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Planejamento de Ensino

Módulo II

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Sumário
Unidade 3 - Metodologia de ensino............................................................................... 3
3.1 - Principais metodologias de ensino......................................................................... 4
3.2 - Centros de interesse .............................................................................................. 8
3.3 - Unidades didáticas .............................................................................................. 10
3.4 - Trabalho em grupo.............................................................................................. 11
3.5 - Método de solução de problemas ........................................................................ 12
3.6 - Método de projetos ............................................................................................. 13
3.7 - Método psicogenético ......................................................................................... 17
3.8 - Estudo dirigido ................................................................................................... 19
3.9 - Fichas didáticas................................................................................................... 19
3.10 - Instrução programada........................................................................................ 20
3.11 - Qual método utilizar?........................................................................................ 21
Unidade 4 – Avaliação do aprendizado e Educação Especial....................................... 25
4.1 - A Avaliação do aprendizado ............................................................................... 27
4.2 - Etapas da Avaliação............................................................................................ 40
4.3 - Planejamento de atividades para crianças com necessidades especiais................. 46
Encerramento.............................................................................................................. 61
Unidade 3 - Metodologia de ensino
Olá!

Nesta unidade, vamos discutir quais são as


principais metodologias de ensino, analisar os
pontos fortes e os pontos fracos de cada uma
delas. O objetivo dessa unidade é explicitar a
importância da escolha de uma metodologia mais
adequada para o seu aluno, pois por melhor que
seja o planejamento, por mais que seja bem
estruturado, com conteúdos selecionados
adequadamente e com planos de aula
sistematizados, não surtirão efeito algum se não forem subsidiados pela práxis
pedagógica.

Ao longo da unidade, você poderá notar que cada corrente defende uma ideia. O
que propomos aqui, não é definir qual é a melhor metodologia, porque cada qual tem
sua função dependendo do contexto.

O que se pretende, ao apresentar as diversas metodologias, é que se possa


entender e conhecer um pouco melhor como cada uma funciona. Em alguns momentos,
até iremos compará-las, mas não para dizer qual é o caminho ideal, mas sim para situar
melhor você, caro professor, e auxiliá-lo no processo de ensino. Portanto, cabe a você
decidir qual é a melhor e mais significativa metodologia de ensino para o seu
planejamento, a qual irá atender as necessidades dos seus alunos e ser a mais adequada a
sua disciplina.

Bom estudo!

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3.1 - Principais metodologias de ensino

A metodologia refere-se às
experiências de ensino-aprendizagem
e como será trabalhado cada item do
planejamento. A metodologia é muito
importante, pois cria as condições
adequadas para o trabalho educativo.
Métodos de ensino, procedimentos e
técnicas são palavras comumente
empregadas quando se fala de ensinar.

O significado etimológico da palavra método é o caminho a se seguir para


alcançar um fim. No planejamento, podemos dizer que o método é um roteiro geral para
as atividades que serão realizadas em sala de aula.

Do ponto de vista da escola tradicional, metodologia de ensino refere-se à


maneira adequada para fazer com que os alunos armazenem a carga de informação que
lhes são passada. Na concepção tradicionalista, o aluno é um depósito passivo, onde o
professor deposita seus conhecimentos. Essa linha educacional conservadora foi
chamada por Paulo Freire de Educação Bancária, trata-se da educação que mata
curiosidade e o interesse educativo do aluno.

Há tempos os métodos da escola tradicional já estão ultrapassados, embora ainda


existam na maioria das escolas brasileiras. Na educação, assim como a sociedade houve
mudanças significativas e uma ruptura com os antigos paradigmas. Surgiram novos
métodos para o novo sujeito que frequenta a escola.

Os novos métodos fazem do aprendiz, um agente ativo no processo de


aprendizagem, e a nova educação deve fundamentar a vida social do aluno.

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Classificação da Metodologia de Ensino

Vamos falar um pouco sobre os principais métodos de ensino, são eles:

Método Tradicional

São os métodos que exigem comportamento passivo do aluno, silêncio e


concentração, este deve ouvir, memorizar e repetir. Nessa metodologia, o professor é a
máxima autoridade em sala de aula, é o transmissor do conhecimento. A aula expositiva
e a técnica de perguntas e respostas são as mais utilizadas.

A Aula expositiva e a técnica de perguntas e respostas.

O método da aula expositiva consiste na apresentação de um tema e é uma das


técnicas mais antigas no campo de ensino. Apesar disso, é ainda uma técnica muito útil
e necessária.

Nesse método, o professor assume a postura de transmissor da mensagem, que


deve ser aceita pelos alunos sem discussões, em alguns casos, o professor aceita a
participação dos alunos e pode promover alguns debates.

Ao se utilizar dessa técnica, o professor deve esclarecer quais objetivos da aula e


estabelecer tópicos para o tema. Deve também suscitar uma postura reflexiva em seus
alunos. Além de utilizar recursos didáticos para aumentar o interesse do aluno, é muito
importante também observar se há sinais de cansaço e falta de motivação por parte dos
alunos.

A aula expositiva deve ser enriquecida através da técnica de perguntas e


respostas. Nessa técnica, o professor faz perguntas para estimular a participação dos
alunos e não para avaliação. Esse método ajuda o aluno se desenvolver a capacidade de
se expressar.

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O professor pode indicar textos e livros para o aluno estudar, e depois prepara
um roteiro de perguntas com base nos textos indicados. O inverso também pode
acontecer onde são os alunos que fazem as perguntas e o professor responde.

Método novo (Escola Nova)

Esse método foi introduzido na Educação na primeira metade do século XX pelo


filósofo e pedagogo John Dewey. Para ele, a educação era uma necessidade social. No
Brasil, o escolanovismo foi introduzido por Rui Barbosa e muitos dos nossos
respeitáveis pedagogos aderiram a esse método.

O movimento da Nova Escola pregava que a educação era o único elemento


capaz de construir uma sociedade de forma democrática, levando em consideração o
individualismo de cada um e a diversidade.

As principais alterações que influenciaram a Escola Nova foram:

• Mudanças Tecnológicas.

• Transformações econômicas e sociais.

• Mudanças na estrutura familiar.

• Mudanças políticas.

• Evoluções na psicologia e na sociologia.

Esses novos métodos são ativos e se opõe a toda atitude passiva. A participação
ativa do aluno subsidia-se nas descobertas do educando e dão grande destaque à vida
social do aluno. É uma educação a ser alicerçada na práxis e que constrói um aluno
capaz de agir na sua formação.

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As ideais de Paulo Freire, o mais célebre educador brasileiro, influenciaram
diretamente esse método, segundo ela a educação deve ser baseada na concepção de
mundo. "Os homens se educam entre si mediados pelo mundo", escreveu. Para o
educador existem três momentos na aprendizagem. O primeiro é aquele em que o
educador se intera daquilo que o aluno conhece, não apenas para poder avançar no
ensino de conteúdos, mas para trazer a cultura do aluno para a sala de aula.

O segundo momento é o de exploração do tema, o que permite que o aluno se


expresse e crie uma visão crítica própria. E o terceiro momento é a problematização,
onde devem ser sugeridas as ações para superar os problemas. Para Paulo Freire, esse
método serve para a conscientização do aluno.

Método Montessoriano

Criado pela educadora italiana Maria


Montessori, é um método focado na educação
infantil. Reforça a ideia de que cada aluno tem a
capacidade e a responsabilidade de desenvolver
seu aprendizado. O papel do professor é retirar os
obstáculos e estimular no aluno, a capacidade de
autodesenvolvimento, assumindo um papel de
guia nesse processo.

Esse método se baseia nos seguintes princípios:

⋅ Liberdade;

⋅ Atividade;

⋅ Vitalidade;

⋅ Individualidade.
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A primeira condição desse método é o ambiente que deve permitir à criança
movimentos livres, onde possa encontrar brinquedos e os materiais didáticos adequados
a cada necessidade de aprendizado.

Existem diversos materiais didáticos, como cubos, caixas, cartões, brinquedos


com formas geométricas de encaixe etc. Eles têm a finalidade de cultivar a atividade
sensorial. Devem ser materiais com texturas e cores diferentes.

O professor utiliza esse material didático para fazer associações,


reconhecimentos e correspondência, valorizando os sentidos. Além desse material
didático, o método Montessoriano recomenda exercícios físicos e rítmicos de modo a
estimular as percepções sensório-motoras.

Esses exercícios ensinam o autocuidado e o cuidado com o ambiente. As


crianças também aprendem diversas outras atividades, como se vestir sozinho, limpar
seus próprios objetos, preparar seu lanche etc. A escola infantil que conhecemos hoje é
muito influenciada por esse método.

O objetivo desse método de ensino é preparar o aluno para a vida, ou seja, a


formação integral do jovem, contemplando o desenvolvimento criativo e não somente o
acúmulo de informações.

