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AGRAD SOLUÇÕES JÚNIOR - EMPRESA JÚNIOR DE

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E AGRONOMIA DA


UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA
LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA - UNILAB

POLÍTICAS PÚBLICAS
PARA A JUVENTUDE

REDENÇÃO
Commented [1]: FAZER UMA CAPA PARA
2017 SUBSTITUIR
Álvaro Carlos da Silva Costa
Antônio Gabriel da Silva Oliveira
Carlos Romário Matheus
Débora Maria Rocha Ribeiro
Francisco Enio da Silva Santiago
Frederica da Costa Sá
Gleriston Hiago Oliveira de Souza
Juel da Silva
Luiz Carlos de Lima Rabelo
Marcos Levi Saraiva Silva
Maria Gabriela Sousa Leitão
Maria Roniele Paiva do Nascimento
Mário da Costa Marçal
Tatiana dos Santos DJaci

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE

Apostila elabora pela Agrad Soluções


Júnior, empresa júnior de Administração
Pública e Agronomia da Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira.

Orientadora: Profa. Dra Vilma Moreira


Faria

Redenção
2017
Ficha catalográfica

2
Apresentação da apostila
Esta apostila, tem como finalidade mostrar para o jovem, as formas
de engajamento nas políticas públicas na cidade. Serão apresentados
acontecimentos históricos sobre o trabalho, comportamento dos
trabalhadores, estatutos, organizações de trabalho, sindicalismo no Brasil,
formas de políticas públicas, empreendedorismo, cooperativas, programas
do governo para incentivo ao trabalho, mobilizações e entre outros assuntos
que abordaremos em cada unidade.
Esperamos que através desse material, o jovem possa ser a mudança que a
cidade precisa.
Bons estudos!

Sumário

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UNIDADE 1

JUVENTUDE, TRABALHO E POLÍTICA

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Caro estudante seja bem-vindo ao
nosso curso preparatório sobre
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A
JUVENTUDE. Nessa primeira unidade
trataremos do tema: Juventude, Trabalho
e Política. Acalme-se, essa série de temas
pode parecer-lhe muito complicado e sem
nenhum nexo com o seu dia a dia,
principalmente.
Não se preocupe se esses temas não lhe são comuns, tão pouco se não se
interessa pelos mesmos. O objetivo desse material é fazer com que você
estudante entenda um pouco mais sobre esses temas, sua importância e que
além disso, possa perceber como esses assuntos estão o tempo todo imersos em
nossas vidas, seja através das mídias, ou círculos familiares.
Ao término desta unidade você será capaz de:
● Entender sobre o contexto histórico do trabalho;
● Compreender sobre a juventude;
● Conhecer os direitos estatuto da criança e do adolescente.

“Não importa o quão devagar você vá, desde que você não pare” -
Confúcio

Bons Estudos!

5
CAPÍTULO 1

CONTEXTO HISTÓRICO E CONTEMPORANEIDADE DO


TRABALHO

Começaremos nossos aprendizados tratando sobre alguns assuntos sobre


uma parte da Revolução Industrial. Começaremos pelo Fordismo, idealizado
por Henry Ford (1903) visa a produção em linha de montagem trazendo consigo
uma produção mais econômica e fabricação de carros em massa. Segundo Ford,
o consumo da população compreende como a forma que trazer o bem-estar
social para esta população.
Dessa forma, o mesmo autor desenvolveu a indústria de automóveis no
início de século XX para entrar no mercado de venda, pois naquele período, o
mercado de automóveis era somente voltado para aqueles que detinham maior
poder econômico, devido aos altos preços de fabricação. O princípio de Ford era
pagamento salarial mais alto para trabalhadores e redução dos valores de venda
dos produtos produzidos.

Figura 1: Linha de produção Automóvel


Fonte: Factoria histórica, 2014

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Na figura 1, mostra que no século 20, a maioria das pessoas estava empregada pela
produção de automóveis, no período em que não havia divergência do mercado de trabalho que
possibilita os trabalhadores a escolher outra meio de empregar.

O contexto histórico do trabalho começou a surgir a partir no período em


que a sociedade vivia no cenário sociopolítico pela crise do pacto fordista, na
época em que existe o esgotamento do capitalismo fordista, a forma de
regularização, principalmente o Estado como bem-estar social. Houve a grande
mudança sobre a produção, tais como: a reestruturação do sistema de gestão e
organização do trabalho, além de regime de acúmulo capital. Em oposto
também ao contexto neoliberal para ter a estabilidade no emprego, elevação da
qualidade de vida e acesso aos bens e serviços fundamentais.

A contra ofensiva do neoliberalismo, enquanto ideologia política e


técnica de gestão da esfera pública (Estado), e a perda progressiva dos
direitos sociais conquistados pelos trabalhadores assalariados durante
esse período (estabilidade no emprego, redução do tempo de trabalho,
elevação do nível de vida e acesso a bens e serviços fundamentais)
passou a ser a tônica deste período (HARVEY, 1992; BIRH, 1998 apud
OLIVEIRA, 2013, p. 76).

A expressão de trabalho é vista desde a antiguidade como escravidão,


degradação, infelicidade, alienação, sofrimento, produção útil e atividade
fundamental. A etnografia de trabalho originou-se de latim, chamado tripalium
que possui dois sentidos: um instrumento que tem três pés (pau aguçado com
ponta de ferro usado pelos agricultores para bater, rasgar e esfiapar os tipos de
cereais, como por exemplo, milho, trigo etc.), refere-se à tortura e um local,
onde se coloca os bois para serem ferrados. Na tradição judaico-cristã, a palavra
trabalho vista a imagem negativa que associa ao sofrimento e provação.

No mundo antigo, o trabalho era considerado como uma atividade


indigna, associada à escravidão e mais tarde como castigo divino.
Curiosamente na mitologia grega não havia uma divindade para o
trabalho, nem tampouco apenas uma palavra que expressasse o
significado de trabalho que conhecemos hoje. (OLIVEIRA, 2013, p.
78).

Figura 2: Comportamento do trabalho

7
Fonte: Site Gosto de ler, 2017
A figura 2 apresenta os diversos modos de significado do trabalho, em que a cada
indivíduo trazer pelos seus comportamentos para explicar o significado do trabalho. O conceito
de trabalho vai depender das pessoas que está exercendo de uma determinada atividade que
resulta um esforço para gerar o resultado.

Segundo Gui Bajoit (2011) apresentado por Oliveira (2013), nas sociedades
ocidentais, o trabalho tem quatro dimensões extintas, tais são:
a) trabalho penoso, refere-se ao sofrimento, tortura física, uma
punição, constrangimento, trabalho forçado e castigo;
b) a produção útil, relaciona à transformação de um produto que
tem valor importante a utilizar na vida sociedade;
c) um dever social, o trabalho visto como uma contribuição que
responde a necessidade da sociedade, que vista no reconhecimento de
competência, de um mérito e por salário;
d) realização pessoal, mas idêntico pelo próprio indivíduo em si,
pela orgulho do que faz, de realização dos seus talentos e dons.

O ato de trabalhar tem dois objetivos fundamentais, tais como:


a) uma ação para a transformação de material ou ideias que
implicam um sofrimento ou trabalho penoso e uma realização ou
produção útil;
b) uma ação que implica a necessidade social que produto outra
forma de sofrimento, visto como dever social e de realização pessoal.
Segundo Oliveira (2013, p. 80), no contexto contemporâneo (sociedade
moderna), o sentido de trabalho se modifica rapidamente, pelo novo regime de
produção capitalista, através do apoio dos movimentos inovações tecnológicas

8
da produção e acumulação de riqueza. O atual contexto trabalha mais idêntico
pela fundamentação das razões, progresso, da igualdade e que leva a revolução
políticas difundidas pelos países capitalistas e neoliberalismo. O contexto atual
de trabalho se idêntico na questão da legalidade da cultura dos trabalhos do que
se generaliza, pela equidade do tempo de trabalho, pelo custo ou benefício e por
exercício do trabalho.
Figura 3: Legalidade no
trabalho
Atualmente, o mercado de
trabalho deve legalizado para
garantia das condições básicas
do trabalho e trabalhadores, de
modo as pessoas são valorizados
do que na década de 20, em que
as pessoas considerada como um
dos recursos (máquina) que
trabalha na linha de montagem,
sem prever os seus necessidades
Fonte: G1, 2016
Para tanto, a burguesia e o Estado busca a intensificar e impor das
concepções de trabalho de forma que este é considerado como utilidade e dever
social. No entanto, o Karl Marx critica essa ideia e argumenta que o trabalho
como categoria importante da sociabilidade do indivíduo, “[...] fundamento das
diversas formas, através das quais os homens produzem a materialidade de vida
social, organizam a produção e a distribuição de riqueza social" (MAX, 2001
apud OLIVEIRA, 2013, p. 81).
No contexto atual, o trabalho [...] se apresenta como questão social
central, que se expressa na pauta política protagonizada pelas frações
da classe trabalhadora, em diversos contextos nacionais, que vivem no
cotidiano as conseqüências sociopolíticas das reconfigurações das
relações de trabalho (OLIVEIRA, 2013, p. 83).
Segundo Marx, o contexto de trabalho possui dois sentidos fundamentais,
de um lado é a força física e mental, e do outro a caráter útil que se relaciona a
produção que tem importância social com valores de uso. Dessa forma, o
trabalho que considerada como criação de valores em troca, agora, englobando
a condição de trabalho concreta. O mesmo autor apresenta a duas palavras para

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caracterizar a dimensão a respeito de trabalho, “[...] sendo que o “work” se
efetiva enquanto trabalho concreto, criador de valores socialmente úteis, e
“labour” representa a execução cotidiana do trabalho, e converte-se na
sociedade capitalista em trabalho alienado” (MAX, 2001 apud OLIVEIRA, 2013,
p. 86).
Figura 4: Trabalho contemporâneo

Fonte: Ricardo Lima, 2015

A característica do trabalho contemporânea está relacionada muito aos


fatores e valores sociais, no qual a produção do trabalho deve beneficiar a sociedade,
valorização das pessoas e não por exploratório de mão de obra.

O conceito de trabalho na atualidade começou se evoluir de modo não


simplesmente pela focalização na linha de produção para aumentar a
quantidade de produtos para, prevalece as pessoas como trabalhadores que
estão na atividade cotidiana de produção. Dessa forma, pesar o contexto de
trabalho, deve incorporar a necessidade de criação das condições básicas para
trabalhadores que estão produzindo riqueza e proteção àqueles que estão
produzindo.

Nas últimas três décadas, o que se observa é a degradação do tipo de


regulação organizadas a partir do trabalho socialmente protegido e a
erosão do pacto de solidariedade, que possibilitou a coesão do social,
certo equilíbrio entre o econômico e social, que criou as condições
necessárias para produzir as riquezas e proteger aqueles que as
produzem (OLIVEIRA, 2013, p. 92).

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Ao chegar nisso, o processo de trabalho deve ter a proteção do trabalho,
pela flexibilidade nas relações do trabalho, processo produtivo, legislação e
direito do trabalho, eficácia de produtividade. Entretanto, o trabalho
contemporâneo já incorpora as máquinas e tecnologia no processo de produção,
e que muitas vezes implica os efeitos sobre a condição salarial, pessoas
empregadas, mudanças da cultura de produção, substituição do trabalho
humano por máquinas para acelerar a produção, poupadores de emprego, os
conteúdos de trabalho incorpora as novas ideias e instrumentos tecnológicos no
processo de trabalho que dificulta os trabalhadores a desempenhar funções.

Figura 5: Trabalho contemporâneo


Fonte: O Globo, 2016
Mediante o processo de produção para atender a demanda populacional,
mas limitar o mercado de trabalho, fazendo com que produzam o desemprego.
Assim, o Oliveira (2013, 95) argumenta que os trabalhadores “[...] são impelidos
a se qualificarem e se adaptarem às novas tecnologias, a serem competitivos e se
anteciparem às mudanças nas empresas; e o medo do desemprego ou da perda
do trabalho acentua ainda mais essas pressões”. Contudo, resultará o
desemprego pelos diversos países do mundo, onde o homem não há
possibilidade de acessar um mercado de trabalho.

CAPÍTULO 2

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JUVENTUDE E O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE

A palavra juventude aparece como primeiro termo do nosso tema, e você


sabe algo sobre esse tema, como por exemplo que pessoas com 29 anos (vinte
nove anos) ainda são consideradas jovens? Ou já ouviu falar sobre o ECA e
Estatuto da Juventude?
Quando falamos em juventude logo vem à cabeça aquele perfil do
adolescente, aquela pessoa cheia de energia, que aceita qualquer desafio, aquela
pessoa inexperiente, não é? Pois bem, aqui a juventude vem quebrar esse
paradigma, da imagem que o jovem é só quem é adolescente (quem é de
menor), pois de acordo com o estatuto da juventude diz, o jovem compreende a
faixa etária que vai até aos 29 anos (vinte e nove anos), ou seja, de acordo com
as regras estabelecidas por esse estatuto, os jovens são uma parte da população
maior do que se pensa.
Com certeza, de todas as fases da vida o jovem é a que demanda a maior
atenção, pois exige, educação, segurança, saúde, lazer, etc. E quando
adolescente o jovem está situado em um universo bem maior, onde vai carecer
ainda mais das famosas políticas públicas. O tema juventude junto com trabalho
e política vem justamente para mostra que os jovens podem ser protagonistas
nas decisões de sua vida sendo um ser político, mas sem deixar de ser jovem. O
ser político aqui citado não se refere à política partidária. Pois o jovem sabe o
que precisa.

As políticas sociais e os programas destinados à população jovem em


situação de pobreza normalmente priorizam seus problemas, fracassos
e deficiências e, com frequência, atingem crianças e adolescentes
quando já se encontram em situação de difícil reversão. É necessária
uma mudança de mentalidade que tenha como alvo competências e
potenciais – da criança/jovem, da família e da comunidade (RIZZINI,
BARKER ET AL; 2000; P.10).

Estatuto da Criança e do adolescente – ECA

ECA certamente você já ouviu falar nessa sigla, seja escola ou na TV, esse
estatuto foi criado pela Lei de número 8.069 no dia 13 de julho de 1990, o ECA
(Estatuto da Criança e do Adolescente) formam um conjunto de regras e

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ordenamentos jurídicos que propiciam o apoio às crianças e adolescentes. Para
que você possa entender melhor quem está dentro desse conjunto de regras, o
ECA classifica como criança as pessoas com até doze anos incompletos, e
adolescente aquelas entre os doze e dezoito anos de idade.
E para que ele possa abranger o máximo de casos possíveis o Estatuto se
divide em duas grandes áreas, a primeira se trata dos direitos naturais e
fundamentais dessa faixa etária, tais como: saúde, educação, segurança, e a
segunda área se refere aos órgãos e procedimentos protetivos, além de
estabelecer medidas socioeducativas para aqueles adolescentes problemáticos.

