado.no con-
"Letras o Artes", cxL sou em ferir a "liberdade de Marques Rebelo,
torso de
I» suas qualidades. Se bom é M& ESCOLHA DIFÍCIL criação" de ninguém. Apenas o * *
© sen conto, extraordinária 6
d ilustração de Santa Rosa. Be- -ITm grande problema será,
bispo e m católicos mineiros
condenaram a igreja. te um bis- Uma reedição muito interessante: a dos "Contos' de Mau*
ía, sem dúvida, e não menos ex-, sem dúvida, a escolha da equipe escolhidos e traduzidos .por Mario Quintana e lança*
po, a não ser .que o sr. Bento passant, Globo. Lêr Maupassant é aprender na
¦ipressiva què a de Ibero Camar? de escritores que deverá tra- não tenha sido bento em crian- da pelo literatura o que
Tgo,. esta objetivando um epl- duzir toda a obra de Mareei ta, tem também a sua liberdade se pode aprender,, .,
ksôdlo do conto do sr. José Viei. Proust para o. português, por de escolher a sua igreja. Trau- * *
>ra. Mas, recuada a ficção, e iniciativa da Livraria do Globo. quilize.se o sr. Bento, que õ Leitura utilíssima, fácil e sensacional é a do "Diário", do
.passando a "olá do sr. lasso Traduzir Proust será, ha ver* bispo não benzerá a igreja. "Fórum
fda Silveira que fala de Cruz a dade, um trabalho' penoso, ár* Desconfiado, talvez experimen- Conde Cisne, ultimamente editado na coleção Políti-
o que prende, a atenção duo, exigindo, não somente ca- tado cora as incoerências da vi- co", da Editora Nacional, em tradução de Enio Silveira., Nilo
''ê.Souza,entrevista da, o bispo cismou com essa hís- Ferreira e Brenno di Grado, »>
a do sr. Çassiano pacidade, como também amor.
.Ricardo. São os arquivos do Muitas dificuldades não pode- tória de igreja em forma de pa. >|C 3j» 1fi
, sr. João Conde. .Percy Deanc rão ser vencidas senão por uma nela e, além do mais ,cdifiçado "De Nápoles a Paris", contos da vida expedicionária, de
í Ilustra á pitoresca história de perfeita sintonia com o espírito por um arquiteto, o sr. Oscar Nie Celso Furtado
r sua viagem a São Paulo. prpustiano. Maurício Rosem- mayer que é comunista c tem (£élio Valverde), são páginas leves, pitorescas,
, blatt, dentro em pouco, nos dirá lá o seu "carnet". de interesse documentário sobre o que poderíamos chamar a
' E, grande página pelo valor vida sentimental dos
tio assunto, aquela dedicada ao quais os escritores' esç^Wdos' Em igreja, sr. Beafy, " quem
"''---, soldados. l brasileiros na Itália, O autor
folclore o assinada pelo si*. Jo- para tão difícil tarefa, mandei c o bisuo- sabe narrar com sincelera...-
«ta. . - . '•-' *\
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Página 4

"GOETHE MATOU KLEIST" .^ÉllllIlllMBMM |k

orro scHNímER „ -'-'"¦"¦"*• •.*»¦fmjfflrjftmnj»jjüinji^{^»7uím^ wílQQQiSòtfài&Oaltt

II •
X,,„,.,.

OR volta do meio dia de 2fl


tiovsmbro de 1S11> ^m
museu» e o grande prêmio"Pré-
literatura alemã chama-so
da reprimir sua satisfação quànd*
alguém, mais tarde* durante a
"Cântaro
flIÊ-I^S BI
mio Kleist". representação do que-
Pde homem. <üos seus trinta e brado", de» um assovio quo lo- '.'X..',-; ¦ •¦ -c « MO&Wa
..'.•.-. -^ "¦v-*^^'-^^
'*' MC'
Diiícil explicar tamanha í»ius- õwllPPffttf<jMEttP ™^^^M5^%ís»^^^ ^í^M

poucos an03, o uma senhora, tiçâ sofrida em vida. Mas vô- riu o jovem vQc*s com© uma .-^ma^^ssamBSÈm:»^..
ainda jovem, partiram da Ber- po- chicotada cm público.
Um rumo aos arredores de jamos..
tsdam e hotspedaram^se no ai- — O» indivíduo não estava or-
Em poucos ano» do intenste-
bergue de Stimming> às margen3 sirna atividade? o Jovem peóta rado. Eu teria feito o mesmo se
do Wansee. Passaram a tarde as conveniências houvesse»*
criara toda umaWJ* sério do dra*
atsgremente. Levaram hora» mas históricos: Família Sch- permitido — comentou Goethe
passeando em torno do lago.a rotteustein'*
"Pedro, o Eronntu'*, quando o duque da Weimcr-
An:eciaram. embevecidos, "Leopoldo da Áustria" o "Bebort censurou, indignado* o gesto do
outono! quo so pre- manifestante.
paisagem Guiscard". sen* lalat da como-
parava para o inverno já pró- dia "O Cântaro Quebrada'' o Kleist nunca so refes desse
ximo. Depois jantaram, leliz-ss numerosas poesias. Tran3bor-, assovio dado por quem» anima-
como em pkna lua do mel» o dando, do projetos e prevendo do de ííla. sxcacsSvc» nsds mal?
rccolh-ram-3o aos seus quartos um futuro glorioso.- o Jov«?m pretendia senão agradar a Goe-
onde lr/arcm toda a noite es-' Kleist ansiava por encontrar-se» the, presente ao espetáculo. ^SflSfflSlilill ^S?^*^BS3i!^ffiS''':-'-'-'-!il^^^^^ 5 ^ na ssKvSh ^^^ tsf-
"Goethe matou Kleict" tornou-se
crevendo car*».-!". face a face, com Goethe*- cuja <í3í8S!8Sis^fSÍBSi887SSWX-X{-:-z-ixo™ ¦ -

glória éle ambicionava. To- posteriormente uma frase muito


Ao.* primeiros raios do sol do mado de juvenil presunção de- repetida.
dia sogumtc, alegres e despreo- clarara mesmo, um dia» que ar- Entretanto» justamente essa
cupaàoT como no véspera, to- rançaria à fronte do Goe*ho a- "O Cântaro
comédia em versos,
maram ligeira refeição, pediram covoa de louros.
00 hoteleiro que. daí a pouco, quebrado",, que acirrou a luta
Em princípios de 1803 reedi- entre Goethe e Kleist. é» que
lhes mandasse servir café e rum zou-se o almejado encontro.
a margem do
'a^o. um pouco toda a literatura germânica pos-
Desconfiara Goethe das inten- sul do mais saboroso no gene-
dikíahtp, o tornarem a sair.
Nõo teria passa-ío meia hora ções sacrílegas? O autor do ro. "llcinnch
"Fausto' mostrou-se do unia von KLeini, au.i vinte e dom anos _,_uj,i, .,
quando dois tíno?> com brev-J Kleist sentiu o chão vacilar.
'Umno nos' momentos em que se mostrava aegvfi, sentía-se que
int?rve.!o, romperam a pa2 ma- frieza glacial e castigou o jo~ Uma vez mais. refugiou-se no
tinal Na Verde rolva- coi pé3 vem posta com um desdém so- estrangeiro. Foi primeiro à nete residia um sofrimento oculto,>
de urna árvore, rente è.^ águ^s berano. Quando Kleist leu ei- França, depois à Suiça. Não
"Robert Guis- em força, ninguém cm sofrimen- ò. sua ea:?aiito3a bravura o gosto
do lago, jaziam dois cadáveres guns trâ'cho3 do gostava de Paris. Achava irres- to", escreveu Hebbel. da3 letras ç artes e a r^aixão
cu'a id-ntidade. à mão çlqs car- card". a obra prima prestes a pirável a atmosfera da grande Nossa fatídica noite de outu- das muíUprc».
ias deixadas, não foi difícil es- estar concluída. Goeth? não -'ou cidade. Desiludido, acabrunha- bro de 1803, enquanto as cha- Nada rnaia expressivo do quo
tcbsbcer. Soubo-se que a mor- uma palavra. Humilhado, de- do em extremo» quis suicidar-se. mas vorazes reduziam a um pu- o depoimento'do velha Wreland
ta era a Sra. Adolfina Vogel. primido em extremo. Kleist lo- e só a muito custo seu amigo nhado do cinza negra íâda uma que chocou Ç».ve* ° °^ta Ç0030
O suicida, em cujo aposento, vou dessa yteita a maior decep- "...Fiquei estupo-
Pfuel pôde demovê-lo da idéia. Juventude de trabalhos e sonhos, terminada:
além de vúvjas ecirtas. se en- ção da vida. facto: so 03 espíritos de Esquilo,
contraram uma tradução do E' sabido que o ilustre escri- Não conseguiu impedir, porém, perdeu-se ama das obras pri do S-jíocIcs e dc Shclccsnearo so
"Dom Quixoto" e as "Odes" do que, num assomo de desatento. mas âa Ktcratura universal: o rcani3seni pára
"A tor. o poeta consumado, tinha compot uma
Klon-5torit. abertas à página ebtivamonte a fobia dos jovens, Kleist transferisse para o torre- drama de Bobert Guiscard, o tragóc"a, seria a mesma que
morte do Clarissa", era um es- no psíquico sua loucura suicida conquistador normando, funda- so "Robort
dos iconoclastas Igual despreza pode escora» de
crHor e dramaturgo então pouco mo3trou por Hoffmann e seus e lançasse às chamas quase dor o domohVor de impérios, Guiscard** dc Kleist. & partir
conhictfo, e tanto mais famoso contos. Kleist inspirava-lhe uma toda a sua obra. conquistador de Constantinopia, deste recr 'v!a "" ' \> "'""*
dopois: o sombrio e enigmático "Poucos igualaram-se a Kleist aventureiro sem
antipatia espontânea. Nâo pôde par que reunia convicção de que Seist está
üchirich von Klaht. pxcúozilr.c o u prís-adief^ a
Como explicar o terrível dra- /^»~—t— grande lacuna da nossa fito-
ma? Durante muito tempo, a ratura dramáticer que aena
critica apresentou as mais di- Schiller neni Goethe consegui-
II
versas interpretações. Não sem

E SHELLEY // ram preencher".


vazão, porque na realidade a Consumada a obra de des-
suicida de Potsdam é uma das truiçãe, Efcist continuo» pere-»
liguras mais estranhas dc toda çjrinandc* pela França e • Suíço
a literatura germânica. O dra- o íinabnente tornou» 6> Alomc^!
maturgo o poeta de imaginação nha, fisicamente prostrade» es^
a um tempo possante o doentia, de vista — um egoísta anti» sensível aos valores poéticos pmraabnente isolado. Coma qu©
<CoTiciu8ão da 1.* pá;í>
de caráter bizarro o inteligência «hclomons- deShclle, ma. embaraçado
tão »uill «juanl1» morbidamenie bound5*. E sendo Eliot não páricoouum 3gg^SÍfel*SSíg! I
torturada, já cometera toda uma apenas a maior poeta de Hn* tro". A poesia inspirara a pela critica de Ehot, fez fce;g> b^s sua resignação du-
eérie de loucuras antes de re- ^ua inglesa em nosso tempo Shelley todos os passos na uma tentativa de salvar rou portec tJrraves oínd» re-
correr a um desfecho dc tal ma- mas também o crítico lite- vida, c abstraindo-se "Aríe.w daque- Shelley, chamando a aten- nasceu a j?oct» e draniaturgo.
neira dramático.
rário de maior influência no Ia poesia ,.a vida ¦ ,. de çâo para os .» valores perma- Su« ^x? ™a**°3V^™
A * f. e, em rán;da sucessão» «ipare-
Dentro 03 vários intérpretes mundo anglo-saxônico — torna-se biografia de un» atentes da sua ideologia: pe- cènu "Catarina
wO lÍnfítri5o'V "Penfesifia",.
houve mesmo quem Julgasse Shelley estava julgador a sua louco. to menos o libertador, o do Hoilbronn**. e atf,
Heimich von Kleist um Werther "Michaí-l KoWhaas"> MA
Os estu- Prometeo» seria poeta para novelas*
político. O amor 4 que o levoa poesia afundou-se numa on- Mas isso passou. marquesa do çyV
"O Tew»8irio- \
bo desespero e morle» ter-i»da de hostilidade assim cn- dos biográficos de Herbert o nosso tempo. Mas a mar- te no Chr!o'\ Tt Noiyqdo em
sido o amor à pátria, essa pá-
mo o seu corpo se afundara Rea d conseguiram limpar o cha "derniereri" da revisão não parou aí.
tiia então subjugada por Napo- nas vogas do golfo de Livor- poeta dé várias manchas» re* Q da crítica São Dc«isngos'> e várias nar-*
leão e mais humilhada ainda velando que êle nSo^foi um anglo-saxõníca é a revalori- do çra- 1003^ a Áustria retoma a rativae. menores. Depois* anan-i
pelas divisões intestinos do quo
no.
monstro nem um anjo e sim
pelo infortúnio da guerra.
ardor,
Elo
ansiava Os europeus continentais um homem^ embora homem zQqão ão romantismo pelo luta contra''^ápalèâW WA
^ist es-
HeIllia>ln,,
amava-a com
não tomaram conhecimento de estirpe americano Joseph Warren creve Batalha da
por reerguê-la das ruinas. Cor.- "revisão prometéia. O Beachí o Prometeo agrilhoa- e, no ana aegninteV ""O /Pitócipo
denado â. inação, sua impotêtt- dessa dos valores". modernista e sociaHs- fo da poesia romântica vol- de Hotófurco"» "»'pedSro,.dsl-.to- ao diser dé 1^-
cia o teria impelido porá a mor- Protegeu-os contra o erro poeta ch«d^yárjncr
Stephen Spender, não in- tGa a ^er libertado. As "re- que da ó^e.draindt£caMl.
uma força maior do que o ta
visões de valores" tradicio- Já então à vèflrar
A explicação é arbitrária, e poeta e crítico Eliot: a pa-
não procedo. Klsist nâo foi um lavrínha "eM. Sheíley ficou
"DOZE HISTÓRIAS natmente consagrados em atingira o Iiniila m»5xime. Ò''do=
sejo da morto superava tudo.
místico poeta da morte, como considerado como o "Byron 19
favor de estilos esquecidos dia 21 de novemnio ,de ,1811*
não foi um verdadeiro poeta do .No;
ou injustamente despreza-
amor, ou da justiça» ou da pá- menor"» e logo como maior
Hcinsich toti E!ei«» ms! «gafava
"A dos sao necessárias; mas trinta e cínce anca.
tria. Foi, isto sim, o vulcânico o âo que Byron, porque o Depoi» de Escolha", *.*- ro- "Durante a sua hrevô »sstítêii-
incomparável poeta do paroor.*-- aristocrata desdenhoso era rnanoe que foi saudado pela evi- por que seriam sempre em
tica como uma auspiciosa, cs-
mo, dominado dc verdadeiro ttt~ menos simpático às mocida- tréia, o jovem escritor fíumi- detrimento ««" *****"*™ *y outros estilos cia — escrevem E. e Gr. Rornieu
de ««*»««
^""T — «fora alguns antíges que mal
ror poético» que nas suas nar- des soltas de 1920 do o nen Xavier Piscej a^arc^e^ mmfundiveiái? Será impôs-
«ativas, poesias o dramas pro- "dionisíaco" que com «m livro de¦ çpntoa 0o- síVef admirar Milton e Shet-
^te^ 8eu voíoar,: êle
ja
Shelley que ze Histórias Curtaa" (Livraria <Klsist) sd encontro» meampre^
curava, antes de tudo, um db- tempo? Ef
safogo.para a sua transbor- passara a vida embriagado Agir Editora). E' uma obra »jue fey ao mesmo ensão e desdém. Gnqueuta
"A Esco. Don- emes depois de sua morte» Con-
dante imaginação. de amor e poesia. Enfim, a lha" e o nome dé Xavier PImcci* muito possível admirar
reafirma o êxito de
tinuava um pária, nifortunio tão \
O trágico do sou destino, quo vida de Shelley passou a ter como figura de »rimeira linha ne e Shelley ao mesmo tem- persistente nco se explica por ,
acabou por levá-lo ao deses- maior significação do que a da geração nova.
"Byron e Shelley" é um
po. "Donne e simples asar.' O crime do Kleist j
pêro não foram apenas os seus Nesses contos tão bem cons- absurdo; mas foi. asm- dúvida, ter desagradado
sofrimentos Íntimos, más a per- sua poesia, e Maurois escre- truidos, dispensando o pitores-
nn "Keats e SheH ao irur.ííísairnor ao toão-podero-j
tináda da pouca porto em no- veu-lhe a biografia na qual co- fácil, o autor procura, antes SheTfev
dc tudo, a fixação orthllca das é razoável. Será possível so. que então remava, do alto
gar-lho a3 mais modestas com- não se refere de maneira paixões humanas. Não se trata do seu Olimpo, sobre as letras
. ponsaçõos e o êxito confortador, alguma à obra do "Ariel". de um apressada. Xavier Placcr acrescentar à afirmação de do mundo; Goethe. No, dia cm
mesmo depois de tor enriqueci-
de Shelley só é trabalha laboriosamente a maie- qualquer outro valor da que êsség dois scmi-deuàeg so
do o teatro do sou pcís com Mas a vida ria plástica do conto. Dando inglesa um "...e enfrentaram, traveu-so uma luta
obras imortais. Só mais lavdc. compreensível em função da nos páginas excelentes não só poesia
som piedade. O mais íraco teve
muito mais tardo, descobriram o sua poesia. E' mesmo típica pela concentração de vida, como Shelley". Deste modo, le-
segurança do estilo. Agiu- vanta-se de novo das vogas que deixar seus ossos", i
gênio do Kleist. A pátria er- dos românticos essa confu» pela do com honestidade e conscièn» Nossa luta, Kleist sucumbita.
pueu-lho um pedestal. Nes são entre vida e poesia, e • cia artística, êle já no,s dá ho. ih incompreensão a cabeça Maj» que Í3Sor'-g^bre a sua obra
grandes cidades há avenidas e je, com os seus do;s primeiros angélica do poeta ing^s peso-i quase un» século &Q £&»&
escolas com seu nome. Sua quando se tenta separá-las, livros, a garantia dc uma bela "Ânghts
casa natal é transformada em resulta — conforme o ponto carreira literária.. , . Shelley; etangejus" lêncio;
BQitilHQO, 22-9-1945 L&TüãS E ARTES
¦¦«¦riftf^pp

Os saltos estão assi*


a tremer nalados aqui no olho.