Centros de interesse

Este método, criado pelo educador


belga Ovídio Decroly, é baseado nos
interesses da criança. Segundo Decroly,
inicialmente, a criança é egocêntrica e só se
interessa por si própria, em seguida, começa
a se interessar por sua família e por sua
casa. Assim, vai evoluindo, até se interessar
pelos problemas da humanidade.

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O método Decroly oferece à criança o conhecimento dos fatos que se relacionam
com a vida cotidiana, como a necessidade de se alimentar, de se defender, de agir, e
depois fatos relacionados ao seu meio, sua família, a escola, a sociedade, os animais, as
plantas, o planeta etc.

O método dos centros de interesse procura fazer a criança se interessar agora


pelas suas necessidades futuras. Esse método apresenta três fases:

1º Fase: Observação – Nessa fase, o aluno observa coisas sobre o tema, sem o
professor ter mencionado nada a respeito. A observação pode ser feita por meio de
cartazes, slides ou pela observação direta da natureza.

2º Fase: Associação – O professor fala sobre o assunto observado, apresentando


aspectos teóricos sobre o assunto.

3º Fase: Expressão – A criança expressa algo a respeito do tema, por exemplo,


por meio de conversas ou desenhos.

De uns tempos pra cá, o método Decroly tem recebido um novo enfoque; os
centros de interesse são agrupamentos de conteúdos e atividades educativas realizadas
em torno de temas centrais. O critério de seleção desses temas é a significação deles
para vida social do aluno.

As vantagens desse método são percebidas por meio das associações do meio
natural em que a criança vive, favorecendo a observação e a capacidade raciocínio da
criança e possibilitando a adaptação da criança ao meio natural e social que ela vive.

Para que o método Decroly seja aplicado com eficiência, há a necessidade de


que os professores sejam criativos e qualificados e que haja espaço para a criação de
diversos ambientes de estudos, como hortas, aquários e laboratórios. Em muitas escolas,
não há espaço ou recursos para a criação desses ambientes, e nem sempre é possível
organizar excursões ou ter uma escola com laboratórios equipados.

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Unidades didáticas

As unidades didáticas são os conhecimentos agrupados em blocos amplos,


significativos e coesos. Esse método procura superar a fragmentação dos conteúdos
escolares. O professor planeja a unidade de ensino em conjuntos baseados nos esquemas
da vida.

Esse método é desenvolvido através de cinco fases:

Atividades Iniciais - Nessa fase, o tema a


ser estudado vem através das necessidades do
aluno, por meio de filmes, discussões, análise de
acontecimentos da atualidade, consulta de
revistas, jornais etc.

Planejamento das unidades e subunidades - O professor, juntamente com os


alunos, deve procurar sistematizar os estudos e as atividades a serem realizados.

Execução - Depois de realizado o planejamento, os alunos realizam as atividades


programadas.
Atividades Conclusivas - Essas são as atividades de consolidação do tema, onde
são realizadas atividades como dramatizações, cartazes, exposições, desenhos, relatórios
etc.
Verificação da Aprendizagem - Normalmente essa verificação é feita através de
avaliações ou até mesmo pelas atividades conclusivas.

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Trabalho em grupo

O trabalho em grupo permite ao


aluno a oportunidade de estabelecer
troca de ideias e opiniões,
desenvolvendo a habilidade de
convivência e trabalho em equipe. A
formação de grupos pode ser livre ou
dirigida. Na formação de grupo dirigida, o professor constitui os grupos para atender
alguns critérios, como sanar dificuldades por meio do conhecimento dos colegas ou
promover a interação entre eles.

Seus principais objetivos são:

• Fixar conhecimentos;

• Enriquecer experiência;

• Desenvolver a responsabilidade;

• Treinar a capacidade de liderança;

• Desenvolver o senso crítico e a criatividade;

• Desenvolver o espírito de cooperação.

O trabalho em grupo passa por algumas etapas:

Planejamento: nessa etapa os objetivos e os recursos são determinados, cada


aluno deve exercer uma função.

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Ação do Grupo: aqui ocorre o levantamento e as pesquisas. O professor deve
estimular o uso de livros e idas à biblioteca, indicando fontes úteis e confiáveis.
Termina com a conclusão e apresentação do trabalho do grupo.

Avaliação: Essa avaliação deve ser feita pelo grupo, na qual eles avaliam a
qualidade do trabalho e se as expectativas foram alcançadas. Esse é um processo crítico,
pois possibilita avaliar os pontos fortes e pontos fracos de cada integrante do grupo e
isso será muito importante para futuros trabalhos.

Método de solução de problemas

Esse método consiste em levantar problemas como forma de ensinar e resolver


os problemas como forma de aprender. A resolução dos problemas estimula o
pensamento na busca de soluções.

Esse método segue os seguintes princípios:

• Ao explicar para o aluno o porquê das coisas, faz com que ele adquira o hábito
de reflexão;

• O professor deve passar conteúdos que despertem a curiosidade do aluno;

• Os problemas passados devem ter aplicações na vida;

• Os problemas devem ser motivadores, isto é, serem apresentados de forma


atraente;

• Devem ser levantadas possíveis alternativas para a solução do problema e


posteriormente analisadas e as melhores selecionadas;

• O professor deve sempre orientar os alunos, fazer intervenções e explicações


necessárias.
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Método de projetos

O método de projeto pede uma


participação ativa por parte do aluno. É o
próprio aluno quem vai conceber o
trabalho. Esse método tem origem nos
mesmos princípios do método de solução
problemas.

O que diferencia um método do


outro, é que na solução de problemas a sua predominância é a atividade intelectual,
enquanto o método de projeto é mais abrangente em relação às competências
requeridas, pois nele intervém todo o tipo de atividade (manual, intelectuais, estéticas e
sociais).

Objetivos do método de projetos:

• Proporciona ao aluno oportunidade de vivência e experiência do objeto


estudado;

• Estimula o pensamento criativo;

• Desenvolve a capacidade de observação;

• Desenvolve o trabalho em equipe;

• Estimula a iniciativa, a responsabilidade e a autoestima;

Procedimentos para o desenvolvimento do método de projetos:

• A seleção do assunto pode ser desenvolvida tanto pelo professor, quanto pelo
aluno ou por ambos;
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• Planejamento detalhado do projeto;

• Levantamento de informações e pesquisa sobre o assunto;

• Seleção do material;

• Apresentação do projeto em classe, para ser discutido por todos;

• Apreciação pelo professor do trabalho realizado.

Abaixo temos um exemplo de projeto:

Produção e revisão de contos de fadas

Objetivos

- Identificar características discursivas dos contos de fadas.

- Reescrever um conto partindo da modificação de seus elementos.

- Planejar, produzir e revisar textos.

Conteúdos específicos

- Procedimentos de produção e revisão de textos escritos.

- Características dos contos de fadas.

- Contos de fadas modificados em elementos específicos.

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Anos

Do 3º ao 5º ano.

Tempo estimado

18 aulas.

Material necessário

Contos de fadas tradicionais e modernos, cartolina branca ou papel Kraft,


caneta hidrocor e caderno (um por aluno).

Desenvolvimento

1ª etapa

Converse com a classe sobre contos de fadas já lidos. Pergunte quais são os
preferidos, que autores os estudantes conhecem e se já leram versões diferentes
da mesma história. Apresente a proposta de produzir contos de fadas
modificados. Explique que eles serão organizados num livro.

2ª etapa

Leia três contos de fadas para a turma e promova uma discussão coletiva.
Quando e onde se passa a história? Há personagens bons e maus? O que
acontece com eles no final? Peça que os alunos explicitem pistas textuais para
justificar as respostas. Sintetize as características comuns dos textos em um
cartaz, que será fixado na classe.

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3ª etapa

Leia mais três contos para a turma - dessa vez, novas versões. Discuta com eles
a mudança principal de cada versão e como ela foi feita.

4ª etapa

Convide a turma a modificar um conto conhecido. Indique a transformação


principal e suas decorrências (se o conto se passar em cenário atual, é preciso
falar de novas tecnologias, por exemplo). Revise o texto com a classe e, em
seguida, divida a turma em duplas. Peça que modifiquem um conto de fadas
repetindo os procedimentos da escrita coletiva.

5ª etapa

Discuta os aspectos em que a classe demonstrou maior dificuldade. Por fim,


peça produções individuais de um conto modificado.

Produto final

Livro com textos dos alunos. Determine com a turma o aspecto do livro e
planeje sua composição.

Avaliação

Nos textos individuais, avalie se a linguagem está adequada ao leitor, se a


história atende ao interesse dele, se tempo e espaço estão identificados, se o
enredo tem personagens e elementos típicos de um conto de fadas, se a
transformação foi coerente com a proposta, se os parágrafos foram bem
organizados e se o texto está pontuado adequadamente.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/caminho-autoria-467413.shtml

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Método psicogenético

Método criado pelo ilustre biólogo e filósofo suíço Jean Piaget, revolucionou por
mostrar que as crianças não pensam como os adultos e são capazes de construir, elas
próprias, o seu aprendizado.