Estatuto da Juventude

Diferentemente do ECA o Estatuto da Juventude, não é tão conhecido


assim, e provavelmente você ainda não tenha ouvido falar sobre ele. Assim
como o ECA, esse Estatuto abrange um conjunto de direitos que devem ser
promovidos pelo estado para proteger e desenvolver física e mentalmente os
jovens, ele foi aprovado em julho de 2013 pelo Congresso Nacional e sancionado
em agosto do mesmo ano, e entrou em vigência a partir do dia 2 de fevereiro de
2014. Então.
O diferencial desse Estatuto é que a definição de jovem abarca as pessoas
de 15 aos 29 anos, os jovens de 15 a 18 são atendidos pelo ECA, apenas em casos
excepcionais que o estatuto lida com esse público, pois dos 15 aos 18 Esse apoio
assegurado em lei, tanto pelo ECA como pelo Estatuto da Juventude veio da
necessidade observada pelos pesquisadores, de que a faixa etária que vai desde o
nascimento até os vinte nove anos, é a fase onde as pessoas estão em maior
vulnerabilidade, seja das criança às pessoas de 29 anos.

Política & Gestão Pública

Bem, até agora foram apresentadas as abordagens sobre o trabalho, sua


importância, seu contexto histórico e sua evolução até os dias atuais,
apresentamos também um pouco do que é o jovem e a juventude. São duas
variáveis que estão intimamente interligadas, principalmente no contexto
contemporâneo, ora, o jovem atual quer sair, quer se divertir, quer ter romances

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e dentre outros lazeres, lazeres esses que para serem vividos, precisa ter
dinheiro, e como ter dinheiro para isso tudo? A resposta é simples:
Trabalhando.
Agora, porque não relacionar o trabalho, a juventude e a política? É o que
iremos fazer!

A juventude brasileira atual carrega consigo a esperança de milhares de


brasileiros por um país melhor, acreditam que, por serem mais novos e terem o
conhecimento que muitos não tinham, possam ter as diversas formações
existente como: médico, engenheiro, advogado, professor etc. e assim mudar o
Brasil, o tornando um país melhor, com menos desigualdade e maior
oportunidade para todos.
Para criar uma geração de futuro, é importante enxergar a juventude no
presente, dando enfoque em sua formação, desenvolvendo pessoas
democráticas, civilizadas, independentes, portadores de direitos e deveres e
politizadas, e mais que isso, é importante que a juventude queria absorver tudo
isso.
Atualmente vemos a juventude engajada em movimentos sociais, de volta
ao protagonismo político após a década de 1980, onde tivemos o movimento
DIRETAS JÁ (1984) onde a massa popular pedia pelo o impeachment do então
presidente Fernando Collor.
FIGURA 5: Movimento Diretas Já!

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Fonte: Jornal do Brasil
O Engajamento político da juventude brasileira pode acontecer sob as
formas mais variadas possíveis, como: Movimentos sociais, filiação partidária,
lideranças políticas (líder comunitário de bairro ou ações populares), oposição
política, controle social e etc. É importante salientar que o objetivo do
engajamento político ou participação social da juventude deve ir além do como
se fazer políticas públicas, deve se discutir e construir uma nova cultura política,
tanto na gestão pública quanto na sociedade.
São tantos temas complexos a serem tratados e que se devem levar em
consideração, como questões religiosas, econômicas, raciais, educacionais,
culturais, sociais dentre outras diversas existentes. Note a complexidade dos
temas a serem discutidos e construídos de formas democrática, não é fácil, mas
as coisas nem sempre são fáceis, por isso é preciso ter vontade e assumir
responsabilidades para mudar e inovar na política.
Lutar por direitos e por necessidades, faz parte de uma vida
politicamente ativa, geralmente, os jovens encontram apoio ou até mesmo
afinidade com determinada causa por meio de movimentos sociais que,
comumente lutam por políticas públicas que reconheçam e afirmam o direito de
uma minoria que muitas vezes não se sentem representadas pela Gestão
Pública, tais como direitos LGBT, das mulheres, deficientes, dos índios, negros e
etc. E para lutar por tais direitos, esses atores que reivindicam são bem
instruídos, portando um grande volume de conhecimento sobre o assunto, ora,
se alguém quer um direito, deve saber o que quer, para que quer e como quer,
além disso tudo que já vimos, é preciso ter atitude, “atitude política é muitas
vezes difícil de ser adotada, na medida em que lutar contra antigas crenças e
valores conservadores é um processo árduo e lento. Os jovens que entram nesse
cenário enfrentam essas dificuldades que, apesar da exigência que representam,
criam muda” (MAIA at. All, 2011, p. 172).

PARTICIPAÇÃO SOCIAL

A participação social na política sempre foi imprescindível na construção


de um espaço acessível e pensado para todos foi e sempre será. O Governo
precisa saber que há pessoas preocupadas com as decisões que estão sendo

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tomadas, preocupadas com o dinheiro público que está sendo gasto e de como
esse dinheiro está sendo gasto. E para tal, precisamos agir, precisamos controlar
e fiscalizar, pois no fim de tudo, nós que fazemos parte da sociedade pagaremos,
seja com impostos, seja com direitos retirados e outras sanções.
Você sabe o que é participação social? Bem, participação social pode ser
definido como um, “processo, no qual a classe trabalhadora e seus segmentos
sociais emergem na sociedade por meio de suas organizações, reivindicando
direitos sociais, políticos e civis e a participação nas esferas de decisões do
aparelho estatal, visando obter o controle social sobre o Estado.”
(CAVALCANTE, 2015), com base no que a autora transmite, podemos perceber
o quão importante é participarmos dos processos públicos e políticos que nos
interessam, a fim, como já foi explicado anteriormente, a sociedade é que de
alguma forma vai sofrer as consequências das ações do governo.
Uma gestão pública que impede ou que impossibilita de alguma forma a
participação social pode estar dando indícios de que algo não está ocorrendo de
forma correta, claro, outras razões podem ser consideradas, mas se tratando de
dinheiro público, é sempre bom manter-se em alerta.
Por ser uma massa populacional intensa, o papel do Jovem ao participar
de processos públicos e/ou fiscalização se dá pelo seu interesse, sobretudo no
que diz respeito ao mercado de trabalho, ao longo das décadas passada tivemos
histórico de grandes crises que afetaram diretamente o mercado de trabalho
através do desemprego, deixando milhões de trabalhadores e trabalhadoras
desempregados.
Algumas conquistas através da participação dos jovens na arena política
são elencadas por CAVALCANTE 2015, como: a criação do conselho nacional de
juventude em 2005, PROUNE, o PONAF-JOVEM, PROJOVEM, JOVEM
APRENDIZ, , que serão vistos ao longo deste curso.

Noções de Administração Pública

Você deve estar se perguntando o que é Administração Pública, bom,


Administração Pública é o “conjunto formado por um governo, por um corpo de
funcionários que se ocupa da gestão e por uma força policial e militar que busca

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assegurar a proteção contra inimigos externos, bem como a ordem interna. ”
(SANTOS, SANABIO e DAVID, 2013, p. 13), ou seja, podemos entender como
uma atividade, gerida pelo o Estado, que vise organizar tudo que é público
objetivando o bem da coletividade (sociedade).

O Estado é um território delimitado, ou seja, um espaço físico e pessoas


vivendo juntas, caracterizando uma sociedade, e essa sociedade organizada
dentro de um território pode ser definido como um Estado. O Estado é dividido
em três poderes, são eles o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.

Poderes do Estado

O poder executivo cuida do Gerenciamento do Estado, é a Administração


Pública em si. É o poder que controla as finanças do Estado, cuida da sociedade
e etc. fazem parte do poder executivo os cargos de Presidente do Brasil,
Governador, Prefeitos e etc.
O poder legislativo é o que cria normas e fiscaliza as ações do poder
executivo, e os cargos mais conhecidos deste poder são os de Deputado Federal,
Estadual, Vereador, Senador.
O poder judiciário é o que se faz aplicar as leis, após o julgamento das
ações do poder executivo ou legislativo. Os juízes e desembargadores são os
cargos mais conhecidos deste poder.

Princípios Da Administração Pública

Bem, agora que conhecemos um pouco do que é Administração Pública,


vamos ver os princípios básicos que regem esta administração, que
popularmente são chamados de LIMPE. Mas LIMPE? O que é isso? LIMPE são
as iniciais de cada princípio, são eles: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,
Publicidade e Eficiência.
O princípio da Legalidade de acordo com a Constituição de 1988, prevê a
Administração Pública deverá agir apenas sob as leis, que ela, a Administração
Pública, possui direitos e deveres previsto em lei, e assim deverá agir com seus
direitos e deveres como prescrito em lei.

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O princípio da Impessoalidade prevê que a Administração Pública deve
tratar todos igualmente, não privilegiando e nem prejudicando qualquer um que
a ele recorra. Ou seja, todos são iguais, independente de classe social, ou de
qualquer outra coisa. O mesmo se aplica com empresas e empreendimento
O princípio da Moralidade diz que a administração pública no âmbito de
suas atribuições, deve agir com moral e ética que sejam reconhecidas por
normas, ou seja, qualquer ator que ultrapasse a moral e a ética, é
inconstitucional, ou seja, não pode acontecer, caracterizando como crime.
O princípio da Publicidade é fácil de ser compreendido, ele prevê que
todas as ações da administração pública devem se tornar de conhecimento de
toda a população, todos os processos e informações devem correr da forma mais
transparente possível.
Por último temos o princípio da Eficiência, que fala sobre a
Administração Pública prestar serviços de qualidade e sempre atingindo as
metas, fazendo bom uso do dinheiro público.

Exercício de Fixação

Que tal exercitarmos todo o conteúdo visto até agora, responda o questionário
abaixo de acordo com tudo o que foi estudado. Boa Sorte!

1- Você já tinha ouvido falar sobre algum tema abordado, como


ECA e estatuto da juventude?
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_______________________________________________________
_______________________________________________________
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2- Pesquise sobre os dois estatutos, escreva partes importantes


deles abaixo e comente em sala com os colegas.

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_______________________________________________________
_______________________________________________________
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3- O que você entende por protagonismo?


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4- Você acha que o jovem pode ser protagonista da própria


história?
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_______________________________________________________
_______________________________________________________
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UNIDADE 2

TRABALHO, EMPRESAS E SINDICALISMO NO BRASIL


C
aro
estud
ante
seja
bem-
vindo
a
segun
da
unidade do nosso curso. Aqui segunda parte iremos trataremos do tema:
Trabalho, Empresas e Sindicalismo no Brasil e no mundo. Todos esses temas,
tem por objetivo fazer com que você jovem possa conhecer um pouco mais sobre
a história e influência de cada um deles.
Até o término desta unidade, você aluno irá aprender sobre:
● As conquistas históricas do sindicalismo no Brasil e no mundo;
● As novas formas de organizações;
● Transformações no meio rural e as ocupações agrícolas;
● Terceirização nas empresas;
● Empreendedorismo;
● Os princípios do associativismo;
● Cooperativas;
● Microcrédito.

““É fazendo que se aprende, aquilo que se deve aprender a fazer.” -


Aristóteles
Bons Estudos!

CAPÍTULO 1

20
CONQUISTAS HISTÓRICAS DOS TRABALHADORES E A
HISTÓRIA DO SINDICALISMO NO MUNDO E NO BRASIL

Neste capítulo falaremos sobre o progresso histórico do sindicalismo.


Afirma-se que as conquistas obtidas durante vários anos pelos trabalhadores é o
resultado de luta sociais e sindicais constante recheada de assiduidade sobre
direitos trabalhadores, começando desde pequenas organizações até no campo
político. No Brasil o cenário não foi e não é diferente como afirma o texto.

O Movimento Sem Teto é um esforço para se contrapor à imagem que


os setores conservadores tentam construir da luta pela reforma agrária
e dos movimentos sociais no Brasil. Os parlamentares ligados ao
latifúndio e ao agronegócio, a mídia burguesa e setores do Poder
Judiciário não medem esforços para impedir conquistas políticas e
econômicas que beneficiem a população pobre do campo. As ligações
de terras feitas pelos grandes proprietários, empresas transnacionais.
Os recursos governamentais, cada vez mais vultosos, que irrigam o
agronegócio e financiam as entidades patronais do campo, não
recebem nenhuma contestação dos tribunais de contas. São recursos
públicos que alimentam um pensamento conservador e políticas
antipopulares.
No Congresso Nacional, os mesmos parlamentares que condenam as
lutas e conquistas dos trabalhadores sem-terra aprovam leis para
facilitar a depredação ambiental e acelerar o desmatamento,
atendendo quase que irrestritamente os interesses das empresas
transnacionais. (ANDREZZA, et al., 2017).

Percebe se que os grandes empresários e os donos das grandes terras pelo


poder de aquisição pelo capital que detém vão sugando cada vez mais os
pequenos produtores ocupando assim mais espaços das terras e o mercado.
Vale ressaltar que a ditadura militar no Brasil foi uma época em que
intensificou mais as lutas para a constância permanência dos direitos, um
regime que proliferou a expansão do capitalismo e da classe trabalhadora
devido às privatizações de muitas empresas estatais. “No período da Ditadura
Militar, houve uma privatização de empresas estatais e uma expansão do
capitalismo que ampliou significativamente a classe trabalhadora[...] ”
(ANDREZZA, at al., 2017.)
A repressão e controle fez com que surgisse novo movimento sindicalista
para a defesa dos interesses trabalhistas e os direitos igualitários, condicionou
as reivindicações e greves.

21
Para Bernardete (2011, p. 1), no início do século 20, jornadas de 14 ou 16
horas diárias ainda eram comuns. Assim como a exploração da força de trabalho
de mulheres e crianças. Os salários pagos eram extremamente baixos, havendo
reduções salariais como forma de punição e castigo. Todos eram explorados sem
qualquer direito ou proteção legal. A primeira greve no Brasil foi a dos
tipógrafos do Rio de Janeiro, em 1858, contra as injustiças patronais e por
melhores salários.
Os imigrantes, enganados com promessas nunca cumpridas, trouxeram
experiências de luta muito mais avançadas do que as que haviam no Brasil, e é a
partir deles que se organizou o anarquismo, que foi a posição hegemônica no
movimento operário brasileiro no período de nascimento e consolidação da
indústria.
Existiam outras posições de menor influência política entre a classe,
como a dos socialistas, que fundaram o primeiro partido operário no país em
1890, e que, mais tarde, adotaram as teses da 2ª Internacional, especialmente, a
comemoração do 1º de Maio como data internacional da classe trabalhadora.
Em abril de 1906, realizou-se no Rio de Janeiro, o 1º Congresso Operário
Brasileiro, com a presença de vários sindicatos, federações, ligas e uniões
operárias, principalmente do Rio e São Paulo. Nascia a Confederação Operária
Brasileira (COB), a primeira entidade operária nacional.
O sindicalismo surgiu no final do século XIX com a chegada dos
imigrantes europeus, que traziam consigo a influência do sindicalismo de seu
país. Dessa forma, 3 as condições trabalhistas brasileiras começaram a ser
questionadas. Assim, tem-se um primeiro contato com os ideais sindicais no
Brasil.
Em 1930 com a entrada de Getúlio no poder, instaura-se uma política de
industrialização em que é criada a “lei de Sindicalização” n° l9. 770 (imposto
sindical), na qual o controle e repressão impediam a participação dos
estrangeiros nas direções, controlavam-se as finanças dos sindicatos, além de
proibir suas atividades políticas e ideológicas. Nessa época, era imposto para a
classe trabalhadora filiar-se ao sindicato oficial, desestruturando os sindicatos
autônomos existentes e também desarticulando a luta de classes, tornando-se
um órgão assistencialista.

22
CAPÍTULO 2

NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NOS


ESPAÇOS RURAIS E URBANOS.