CULPADO
desde o momento em —- Olho ou página falsa?
COMEÇOU que recebeu o téleio* A petulância do suieiti-
íscma, Haviam dado pela nho explicando:
sua fraude. Isto é, não era Página falsa ou olho,
bem uma fraude. Isso se fa- é a mesma coisa. Nós aqui,
zia muito comum ente. Ha- por comodidade, dizemos
via até tradutores que per-
petravam verdadeiras con-
Conto de ADALARDO CUNHA olho.-E' mais rápido, sabe?
Ahn...
' Sensações dê livros de res= •* Concurso de "Letras e Artes")
(Classiíicado no Grande O revisor acendeu-lhe o
i peito, de alta cultura. Co- cigarro pendente morto dos
mo aquele célebre **best- —»¦ HH—ll»l , *~-?an^.
» lábios.
. setler" que serviu até para ——- ¦¦¦ '
Obrigado. Gomo é que
uma grossa polêmica entre o senhor deu pelo salto!1
vários causídicos da cr dade. Pelos saltos?..-
quo ele fizera foram ai- Sim, sim;..
guns cortes sem importan- 1 mÀ {JfrS H"*""* —Os nomes dos perso-
i «da, frases redundantes de Sfttill nagens estavam grafados
| pouco interesse para o lei- de vários modos, e, ao me
I tor. Fora mesmo xim fa- reportar ao original...
; vor, um ato de bondade, de Aí estava! Então ele ti-
magnânima bondade ter nha razão. Aquele sujeiti-
feito os cortes. E agora nho nunca que descobriria
aquele telefonema. £ logo o salto {os saltos...) se
de quem? De um sujeito \ Wjf&f^L \ li l A i\:^^ tf A não fosse por causa dos no-
que podia lá ser um bom mes grafados errado.
comerciante de livros, não Mas nós, os traduto-
havia dúvida, mas um re- res, nos permitimos tácita-
matado ignorante de coisas mente esses cortes, para
de cultura, do espírito. melhor entendimento do
O chefe rompeu o seu leitor. E, diga-se de passa-
círculo de togo: gem, o nosso leitor é pre-
—* Bom dia, jovem.
^rcoso d?mais para apre-
f — Bom dia, doutor. ciar isso que é, para o lei-
• Ah! o chefe viera mesmo
tor. americano, quasi uma
a calhar. Ajudara-o a bo- necessidade.
tar o pensamento em coisas O senhor já esteve nos
muito mais prosaicas, mas Estados Unidos?
apaziguador.as. Ia dizer que sim, mas
Mas na hora de acertar lembrou-se logo de que o
as. coisas ete saberia mos- gerente o conhecia bem e
trar a todos aqueles imbe- confessou:
eis que a tradução estava Não. Mas isso é ob-
era muito bem feita. Bem vio...
í feita e — isto sim — mui- Com aquele "óbvio" aca-
tissimo mal paga. Ou que- chapara o sujeitinho im-
j rcriam cies uma obra de pertinente. Depois fez se
arte em troca daqueles pou- de preocupado e pôs-se a
cos cruzeiros que lhe pa- virar e desvirar as páginas
garam? Pois sim! do livro. E mentiu:
Novamente o chefe emer- -— Eu era capaz de jurar
giu-o: que traduzi este pedaço
— O senhor acertou aqui. "The man... death...
aquele catálogo? his móther..." Quem sabe
,' —- Sim, doutor, acertei. ¦~*ss±*y ^~*v ^ ^l Wk ^V as páginas se perderam por
—"*¦**¦ *- ^*ü * ^*1 \%\
^¦LssvSL.Jy ffií
Jm| ^
; Botei-o depois naquela es-
{ante, a 12. Mas não. A numeração
Catálogo... Bem, sem- *V* — «»*>*> »¦¦¦ i .i'«»i«.»i». ' i n»i.é..-»h'"TTni»uiiUJ,i'ltf^*1*,%,'<'
mw.
**Li.«Jxumj»M»-Mii,—'ii
Gfàpi/j
¦
'
¦*'ii.uíiiijj.iiii »¦" "^k ¦*—E jfÜi'
**&'*!
*%>&*L:**-0Z*f
È 1
'
das laudas da tradução es-
pre é melhor do que ser tava certa: 29, 30, 31, 32..,
explorado em trabalho de O silêncio do revisor quase
pensamento, de inteligên- Ilustração de OSWALDO GOELDI o irritou. Percebendo o es«
cia. E melhor pago. Che- ria de sofrer muito com o visor disse que encontrou, tado de espírito do moço
pressão do livro! Umas S0
gava, assinava o ponto, fi- sem querer, «ns saltos na tradutor, o outro duetilizou
ou 60 páginas a menos... episódio, tão lancinante es-
cava remanchando por ali,
E sem prejuízo para o lei- tava exposto... Revisor sua tradução. Vá até a sa- a tensão:
e pronto. No fim do mês Ia de revisão que ele lhe O senhor sabe por que
tor, está visto, que teria to- besta! i
eram 3.000 cruzeiros re- mostrará. E* por aquela o porco anda de cabeça
da a matéria principal do
dondos. Engraçado: na sua Entrou. Os olhos por trás porta. para baixo?
original intacta. O que tira-
verdadeira vocação era um dos óculos dançavam ner- E voltou ao telefone. Não sabia.
ra eram idéias repisadas '
—- vá lá! — incompreendi- —- Aquela porta! Era só E' porque tem vergo-
pelo autor, E até mesmo vosos. A boca cerrada não
do. O tempo enorme que alargava as rugas das co- abri-la e todos voltariam o nha da mãe ser porca.
- levava, despesas com di-enfadonhas.
Outra vez o chefe: missuras, que podiam trair rosto para observá-lo. A Não riu. Disse apenas:
cionários, papel, aluguel de ele, o tradutor criterioso! "E' boazinha" e continuou
'* —O senhor está sentiu- o seu sentimento de culpa.
máquina. E as consultas a A telefonista e a dactilógra- O tradutor sem escrúpulos, a fingir que estava interes-
do alguma coisa?
bibliotecas sobre citações
— Não, doutor, E' que fa tinham um sorriso irô- é o que diriam. Sem um sado no livro. E remoía-se.
obscuras do livro? Havia nico pendurado nos olhos; pingo de critério. Saltar Sujeitinho mais estúpido!
dormi mal esta noite.
Uma até que devia ter sido Sente-se.
O gerente estava telef onan- daquela maneira!
For que mentira? Bem.»
"biuff" do autor, Não en-
Vim ver os pulos.., Obrigado. Não quero.
' as coisas têm de ser leva- do e não pôde sorrir-lhe co»
contrara nada sobre o por- mo ele esperava. Então to- Não era para menos. O Estou bem.
das assim mesmo. O chefe
,r,co de Ganarede. Enfim, um mes- As frases saíam-lhe pon-
nunca que compreenderia o f dos já sabiam. Fora des- sujeitinho era aquele
trabalhe insano. E agora "softiite'*. iuadas.
seu problema. Se é que mascarado. Proclamara-se mo, de óculos
aquele telefonema. E que tradutor criterioso, dife- Naturalmente para * ameni- Um outro revisor acer-
u01ha, você dê
aquela bobagem pudesse *
telefonema! rente dos medalhões que zar-lhe a burrice. c o u - s e para abreviar
ser considerada um proble-
um pulinho até aqui para Faz favor, sente-se. aquela complicação propo-
ma. Verdade que aquele pegavam os originais e da-
ver uns saltos que o revisor vam para mocinhas prote- Sentar. Então ele não sitadamente longa.
salto de 12 páginas foi au**
encontrou, está bem?" Este salto correspon-
dacioso. Mas o inglês esta- gidas traduzirem, assinan- percebia que naquela con-
O revisor! Vai ver que do depois a versão. Apon- juntura a única posição de à página 35; este outro
va tão difícil naquele tre-
é um garoto de eolégio que- a página 83. Este aqui...
cho que ele temera, por tara mesmo ao gerente um apropriada era a de pé?
rendo se mostrar ao patrão, bem conhecido. E agora ali Não, obrigado. Estou Cretino! Intrometido!
escrúpulo — sim, por es-
ou tentando mesmo um au- Então não via que ele es-
crúpulo! — traduzi-lo er- estava ele, certo, certíssi- muito bem assim.
mento de ordenado. A ca- mo da sua culpa, à mercê Tirou um maço de cigar- tava mesmo prolongando
rado. Contudo, o revisor
sa paga tão pouco aos que «quilo para ter tempo de
não poderia pegar o saiio, de unia telefonista cretina ros e ofereceu ao sujeiti-
She servem... Que é que p de uma dactilógrafa está- nho, que se serviu de um. de assentar as idéias? Que
pois não partia o sentido na
um molecote podia saber «pida. Que sabiam elas de li- Guardou o maço. Depois fosse ajudar o diabo!
ligação. Só se foi aquele ou-
de literatura! Os cortes — Quer urn cigarro?
teratura, principalmente de lembrou-se de que não ti-
tro
©ram mais do qüe necessà- gerente havia dito
"uns (osaltos"). -O da morte literatura inglesa? rara o dele e voltou a tra« O 2o revisor disse que
j rios para o leitor apressa- O gerente tampou, o fo- zer o maço para fora. O não. Não fumava. E lá se
da mãe do próprio autor.
!' do de hoje. E econômicos foi o maço novamente in-
E andava muito certo em ne com a mão. incidente encabulou-o por- '
'
leitor have- ~ Olá! Escuta, o nosso re* que os outros sorriram;»;.:; >v, <Cv»d»f *»¦ 15/ pis)
\ ficaria mais barata a im- cortá-lo, pois o

, '•:',.. . Xft
..*'
**
V

¦i/tr!R^s^E%W':rÉs ÒOMÍNÒO, 2Í#-i$*l6


régiho 6

P0EMS NOVOS
C RI AN Ç AS DE FRANÇA
"Poesie 43",. publicação francesa, lança o sen primeiro tomo —
— Poetes prisoniers". Apresentá-o Pierre SEGHÉRS, advertindo
Conto de NELY DUTRA logo que não se traià de um grupo de escritores, senão de novos
poetas, y# ".
Pára estes fieis cantores da :4'vie reclu.se" a poesia ê a noiva,
Corriam-lhe lágrimas. E fun- Abaixou-se para beijar a a mulher, a esperança-i a verdade, que os consola ou fortalece, es-
CADEIRA era alta de- ¦¦/ cabeça da prima.
mais e as pernas da gava repetindo: Nojento. crev-. Seghers.
A * menina estavam ba- Beto" segurouJhe as mãos .-r- Foi só de bobagem que Neste volume de cento e poucas página*; ai estão reunidos, os
loueando. Comia abacate, fa- e sacudiu-a com violência. eu disse que tu és feia. Tava que sófreramna carne, o flagelo nazista, unidos peta identidade
—. Malcriada. Vais ficar brabo porque não me guar. do terna) ¦— o amor, a mulher, a criança, o lar sempre distantèt
zendò de quando cm vez, ara_ daste abacate. Olha prá mim: o tempo a prece, 0 homem que luta se dilacera.. .o prisioneiio,
bescos nc ar com a colher gorda e feia como a Marina. .CHARLES Autrand revela-nos um temperamento forte, uma
Vão fazer troça de ti, na aula. Tu és a minha mulherzinha ?
vasia. . .
És bobalhona e feiosa. Va. A menina sorriu: personalidade escultural. Sua poesia penetra a cada passai naa
O gosto da fruta era me. Quando é que a gente simplicidade das linhar, sóbrias^ de um Hpurabloco, bloco de vida,
lhor do que o da merenda que mos — gritou zangado. Pede como êle mesmo afirma de sua amada e calma" tão natu~
levava para o colégio. "Mas perdão. Anda -— ordenou. vai se casar? , ral como "um cubo de vida".
Lili continuou calada, de —• Uc. Quando a gente Surpreénáe-iios com imagens audaciosas largados, esponta-
a merenda é tão boa! Marina
todo o dia pede um pouqui- cabeça baixa. crescer. ; neamente, no ritmo largo e poderoso como sua própria ins-
Beto bateu-lhe na mão com -ü-'Faz as contas, Beto. Eu piração,
nho" estava pensando Lili tenho sete, tu \ tem nove. ';.

a régua.
¦
.• ¦
.-¦....¦•-..

quando o primo entrou. ¦ «

¦ ¦ i
Agora na outra. Piá Quantos anos são ?
Espigado, com cabelos crês-
pos e escuros, meio curvado aprender.
Não choro — disse a dos.
O menino contou nos de-
, CHARLES AUTRAND -
ao peso dos livros, e o boné Nove, dez, onze... Fal-
relaxadamente jogado para menina. Tu me pagas. Vou
traz, êle falou: rasgar todos os teus desenhos. ta 12 anos.
Nunca! Por causa disto Posso te beijar ? — per.
ó. Lili!
A menina nem sequer o vais apanhar mais. Senta — guntou a prima. POEMA
o'hou. Continuou brincando empurrou-a para a cadeira — Pode. Só uma vez.
com a colher vasia. jura qúè tu não vais pegar Lili ficou na ponta dos pés
Beto atirou os livros na me- os imeus desenhos. e'" beijou-lhe o nariz. Tu, crês que no meu sono há pirâmides,
sa do meio da sala e puxan» Lili sabia que o tesouro de — Tu és tão bonito! Deixa
do uma cadeira sentou_se ca- Beto eram os desenhos) Cha. eu passar a mão no teu ca- pirâmides que se erguem para a noite,
lado. Abriu um caderno com mavam de ninho (gostavam belo?
muito de mistérios e não que- estáveis cabos de alta tensão,
a bandeira nacional na capa Não. Agora vamos andar
e resmungou aborrecido por- riam que alguém entendesse de balanço. Vem, ordenou. mais duras que o granito
aue o lápis não tinha ponta. as suas combinações e brin. E o chão ? Está tão sujo !
Procurou uma lâmina numa quedos), o buraco da parede, tu crês que esta solidez me limito
no porão, onde o primo es- Vou pedir prá Julia limpar «
latinha velha. antes que a mamãe chegue. e se apoia nos meus ossos *
A menina estava olhando: condia os cadernos escolares Ela foi no médico com o pa-
Tu vai te corta, Beto. aproveitados para desenhar.
Não tem mais abacate ? Havia retratos dos tios que pai. Vou ganhar uma irmã- na interseção do meus ossos
moravam na fazenda e do zinha. Tu sabias?
— perguntou p menino, fin- Não me importo.,Vamos afogada nos músculos
gindo não ter ouvido o co„ cavalo baio que puxava a
carroça. E até a carinha andar de balanço, anda. Se- tu crês no meu sono e vigílias endurecidos por uma couraço
mentário da prima. não fica tarde.
Lili encolheu as pernas c miúda da prima, com olhos
verdes, franja e cabelos li- A menina não reparava tu crês que sou forte
respondeu zangada: na impaciência do primo, e
Não tem. Já comi tudo. sos. Beto desenhara a prima muito séria, cheia de ciúme,
Puxa ! Tu vais te err> e troçara muito: "Teu cabelo
perguntou-lhe: Quero falar-te do sofrimento
panturrar. parece piaçava". Tu vai gostar sempre de
Não tens nada com isto. Folhas e folhas de riscos mim ? Mesmo que a "irmãzi- quando nossas lâmpadas abafadas se apagam
Tomo purgante depois. Mas vermelhos, azuis, verdes, ama. nha seja mais bonita que eu ? quando teus olhos
falou tão estavanadamente relos. O tesouro de Beto. Só gosto de ti — garan- glaucos como as águas dos mores do
que o prato caiu no chão. Lili sabia mas a mágua era tiu Beto. [norte
—Rápida, pulou da cadeira e mais forte do que o carinho A mamãe só fala nela — emergem à superfície da peU
agachada, as pernas gordas que sentia pelo primo. Lili. Todo o dia.
Tu és tão bruto que vais queixou-se da carne dócil
vestidas com meias cinzentas, —- E* sempre assim quando
meteu o dedo num pouco de ficar pequenininho como • o
anão da .história. Cada bolo vem irmão prá gente. Não e nem percebes a pressão da fronte que adormece . «o meu
creme que ainda restava num faz mal. Eu gosto de ti. Va-
dos pedaços da vasilha que., vai "te diminuir um pouqui- [ombro
nho — e continuou ameaçan. mos ligeiro.
brada. Lambeu-o satisfeita e Se tu gostas tanto — pro- ou a languidez de tua carne identificada à minha
virando-se para o primo dis_ do. Quando fores bem me-
norsinho que eu quero vêr meteu a menina — eu vou esta hora é tua
se muito altiva: brincar de mulherzinha e ma-
se podes me bater. Nunca
Viste ? Comi tudo. mais quero te vêr, Vou pedir rido contigo, lá no porão. Tu Teu sangue estua tão dentro do meu que em certos me-
—- Bem feito. Quebuaste o queres ?
prá mamãe que te mande prá Quero, sim. [mentos duvido^
prato. E a tia Ondina vai te fazenda, de novo. E promete:
dar uma sova porque sujaste Quando eu ficar grande me Passou-lhe o braço pelo om- da existência de barreiras »;.;
o chão. Bem feito. caso com o Cláudio. Êle é bo- bro.
' —
A menina avançou e bateu- nito. Corre mais ligeiro que Tu tás crescendo ligeiro, limites
lhe na mão que segurava o lá. tu. Lili. Vamos apostar quem obstáculos ,
pis: Bonito, não —> contra, chega antes? Mas as últimas
Nojento. Se tu não ti- riou Beto. E' feio. Parece um palavras já foram ditas en- e permaneces calma e pura
vesses chegado eu tinha co_ ôvo de Páscoa. Tu vais casar quanto corriam para o jar- natural como um,cubo de vida
mido todo o meu abacate. comigo. dim.
quando te chamo com a voz de minha alma
e a alma por sua vete se acalma

Curiosidades literárias ignoras o sofrimento


e na limpidez verde de teus olhos
"A conduzem ao mesmo fim. Gos- sileira, ou antes, a precursora tua doçura ultrapassa a minha sede
* Alfredo Pujol e to mais dos seres excepcionais do romance brasileiro, passa
e eu mesmo sou um deles. Pre- por ser Tereza Margarida da Quero falar-te do sofrimento
Carne" — ciso delçs, aliás, para fazer so- Silva e Orta, nascida em São
bressair meus tipos vulgares e Paulo em 1712 e autora do ro-
Um trecho do famoso artigo nunca os sacrifico sem ne- mance "Aventura de Diofanes" Quero falar-te do meu sofrimento
Alfredo Pujol. desan-
em que "Carne", cessidade. Mas esses seres vul- em que jmita o Fenelon do
cou a de Júlio Ri- "Telemaco". lâmina de aço que te contem e mais te condensa
beiro: gares interessam mais a mim
"A Carne" no seu conjunto do que à senhora. Eu os am-
—¦ escrevia êle — é um livro plio e os idealizo, em sentido * Gomo Lawrence escre- que envolve de sombra tua luz
inverso: no da sua fealdade, de
desonesto. Há ali a harmonia
de um raro estilo; há descri- sua estupidez. Dou às defor- via um romance • Quero que tua boca sinta minha respiração cortada
midades proporções assustado- o rítimo cortado de minha vida „
ções magestosas; há períodos ras e grotescas. A senhora "Estou avançando bastante no
coruscantes, frases potentíssi-
mas; há palavras de uma so- prefere não ver as coisas e os meu romance —- escreve D. H. a cadência cortada do sangue em minhas veias
noridade encantadora; palavras seres que lhe causam pesade- Lawrence numa de suas cartas.
los. Idealizar no bonito e rio — Por pra o mundo verdadei- nas artérias vermelhas como os desejos que me fizeste
que falam, que choram, que belo & "obra própria da mu-
cantam» há coloridos vigoro- ramente' para mim é o de mi- [esquecer
síssimos, esbrazeados, relampé- lher". nha alma a refletir-se no ro-
jantes. Mas a banalidade dos mance em que trabalho. O quero falar-te de minha sede e de minha fome
tipos é deplorável; o todo é yk Um julgamento de João mundo exterior pode ser, no
chocho, pulha, reles, pomo- máximo, suportado". desta ternura tão tua /
gráfico, chato, sem uma direçãp Ribeiro
estética, sem unidade psico]ú- "Im- i< A modéstia de Mario de desta doçura tão tua
gica, sem arte, sem verdade, Num pequeno artigo no
sem honestidade". parcial", em 1919, sobre Eça Alencar ondas mansas na fronte
dizia que o romancista portu-
guês nada construiu, mas de- de tuas mãos calmas à fronte
Ík Duas concepções de molia alegremente, dando o
Numa carta a Hermes Fou-
tes, publicada ha muitos anos de tua fronte calma de minhas mãos pesados .
romance mais belo ritmo às ruinas que numa revista literária, Mario de
esboroavam". Acrescentando Alencar dizia: "A minha fortu- de tua pureza à minha febre,
Numa carta a George Snrd, pouco adiante:
"Suas obras de edificação são na literária vem dos meus ami-
,' Balzac definia admiravelmen- fastidiosamente medíocres". gos que, com o seu talento e sua
i te a sua concepção de romance simpatia em relação aos meus es- Um dia hei de falar-te de meu sofrimento
1 e "Aa dela. critos superou o apreço do pu-
I senhora procura pintar o x A precursora d® roman» blico. É por eles que ainda con- e o frio do mar me separará de ti«-.
i homem como êle devia ser; eu tínuo os meus sonhos de escritor
procuro-o tal como"ele êv ei brasileiro ¦ .'•;• e prossigo no esforço de que afi*
Creia-me que ternos razão nal resulta"• obra mingua*
minha "*¦:-'¦ B«rbos«)'
{ftós dois, Os dois caminhos A primeira romancista bra- da»",.- vL{Tradução de Çtáwdf© T«y«re$
'^«£j*rr
'>'*'¦¦-- -&W.
^^gm^-f. m*-^*^ttf **»*¦**?"."
'"^k/

mmmm.m ii%TMÚS ÍS4RTES Pãgffta 7


•*..

O^esfoo
Capitai» Mártirfha
titos Mares Guia,, da Cftr-
ísoraçâo Musicai "Santa
VISTA PARCIAL DE cidade * as do campo, foram va*
rejadas pelos H músicos e fare-
jadas pelo Lolô. Aliás, oor um
dever de justiça, em nvm sempre
inato, desejo consignar aqui um