Piaget criou um campo de investigação que denominou epistemologia genética,


isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Os
estudos de Piaget demonstram que a transmissão de conhecimentos é uma possibilidade
limitada. Vem de Piaget a ideia de que o aprendizado é construído pelo aluno e a sua
teoria que vai iniciar a corrente construtivista.

Ao observar os próprios filhos, Piaget percebeu que o desenvolvimento do


pensamento e da linguagem da criança se dá através de quatro estágios:

• O primeiro é o estágio sensório-motor, que vai até os dois anos. Nessa fase, as
crianças adquirem a capacidade de administrar seus reflexos básicos para que
gerem ações prazerosas ou vantajosas. Constrói gradualmente modelos de ação
com os objetos que a rodeiam.

• Estágio pré-operacional, que vai dos dois aos sete anos. Nessa fase, a criança
desenvolve a linguagem e representa o mundo por símbolos. O egocentrismo
ainda é predominante na criança, que não é capaz de, moralmente, se colocar no
lugar de outra pessoa.

• Estágio das operações concretas, dos sete aos anos ou doze anos. Nesse
estágio, há o surgimento de lógica nos pensamentos. Agora a criança já adquire
a habilidade de diferencias os objetos similares.

• Estágio das operações formais a partir dos doze anos: Essa fase, marca a
entrada na idade adulta, em termos cognitivos. O adolescente passa a ter o

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domínio do pensamento lógico e dedutivo, é capaz de compreender conceitos
abstratos e formular hipóteses independentes da realidade.

Vejamos a comparação entre o método tradicional e o método construtivista:


Método Construtivista Método Tradicional

O aluno é um agente e o professor é o O professor é o agente (detentor do saber)


orientador. e o aluno é o ouvinte.

Mantém os alunos ocupados durante a Não prende inteiramente a atenção do


aula, fazendo-os refletir sobre um aluno, e o professor apela para recursos
problema. Essa atividade garante a externos.
atenção do aluno.

O interesse suscitado pelo tema e o Cada assunto termina no fim da


impulso de investigação podem estender- exposição, podendo prolongar por
se até fora do âmbito escolar, levando o exercícios de repetição ou recapitulações.
aluno à pesquisa espontânea e à reflexão.

Nada é dado pronto para o aluno, na Quanto mais o professor elabora o


convicção de que o aprendizado se dá material e entrega pronto ao aluno, é
pelo apelo à construção do considerado melhor. Isso é feito a fim de
conhecimento. poupar esforço por parte do aluno.

Parte da situação problema é seguida de Existe o pressuposto de que a criança não


uma investigação individual ou em grupo é capaz de encontrar, por si mesma, a
mediada pelo professor. solução e precisa do professor pra lhe
transmitir as soluções.

Os próprios alunos descobrem novas e O professor adota a própria forma de


originais formas de resolver os expor, através de sua experiência
problemas. profissional.
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Estudo dirigido

O método de estudo dirigido


consiste na solicitação de uma tarefa ao
aluno mediante o fornecimento de
instruções pelo professor. Esse método é
utilizado a partir de textos. Com base
neles, as questões devem ser formuladas.

O Estudo Dirigido tem como objetivo criar hábitos de estudo e servir como
técnica de fixação. Proporciona ao aluno condições de aprender por meio de sua própria
atividade, em seu ritmo individual. Com esse método, são desenvolvidas habilidades de
inferência e interpretação de textos, promovendo uma maior independência do aluno
enquanto leitor.

O Estudo Dirigido pode ser realizado em casa ou em sala de aula, mas em


qualquer um desses ambientes a presença do professor é indispensável para orientações,
correções e refacções ao longo do estudo. As questões formuladas para os textos devem
ser intelectualmente desafiadoras, levando o aluno à interpretação, à análise, à
ordenação, à síntese e à avaliação do tema.

Fichas didáticas

Nesse método, são feitas algumas fichas


didáticas para o estudo de um determinado tema,
essas fichas funcionam como um roteiro. Temos
alguns tipos de fichas didáticas:

• Ficha de Noções: Contém a parte conceitual


do tema e podem ter ilustrações e gráficos.
• Ficha de Exercícios: Contém questões sobre
os conteúdos das fichas de noções.

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• Ficha de Correção: Contém as respostas das fichas de exercícios.

Dependendo da extensão do tema a ser estudado, o professor pode elaborar


várias fichas de noções. Essas fichas são utilizadas tanto pelos alunos quanto pelos
professores.

Para os professores, servem como um roteiro de aula e para os alunos servem


como base para o estudo. Esse tipo de método já foi muito utilizado, atualmente vem
caindo em desuso, pois não exige nenhum esforço por parte do aluno.

Instrução programada

É o método comportamentalista baseado na Teoria B. F. Skinner. Consiste no


reforço positivo por meio de recompensas. A instrução programada enfatiza a
importância de uma definição do que o aluno irá aprender. O material para a instrução
programada deve ser cuidadosamente estruturado para levar o aluno a aprender o que
foi programado.

Esse método permite ao aluno repetir suas dificuldades até saná-las, pois não se
passa de uma fase para a outra do estudo programado sem que o aluno tenha
compreendido o tema.

Na instrução programada, a matéria é dividida em sequências curtas, e cada


informação apresentada exige uma resposta do aluno. É realizada apenas uma pergunta
de cada vez, e o aluno dispõe do tempo que desejar para dar a resposta. O aluno recebe
o feedback imediato dos seus erros e acertos. O acerto é supervalorizado para estimular
o aprendizado do aluno.

As perguntas são propositalmente muito simples, para que os alunos cometam


poucos erros, pois o erro desmotivaria o aluno. O aluno é levado, desse modo, gradual e
logicamente, a um domínio cada vez mais completo do assunto.

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Esse método apresenta muitas desvantagens, pois é muito fragmentado, e serve
mais para transmitir conhecimentos do que levar o aluno a pensar. É um método muito
mecânico e de demorada elaboração, além de não promover a socialização dos alunos.

3.2 - Qual método eu devo utilizar?

A escolha do método de ensino é uma etapa muito importante dentro do


planejamento. Não existe método errado ou proibido, cada qual tem a sua valia,
dependendo do contexto. Para essa escolha, o professor deve seguir os seguintes
critérios, que foram idealizados por Claudino Piletti, no livro didática geral,
apresentados abaixo:
Objetivos Educacionais

Experiência Didática Estrutura do assunto


do Professor e tipo de aprendizagem

Escolha de
Métodos e
Técnicas de
Ensino

Tipos de alunos Tempo Disponível

Condições Físicas

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Objetivos educacionais: O método utilizado deve variar dependendo do objetivo
proposto.

Por exemplo: Se o objetivo é transmitir informações, o método mais adequado é


a aula expositiva, mas se o objetivo naquele momento é desenvolver no aluno
competências como leitor, um trabalho em grupo ou o estudo dirigido podem ser os
mais adequados.

Experiência didática do professor: Na escolha do método, a experiência do


professor também conta, pois os professores mais experientes já testaram vários
métodos e de antemão já sabem quais são os que melhor funcionarão.

Tipo de aluno: A idade, a maturidade, o histórico escolar e as características


individuais do aluno, também influenciam na escolha do método.

Tempo disponível: O tempo também é uma preocupação, pois deixar aula


inacabada, para se concluir apenas na seguinte, atrapalhará muito o processo de ensino-
aprendizagem.

Condições físicas: Mesmo que o professor tenha em mente ótimas ideias, é


importante ser realista e pensar no que é viável. Como já foi mencionado, deve ser
realizado o fundamental dentro do que é possível.

Estrutura do assunto e tipo de aprendizagem: A especificidade de cada assunto


vai exigir o método mais apropriado para o assunto, porque a aprendizagem também
muda dependendo do assunto. Assim como o plano de aula muda em função do tema.

O fundamental é sempre se pensar que, o método por si só não é suficiente, é


preciso flexibilidade e criatividade por parte do professor. Não existe uma forma
infalível para o ensino. Abaixo temos um quadro que compara as metodologias e cabe
ao professor escolher a técnica que melhor se encaixa a sua turma.

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Quadro Comparativo das Metodologias de Ensino

Método Expositivo Método Solução Problema Método Psicogenético


Atividade verbal do Atividade verbal do Atividade objetivo do aluno.
professor. professor.
Contemplação objetiva do
Contemplação significativa Atividade concomitante do professor.
do aluno. aluno.
Atividade do aluno e
dinâmica de grupo.
Contribuição do professor e
dos recursos audiovisuais.