No período pós-1960, observou-se um crescente engajamento da


população rural em atividades não-agrícolas desenvolvidas no campo ou nas
cidades, na grande maioria dos países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Com isso, as ocupações não-agrícolas (Orna) passaram a ter um peso cada vez
maior na renda dos residentes e das famílias rurais.
No Brasil, Del Grossi (1999) observou que a população rural não é
exclusivamente agrícola, uma vez que mais de 3,9 milhões de pessoas estavam
ocupadas em atividades não-agrícolas, em 1995, o que representava 26% da PEA
rural ocupada. Segundo o autor, a PEA rural não-agrícola, de certa forma, vem
mantendo o contingente de trabalhadores rurais, pois, enquanto os ocupados na
agricultura permaneceram estagnados entre 1981 e 1995, a PEA rural não-
agrícola aumentou em quase 1 milhão de pessoas em todo o país,
principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

CAPÍTULO 3

TRANSFORMAÇÕES NO MEIO RURAL E AS OCUPAÇÕES


AGRÍCOLAS E NÃO-AGRÍCOLAS E O NOVO PARADIGMA
RURAL

Vários trabalhos que trataram do crescimento das ocupações não-


agrícolas da PEA rural tendem a explicar o motivo desse comportamento
focalizando apenas um dos pontos fundamentais relacionados com as profundas
transformações pelas quais vem passando o meio rural: a clara e forte tendência
de queda das ocupações agrícolas. Essa tendência ocorreu, e continua
ocorrendo, como consequência da modernização e mecanização das principais
operações de cultivo das grandes culturas e também pela redução da área

23
cultivada, motivada seja por crises de algumas culturas (como no Brasil e em
vários países em desenvolvimento, cujas políticas agrícolas estão sendo, ou já
foram, desmontadas), seja por políticas específicas de controle de excedentes
(set aside nos EUA e na Europa, por exemplo). Como resultado dessa
modernização, houve um grande aumento da produção física, com uma área
cultivada substancialmente menor e um contingente cada vez mais reduzido de
trabalhadores no processo produtivo.
No entanto, para melhor entender o grande crescimento das ocupações
rurais não-agrícolas da população economicamente ativa com domicílio rural,
principalmente nos anos 80 e 90, é necessária a inclusão de outros fatores
explicativos, os quais se relacionam com a crise na agricultura, com as novas
funções do meio rural e a emergência de novos atores rurais, com as mudanças
nas famílias rurais e nas explorações agropecuárias e com as similaridades entre
os mercados de trabalho urbano e rural. Esses pontos, conjuntamente com o
avanço tecnológico que reduz as ocupações agrícolas, ajudam a explicar, de
forma mais adequada, porque cada vez mais a PEA rural nos diferentes países,
desenvolvidos ou em desenvolvimento, ocupa-se fora das atividades
agropecuárias.

“O chapéu de lavrador homenageia o homem do campo, enquanto a gravata


faz tributo aos executivos do agronegócio” (João Paulo Nucci).

O novo paradigma rural

Nos últimos 30 anos, identifica-se profunda mudança no meio rural


brasileiro. As alterações envolvem aumento da produção, deslocamento espacial
e ampliação de determinadas culturas e crescimento da produtividade,
associadas, principalmente, à modernização do espaço rural, à consolidação dos
Complexos Agroindustriais (CAIs) e ao estreitamento das realidades rurais-
urbanas. Em meio às novas conexões, o aumento das atividades não-agrícolas
entre os trabalhadores de domicílios rurais chama a atenção dos pesquisadores,
por meio dos elementos incorporados nessa mudança, que ditam novos
significados às relações campo-cidade. Um leque de teóricos têm promovido
esforços na tentativa de desfazer essa segmentação entre campo e cidade, com o

24
argumento de que as necessidades hoje impostas em termos de
desenvolvimento humano não têm sido alcançadas pelos projetos concebidos a
partir dessa dicotomia.
Tais autores recorrem a elementos do mercado de trabalho para explicar
tal necessidade, visto que este tornou-se uma espécie de espelho das
transformações que ocorreram no meio rural, a partir da introdução de novas
tecnologias poupadoras de mão de obra, sobre a perspectiva de redução dos
custos e aumento da produtividade. Seguindo os ciclos de transformações da
agricultura, chega-se a diversos componentes que traduzem as mudanças nas
atividades agrícolas e no meio rural como um todo.
A análise além da ótica da produtividade aponta que as transformações
da agricultura foram socialmente excludentes, provocaram a diminuição
abrupta das populações rurais, foram ambientalmente prejudiciais aos
ecossistemas naturais e que, apesar da elevação da 4 produção, parte
considerável da população mundial, inclusive nos países onde a modernização
tecnológica foi mais intensa, não consegue sequer atingir os limites alimentares
mínimos.

CAPÍTULO 4

TERCEIRIZAÇÃO NAS EMPRESAS

O método de terceirização, segundo Leiria & Saratt (1995), surgiu nos


Estados Unidos antes da Segunda Guerra Mundial, e se tornou uma técnica de
administração empresarial, marcadamente quando os Estados Unidos se
aliaram aos países europeus para combater as forças nazistas e, posteriormente,
o Japão isto na década de 50. As indústrias de armamento não conseguiram
abastecer o mercado, necessitando suprir o aumento excessivo da demanda e
aprimorar o produto e as técnicas de produção. Entretanto, teve maior prestígio
com o marco da segunda guerra mundial quando as indústrias bélicas
americanas precisavam melhorar sua capacidade produtiva foi nessa época que

25
desencadeou. Nessa óptica de ampliar a produção e atender a demanda da
população as empresas começaram a prática da “terceirização” que consiste na
delegação de atividades meio à outras empresas.
A partir desse momento passou a transferir para terceiros a
responsabilidade da execução das atividades secundárias. Surgiu então o
outsourcing um termo na língua inglesa que significa terceirização advindo da
junção da palavra out – fora – com a palavra source - origem, fonte –
significando que o suprimento de atividades em base a fontes externas. A
terceirização tem sido definida como um processo planejado para a
transferência de atividades delegadas a terceiros, ficando a empresa
concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao negócio em que atua,
ou seja, consiste na delegação de algumas atividades podendo ser atividades de
apoio à empresa contratada.
No final dos anos 90, as empresas começam a colocar os clientes como
centro de suas atenções. Estabelecer relações e conhecer o seu perfil passou a
ser condição diferenciadora para a conquista do mercado. Para atender este
novo caminho as pequenas e médias empresas mostravam mais agilidade,
porém as grandes empresas tiveram maiores dificuldades a dar vazão passando
a refletir e visualizar possíveis saídas para que se estabelecessem no mercado
competitivamente (GIOSA, 2003) entretanto a terceirização é uma possibilidade
voltaram seu foco naquilo que era a necessidade do cliente e de forma rápida.
As áreas mais terceirizadas são: Atividades da área da limpeza,
segurança, manutenção, alimentação. Atividade-meio: departamento de
pessoal, manutenção de máquinas, contabilidade. Atividade-fim: produção,
vendas, transporte dos produtos. O mais comum é a terceirização de serviços
contábeis, jurídicos e informática (Martins, 2001).
A terceirização se constitui como um fenômeno difundido no mundo
moderno. Neste sentido, Giosa (2003) afirma que terceirizar não se constitui em
novidade no mundo dos negócios, pois se estabelece desde que uma empresa
especializada executa as atividades meio de uma outra empresa que não
necessariamente precisam ser desenvolvidas internamente. De acordo com
Senhoras (2013), é um processo administrativo que pode ser compreendido pela
transferência de determinadas atividades-meio – de natureza periférica
acessória ou marginal em uma organização em benefício de um empreendedor

26
autônomo ou outra organização que seja especializada e as tenha como
atividade fim. Nessa perspectiva pode se afirmar que a sua prática é uma
possibilidade para abertura de novas empresas ou abertura de negócios e
consequentemente geração de emprego, assim Sob o ponto de vista de Giosa
(1995), as razões pelas quais se deve utilizar a terceirização são: porque é
saudável, estratégico, é mais negócio e o agiliza.
No caso do Brasil, a terceirização também passou se difundir a partir dos
anos 90, embora implementada sob outro enfoque. Para Giosa (2003, p.13): "A
recessão como pano de fundo levou também as empresas a refletirem sobre sua
atuação". As empresas brasileiras, a exemplo da adoção da terceirização por
outros países pois, adotaram quase que de pronta a nova estratégica da
administração.
Por vezes a terceirização pode implicar a quarteirização, isto é, quando no
processo da terceirização ocorrem várias relações de contrato. São vários os
riscos na contratação de atividades meio por isso há que ter cuidado nesse
processo.
Geralmente a terceirização apresenta vantagens e desvantagens, uma vez
que ela promova a abertura de novas empresas possibilitando geração de
emprego por outro lado, pode originar na perda de empregos para os
trabalhadores pela falta de competitividade ou adequação a mudanças. Nisso
são vários os pressupostos que devem ser levadas em consideração e bem
analisadas:
Martins, 2001, a principal vantagem sobre o aspecto administrativo, seria a de
ter alternativas para melhorar a qualidade dos produtos ou serviços vendidos e
também a produtividade. Seria uma forma também de se obter um controle de
qualidade total dentro da empresa, sendo que um dos objetivos e mais buscados
dos administradores é a diminuição de encargos trabalhistas e previdenciários,
além da redução do preço final do produto ou serviço.
Assim a empresa poderá concentrar seus recursos e esforços na sua
própria área produtiva, na área em que é especializada, aprimorando a
qualidade do produto e sua competitividade no mercado e pretendendo
essencialmente redução de custos, transformando em variáveis, e aumentando
os lucros da empresa, gerando mais eficiência em suas ações, fora a economia,
com a eliminação real de desperdícios.

27
Alguns riscos da terceirização é contratar empresas que não estejam
adequadas para realizar os serviços sem competência, pois poderão trazer
problemas principalmente trabalhistas. Não se pode pensar que a terceirização é
apenas uma vantagem para a redução de custos, se esse objetivo não for
alcançado, ou não trará o resultado esperado, podendo implicar no desprestígio
de todo o processo. Martins (2001).

CAPÍTULO 5

EMPREENDEDORISMO INDIVIDUAL E SOCIAL

Explicam (CLODOALDO E SWELLEN, 2011) A evolução do


empreendedorismo vem sendo analisada há muitos anos, mas no início da
década de 90 que o Brasil vem se aprofundando no estudo do
empreendedorismo. Os estudos se aprofundam muito em empreendedorismo
corporativo, voltado para o bem das empresas privadas. Mas além do
empreendedorismo corporativo temos estudos avançando em pesquisas para o
entendimento de um conceito sobre o que vem a ser o empreendedorismo
social. (CLODOALDO E SWELLEN, 2011 apud Megginson; Mosley; Pietri Jr.
1986) afirmam que as organizações sociais podem ser divididas em 1) de
serviços sem fins lucrativos, como: museus, igrejas e hospitais dirigidos por
grupos religiosos; 2) de proteção e benefícios mútuos, como: clubes privados,
associações de empregados e associações comerciais; e 3) organizações de bem
estar, como: unidades de saúde pública, biblioteca pública e áreas de recreação.
Cabe-nos perguntar quem são as pessoas que se encarregam de cuidar das
tarefas sociais desta comunidade? Algumas respostas surgiram durante a
história, mas nem todas se mostraram corretas. A primeira surgiu quando a
Alemanha de Bismarck disse que os problemas sociais podem e devem ser
resolvidos pelo governo. “Esta ainda é, provavelmente, a resposta aceita pela
maioria das pessoas, em especial nos países desenvolvidos do Ocidente, embora
seja provável que a maioria não mas acredite plenamente nela”. Mais tarde
tinha-se a resposta que a organização teria que ser a comunidade na qual o
indivíduo encontraria posição e função, com a comunidade do local de trabalho
transformando-se aquela pela qual seriam organizadas as tarefas sociais. A

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resposta correta à pergunta: “Quem cuida dos desafios sociais da sociedade do
conhecimento? Não é o governo, nem a organização empregadora. A resposta é
um novo setor social separado (CLODOALDO E SWELLEN, 2011 apud
DRUCKER, 1996). Segundo o autor:
Desde o ano 2000 o empreendedorismo difundiu-se no Brasil, país que
se vem destacando nas pesquisas que abordam seu índice de crescimento. Mas,
infelizmente, ainda existem muitos empreendedores na informalidade e sem
registros e, em decorrência, sem acesso a inúmeros benefícios e oportunidades.
Para Clodoaldo e Swellen Empreendedorismo O empreendedorismo é visto nas
perspectivas conceituais diferentes, tendo sua origem na Idade Média e sendo
definido por diversos autores em diversas épocas. Segundo Chiavenato (2008,
p. 03), origina-se do verbo francês entreprener, que significa “aquele que
assume riscos e começa algo novo”. O empreendedorismo envolve o processo de
criação de algo novo, que tenha valor e seja valorizado pelo mercado
(CHIAVENATO, 2005, p. 19).
A necessidade de realização envolve o sentimento de orgulho e satisfação
do empreendedor de provar para si e outros sua grande capacidade de alcançar
o sucesso. O autor destaca que existem diferenças individuais; alguns se
contentam com o status alcançado e outros são mais exigentes consigo mesmos.
A disposição de assumir riscos demonstra a coragem dos empreendedores em
relação aos riscos: financeiros, familiares e psicológicos, uma vez em que eles
abandonam seus empregos, investem seu próprio dinheiro, alguns envolvem
familiares na empresa e podem, ainda, não alcançar o almejado sucesso. O autor
considera que “a preferência pelo risco moderado reflete a autoconfiança do
empreendedor” e a autoconfiança tem base na independência do
empreendedor; e este, acredita em seu potencial e sente que seu sucesso
depende de seus esforços e habilidades.

CAPÍTULO 6

ASSOCIATIVISMO E COOPERATIVISMO

Associativismo

29
Associação, a propósito, é formal ou informal que com objetivo de reunir
pessoas com objetivos comuns sejam elas físicas ou jurídicas, procurando
encontrar soluções para suas necessidades ou dificuldades, e tendem a gerar
benefícios aos associados. Associação então é uma forma de organizar um
conjunto de pessoas com vista a realizar seus objetivos comuns sem fins
lucrativos.
O associativismo é fruto da luta pela sobrevivência e pela melhoria das
condições de vida nas comunidades, todo o patrimônio de uma associação é
constituído pelos associados ou membros, logo, as associações não possuem fins
lucrativos. Nas comunidades a participação, a solidariedade, a cooperação em
torno de objetivos comuns, têm sido fundamentais para assegurar melhores
condições de vida. Essa prática, mais do que uma forma de organização, é uma
construção e uma conquista social.
Além das associações, as cooperativas também são forma de
associativismo, no entanto, as cooperativas são organizações de pelo menos
vinte pessoas físicas unidas pela cooperação e ajuda mútua, com gestão
democrática e participativa, com objetivos econômicos e sociais comuns, cujos
aspectos legais e doutrinários são diferentes de outras sociedades

Princípios do associativismo:
a) Princípio de adesão voluntária: As associações são organizações
voluntárias, abertas a todas as pessoas dispostas a aceitar as
responsabilidades de sócio, sem discriminação social, racial, política,
religiosa e de gênero.
b) Princípio da gestão democrática pelos sócios: As associações são
organizações democráticas, controladas por seus sócios, que participam
ativamente no estabelecimento de suas políticas e na tomada de decisões,
sendo os gestores eleitos pela maioria para atender a necessidade de
todos.
c) Princípio da Participação Econômica dos Sócios: Os sócios
contribuem de forma justa e controlam democraticamente as suas
associações através de deliberação em assembleia geral.