ILHA DAS CABRAS


Cecilia., de «lha das Cabras, .&"- ,
fado de Minas íGarais ÍEsíradada ' reparo: Lolô nesse particular de
Ferre-Deste de MwasJ, pedir nunca deixou de ser jêi-
sentei*- toso. Sem querer, e subrepticia-
ciou, ííüto dos costumeiros
en- mente, alterou os planos do Ca-
«atos -gue faziam « som des ims-
pítão e, nas estradas livres que
{A BANDA)
¦ai embocár peto iSeos d@
Jumentos «lisa e ir atàrarrtar os ;ouvi- derivam da Serra do Mirantão. do
dOa.do Tabelião Simplicio, is vol- Xamboti, do Parrecida, etc, fren-
*as «om .«ns. •vômitos secos te âs casas dos caboclos e com o
«ao ,cessavem nunca: qua
DANTAS MOTTA olho matreiro voltado para os pin-
tos, galinhas, porcos e leitões,
-., — ^®* feanda precisa ter tini-» engenhou também a realização de
forme. ».
fEsalou-se, ¦naturaímehíe-numa um teilão, tendo em mira o pro-
..«tinida rde quem espera duto das arrematações, com o
,pelo que pudesse, sem maiores delon-
própria afeito das #aia*re«.
tolA, o clarinetista, jpana gas, suprir as possíveis deficiên-
quem cias das listas. A noite, de re-
tudo no inundo .está errado, ata-
IhíHJ-o, tJncontinentL 'dizendo: gressò, trazia lá uma oú outra ga*
Mas precisa ter uni.orme linha, um frango, uma meia dú-
com©., senhor? Quem sabe se o zia de ovos.
Uái, Lolô, você está viran-
senhor acha que para a gente ter
esse tal de uniforme basta só fa- do comprador de galinha agora ?
Virei sim senhor.' Que é aue
lar ? Nãoo, hWessa.
vocês têm com isso ? Não po-
E se-recolheu, triunfante, espe-
rando tombem pelo efeito.de suas de não ?
Excusado seria dizer que o lei-
palavras. Entanto cada quaL coma
acontece com referência ao Bra» lão se realizou, rendendo, ao to-
sil, entendeu de dar 1ã seus "pai- do, com algumas caixinhas de
pirezirihos", à exceção do Jan- segredo, um pito de barro, dois
jão Cachoeira que, durante a ter- bicos de mamad?ira e uma Parra-
íulia, permaneceu quieto c abs- fa de óleo, esta última pendente
conso, fiel ao seu bombo, por da asa de um vaso, um ron^o e
sinal que dando ares de -quem cinqüenta mil réis.' Mais uma
sofre de •laringite, em consequên- vez venceu a pertm^cia do Mães-
cia de um pedaço de çachiné ou tro Cao't50.
saco de estopa velha que ike Sevro. que fazia o trombone
amarraram ao pescoço para sustet de nrmeira, iá sonhando com o
um dos pratos. un'rorm3, pTisava no d;a em rua
Lolô, verificada a sua "ren- pud-Drse ex:b?-lo à Z;z;nha. Até
rE mesmo o Lolô, nesse particular
trée" em cena, de novo des-
tramélou o papo, que esse é o bastante honrado, n"o ex^luui a
seu fadárioj "TiAbé", do bom- ¦h!r>nteçe de tram?r uma conqu;sta
bardino, conversava em s°gmdn qualouer. I'ha dfs r-bras todi-
com Juquinha, o solista, a um rib* errm só uniformes.
• canto da sala; Mitridates arengava Fi na mèhhã do 27. de -acosto
sugestões; Apgaua desenvolvi* de 1942, d!a de-^Mo à Snnta
, considerações, enquanto Ataualpa. C^cM^, nadroeVa do lu^r p oro-
| 6 dentista.,' do piston., gesticulava, te^ora da banda, procedida de
-, malcriado, devolvendo uns apô* atii.ns foguetes e roiõ?s, a rjltã
-que tolo, o declamador, benda romoeu as ^Ivorrdas, no
;jj dos com
! o indefectível, o inefável, enfim seu uniforme azul, execut?ndc
< O clarinetista, o-brindara, tazen» a mar-ha do f^pr^^eiro. em v,u>s-
' titir^ão ao do^ra^o "lo5é B;?s"
do-lhe abstração do aditivo Dr., Ilustração de LUÍS JARDIM Tal mutação foi ronven^ntem-^nte
£ quando Dos Mares Cuia, Capitão explicada denois pelo M^^s^-rd
V de longo curso da Guarda Nado-
' tos, durante uma tarde inteira, lhe £ entre ditos xistosos e tam- remptório; numa roda em que fi^urnvEm ns
nàf e-maestro da Corporação Mu-
"Santa fora por demais penosa. E por bem alguma brincadeira sem — Não adianta, somos a maio- grandes da terra: conse"u5ncia do
sicál Cecília", de novo isto, o gra-
sentenciou: .. que é bastante, e mais em ça, aguardavam o instante em que ria. Caso o senhor não esteja boné branco e do uniforme azul
virtude de ura drástico o deveria ser dado inicio ao ensaio. de acordo, por favor escafâda-se.
- — Bom, toom, toquemos a vai- farmacêutico,.;por detrás da que Zé Anísio, retardatãrio, já chega Por causa de clarinetista, não:
marinho.
- Aqui sirvo-mte do noticiário da-
sa "Danúbio Azul". porta,
lhe ministrara, está agora resso- filando fogo para acender o seu mandarei buscar um que quer vir do pel'"0 Candieiro": "À no:te,
. . .; ... Tralá, lálálá, .traia.... E ou- nando estúpida e agiradamente. O toco de cigarro. E o Tabelião,
tra vez o som dos instrumentos, para cá em.-.. Pouso Alto. nos salões do Foro, profusam^o
' r até'então desenlace é esperado a cada pas- segundo as últimas notícias que E dispensando os circunstantes, ilum"nr;dos e gentMm^nte ced:^os
acomodados na batalha so. Há também alguns soluços chegaram por intermédio de uma
de Canes.,,se Iro-scuindo peta viela • ; espaçados nò corredor contíguo ao das cantoras, Justificou tal dispensa, valendo-se pelo Ds.. Último de. Castro. in'e-
mal, O último en- de dois motivos que me parece- gêrrmo Juiz de 'D:re:tó, da Co-
escura e colonial ds Siá Elisa quarto e
que se amiudaram,
; de- têrro a que assistira e acompanhara ram plausíveis: o primeiro atinen- marca, verificou-se um nnimndo
acima, foi dar de encontro .aos pois que o • en-íarpelado ¦
padre entrou condu- numa ópa roxa e te à moléstia do Tabelião Simpli- baile, com o que a bsnda meni-
ouvidos do Tabelião Simplicio, zindo o viático e os apetrechos empunhando uma tocha sem vela,
'•'desta'feita;'-porém'/ mais cio, com o que Lolô, mais outra festou, de público, á sua gratidão
súáve', exigidos para o ato da Extrema o deixara aterrorizado. Chegou vez, não.concordou, alegando, en-
•".»• coisa que em geral não se verifi- à Sociedade de Ilha das Cabras,
Unção. Mas ta-is soluços, verda- ¦mesmo a comentar com o Juiz: tre outras coisas, que êle. além
ca, mormente se o ensaio é ini- deiras emissões sem lastro com o -r-T- Pichórra, Doutor, a pelo apoio dispensado. Em nome
gente faz de não ir à missa aos domingos, do povo, num improviso de fino
ciado com o dobrado "Cap. San- que desejavam transmitir aos cir- tanto sacrifício
para viver e quan- sendo um impio, um hereje. per- lavor literário, falou, saudando c
tos Gardoni". cunstantes qualquer corsa que do chega no fim, em que tudo seguiu, enquanto pôde, a banda. Maestro Capitão Martinbo Hos
€ entre a valsa intitulada "Da- cheirasse a sentimento, 'Em'verda-- podiam ser nos faz crer podermos descansar
"Pois
que vi para os quintos dos Mares Cuia, que ostentava, na la-
nübio AzuP e .0 sossego infinito taxados de "bestas". decentemeinte:, surge uma banda Infernos esse gafanhoto das cos- pela, uma lira, oresonte da Cosa
da noite .por Ilha das Cabras, pa- de, a doença, 1qnga demais, de. dessas..;.. tas tortas, antes mesmo de vo- "Pedro
Wein:?riH", do Rio, o ilus-
recia que o Tabelião Simplicio, há muito preparara a fam'lia pa- Todavia estava nos planos do mitar o restante dos bofes quo trado concidadão oa'r:c:o |. P?n'o
no fundo de sua cama, a bengala ¦ra .receber, os espensais do Tabe- Capitão Martinho, por força de lhe sobram". Fernandes, func:onírio aposon^rdo
com que esbordôa a porta do lião Simplicio com a morte. um pedido que lhe fizera nas d'"A Equitativa" e provéto corres-
Acresce que o Maestro-Caoirão.
quarto chamando por algüem;- ao- ' • Enquanto^ 'porém,' isso se pas- vésperas o Presidente.do Diretório
lado, dava os últimos aprestos.pa-., sava na Rua de Cima, no sobra-
impassível, passou a cuidar da se- pondente d'"A Noite".
do futuro P.S.D. local, interrom- No:te horrível para Simplicio.
.ra a -longa viagem em .busca da do-casarã'o do Tabelião Simplicio, per os ensaios até que o Tabelião gunda
"exposição parte de sua bem clara
de motivos", entre* Apesar de no fim da vida, a;nda
Eternidade. Apesar do sossego, já o ensaio, na Rua de Baixo, ter- Raul resolvesse uma coisa ou ou- "imunda".
tudo indicava que ia chover. O minava
meando-a de algumas considera-' pôde taxar a música de
pateticamente com os tra. O suposto ensaio, dessarte. "na-
vento, erguendo os papeü'-pelas'; ¦ derradeiros sons da valsa "Danú- possuía outros objetivos, mais ções judiciosas e oportunas.: IV
bio Azul", sem que .0 maestro transcendentes, aliás, e ninguém da há mais que ensaiarmos".
esquinas e pelas ruas, amortecia "A Amanhece. Alguns mús:cos,
o calor abafado. Simplicio'estava : Capitão Martinho voltasse às' car- parte mais difícil, comoreen-
mesmo poderia sequer perserutar dida pelo "Kirie" e pelo "Credo transviadós, são vistos pelas ruárs.
nevoenfo. Seus -olhos tinham ca- gas com aquela história de uni- •os secretos, desfgnios que se ani- in uno Deo", pertence ao conjun- Fardados, fazem-nos lembrar dos
taratas. De fato, nessa .noite a forme. Mas verdade seja dita: rihavam em forma de cone nc tempos da revolução. Severo
fo do Ma:or BenHca, e é do co-
vila se entristecera como quê, O ¦O Capitão sempre foi irredutível cérebro do Maestro-Capitão. apresenta um ar de festa acaba-
nheclmento de todos. Quanto ao
tabelião, envolto em crepe,,t.ran>- nos .seus propósitos. E os seus da. Lolô já' não se mo.stra tão
restante: o dobrado de rua será
mitia a mente do pessoal de Ilha decretos jamais deixaram de tra- Reunidos todos na sala pró- o "José Bia'5", da lavra do Mães- encantado como dantes. Teria
das Cabras Xum.» sentimento >-dé. zer o cunho, ©; -selo, a marca da com alguns buracos e uma sido de um só dia a glória advinda
pria, tro Perroni; para os leilões dois
bandeira a meio pau. Alguns, irrevogabilidade. Essa caracteris-
"com folhinha do Moinho Inglês So- de um uniforme? Não sei. O
mariscos, de longe em longe,1 tica êle a adquiriu no trato galopes, uni fox-trof, um tango
ciedade Anônima, pendendo da e o samba "Requebra Mulata", de leitor sagaz, inteligente mesmo,
aclaravam, inum átimo,. ,o,s -seres 'coi- ... os, homens da própria banda. Das parede, bem como, de um prego sabe como deve s:er difícil ao ho-
autoria do meu filho Lolô (mo-
Jnda transitando^ ás casas, as 15 figuras que a compunham, no- no portal, o almanaque das Pílu- mem ocultar algo que, exibido,
'tudo. vimehto geral de atenção), e com-
sas, Mostravam .mesmo;-do>. vé flhe eram.-filhOSí Apenas Lolô, «Ias do Dr. Ross, "Ho- tenha, pelo menos; o mérito de
outro lado do rio, o -casario bran- o clarinetista, era, no dizer da que transmite posto expressamente para a
"ovelha desgarrada". aos velhos hábitos do Capitão as ra da Saudade". forrá-lo de possíveis comolexos.
co de Dona'5inícã.: Depois 'se fe-:. muitos, a variações do tempo, o sobredito a Lolô caminha um tanto pensati-
A darmos crédito, porém,
chavam e, de -novo, tudo se con- Todavia se reiutava no princípio, vo. Em verdade seu uniforme
Capitão distribuiu a cada músico maledicência alheia, temos que
fundia -na escuridão. com algumas incursões até o meio, •uma
lista encimada pela sua lon- convir não
"ser
de Lolô aquele não é uma vestimenta diária-
;-.;i — Como vai o homem ? iper- logo cedia ,no ;fim, depois de ai- Dentro em pouco, estará no fun-
ga e larga rubrica e em que se s^mba. Preferimos mesmo, con-
gunrava tambem alguém na es» guns circungiros -e vários circun- .pedia um adjutório tra elementares e irrecusáveis do da mala com uma ou duas
lòquios. Essa condição de recla- para a compra
curidão. ^uniforme. pedras de naftalina. E êle no seu
—íMal, responderam -duas ve-* mador, porém, -não a julgueis que
do A cada um deu o princíp'os, abundar na ooinião de
prazo de trinta dias para a apre- Zequinha Amandio, clarinetista terno de brim kaki, sentado numa
lhas, sempre à cata de >moíivos nascia do fato de ser êle ;por Cadeira e com os cotovelos apoia-
sentação das respectivas listas -e da banda fronteira, e que diz, sem
para destrèncarem os beiços atra- ventura algum .músico excelente. dos na mesa de jantar, mal hu-
'longos foi logo dizendo: tergiversações, ser o dito samba
vis os repomos. Oh! nâo, vinha-lhe da circunb- ¦— Segundo me informou o morado como sempre, matutando,
de autoria de t-m tal Calimério,
-Não melhorou nada com os tância de ser o único clarinetista "hespanho- talvez, na sua futura nomeação
'banda., meu genro que, como .os senho- morto por ocasião da
remédios do Dr. Fulg-ncio Mar- da a qual êle explorava e -res sabem, é alfaiate, cada uni- Ia", na dispensa da casa do para o cargo de Administrador do
uns? — atalhava outro. convenientemente. formo fica cm trezentos cruzei- Lolô. Cemitério tvlunici^al.
Quer saber de uma <rcr>isa. ;:: : -¦ .
''seu'* Ilil
11 ros. -Mais o boné, cinqüenta cru- E comentava o Z?quinha, aliás As veias do pescoço, engrossa-
compadre ? No dia seguinte,, ali por volta zeiros, sonm tudo trezentos e cin- "O diploma de
Ahn... com certa graça: das por força de tanto acompa-
das 7 horas da noite, Simplicio, quenta. Dentro, pois, de dois compositor do Lolô ve'u pregado nhar nele o movimento da lin-
—- -Pois -piorou -e muito,, dis- ",|JI M| C*J" t»H» »wlllpiw( < tUO VKKiliÜ.U meses, a benda, uniformizada e nas costas de um atestado de gua, formam um 88. Os zigô-
se-D >nurn tom -de qrem pretendia alguns, raros -músicos vão se aíhe- pertencente ao partido cios Mara- óbito".. mas suicam-ihe a fronte. Todo
descer os últimos -degraus -da es- ¦gando da
porta da casa do Mães- gunços, hoje de cima, estará apta éle afinal são rugas. Vai a mala.
cada,. "tro-Capitão. —r- Ml
• Wo casarão de 'Sümp-ílíco- 'havia ^ satisfazer as exigências do pro- Revolve a roupa. Coioca por um
Boa noite. instante o boné na cabeça. Olha
gresso do lugnr. Trinta dias vagaram com as Us-
sossego e ipaz de pés pelo- assoa- "Boa noite. *f Lolô quis apresentar sugestões, tas os abnegados nuVcos da no es~e''-o. Toma da clarineta
ího. A .ginástica.«com ©5 vômi- Etc-. mai> «o Maestro Capitão foi ..pe- 'banda",
Todas as casas, as da ^Conclwe na 15,» pág.)
y< «s^a ¦
¦¦¦'N.- **T

LETRAS M ARTES ¦ Pagine 5


DOMINGO, aZ^1^4i6 DOMINGO, 22^V94S
jb^Tíi;iis-ii, ii/i.r£ò
íTôtÊiuo â

UMA GARTA DE COlS


GUIMARÃES JÚNIOR
' '<¦ /' ** ^JÉlliS
vvãá^89GHÍS
MÍiÍ""'"'
JS!s*«-:':"""
" •**'
&-WM Esclarece o romancista: nao poupando até os pró- do Rio de Janeiro para ir que estou fazendo —
"Be-
y. > .^.RA eu fazer misé- be de lã marron, e com Quero saber de outros "Jorge Amado, com o de barca a Niterói." Não co do Escarro".
fatos e, lançada a pergun- , prios amigos. De inimi-
cida- um apertado abraço," me é preciso dizer que fui ex- Olhando tanta desor-
( Jrias ! Sou um ta, deixo o escritor prós- seu conhecido máu gosto, gos, então, nem se fala, E'
V-/dao reconhecidamen- deixou à vontade, refeste- grande o anedotário a êsse pulso da banca, mas os dem, vou cautelosamente
seguir: inventou coisas a meu res-
te pacato, da hábitos mori- lado numa poltrona. Pas- " exem- respeito. Quero saber se dois outros examinadores selecionando a um canto o
so a olhar as estantes. Quando regressei da peito, dizendo, por
"Vida material que me interes-
gerados, tímido e descon- de isso é coisa antiga. O es- me aprovaram. Os colegas yíim
Num fundo da sala vejo Europa em 1912, escrevi o pio, no seu livro sa. Pego em alguns livros
fiado, incapaz de alterar a Luis Carlos Prestes", que critor sorri e me pergun- ali na saía, composta na
voz ou dar um palpite nas os seus célebres quadros, meu primeiro poema que ta porque tanta indiscri- maioria dc alunos baru= já esgotados, retiro de um
"O último eu andava de fraque ver-
rodas literárias, mesmo de Picasso e Chirico. A se intitulava: lhentos, me carregaram velho álbum antigas foto-
melho na época do mo- ção, se pretendo publicar
naquelas dos meus ami- conversa foi longa, longa passeio de um tuberculo- aquela nossa conversa, Ju- entre vivas e gargalhadas. grafias raras, faço um
so, pela cidade, de bon- dernismo. Pura mentira.
gos. Ora eu fazer misé- e cheia de pitoresco: bla- monte de originais de li-
rias ! vros, artigos e poemas. Na
^as ò fato é que me ex- ' '¦' s' -¦¦'.'...
...
':-~W^<--r-y&y-.
._ ¦ «
mi ,„I|ILM
pasta de cartas, que nao
cedi no último dia em que é lá muito grande, escolho
algumas. A pilha está crês-
passei em São Paulo. Ex-
cedi-me nas exigências, a cendo, mas eu tenho a ha-
l/~?
bilidade d e escamotear
propósito de certas con-
fissões íntimas dos escri- naquela balbúrdia de pa-
tores paulistas e pratiquei péis espalhados. O difícil,
determinados atos que, já vejo agora, é poder sair
agora, de cabeça fria e li- da casa do escritor sem
vre de influências estra- deixar desce.danças. Por
* «C*?j
.-~-, -
't'*»vUP V ' o '^.
nhas, fico um tanto sur- sorte, fui cci.i o capote
¦ -
jte* Jl

N emprestado. Capote que


íí^ví fà'£a* €5» preso e encabulado.
/
servia para resguardar ou-
< >
E' verdade que na mi- tro físico mais corpulento
nha primeira tentativa do que o meu. fèsse capo-
desses atos fui surpreen- te foi a minha salvação,
dido com um zelo enor- i Despeço-me. Saí da casa
me. Assim é que na visi- /. do romancista com o meu FOTOGRAFIA DE AUGUSTO MEYER AOS

VI 1^8 AO EM SÃO
/«*•»'
ta'íeita à Biblioteca Mu-
\ r nicipal, o crítico Sérgio
Milliet não me deixou li-
uL peso acrescido de alguns
quilos. Mas saí trartquila-
mente naquela madrugada
15 ANOS DE IDADE
vre um só momento, e friorenta pelas velhas ruas
***** quando fui com o mesmo paulistanas com a con-
'$$$$*$¦ tffi wf»4^*
y* H visitar a seção de do-
cumentos, êle ainda #se Oi ciência também pesada. O
remorso porém não durou
conservou todo o tempo
• " «HÍ ' 5fS ** -^o <$***& *%aiírt!1S5=^ muito. Na manhã seguin-
/& È & 0& &>» ao meu lado com os olhos

O FRACASSO DE UMA EXPEDIÇÃO


te quando preparava as
desmesuradamente aber • malas, aparece-me Osvald
tos a olhar para as minhas kS Jk
de Andrade no meu quar-
mãos e meus bolsos, a ver to de hotel. Fiquei surpre-
com certeza se estes au- Ilustração de SANTA ROSA so. O escritor, risonho,
III
mentariam de
Mesmo assim, num mo-
volume.
vai logo me dizendo:
¦— " Seu Conde, não é
DEDICATÓRIA DE MAURICE
'*, 0 "^ ',«*:r "^ tf mento de descuido, quan- que a minha mulher deu
y . > , * »«*a
do uma série de carica-
turas tomava um caminho gues, anedotas e piadas de". Esta minha primeira Já que você relembrou ro seriamente que não. ,
Não sou repórter, apenas
Daí por diante fiquei com
fama de "pisador".
• a por falta de alguns retra- BARRES A JOSÉ' VERÍSSIMO
antropofágicas. Sim, ami- idéia de fazer poemas foi um fato dessa época, vou tos e originais ?
menos honesto, o crítico devido ao meu fracasso contar um outro interes- é uma curiosidade inocen- â Não pode ser, seu
percebeu a tempo e disse: gos, misíifiquei um peda- sante que se deu. Vila Lo- te. E aqui estou eu train-
ço e deixei no escritor a em querer traduzir Here- Já é tarde e os do- Osvald, sou honestíssimo.
— Bem, essas aí eu lhe dia em versos metrifica- bos, tendo chegado a São do o amigo e revelando Mas Osvald dá uma boa
certeza dc que eu enten- cumentos ainda não fo-
dos. O poema do tuber- Paulo para assistir a ins- esses pedaços de conver- gargalhada e observa :
farei presente. dia do assunto. Antes de ram conseguidos. O escri-
culoso foi recebido com talação do primeiro movi- sas de uma noite encanta- " Não tenha susto,
E foi cancelada a visita subir para o seu gabinete, tor convida-me para su-
mento modernista no Bra- dora e divertida. Mas,
às outras seções. Na sai- onde mexi nos seus li- grande escândalo. Não fiz bir até o seu gabinete de meu caro tudo isso aí é seu,
vros, documentos, e escon- mais versos até a Semana sil, com um caio arruina- passemos a palavra ao es- trabalho. O seu escritório Está muito mais bem
da sua fisionomia, embo- do, apareceu no palco do critor:
di tanta coisa, não quero de Arte Moderna em 1922. é de uma desordem alar- guardado com você. Eu
ra cansada, era sem dúvi- Da Europa trazia idéias Teatro Municipal de chi- "Aos 13 anos de idade, tenho a maior satisfação
da de alívio. Vou ao en- deixar de contar as con- mante. Livros de cabeça
novas. Chegado aqui pu- nelo e casaca. A vaia foi em lhe presentear. E olhe
contro de Mario da Silva fissões que arranquei de aluno do Ginásio S. Ben- pra baixo, pelas estantes,
ti Osvald. •
' bliquei na revista
"O Pir- tremenda e todo o mundo em cima de cadeiras e que depois lhe vou dar
Brito e, depois de uma to, eu era perseguido por
outras coisas mais.
ralho", que fundei e diri- um lente. Por ocasião dos cantos da sala. Na mesa
longa conversa, consigo Vou envolvendo - o e
algo que felizmente não gí, o primeiro artigo re- exames quando dava a de trabalho uma quanti-
guardando na imaginação clamando uma orientação dade enorme de cadernos
* . •-• -" *\ me deu remorsos. O re- a conversa. Quiz saber de minha prova de corogra- E agora termino estas
nacional para a pintura. ¦D üBr* J&ftr^A ^*flP$kSl fi* Bi i "Por- de todos os feitios tama-
- - - ¦ —i3j**h morso só viria depois, sua primeira manifestação
||P fia, caiu-me o ponto crônicas com a revelação
*,** y Fui o primeiro a defen- tos de segunda ordem". O nhos e cores. Osvald ano-
quando saí da casa de Os- literária e Osvald, puxai]- der Aniia Malíaiti dos de todos os meus pecados
vald de Andrade. O ro- professor que comumente ta em pequenos cadernos
de 3 meses do "PARIS- " do de seu enorme charu- ataques de Monteiro Lo- — contei 23 — todo o ma- cometidos. Mas estou com
LüNDRKS, 8 dc" fídcmbro clc natura
mancista de Chão" há to uma fumaçada, me diz: mandava os alunos deco- a consciência tranqüila.
; 1874. JOURNAL" e outra pelo mesmo bato cm 1917. Também rar a matéria sem se in- terial e observação que co-
tempo do "XIX Siecle", ambos dois dias que me*convida- Foi um plágio, "•':!"*" Porque para o futuro tudo
¦; Meu curo Loonairau. ra a ir à sua casa e eu, fui eu quem lancei Mario comodar com cartas ou lhe na rua para os seus
jornais de Paris. Já se sabe que de Andrade em artigo pu- Sempre está isso constituirá um acervo
«'¦ Ikccbi a lua èstimadíssima com um medo danado de -Que? mapas, decidiu, diante da romances.
a assinatura deve ser para Lon- "Jornal do Co- poderoso para um melhor
citrlá tié (i do corrente,
cxprcssõps lisongeiras, expres-
soes dignas dum amigo como lu,
cheia do
dres. Indaga e comunica-nte.
Sc t€ fôV possível conseguir
que alguma casa de Paris me
lá aparecer, porque, com;
toda a certeza, o escritor
me falaria em Antropofa-
Sim, um plágio. Eu
lhe conto :
" Meu
primo
blicado no
mércio" de S. Paulo, inti-
tulado
"O meu
poeta futu-
banca, que eu fizesse de
cabeça uma viagem imagi-
náriado Sul ao Norte do
com um desses pequeni-
nos cadernos no bolso e,
se ouve numa mesa de
conhecimento dos homens
de letras do meu país. Sou
um cidadão à margem da " ' -
Paulo Inglês de Sousa
e as quais muito me penhonun.
Kstou à espera dc remoção
mande algumas amostras
flancla de cores /com
de
ealpicos
gia e até aquele momento
eu nada conhecia a res-
chegara do Rio, e aqui,
rista". Depois disso, sem-
pre combatido er incom-
Brasil, sem entrar nos
portos de primeira ordem.
café ou num bonde algu-
ma conversa ou fato in-
literatura, mas luto, abor- Ws. m
reco, sofro, sonho, e amo ,,yyyy:¦'-.-¦•
<•*«"¦'
::>¦;:

(islo é: conto, já com o ovo largura, etc, em São Paulo, onde eu publiquei o teressante, anota-o para
no...) Sc cíá vier, que pechin: pretos e os preços,
peito. Iria fazer um fias- morava, isto em 1902, me
preendido,
aquilo Comecei pelo Rio Gran- verdadeiramente as coisas :¦; . ... „.,.,. ,,, ...
.'¦¦¦¦ •••-¦;¦»:-;•:•:-: •:•.-:•
,,;''
meu primeiro livro com que fazia depois transportar para os
procurando wMwmm
minha mulher escolher, pensou ** de, Santa Catarina e Pa-
eha! Não imaginas que horror para co dos diabos. Enfim, não contara várias histórias futurismo. . do espírito, ¦ ¦:-y-
livros. Num enorme ca- m
•:•:¦:•:•:-

fazes.me favor especial.


seria por causa do assun- Guilherme de Almeida. parte âo raná. Quando quase ia
- vai por úle Londres! Daqui a
as minhas intermi- que me deslumbraram. contribuir para que as ge-
Foram duas peças teatrais derno manuseio os origi- ¦ -

Desculpa folga mm ¦ '¦


¦¦:¦:¦¦¦¦¦'¦ \-

pouco tempo o eol vai apagai* a to que eu iria perder tão Não dou ao rc- entrando em Santos,^tive rações vindouras, através &y:y: ¦,yy----r-^
návèis massadas. Entre elas havia uma que ' em francês. Tinha 26 responden- nais desses romances. Bas-
Janterna, c ficaremos às escuras, ótima oportunidade. Con- mancista que,! tempo ainda de atingir
-:':'

de documentos, confissões,
:-:¦¦:.:¦:•;<--:•:-:¦>:¦.¦,:•.'-;.'.¦-.';¦>.'
¦'¦:r'-;

Depois da tua resposta mau- me deixou bastante im- anos." minha, São Sebastião, Angra dos tante riscados e trabalha-
Admirei-1.ic muito eom a noü,
sultando o dicionário de do uma pergunta depoimentos, exigências,
cia da p.Yftidn tio Àcâeio para dar-tc-ei o dinheiro para paga- pressionado. Ouvi calado Que precocidade, seu declara 2
" E'(verdade, fui Reis e, afinal, disse: "Rio dos. Vejo anotações pelos
mento de jornais etc. Diz a mestre Aurélio e com um toda a descrição. Trata- tenham um conhecimento X-Iv-vX'".'" ¦ •'•'¦
Spa. Não só êle não me res-
preso 13 vez||t das quais de Janeiro". O professor cantos das páginas naque-
maistrinha que eu eempre rezo pouco de mistificação, a va-se de uma moça que Osvald ! mais seguro do clima em
pondeu a uma ear!<>. que lhe es- Nada disso. oito .como ctüfeista e as fez um escarcéu dos dia- Ia sua letra um tanto de-
crevi uliimamenle, como tam- «m padrenosso a Appolio e situação para mim seria tinha morrido de amor em e irrequieta. que viveram os homens "À
uma Ave-Maria a Orplieo, pam menos embaraçosa, Foi o Nesse momento lembro- outras por brí|á e contra- bos para demonstrar a mi- sordenada de letras desse nosso tem- José Veríssimo, áms de Ia France, remer.çf*
bém não achou ocasião paijá São Vicente e aparecia to- Pergunto qual dos seus li-
que os liiunfos aumentem dc que fiz. .i lhe que se conta em tom venção, Tive |te um due- nha ignorância. A raia ti" po. Tempo tí\o trágica- '
participar_mc a sua viagem! das as noites. Ora, saí dali vros que mais ",gosta.
Com v.igar eu te contarei no- hora para hora. Adeus. Os nos- de anedota a sua chegada Io fracassa dc/j nha sido danada. Mas fi-
— " Nenhum mente angustiado e tão ments et sympathie.
vídades a esse respeito e oa- sos' respeitos c saudades a tua Quando 0 táxi.me tlei- e não perdi tempo. Apro-
Osvald idte:
'p-adrade é.
quei calmo e disjse con- diz êle.
tragicamente rico.
xotíem frente à casa de veiiei a idéia do primo e ao Rio, naquela época} " " Embora minha predile-
excelente família o tu recebe um homem flfce faz bla- vmcèntèniente : Senhor , MAURICE BARRES"
tros.
urna dúzia de abraços do teu Osvald, o romancista apa- Hz um conto que a famt- com idéias e índumenjaria "porto em vá uara este último J. G. k
Peço-te o obséquio de me :?n-
, modernista. .. v'áues a wo^iÉ^-ik.^d^ professor, entrei no
receu-me metido num ro- lia muito apreciou\W"
«lagares quanto cusfa uma assi«. i Luis Guimarães Jr,.
—i
\

ií.k
.-..,-:ií/ :¦..y .^i''A,f,.\.' .*-* ?, -i' L"..V 1
>»—
•jé^aSK'K:'-- 'i-t&Vf,':*%£$* - -***!.! ." ¦ ui_Í?5Í *¦

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¦ ^-' 'í':í-J.'/

LETRAS0ARTEh ffJHíMIlliGOt-l^.WS
.{réglww ***

¦'
r-f
_-r_r.xj.uBUIÇAO
,k ano em curso, para a
Mteraíura nacional, é,
inegavelmente, .uma dás mais
do
"Os Servõf da ÍVforte" tando a sobrinha de pouco»
meses e desaparecendo'. An-
gelo, em seu delírio, ouve
voz da mãe chamando-o
insistênciae saia vagai pelos
com
a

importantes e positivas dos campos como se fosse dirigido


força su-
últimos tempos.. E'• incontes- por uma misteriosa ha fa-
•',;¦• tãyel que temos, tido, nêòte perior. Acaba sozinho
ano que já se aproxima do ALMEIDA FISCHER zenda, como um espectro, co.
mo uma assombração.
seu término, grandes é signi- Claudia, grávida, pisada no
c..•;;•: ficativas estréias em diversos "Os servos da morte" foca. marcou com o irrecorrível es-
o ventre, brutalmente, por
gêneros literários. Se o ano rigos e as dificuldades que liza a vida de uma família tígimVdà desgraça.
Quincas, geme no leito sen-
passado foi o da poesia, com gênero ©ferece,
presa entre os limites de Paulino Duarte, dentro da tindo r1" ^s horríveis. Termi-
a revelação de um João Ca- O romance do escritor baia. — mar- cegueira,
bral de Melo Neto; de um no, realizado inteiramente
_ma fazenda de cacau grande noite de sua na amarrada, possuída pela
cada pela desgraça que arras- sente a preseaça o a esposa fúria.
Bueno de Rivera, de um An- num clima de aluciuações e avalanche raivosa, morta, como uma persegui-
este é ta, nunià Emílio, depois de vaticinar
tonio Rangel Bandeira, de tragédia, ao <?ua1 » luta de todos os seus membros pei° dentro da
o da prosa, em suas várias ção permanente, vingança que cai-
sentimentos e o entrechoque roteiro sombrio da loucura, casa, no delírio de Ângelo, na à grande Paulino Duarte,
modalidades. O aparecimento dé explodem violen- do delírio, do crime..O autor e, na sua im. ria sobre
"Sagarana", Volume "Rosa, de paixões Voz de Cláudia morre abandonado em seu
de tamente, arrastando os seus ti- embora de não reagir,
contos de Guimarães humanos, marcados por
procura defender,
a
potência, pode
dòs fantasmas catre imundo. O capataz de
pos uma maneira imprecisa, não pode fugir Anselmo acaba louco furioso.
foi üm acontecimento que uma estranha morbidez, na tese de que, os que vivera lhe enchem os silêncios
conseguiu agitar um pouco o voragem de acontecimentos en.
que
os sonhos in- Osório Barbosa e a esposa,
afastados de Deus, jamais prolongados e têm o mesmo destino. Todos
marasmo reinante em nosso que sacodem e machucam a euulrarão tranqüilidade e fe- de um atros sofri-
mundo dás letras, dando ori- tranqüilos terminam mal, todos são per.
nossa sensibilidade, — traz licidade. Quase todas as per- mento que atinge, às vezes, da
gema uma onda de entusias- em si uma certa soma de in- sonagens do romance deste e acaba seguidos pelo fantasma
de as raias da demência; da morte. ^
mo em torno desse. livro fluências benéficas de escrito. estreante de talento, cami- loucura e "Os ser.
morrendo tragicamente. Ro- E' esse o clima de
estréia. Houve, como sem pie res estrangeiros como Julien aluei, mais deca.
nham, nesse clima de drigo, cada vez vos da morte", denso, pesa-
acontece no Brasil, um certo Green, Virgínia Woolf e Was- tragédias, cheio na bebida
exagero nos louvores aos me- nações e de dente, procurando do, fantasmal. As suas per-
serman. que lhe dá essa rara e de apreen- trégua às suas violen-
ritos do livro do novo contis- força de fixação e objetiva- de avantesmas a
uma
ura farrapo ab= sonagens caminham sempre
soes, em direção ao vicio, tas crises, é em direção à desagregação e
ta patrício, — exagero natu- dos tumultos que se pro- dentro de camba-
ral em uma raça apaixonada
ção
cessam no subterrâneo das anulação, a morte,
os
jeto que perambula
termina ma. â ruina." Positivamente, o au-
um fatalismo terrível que casa;
e trooical como a nossa — consciências.
leante pela tor abusou, até certo ponto,
mas, ninguém, de boa fé, po= das cenas trágicas, sacnfican.
de negar que essa estréia te- do, às vezes, a própria veros,
nha grande significação lite- similhança da história. Pare-
rária, represente mesmo uma
das mais importantes
em trânsito.
"Sagarana"
lou_nos um contista de grande
do ano

força escores? ion ai, de estilo


revê-

casti-
CÂNTICO NEG RO ce-nos que esse abuso foi pro-
positadb, pretendendo
isso o romancista baiano de.
fender a sua tese de que os
homens não
na
podem
ausência
com

viver
de
incisivo, de linguagem tranqüilos
alto D3us. E' uma das de-
ça — Dossuidor de um poucas
de caracterização, mar- ficiências que apontamos no
*
poder
cando as figuras que desfilam (FRAGMENTO) j>

jjvro __ embora esse mesmo


em seu livro de forma su- defeito seja comum em gran-
gestiva e definitiva. Só vou onde Ide! tendes estradas, des autores das letras uniyer-
Não \ não vou por aí! por s?is __ pois achamos que a
Todavia, uma outra estréia passos... ¦> Tendes jardins, tendes canteiros,
Me levam meus próprios demonstração' de uma tese
verificada recentemente, a de eu (em vao) nin- Tendes pátrias, tendes tetos,
Adonias Fi*ho. com o roman.
Se as coisas que pergunto
responde, Eu tenho a minha loucura ..„ não justifica o sacrifício da
[guém facho a arder na noite verossimilhança*nas obras de
ce «Os ^êrvos da morte" (Li- dizeis vós;
"Vem por aqui?" Levanto-a como um
Por que me {escura, ficção. Entretanto, com que
vraria José Olímpio Editora), escorregar nos becos - lamacentos nos lá-
talvez tenha rraior imoovtân-
Prefiro • E sinto espuma e sangue e cântico força, com que intensidade
Redemoinhar nos ventos, Adonias Filho criou esse am-
cia do que a do contista mi- farrapos arrastar os pes sangrentos,
neiro, embora as trombetas
Com biente quase que sobrenatu.
da pUbÍic'd"de não hajam
A ir por aí.;.;. n.i>i y..h Deus e o Diabo é que me guiam, mais nin- ral que domina todo o volu.
saudado seu aparecimento [guem. me! Raros escritores brasi-
com tanta insistência quanto Se eu vim ao mundo foi ..; \ Todos tiveram pai, todos tiveram mãe: leiros terão tanto poder de
a que se sucedeu ao lança, Só para desflorar florestas virgens Mas eu, que nunca principio nem acabo, fixação dos processos tumul-
na areia inex- Deus e o Diabo. tuários que se desonvolvem
mento de *S-\r*arana". Isso, E desenhar meus próprios pés Nasci do amor que ha entre
entretanto, sem empanar a {piorada na profundidade do sêr. Pou-
significação do aparecimento O mais que eu faço não vale nada cos arrostarão,.com igual êxi.
Ah! que ninguém me dê piedosas intenções. . to, os perigos que êeses mer.
do. contista das; Alterosas em
nossos meios literários. Tal- Como pois sereis vós .v; Ninguém me peça definições."Vem
. m . gulhos no interior das cons-
vez mais importante por se machados, ferramentas, cora- Ninguém me diga: por aqui! ciências costumam oferecer.
-escritor Que me dareis s; tgem um venda vai que se soltou, Inegavelmente, estamos dian-
tratar; de um bastan- A minha vida é
se alevantou. te de um robusto tempera-
te jovem nue se realiza, como Para eu derrubar meus obstáculos ? *_' uma onda quemais
E'
se animou... mento de romancista.
romancista, de uma maneira um átomo a que
Corre nas vossas veias sangue velho dos avós, Embora com mais deficien.
» •impressionante^ penetrando é fácil... Não importa. Virei, se possível, beijá-la, "Sagarana", mas
con- E vós amais o qüe onde vou. cias do que
com segurança no mundo Não sei para ^
Eu amo o Longe e a Miragem, — Sei que não vou por ai l também com máicrès qualida.
traditório e paradoxal, som. Amo os abismos, as torrentes, os desertos... des/ "Os servos da morte",
brio e quase queinescrütável em nossa opinião, representa,
da alma humana, — traba-
lhando. portanto,- material de
R E G I O até agora, a mais importante
estréiadó anov > :í
mais difícil manejo e trans-
pondo com felicidade
os pe- JOSÉ'
ÒQUÍSt EDITA HA MANCA CARTA BE H0ELDERL1N ASCBILIER
Myriam Harry, muito conlie- lo. Creio também que, para rea-
__ W 1t _—..*___* A.lllltn

Van Tieghcm, especialista em Nueríingcn cm Stuílgart, h dc também dos pobres e azedos fru-
¦•¦
literatura c;>nípârada, vem di- cida como romancista publica
"En tos que produzo. lizar um sistema '¦' do pensamento,
• de novo sohre o agora, um estudo critico setembro de Í795 e* é absolutamente necessária a
zer-nos alg» Aborrecido comigo mesmo
. p,,v^ -¦<*- "T w v-i!-sw. no Hvro Margc de Jules Lemaítrc".
*
• • com que tudo o que me cerca, Idéia da imortalidade. Da mesma
"Mtuwet. Thomme. et. Poeu-
de respeitável sr. Oon- acabei mergulhando numa com- forma, para um sistema de ação.
••'vre L '<¦'-¦¦ ¦ • ' •¦'¦' Um livro de sensação é o
¦¦-'¦''¦ "Us Hommes selheiro, que sô agora, e pleta abstração;.. procuro desen- : Creio por este meio ppder provar
.. .. *..*•• •"•.,' André Simonc PERDOE, de um até que pbnib ò!s céticos têm ra-
yólver em mim a idéia filosofia.
i
qui oht trálii ia Francc". de maneira tâp pouco bri- e até que ponto não,
I^afont; ~-
Aimé ""ovo'* certamento
lhante, eu lhe remeta a colabo- progresso infinito dá zão,
ftltum .-- di' '-os «m procuro demonstrar que ó ir;e- Sinto-me muitas vezes como
üm romancista da linhagem ração que o sr. tão generosamen- um .exilado; quando. me lembro
Bubstancicso estudo fsôbre Pau! espiritual de Charles Morgan: te me autorizou a lhe mandar. messivel processo a ser feito em
Va.c^, lüiü u.i.. caria prefacio cada' sistema, e que consiste na das horas que passamos juntos.
Marius Gront, com seu roman- A doença e o tédio me impe- sr., com sua generosidade, nem
do próprio Valery. ce: "Un homme perdu". diram de fazer o que eu própria- união do sujeito e do objeto num O 'ôn.
Absoluto, (EU, ou como p qUel- se irr":,va com o e despo-
mente desejava. es- lido espelho em que muitas ve-
André de Richard, um escrl- Talvez o sr. me permitirá do ram chamar), num Absoluto
Digno de discussão e comen- : zes, apesar de minha bôa'vontade,
tor estranho, ainda jovem, cora de enviar-lhe isto de outra vez. tético, intuitivo e ao m^smo tem-
certa semelhança com o nosso tarlos pelos novos "Kietzche",
pontos — ao me- teórico, r- só é possivelpor ei a impossível reconhecer a figu-
vista que sugere é 'o. Pertenço realmente^ po do Mestre que eu queria refle-
Lúcio Cardoso, lança mu novo -1;, ¦•'' res. nullíus —, ao sr. meio de uma aproximação infinl- ra
"Le dc 11 H especialista nos como tir. Oreio que só çs homens ra-
romance Mauvais" — o De forma, que © sr. pode dispor ta como a quadrãtura do efreu-
drama de uma adolescência ln- em estudos sociais. ros têm este privilegio de saber
feliz que nao pode escapar ao dar sem receber, e' de poder in-
seu destino. '•».;, "*; --• flamar até no gelo. Quanto a
mim, —- ai de mim! -- sinto a
Importante estudo biográfico
e critico sobre Mcrimé é este do
Marquês a A de Ltippé, intitu-
lado "Mcriiné*'. em que nos re-
POESIA PURA ; toda hora, que não sou um ho-
mem raro. Sinto-me duro e frio
l e mergulhado num horrível ln-
verno. Tão de ferro é o meu céu,
vela a vitU nonco eonltecida, São de psdra sou eu!
Toam desejarão a esplendida aventura E se deixe morrer ao seu deslumbramento, Em outubro, - provavelmente,
i publica e privada do autor úa sonho alimento ¦= do
"Carinen** — fjraade escritor e
De, uni dia, embora já sem forças, recolhê-la, Quem sabe nascerá para e vou procurar um emprego
homem de bem. De um mundo mais perfeito e compreemivol preceptor em Frankf'irt.
. * * Como um dom, um milagre diferente, Talvez seria um bom jeito de
lhe pedir desculpas por este par»
No terreno da pesquisa lite- íavrório que lhe estou escreven-
1 raria, Auguste Oupoy, também ânsias • ¦.' Não importa que eu seja, apenas, cinza* do, dizer-lhe que, de certo modo,
literatura comparada
mestre de "Elvire, Quem não indagará, decerto, em
apresenta inspiratrice — Onde a terei? em qne caminhos? cm que Não importa. Virei, se posivél, beijá-la, tomei por um dever, fazer-lhe
!J. [cstrèM Como uma prestação de contas de ml*
de Laroartinc", curioso tra- quem beija, a própria mãe, no rosfé,
• Vtajhn enhrw £«*« í»l»?her qUC ^3 PeáináoJhe perdão de machucá-la. nha vida. Mas mesmo dando es-
£í«. que horizonte Q*vlt «« divina distancia^ ta desculpa, eu não seria comple-
galeria da» hc-roása* ronianl!- Não imforia* Ouvirei, talvez a sua falat tamente sincero. Porque a ver-
ao lado de
cas poderia formar "Dama Ondef e procurará, sofregamenteK
Maria Duplessis, a das Como uma benção, como um Unitivo, dade é que meu único orgulho •
Com uma stde lerrivel, sua fonte meu único consolo é este úe po-
Camelias". Recordando a ilusão do meu sol posto )
* • « De infinita, de mágica frescura,. t_f de, sô mm vez, ter passado, ao de teve* der dirigir-me ao sr., e contar»
'.-.¦ Logo rieno's da morte do cri- lhe alguma coisa de mim. Sem-
Num acaso feíis, as mãos pelo seu rosto. pre,
*!co, Benjamin. Cremieu,. ree- J&SÍstíxA.MÜggUUi--t An»c»"« iiifvmP _ •_ •.ni: _amtrauvr
¦fj htlt >l «fl 'J ¦» S T% H Jlv,»í

n-
ditou se em if.rfris <» seu lom "Le Em que pais rmioio ou primitivot Hoelderlin".
ce tão pouco conhpculo de de Barrw)
Piemier de la Classe". ,, Não faz mal que éguém fique a l (Trad, Natftnftel

¦y\ '