Discursos e projeções Pergunta e resposta Direção de atividade


Apelo para percepção Apelo para reflexão Apelo para todo o organismo
Resultados: Informação Resultados: Verbalização Resultados: Mudança de
comportamento
(Adaptação do quadro de Piletti, livro Didática Geral, 1989).

Considerações sobre as Metodologias de Ensino

Na hora de escolher qual é a melhor


metodologia, o professor deve fazer uma
reflexão e considerar qual é a opção que
realmente vai atender às necessidades do
aluno e transformar o aprendizado em algo
prazeroso. As concepções mais atuais de
ensino levam o aluno a ter contato com a
realidade, articulando o conhecimento a
prática. É o contato do sujeito com o mundo
exterior que vai dar condições para seu
desenvolvimento. A fonte do conhecimento
para o aluno é o mundo.

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Os conteúdos trabalhados em sala de aula têm estreita relação com a
metodologia empregada, pois os conteúdos somente serão significativos para o aluno, se
as práticas pedagógicas para a aplicações desses também forem significativas, sendo
assim, é a metodologia que vai propiciar essa significação.

Deve haver intensa interação entre as práticas e as disciplinas. Não é possível


aplicação adequada de uma matéria, sem uma metodologia apropriada, senão voltamos
à aplicação mecânica, destruindo todo o significado, e, por conseguinte, não levando o
aluno a desenvolver o seu intelecto.

Uma das principais queixas levantadas pelos professores, é que seus alunos não
aprendem, que não sabem pensar, nem pesquisar e que só procuram facilidades. A
prática pedagógica é aliada do professor nesse processo de mudar a mentalidade do
aluno passivo em um aluno crítico, responsável e com autonomia.

Há, portanto, uma atitude fundamental a ser resgatada em sala de aula, que é a
reflexão sobre a prática pedagógica. A Metodologia de Ensino deve ser uma atitude que
ajude na elaboração do conhecimento, na melhora do rendimento e da qualidade do
ensino escolar brasileiro.

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Unidade 4 – Avaliação do aprendizado e educação especial

Olá,

No nome dessa unidade citamos a Avaliação do Aprendizado, pois é isso o que


se espera, depois do caminho percorrido, de todo o trabalho que envolveu o
planejamento, e com a escolha da melhor metodologia, com certeza os resultados serão
os melhores.

Em uma aula de licenciatura,


o professor dividiu os alunos -
futuros professores - em grupos e
pediu que desenhassem em uma
cartolina o que significava para cada
grupo ser professor. Em uma das
cartolinas, foram feitos desenhos do
estágio de uma semente se
desenvolvendo até se transformar em uma grande árvore, com muitos frutos. Atrás
dessa árvore havia um sol iluminando a árvore.

O professor perguntou ao grupo o que representava aquele desenho, e a


explicação do grupo foi a seguinte: ser professor para nós é como pegar uma sementinha
(o aluno) inserida em um terreno fértil (sala de aula) e alimentar (orientar) essa semente
até que se transforme em uma árvore grande com frutos, ou seja, que cresça, tenha
autonomia, desenvolva seu pensamento crítico e os conhecimentos aprendidos (os
frutos) tenham aplicação em sua vida, que o auxiliem na vida adulta e na hora de
enfrentar o mundo.

Também trataremos da questão da Educação Especial, pois a inclusão é um


assunto que permeia a atual prática docente e social inclusiva, entretanto, ainda traz
muitas incertezas e inseguranças por parte do professor.

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Nesta unidade, você irá compreender quais são os principais fundamentos e
características da Educação Especial e seus desdobramentos em sala de aula.

Bom estudo.

26
4.1 - A avaliação do aprendizado

A Avaliação é o instrumento
utilizado pelo professor para colher
os resultados do ensino, e também é
a maneira de verificar o nível de
aprendizado do aluno. Porém, para
os alunos é vista com certo receio,
pois gera neles insegurança. Sozinha
a palavra avaliação já tem um peso
forte aos ouvidos, quem nunca
sofreu com ansiedade, tremedeira e medo antes de uma avaliação? Geralmente, a
avaliação é vista pela maioria das pessoas como algo negativo. Mas a avaliação tem que
ser realmente apavorante?

A avaliação ou prova é um processo que interpreta os conhecimentos e


habilidades dos alunos, é algo que dá condições ao professor verificar até que ponto os
objetivos foram alcançados. A avaliação é um processo que tem por objetivo medir os
conhecimentos do aluno, entretanto, é concebida apenas como instrumento de
aprovação/reprovação.

Os nove jeitos mais comuns de se avaliar são:

Prova objetiva

Definição Série de perguntas diretas, com apenas uma solução possível.


Função Avaliar quanto o aluno apreendeu sobre as especificidades do
tema.
Vantagens Pode abranger grande parte do exposto em sala de aula.
Desvantagens Pode ser respondida por meio de memorização, o que não
permite constatar quanto o aluno aprendeu.
Preparo Selecione os conteúdos para elaborar as questões e elabore as
questões de maneira clara.

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Observações Defina o previamente o valor de cada questão, para que o aluno
saiba quais são as questões mais importantes.

Prova dissertativa

Definição Série de perguntas que exigem capacidade de análise, de


resumo e conclusão.
Função Verifica o entendimento do tema e a capacidade de formular
ideias e redigi-las.
Vantagens O aluno tem liberdade para expor os pensamentos, mostrando
habilidades de organização, interpretação e expressão.
Desvantagens Não mede o domínio do conhecimento, pois cobre apenas
pequena parte do conteúdo.
Preparo Elabore poucas questões e dê tempo suficiente para que os
alunos possam respondê-las.
Como avaliar Defina o valor de cada resposta através da clareza de ideias, a
capacidade de argumentação e de conclusão.

Seminário

Definição Exposição oral de um tema para um público, utilizando a


verbalização e recursos didáticos.
Função Possibilita a transmissão verbal das informações pesquisadas.
Vantagens Requer esforço por parte do aluno, através de pesquisas,
planejamento e organização. Desenvolve a capacidade de
realizar textos orais. E ensina ser ouvinte e expositor.
Desvantagens Pode ser muito difícil para os alunos tímidos.
Preparo Delimite um tema e forneça as fontes de pesquisa adequadas.
Defina a duração e a data da apresentação, solicite relatório
individual de todos os alunos. Explique como se apresenta.
Como avaliar Atribua nota ao desenvolvimento do tema, aos materiais
utilizados e à conclusão. Estimule a classe a fazer perguntas e
emitir opiniões

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Trabalho em Grupo

Definição Atividades realizadas coletivamente podendo ser escrita, oral,


produção de cartazes etc.
Função Promover a socialização e o aprendizado simultaneamente.
Possibilita a abrangência de diversos conteúdos em caso de
Vantagens
escassez de tempo
Desvantagens Pode ser muito difícil para os alunos tímidos.
Proponha qual serão as atividades a serem realizada. Forneça
Preparo fontes de pesquisa, ensine os procedimentos necessários e
indique os materiais básicos para a realização dos objetivos.
Observe se houve participação de todos e colaboração entre os
Como avaliar
colegas, de notas ao trabalho entregue e a participação.

Debate

Definição Discussão onde os pontos de vista de um assunto polêmico são


expostos.
Aprender a defender uma opinião e desenvolver o pensamento
Função
crítico.
Vantagens Desenvolve a oralidade e a capacidade de argumentação.
Seja mediador e dê chance de participação a todos. E deixe
Atenção claro que no debate não existirão vencedores e sim uma troca
de ideias entre os grupos.
Defina o tema, oriente a pesquisa prévia, combine com os
Preparo alunos o tempo, as regras e os procedimentos. Separe os alunos
por grupos. No final, peça relatório sobre o tema.
A avaliação é através da adequação do uso da palavra e da
Como avaliar
obediência às regras combinadas.

Relatório Individual

Definição Texto produzido pelo aluno depois de atividades práticas como


projetos, filmes ou excursões.

29
Função Aferir o conhecimento do aluno e ensinar a produzir esse tipo
de texto
Vantagens É possível avaliar o real nível de compreensão dos conteúdos e
aprimorar a escrita.
Atenção Não julgue a opinião pessoal do aluno, depois discuta com a
classe as opiniões.
Preparo Defina o tema e explique como elaborar relatórios (como é a
estrutura de um relatório e quais itens deve conter)
Como avaliar Avalie se o texto foi bem escrito e se contém os principais itens
e devolva o texto para possível refacção.

Autoavaliação

Definição Reflexão oral ou escrita livre, sobre a opinião do aluno a


respeito da própria aprendizagem.
Função Faz o aluno adquirir a capacidade analítica e perceber quais são
seus pontos fracos e fortes.
Vantagens Dá ao aluno responsabilidade e a como enfrentar as limitações
e perceber qual é o seu potencial.
Atenção Se não houver um clima favorável e de confianças entre a
classe e o professor essa atividade pode não refletir a realidade.
Preparo Forneça ao aluno um roteiro de autoavaliação e até um modelo
pronto, explique como proceder na autoavaliação e quais são as
habilidades e comportamentos que devem ser listados. O aluno
também deve citar onde estão as suas maiores dificuldades.
Como utilizar as Use esses depoimentos para realizar o seu próximo
informações planejamento e veja quais são as principais dificuldades do
grupo para preparar as próximas atividades.