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d) Princípio da Autonomia de Independência: As associações podem
entrar em acordo operacional com outras entidades, inclusive
governamentais, ou recebendo capital de origem externa, devem fazê-lo
de forma a preservar seu controle democrático pelos sócios e manter sua
autonomia.
e) Princípio da Educação, Formação e Informação: As associações
devem proporcionar educação e formação. Os dirigentes eleitos devem
contribuir efetivamente para o seu desenvolvimento da comunidade. Eles
deverão informar o público em geral, particularmente os jovens e os
líderes formadores de opinião, sobre a natureza e os benefícios da
cooperação.
f) Princípio da Interação: As associações atendem a seus sócios mais
efetivamente e fortalecem o movimento associativista trabalhando
juntas, através de estruturas locais, nacionais, regionais e internacionais.
g) Interesse pela Comunidade: As associações trabalham pelo
desenvolvimento sustentável de suas comunidades, municípios, regiões,
estados e país através de políticas aprovadas por seus membros.

Cooperativismo

O cooperativismo é um sistema econômico e social que tem como base as


cooperativas. É uma forma de se organizar por meio da união de pessoas, com
objetivo de unir forças para atingir desenvolvimento financeiro, econômico e
social (Instituto Ecológica, 2007). Dessa forma, o cooperativismo nasce da
união de pelo menos vinte pessoas que juntos buscam atingir objetivos
econômicos e sociais e tem a finalidade de conseguir benefícios para seus
cooperados por meio de ações coletivas, através de uma gestão democrática e
participativa.
O principal objetivo de uma cooperativa é comercializar a produção dos
seus membros, permitindo que seus cooperados gerem renda e possa reinvestir
parte desses benefícios para o bem comum do grupo. Assim, todos os membros
das cooperativas são também donos delas. Assim, ao se constituir uma
cooperativa cada uma cooperando contribui com uma quantia em dinheiro para
formar o capital social da mesma.

31
Tipos de cooperativas

a) Cooperativas de Serviços Comunitários: São formadas por grupos


de trabalhadores ou profissionais ligados à uma empresa qualquer,
objetivando prestar serviços de limpeza, transporte urbano, telefonia,
eletrificação rural etc.
b) Cooperativas de Consumo: São formadas por pessoas físicas,
objetivando a compra e venda de bens de consumo duráveis e/ou de
primeira necessidade.
c) Cooperativas de Trabalho: São formadas por profissionais como
faxineiras, estivadores, seguranças, técnicos diversos etc., objetivando a
intermediação dos trabalhos ofertados pelos profissionais associados, a
partir de contratos temporários, junto à empresas tomadoras de seus
serviços gerais.
d) Cooperativas Agropecuárias e Agroindustriais: São formadas por
produtores que atuam no campo, objetivando a comercialização da
produção de seus associados, o beneficiamento e a revenda diretamente
ao mercado consumidor.
e) Cooperativas Habitacionais: São formadas por pessoas físicas,
objetivando a construção de residências para uso próprio, bem como a
compra de terrenos, materiais e equipamentos de construção por
melhores preços e condições de pagamento do que os oferecidos pelo
mercado.
f) Cooperativas de Produção: São formadas por indústrias ou empresas
objetivando unir fabricantes de bens como eletrodomésticos, móveis,
tecidos etc.
g) Cooperativas Educacionais: São formadas por pais de alunos,
objetivando a oferta de serviço educacional básico aos seus filhos, bem
como o rateio das despesas referentes à contratação de educadores,
construção e manutenção de infra-estrutura física e material etc.
h) Cooperativa de Crédito: São formadas por poupadores ou tomadores
de recursos financeiros, objetivando a obtenção de crédito para seus

32
associados a juros, prazos etc. em condições melhores do que as
oferecidas pelo mercado.

CAPÍTULO 7

MICROCRÉDITO

Breve história do microcrédito

A primeira experiência com o microcrédito se deu em 1846 no Sul da


Alemanha, numa época de inverno rigoroso, os fazendeiros da região se
endividaram com empréstimos vindos de agiotas. Foi quando o pastor
Raiffensem criou a “associação do pão” e cedeu farinha de trigo para os
fazendeiros fabricarem e comercializarem o pão, e com o lucro pagarem as
dívidas. (ZISLEIDE SOARES MORAES apud SILVA, 2001 apud PRADO, 2002).
A primeira instituição de microcrédito nasceu em 1980, com o Grameen Bank,
de Bangladesh, tendo Muhammad Yunus como fundador e diretor-gerente, qual
começou a notar que os vizinhos próximos à universidade em que lecionava,
viviam na miséria e desenvolviam algum tipo de atividade produtiva, mas
estavam reféns de agiotas, que levavam a maior parte dos lucros. Vendo tal
situação, Yunus começou a emprestar pequenas quantias de dinheiro sem
cobrar juros a um pequeno grupo familiar. Tal atitude levou a consciência de se
criar uma instituição que atendesse a população mais necessitada.
Expandir o microcrédito no Brasil é uma necessidade urgente e a
Comunidade Solidária, desde o princípio de sua atuação, procurou apoiar
iniciativas neste sentido.
Essa publicação é mais uma contribuição para que a prática do
microcrédito possa ser difundida e estimulada. Nosso País não participou das
primeiras experiências de microcrédito quando, ainda nos anos 80, elas
começaram a ser implantadas em vários países. Vivíamos naquela época um
período de instabilidade econômica e alta inflação que dificultavam este tipo de

33
atividade. Mas, vale lembrar que alguns pequenos grupos fizeram um esforço
isolado para financiar os mais pobres. Ainda que com atraso, o País recebeu
muito bem as instituições que começaram a promover o crédito popular e que,
para encontrar seu espaço, foram se adaptando às condições específicas das
zonas urbanas ou rurais e aos diversos segmentos da população.
Hoje existem muitas iniciativas e muitos modelos de promoção do
microcrédito que resultam das parcerias entre ONGs, Governos, grupos
privados e Sociedades de Crédito ao Microempreendedor. Contamos com o
apoio do BNDES e do Banco do Nordeste que garantem, com fundos próprios, o
fomento de diversificadas iniciativas. Portanto, passamos de retardatários a
inovadores neste campo.
No entanto, tendo em vista a dimensão continental de nosso País e a
enorme desigualdade que queremos combater, é necessário, ainda, promover
uma grande expansão desta atividade que responda às exigências de
multiplicação de empreendedores de micronegócios, formais e informais,
estabelecidos e iniciantes.

34
UNIDADE 3

O JOVEM TRABALHADOR NO MERCADO DE TRABALHO

Caro aluno essa terceira unidade tem por objetivo apresentar as


iniciativas do governo brasileiro utiliza para que o jovem possa entrar no
mercado de trabalho capacitado. Apresentando aqui uma relação dos programas
sociais existentes.
Até o final desta unidade você saberá um pouco mais sobre:
● O programas pró-jovem;
● O programa jovem aprendiz;
● O programa primeiro passo.

“Comece onde está. Use o que você tem. Faça o que puder.” - Autor
desconhecido.

Bons estudos!

CAPÍTULO 1

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PROGRAMAS DO GOVERNO: PROJOVEM

Um dos objetivos do governo, é fazer com que o jovem possa ser inserido
no mercado de trabalho, para isso, uma das modalidades do Programa Nacional
de Inclusão de jovens tem como finalidade, elevar o grau de escolaridade,
visando o desenvolvimento humano, oferecendo a conclusão do ensino
fundamental, qualificação profissional, além de auxílio financeiro mensal.
Consiste na criação de turmas de até trinta alunos, onde é proposto que
esses jovens desenvolvam um conjunto de atividades e ações diárias que
compreendam: qualificação profissional, ações comunitárias, dentre outras,
num período de dezoito meses, sem interrupção.
Cada núcleo que foi anteriormente criado para coordenação das turmas,
composto por professores de disciplinas básicas lecionadas como: português,
matemática e ciências humanas, etc., promove ações comunitárias e atividades
de qualificação profissional que quase sempre ocorrem a noite, para estimular o
desenvolvimento cultural e profissional dos jovens.
Cada integrante que mantém presença regular através de métodos de
controle de frequência, recebe na forma de bolsa-auxílio R$ 100,00,
mensalmente disponibilizada em conta aberta para essa finalidade até a
conclusão do curso.
Há um intenso processo de acompanhamento e avaliação, feito por uma
equipe técnica composta por pesquisadores de oito universidades federais,
equipe de supervisores (inclusive ex-alunos contratados) dentre outros
integrantes, todos dedicados ao processo avaliativo.
As informações recolhidas e analisadas servem a gestão do Programa, sendo
que serve como arcabouço teórico que auxiliam explorações de cunho
investigativo das ciências humanas e sociais.
Objetivo: Elevar a escolaridade de jovens com idade entre 18 e 29 anos,
que saibam ler e escrever e não tenham concluído o ensino fundamental,
visando à conclusão desta etapa por meio da modalidade de Educação de Jovens
e Adultos integrada à qualificação profissional e o desenvolvimento de ações
comunitárias com exercício da cidadania, na forma de curso, conforme previsto
no art. 81 da Lei de Diretrizes e Bases¹, n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

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Como Acessar: A partir da publicação da Resolução CD/FNDE que
normatiza cada edição do Pro jovem Urbano é aberto o período de adesão ao
Programa por parte dos entes federados habilitados para sua implementação.
Esta adesão inicia-se com o preenchimento no Sistema Projovem
Urbano/SIMEC/MEC, do Termo de Adesão contendo os dados do ente
executor, e as metas a serem atendidas. Após ser firmada a adesão é aberto um
período para o preenchimento no Sistema do Plano de Implementação o qual
contempla aspectos pedagógicos e de gestão e a indicação de coordenador local
que será o responsável pelo Programa em cada localidade. Após análise e
validação na SECADI, o ente executor inicia o período de organização da oferta
do curso, de mobilização e de matrícula dos jovens. Durante a execução, o Ente
Executor é responsável pelo desenvolvimento das ações e pelas intervenções
necessárias às melhorias para alcance da efetividade e encaminhamento dos
egressos para continuidade dos estudos na EJA

CAPÍTULO 2

PROGRAMA DO GOVERNO: JOVEM APRENDIZ

Conceito do programa:

É um programa que objetiva valorizar o aspecto educacional do Brasil,


sendo que para participar do jovem aprendiz é necessário estar estudando ou já
ter concluído a educação básica, o mesmo dá preferência aos estudantes de
escolas públicas e também aos jovens que mantêm uma boa frequência e notas
na sala de aula.
Através desse programa os jovens se sentem mais estimulados a estudar e
trabalhar, todas as empresas de médio e grande porte são obrigadas a reservar
vagas para os jovens aprendizes, então se os jovens almejam crescimento
profissional essa é uma boa oportunidade.
Quais os benefícios? São milhares de empresas que participam do
programa jovem aprendiz, todos os anos são abertas uma diversidade de vagas
para os aprendizes em empresas conceituadas como Correios, Itaú, Claro, Tim,

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Caixa Econômica Federal e muito mais, e os jovens têm a chance de conseguir
um cargo efetivo após o período de participação no programa.
As inscrições acontecem pela internet no site das empresas mesmo, as
vagas são bastante divulgadas antes do período de inscrição e os benefícios são
vários como, por exemplo:

● Jornada de trabalho de até seis horas


● Remuneração de no máximo dois anos
● Direito a 13º salário
● Vale Transporte
● Direito a férias
● Vale Alimentação
● Dentre outros benefícios mas, que varia de acordo com a política das
empresas.
Não é necessário ter experiência profissional para se inscrever, já que o
programa tem o objetivo de contratar jovens sem mínima experiência e
qualificar esses jovens profissionalmente.

CAPÍTULO 3

PROGRAMA DO GOVERNO: PRIMEIRO PASSO

Projeto relacionado com a aprendizagem em seus períodos anteriores,


século XIX, os antigos Liceus de Artes e Ofícios que objetivavam à formação e
aprimoramento dos "aprendizes".
A figura do SENAI como primeira entidade especializada na promoção de
aprendizagem, sendo que considerado aprendiz, um trabalhador com idade
maior que quatorze anos e menor de dezoito anos para o exercício de seu
trabalho.
A partir do ano 2000, ocorre o estabelecimento de bases legais que
regulamentam a tal busca pela aprendizagem, Lei nº. 10.097, que trouxe
possibilidades mais amplas, já que falando do período em que se deu, os
Serviços Nacionais de Aprendizagem não atendiam às demandas sociais. Só fica
caracterizada a aprendizagem dos jovens, quando firmado um contrato de

38
trabalho especial de trabalho que pode durar até dois anos, envolvendo o
aprendiz, a empresa contratante e a entidade responsável pela capacitação.
O Governo do Estado do Ceará, na busca de desenvolver estratégias
inovadoras que impactam e possibilitaram a mudança na realidade dos jovens
alcançados. Logo ocorreu a implantação, do ‘PROJETO PRIMEIRO PASSO’
buscando a inclusão social. Esse Projeto foi criado em 1995, sendo, inicialmente,
chamado de Núcleo de Iniciação ao Trabalho Educativo (NITE) desempenhando
a função de agente de integração social, objetivando canalizar esforços para
inserção de jovens em risco social no mercado de trabalho.
Em 1999 foi denominado de Núcleo de Capacitação e Iniciação ao
Trabalho Educativo (NITEC), configurando-se como proposta de escola
alternativa, ofertando no horário contrário ao da escola formal capacitação
profissional de quatro (4) horas diárias para os adolescentes e jovens
envolvidos.

Quanto ao público alvo

O público alvo do Projeto Primeiro Passo são adolescentes e jovens, na


faixa etária de 16 a 24 anos, com renda familiar per capita igual ou inferior a ½
salário mínimo, em situação de risco pessoal e social 2 estudantes da escola
pública, atentando para os critérios de prioridade especificados a seguir: Jovens
que vivem na rua de forma circunstancial ou permanente.

● Jovens egressos de medidas socioeducativas;


● Jovens inseridos em atividades penosas, insalubres e degradantes
que colocam em risco sua saúde e segurança;
● Jovens vítimas da exploração sexual na família e na sociedade.

O Projeto Primeiro Passo foi idealizado objetivando desenvolver ações de


cidadania, atividades culturais e esportivas, educação social e profissional, para
adolescentes e jovens de baixa renda, na faixa etária de 16 a 24 anos,
estimulando o protagonismo juvenil, a corresponsabilidade, a vivência no
mundo trabalho, proporcionando, assim, a melhoria na qualidade de vida do

39
público focalizado.

O projeto, ainda define como objetivos prioritários:

1. Proporcionar aos jovens “preparação para a vida", através de


programação de atividades que visam desenvolver a capacidade de
relacionamento dos jovens com eles mesmos, com a família, com a
sociedade, com o mundo e o planeta.
2. Possibilitar à criação de competências duráveis, em 90% dos jovens
participantes do projeto, focalizando aspectos relevantes para a
melhoria da qualidade e preservação da vida, autodesenvolvimento e
potencialização de vocações e missões pessoais para a construção de
uma sociedade mais digna;
3. Promover qualificação profissional e social para jovens de acordo com
as potencialidades dos municípios e as possibilidades de inserção no
mundo trabalho nos municípios do Estado onde o projeto for
implantado;
Contribuir para elevação da escolaridade realizando oficinas pedagógicas
que desenvolvam o raciocínio lógico, a leitura e interpretação de textos.