/
'í.í -¦•.'
V*
LÉTTiAS È ÁU TES PéffVM 11
ÜOMlNGO, 22-9-1*46

dos vários ar- penso por falta de um ho-


"A Orí- rário apropriado para sua
tigos sobre
DEPOIS "A irradiação, e que não tenha
gem do Jazz" e muito anúncio. GHAR-
Música Negra", creio que
LES DELAUNAY dá a
poderemos nos transportar seguinte composição de
para a América do Norte, "Jelly Roll Morton Red
nos primeiros tempos da "Black
Hot Peppers" para
escravatura.
Sendo ponto sobre o qual
ninguém mais discute, o do
Música Afro-Americana Bottatn Stomp",
Chant" gravados em se-
tembro de 1926; GEOR-
"The

grau de civilização dos gru- GE MITGHELL (cor-


pos africanos importados,
e também o da caudalosa BATISTA DA COSTA net), KID ORY (trombo-
ne), OMER SIMEON
torrente de música negra J E LLY
"blucs", e também algumas bretudo porque atingiram do de que a redução paia (clarineta),
que veio fecundar e ferti-
lizar *a substancia musical baladas-narratívas cujo as- desde logo a divulgação 30 minutos do programa ROLL MORTON (pia-
"Amigos da América" obe- no), JOHN ST. GYR
trazida pelos europeus, já sunto. litero-melodico se por meio da música reco-
"folklore", íhida e levada à pauta por deceu à orientação do de- (banjo), JOHN LIND-
, temos o direito de nos re- prende ao
ferir a uma produção mu- Na verdade não se sabe brancos, além do que, a sua partamento comercial da- SAY (baixo) e ANDREW
sical afro-americana. muito bem quais dessas maioria se apoiava numa quela emissora. A direção HILAIRE (bateria). Para
Manifestou se ela, a prin- formas cristalizaram cm simbologia de iniíudivel da "Rádio América" admi- o disco de ARMSTRONG
"Parlophone" R-571 —
cipio, com fortes caracte- primeiro lugar, supondo-se, parentesco bíblico. te a possibilidade de um em
"spirituals" "Mahogany Hall Stomp" o
Dos falare- retorno aos 60 minutos de
risticas herdadas. Música por isso, que tenha havido
coral, principalmente, e um certo grau de simulta- mos com mais calma no se- irradiação. Esta seção só é pessoal é: LOUIS ARMS-
"Letras e Ar- TRONG (piston), J. G.
cantos memoriados. neidade na a floração dos gundo domingo de outubro, publicada em
se Deus quiser! tes" dos domingos. HIGGINBOTHAM
Não se encontrou nessa diversos tipos de música
SALVIANO G. PAIVA (trombone), CHARLIE
. época nenhum vestígio de afro-americana, exposto ca-
CORRESPONÊNCIA — (Rio de Janeiro) — HOLMES (alto sax.), AL-
música popular, nesse con- da um a influências locais,
ceito de arte feita para o o que lhe reforçou ou en- 1 Magnífica a sugestão para BERT NIGHOLS (clari-
fraqueceu, conseqüente- RITA MOTA - (São fornecermos uma lista dós neta e alto sax.), THEO
povo; e, sim mais própria- —- "clássicos" do HILL (tenor sax.), LUÍS
mente, características for- Paulo) Com o cinema discos
mente, a música feita pelo "jazz".
acontece "que todos gos- Tratando-se de RUSSELL (piano), ED-
povo, num sentido mesmo mais específicas.
folclórico. A música afro- Logo após a guerra civil, tam dele e o discutem pelas tarefa demorada e que pe- DIE GONDON (banjo),
razões as mais diversas do Ia sua finalidade exige'uma LONNIE JOHNSON
americana desse tempo quando os brancos (princi- GEORGBj
mundo; rarissimos, porém, cuidadosa seleção das (violão),
era, pois, memoriada, sem palmente os do norte dos "POP" FOSTER (baixo),
EE. UU.) dirigiram suas os que abordam argumen- obras mais expressivas,
autor identificável (criada BARBARIN
simpatias meio-contempo- tos legitimamente cinema- iremos publicando, ao pé e, PAUL
anonimamente, quero di-
zer), traüsiftitidà de gera- rizadoras para as manifes- tográíicos. Lamento que dos artigos, uma lista das (bateria). Ano de grava-
"Mau Pre- que ilustrem ção: 1928..
tações artísticas do negro, tenha perdido gravações
ção em geração por via melhor o assunto de cada
oral, e encerrando encan- lograram, à semelhança de ságio" que o Rio está ven- NOTA —: Para os leitores quo
tadores interesses eultu- um catalitico, obter geraí do agora. E* preciso conhe- um. A principio elas serão se Interessam por cinema te-
"negro-spiri- nho umft exoslente mattela:
rais e raciais. aceitação dos cer JOSH WHITE. Um poucas e difíceis de obter, LACERDA
(JORGE "furo"...) que me per-
Neste primeiro grupo tuals". Puderam assim es- atraso do correio aéreo mas, para depois de 1920, doe o o cineasta
vá juntando uns dinheiri- BIAPORA
RUBEM "Seção vai ficar
que muito influenciou o sas canções religiosas ad- originou a publicação rc- de Cinema" des-
nhos... com a
"jazz", incluiríamos os quirir uma certa precedên- tardada daquelas notas sô- te suplemento. Parabéns prós
"negro- espirituais" os cia no conhecimento do bre a fita. WALDEMAR M. F. FI- dois. B. O.
"shouts", "worksongs" - LHO-(S Paulo)--"No' Endereço: Rua Phineus, 87 —
i as mundo musical sôbr© os EDITH G. VIEIRA
"labor- songs", os demais cantos negros, so- (S. Paulo)
— Fui informa- Mundo do Jazz" está sus- S. PAULO. 4
ou

vevdadeiro e mais interessante do

0 HUMOR DE JULES RENARD


~ Na literatura é preciso ter- que a alma do vinho ou a alma
ae verdadeira coragem para di- da garrafa, pois não há razão
zer que o soneto d'Arvers nâo é para emprestar-se alma a um
uma obra prima. objeto...
••¦*..*
« » *
. —- O cúmulo do patriotismo: "Journal", de Jules: Re- -- Quando me diaem que pos-«
Apresentamos aqui alguns trechos selecionados do admirável desse
fugir de um céu azul da Prússia. nard, por onde se poderá apreciar o humk, a fantasia e a finara de observação suo talento, não é necessário quo
« * mo repitam: compreendo-o per-
descendente de La Bruuère,
Quando não se tem de feitamente.
— Os editores são tão gentis, cidos para me dispensarem de — Baudelaire: "A alma dfr vi-
quem falar, fala-se de todo num-
¦> •»

ler Homero e Ccrvantes. nho canitava nas garrafas"...


do. quando não editamos nossos Jl- — e es- Esta falsa poesia que se preo- Lamartine sonha cinco mi-
vros com eles. Existem narradores
* * • critores. Narra-se o que se vê. cupa em substituir o que existe nutos e escreve uma hora. A
•— Um homem simples, um ho- —- Aquiles e Don Quixote são, Não se escreve o que se vê: cs- pelo que não existe. Para um ar- arte é o contrário disso.
mem com capacidade para es- ao lado de Deus, bastante conhe- creve-se o que se é. tista, o vinho na garrafa é mais • « *
erever sua firma legivel. •— Flaubert era tão bondoso

. — "Les Sovers Vatard", de "CAMINHO que levava a sério todos os prin-


cipiantes.
lluymanns é um Zola de me-
tal, um materialisme de aWmi-
nk>.
» * *
NOTA SOBRE DE MUSICA" * *
As injurias de Leon Bloy
são os de um pobre diabo. Não
inquietam. Chamar alguém do
O horror dos burgueses »
burguesia.
ASCENDINO LEITE Idiota ou porco é exibir o .seu pró-
prio mau humor; não é pintar
nem distinguir um homem do ou-
sua vocação de critico e, por Em Caminho de Música, lo-
*•¦*'*.

Dois jovens muito "paulo- dificuldade inicial se tro. Não basta chamar a Bar-
chegar à inter- davia quase sempre é o critico rés de "camelo".
Virginizados". me parece intransponível meio dele,depôde algumas verdades que fala, o critico musical em
UMA ao tomar o livro do sr. pretação
de nucleares, comportadas artística. era todo primeiro plano — um crítico * *
Andrade Muricy, Caminho reproduzindo um
• _ George Sand, a vaca leitei - o processo da criação para quem, —» ÍSua eloqüência está para a
Música, para objeto desta no- O resultado da crítica moder- dos seus conceitos, a perfeição verdadeira eloqüência assim co-
ia da literatura. ta: a dificuldade de quem não a necessida- não é essa coisa fria, admira-
na não proscreveu mo Mirbeau para Mirabeau.
conhece a teoria musical, dc de da música para encaminhar vel e inútil mas aquilo que im- (Trad. de Brito Broca)
Balzac podia ser sido o úni- quem não é siquer um musico- o critico ao cerne desses proble- porta no controle da inteligêu-
eo que possuia o direito de es- mano. E todas as div?gações mas. Ao contrário, esta neces- cia, isto é, em se achar o espi-
que se seguem a essa dirteulda- da poesia, rito tão interessado nos proble- '
erever mal.
de só um fundamento encon- fiidadc, tal como a inscrita no mas se lhe oferecem quan- UM POLEMISTA
* * está firmemente que
tvam, já não digo diante dos programa dc todo o critico que to o aparelho sensorial. Mas
o crítico é um botânico. Eu leitores mas no meu próprio en- mer- quando ao crítico musical su- Acácio França, colaborador do
tender: é o sentimento literá-» tenha realmente em novista conheci- cede o analista literário ou o suplemento panamericauo de A
»ou um jardineiro. das gülhár seu espírito
o famoso, na
rio que transparece páginas mento exato da verdade e de artista preocupado com pro- MANHÃ, tornou-se
do sr. Andrade Muricy capaz, suas ramificações mais mislc- cesso e a finalidade da arte, os Bahia, pelas suas polemicai, na
Tudo é belo. E' preciso fa- por si só, de cnlciar qualquer riosas e fecundas. Esse o crité- elementos de expressão e os te- imprensa, principalmente pelas
fav de um porco, como de uma, espírito sensível à expressão rio em que se fundam as pági- mas vocacionais, o estilo e a ofensivas contra o atual deputa-
flor. das idéias. nas deste excelente livro dc cs- técnica, — o conhecimento con- que do Altamirando Requião, tam-
tf * * Acontece que o livro do sr» tetica — (estética, pura e sim- nos revela, formulado cm bém jornalista e escritor. Quan-
Andrade Muricy é, no seu con- como af fica, inten- ceitos e reflexões próprias, ca- do Requião atacou o pintor
Um homem escreveu uma uma obra de arte, de cri- plesmcntc, en- Presciliano Silva, Acácio Fran-
junto,
earta de amor a uma mulher que tica de arte, cheio de penetran- cionalmente escrito)—não das ohs- ractcristicamcnte pessoais,
contra poucos paralelos nos ça defendeu eom brilho este- úi-
não lhe responde. Procura a cau- tes idéias e de reflexões da tante o objeto particular
modernos tratados de estética timo. Defendeu, mais tarde,
sa do silêncio e encontra-a: es- mais alta importância sobre a pesquisas do sr. Andrade Mu- já escritos no Brasil. João Ribeiro também das crítj-
queceu de pôr o selo. ricy. cas de Requião e reuniu os arti--
; criação estética superior, no
* * dc suas manifestações Não custa ao leitor atingir a Ressalvado, é claro, o caráter gos dessas duas campanhas num 1 -
plano do problema da de alguns ca- livro.
O filho de Verlaine parece- plásticas e nà ordem do pensa- complexidade de improvisação
mento que a anima. criação artística e, afinal, escla- pitulos desse Caminho de Músi-
ise com Rimband. < de "entou- rcccv-sc a seu respeito, se se ca, tenho a convicção dc que
**'* Homem arredado
rages" c círculos literários e deixar conduzir pelos # métodos voltarei a ler, muitas vezes, por
dês- necessidade de estudo, de orien- ELSA E OS IMBECIS
Para que a obra prima che- votado à meditação, o autor de dc perquirição c dc análise
gue a ti, pelo menos faze-lhe A Nova Literatura Bmsileira se critico cheio de saúde espi- ração certa sobre determinados
se dedi- ritual, de compreensão humana assuntos dc comum predileção, Aragón, Elsa Triolct, a esposa de Louis
um sinal. vem, há muito tempo, hoje lão famosa quanto
"t * eando ao estudo dos problemas e de sensibilidade. Por todos e ainda, por prazer intelectual, o marido, exprimia todo o seu
Minha literatura: cartas a música, da arte, pref cientemente da esses onsaios surpreende-sc uma os notáveis ensaios que o sr. horror pela palestra dos imhe«*
que tem em-iquecído experiência considerável no es- Andrade Muricy acaba de nos CÍS«
mini mesmo que deixo os outros com o resultado de suas pesqiii- tudo e no sentimento da arte, em volume, tfrisaios — "ConversarítttsJAcom um tolo
lerem.¦•¦• ' " experiência feita de seriedade oferecer
-. ¦
sas. Acentue-sc a significação qúe, em última palavra, são — dizia ela —¦ é o mesmo quo
£¦¦#¦'« •¦•' do titulo deste novo trabalho interior e da qual participam uma franca* e. decisiva afirma- com um perneta".. . -.. »-
Todos os animais falam, ex-. "' «eu;
pelo caminho dá música o todos os dons de Jrjação do au- ( -"> passear
' ção dc. consciência estética»;
TÈtõ q papagaio ç^Tlat^i : b£-9 mH.irfutv> iviurícs rsaJíS?!,» -4OT.fr --~=í=——~^^Z

Y
\ :^v'
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"***?¦-

LETRAS £ A&TES DOMINGO, 22-$-1946


iJfógiltS *2

SOLANGE APO ESIA DE MARCOS


Lmmcã KONDER REIS
de Xavier rkcer POBRE ESQUEMA
'"Fina,
mREU CORRÊA
f*. SiAMAyA-^EStílattge. 'Gem <?s
|[*•»*• -cawios pequena *râgue*«a.
apartados sm vntio. i
¦ Tífso da Silvei™
«uvas do na ocasião — o é apenas
mm «duas trancas megras., «lembrava -uma aca- Na sua ânsia de totalizaca© ocorre .poesia,
gestos «c «palavras, iWCOS^KONDER REIS
"íDavid*!, cias se elevam ao -mundo do mm por mais paradoxal
©ifariinha. .Doze a-nos a-cceninfci- »..ygX iha Sè íptfblicar '"arcai mão racionalizado*!, mias mme isso pareça. Porque o -deli- |»oe-
tos. ® que "quer mtzer «que hâ * •¦ seu segimdo livro <de -ver- «vezes ibaisam a© ^cotitliano, >ta» «m pessoa, 4 ide uma movimentos fundamentais
às extre- ser humano são ©s seguiu-
imiti to dekara ipara traz ms rme- sos. .Ninguém, *m »n»»s» 15sta- issituamrrse aio terra-a-terra Jla vi•- cadeza e de mma polidez O
«dos âe tescun» -as ^bonecas, as -do, icnríhecc M «nas aaoesios, a episódios <da ittfftn- «nas, incapaz, «nesmo me pruíe- tes:
«infantis.. «Dom m força não «er -um mcqueno grupo dc <da. esmcam Teter mwmentos Tir mm simples termo de «iria
¦—-> primeiro, o de procurar o
pirraças cia, jprocuram
dos «ares «in-gens, aéeltescift- Ti- » «iiTigos. -E mS» ueredito <tjue o durante mma palestra, ©ai por- alimento; segundo, o de procurar
«hu «momentos -de .htexplipâvel íêsse «stramiiB tttrB»vití'!, mem » jDfômcros que apenas— roçaram como *m ^[uc mos choeam a violência íle « amor; terceiro, o de procurar
coração do poeta
•tristeza e dc »nft»Hn <tt1cfjria anex- próxhno
:"^oc£it«>8e'M, taera os "'Grite de Alegria"" * "liírco e mortas imagens s, «rincipaimen- o abrigo; <juarto4 o de expandir
«os mes- de expressões rç- jo tumulto intimo; quinta, o do
íííl!cav.ol;; tconiheeia |á s»tsesstm- outros que segáhíem nesse Adeus" — para novamente se te, o emprego
Pimentos, ,os «tíhccsKrtltos, as do- . ano roteiro rpoíStm», <c»ttsegairâo aelacionarem -com o suprareal, Ijarbailvas, tanto menos -dejusti- meditar o mistério.
lorosas perguntas -Bem n-esposta. ítarná-lo auaas «oaheeido e MÚ* atrawés de ümagèns de mma «vida ¦ f icáveis quando se trata poe-
Com a or4cm em que os enuu-
.£ «sonhos sque an irado dos &dus -conterrâneos, -que vivem «o sia, «ra que mais se destaca a
!à móftc sonhava «assada ainda •rudeza do contraste. ciei, não pretendo estabelecer
guardava icm •t-egreite, sque «escoo- -ou, mesrao^ éé ^ramáe môWico ¦poeta, apenas tranformadas me- precedência de uns sobre outros.
dia mom spndor. .Estava pois na- tom geraL Atuitos «abei»» que -pu- Ja sua sensibilidade, transfigu- Sei que são -comuns os casos ••Do
primeiro desses movimen-
quef e minuto «de cristal, .de -que cie ê poeta apenas porque •radas pelo seu tumulto iaterior, em mme * «poeta se comporta nu 4os, nasceram a caça, a pesca, a
ae -disser blicott uns íivros, <e, messes 41? •modificadas pela sua mova ati- .sua «vida real de uma maneira agricultura. Do segundo, a fa-
^iErtlreáberto ibcítãe, «entreíe- vros, alguma «Oisa um forma tude diante da vida. -Atttudo •multo diferente daquela que milia,
q.ue se desdobrou no clan,
"fisa, dc poesia. Conhccimente que que às vezes parece ser «dfi -dc-" apresenta ma sua criação artis- ©o terceiro, surgiram a arquite-
filiada menofi -do ^centro muclear sespíro, úe inquietação e de au- tica. Mas tammém é raro aque- tura Xque gerou a escultura e a
deriva
um '.pouco ode «menina t >outrii «pie da visão periférica da obra tgústias acabrunhantes, sprovo- de que consegue iludir-nos por
pouco «de muHier", pintura), a indumentária, o mo-
I dn poeta «catarinense, ©m ipoeta cando-lhe verdadeiros desva- £sse poder «He transfiguração. birário. Vieram do (|Uíii'to dei-
iE Sidangc morreu. £.onta-o em ílo, diferente dos -poetas :do passa- •rios, profumâas aiucinasSes "Bem e o Mal, sc mm
nc»- -í: estudo que ainda está por ses movimentos, a dança, a mu-
de cujos versws^eram mor asstm sa luta entre o tazer, entre a jnaioria <i*»s ska, a poesia. Do quinto, a reli-
duas «colunas., com abundância .cartão de «viul- -entre -matéria, •nossos
<de -hoje. dizer o prójíriu o esnirito e a ft poetas, Csse de investi- a filosofia, a ciência.
detalhes, ms imatulSuos 'brut«B ia que os torna vam ^conhecidos a impressão que lios fica •— so gar ma sua própria vida, os mo- gião,
. iNa .íiaguaguciu de meti-
do povo. fa. poesia -.de Marcos c que mos fica alguma timpres- tivos sócio-ipsicolôgicos que As indústrias manufaturei-
etário, seb mm caliecafhe de sen- Kondei- Beis, #e»ôm, «está acima „ :fla leitura dos versos jnais atuaram na sua sensibili- rase fabris, assim como o co-
sapão — ® 'tá-ultime carnaval de st,0 do primeiro e
Solnngc — -está ma mrimeira da sensibilidade soemum dos desse -estranho e alucinante -ütfade e ee projetaram na sua mérdo, nasceram é o.claa
leitores, isOlando-se num plano "Cemitério". Dlr^eJa, anesmo, obra, áo terceiro, O Estado
página. Simples -e .-doloroso. Foi ainda que evolue e se complexifica, pa-
o «caso 'que, satisfazendo antigo inão quase inacessiwel aos que que Ôsscs versos exprimem uma «Já que consignei as expressões ra envolver todo o conjunto des-
se liniciaram mos caminhos sensibilidade mórbida, mas pre- mnti-PDéticas nos versos dc Mar-
. sonha dn tÜlbn, â rose fi-Mira-Ihe <la arte -ntudeiiia. foram cs»- «os Konder Reis, desejo assina- ses Fundamentais movimentos. do 0
este :ano, pela «primeira vuz uma íci-imes admitir que conseqüência c negação
-com- é
fantasia de ttavaiana.. Ligada a Antigamente :o poeta vinha ciltos num momento de ilar, também eerío liuittorismo jogo cada um deles: ausência, pausa,
• vizinhas da «mesma idade, a pe- para » rua 'com as suas malctats, pleto delírio em que se entre- -com que Sie quebra, às vezes,, a repouso.
-quenaSolange, -vaidosa e contem • -os síus pincéis e as tintas da cruzam imagens eStravagantes gravidade dos seus versos, -con-
«te, vinha tiríneantíb «o (Carnaval» sua imaginação, 'pintar ao ar li- tde instintos bestiais "orgias e alucina- traste que resulta numa impres- O esquema tem alguma mtili-
•espelho *ma-
Sábado domingo, segunda... vre, mirar-se no dc ia- ções .místicas, como .são picaresca e por isso Iam- dade. Mostra-nos, por exemplo,
-©hl, com -que rapidez, para sua rodeados de sil- cabras no bordel da morte", que as artes plásticas, de um la-
filias iam l
g<rs tranqüilos,
fides e de náiades exóticas, can- "fíigolõ de virgens. mortas", íbém anti-poéhca. do, c as artes rítmicas, de outro,
-alegria, ms 'fazer passando o tar arrebois-engolfados em sau- "Gigolo de cadáveres", "Quero Mas os valores positivos siio As pri-
Sc ela pudesse parar
-eslrtílas ¦» a Ressur- dominantes ma sua poesia e co- têm raízes dlvcrsissimas. dc um movimen-
tempo; se a vida fosse um Car- guc, ouvir ocliorar as a ressurreição! Quero mio amostras desses valores, co- meiras vieram
naval que mão tivesse .fim'! Ter .suas mâguas, as suas saudades reição t". As segundas do
Ihidas a esmo, vou alinhar, iso- to utilitário.
que estudar suportar anoele ter- e os seuspcmtres. Nada de mis- Além do excessivo mer-metts- iladamente, as seguintes imagens, um movimento gratuito. É pre-
rivcl professor de .matemática, térios guardudos( sovtnamentc mé da poesia de Marcos Konder que só uma grande sensibilida- ciso, pois, cautela nas costumei-
fazclr 'exercícios, 'Copiar os pon- no surrão do siíbco-nsciente. Na- Reis, não podemos deixar de fa- dc de artista poderia conceber: ras aproximações entre as artes
tos..... E agora chegava já 'o ter- da de entictons ou dc nuances zer»restrições a certos vocábulos de um e outro grupo.
ceiro dia. >0 •ultimo dur! íEra "Foi indefinidoras» Com Mc
'brauco. "Ou sofria., era tu- auti-poéticos de que êlc-usa e . Quando se ilem os lábios entume- jé preciso também não aproxi-
preciso aproveitá-lo ibem. do preto no abusa, vocábulos chocantes, con- cidos de beijos guardados mar arte c jogo, pois são co.sas
. para o espelho •'tio"bomxuiarto da eu não sofria. Bu 'era a cria- tnndentcs, improferiveis mesmo ¦*
¦
* *
que mutuamente se excluem.
mãe: ia por-se bonita. tura mais feliz do -mundo, ou
Olhou-^c alguns instantes, subi- o mais desgraçado dos mortais.
cm prosa, Que bebo sói de madrugada na . Religião, filosofia, ciência, são
:A poesia de Marcos Kondor concha das magnólias evidontementemente irmãs e so
to «fastou-rse depressa para o Sc era um desgraçado, inulti- iReis parece inspirada mos pnn-
situam na cumiada, por nasce-o
é. -* * ¦*
interior da casn. Masmi-ila dc «vol- plicavA por trfis a sua desgraça cipios rimbaudianos segundo os de canções e
ta, -uma -caixa de -fósforos na c descarrava-a vem rimas dolo- quais o poeta deve "esgotar tô- Vomitando pedaços rem do mais desinteressado
mão. Pobre Sohmgc, mão sabia rosammile :reliuscadas íc icm ima- -das as formas do amor, do so- sonhos moribundos também do mais tolal, movimen-
, cia que a fatalidade, deusa Üm- gens parientemente -urdidao. Sc frimento c da loucura" e a poe- to humano. Apenas, acontece que
piedosa ;e cega. cronSva a cs'5rei era feliz, fazia a mesma opera- "é um :método de exaltar Uma menina tísica cospe uma da meditação do mistério, de quo
sia -no travesseiro surgem, nasce também o tumul-
Ia dc '«ma -vitima. 3Sua (intenção, eão aritmética e servia essa ifé- a vida c ultrapassar «o homem". rosa
naturalmente era -Tazor com o licidade em taças de 'cristnl, -co- Rimbaud, aliás, é t> seu itinora- to interior, que se vai expandir
palito apagado o clássico sinal- mo se alguém mais, além do rio poético, o poeta da sua' Todo o sofrimento moral do em dança, música, poesia. Razão
zinho da :facc, igual n tantos ou- poeta, pudesse participar da •maior admiração. Dai aquelas •pobre está contido mcsles versos: por que estar três artes acabam
tros que em .outras. measiões -a sempre manifestando o transcen-
embriaguez .tftís seus sonhos. alternaçêes, tão freqüentes ua dente. E, por efeito de contágio,
mãe «tive fizera, .com j materna! lhoje ,pclo contra- sua pDesüi, de pomba e leão, Vós os que ficais nas csqmnas
mu-mo. nncraçãn -a simples O poeta de mordidas de ülcera*, vai esse tumulto extravasar-se,
Carinho, ,rio, se fecha mo -caramujo -do rdc instinto e alma, dc matépia de maneira indireta,
c rapiUü. Mas pára que ajuda e demônio... Bebendo humilhação com a mào mas embora
seu :mundo tntuidor, mas rlôbre- c espirito de vsanto artes do grupo plástico, que,
da mãe, sc já agora ela não 6 'Üo subconsciente, Mas. entre a vida de um c de estendida... 'certo
cm diante, se des-
mais aquela ;ei'nnrça ide outros gas galerias :Nho de ponto
'dc 'onde só mos chegam vagas outro, quanta diferençarl de seu sentido utilita-
tempos? iEla ípróprla, por suas imagens., sombras imprecisas, «residirá nisso, porventura, a lin-
prendem
inãos,'.e a seu gostq.. daria .aguélo E, ncstfoutro: rio.
'"toilctte". soluços estrangulados c alegrias pressão da falsidade que nos
ultimo TSJtoqHe .na .Marcos tíonder Reis deixam certas explosões dc in.s- Mastigando desesperadamenle o O curioso é que, cm virtude da
iDopois., guando os pais a «vissom, ireprimidas. -essa -geração -de ,pne- tintos tnordazes ma poesia do unidade de espirito, ura certo
haviam-se de admirar:... sorrir pertence ii Konder Jleis? Ex- $ão üfue vos jogam vomo paralelismo se estabelece entre
e gostar. >E .riscou o -fósforo; tas. Poeta rniaflcrao, a suatpue- Sr. Marcos . [bofetadas...
sia mede ser situada «entre as plosões que .em Jlimlmud cor* as artes do espaço e as do tem-"
amas eis que, ao fa-zê-to. Me -aceso par- respondiam a um impulso natu- "Os Cegos", po, não obstante sua origem c
tiu-se, .cscapafido-se-roe que mais sc caracterizam pelo -da Com exceção de sua essência diferentes. A mú-
;*Jas mãos. tFoi tudo -num irclam- hermetismo, pela .inaccssihilida- xa'l do seu temperamento.,
'ipagá'. •» ffpgo »lnE©mÍi«M -as .tira- de, motivo por .que, a-reio, ja- sua vida devassa ré ÍJoemia,, O que é mm doe pontos culminai!- os
sica è uma arquitetura como tão
"Illummations" era tes dessa coletânea de versos, bem viu Paul Valéry. Da músi-
jtlrikns <dc -papei vcelofone ode sua mais chegará até ao povw. poeta das melhores dos seus poemas sao ca desprendeu-se a dança, como
sala de rhavaiana, ftransTormande A moesia -de Marcos Itonflcr limoulsivo c atrevido tanto ma aqueles em 'que o poeta mergu- da arquitetura se desprendeu a
atíbitamotíte mumn -sô Sábareda a íléís se «Itua mm tra .plano su- vida lutistica come na sua vida lha da infância, revivendo im- escultura: o dançarino é uma
sua jbonlta fantasia. íDesespera- iprn-ireatista Tarameirie sc «pró- ireal. *üma era o reflexe da ou- presões fugidias que jamais se estátua que se move. E despren-
da, 5olange saiu át>s fritos. f,Ora, ximando do monde «físico. HE â tra. Du melhor, a sua experiêm- apagaram -de sou espirito. Im- deu-se a poesia, como o "afresco'*
o -vento ainda alimentou -mais o sua mola rmarea-nte ê a sede de -cia artística era uma «ontiima- (pressões transmitidas caleidos- se transmudou era tela autôno-
fogo,, demorou a -vir :gente, e Sívf inito c dc wmer %»e amrasa » ção da sua experiência liumamá, copicamente, mistura de sonhou ma.
•quando aparceeu >nno .fui sem (.alma do ;poeta. Amor mo sen 'as com todas as suas fugas para infantis com sonhos adultos, o
¦grande «dificuldade -que <© ilomi- -duplo sciítldo:; »mor -di\4no è regiões metafísicas. Ao pas- tauc vem imostrar cque o menino Continuando a ação unificante,
•«araui. Swttautes ^depois, entre mrofano. SSotas mme mão soam so que jcom Marcos -Itonder Itels «continua vivendo mo poeta e o o espírito embebeu de beleza as
0 aHgazarra ic ciuniosidattc, a asais- munca -em surdina, mem se ass*>- acontece o contrário, '©uem m meeta «continua menino. Vê-se coisas iiue eram úteis simples-
' tência levada Solange, com rui- mente. Dai, as artes industriais.
k ' ' ciam mitm .-conjunto marmoni»- «onhece pessoalmente, (descobre, «flue Marcos Konder ftete api'0=
:do.... " «o. Mas Tf«e se mrmzami m mu floge, essa antinomia entre "»-o •veíteu aqueles conselhos «de Rai- O Estado,- disse eu, é o clan
«em -arrjj- e sua -poesia. Se às *ner
', soam isolada memte., ipoeta a
—quo Maria Éifl-e ma sua famosa que se complexifica e distendo
Tranqüila amanhece n cidade imessoa, em lítropeios ide agtta- zes parece ser desbocado abranger todos esses fun-
^Carta a mm jovem poeta", pois para
mesta 3qu«rtta4cira -âe ©inzas. Mal jção, dc rtwvúítlsmt? 9 4e deíi^o. vá o termo, pois outro não me que se -utiliza, para informar a damentais movimentos. Sua ori»
em
;ec adiváiHha io «que iórani ms ,Üins sua mensagem das gem primeira ê o movimento
-de Carnaval «es -«escassos «vesti- ""imagens des seuspoética, sonhos, dos procura do amor. Sua íntima
•gios das ruas. A« «coisas têm um «objetes -de suas recordações*', substância a família. Seria bom
-ar «ngênuo, irepousado, 'casVo. í; ÜSMIIMES H 0T.URN0S mergulhando no "seu
próprio que ele jamais esquecesse essa
como «c a cidade «tivesse és re- *%3m TÔsto noturno", do es- mundo*'» substância e essa origem. E, ao
pente submergido,: atmosfera de Vários leitores tdo tromance envolver, por força de sua ener-
*Ma aubmarina. 3sía transpa- crilior gaudho üeinâlâo Meura, Í-Liv. do Gltíbo. €ol. Tuca- -Nos «versos "Poema", com que gia expansiva, todos os movimen-
'rêucía tes-verdeada das águas, a no) pr0nunoiando-.se «obre a mesma, descobriram certa se- -liberta encerra o volume, o poeta se tos fundamentais, não olvidasse
de todas as cadeias que que essa energia de expansão lhe-
mmeba ta-zui de um ipequeno cai- melhanca com -uma coilheDida novela de Lúcio Cardoso, inti-
«ãe. Cant-os fantásticos, em o prendem à terra para -librar- veio do movimento de meditar
jtttovinuuflo :de 'câmara ílcnta, tulada ^Inácio".. devera
se no universo, pois que tinha o mistério, que deu ao homem o
"entrevreta marcada com
açompanhana o íúret-uo uninuscu- Eis aí tum perito interessante sobre o qual pro- mma "além das senso das estruturas
racionais e
to. éor qireV -Eleito da lhora -ou nunciar-se a crítica. Teria Reihaldo Moura se inspirado na a Via-iLátea^ para totais. |
'insensibilidade? :NSo asei. Lúcido, novela de Lúcio Dardoso? ^uais os aspectos em que mais mais nebulosas", entrevista que nada
que a sua queda no in- O que põe a.religião, a filo-
olho o cortejo passar e não .con» particularmente se aproximam os dois escritores ? Proble- finito, é esse infinito que ele tan- sofia, a ciência,em. plano supe-
sigo comover-me. 'Perdoa, Nem ao me- roa*, de certe, apaixonantes para a nossa crítica. "as- rior ao seu, tornando-as por cer-
nos ter surpreza. Solan- to -busca e que considera a
cericâe sem fim". E nessa arre- ta forma intangíveis e sagradas,
ge. ^i6 «que own teu .neme -eu sem- E «como nas artes, — nas artes
pre prefisenti eáte«rnriiJna. í'f-.'lnao. So- metida louca pelos itinerários nas artes
1./.«n nn innmo /ir» ide SC-
< - iMâkOEL® Bkmk mágicos de sua imaginação o rítmicas, por natureza; via de contágio —
istíoriíifea, ríiumca *le seiítiora, ama- poeta encontra, afinal, a porta piásücas por e vive a
Marcelo íiarna pertence ao numero dos poetas simbolisías sem limites que lhe franqueará se manifesta gratuita
dame ou «dona.; Solange, nome foi cnefe de fila do em liberdade criadora, também^ elas
«tlc mt>Íva (impossível tlt- musa de esquecidos. 3Lm JRôrto Alegre êle grupa a entrada messe mundo que vem se
-entre outros, o admirável Eduardo Guimarães. Foí "surgindo -do devem ser resguardadas. Pois,
poeta, -irmão tle SBeatriz, íOfôlia, uma que íigurou, "Via numa explosão
atentasse contra elas, como con-
Anabel Lcen Soiangc -um?» nome para hoa idéia a da .Sociedade Felipe d'01iveira a de editar neve e -de luz", e que o levará tra a religião, a filosofia, a ciên-
ser 'gravado «obre ioi-áín, Sacra" «do .rfVferi^o poeta, dando opartunidade aos críticos
-grande
de hoje ao "Deus Vivo e à Liberdade". cia, o Estado secaria a íoute de
para lhe apreciarem a técnica e os méritos e ao público
Jiroto a ednas (daftas üurevtssimas,, Hajaí, Zkwta Catarina, sua própria magnitude,
entre ^esas, ifflasíl^ei ipocsia. para conhecô-le,