Análise de Desempenho

Definição Análise do desempenho do aluno em fatos do cotidiano escolar


ou em situações planejadas.
Função Observar o desenvolvimento comportamental, cognitivo,

30
afetivo e psicomotor do aluno.
Vantagens Perceber como se dá a construção do conhecimento do aluno.
Importante Faça anotações diárias sobre os fatos e evite julgamentos
pessoais. Considere somente os dados relativos à
aprendizagem. Essa análise também ajuda a perceber quais são
as necessidades individuais de cada aluno.
Preparo Elabore uma lista de quais são as atitudes esperadas para a
idade e série dos seus alunos.
Como avaliar Compare com as anotações do início do ano para perceber
quais são as áreas que os alunos evoluíram e quais ainda são as
maiores dificuldades.

Conselho de Classe

Definição Reunião pedagógica de uma determinada turma.


Função Compartilhar informações sobre a classe e sobre cada aluno
para tomar decisões.
Vantagens Favorece a integração entre professores, a análise do currículo
e a eficácia dos métodos utilizados; facilita a compreensão dos
fatos com a exposição de diversos pontos de vista.
Atenção O conselho de classe é feito para realizar observações
pertinentes ao aprendizado e não rotular o comportamento do
aluno. É importante que sejam feitas reflexões a respeito da
evolução dos alunos.
Preparo Liste antecipadamente quais são os assuntos que pretende
comentar. Aponte causas e soluções para os problemas.
Resultados Os resultados devem ser baseados em um consenso da equipe
pedagógica em relação às intervenções necessárias no processo
de ensino-aprendizagem.

Funções da avaliação

A avaliação tem várias funções, dependendo do momento no processo de


ensino-aprendizagem. No item acima, figuram os tipos mais comuns de avaliação

31
realizadas na escola. Agora, a será analisada mais detalhadamente sobre as três
principais funções da avaliação: Função Diagnóstica, Função Formativa e Função
Classificatória.

Função diagnóstica

A avaliação com função diagnóstica deve ser realizada no começo do ano letivo
ou de semestre para verificar os conhecimentos prévios do aluno, as particularidade de
cada um (também conhecida como sondagem) e conhecer melhor as características
gerais de cada aluno.

Função Diagnóstica

Identifica os alunos Identifica as Identifica as


com conhecimentos particularidades
defasagens
esperados

Encaminha os que não Propões atividades Individualiza o


estãoFunção Formativa
no padrão esperável para superar as ensino
para novas aprendizagens defasagens

Função formativa

A função formativa é realizada por meio de avaliações controladoras. São


realizadas no final de cada semestre ou unidade didática. Tem como propósito informar
aos professores sobre o quanto seus alunos estão retendo as informações transmitidas e
sobre sua evolução na aprendizagem. Informa também quais são as deficiências do
ensino e quais são as intervenções (replanejamento) que devem ser realizadas.

32
A preocupação com o processo de aprendizagem dos alunos ocorre por meio de
acompanhamento, com o objetivo de reorientá-los de acordo com suas dificuldades.
Também conhecida como avaliação contínua ou em progresso, orienta o planejamento
no momento em que está acontecendo para intervenção imediata.

Função classificatória

A avaliação com função classificatória é realizada no fim de ano, semestre ou de


curso. É uma avaliação que classifica o aluno de acordo o com o seu nível de
aproveitamento. É um tipo de avaliação que não está preocupada com os progressos do
aluno, mas apenas em mostrar resultados de acordo com um ideal preconcebido.
Normalmente é realizada por meio de questionários, pra classificar a quantidade de
informações retidas pelos alunos naquele período. É a avaliação formal e mais usada
pelos professores e intensamente questionada.

Princípios básicos da avaliação

A avaliação da aprendizagem pode ser algo muito angustiante também para os


professores, pois não sabem como transformar a avaliação em algo significante que
contribua para o aprendizado do aluno. Algo que ultrapasse a mecânica da memorização
de conteúdos. Os professores também sabem que a avaliação causa ansiedade e medo
nos alunos, cabe a esse profissional, portanto, conduzir esta questão da melhor maneira
possível.
A avaliação da aprendizagem deve superar o caráter classificatório, acabando
assim, com a ansiedade que se gera em torno dela. A avaliação da aprendizagem deve
ser um processo no qual o aluno aprende por meio dos seus erros. Deve ser um processo
contínuo e regulador da prática docente.

Na avaliação, só deveria haver a funções diagnósticas e formativas, para apontar


as fraquezas e indicar as mediações e intervenções que devem ser feitas ao longo do
processo de ensino-aprendizagem. Diante disso, a avaliação deveria ser um processo de
regulação e não um acerto de contas entre aluno e professor no qual ambos saem

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punidos, por meio da reprovação ou pela decepção de ver que o planejamento não
funcionou e os objetivos não foram alcançados.

Essa visão de que ensinar deve ser uma transmissão de conhecimentos a serem
aceitos, como acabados e verdades absolutas a serem assimiladas, memorizadas e
devolvidas no dia da prova, deve ser superada. Nessa concepção de educação, não há
espaço para criatividade e interpretação, desse modo, o verdadeiro aprendizado não
acontece.

Porém, transformar essa situação é uma difícil tarefa para o professor, porque a
nossa escola ainda tem seus valores pautados nessa concepção. A avaliação não deve ser
parte final da prática pedagógica e sim estar entrelaçada com ela, pois uma fornece os
subsídios para a outra.

Os seguintes princípios devem ser seguidos para a transformação do processo


avaliativo:

• Estabelecer com clareza o que vai ser avaliado. Por exemplo: será avaliada a
capacidade interpretação, escrita etc.

• Selecionar as técnicas adequadas para avaliação. Como vimos no tópico anterior,


cada tipo de avaliação tem um objetivo específico e suas vantagens.

• É preciso utilizar técnicas qualitativas e não apenas quantitativas.

• Ter consciência das limitações da avaliação, fazer uma interpretação adequada


dos resultados.

• A avaliação é um meio para se chegar a um fim e não termina com ela mesma.
Ou seja, a avaliação deve ter um propósito útil e significativo. Isso implica
atribuir à avaliação seu verdadeiro papel, ou seja, deve contribuir para o

34
processo educativo. O não comprimento dessa regra em específico tem sido a
fonte de frustração para alunos e professores.

• A avaliação deve começar no primeiro dia de aula. Logo que os alunos chegam à
escola, o professor deve iniciar essa tarefa.

Temos abaixo, uma entrevista com Cipriano Carlos Luckesi. Professor


autoridade quando se fala em avaliação, desenvolveu diversos trabalhos e livros
dedicados a esse tema.

Entrevista com Cipriano Carlos Luckesi

Márcio Ferrari

"Proponho que as escolas invistam em uma prática pedagógica construtiva e


paralelamente treinem para o vestibular". Cipriano Carlos Luckesi é um dos nomes de
referência em avaliação da aprendizagem escolar, assunto no qual se especializou ao
longo de quatro décadas. Nessa trajetória, que começou pelo conhecimento técnico dos
instrumentos de medição de aproveitamento, o educador avançou para o
aprofundamento das questões teóricas, chegando à seguinte definição de avaliação
escolar: "Um juízo de qualidade sobre dados relevantes para uma tomada de decisão".
Portanto, segundo essa concepção, não há avaliação se ela não trouxer um diagnóstico
que contribua para melhorar a aprendizagem. Atingido esse ponto, Luckesi passou a
estudar as implicações políticas da avaliação, suas relações com o planejamento e a
prática de ensino e, finalmente, seus aspectos psicológicos. As conclusões do professor
paulista, que vive desde 1970 em Salvador, apontam para a superação de toda uma
cultura escolar que ainda relaciona avaliação com exames e reprovação. "Estamos
trilhando um novo caminho, que precisa de tempo para ser sedimentado", diz. Luckesi,
que é professor aposentado, orientador de pós-graduandos e integrante do Grupo de
Pesquisa em Educação e Ludicidade da Universidade Federal da Bahia, concedeu a
seguinte entrevista a NOVA ESCOLA.

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Como é feita, hoje, a avaliação de aprendizagem escolar?
A maioria das escolas promove exames, que não são uma prática de avaliação. O ato de
examinar é classificatório e seletivo. A avaliação, ao contrário, diagnóstica e inclusiva.
Hoje aplicamos instrumentos de qualidade duvidosa: corrigimos provas e contamos os
pontos para concluir se o aluno será aprovado ou reprovado. O processo foi concebido
para que alguns estudantes sejam incluídos e outros, excluídos. Do ponto de vista
político-pedagógico, é uma tradição antidemocrática e autoritária, porque centrada na
pessoa do professor e no sistema de ensino, não em quem aprende.