40
UNIDADE 4

PROCESSO DE FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Caro estudante, seja bem-vindo a quarta unidade do curso POLÍTICAS


PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE. Nesta unidade falaremos a respeito de
Políticas Públicas e todos os aspectos que as envolvem, desde sua criação à sua
implementação e avaliação.

Ao término desta unidade você será capaz de:

● Definir o que são Políticas Públicas;


● Diferenciar os tipos de Políticas Públicas;
● Identificar as etapas do ciclo de formação das Políticas Públicas;
● Reconhecer os tipos de atores envolvidos na formação das Políticas
Públicas.

“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar
nele” - Autor desconhecido

Está preparado? Então vamos lá!


Bons estudos!

41
CAPÍTULO 1

CONCEITUAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

As políticas públicas são de extrema importância para o desenvolvimento


de qualquer sociedade, elas são mecanismos que interferem diretamente na
sociedade para promover o bem-estar social. Nos anos pós-guerras, os países
envolvidos estavam devastados, economicamente, socialmente, além de suas
infraestruturas terem sido bastante afetadas e, para contornar toda essa
situação os governos com a ajuda de outros atores sociais (população, setor
privado, grupos de interesse etc.) tiveram que intervir na sociedade através da
criação de políticas públicas de desenvolvimento (geração de renda,
infraestrutura, políticas monetárias etc.).
Além dos períodos pós-guerras, em épocas de crises financeiras também
há a interferência do governo na sociedade, pois a economia é um fator
imprescindível para o bem-estar social. No Brasil, na década de 1970 ocorreu
uma grande crise decorrente do cenário mundial que, atingiu o país. O mundo
vivia "a chamada 'era da estagflação', que pôs fim a um período de crescimento
que vinha desde o fim da década de 1940 e que originou uma série de
questionamentos sobre o papel do Estado." (PASSOS, NEVES, PAIVA, 2002). Commented [2]: Colocar a referência dessa citação.

Foi a partir de então que a preocupação com o planejamento de políticas Commented [3]: Ainda não tem referencia no final

públicas no Brasil passou a ser pensado com mais afinco.


A essa altura você deve estar se perguntando: mas o que são políticas
públicas? Essa pergunta pode ter diversas respostas. Como pudemos ver, os
estudos sobre políticas públicas no Brasil ainda são muito incipientes fazendo
com que não haja uma resposta definitiva e consensual sobre o que seja uma
política pública. A seguir apresentaremos o que alguns autores da área pensam
sobre o tema.
De acordo com a professora em Ciência Política Maria das Graças Rua
(2012, p. 17), as políticas públicas referem-se “à formulação de propostas,
tomada de decisões e sua implementação por organizações públicas, tendo como
foco temas que afetam a coletividade, mobilizando interesses e conflitos.”

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Já para o professor de administração pública Leonardo Secchi (2010, p.
01) as políticas públicas “tratam do conteúdo concreto simbólico de decisões
políticas, e do processo de construção e atuação dessas decisões.”
Bom, como podemos ver acima, os autores possuem entendimentos
diferentes em relação ao conceito de políticas públicas, no entanto, conseguimos
notar elementos em comum em seus textos, ambos definem políticas públicas
como decisões do governo, sejam em forma de ações ou propostas de mudanças.
O fato é que, de modo geral, políticas públicas podem ser traduzidas como
ações ou propostas do governo para com a sociedade, sejam através de leis,
de criação de escolas, criação de impostos, preservação do meio ambiente e
assim por diante.
Já vimos o que são políticas públicas e a sua importância na sociedade, a
seguir veremos alguns exemplos de políticas públicas que estão presentes no
nosso cotidiano mas que não nos damos conta.
Talvez o exemplo mais conhecido de política pública é Programa Bolsa
Família. Essa ação do governo federal consiste em uma política pública de
transferência de renda à famílias em situação de vulnerabilidade social. Criado
em 2003 o Programa surgiu através de um plano do Governo Federal para
unificar os programas sociais já existentes, como, por exemplo, o Programa
Bolsa Escola. O Programa Bolsa Família tem como objetivo principal o combate
à fome e a miséria, bem como de seus efeitos imediatos e a ruptura do ciclo da
pobreza entre as gerações através de condicionalidades de saúde, educação e
assistência social.
Um outro exemplo de política pública, agora na área educacional consiste
na Política de Alfabetização Infantil desenvolvida no município de Sobral, no
Ceará. O município enfrentava um grande problema relacionado a educação
infantil, foi constatado através de uma avaliação externa feita pela Secretaria
Municipal de Educação de Sobral em outubro de 2000, que mais 40% das
crianças que cursam a 2ª série do ensino fundamental não sabiam ler. A
constatação desse problema desencadeou uma ação do governo, isto é, a criação
de uma política pública de alfabetização, que tinha como objetivo garantir à
criança o domínio da escrita e da leitura em sua língua nativa.
O Sistema Nacional de Emprego (SINE) também é uma política pública, e
tem como objetivo intermediar a relação entre a oferta e demanda de empregos.

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É uma política pública de nível Federal, ou seja, está presente no país inteiro,
assim como o Bolsa Família.
Como podemos ver, as ações do governo podem ocorrer em diversas
áreas, e essas ações surgem de demandas latentes da sociedade, geralmente, da
constatação de um problema.
Uma boa forma de identificar um problema e as variáveis que o envolvem
consiste no desenvolvimento do que chamamos de Árvore de Problemas com
mostra a figura 6:

Figura 6 – Árvore de Problemas

Fonte: Elaborado pelos autores

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Como você deve ter percebido, a figura 6 apresenta de forma ilustrativa
uma árvore de problemas. No tronco da árvore está o problema central, em suas
raízes estão as suas causas e em seus galhos as suas consequências.
Exercício de Fixação

Agora que você já conhece a árvore de problemas que tal você fazer uma
assim como no exemplo? Com base no exemplo acima elabore uma árvore de
problemas de acordo com um problema do seu bairro ou município.

Árvore de Problemas

Lembre-se, no retângulo central você deve colocar um problema que existe no


seu bairro ou município, nos retângulos inferiores você deve colocar as
possíveis causas desse problema, finalmente, nos retângulos superiores você
deve colocar os efeitos desse problema. Boa Sorte!

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CAPÍTULO 2

TIPOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Agora que você já está ciente dos conceitos e implicações do termo


“Políticas Públicas” lhe mostraremos quais são os tipos de Políticas Públicas!
Estudar e definir tipos de políticas públicas se mostra importante tanto para
quem faz Política Pública (isso vamos ver com mais clareza no próximo assunto)
quanto para quem as estuda a fim de as tornarem melhores e mais eficientes
para a sociedade, através da discussão da natureza, origem, fim, objetivos,
resultados, metodologias das políticas públicas.
Todo esse trabalho feito não é em vão, ao contrário do que se possa
imaginar, torna a vida de muita gente mais simples, pois o estudo das políticas
públicas permite identificar o processo de elaboração, diagnóstico ou de uma
configuração de políticas públicas, em outras palavras, identificar as políticas
públicas implementadas em um território, quais são os resultados dessas
políticas, as metas planejadas e etc.
Para comprovar a importância do estudo sobre esta temática, SECCHI
(2010, p. 24) diz que "no campo das políticas públicas, o uso de tipologias têm
sido muito útil para comparações intersetoriais, comparações entre níveis de
governo e comparação internacionais de fenômenos políticos-administrativos",
ou seja, sabendo do que uma política pública se trata, é possível usar
indicadores para analisar o andamento da política pública, se ela está indo de
acordo com o planejando e alcançando os resultados ou não.
Theodore J. Lowi, grande teórico norte americano, diante da necessidade
de conhecer mais sobre as políticas públicas criou uma abordagem teórica onde
classifica as políticas públicas por tipos, deixando assim, o estudo sobre o tema
mais fácil de ser compreendido através da classificação que está dividida em:

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Figura 7 – Classificação das Políticas Públicas

Fonte: Elaborado pelos autores

● Políticas Distributivas: São políticas que promovem a distribuição dos


recursos arrecadados por meio dos impostos e a aplicação dessas
políticas sucedem em territórios diversificados, sob o diagnóstico de
critérios considerados frágeis e com a intenção de reverter tais critérios.
As Políticas Distributivas podem ser traduzidas em Decisões
governamentais a respeito da redução da carga tributária (desoneração
fiscal) ou da aplicação de recursos financeiros, que desconsideram o todo
e beneficiam somente determinados grupos, setores ou regiões. São
exemplos também desse tipo de política: “hospitais, escolas, estradas,
pontes, casas, cestas básicas, vacinas aplicadas, medicamentos
distribuídos, livros didáticos etc.” (RUA, 2012, p. 75.). As Políticas
Distributivas causam pouco ou quase nenhum conflito, pois
acreditando que a Gestão Pública é responsável por oferecer o bem-estar
social, ela passa a gerar " benefícios concentrados para alguns grupos de
atores e custos difusos para toda a coletividade”. Vamos imaginar o
município de Redenção, onde toda a população paga os impostos, mas

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por ter indicadores negativos em relação à educação, o distrito de
Antônio Diogo irá receber uma Escola, veja que na situação, o distrito de
Antônio Diogo foi o beneficiado em relação ao Centro e às serras de
Redenção. Uma das maiores dificuldades em relação a esse tipo de
política, é escolher o alvo, pois há muitas problemáticas e muitas
prioridades. (SECCHI, 2010)
● Políticas Regulatórias: Possuem natureza normativa, ou seja, regulam
procedimentos ou formas de atuação referentes a comportamento,
serviços ou produtos para atores públicos e privados, envolvendo
burocracia, políticos e grupos de interesse. São exemplos de Políticas
Regulatórias: Código de Trânsito Brasileiro, regras para segurança
alimentar, regras para tráfego aéreo, CLT (Consolidação das Leis de
Trabalho) e etc.
● Políticas Redistributivas: Atendem as demandas dos grupos sociais
menos favorecidos, fornecendo-lhes ganhos incertos e impondo perdas
concretas aos grupos que são obrigados, geralmente através de impostos,
a financiar esse tipo de ação, assim "atinge maior número de pessoas e
impõe perdas concretas e no curto prazo para certos grupos sociais, e
ganhos incertos e futuro para outros" (SOUZA, 2006, p. 28).
O alvo das políticas públicas do tipo redistributiva fica muito evidente
uma vez que nesse tipo os atores são claros: os que são beneficiados e os
que não são, e essa clareza acarreta em um conflito que, diferente das
políticas públicas do tipo distributiva, acontece de forma mais ampla.
RUA (2012, p. 74) fala que “ fica muito claramente definido, nestas
políticas, quem ganha e quem perde. Mais do que isso: fica claro que a
condição para que um dos lados ganhe é que o outro lado perca.", e o
conflito acontece porque todos pagam impostos, mas só um dos atores,
os que realmente precisam das políticas públicas, são o alvo. Secchi
(2010, p. 18) fala sobre algumas políticas deste tipo,dentre elas estão as
"cotas raciais, para universidades, políticas de benefícios sociais para o
trabalhador e os programas de reforma agrária". Um exemplo marcante é
famoso Bolsa Família, programa social que é aclamado por um lado, e
criticado por outro.

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● Políticas Constitutivas: Definem as diretrizes de disputas políticas e
formulação de políticas públicas e estão voltadas à consolidação do
governo por meio da transparência. Pode ser definido também como “
regras sobre os poderes e regras sobre as regras" (LOWI, 1985, p.74 apud.
SECCHI, 2010, p. 18). Em outras palavras, as políticas constitutivas
funcionam como apoio ao funcionamento do Estado e dos seus
procedimentos. Exemplos desse tipo de política pública são: distribuição
de competência dos poderes e esferas, regras de relações
intergovernamentais, regras da participação da sociedade civil em
decisões públicas (SECCHI, 2010).

Agora que você já conheceu os tipos de políticas públicas, que tal realizar um
pequeno exercício para fixar os conteúdos vistos até agora? Vamos lá!

Com base nos tipos de políticas públicas que vimos agora, relacione as
políticas públicas a seguir aos seus determinados tipos: (1) Distributiva; (2)
Redistributiva; (3) Regulatória; (4) Constitutiva.

( ) Reforma Agrária
( ) Criação de um Hospital Regional
( ) Estatuto da Criança e do adolescente
( ) CLT
( ) Bolsa Família
( ) Construção da rodovia entre Redenção e Pacoti
( ) Direito do consumidor
( ) Criação da UNILAB
( ) Reforma Tributária
( ) Processo Eleitoral
( ) Código de Trânsito Brasileiro

49
CAPÍTULO 3

CICLO DE FORMAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Nos capítulos anteriores estudamos a respeito do conceito e tipos de


políticas públicas. Agora que já temos uma noção do que são políticas públicas
você deve estar se perguntando: mas como são feitas as políticas públicas?
Veremos a resposta para essa pergunta a seguir.
Bem, de um modo geral pode-se dizer que a criação de políticas públicas
envolve algumas etapas que são comumente chamadas de “Ciclo das Políticas
Públicas”. O ciclo é composto de cinco etapas que podem ser observadas no
infográfico a seguir:

Figura 8 – Ciclo de formação das Políticas Públicas

Fonte: Elaborado pelos autores

Pronto para conhecer cada uma dessas etapas? Então vamos lá!

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Formação da Agenda

Em um primeiro momento o termo “agenda” pode trazer uma certa


singularidade, muito se ouve falar em formação da agenda, mas nem sempre
está claro o que isso significa. A formação da agenda diz respeito às prioridades
estabelecidas pelo governo que decide quais questões precisam de sua atenção.
Conforme Rua (2012, p. 64): “Uma agenda de políticas consiste em uma
lista de prioridades inicialmente estabelecidas, às quais os governos devem
dedicar suas energias e atenções, e entre as quais os atores lutam arduamente
para incluir as questões de seu interesse.”
Assim, uma agenda se constitui em uma lista de questões ou problemas
aos quais os agentes governamentais e outros membros da comunidade estão
atentando em um determinado momento. “Ela foca nos processos iniciais de
identificação de problemas, na iniciação de políticas e no modo como esses
processos afetam as atividades de criação de políticas públicas posteriores de
responsabilidade dos governos.” (BRANCALEON, et al., 2015, p.3).
Em outras palavras, após identificado um problema, a criação de uma
política pública a fim de solucioná-lo se inicia com a definição da agenda, se um
problema não “entrar” para a agenda de políticas públicas do governo, nada será
feito a respeito dele.

Formulação de Políticas

Após a introdução do problema na agenda, inicia-se a fase de formulação


de políticas, em que são apresentadas alternativas para solucionar o problema
em questão. É o momento em que são definidos os objetivos da política, as ações
que serão desenvolvidas e suas metas.
Nessa fase é feito o detalhamento das alternativas já definidas na agenda,
definem-se as ideias, alocam-se os recursos e recorre-se a especialistas para
realizar uma avaliação preliminar de viabilidade da política.
A avaliação das alternativas deve ocorrer de forma objetiva, levando em
conta diversos fatores como viabilidade financeira, legal e política, além dos
riscos envolvidos. Dessa forma, é possível identificar quais alternativas seriam
as mais adequadas para o cumprimento dos objetivos.