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DOMINGO,. 22-S^I946
Jardeü ftiiim tt&rusunUuri-sat fa-
Ziembinski vlní... zendiv «si dbi^ filhos do velho
O transeunte acreditou' scí-mi- Cahat^ STmõflr-.CR' Pedro. Orlando
ENFIM pre no teatro c nunca G&X, xvzo' inácnsnmeie o cam-
"b<MH«o e domes-
no nosso teatro. Empossivei' di- ponês-, UrutOii
zer porque,' mas era coma uma tícor r ebeir.ando a teWa",-.como
dessas fatalidades» o teatr» bra- *v üUfirlrami» 0'Neill. fr. um» vo-
siieíro hão con^flsià nunca cffçüt* wníca»-inegável. Êsse ins-
acompanhar o ritmo 8c des?a- tiua). na. leartro observa-y tam-
volvimento das outras artes em bem, emttwra menos dèseavol-
que, graças a Deus» brilhamos. vido, tiiiiv Jbrdfel! Fillioi ,:
como podemos- Mas isto agora:
não interessa o que interessa &
que enfim Ziemhinskt veio e
velo o grupo doa Comediantes e
veio o bom teatro.
ZIEMBINSKI VEIO « •
Zicmrbi?islfei. esí'A suberfiia no
velho. Cabot. Passagens-, (tomo
aquela dat. grande' moi»4íefta' da
Miliriauaii rçmmdta» arranca do
HiindVy d* alma a» eonvicçao do
que: Deus não 4- nada fácil; esto
O nome de 0* Neüí^no car- Deus i qwc «stá m»a pedras, —
taz do Ginástico, tinha a força
de um convite. Vsmos assistir
ANTÔNIO CAO assumem; uma pujança d:..má-
"Desejo", versão brasileira de tica contagiosa, a inesquecível,
O^ velha'- vive neste momento, Io
Miroel Silveira, de "Dcsire un- absoluta^ drama» a> coração, da
der the Elms". O teatro de Eu- os lados a casa de Cabot. SI- <derar da fazenda. Eben rompe eem o- amor, comenta dcacnean-
com a amante, e esta, para de- lado: "Ninguém, mata nhv- peça. Níntai mais existir,, nada
gene G' Neill respira numa at- mão e Pedro odeiam a velho, exiatiu,.. nenv » fazenda» nem
mosfera dramática tão espessa», porque sua persistênica dc vi- monstrar seu amor, mofai o fi'- guem". Isto,, pmxMir- é outra his- Abbie- nen^ Ebcnv nen» mesmo
lho querido qne se erguera, co- íória. Vamos aos Comediantes».
que sua en-cnnção é uma tenr- ver lhes retarda o sonha da hc-
Ziembinslii è Sandro, Olga e Or- «r» demoniov. fi!c eslà. s«zinho.
tativa que fala sozinha sabre a rança da fazenda e ua pari ida mo um obstáculo ao amor. Sô coiw Dteus e' coma Deus. Tu-
'j.-o s "Dà: Esta a história. Sobre cia se landa Gu-y.
fò dos Convyir-n. para os caminhos de ouro da do. cm. redor è um> supra do
sejo"é uma cadência; dramática Califórnia. Eben o; odeia; por- poderia escrever muito, «obre- <J dirigente dos Comediantes Deus. & sua- preseaça que vive
que acon.ece à vida de alguns que êle lhe roubou; a. mãe. O /u:Io sobre o seu dtcaoMPfc» fl- demonslro uma. perfe.ta' noção nos; objetos;, nas pcssoa3, na
homens e uma mulher numa velho Cabot também odeia, tudo na-1; quando os dois amantes se' d'o^ "'role'*' de "metteur en; scè- terra e nos-, movimentas. Esto
rude fazenda da Nova Inglater- c vive incrustado nas pedras de entregam nas mãos da policia lis;'" amis» até aqui talvez não- mistério;, que- ninguém- entendo
ra por volta de 1850. Não sé sua fazenda construindo, uma à justiça de Deus, este Deus- tenhamos, conhecido euúe nós. e do qual: vive- a solitário» iro-
poderá dizer que é o romance solidão. Mas ás veze3 existe o que é o mesmo Deus de Efrain Zienibinslti, segundo.' a lição de pregnnrá deste momento; em di-
da ambição pela terra ou pela diabo. E num dia de primaveras Pitoeff, representa todos os: per- ante O' episódio inteira.. 0: pró-
amor, que é a história de uma o diabo entra no couro; da ve- «onagens, na- sentida de que pria dclegadr* de polícia1 o; pres-
paixão ou de um caráter. Por- lho e o velha sai numa-, charre- lhes infunde ái vida física, mo- sentirá,, quando no. final! lança
que tendo tudo isso, não é de te alucinada pelas estradas c de'a as iiia:;caras humanas que um olhar- de cobiça sobre a fá-
nada disso que tira- sua ex!s-
"Desejo" traz ao voltar uma n<iva mu- escolhe,, como. escolhe e BÍtimai zenda-. Elrra mesmos está domi-
tência. é na rcalidn- lher, ambiciosa» ardente e bela. as íu.onaçocs: da voz: e dos ges- nado rior êsfe sentimento, qnan-
de, apesar de sua sangrenta É Abbie Putman. k chegada da tos,, mas também, e sonreludo, do pronuncia a ultima palavra
construção, a deml.:rgi.'i üc i:m madrasta, Simão e Pedro to- sopra, nas: narinas de cada ator do último'ato £Ôbre a beleza da
episódio de amor. Uma dem.ur- mam seus sacoa de viagem e a atmosfera il« alma teatral madrugt!a na fazenda. Mhs a
gia amorosa que brota coma partem para a Califórnia. Es- que lhe cabe. Dar corpo a uni: madrugada não cxste,, <p% a fa-
um caetus nas paredes de pc- tes são homens sem maldição e sopro divino;, deve ser a tarefa zenda» também não. Só Deus
dra da casa de Efrain Cahot, no sem eleição e setis planos dc- de Zicmbinskii.. Numa; peça de- existe noi coração; dos solitá-
coração de Ahbie Pu.man e fio- correrão por certo com todo su- a de 0*Neill, a
miurg.ca como "metteur rios. ZiembinsUi, justamente
resce nas mãos de Eben. A coi- cesso. São homens do mundo demiurgia do en scè- como- Pitoeff é «ro ator Bi lin-
sa acontece assim: — O velho e do tempo, c o mundo e o- tem- ne" transporta o, espectador & guc. Os- raros e pequenos de-
Efrain Cahot tem três filhos e po conhecem seus filhos, e para plenitude dbi absoluto teatral, feiios de pronuncia enr dois ou
uma fazenda com uma ca:;a de eles todos os problemas se so: abrindo o porta de todos os ou- três tons d'e "e" aberto1 ou fc-
pedra. Os dois filhos mnis ve- lueionam honestamente, mes- tros absolutos e dando ao tca- chr.dO são; largamente comoen-
lhos, Simão e Pedro, são da pri- mo sc fôr preciso fazer algu~. tra- a concepção de Pitoeff —
meira mulher e nada de espe- ma trapaça. Porque a trapaça 111 Hk *4^-'-mf 1 moral, social e metafísica. Con-
saclos pc!o. sentido profundo
que o estrangeiro descobre em
ciai os marca. São homens de è a moral do mundo e do- tem- cepção que, bem. enteniud.o, não cada palavra div üíigua nova,
seu tempo e de scu meio, bovi- po. Quando Abbie Putman che~ bole iradi»! com Os valores pu- muito» mais rápida mente- que o
nos e doméslicos, apesar da ga c se apodera da casa, o j.o- ramente artísticos: do- teatro, nacional, afeito ao. '^isto- roti-
centelha de aventura pioneira vem Eben cresce era rancor e que sãa amorais;, associais e in- neiro- do- verbo1, ft: vcaimento
que ns atira aos eldorados da sede de vingança. É a_ usurpa- dependentes; da meta física. assombrosa a valorlzaç-âa da
Califórnia do século XIS. Nn- dnrn do lugar de sua mãe, é sua Ziembinski jcm-se a impressão de que palavra na boca,, nos olhos1, nas
temrjo os fcw^õri,s '-<-•'-~s inimiga. Ziembinslri; iiâo> esquece um
que1^ mãos,, no» corpa toda de Efrain
e domésticos podiam ser aven- Cabot, um "Deus Juro e snz;- inomonlo o1 caráter ¦didático- Cabot.
tureiros, como. hoje po_ei.i- :>u" , Mas o mesmo diabo que en- nha". Um Deus dificil* respon- poético' du> eucenaçân-'.
' trará no couro do velha Cabot» fiável por todas as coisas. Dos ai.ores, è- precisa lembrar Ê precisa; que todo a mundo
aviadores. incorporou-se também na chei- Mas não é nosso intuito fa- lambem; que raramente os tem que gosta; dc teatro vá ver os
O terceiro filho» Eben Cabot, rosa pele dc Abbie e envenenou comediantes, vá ver as primei-
provem do segundo matrimônio o coração de Eben. lar sobre 0* Neill e o sentido havida hons; na Brasili. João
ras flores do* grande teatro no
e sua mãe feneceu como uma de sua peça, que é uma réplica Caetano á uma história que os
talvez ao verso de Üscar Wilde nossos avós cantam e noscos Brasil;, este teatro- que hoje co-
flor pisada pelas botas do ve- Sobre a fogueira do ódio e da meçamos; a ter, porque cmfim
lho Cabot. Ebon, cr-rs r ç S--"i vingança ergue-se o clarão, do. na "Bailada do cárcere de Rea- avós? tinham! péssimo- gosto e
Ziembinski. ve*o-.....
à mãe no encargo dos scrviç.is amor, c a mulher trai o se» ma- ding;",, de que os homens ma- nós. não? e&taivainos; lá pára ver.
domdsiiicjs, tp.o.ideu ua u'L. o.- rido è o filho se apodera da tam sempre o objeto dD» amor.. Depois-, disso* nós. mais- ou> me- Sobre a cenário; dc Eras G<)n-
xa o'-o'adi'n:i de .«"eu ir. bn'!io. mulher do pai e com satânico Como o "fratelli a un tempo» nos- os; cauhecemas, e mesmo calvos; uma. palavra'. Cremos
o sofrimento da mãe» Está certo prazer, dos cornos de qne ailov- stesso Amore e Morte",, de Leo> quanda eram. bons atores fa- que. a solução dada peí> jovem
de que foi o pai que a matou» na a cabeça da velha constrói pardi. No primeiro ato,, quan>~ ziam- péssima teatro. pintor e eenartsta satisfaz, coi*-
eom a sua implacável áspero- a vingança da mãe e é descan- do ainda" não havia Abbie». 01rfa e Sand-co.- aparecem cm tamente. fi!"e preersuu- adaptai'
za. Seu jovem coração? se ali- sa de seu fantasma. Nasce um quando não havia amor, os IV grande estilo» numa força piás- a: figuração: de OWeilli ao ]ic-
menta desta amargura e se cm- filha, e o velha de diaba no lhas; que viviam no odio> fa— fcica a&« vezes assombrosa e cs- queno- palca dó! Ginástico' c com
briaga do desejo de vingança e couro a julga seut e faz- crer a Iam vagnmerte- em matar ai- pa Inundo, sfibue a* cousa» um issa- achoni uma fármulh» qne se
de ódio. O ódio, o grande pre- Eben que Abbie o concebe» por guem. Mas; Simão, como. um; sopro- dramática iíiEesistivcl e ajusta- bem Si marcação^ que o
cursor do amor, ronda de todos um frio calculisma nara se apo- eco-dc todos os que não canhe- nwtôntico-. José Orlando Guy e díiretor imprimiu. & peça.