Que métodos devem ser usados?


A avaliação é constituída de instrumentos de diagnóstico, que levam a uma intervenção
visando à melhoria da aprendizagem. Se ela for obtida, o estudante será sempre
aprovado, por ter adquirido os conhecimentos e habilidades necessários. A avaliação é
inclusiva porque o estudante vai ser ajudado a dar um passo à frente. Essa concepção
político-pedagógica é para todos os alunos e por outro lado é um ato dialógico, que
implica necessariamente uma negociação entre o professor e o estudante.

Por que se insiste na aplicação de provas e exames?


Nós, educadores do início do século 21, somos herdeiros do século 17. O modelo atual
foi sistematizado na época da emergência da burguesia e da sociedade moderna. Se
analisarmos documentos daquele tempo, como o Ratio Studiorum, dos padres da ordem
dos jesuítas, ou a Didactica Magna, do educador tcheco Comênio, veremos que o
modelo classificatório que praticamos hoje foi concebido ali. Muitos outros educadores
propuseram coisas diferentes desde então, mas nenhuma dessas pedagogias conseguiu
ter a vigência da pedagogia tradicional, que responde a um modelo seletivo e
excludente. Existem também razões psicológicas para a insistência nos velhos métodos
de avaliação: o professor é muito examinado durante sua vida de estudante e, ao se
tornar profissional, tende a repetir esse comportamento.

Existe alguma justificativa pedagógica para o recurso da reprovação?


Do ponto de vista pedagógico, de fato, não existe nenhuma razão cabível. A reprovação
é um fenômeno que, historicamente, tem a ver com a ideologia de que, se o estudante

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não aprende, isso se dá exclusivamente por responsabilidade dele. As frases
reveladoras são aquelas do gênero "eles não querem mais nada", "não estudam", "não
têm interesse" etc. Muitas outras razões, além do próprio aluno, podem conduzir ao
fracasso escolar, como as políticas públicas que investem pouco no professor e no
ensino, com baixos salários e problemas de infraestrutura. O recurso da reprovação não
existe em sistemas escolares de países que efetivamente investem na qualidade da
aprendizagem.

O que revelam os altos índices de reprovação, sobretudo na 1ª série?


Há aspectos internos e externos à escola. Os externos são a escassez de recursos e as
más condições de ensino. Os fatores internos dizem respeito à relação professor-aluno.
O professor ensina uma coisa, o estudante entende outra; ensina de uma forma e
solicita que seja colocada em prática de outra; ou não usa atividades inseridas no
contexto do aluno. Por exemplo: nas séries iniciais, o programa prevê o aprendizado de
números múltiplos. Então pergunta-se no teste: "Quais os números menores de 200
múltiplos de 4 e de 6?" A parte que fala em "menores de 200" só está lá para confundir
o aluno e complicar a questão. Muitas crianças são reprovadas porque o instrumento de
avaliação é malfeito e as conduz ao erro.

Por que tanta repetência na fase de alfabetização?


Existem estudos estatísticos mostrando que o tempo médio de alfabetização no Brasil é
de 22 meses. Em algumas regiões, alfabetiza-se em seis meses; em outras, demora-se
três anos. Por isso se estabeleceram os ciclos de aprendizagem. Mas não se investiu na
qualidade. Se houvesse esse investimento, um ano de alfabetização seria suficiente.
Aqui na cidade de Salvador há um projeto em que são atendidos meninos que não
conseguiram aprender a ler e escrever em até seis anos. Com uma abordagem correta,
alfabetizaram-se em seis meses. Eu tenho certeza de que qualquer criança com seis
anos e meio ou sete se alfabetiza em um ano.

Até que ponto o sistema de vestibular determina as avaliações escolares hoje?


Vestibular não tem a ver com educação, mas com a incapacidade do poder público de
fornecer ensino universitário para quem quer estudar. Agora, todo o ensino, desde o

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Fundamental, está comprometido com o vestibular. É por isso que é tão comum a
adoção de testes que não medem o aprendizado, mas treinam para responder perguntas
capciosas. Eu proponho que as escolas invistam em uma prática pedagógica construtiva
e paralelamente treinem para o vestibular, com simulados como os feitos pelos
cursinhos. Já existem escolas no Brasil que investem na qualidade de ensino e ao
mesmo tempo conseguem colocar mais de 90% dos seus estudantes na faculdade, sem
necessidade de cursinho.

O que é preciso para planejar a avaliação de um determinado período letivo?


O currículo escolar estabelece conteúdos para cada nível. É um parâmetro que tem de
ser conhecido. Depois é essencial o planejamento de ensino, que direciona a prática
pedagógica. Vamos supor que eu vá ensinar adição. Vou trabalhar o raciocínio aditivo,
fórmulas de adição, propriedades, solução de problemas simples e solução de
problemas complexos. Esse é o panorama que irá assegurar a prática de avaliação. Se o
estudante tem o raciocínio, mas dificuldade de operar, preciso treinar essa fase. Um
planejamento didático consciente prevê a elaboração de instrumentos e a correção deles
quando ela for necessária para a reorientação do curso do aprendizado.

De que forma a preparação do currículo influi nesse processo?


O currículo tem de distinguir e prever o que é essencial. O que for ampliação cultural
deve ser abordado apenas se houver tempo. Muitas vezes o que ocorre é uma distorção:
tomar o livro didático como roteiro de aulas e considerar essencial o que está ali como
ilustração, curiosidade, entretenimento.
O uso de notas e conceitos pode servir a um projeto de avaliação eficaz?
Notas ou conceitos têm por objetivo registrar os resultados da aprendizagem do aluno
por uma determinada escola. Eles expressam o testemunho do educador ou da
educadora de que aquele estudante foi acompanhado por ele ou ela na disciplina sob
sua responsabilidade. O registro é necessário. Afinal, nossa memória viva não é capaz
de reter tantos dados relativos a um estudante, quanto mais de muitos, e por anos a fio.
O que ocorreu historicamente é que notas ou conceitos passaram a ser a própria
avaliação, o que é uma distorção. Se os registros tiverem por objetivo observar o
processo de aprendizagem de cada aluno e sua conseqüente reorientação, eles

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subsidiam uma avaliação formativa. Mas não se esses registros representarem apenas
classificações sucessivas do estudante.

Como avaliar o modo particular como cada um aprende? É possível um


atendimento tão individualizado?
Existe uma fantasia de que, quando se fala de uma avaliação eficiente, estamos nos
referindo ao atendimento de três ou quatro estudantes por vez. Mas os instrumentos de
coleta de dados ampliam a capacidade de observar do professor. Se eu aplico uma
avaliação para 40 alunos, não há mudança do ponto de vista da qualidade. Cada um vai
manifestar sua aprendizagem por meio do instrumento escolhido. Avaliação não
precisa ser por observação direta, mas por instrumentos como teste, questionário,
redação, monografia, participação em uma tarefa, diálogo. Em uma classe numerosa,
não posso usar entrevistas de meia hora para cada aluno. Vou produzir questionários de
perguntas fechadas e trabalhar mais de perto com quem não tiver um desempenho
satisfatório.

Quais são as vantagens e desvantagens dos trabalhos em grupo?


Se a intenção do professor é fazer um diagnóstico do desempenho de cada um, o
trabalho em grupo não vai ajudar muito, porque só avalia o conjunto. Ele é mais útil
como atividade de aprendizagem ou construção de tarefa. Por outro lado, o trabalho em
grupo favorece o crescimento do indivíduo entre seus pares.

Avaliação envolve um alto grau de subjetividade. Como evitar ou atenuar isso?


Há dois aspectos a considerar. Um é que o professor precisa estar honestamente
comprometido com o que acredita, e isso é uma atitude subjetiva, não tem jeito. Outro
aspecto é psicológico e exige autotrabalho para não deixar que questões pessoais
interfiram nas profissionais. Evitar a subjetividade, nesse sentido, tem a ver com cuidar
de si mesmo e do cumprimento de seus compromissos.

Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/avaliacao/cipriano-carlos-luckesi-424733.shtml

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4.2 - Etapas da avaliação

As etapas da avaliação decorrem a partir dos seguintes critérios:

Determinar o que vai ser avaliado.

Nessa etapa, o professor deve indicar claramente quais


são as dimensões que irá avaliar: Aquisição dos
conhecimentos, de atitudes, de habilidades etc. Por exemplo: o
aluno deverá escrever uma redação com base em um texto
estudo em sala. Sendo assim, as dimensões avaliadas serão: a
capacidade de recordar dos fatos, a coerência do texto, a
síntese das ideias e a conclusão analítica.