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Processo de tomada de Decisão

O processo de tomada de decisão envolve a escolha de uma alternativa a


partir de uma gama de opções. Para Brancaleon et al. (2015, p. 5) “a tomada de
decisão é a função de política pública em que se decide por uma ação (ou não
ação) para tratar de um problema, muitas vezes levando em conta uma série de
considerações e análises políticas e técnicas.”
Em outras palavras, após todas as alternativas serem avaliadas, toma-se a
decisão sobre qual será o curso de ação adotado, nesse processo são definidos os
recursos e é estipulado o prazo de ação da política.
A fase de tomada de decisão é o ápice do processo de criação de políticas,
é nessa etapa que as políticas são concluídas e estão prontas para serem
implementadas.

Implementação

Segundo Rua (2012, p. 92), a implementação de uma política pública


compreende o conjunto de eventos e atividades que acontecem após a definição
das suas diretrizes, que incluem tanto o esforço para administrá-la, como seus
substantivos impactos sobre pessoas e eventos.
Na prática, a implementação de uma política compreende um processo
dinâmico através do qual as decisões previamente tomadas se traduzem em
ações. É o momento em que a política sai do papel e passa a funcionar no
contexto real.
Esse é um processo complexo que demanda o direcionamento de
recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos para executar a política.
Além disso, a sua eficácia está ligada a diversos fatores externos, tais como o
cenário político, estabilidade econômica etc.

Avaliação

A fase de avaliação tem o propósito de identificar como uma política


pública se saiu na prática. Nela se controla e supervisiona a realização da
política a fim de verificar sua efetividade.

52
Vale ressaltar que a avaliação deve ser feita desde a primeira etapa do
ciclo, assim, é possível identificar e corrigir possíveis falhas ainda durante o
processo de formação da política. Há cinco formas principais de avaliação de
políticas públicas, são elas:

● Avaliação de esforços: Mede a quantidade de insumos envolvidos na


política (financeiros, materiais, pessoais etc.);
● Avaliação de desempenho: Examina o que a política pública está
produzindo, como, por exemplo, o número de vagas em uma escola ou o
número de leitos hospitalares;
● Avaliação de processo: Examina os métodos e procedimentos
utilizados para a execução de programas, verificando onde podem ser
simplificados e melhorados;
● Avaliação de eficiência: Avalia os custos de um programa e se os
mesmos resultados podem ser alcançados por um custo menor;
● Avaliação de eficácia: Compara o desempenho de um programa aos
seus objetivos para verificar se os mesmos foram alcançados.

Puxa, quanta informação hein? Agora que nos aprofundamos bastante no


estudo sobre políticas públicas que tal exercitarmos todo o conhecimento que
vimos até agora?

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Exercício de Aprendizagem

Imagine que você é um gestor público, identifique no seu bairro ou


município um problema no qual a população se depara diariamente. Como você
resolveria esse problema com base no ciclo de formação de políticas públicas?

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CAPÍTULO 4

ATORES SOCIAIS

Você deve ter percebido que há vários elementos que compõem uma
política pública, dentre eles estão: atores envolvidos, fatores internos e externos,
como recursos financeiros e humanos, mecanismos de execução, metodologias e
etc. O fato é que esses elementos possuem forte influência na formação de
políticas públicas e por isso, vamos aprender um pouco mais sobre eles.
Agora você saberá de que forma as pessoas são envolvidas nos processos
políticos e como podem ser afetadas.

Preste muita atenção porque você também é um ator social, aprenda qual o
seu papel em tudo isto!

Baseando-se nas afirmações Maria das Graças Rua, os atores políticos,


sociais ou stakeholders, são aqueles que terão seus interesses afetados, positiva
ou negativamente, pelas decisões ou ações políticas, ou ainda, são aqueles
envolvidos em conflitos acerca da alocação de bens e recursos públicos.
“Os atores políticos são inúmeros e variam segundo cada tipo de política
no qual estão envolvidos, ou seja, são específicos. Cada ator político pode exibir
lógicas próprias de comportamento, interesses próprios e recursos de poder
próprios” (RUA, 2013, p.12).
Os atores sociais trabalham em todos os processos de políticas públicas,
sempre de acordo com seus objetivos e valores individuais. O termo “atores
sociais” abrange todos aqueles que são envolvidos de forma direta ou indireta,
sendo estes os tomadores de decisão, os contemplados e os não contemplados,
os financiadores, fornecedores e os implementadores.

Atenção: A sociedade e o governo, se citados generalizadamente, não


são considerados como atores políticos! O termo “atores sociais” requer certo
detalhamento!

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Existem diferentes modos de classificar os atores sociais, sempre visando
reunir aqueles com características em comum e dividi-los em grupos
divergentes para melhor identificá-los. A forma mais básica de classificação dos
atores políticos é subdividi-los em individuais ou coletivos.

Os atores individuais são pessoas que agem intencionalmente em uma


arena política. São exemplos de atores individuais os políticos, os
burocratas, os magistrados, os formadores de opinião. Atores coletivos
são os grupos e as organizações que agem intencionalmente na arena
política. O destaque dessa definição, “agem intencionalmente”, serve
para distinguir atores de grupos não coordenados de atores. Os
banhistas de uma praia não são atores (coletivamente), mas a
Associação dos Moradores e Amigos da Praia de Itaguaçú é um ator.
[...] A opinião pública não é um ator , mas o Instituto Brasileiro de
Opinião Pública e Estatística é. A comunidade internacional não é um
ator, mas a Organização das Nações Unidas sim. São exemplos de
atores coletivos os partidos políticos, a burocracia, os grupos de
interesse, as organizações da sociedade civil e os movimentos sociais.
SECCHI, 2010, p. 78.

Leonardo Secchi propôs a seguinte classificação de atores sócias, como


pode ser observado nas figuras 9 e 10:

Figura 9 – Atores Governamentais

Fonte: Commented [4]: Fonte

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Figura 10 – Atores Não Governamentais

Fonte: Commented [5]: Fonte

Obs: os Atores Governamentais representados na figura acima são apenas


atores individuais.

Agora, falaremos um pouco mais sobre cada ator político representado


nas imagens acima.

Atores Governamentais: Ocupam cargos públicos dos Poderes Executivo,


Legislativo e Judiciário, fragmentando-se em:

● Políticos: Atores fundamentais no processo de políticas públicas. Quando


estão inseridos em cargos do Executivo ou Legislativo, possuem
legitimidade para propor e implementar as políticas públicas,
impactando a sociedades. Sua principal motivação é a reeleição, age
sempre levando em conta seus interesses pessoais, sendo que um destes
pode ser promover o bem-estar social, e até os interesses de seu partido,
a fim de crescer dentro do mesmo e ganhar apoio.

57
● Designados Politicamente: São aqueles que, por indicação dos políticos
eleitos democraticamente pelo povo, ocupam cargos de chefia, direção e
assessoramento na Administração Pública. Seu principal objetivo é
apoiar as decisões daqueles que os investiram nestes cargos de confiança,
fortificando os interesses dos políticos eleitos e vice-versa, pois ao
investir determinado indivíduo de tal modo, o político busca a sua
gratidão e seu apoio quando este for necessário.
● Burocratas: Funcionários públicos que tem como objetivo primordial o
pleno funcionamento da Administração Pública, apesar dos ciclos
eleitorais. Possuem conhecimento técnico sobre a área em que atuam e
sobre a máquina estatal, podendo desviar de obstáculos que se opuserem
a implementação das políticas públicas e por estarem mais próximos aos
beneficiários das políticas públicas, podem entender melhor seu
comportamentos e necessidades. Atuam em todas as fases do ciclo de
políticas públicas.
● Juízes: Servidores públicos de papel fundamental na implementação das
políticas públicas, pois interpretam a justa ou injusta aplicação da lei, por
parte dos cidadãos ou da administração pública. Atuam também na
elaboração de políticas públicas emitindo decisão judicial ou, no caso de
um tribunal, uma súmula que publique a interpretação sobre
determinada norma legal.

Atores Não Governamentais: São representantes da sociedade civil, não


estão inseridos na esfera pública. São representantes:

● Grupos de Interesse: São pessoas que se unem voluntariamente em prol


de um objetivo em comum e utilizam seus recursos para influenciar ou
pressionar decisões e políticas públicas. Como exemplos formalmente
constituídos temos sindicatos, colegiados profissionais, associações
comerciais e informalmente constituídos temos movimentos feministas,
sem-teto, e movimentos de grupos ambientalistas.
● Partidos Políticos: Organizações formalmente constituídas em torno de
um projeto político, que objetivam influenciar ou ser protagonistas no
processo de decisão pública e administração do aparelho governamental,

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formando e canalizando interesses da sociedade civil. Influenciam
diretamente nas decisões governamentais, diferentemente dos grupos de
interesses, além de medirem suas forças através das eleições e serem
exclusivamente formais. Sua principal função é servir de ligar os
interesses sociais aos do governo.
● Meios de Comunicação - Mídia: De suma importância para a manutenção
da democracia devido o seu papel difusor de informações, além de
controlar a esfera política e a atuação da administração pública, através
de denúncias de corrupção e apontamento das melhores práticas
gestionárias. É importante lembrar que detêm os meios de comunicação
tem suas próprias visões de mundo e interesses, portanto o julgamento
das políticas públicas é influenciado por tais fatores.
● Policytakers ou Destinatários das Políticas Públicas: Aqueles para os
quais as políticas foram elaboradas, podendo ser indivíduos, grupos ou
organizações. Geralmente é a categoria que mais recebe influência do que
provoca nos processos de elaboração de políticas públicas, mas nem
sempre este é o caso, algumas vezes os destinatários conseguem sim,
influenciar as decisões políticas e em alguns casos até tomam as decisões,
como ocorre nos orçamentos participativos. O que os prejudica é a falta
de organização, pois por estarem dispersos, não conseguem reivindicar
eficazmente seus interesses e necessidades.
● Organizações do Terceiro Setor: São organizações privadas sem fins
lucrativos, que lutam por algum interesse coletivo e atuam em áreas que
a ação estatal é inexistente ou insuficiente, como educação, saúde meio
ambiente e etc. Buscam o bem coletivo e não de somente um
determinado grupo como os grupos de interesses. Estes atores
complementam as ações do setor público e atuam na construção de
políticas públicas, deliberação e avaliação das mesmas.
● Analista de Políticas Públicas: Ator técnico-político responsável por
identificar os atores políticos envolvidos no processo de políticas
públicas, bem como suas relações, como também delimitar os problemas
sociais, criar alternativas, coletar, analisar e tratar dados, organizar e
mediar reuniões com outros atores políticos e recomendar as políticas
públicas.

59
EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM

Leia o seguinte caso abaixo e após a leitura identifique os atores sociais,


classifique-os e diga de que modo estes se relacionam:

Projeto São José e Programa Água Para Todos

Captado por um poço no leito do rio Mundaú, em Uruburetama, a água


distribuída nas casas da localidade Mangueira faz parte do Projeto São José III,
financiado pelo Banco Mundial. Ao todo, foram feitas 85 ligações totais de
água, beneficiando 72 famílias até o momento. O valor do investimento foi de
R$ 184 mil, administrado pelo Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar).
O programa beneficia pequenas comunidades e visa a garantir, a longo
prazo, o desenvolvimento e manutenção dos sistemas implantados pela
Companhia de forma autossustentável. Cada um desses sistemas constitui uma
Organização Não Governamental (ONG) sem fins lucrativos, formada pelas
associações comunitárias representando as populações atendidas, com a
participação e orientação da Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará
(Cagece). Entre as atribuições da ONG, está a prestação de assistência técnica, o
controle da qualidade da água, o cálculo de tarifas, a emissão de contas e o
repasse de informações para a Cagece.
Desde 2015, foram implantados 41 Sistemas de Abastecimento de Água,
beneficiando 5.143 famílias com ligações domiciliares, além da implantação de
3.900 módulos sanitários, beneficiando 58 comunidades rurais (15.600
pessoas). O projeto também viabilizou a licitação de 28 Sistemas de
Abastecimento de Água e 2.662 módulos sanitários, orçado em R$ 47 milhões.
Além disso, uma nova licitação contemplará 217 Sistemas de Abastecimento de
Água, orçada em R$ 80 milhões, beneficiando 17 mil famílias com ligação
domiciliar, em 60 municípios.
Já o Programa Água Para Todos, somente em 2015, foi responsável pela
instalação de cerca de 14.280 cisternas de placas em todo Estado, beneficiando
71.400 pessoas. Foram instalados também 78 sistemas de abastecimento de

60
água, no valor de R$ 14,3 milhões, beneficiando 3.778 famílias com ligações
domiciliares.
Fonte: http://ceara.gov.br/

UNIDADE 5

INSTRUMENTALIZAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO,


ARGUMENTAÇÃO E DEFESA DE IDEIAS E PROPOSTAS
EM ESPAÇOS PÚBLICOS DE GOVERNANÇA
Caro estudante seja bem-vindo ao nosso ultimo capitulo curso
preparatório sobre POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE. Nesta última
unidade trataremos de temas e ferramentas que você aluno poderá usar para
esclarecer problemas existentes na sua cidade.

61
O objetivo é ensiná-lo como usar as ferramentas para a elaboração de
projetos de leis e como fazer com que outros problemas que são enfrentados na
cidade possam ser resolvidos.

Ao término desta unidade você será capaz de:


● Conhecer sobre diagnóstico;
● Aprender sobre mobilizações
● Usar o plano de ação;
● Usar a ferramenta F.O.F.A.;
● Usar a ferramenta 5W2H;
● Conhecer um pouco sobre os riscos de usar a ferramenta 5w2h;
● Entender sobre mobilização e comunicação.

“Devemos praticar, a união faz a força, o diálogo faz o entendimento”. -


João de Paula

Bons estudos!

62
CAPÍTULO 1

FORMAÇÃO DO INSTRUMENTAL

Definição de diagnóstico

O vocabulário “diagnóstico” deriva do grego


diagnostikós que significa apto para conhecer. Sendo
que é a análise real da situação problema, ele servirá
para conhecer como funciona o ambiente. Para
finalizar o capítulo deste curso, estudaremos como
fazer um diagnóstico, que servirá para montar o
nosso plano de ação (outro assunto que será visto
mais adiante). O diagnóstico serve para avaliar um problema ou situação de
formas bem específicas e claras, é aplicando um diagnóstico que conseguimos
ver quais são os pontos bons e ruins de uma situação existente em um local,
para que dessa forma seja tomada decisões com essas conclusões.

Como é feito um diagnóstico

Para que um diagnóstico seja feito, é necessário identificar um situação


que seja presente na cidade e que a comunidade possa encarar isso como um
problema que o poder público deve resolver, mas não existe uma mobilização
muito grande vindo da parte da prefeitura.
Encontrado o problema, deve ser analisado todas as variáveis que fazem
dele um problema e levantar as possíveis resoluções para que ele possa ser
solucionado.

63
Possíveis questionamentos que podem ser levantados:

Qual o problema e onde ele se encontra?

Porque ele é um problema? Há quanto tempo ele


existe?

Como afeta a comunidade?

Qual a opinião da comunidade o problema?

Isso pode ser resolvido de que forma?

Qual o posicionamento do poder público? Ele fez


alguma coisa a respeito dessa situação?