ao assunta: —¦ Prêmios âa Acaãmia — vnsístí»-


mos na tese que procuramos defender no último- domingo:
VOLTANDO
a causa principal âa ma insignificante vepeveussão lite-
rária é a modéstia do seu valor econômico. A Academia & ai
instituição o,ue maior número de prêmios concede todos os;
anos no Brasil: nada menos de nave.. Mas iodos eles de peque-
no valor Cr% 4.00Q,QO apenasJT, havendo somente um na> wion^-
tante de Cr$ 10.000,00. 5Tenão vejamos a relação, gwal desses e vm apenas de €r$ W.(ÜX)$% ar Acadeiwa. p&&eria> amnaUndar n/fo> du ttitiva\, hmvninmto a
prêmios: suai dotação orçamentária pa-roj €%$ füÜJ&BÕjgblt ($ traí cruzeiros: morte nepentihai de Barbosa, fi-
_ ''Prêmio Machado de Assis", de Cr$ 10.000,00, pela & mais; somentef e distribuir todws os amss sé dbüsr grandes zeránv-llw a ePogú» eonwwdò.
conjunto de obra literária de escritor brasileira que tenha puv primiosr— de 2S mil cruzmro® eadat nm — o> "Prêmã® Machado,
blicado pelo menos um livro altamente recomendávé', no triê- de Assis":r para prosa, e o> "Pwnúm ©l'av0> Mítesa^ pmai.poesia*
nio âe 1944-1946; Evidentemente úm prêmio litev&n® 4te"haMoí 25> «wt cruzeiros; n& Q> ar., hevip €<mieipw propôs
de Ct$ 4.000,00; eada wn\ destinados a
II —. Nove prêmios"publicados Bsasil'% i& significaria algymat. ao%sa\ e prq.Qsam.ents. de:
livros "inéditos" ou em 1946"y em Unguapor- nm voto» eongratiilafôma- na ata
despertar mais vivo, interesse wm mossas altos efaculas, cultu-
autores brasileiros.
tuguesa, de"Prêmio Estes prêmios são es seguintes:: rais. Alias, por acasiãa da passagem da. Centenário- de Machado pela nmmnl^BtçSai da Constitui-
a) ___ Olavo Bilac!% para POESIA, de Assis, par proposta, ddí comSssã® encarregada de elaborar o ção). aovnJtetmdk» sua significa*
0} — "Prêmio Coelho Neto", para ROMANCE. raa es imoryrMmwa^
programa da^uéias comemorações?, & g/mêinw instituiu', dois,
e) "Prêmio Afonso- Armos"f, para CONTQ e NOVELA. prêmios desse tipo — um. de C>$ 9ÕtQ0B,9W e um. de CfcÇ . —.
d) — "Prêmio Sílvio Roméra" para CRÍTICA e ÍBSTÓ- 3Gv0GQ>,GO;, qm infelizmente caimm. rm mais «emíj^ío? esqueci»
RIA LITERÁRIA. memtOy nao chegando) jainvsâs a* sw emcedidbsp por wm simples Na nroxima quinta?fefra\ às
et £. "Prêmio Joaquim Nabuco", para HISTÓRIA SOCIAL,, motivai de omissão: orçarrwntârna.*» tH haras^êsTi Peregjrfim J-imior
POLÍTICA "PrêmwOU MEMÓRIAS. A Academia^ dentxa da. tmfeoí geral qm inspiroik os maio» fará uma eanf&rêncfa sôlire o
fi — Artur Azevedo"t para TEATRO. graãos "Prêrnãos Machado) de tâsstâ* de$ Ministério' da- Educa- patronot :dé. sua . cadWtiet» João
"Prêmio
gy — joãa Ribeira»,, para FILOLOGIA» ' ETNO- cão; poderia instituir, portanto* em vez és W pequenos prê- Franciscot tts&aa. Essa ettnfe-
vencia* faz par.tte da séjríe. éta *Cim
FOLCLORE.
GRAFIA e "Prêmio a mWT¥>r mios anuaiSf no valor total de ffimít cruzeiros,, ff que dilui e cia di» (tiriqiiventenáriir'* « vara
. h) —.. José Veríssimo)S't para ENSAIO e ERWDI- degrada', m sua importância-, dbis grandes prendas de 25 mil cada ela não.- fttóéívl wriüitèk éspe»
um —para prosa e poesia, apenas, — na. soma global de 50 ciais, sendo- franca a entrada.
i) _ "Prêmios Carlos de Laef\ para CRÔNICAS, VIA- mil cruzeiros.. Se assim, procedesse as Academia vM-a. prestar
GENS e quaisquer outros escritos que se não enquadrem pre- evidentemente mais um. belo e grande serviço às nossas letrasf
císamente nas alíneas precedentes. contribuindo de modo considerável para o progresso cultural
Como se vê, prêmios numerosos e para todos os gêneros li- do pais.
Ma préteima dia T> de outubro
tomara posse da cqdeira n. 3,
terários. E, o que è mais, embora düuidos em pequenas par» substituindo Filinto dWtiteida,
celas de quatro mü cruzeiros, eles atingem um total de 46 mil, * o sr. Roberto- Simonsen^,qne se-
o que representa, em última análise, a mais considerável soma Em sessão pública das mais lando, aliás, da língua france» rá saudado pelo sr. Josi €arloÈ
âa dinheiro empregada no Brasil em iniciativas do gênero. brilhantes, a Academia recebeu sa, êle nos deu em última aná- de Macedo Soares.
A não ser o Instituto Brasileiro de Educação e Cultura, que ha última quinta-feira,, o sr. Use, um estuda' penetrante e fe-
promete prêmios de 50 mil cruzeiros e até mais, os nossos prê- André Siegfried. O economista liz da psicologia do próprio po-
mios culturais são todos eles de quantias inferiores ao total vo francês,, de cujas qualidades
"Prêmio Fehpe francês foi saudado peto sr. Ro- N'a próxima sessãohla Acadé*
do oue disvende com o a"rnvtnrt A"aâe»ia. O drigo Otávio Filho que fez um essenciais a> bela língua de
"Prêmio Franca ê um fiei espelho. .... mia o. sr. Luís Edmundo vai í
^Oliveira" é apenas de Cr§ 5.000,00; o "prêmio Graça Aranha discurso elegante, discreto e fi- reabrir o. debate sobre a «jues» -'
(que tem sido ultimamente um simples simbólico")- exa no. Au sr. Siegfried coube fa- '/tf ,
1(40 da Linuiia Brasileira. j
da Academia Paulista dc Letras é ãe Cn? zer uma conferência sobre a Faleceu,, '«* siatuuia pausada,
de CrS 3.000 00; o"Prêmio língua francesa. Foi uma hora- nm dos servidores "e mais aníi-
10.000,000. Sé o Calôgeras"', instituído pelo sr, va- mais [Jéis devotados da
de puro encantamento- espirl- gos,
lentim Bancas, para ser conferido pela Associação Brasileira, tval a que êle nos deu. Academia: a continuo Antônio
de Escritores, atinge uma soma reatmenre eteuada: Cr§ 25.000,01/. Barbosa. Tendo entrado para a A Academia resolveu pnbll»
"Ftnrilegio
Fluente, claro e preciso, êle. oar uma ed:cão- do
Os outros todos, porém, são mais ou menos do mesmo nivel dos falou durante cerca de uma: ho- Academia desde que se inangn-
da Poesia. Brasileira'*, de Var»
prêmios âa Atademia. Ora, ao, que vos parece, o andaria bem ra sobre as earecleristicas fim- rcj o Petit Trianon, êle ali ser-
Assfà reuisse regulamento vta ha 23 anos — e era por to- nhagen, em c. voJumesK m0*™*
avisada a Casa ãe Machado de se damentais da língua- francesa, e comentada pala< sr* Rodoljo
das qunisl de resto, sua laleslra dos estimada.
dos seus prêmios, reduzindo-lhes o niXrHero e aumcntan<?c-lhcs Os $rs±, Pedro Calmon e A/a» Garcia
a dotação. Em lugar ãe nove prêmios ãe Gr$ 4.00QtOa cada um admirável foi úm exemplo, Fa->
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uma pena que nem Iodos conhe-


«-

JAKOB WASSERMANN
como muitos outros que nuo tra- ~- «GoJovin y El Crimen .çam êsse poeta, cuja poesia fala

Biografia zcm revelação alguma. No en-


tanto seu livrinllo 6 lido dc
Filosofia Angélico" —
respectivamente de P. OU-
tradução de perto à nossa sensibilidade
de tropicais tão acostumados
uma só vez, suas quase duzen- ver Branchfeld e Alfredo com este sol, estes rios e ca.
tas páginatí passando entre nos- Cahn — Santiago Kueda, choeirais,. esta natureza enfim
sos dedos muito cclercuicntc. Santo Tomás de Aqui- barbudo dedicou
' . MARIO PB ANDRADE p não no _ "Del Ente y de Editor — Buenos Aires a que
**<iase
o vate
«padre JeBuino.do Monte Terhiinada a leitura, porém, toda a sua lira.
Publicarão «. um nome de seushc- la Essência", Loaad'», Ale. Silv.,
Carmelo"-r guardamos Depois que Otávio dc Faria"c
— Edição róis ou heroinas, já esquecemos Buenos Aires. "(I
14 do SM AN Adonias Filho traduziram
do Ministério de Educa- o enredo dc todas as histórias. Processo Maurizius", Wasscr.
ção e Saúde, 1945 ~- Das doze histórias prefiro A que eu saiba, não há uma mann ficou conhecido até da< OLIVEIRA RIBEIRO NE-•
niesmo
"Lucila", em forma de diário. tradução portuguesa deste ia- caixeirinhas que se coritentau TO'— "Cantos de Glória
E' com, saudade c ao E' não somente--a mais original moso "Sermo et tractatus^de coih os romances da Scnlioi? li; V — Livraria Martins Edito-
P-
tcnu>o rcspdto quc ,a gente Andra- como a que "Um despvrta um pouco ente et essência" quc passa, en- Leandro Dupré.' Por isso não i ra —•; 1946 —
aa no livro quc Mano dc dc.ua de interesse. marido", ou tre os escritos menores do dou- sem propósito que chamamos a
le terminou às véspera*nos lcm- "A Mariposa e a Chama" tam- •tor Angélico, como a verdadei- Como o músico quc deve tocar
norte. Saudade porque conse- "filosofia atenção dos .leitores para a tra-
bém agrada pois o autor ra introdução à pe- dução argentina destas duas no- de acordo com o instrumento
bramos do bom i»^ggg í>Pdlt''c.1 guiu deixar o leitor sem umaso- rene". Por isso, a excelente velas, que embora não reflitam quc assopra ou dedilha, isto é,
ncito porque o l'vl° naquela lução para o caso de Gondiny, o versão de Luis Lituma e Al- todo o valor do romancista, po- não. tentando executar,, por
depois que ele morreu final deste conto é bem feliz e berto Wagner de Reyna, pro- lidas sem ai- exemplo, o "Clair de Lune", do
íScnoile dc 25 dc
feverc.ro, dc Ca- jjem ser prejuízo
ano c 1>1C0a não repete o chavão antigo "O fessores da Universidade gum. Mesmo porque quem de- Debussy cm trombone de yára,
já lú vai ura ,v o autor abusa em caso do Peru, deve constituir um assim o poeta precisa venej.u?
que tolica seja realmente conhecer cs-
Nesta publicação do SPIIA.N do broche", "Retrato da moça
motivo <le júbilo para os leito- se contentar so- dc acordo com os seus seu ti-
— nue dc tão rara quase mn-
'.nem de verde", etc Scntc.se quc res brasileiros afeiçoados aos critor não pode
mentos, com a força ou o volu-
conhece (o meu vo uma Para mente com sutis obras primas.
Dium- Xavier Placer tem qualquer cru- problemas da metafísica. Traz ainda este volume exten- ane do seu estro. Não pensa as-
íbi presente do Carlos sa a nos revelar, algo que ele compreender Husserí —• pai da sft- sim Oliveira Ribeiro Neto e é
mond de Andrade),.-,-^M^ — c Kiekcrgaard so estudo de Lázaro Liacho
o diz nem mesmo sabe o quc seja, quc fcnomenologia ibre a vida e a obra de Wasscr- pena pois com isto está levando
com éle próprio 'importante figura-da ^W jaz no «eu coração ou ria süã «1- — pai do existencialismo, — o mann, indispensável aos que só sua poesia para uma direção cr-
curiosa e a :> ma. No dia em que ele conse- "Do ente c da essência" vem compreendem bem um roman- rada, c o exemplo temos neste
,: e colonial paulista que) guir exteriòrisar êsse senliiucn- a ser uma leitura preparatória elsta quando lhe conhecem ,\ vi- seu último livro que canta a
uuíre Jesuino dó Monte Carne-c to e jogá-lo no papel, então, te- fundamental „ sobre o qual se apro- glória da Faculdade de Direita
da, estudo
o músico, pintor, arquitetoesta remos o livro quc dele espera- R.F. fundou sequiosomente um dos de São Paulo, a terra brasileira,
tòjve- entalhado.'." .-Porse vt a — estou certo --
mos. E que nossos ilustrados críticos para a noite paulista e outras glória;
afirmação do autor ja o será um romance. Seus dois li- Francisco Vera — de nossa pátria. Prefiro vê-!o
importância do volume, dado co- "Puntos criticofi dc la escrever seus rodapés...
vros tem que ser enxergados "Golovin" e "Kl Criíncn An- cantando uma flor quc desabro-
vulto dá figura estudada. .Iteai- mo tentativas. Matemática coutempo- 'série dc "0 cha na ponta de um galho, un?
mente o padre Jcsuiiio mesmo
c uma gíilico" pertencem à
AU'. SÍlV.: ; rança" Losãdá, Buenos Escândalo do Fidalgo Ernesto", regato' que murmura por entre
figura impar que estava como . Aires. isto é: são novelas curtas, sem pedras'; a estrela vesperlim'
j, espera de um sujeito seus lirpiff) Sente-se brilhando no alto do .firniamen-
Mário para se revelar aos Francisco Vera, professor ar- grandes pretensões.
as escreveu to, porque êsles são x>s verda-
que Wassermann
próprios patrícios. A^lltlLU gentino, é autor dc uma pe- sem multo esforço e sem deiros temas, os motivos inspt
Vele a pena ler este volume, quenina e poderosa
"Historia
tem- radores de sua poesia, nascich»
pois mesmo aqueles quc
nao se. "Coleção Jacinto", da divulgou precisar passar algum
A da Matemática" que po observando "0 prisões, , como para entoar minuetos ou valsas
iritcressnhí por estes problemas vi- Editora A NOITE. seu nome entre os leitores bra-
com Proccso Mau- românticas e nunca para exc-
a aconteceu
històvicos saberão apreciar .ia- sileiros. Este volume, quase Elas não aumentam cutar hinos barulhentos, E' por
da de mn homem quc teve a ira- Transformando agora as suas todo resumido dos cursos dc rizius".
isso que nem sempre seus caiu
dácht de tudo c que em tudo seu nem diminuem o valor literário
atividades, ampliando o extensão professados pelo A. do autor, mas 6 justamente por tos dc glória apresentam bar-
cassou. (Menos na pintura, de mais sul-america-
programa, participando em Universidades devem ser lidas para monia e sonoridade perfeitas.
aliás)-. Saberão tambem aprç- üe perto da vida da cultura, a nas, traz o seguinte Índice, isso que
não se fique que Citemos uns versos, por acaso:
ciar (mais uma vez) o valoi "A Noite", ao lado do que pensando
Editora pelo qual sc verifica a impor- o romancista escrevia unicamen-
Mário dc Andrade como pesqiu- — movimento • do livro em geral, tanciã c a atualidade dos pon- te livros superiores.
"Noite amiga, fecunda e foiti?
— como üc sabe cole- considerados
sador que acaba dê criar inúmeras tos críticos" [ccira,
era um dos trezentos e einqucn- ções qmc justificam perfeita, ""lilatií em crises la materna- Ale. Silv. a espalhar pelo céu a seinenteira
ta cm que o escritor &ç mUUl- "El tertium
mente o apoio da inteligência c tica?" (Ca. I); de estrelas de ouro e luz num
üu sc dividia. Den- non datur en la matemática ' IKT*
plieava. a preferência do público. "coleção "La Materna- j ¦'-'¦" Longo — "Dafniá y [campo azul.
Ale. Silv. tre estas, sabressai a atual" Cap. ID; "HI>; Noite boa, madrinha protetora
tica dei ftlglo XX" (Cap. "Gra Cloe", Sfopena, s. d. da lavoura
Jaehito", destinada aos livros "Axiomatica" (Cap IV); Discutem a autoria desta no- deste verde milagre
IUYMUNDO DE ML- jurídicos, quc ambiciona reunir abençoada pela cruz do sul."
-.'/. NEZES. "Emilio de Me- matica, lógica y matemática" vela grega, como se discute até
em volumes, sob a responsabi- "Matemática finistista hoje a existência real de "Daf- Ho-
nezes". Martins, Edito- lidado de autores consagrados, (cp. V);
mero. De forma, Vejam como soa falso aquele
rc- matemática infinitista" (cap. qualquer "verde milagre da lavoura" no
ra, 1D4G. o quc de melhor sc venha a_ y "La crlsis de la imen- nis e Cloe", que Schopenliaucr " estréias" de ouro c luz
\ predileção que Raymundo alizar coiriò estudo de direi, VI); meio das
(cap. VII) erigiu em simbolo da atração
de Menezes tem pelos boêmios to. Selecionando rigorosamen- cion y ei transfinito"
de num campo azul". Por que nâo
A Vi- dos sexos, é um belo poema cantar somente as estrelas ou a
é notável: tendo escrito da-
ft; pretende, já na seleção, ori- K F amor capaz de resistir às modas
d'a Boôtriiâ "Emilio de Paula Nei , entar os leitores. noite feiticeira? Por que não fa-
de Menezes, como literarnas dc todos os tempos, lar ein Liberdade, cm Glória, em
nos agora Iniciando essa coleção, ais Mais citada do que lida, a
o último boêmio" ja estando seu primeiro volume, acaba de Anchicta, quando sua lira nas-
preparando
um boêmio
"Martin Francisco,
de espirito e üui-
ser publicado o
Processo Penal", dc
"Código
Ari Fran-
de Novela historia

de partida
desses

do
pois
re.ee ter sido, de fato,' o ponto
romance
pastores
no mun-
pa- ecu para cantar os passarinnos,
o luar e os mal-me-qticres?
boêmio .
marães Passos, poeta e co. Em 3.» edição, indispensá. do. Um prefacio erudito e, pois, Ale. Silv.j
iiae-
Como se vc\ ao autor nao vel em qualquer biblioteca es- instrutivo," do tradutor, valori-
essam muito os brasileiros qu* os pecializada, êsse é um > livro A PROFESSORA HILDA — zou sobremodo o volume noti-
nem in-
foram úteis
políticos quc ajudaram
car o pais na situação
à pátria
a coio-
em que
que
corporado
se pode afirmar
definitivamente
moderno espirito jurídico bra-
esteja
ao
Lucio
Olyinpio,
Cardoso
1946.
— Livraria José ciado. Versão direta de Júan
Valera, prosador espanhol do
do romance
Romance
século XIX, autor
se encontra. Para Mc é na pura sileiro. Escrito - com clareza, os 0 sr. Lucio Cardoso é um dos "Pcpita Jimencz", cuja tradu-
boêmia... ,. ^oijo comentários expressos numa nossos romancistas mais fecun- ção brasileira existe por ai.
por essa os assuntos de- MRS. DALLOWAY —
Nunca tive simpatia
sol-
forma didática, dos. Mas essa fecundidade não — tradução
ííeraçáo passada, que vivia uma compostos com método, não cn- prejudica cm nada a qualidade. R, Fnsco Virgínia Wolf
tando trocadilho entre riquece apenas a nossa biblio- A cada novo livro do sr. Lucio de Mário Quintana — Li-
nada .ta- so. y^ . vraria do Globo, 1946 ——
empada e um chopp, grafia jurídica. Valoriza-a, Cardoso, surpreendemos um no-
*r OGS13.
V/VJ1W
des.
zendo de útil, avesso vivo bretudo quando sentimos nas vo passo para uma perfeição li- "¦
intelectual de Hoje, suas páginas, densas de objeti- terária que se aproxima cada . Houve no mundo í^arissimas
ta geração
exageradamente apegada a
cm- vidade c penetração critica, um vez mais, num sentido de -am- .mulheres geniais. Duas dela*
sas seríssimas, cornar dc quem natniral e vivo estilo literário. plitude e força, só comparável OSWALDINO MARQUES — nàscei-am na Inglaterra, e foram
-deseja resolver o problema do Primeiro livro de uma cole- % "Tragédia Burguesa" do sr. "Cantos de Walt Whifc. Emily Bronte e Virgínia Wolf.
entanto leio com "Código de Processo Pe- Otávio dc Faria. A — Introdução de E' justamente desta que acalia
mundo. No ção. t man"
de Nuy-- nal", dc Ari Franco, poderá in- Annibal M. Machado ., —• de sair, pela primeira vez em
prazer algumas páginas
mundo de Menezes em que
ele dicar os livros futuros. E os No drama dessa professora Livraria José Olymplo língua portuguesa, um doa seus
dá vida nova ao anedotano .dos futuros autores. Contam.sc, efe- do interior que sofria uma ter: Editora — 1946 .—• romances mais famosos que enri-
Paula Wei c dos Emilio de Me-, tivamente, já programados, rivel mania de perseguição, e qüece poderosamente o movi-
nezes. obras de utilidade indiscutível vivia mergulhada em uni mun- dswaldino Marques se firmou mehto editorial deste ano.
Pena, entretanto, é que o au- que, contribuindo para solução do dolorosamente solitário — como um dos melhores traduto- Em "Mrs. Dalloway", sem fa.
tor — que tem jeito para a.coi- do certos problemas, não dei- na curta e densa história de res da* poesia de língua inglesa vor"uma obra prima*de roman-
inteligência —• danação, o sr. Luçio Car-. Há muito nos ce, o leitor brasileiro poderá ter
sa e bastante xam de auxiliar os estudiosos uma entre nós. que
teime cm ficar no terreno da ha interpretação das leis. Es- doso nos apresenta uma das habituamos a vê-lo nos suplemcu- idéia do mundo maravilhoso é
anedota e da piada. Rinal esses
pecialjzados quase todos, os li- melhores coisas quc já escre- tos literários se esforçando para inquietante que se abrigou uafi
homens deviam ter feito mais. vros divergem no conteúdo. Al- veu. É um tivro bem escrito, tornar acessíveis a grande nu- páginas
"The Waves". Com
escritas pela autora de
disso. Pen- varrido uma agreste mero de leitores os versos de um estilo
alguma coisa além guns, de tese ou de fundo teó- por poesia
o de feérico e cintilante como ura
so que Raymundo de Menezes rico; outros, técnicos,' de fundo c desolada, que tem poder oun Edgard Lee Masters, dé um
— em algum, livro prender a atenção do leitor até T. S. . Elliot, de um Longston diamante ao sol,' ela descrer*
bem poderia
— ou- prático. Todos porém necessá- de uma crise Weldcn um dia — marcado pelas bado*
próximo focalizar uma rios k consulta imediata. o desenlacc que Hughes, de um James
tra figura do nosso passado e "Coleção talvez não interesse a todas as Johnson. Agora êle nos dá a ladàs do Big-Ben..Ê neste ali
Com a Jacinto", pois,
aos seus inumeráveis' a pessoas, mas nem por isso dei- tradução de alguns poemas de está Clarissa Dalloway, prepa*
mostrar a Editora A Noite se propõe rando uma festa, Os leitorc»
leitores uma vida .que fosse. entregar ao leitor de língua xa dc existir: o da falta de fé, Withmon — os mais conhecidos ' ?
eles um exemplo digno de com oportunidade, da limitação de certas almas — da lírica do poeta que Ha possivelmente estranharão
para portuguesa, matéria deste romance, que ie.
ser imitado. Porque — cmnn os melhores livros jurídicos. que substituíram o egoísmo pe- setts versos à si próprio ao ar
escrevi — talento não lhe falta. la esperança, e o sofrimento ia- livre, entre as árvores, os astros vanta uma série de quadros, si«
Nem jeito. fecundo pela oferta de si mes- e oa rios. Além dos versos OswaJL tuaçõès e detalhes que não pe»
tencem a© trivial romaàesc'».
ALC. SILV, Ensaio mo.
É, finalmente, o drama da au-
sência de Deus até a hora últi-
tlino Marques aiudá presenteia
seus leitores com
e noticia biográfica do poeta
um prefácio Entretanto,
de a grande
justamente
lição woolfiana:
ai resl
ii*
Conto 1—
ma. E este tema nada tem de
precioso ou invulgar: pertence
norte-americano. Áonihal
chado se encarrega
ves de enriquecer 0 livro còm
por
Ma»
sua
ra ela, o material
empregado na confecção de unu
novela não tinha a importâncii
usualmente