Saber o que vai ser avaliado na prova em questão, é muito importante para o
desenvolvimento das etapas posteriores, pois as dimensões a serem avaliadas
determinam o tipo de atividade avaliativa.

Estabelecer os Critérios e as Condições para Avaliação.

Os critérios são os indicadores de êxito da avaliação (não confunda critérios


com conceito ou nota). Os critérios devem ser precisos e objetivos para não margem à
subjetividade. Em algumas ocasiões, pode ser difícil estabelecer os critérios,
principalmente em provar dissertativas. Para isso, o professor deve estar estabelecer o
que de importante é colocado pelo aluno.

As condições são as situações em que o processo de avaliação ocorre. Podemos


avaliar cotidianamente, em situações nas quais os alunos não sabem que estão sendo
avaliados. Pode-se avaliar em condições de prova, onde o comportamento e as tarefas
são diferentes e o aluno tem ciência que está sendo avaliado.

Seleção de Técnicas e Instrumentos de Avaliação.


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Existem técnicas apropriadas de acordo com cada disciplina. Não é possível, por
exemplo, mensurar a escrita do aluno, aplicando e avaliando um teste objetivo.

Realizar a aferição dos resultados.

Consiste em verificar os resultados alcançados. Aqui convém dizer, que essa


aferição é qualitativa. A conclusão dos resultados servirá para basear os trabalhos
futuros.

Técnicas e instrumentos de avaliação

São variados os instrumentos e técnicas de avaliação. Ao escolher uma técnica


ou instrumento de avaliação, deve se ter, portanto, o tipo de habilidade que se deseja
verificar no aluno. De acordo com a classificação de Benjamin Bloom, teórico que
desenvolveu a taxonomia dos objetivos educacionais, essas habilidades se dividem em:

• Conhecimento: Envolve a evocação de informações. Nessa categoria, estão os


conhecimentos de critérios, fatos, datas, teorias, conceitos etc. Há a reprodução
do que foi ensinado através da memorização.

• Compreensão: Refere-se ao entendimento da mensagem transmitida. No nível


de compreensão o aluno não deve apenas repetir o que lhe foi passado, deve
também explicar de sua própria maneira os conceitos.

• Aplicação: Refere-se à habilidade de abstração. O aluno deve ser capaz de


solucionar algum problema utilizando o método aprendido e este problema deve
ser inédito para que o aluno não use apenas a memória.

• Análise: Refere-se à habilidade de desenrolar um assunto. Para isso, o aluno


deve saber utilizar as habilidades, de compreensão, aplicação e conhecimento.

41
• Síntese: Refere-se à habilidade de combinar os elementos para formar um todo.
Na síntese as ideias expostas, os alunos devem seguir uma ordem e apresentar
coerência entre si. Não existe apenas uma resposta correta. Engloba também a
capacidade criativa e as particularidades do aluno.

• Avaliação: Refere-se à habilidade de argumentar e fazer julgamento sobre um


assunto com um determinado propósito. O aluno deve ser capaz de justificar a
posição por ele assumida, através do raciocínio e dos argumentos. Também não
há apenas uma resposta correta.

As técnicas e instrumentos de avaliação podem ser classificadas como medidas


de rendimento escolar e medidas de desenvolvimento escolar.

Medidas de rendimento escolar

As medidas de rendimento escolar visam verificar a quantidade de


aproveitamento que o aluno apresenta por meio de provas objetivas (onde há apenas
uma resposta correta) e provas subjetivas (prova que oferece ao aluno oportunidade de
apresentar as repostas corretas por seu ponto de vista).

Medidas de Desenvolvimento Escolar

As medidas de desenvolvimento escolar visam verificar o desenvolvimento do


aluno em seus diferentes aspectos (ajustamento pessoal-social). Podem ser realizados
através da observação, de entrevista, questionários, autoavaliação e outros meios que
permitam avaliar o desenvolvimento do aluno.

Reforço e recuperação

Quando professor percebe que, apesar de todos os esforços, o aluno não


alcançou os objetivos fundamentais, inicia-se o processo de recuperação. Quando o

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aluno apresenta uma grande defasagem, este não terá mais condições de acompanhar a
programação regular, por isso há necessidade de atividades especiais para ajudá-lo.

Analisando os resultados da avaliação, o professor consegue perceber quais são


as principais dificuldades e determina em que área deve ter mais foco. Por isso, a
importância de uma avaliação contínua e sistemática para detectar os problemas na
medida em que forem ocorrendo. No momento em que forem percebidas as
dificuldades, o professor já deve intervir, para que os alunos com dificuldades consigam
acompanhar os demais.

As principais maneiras de realizar o reforço são:

• Intensificar os exercícios;

• Concentrar mais atenção nos aspectos deficientes;

• Promover tarefas e estudos individuais;

• Organizar grupos de estudos;

• Incentivar os alunos que já realizaram a aprendizagem a auxiliar aqueles que


ainda apresentam dúvidas;

Se mesmo com essas medidas, os alunos ainda continuarem a apresentar


dificuldades, recorre-se à recuperação. Essa recuperação normalmente acontece em um
período diferente do período de aula. Ocorrem em data determinadas, com uma
programação diferenciada. Não se trata de repetir as aulas ou atividades já realizadas
anteriormente. Devem ser criados métodos diferenciados para o atendimento das
dificuldades.

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A motivação da aprendizagem

A motivação consiste em estimular e incentivar, além de favorecer o


aprendizado, tornando-o mais eficaz e significativo. Os recursos didáticos, a
metodologia, o conteúdo, as atividades práticas e exercícios são valiosas fontes de
incentivo. Entretanto, a maior fonte de incentivo é o próprio professor.

Os próprios alunos demonstram clara preferência pela disciplina do professor


que é amigo e incentivador e demonstram menos preferência por aquelas matérias, nas
quais os professores são antipáticos, ou quando ocorre situações desagradáveis. Deve-se
lembrar de que, mesmo que não queira, o professor é tido como modelo pelo aluno. Os
alunos costumam desenvolver apego, afeição e admiração por seus mestres.

O aluno, por sua vez, precisa a todo o momento de aprovação por parte do
professor. A relação entre aluno e professor influencia diretamente o desempenho
escolar. O aluno está em desenvolvimento e precisa se sentir seguro, ou seja, perceber
que a escola é um local de confiança.

A criança que chega à escola, leva consigo todas as suas expectativas,


frustrações, dificuldades familiares e percebe na escola um local seguro onde poderá
desabafar todos esses sentimentos. Não é raro que os alunos façam confissões e relatos
sobre sua vida aos professores.

Muitas pesquisas revelam que os alunos não consideram o professor com


técnicas mais refinadas o melhor, mas sim, o professor que encanta a classe pelo seu
entusiasmo, sua compreensão e seu diálogo com os alunos.

O professor deve descobrir quais são as estratégias e recursos que fazem com
que o aluno queira aprender, ou seja, deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta
motivado a aprender.

Veja abaixo, algumas dicas para colocar essas estratégicas em prática.

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• Dar tratamento igual a todos os alunos, nada de dispensar melhor tratamento aos
alunos tidos como “avançados” ou com mais facilidade no aprendizado;

• Aproveitar as vivências que o aluno já tem e traz para a escola na hora de


selecionar os temas que serão trabalhados em sala de aula;

• Mostrar-se disponível para o aluno, ou seja, mostrar que ele pode contar sempre
com o professor para esclarecimento da matéria;

• Ser paciente e compreensivo com o aluno;

• Procurar elevar a autoestima do aluno, estimulando-o e reconhecendo seus


esforços;

• Utilizar métodos e estratégias variadas e propostas de atividades desafiadoras;

• Manter sempre um bom relacionamento com o aluno e um clima de harmonia;

• Saber realmente ouvir o aluno;

• Ridicularizá-lo jamais, não existem dúvidas tolas;

• Mostrar para o aluno que o papel do professor é fazer a diferença em sua vida.

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4.3 - Planejamento de atividades para crianças com necessidades
especiais

O planejamento da educação não


é uma tarefa fácil. Na educação especial
se torna ainda mais trabalhosa e
complexa por ser um planejamento
individualizado e específico. O
propósito desse tópico é amenizar as
inseguranças do professor, realizando
algumas orientações práticas.

Para iniciar o planejamento de Educação Especial, o professor, em primeiro


lugar, deve conhecer o seu aluno para criar estratégias que garantam a aprendizagem. A
educação especial é assunto sério, não apenas uma maneira de o aluno passar tempo.

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Para incluir de verdade os alunos com necessidades educacionais especiais, é
preciso conhecer as características de cada síndrome ou deficiência, pois cada uma tem
a sua particularidade.

Conheça a seguir as definições e características das síndromes e deficiências


mais frequentes na escola.