Qual o comportamento da comunidade diante do


problema?
- Observação: esses questionamentos não sao obrigatorios serem
levantados, muito menos rígidos, durante o curso vocês foram levados a
questionar sobre as situações existentes no Brasil, é necessário que possam
levantar mais questionamentos, temos por exemplo situações que envolvem
saúde e segurança pública, que são assuntos bastantes diferentes um do outro.

A seguir serão apresentados casos de mobilizações vindas por parte da


comunidade:

Banco Palmas

A origem do Conjunto Palmeira remonta à década de 1970. Devido às


iniciativas de remodelação da beira mar de Fortaleza decretadas pelo governo
municipal, as comunidades de pescadores e outros habitantes foram forçadas a se
mudar para o interior. O distrito do interior, hoje conhecido como Conjunto
Palmeira, era desprovida de infraestrutura básica como água, estradas, e
eletricidade, deixando o bairro vulnerável a inundações e outros problemas de
estabilidade natural e econômico. Além disso, a mudar para o interior deixou a
comunidade principalmente de pescadores sem uma fonte estável de renda. Em
1981, os moradores se uniram para melhorar a comunidade, criando assim

64
ASMOCONP(Associação de Moradores do
Conjunto Palmeiras).

Em janeiro de 1998, ASMOCONP criou


o Banco Palmas como uma estratégia para
enfrentar o desemprego, criando trabalho e
oportunidades de renda para os moradores.
Como tal, o Banco Palmas foi criado como
uma ferramenta popular de financiamento sob os princípios e valores da economia
solidária.[1]
Em 2000, o Banco Palmas Palmas criou a moeda social “palmas” que circula no
comércio local.
Em março de 2003, ASMOCONP também estabeleceu o Instituto Palmas de
Desenvolvimento e Socioeconomia Solidária (também conhecido como Instituto
Palmas), uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos criada da
experiência de ASMOCONP.
Em 2003, a metodologia de finanças solidárias dos BCDs estava sendo
discutida em vários municípios como um instrumento eficaz na geração de renda
para os pobres. Um ano depois, em setembro de 2004, o segundo BCD abriu sob o
nome Banco Par, no município de Paracuru, no Ceará, a 70 quilômetros de
Fortaleza.
Em 2005, mais dois bancos foram criados no estado do Espírito Santo: Banco Bem
(município de Vitória) e Banco da Terra (município de Vila Velha). Até 2008, havia
34 bancos comunitários em operação. Em fevereiro de 2011, existiam 52 bancos
comunitários em 12 estados do Brasil.
Em janeiro de 2006, o Banco Popular do Brasil se tornou um dos parceiros
da Rede Brasileira de Bancos Comunitários de Desenvolvimento como avalista de
linhas de crédito para os BCDs, através um convênio da Secretaria Nacional de
Economia Solidária do MTE. O acordo permitiu não só o Banco Palmas, mas toda a
rede de bancos comunitários para ter acesso ao crédito e para atuar como
correspondentes bancários do Banco Popular do Brasil. Durante esse mesmo ano, a
Petrobras decidiu apoiar a criação de novos BCDs em dois outros municípios,
somando a um total de doze BCDs funcionando no Brasil até o final de 2006.

65
A partir de 2008, o Programa Nacional de Bancos Comunitários - lançado
pela Secretaria Nacional de Economia Solidária - tornou-se responsável pelo
crescimento da Rede Brasileira de Bancos Comunitários.
Fonte: https://www.wikipedia.org/

Espaço do aluno reservado para complemento de reflexões a partir


das apresentações, questionamentos e discussões realizadas durante
a aula:

66
Ônibus Universitário Redenção - Fortaleza.

A grande demanda de alunos que


estudam em faculdades de Fortaleza e que
moram em cidades do interior como
Acarape e Redenção, teve um acréscimo
nos 3 últimos anos, isso é justificável pelo
município de Acarape decretar como lei a
disponibilização de um ônibus
universitário para os alunos que estudam
em Fortaleza e moram no município de Acarape, com o passar dos semestres
alunos do município de Redenção começaram a utilizar o no ônibus universitário
de Acarape, eles liberaram para que os alunos da cidade de redenção utilizasse o
ônibus universitário.
Os alunos de redenção se mobilizaram e procuram a prefeitura no início do
semestre de 2014, para que a prefeitura se posicionasse e pudesse liberar um
recurso para a liberação de um ônibus universitário também para a cidade.
Sendo assim, a gestão naquele ano liderou um recurso e no segundo semestre de
2014, o ônibus universitário já estava em funcionamento.
Segundo uma aluna de Arquitetura que utiliza o ônibus, ela explicou que o
mesmo não era lei, ou seja, não era de responsabilidade da prefeitura disponibilizar
o ônibus universitário todo o semestre e nem com a troca de gestão eles tinham a
responsabilidade, eles poderiam retirar o ônibus de circulação por cortes no
orçamento da prefeitura, ou outra justificativa qualquer.
Quando foi em 2016 alguns alunos do ônibus se mobilizaram e procuraram
um vereador para dar apoio, explicaram a situação para ele, ele apoiou os alunos e
levou um projeto de lei que disponibiliza um ônibus universitário para quem
estuda em Fortaleza e Maracanaú, para ser aprovado na câmara municipal da
cidade, depois de algumas semanas, ficaram sabendo que o projeto de lei foi
aprovado e que mesmo com a troca de gestão o ônibus não irá ser retirado.
Para os alunos isso foi um enorme benefício, desde da implantação do ônibus
universitário cerca de mais de 10 alunos já se formaram em áreas da saúde,
atualmente o ônibus universitário vai e volta de Fortaleza com cerca de mais de 50
alunos todos os dias nos 2 turnos em que ele funciona (manhã e noite).

67
Fonte: Entrevista.

Espaço do aluno reservado para complemento de reflexões a partir


das apresentações, questionamentos e discussões realizadas durante
a aula:

Opinião: 'O Gigante acordou, que seja para melhor'

Data da matéria: 22/06/2013 00h38 - Atualizado em 22/06/2013 01h06

Segunda-feira, fomos às ruas gritar, berrar, espalhar nossa voz para


demonstrar nossa insatisfação. Insatisfação com o quê? Com tudo. Sob o estopim
da violência dirigida contra os manifestantes pacíficos do Movimento Passe Livre
(quinta, 13), fomos às ruas bradar contra tudo aquilo que calamos por décadas. E
fomos em peso, em massa, fomos muitos e com cartazes que confundiam por pedir
mudanças diferentes - e como não seriam? Diversidade é nossa marca.
Todos esses cartazes, no entanto, tinham raízes em comum: a insatisfação e a
urgência por mudança. Fomos por "tudo", mas esse "tudo" , na verdade, é um
sentimento, é um grito de socorro, e gritamos! Alto e emocionantemente, voltamos

68
a nos sentir parte de um Brasil, e esse grito foi tão uníssono que o sentimento, o
"tudo", virou uma bandeira, e nós nem percebemos. Lutar por tudo abre espaço
para tudo, e foi essa a característica que marcou os movimentos desde a segunda
(17), a pluralidade e diversidade de focos e de modos de nos manifestar.
O problema é que a massa, insatisfeita e sem direção concreta, num
movimento eufórico, gera o caos. E historicamente no caos, a violência tende a
imperar porque não precisa de organização ou de direção, espalha-se para todos os
lados. Foi o que aconteceu. A manifestação que começou pacífica se desvirtuou
totalmente do pouco foco que poderia ter, e o caos e a violência tomaram conta. O
povo, mais de 300 mil que se manifestavam respeitosamente, que viraram mais de
1milhão na quinta-feira, foi obrigado a dar meia volta em seu percurso para fugir de
bombas, balas de borracha, barricadas em chamas e depredação.
Não era essa nossa causa, não era para isso que estávamos lá. A guerra que
está acontecendo começou com uma batalha pela mudança, por um país melhor.
No caos, na falta de foco concreto e de organização, a violência reinou, e corremos o
risco de mudar numa direção que não seja boa. Assim, assistimos hoje a cenas e
relatos desconcertantes de desrespeito tanto à população quanto ao patrimônio
público. Essa virou uma guerra entre duas forças violentas que nós, que estávamos
ali pela paz e pelo respeito, não devemos alimentar. Tenho muito medo de que se
não nos afastarmos agora, lideranças perversas irão surgir se aproveitando do
momento, e serão acatadas por grande parte dessa massa emotiva e sem foco. Esse
é o grande risco que devemos combater, havemos de manter o bom senso e, para
isso, deve-se por vezes deixar a emoção de lado para lidar e enxergar um quadro e
uma causa maior.
A polícia e os políticos cometeram sim violências que não podem e nem
devem ser ignoradas, violências de todo tipo, mas que são semelhantes no
desrespeito à democracia, único mecanismo até hoje capaz de fazer com que um
país de fato seja de seu povo. Quem está na posição de tomar decisões que afetam a
todos deve representar os interesses de todos, não só os deles mesmos. E que se
não o fizerem, sejam devidamente cobrados. Mas responder na mesma moeda não
é mudar. Combater um mal com o mesmo mal não o cura, só o transforma.
O Gigante acordou, o povo foi às ruas, e não será em vão! Vamos continuar
lutando por mudança, vamos continuar lutando por mais respeito e representação

69
e vamos continuar lutando contra a violência a que o Sistema Político falido nos
tem confinado. Mas no momento, o melhor que fazemos é nos dar tempo para
formular propostas ou projetos ainda mais concretos, para reformar tudo aquilo
em que não acreditamos e que levantamos nos cartazes. Que não legitimam a
violência como forma de mudança, e que não nos deixemos levar por grupos
perversos e oportunistas.
Esse movimento foi sim histórico e pra sempre vão lembrar do dia 17 de
junho de 2013, o dia em que o Gigante acordou. Mas que lembrem como o início de
algo melhor! De soluções eficazes e coerentes para que nosso país seja mais justo e
respeitoso, não intolerante e desigual. E boas soluções não vêm somente do
impulso, vêm do estudo e da maturação. Vamos mudar para melhor. E mais
importante, de maneira que o futuro não repita o passado. E aí, o povo irá às ruas
de novo!
Fonte: G1

Espaço do aluno reservado para complemento de reflexões a partir


das apresentações, questionamentos e discussões realizadas durante
a aula:

Para fazer um Plano de Ação:

Anteriormente, vimos quais pontos devem ser levantados no diagnóstico,


sendo assim, será apresentado uma ferramenta, que ajudará avaliar de forma
mais clara e objetiva os problemas que são enfrentados nas cidades. O
diagnóstico poderá ser feito por qualquer cidadão, contanto que seja avaliadas
as variáveis existentes no ambiente(internas e externas) e como que elas se

70
encontram, essas variáveis se encaixam de acordo com o que foi visto sobre
diagnóstico anteriormente, utilizaremos a seguir uma matriz chamada
F.O.F.A.(Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças).

Figura 11 – Análise F.O.F.A

Fonte: Blog Treasy, 2015

Segundo Ghemawat (2000) a análise SWOT(F.O.F.A.) começou a ser


desenvolvida nas escolas americanas de administração e o objetivo inicial era
focalizar a combinação das forças e fraquezas de uma organização com as
oportunidades e ameaças provenientes do mercado. O objetivo da Análise FOFA
é definir estratégias para manter pontos fortes, reduzir a intensidade de pontos
fracos, aproveitando oportunidades e protegendo-se de ameaças. Diante da
predominância de pontos fortes ou fracos e de oportunidades e ameaças podem-
se adotar estratégias que promovam a sobrevivência, manutenção, crescimento
ou desenvolvimento das organizações.
Forças e fraquezas definem o microambiente(interno), enquanto as
oportunidades e ameaças definem o ambiente externo(macroambiente), sendo
assim esses os métodos para que seja possível elaborar maneiras de resolver um
problema.
Segundo Goldschmidt (2003), o ambiente interno pode ser controlado
pelos dirigentes da organização, já que ele é o resultado de estratégias de

71
atuação definidas pelos próprios dirigentes. Dessa forma, quando perceber um
ponto forte na análise deve-se ressaltá- lo ainda mais. Quando notar um ponto
fraco, agir para controlá-lo ou pelo menos minimizar seu efeito.

Exercício de Fixação

Se reúnem em equipes. Escolha um


problema existente na sua cidade e que o poder
público ainda não resolveu. Com a tabela abaixo,
elabore junto com o instrutor a análise F.O.F.A.
desse problema.
Caso seja discutido possíveis formas de
resolver o problema, abaixo da tabela tem um
espaço reservado, coloque-os lá, porque um pouco mais a frente ela será utilizada.

Fatores internos (Controláveis) Fatores externos (incontroláveis)

Forças Oportunidades

Pontos
Fortes

Fraquezas Ameaças
Pontos
Fracos

72
Observações:

Plano de ação

Um plano de ação é conhecido também por plano de atividades ou plano


de trabalho. É uma das ferramentas mais eficientes para o planejamento e
monitoramento de atividades. “O plano de ação precisa servir de base para a
administração do tempo, que é o recurso mais escasso e mais valioso de um
executivo. Numa organização seja ela órgão de poder público, empresa ou
entidade sem fins lucrativos, a perda de tempo é inerente. Um plano de ação
será inútil se não puder determinar de que forma o executivo usa o seu tempo”.
Peter Drucker. O plano de ação serve para garantir que nenhuma tarefa seja
esquecida, desde atas de reuniões até um pequeno projeto. Um plano de ação é
um documento utilizado com o intuito de planejar as ações necessárias para o
atingimento de um resultado almejado ou na resolução de problemas. Sendo
assim, como podemos elaborar um plano de ação? Ele será feito através de um
documento, criado no formato de uma planilha (eletrônica ou de papel), onde
devem constar informações básicas como objetivos, ações e os responsáveis por
cada ação, assim como suas respectivas datas de entregas.

5W2H

What O que será feito? ETAPAS

73
Why Porque será feito? JUSTIFICATIVA

Where Onde será feito? LOCAL

When Quando será feito? TEMPO

Who Por quem será feito? RESPONSABILIDADE

How Como será feito? MÉTODO

How Much Quanto custará? CUSTO

O 5W2H é uma ferramenta do plano de ação, que ajuda a definir como os


processos serão feitos em detalhes, para que quando for feita a execução, ela o
resultado possa ser positivo.

Plano de ação

1.Tarefa 2. Porque a tarefa 3. Onde (Onde será 4. Período


(O que) vai ser feita feito)
(Por que será
feito)

Aqui deverá Escrever os Colocar o nome do Será necessário


escrever qual motivos que local onde ela será colocar uma data em
a tarefa que fazem a tarefa ser feita. que a tarefa será
deverá ser importante e executada.
feita. porque ela está Se a tarefa durar
Ela deve ser sendo feita. mais de um dia, é
objetiva. necessário colocar o
período em que elas
serão feitas, data de
início e fim, por
exemplo: do dia

74
02/02/2017 até o dia
06/02/2017.

5. Quem é o 6. Como vai 7. Quanto vai 8. Comentário


responsável? ser feito? custar
(Quem fará) (Como fazer) (Orçamento)?

Colocar uma pessoa Nesta parte será Levantar os Notas e


responsável para necessário custos totais ponderações
realizar a tarefa. descrever como que a tarefa sobre a tarefa
No entanto, a tarefa a tarefa será precisa para ser poderão ser
pode ser feita em feita. realizada. escritos nessa
equipe, mas essa equipe A descrição é parte.
precisará de um líder necessária para
como responsável para que a pessoa
guiar e tomar as que for fazer
responsabilidades. não se perca nos
passos.