Thomaz Mann a todos os dias, desenrola-se em


"Freud, Goethe, Wagner, todas as cidades do muudo. o seu conhecido estudo, de mu- que se lhe costumou dar. Cou
— "Do- este pequeno volamè a sua estranha visão da vida l
XAVIER PLACER
—» Tolstoi, Poseidon, Bue-
Com a "Professora Hilda", neira que de é do drama do homem, ela cons«
ze Histórias Curtas" nos Aires. de meinos cem páginas pre*
• Livraria Agir Editora. 1945 afirma magistralmente o sr. Lu- cioso para os que se aproximara traiu uma estética surpreendeu»
Quatro magistrais conferen- te original, que reflete a gra»
"A Moniuuíi cio Cardoso a poderosa ascen> pela primeira vez de Walt With-
A gente passa por estas doze cias do autor de marca sua vida I:terá- * deza de seu pensamento e o po-
histórias de Xavier Placer sem sr Mágica". A primeira sobre Freud ção que man.
ria. Aos trinta «nos, êle possui Não calig nesta simples nqfá der de sua técnica. Tudo isto s»
comover, sem ser atraído por é, realmente, original e nos ensi- uma bagagem honra a qual-. mor* eüconira cr» f!Mr«= DaUoway'*
dos. na a considerar a psicanálise sob que o exame da tradução em sí,
qualquer personagens que quer grande escritor que üves=
as vivem., som se deter num tre. lirti angulo novo. O trabalho so- Isso
mente quando 'versos, se truta «e tradu-
se atingido os cinqüenta. ção de tarefa árdua nrt flores, lembranças, conversai
çhp interessante ou numa pá- bre Wagner record o de Ailthey certeza educada^ Jis.
' • A respeito do mesmo compositor. porque, assistido pela qual poucos vencem. Basta por hanaiá de pessoas
.gliia bem escrita. da missão do romauce, êle é a inteuçâo cussões, a visão da cidade di
Vale a pena entrar cm contato enquanto salientar
A contribuição do autor pap/í principalmente um artista, c le- Londi^es, e a somlw» inevitávd
n evolução dó gênero preferido com o ensaísta Thomaz Mann, do tradutor, desejando dar aos
• por Maupassant, seja quanto â tão grande quanto o romancis- vanta a Beleza do nada para ia- seus. patrícios uma imagein (cm- da morte, que espreita a* criajtU'
corporá-la à vida o • bora é o gigante '^Sr^-j,.-'. '¦
to. Oti maio" pálida) do que, --'^ ¦¦- i -'»-
técnica ou quanto ao estilo, não ^" -' R.F6 - "C
Wbitman, *•--"" *" Cri9ti«no Soares
«•viste: é um contista a Mis; SOARES. Walt lealmente, é
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-
CLASSIFICADO 0 CONTO 00 SR. ADALARBÔ CUNHA - SOVAS RECOMENDAÇÕES AOS CONCORRENTES C0«-^w<«Â
autor: "O personagem é ficti- cado. Veja se faz melhor. Me- b) Termhiudo o mês, %.uberá
extraordinário, além de toda fixncutativa q nume- cio, mas o fato, é verdadeiro'*. nos banal do que êsle ultimo. ao leitor desse dia — por meio
ro de originais que vimos recebendo para o nosso eoncur- Verdadeira, mas o senhor não J. C. DA ROCHA SOBRINHO de votor enviado num coupon
so dc contos. De tal forma que, st continuar a crescer a
CONTINUA soube transforma-lo num bom — Tem qualidades,
"Cheque"
redige estampado êm A MANHA —
onda de concorrentes, seremos obrigado» a restringir as nossas conto. Desclassificada. bem. Mas o não es- qual o melhor dos contos pu—
aos mesmos, na "Correspondência". Já não suo mais tá em condições de ser clássi- bjiçadòs. Os votos serão rece—
respostas ARC1UNO TAVARES — Em-
quarenta, c sim cinqüenta ou sessenta concorrentes a demandarem bora não redigindo mal, não ficado. bidns até o fim do mês prárt-
semanalmente. Desejaríamos
um julgamento, "Desclassificado", limítir-nos a sim- chegou a fazer contos em con- H. M. D. — Rio — O conto mo, quando se procederá à
ou "Classificado"; inas se no "A Historia de meu filho" foi apuração, sendo o resultado
pies indicações: dições de 3er classificado. Foi
último caso bastará isso; no primeiro, bem sabemos o efeito que "O desclassificado. publicado no número imediato
'porém,, o qne acontece com "O Poder e cabendo ao vencedor além da
tal secura pode produzir. Dentro em pouco, não veremos de uma canção" e Navio O COUPON PARA A VOTAÇÃO
outra solução para atender o numero assoberbante de concorreu- POPULAR importância de 300 cruzeiros,
que Deus lhe deu". com qne já fora contemplado,
tes Convém acentuar que o critério de seleção ainda não está LUCAS. ALVIM — Petropoüs Continuamos hoje a publica-
rigorosa como desejávamos. Dissemos c repetimos, destinar-se o Terrivelmente melodrama- mais a prêmio de ROO cruzei—
ção do conpon do concurso na ros.
concurso, dc preferencia, aos escritores novos e inéditos. Tal.eir- tico "Uma Cruz na Estrada". 3.s pagina da 1.a secção da c) O concurso será franquea—
eunst-meja não nos levará, entretanto, a admitirmos quem não irios- Desclassificado. Tente outro. "MANHÃ". Como já declara-
tre vocação de escritor, não revele mérito literário. E a simples PAIS GUIMA- do a todos os escritores brash-
ERNESTO mos. deve ele ser remetido, de- leiros. sem exceção. Fazemos,
facilidade de escrever, de redigir não basta para ser escritor e mui- RÃES — Nâo contem"A lolicei, pois de. preenchido — para entretanto um apelo aos no-
to. menos para fazer-se um conto. Passam.nos, constantemente, mus muito vulgar Ultima A MANHÃ — praça Mduá, 7,
"Grande Concurso de Contos ' vos ou ainda inéditos para se
pelas mãos, páginas bem escritas, sem erros, sem tolices, em boa Façanha". Desclassificado. valerem desta oportunidade de
sintaxe nas quais, apesar de tudo não encontramos nenhum mé- CARLOS ALCEU JUNQUEIRA, de "Letras * Artes". ¦-¦ Cou- porem A prova suas aptidões,
rito literário. Insistamos pois, no nosso apelo: queremos escrito- São Paulo — Agradecemos as , pon. já que um dos principais obie-
res: que estes não se receiem em cnviar.nos suas produções; dêlcs Neste, o leitor assinala o
palavras de estimulo. O limi- tivos do concurso è contribuir
depende a elevação do nivel do concurso. Não se imasinc, tam- te não pôde ser nltrupttssado. melhor conto, dos contempla- para estimulo das vocações li-
bém. que a seção "Correspondência" lem a feição de Um trbunal Os que,' porém, o desobedece- dos, publicado pelo suplemen- ter árias.
ou de uma banca examinadora, onde vamos distribuindo puxões de rem serão considerados ou nao, to durante o mês. d) Os originais nâo deverão
orelha. O caráter até certo ponto educativo que procuramos dar de acordo com nm critério Hâ um prazo de i mês para exceder de três páginas e meio
ao certame, levou-nos a atender dessa feriria os concorrentes, fa- particular. O concurso é per- a remessa desse conpon. (tipo almaço) dactilografados,
zemlo observações e sugestões d-? possível utilidade para os prin. manente, não havendo, por lan- Desta forma, o premiado do eom dois espaços, ou seis pági-
cipíantes, us plumitívos. Certamente, os que já demonstrarem to, prazo — para n entrega de mês pelo concurso popular sâ nas em manuscrito com a con—
qualidades suficientes-, escaparão a tais admiüfculos; Qi:::nLo aos originais e nem limitação de será proclamado no fim do dição ds ser a letra perfeita-
desclassificados, desculpam- a nossa franqueza. Não pode ser de numeros para os concorreu- mês seguinte. O prêmio esta- mente legível.
outra maneira, meus amigos. Recebemos muitas cartas cheias de tes. belecido corresponde à impor- e) Oi autores poderão usar
JOÃO CA LISTO LOBO — tância de 500 cruzeiros sem
esperanças verdadeiramente enternecedoras e sentimos ter dc der- contrtr os 300 cruzeiros pagos
de pseudônimo, revelando,, po-
rubar alguns castelos. Mas. a literatura não é um j-;go de xadrez Seu conlo revela qualidades. rêm confidencialmente, o no—
Continue. Não chegou, porem, na o ¦ nsião em qne o conto foi me, coò* a indicação de ser oü
nem uma simples recreação: é algo de mais sério, de muito mais classificado pela comissão jul-
sério. A b:nevol.Ancia excessiva será duplamente condenável num a ser classificado. não pnbli"ado o mesmo, «
ORLANDO BASTOS — Suo gadora. classificado ou premiado o con-
país como o Braril, onde prevalece um critério frouxo e de pouca Pniilo. Sen conto esta nas mes- O PAGAMENTO DOS CONTOS to. Os originais nâo serão'de-
responsabilidade no julgamento das coisas literárias.
mas condições do do concor- CONTEMPLADOS volvidos-
rente acima. Bem escrito, mas O pagamento dos contos con- f) Toda corresjwndência re-
um tanto banal. Procure fazer templados no concurso è efe- lativa ao concurso deverá en-
CORRESPONDÊNCIA melhor.
OSÓRIO — Rio — Aconse-
tuudo dos sábados e âs segnn-
dns-feirns na Caixa de
"i dereçar-se à R"darão da A MA-
Nffà trazendo a indicação
"GRANDE CONCURSO
WILSON DCS SANTOS RO- MANOEL CORDOUM — lhamos a ler os grandes con- Noite". Para melhor orienta- "LEIRAS h AH-
DE
CHÁ — HIO — Não è própria- Juiz de Fora — O limite que tistas, Só então poderá com- ção poderãa erJ intercuMdas CONTOS DE
mente nm conto, e sim uma imptiscmos resulta da circuns- preender o que se deseja- como procurar na portaria de A MA- TES". Será mantida uma seção
conlo. Por ora, desclassifica- NHÃ 5." rtiidor do Edifício de no Suplemento Li-
rcdayio, uma composição. Da- taucia de cscaisez de espaço- do, "A Noite", o sr. Rodolfo Fct- permanente terario destinada à referida
da, porem a idade do autor — Os conlos muito longos iriam CLARUS TARAMIS — Bem reira, que prestará todos os es- correspondência. Ninguém fi-
quinzi anos apenas — pode- parte do suple-
ocupar grande "Pega!
fraco o
"Passageiro de Segnn- elarecimentos necessários. cura sem uma resposta.
se esperar coisa melhor. Redi- mento. Este Pega la- da". Desclassificado. aos contemplados A Comissão julgadora é cons-
gc com facilidade, mas num drão" desclassificado. - Quanto
RICARDO BARBATANA dos Estados, A MANHÃ provi- titnida petos seguintes escrito-
tom ainda bastante convencia- AÜLETE FARIA — Rio — Nas mesmas condições do an- denciará a remessa da imvor- res: — Adonias Filho, Lúcio
nal. Por óra desclassificado. Piero Deliu a sua "Espera fe- terior. tância diretamente ao destina- Cardoso, Marques Rebelo. Ma-
ALCIONE DE VASCONCELOS lis". Desclassificado. SÉRGIO — Classificado. tário, ou à aaência da Emprê- nncl Bandeira e Brito Broca,
— A autora p~diu-nos para no DEMOSTHENES GONZELES Aguarde publicação sa *it Noite", caso exista na que será o secretário do Con-
cuso de classificação entretjnr- — "A Valsa" desclassificado- NABOR FERNANDES — Rio localidade. curso.
nos a importância a qne ela te- B. NOGUEIRA — "O Cana- Muito cheio ds lugares co- AS BASES DO CONCURSO AVISO AOS CONCORRENTES
ria direito á União das Opera- rio", qne o autor denomina de nvms o "Poder da Inocência". Repelimos, a seguir as bases Pedimos aos concorrentes
rias de Jesus- I^ouvamoe o seu conlo exqnisito, não è ião ex- Desclassificado. do concurso: anunciar sempre o nome e o
gesto de caridade, mas para qnisito assim, mas foi desci as- GEORGES WILHEIM — São a) O concurso ietá caráter
gne a União fosse beneficia- — Pressente-se no autor se- pseudônimo no próprio origi-^
sificado. Paulo permanente^ devendo ioda ilus- nal do conto a fim de facilitar
da seria preciso qne o conto
SERAFIM FERREIRA "che-DA de "Um caso muito atoa" ten- mana ser publicado, com o nosso trabalho.
fosse melhor. ROSA — Rio — Muito, "His- dencias literárias. Deve conli- tração, um conto escolhido pe-
nuar. O conto, porém,> nâo po- Ia Comissão Julgadora, entre O CONTO CLASSIFICADO
LUÍS EDMUNDO SODRfi — vrotante" também a sua de ser classificado. os recebidos nesse espaço de Foi classificado esta semana
Agradecemos os cumprimentos. ¦toritt dum poema". Desclassifi- conto "Culpado*, do sr.
LUÍS TOLEDO MACHADO — tempo, conferindo-se ao autor o
O conto "Obsessão" lembra, cada. "O Balisa" não está mau, em- d importância de 300 cruzei- ArtãTárdè Cunha, hoje publt-
porem, agudos de tenor subnr- IV. A. CORDEIRO — Rio — cado.
bano. Desclassificado. Sobre o conto "O Anel" diz o bora não chegue a ser classifi- ros;
' —-Mas isso não se faz.
(Conclusão da 5." pá„ina)
tacto para o bolso.

mar?
O senhor não ia fu>

Ah! sim... grafa continuava sorrindo


CULPADO! timo sucesso de livraria Enfiou a mão no bo^ô
Assim...
As mãos suavam no boi-
so. Não esperava por aqui-
Io. Pensou que o outro ti-
E para cúmulo, dos Estados Unidos? para esconder o tremor. E vesse um pouco mais de
Tirou o cigarro do bolso pelos olhos."chícíet". — Já. E' um ótimo livro. displicente: consideração. Não era um
e ficou com ele entre os de- mastigava Mas e os saltos? Como é •— Coisinha atoa. O revi- Fi-
>— Escuta, Oliveira (elo assassino, um ladrão.
dos, a mão .espalmada na sor exagerou. Eu volto "ladrão'*.
mesa.
. tratava o gerente assim que aconteceu uma coisa cou pensando no
do úl- dessa? amanhã para acertar. Afinal de contas ele já ha-
O Io revispr, o de óculos mesmo), você soube
"soítlite", aproveitou para via recebido o, dinheiro—
5.000 cruzeiros — e o tra-
mostrar-lhe um erro dè
concordância.
Isso já era demais!
: *
Que
¥ÍSTA PARCIAL DE ILHA DAS CABRAS balho estava incompleto.
Revisor de uma figa.
¦ (Conclusão dà 7.* 1 Foi' quando Terezinha chegou mulher, chamado João Quiabo, e — Amanhã eu trago tudo
é qüe un> estüdantézinho è frêhtè a êíe solfeja umapâgésçá- dizendo-lhe, .çusm 3 prata Jacin- que hoje reside na cidade de Tu-
de ginásio poderia compre- \a quas^.çornplstá. sà por,,in/eli- ta, de tanto beber, morreu de hi- pan, no Estado de São
-Paulo, é direiítriho. E até amanhã,
'Oliveira;!
encTer da; língua tta ; lítefa- ..cidade. v.nSq.., se, ,,eo;tryb;cas6Q.,no dropsia no Hospita 1". ! -• Lófô deu músico também. E o senhor sa- 2ví.„JlJ JStS
tural t,'j •;;,PwH;:w.v'- .-, '^a-qjtfr#*&(%& .agudo, Volta à mesa.;-, Penisa em um saltou e berrou: --; bs: Ps músicos, como os bacha- O matraquear da máquina
'—-' Pròta nsÓ sár^hàra1' sii.estú- reis, sempre tiveram solidariedá-
; _^.(j senhor veja ieyadjrrsj?. ;ítEstáá sojzinhô' erà Ilha
-Gabres-'' ;'Está''' sózinhoi'- "rio de de classe"? ,.\ j"'.y.'
;. Mo òd-^xòu ouvir ^..res*
**/\ tropa, na \ sua' maioria rdas. jjida,,' Foi',', urM .^ranefe.. mulher, „..
'mundo.- v0 uniforme foi 'üma»í:és- OUVIU? .'..-!"'''„'!,• .•;:; :-'.-,?.-,
•' À-
pédidó da .família .a.i.ndá não posta do outro. ;
composta- dé üegros, entra- "r-Q-ár ptrdtitI':
'früstradai;
Está":$M'sji$osb ,E saiu,, nurna desabalada sem enlutada a, banda, não tpcau .no Será1 que ele respondeu?,
"È^qUánioV^sper^a'^-^^-
',..... ",]•;., Na sòíídâo dum |aího. j|m, a procurai do JvÍasstro-Capi> trajeto compreendido pe.la.Rua on-
ràni...... .'"" 2.'„ ¦,.'...,-,. ;i Depois,'! tudo ..ép deserto^, o m- tão, avisá-lo do ocorrido e donvp- de. se.assenta -o casarâo-spbracib
vadory decidiu que iria- to-
[ Sorriu complacente. Po- c^m2nsurável.'.'d2s,erí0. ;>.•-¦ Vai. àV4ò> cár a banda pára* ô enterro.
' ; do Simplicio.
brc'''révifof:í ^inibr^^de'):»;- jhinhái Mss o aíiiversí/ío do- Prsr • Precísafricnte àãs4 hõrasdâ tar* Outros óbitos de indigentes mar um curso intensifica*»
dos os révisorés do mun- feito só para o ano. Fala-se mui- de, num dia de semana, a vila ocorreram, depois, com certa in* do de inglês. Era preciso,
to na elevação do atual Cônsgo deserta, o "caixão da fábrica. Se» Ststência em Ilha das Cabras, co- Ele, que viera da provin-
doí Mas aquiesceu: guro por quatro indivíduos que mo os de Sinhâns Cata, Chic-uinha
*- E*. D&, fato. Foi um à categoria de Monsenhor.
'.'pMj.'•/• Sim» Caga, Benedito Sapo, Manuel Sa-
cia com tantas, apresenta»
cbrijèíStüi-as bisr fòrarn iníirpad^s ^ pelo delegado
japSO.
¦ry^'it?-y.: :.ií-5 * '•"'yr:'f'
y :
p)ú ;|||
r!que
Q;
,v%m{''párá paira tar fírrV* surgiu?: ria Rua àà Tfxtmoala, Toninho. Xanxo Ci.
ções, precisava ser mais
! Pra p|ue diátíutii* ..isso rt:D
|ò'.nâp/é^tâp^cedp
p Santo Crisma. .'.(Enrim,:.tjha.^das Hospital, e dentro dele —¦ JA- nhâna Camelo. A todos a banda honesto, mais direito.* O
CINTA de tal. deu a graça- de sua comparíncia. seu nome. ..O. elevador
outro não compreenderia..* Cabras' pouca oportunidade oler •Àtrrs, aó seu uniforme azul- Qucndo morreu' o Tabelião Sim-
-i- Bem, amáriliã eu vòl-
reee para quem queira exibir-se.
"Também marinho, a banda gemia, trágica- plicio, a banda, por deliberação passou lotado e ele desceu
que adianta a gente saíi
tarei para traduzir os sal» fardado pela rua?" pergunrou mente a marcha fúnebre de expressa do morto, não tocou: pelas escadas.
¦ * Chopin. "-,-. . mes compareceu ao enterro com - Mas não voí tou no dia
tos assinalados;.;:>; - y, - { Lo!ô. E continuou matutando:
E saiu, Na outra sala o
*Q
povo não me respeitamssmo...
Lofô atravessou o LaegQ da Ma- ps Instrumentos enlaçados por
à exceção do
seguinte. Nerfi nunca mais.
Iriz. Solfejando, inda pôde ter, uma fita preta,
E sem farda a gente, é tal qual
Lolô que alegara ser preta a cor O pai morrera na provin-
gerente discutia com a iele- .ym capitão do Exér.citp à paisa- nos olhos dos qüe paraaíi acQrre-
h'0'e, já ha cia e ele teve que ir tomar
foQisía sobre unia Hgação na; precisa ssmprev alegar.a sua ram, o escândalo; já dentro da> de seu instrumento,
interurbana. condiçço de oficial... Borra pa-
'
Matriz, esgue?rou-se por un-ia enterros sem banda de música em conta dos negócios da fa*
'..
"Hem feito, sua seriai--* ra esse uniforme. Esta; terra ê das colunas e foi segredar aosi Ilha d-s Cabras. xmlia. Parece que uma cria*
tfõ or^*n--ra que riern Ouvidos do Dr. Promotor: Fslizmçnte. *< >ão de galinhas Leghom. j
gèrrte^mor- Dantas Motta*
ta }" pensou. Mas a daçtiló- re mais aqui,'.>'•!*[',.j^K''".-l' . ¦-.. Nâo, doutor, o filho dessa

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OS GRANDES SON1TIST AS -,'f. í,*'- fj"»*' •."•'?*'»*"*

DA LÍNGUA FORT Ü0ÜESÀ

GREGORIO DE MATOS
(1633-1696)

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Ilustração de SANTA ROSA

PEQUEI, SENHOR: MAS NÃO PORQUE HEI PECADO


DA VOSSA ALTA PIEDADE ME DESPIDO:
'ANTES,
QUANTO MAIS TENHO DELINQUIDO,
VOS TENHO A PERDOAR MAIS EMPENHADO,

SE BASTA A VOS IRAR TANTO PECADO,


A ABRANDAR-VOS SOBEJA UM SO' GEMIDO:
QUE A MESMA CULPA QUE VOS HÁ OFENDIDO,
VOS TEM PARA O PERDÃO LISONJEADO.

SE UMA OVELHA PERDIDA, }Â COBRADA,


GLÓRIA TAL, E PRAZER TÃO REPENTINO
VOS DEU, COMO AFIRMAIS NA SACRA HISTÓRIA,.

EU SOU, SENHOR, OVELHA DESG4RRADA\


COBRAI-A, E NÃO QUEW4IS, PASTOR DIVINO, • .
'&
N/l VOSSA OVFJM* vms-À CléRli

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