Depois do diagnóstico e da análise da matriz F.O.F.A., podemos utilizar o


plano de Ação para esclarecer como ocorrerá cada processo para solucionar um
problema. O diagnóstico feito anteriormente nas atividades foi necessário ser
construído, para que os conhecimentos sobre os problemas enfrentados na

75
cidade fossem mais visíveis, ajudando na construção de um plano de ação que
fosse mais simples de ser montado. Um plano de ação poderá ser feito para cada
tarefa que foi identificada na matriz F.O.F.A.

Riscos do plano de ação

Apesar do plano de ação apresentar com detalhes como cada ponto vai
ser feito, é necessário que na criação dessas ações, elas possam ser colocadas
com clareza. Para que no momento da execução, as falhas possam ser previstas.
Quando a matriz F.O.F.A. e o plano vão criando formas, começam a surgir
questionamentos e possíveis desvios podem aparecer, sendo assim é necessário
escrever como esses desvios poderão acontecer e anotar as possíveis
consequências e como resolvê-las, se no momento da execução surgirem esses
problemas, nós já teremos uma possível resolução em mãos.

Exercício de Aprendizagem

Com base no que foi estudado até aqui e com a


atividade da matriz F.O.F.A. feita anteriormente
reúnam-se em equipes novamente e elaborem um
plano de ação para que uma tarefa seja realizada.
Lembrando que essa tarefa deve ser baseada em
resolver um problema principal.

O que será feito? ETAPAS

76
JUSTIFICA
Porque será feito?
TIVA

Onde será feito? LOCAL

Quando será
TEMPO
feito?

Por quem será RESPONSA


feito? BILIDADE

Como será feito? MÉTODO

77
Quanto custará? CUSTO

78
CAPÍTULO 2

MOBILIZAÇÃO

Definição e discussão dos autores que falam a respeito

Mobilização pode se caracterizar


quando um grupo de pessoas, uma sociedade
ou uma comunidade decidem que eles tem
um objetivo em comum, e para trazer
resultados que possam satisfazer as
necessidades dos mesmos.
A mobilização social está associada ao
engajamento de pessoas que, além de terem
carências, interesses e problemas em
comum, podem compartilhar valores e visão de mundo semelhantes
(Henriques, Braga, Couto & Silva, 2004). Segundo Prado(2002), a mobilização
social é um processo de desenvolvimento de condições materiais, psicossociais e
políticas, que são necessárias para a constituição de ações coletivas. Esse
processo de mobilização social se dá a partir do momento em que se inicia um
processo de politização das relações sociais.
Braga, Henriques e Mafra (2007) ressaltam a importância da
comunicação nas mobilizações sociais visando a participação de sujeitos ativos
que buscam problematizar com outro para melhor compreender, explicar e
transformar a realidade. Há, então, uma construção dialógica entre os públicos
envolvidos no intuito de construir as bases para transformação e fomentar a
discussão de cunho educativo (Cruz & Silva, 2013).
Na visão de Prado (2002), a mobilização social se configura como um
elemento central entre a existência de uma identidade social e a construção de
uma identidade política.Segundo Arendt (1981), a responsabilidade civil sobre a
vida social depende da mobilização. Um processo de mobilização representa
convocação de vontades que, por sua vez, é feita por intermédio de ações de
comunicação (TORO; WERNECK, 2004).

79
A comunicação comunitária é um importante instrumento de intervenção
e mobilização social, porque acaba sendo um passo importante no processo de
reivindicação ou consolidação dos direitos sociais, políticos e civis da nação, e
através dela é possível a formação de cidadãos críticos, participativos, e com
capacidade de ser a voz de um movimento para a mudança da realidade na
comunidade em que vive.
A seguir exemplos de mobilizações sociais populares:

● Diretas Já (Foi um movimento civil de reivindicação por eleições


presidenciais diretas no Brasil ocorrido em 1983-1984, levando a
possibilidade de eleições diretas para a Presidência da República no
Brasil.);
● Central Única dos Trabalhadores (CUT);
● Movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST);
● Mobilização da população 2013(um caráter inédito dessa
mobilização popular é a insatisfação geral dos brasileiros com as
instituições que os representam e com os partidos políticos que as
comandam);
● Mobilização para Impeachment;
● As paralisações (paralisação que são a interrupção de um trabalho,
feita pelos funcionários, na tentativa de obter melhorias, temos como
exemplo a paralisação dos professores; paralisação contra as reformas
trabalhista e da Previdência, convocadas pelas centrais sindicais, etc.);
● As Greves (é uma interrupção voluntária e continuada do trabalho,
combinada e realizada por uma coalizão de operários, funcionários etc.,
pertencentes a uma ou a diversas empresas congêneres. Geralmente
organizada por associações ou sindicatos que se unem para defesa de
seus interesses),
Ainda conforme Quéré (2003), o processo de problematização e
publicização de acontecimentos instaura – na busca pela definição e resolução
dos problemas revelados – um modo de agir conjuntamente que é o de
“público”, no sentido pragmatista do termo (DEWEY, 1980; 2001). Na visão
pragmatista, o público não é um coletivo concreto pré-existente e sim “uma

80
forma” – de engajamento e de ação – constituída na experimentação coletiva de
um fenômeno, em um contexto específico (QUÉRÉ, 2003).
É um público interessado ou atingido pelos problemas revelados por
determinados acontecimentos, que sofre e é afetado por esta experiência, mas
também atua, reage e faz escolhas (FRANÇA; ALMEIDA, 2008).

CAPÍTULO 3

Comunicação

Toda mobilização social requer um


projeto de comunicação em sua estruturação. A
comunicação social tem contribuições
importantes e fundamentais no processo de
coletivização.(TORO, 2004) O projeto de
comunicação de um processo de mobilização
tem como meta o compartilhamento, o mais
abrangente possível, de todas as informações relacionadas com o movimento, o
que inclui desde os objetivos, as informações que justificam sua proposição, até
as ações que estão sendo desenvolvidas em outros lugares, por outras pessoas, o
que pensam os diversos segmentos da sociedade a respeito das idéias propostas,
etc.(TORO, 2004).
Conforme Toro (2014) as pessoas têm que ter autonomia, iniciativa e
responsabilidade compartilhada, elas precisam e têm direito a ter acesso a toda
a informação. Através da divulgação dos propósitos da mobilização e das
informações e dados que justificam seus objetivos, a comunicação social
contribui para ampliar as bases do movimento dando-lhe abrangência e
pluralidade. Essa é uma das condições de sucesso de uma mobilização e a
diversidade só é alcançada onde há uma eficaz divulgação dos propósitos do
movimento e de como dele participar.
As mídias sociais são uma opção para iniciar um movimento, utilizando
fotos e vídeos. Uma outra opção para que se possa ter uma comunicação em
todo o território da cidade é a rádio local. As opções como o abaixo-assinado que

81
é o recolhimento de assinaturas onde se manifesta a opinião do grupo, além de
manifestações pacíficas em espaços públicos.

Exercício de Fixação

Escreva abaixo um tipo de


mobilização social que você já leu,
escutou ou fez, e quais foram os
problemas que a comunidade
estava reivindicando, escreva qual
foi a posição que o poder público
tomou.
Caso não conheça alguma
mobilização ou não se lembra,
segundo o plano de ação que você e
a sua equipe elaboraram, descreva
como irá acontecer a mobilização
social da tarefa que foi escolhida e qual canal de comunicação será utilizado para
discutir com o poder público municipal.

Espaço do aluno reservado para atividade:

82
Que tal conversar com o professor para podermos fazer uma relação
do plano de ação com a mobilização social?

Espaço do aluno reservado para complemento de reflexões a partir das


apresentações, questionamentos e discussões realizadas durante a aula:

CAPÍTULO 4

ARTICULAÇÃO COM O PODER PÚBLICO


(APRESENTAÇÃO, DEFESA DE IDEIAS E PROPOSTAS)

Sobre a Câmara

A Câmara é o órgão
legislativo municipal. É o local em
que trabalha na formulação das leis
municipais, na aprovação ou veto
de ações que a prefeitura deseja
fazer. Além disso, cabe a ela
fiscalizar as receitas e despesas do

83
município.
A câmara é responsável por analisar, discutir e aprovar os projetos que o
executivo os envia.
Os vereadores são responsáveis por ocupar os cargos da câmara e contam
também com a ajuda de servidores selecionados por concurso público, mas não
ocupam cargos eletivos.
Os dias de funcionamento varia de município para município, devendo
constar no site da Câmara de cada município.
O processo de apresentação de uma lei é dado aos parlamentares que
elaboram tal projeto e o enviam à Prefeitura para ser aprovado. Quando uma lei
é negada a prefeitura, porém, percebe a grande insatisfação popular que o
projeto ganhou e decide vetá-lo, impedindo que ele entre em vigor. O projeto
volta então à Câmara para revisão, que fica pressionada a rever sua posição.

Segundo Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Vale ressaltar que, no contexto do Estado Brasileiro, é o Município que


reúne as melhores condições para ampliar a participação popular, em função de
vários fatores, como:
• constituir a forma mais descentralizada de exercício do poder, das
prerrogativas e das faculdades estatais;
• ser a esfera governamental competente para assuntos e serviços públicos
que mais influem na vida cotidiana da população local, sendo muitos deles
essenciais à sua sobrevivência e bem-estar imediato;
• possuir, em comparação com o Estado onde se localiza e a União, menor
território de jurisdição, população a atender e aparato administrativo e
institucional;
• dispor de centros de decisão mais próximos dos cidadãos e, portanto, mais
acessíveis.
Fonte: IBAM

Sobre a iniciativa popular

84
Segundo a constituição de 1988, os projetos de lei podem vir da parte da
população, sendo que seja interesse do município, bairros, poderá ser feito
manifestações de pelo menos pelo menos, cinco por cento do eleitorado (art. 29,
XIII). Porque é a própria população que leva um projeto no intuito de ser
aprovado.

CAPÍTULO 5

MONITORAMENTO E FISCALIZAÇÃO

Formas de monitoramento:
A consulta periódica ao site da Câmara de Vereadores do seu município
também é um meio eficaz para exercer a fiscalização. Lá devem estar publicados
os gastos públicos, os projetos de lei já votados e ainda na fila de votação, ou
seja, toda a atividade da Casa. O cidadão pode comparecer às audiências
públicas realizadas pela Câmara Municipal, pela qual são discutidos os assuntos
importantes para a comunidade e é um meio legítimo de participação popular,
podendo, aí sim, o cidadão manifestar sua opinião, discutir o tema, obter
informações, fazer propostas, tirar dúvidas etc.
Participar e divulgar o movimento sociais já existentes, que exercem
exatamente essa função de controle e fiscalização, como o Movimento Voto
Consciente, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, o Adote um
Vereador etc. Neste último, por exemplo, o cidadão escolhe um vereador para
acompanhar suas atividades parlamentares e publicá-las em um blog, incluindo
os seus comentários (www.adoteumvereadorsp.com.br).

Formas de fiscalização:
A Constituição Federal, no artigo 31, parágrafo 3° diz que todos podem
ter acesso às contas públicas, que devem ficar à disposição para consulta pela
população, inclusive pela internet. As contas públicas podem ser questionadas.
Ex: Site onde podem ser verificadas as leis de Redenção-CE.
http://www.camararedencao.ce.gov.br/leis.php

85
Campos (1990, p. 34) afirma que “o verdadeiro controle do governo - em
qualquer de suas divisões: Executivo, Legislativo e Judiciário - só vai ocorrer
efetivamente se as ações do governo forem fiscalizadas pelos cidadãos”.
Exemplos:
● Organizar um grupo;
● Comunicado por escrito;
● Onde fiscalizar (locais para onde as pessoas devem ir);
● Organização das contas e leis dos municípios;
● Divulgação dos resultados;
● Obras e serviços não realizados;
● Superfaturamento;
● Fraudes em licitações;
● Locais para denúncia.

Fontes de pesquisas
● Datapedia (https://www.datapedia.info/)
● Ibge (www.ibge.gov.br/)
● Portal da transparência (transparencia.ce.gov.br/)
● Tribunal de Contas da União (www.tcu.gov.br)
● Prefeitura de Pacoti (http://www.pacoti.ce.gov.br/)
● Prefeitura de Palmácia (http://palmacia.ce.gov.br/)
● Prefeitura de Guaramiranga
(http://guaramiranga.ce.gov.br/)
● Prefeitura de Mulungu
(http://www.mulungu.ce.gov.br/)
● Prefeitura de Aratuba (http://www.aratuba.ce.gov.br/)
● Prefeitura de Capistrano
(http://www.capistrano.ce.gov.br/)
● Prefeitura de Itapiúna (http://www.itapiuna.ce.gov.br/)
● Prefeitura de Baturité (http://www.baturite.ce.gov.br/)
● Prefeitura de Aracoiaba
(http://www.aracoiaba.ce.gov.br/)
● Prefeitura de Acarape (http://acarape.ce.gov.br/)

86
● Prefeitura de Redenção
(http://www.redencao.ce.gov.br/)
● Prefeitura de Barreira (http://www.barreira.ce.gov.br/)
● Prefeitura de Ocara (http://www.ocara.ce.gov.br/)

Esta unidade foi apresentado o plano de ação, junto com outros


componentes que tem como objetivo ajudar você jovem a procurar formas de
interação com sua cidade e conseguir auxiliar nas mudanças.

Finalizamos aqui os nossos estudos sobre políticas públicas,


esperamos que vocês jovens possam atuar de forma presente na cidades em que
vivem, sendo transformadores no crescimento. Até mais!

REFERÊNCIAS

BRANCALEON, Brigida Batista et al. Políticas públicas: conceitos básicos.


São Paulo: Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão
Preto, 2015.

SECCHI, Leonardo. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análises,


casos práticos. São Paulo: CENGAGE Learning, 2010.

SOUZA, Celine. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Porto


Alegre, n. 16, jul/dez 2006, p. 20-45.

RUA, Maria das Graças. Políticas Públicas. 2. ed. Florianópolis:


Departamento de Ciências da Administração, UFSC, 2012.

http://disciplinas.famerp.br/gerenciamento-
saudecoletiva/Documents/Refer%C3%AAncias%20bibliogr%C3%A1ficas%20pa
ra%20estudo/CEPAM_2008_ConstruindoDiagnosticoMunicipalMetodologia.p
df

http://avozdoci
dadao.com.br/images/cartilha_como_fiscalizar_contas_municipais.pdf

87
http://187.4.200.245:81/cogemas/2a.Reuni%C3%A3o_CALMON%2014%20D
E%20ABRIL%20DE%202015/DIAGN%C3%93STICO%20PARA%20GEST%C3
%83O%20MUNICIPAL.pdf

GOLDSCHMIDT, Andréa. Análise SWOT na captação de recursos. Integração:


revista eletrônico do terceiro setor. n. 6, 2003. Disponível em: . Acesso em: 03
jun. 2007.
http://www.politize.com.br/camara-municipal-o-que-faz/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Protestos_no_Brasil_em_2013#Hist.C3.B3rico
http://servicosocial.pt/diagnostico-social/
https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/222/227
Memória organizacional e construção de identidade local: uma análise da
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