Deficiência

Deficiência significa desenvolvimento insuficiente. Pode ser uma condição que


afete a mobilidade e a coordenação motora geral de membros ou da fala. As deficiências
também podem ser causadas por lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas,
más-formações congênitas ou por condições adquiridas.

Exemplos: amiotrofia espinhal (doença que causa fraqueza muscular),


hidrocefalia (excesso do líquido que serve de proteção ao sistema nervoso central) e
paralisia cerebral (desordem no sistema nervoso central). Essas deficiências exigem, por
parte dos professore, cuidados específicos em sala de aula.

Características das deficiências

Em caso de deficiências motoras, é comum a ocorrência de dificuldades


referentes à escrita, mas a linguagem é adquirida normalmente (exceto nos caso de
deficiências da fala). Os deficientes motores normalmente utilizam algum equipamento
de locomoção como cadeira de rodas ou muletas.

Outros alunos apenas precisarão de apoios especiais e materiais escolares


adaptados, como apontadores, suportes para lápis, lápis mais grossos, tesouras sem
ponta etc. A escola precisa ter elevadores ou rampas. É importante que haja algum
funcionário que tenha força para acompanhar a criança na hora de ir ao banheiro.

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Nos casos de hidrocefalia, é preciso observar sintomas como vômitos e dores de
cabeça, que possam indicar problemas com a válvula implantada na cabeça. Enfim é
preciso observar o comportamento em geral do aluno.

Paralisia cerebral

A paralisia cerebral é uma lesão no sistema nervoso central causada, na maioria


das vezes, por uma falta de oxigênio no cérebro do bebê durante a gestação, ao nascer
ou até dois anos após o parto. Na maioria dos casos, a paralisia vem acompanhada de
um dano intelectual.

A sua principal característica é a espasticidade, que se trata de um desequilíbrio


na contenção muscular que causa tensão. A criança apresenta dificuldades para
caminhar, problemas de locomoção motora, na força, no equilíbrio e na fala.

Também pode ser necessário material escolar adequado, como canetas e lápis
mais grossos - uma espuma em volta deles presa com um elástico costuma resolver.
Utilize folhas avulsas, mais fáceis de manusear que os cadernos.

Esses alunos devem se sentar nas primeiras carteiras e o professor deve escrever
as palavras no quadro com uma letra grande. Se ele não consegue falar e não utilizar
outros meios alternativos como uma prancha própria de comunicação, providencie uma
com desenhos ou fotos por meio dos quais poderá se estabelecer uma comunicação
satisfatória. Pode-se utilizar uma cartolina com o alfabeto, e palavras como sim, não,
fome, banheiro etc. Pode ser que esse aluno tenha um cuidador para alimentá-lo e levá-
lo ao banheiro.

Deficiência visual

É uma condição apresentada por quem tem baixa visão ou cegueira, que leva à
necessidade de usar o braile para ler e escrever. A deficiência visual pode ser congênita

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ou advinda de doenças graves na vista. Muitas vezes, essa deficiência pode ser corrigida
pelo uso de lentes.

No caso de a escola não possuir infraestrutura para acomodar esses alunos,


procure orientar o aluno para se locomover. A colocação de faixas para dar contraste a
algum de nível que possa ter na sala de aula, por exemplo. Aconselhe os outros alunos
não deixarem mochilas ou objetos no chão.

Para os que possuem baixa visão, coloque-os nas primeiras carteiras da sala. Se
ainda assim o aluno não conseguir ler o que está escrito na lousa, uma sugestão é
providenciar livros e textos com letras grandes. Os colegas de sala também poderão
ajudar os alunos que têm mais dificuldades.

Deficiência auditiva

Condição causada por má formação no ouvido, congênita ou causada por


doenças infecciosas. Pode apresentar diferentes graus de intensidade (leve, moderada,
severa ou profunda). Quanto maior for o grau, mais difícil é o desenvolvimento da
linguagem.

O aluno desenvolve a linguagem usando aparelho auditivo ou passando por


acompanhamento, mesmo os alunos com grau profundo de surdez são capazes de falar.
O apoio da família e do professor é fundamental para o desenvolvimento da linguagem.
Ainda há outras alternativas, por exemplo, o aluno pode falar por meio da Língua
Brasileira de Sinais (Libras).

O estudante que tem perda auditiva também demora mais para se alfabetizar.
Procure falar perto e de frente para ele. Aposte também no uso de recursos visuais e na
diminuição de ruídos, o ideal é ter a presença de um intérprete de Libras.

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Deficiência múltipla

É a ocorrência de duas ou mais deficiências. Por exemplo, aluno com deficiência


intelectual e auditiva, visual e motora etc. Uma das mais comuns nas salas de aula é a
surdo-cegueira.

A surdo-cegueira é a perda auditiva e visual simultânea e em graus variados. A


diferença de um cego ou surdo para um surdo-cego é que este não tem consciência da
linguagem e, portanto, não aprende a se comunicar de imediato. Normalmente, a criança
tem comportamento distinto, como hiperatividade ou isolamento.

A grande dificuldade das crianças surdo-cegas está, justamente, em desenvolver


um modo de aprendizado que compense a desvantagem visual e auditiva e permita o
relacionamento com o mundo. Por isso, é preciso criar outras formas de comunicação e
de exploração com o mundo. Uma das alternativas de comunicação para os surdo-cegos
pós-simbólicos consiste no sistema Tadoma, também conhecido como Braille Tátil.
Nessa técnica, a pessoa utiliza as mãos para sentir os movimentos da boca, do maxilar e
a vibração da garganta do falante, assim consegue interpretar o que é dito.

Deficiência intelectual

É considerado deficiente intelectual, o aluno que apresenta funcionamento


intelectual inferior à média (QI), que se manifesta antes dos 18 anos. Está associada a
limitações adaptativas em pelo menos duas áreas de habilidades (comunicação,
autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança). A causa mais comum da
deficiência intelectual é a síndrome de Down.

Síndromes

As Síndromes são uma série de sinais, sintomas e características, que variam


entre os atingidos por ela.

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Síndrome de Down

Além do déficit cognitivo, a


criança com síndrome de Down
apresenta dificuldades de
comunicação e a hipotonia (redução
do tônus muscular). Quem tem a
síndrome de Down também pode
sofrer de problemas na coluna, na
tireoide, nos olhos, no aparelho
digestivo, entre outros. Muitas vezes, nasce com anomalias cardíacas, solucionáveis
com cirurgias.

Procure sempre repetir as informações para o aluno com síndrome de Down de


forma clara e precisa, pois ele demora mais para aprender. O uso de recursos visuais e
gestuais é bom porque facilitam a compreensão.

Uma dificuldade de quem tem a síndrome é cumprir regras, pois em casa a


família não costuma repreender. Portanto desde o primeiro dia de aula, estabeleça regras
de conduta. Eles têm que obedecer aos combinados como todos os demais.

Planeje pausa entre as atividades, pois muitos não conseguem ficar muito tempo
no mesmo lugar ou dentro da sala de aula. Valorize sempre o esforço desse aluno, para
que ele se sinta acolhido e parte da classe.

TGD

Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são distúrbios que


começam a se manifestar bem no início da infância, nos primeiro cinco anos. Crianças
com TGD têm dificuldade de iniciar e manter uma conversa, não gostam de ser tocadas
e nem observadas.

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Os TGDs englobam síndromes como as de Asperger, de Kanner e a de Rett.

Autismo

O autismo é um transtorno com influência


genética, causado por alterações em partes do cérebro,
que se manifestam antes dos três anos de idade e é
quatro vezes mais comuns em crianças do sexo
masculino. O aluno autista apresenta dificuldades de
interação social, de comportamento e de comunicação
(atraso na fala) e em alguns casos deficiência
intelectual.

Crie situações que possibilitem a interação com ou outros alunos. Às vezes, a


criança pode apresentar comportamento agressivo, portanto é preciso ter paciência.
Avise quando a rotina mudar, pois alterações no dia a dia não são bem-vindas.

Síndrome de Asperger

É uma síndrome que se assemelha ao autismo e está dentro dos TGD’s –


Transtornos Globais do Desenvolvimento. As crianças que possuem essa síndrome têm
foco restrito de interesse, quando gostam de um assunto só fala nele o tempo todo. Siga
com as mesmas recomendações das crianças autistas.

Síndrome de Willians

A criança portadora dessa síndrome apresenta dificuldades motoras e de


orientação espacial. Possuem grandes interesses na música, têm facilidade de
comunicação e são muito amáveis. Na sala de aula, desenvolva atividades com música
para chamar a atenção da criança.

52
Programação individual

Como se pôde observar, cada criança apresenta uma característica diferente.


Com base nessas informações, é preciso saber que o planejamento das aulas deve ser
feito pensando em cada criança de acordo com suas necessidades, possibilidades, ritmo
e particularidades.

Com base no seu planejamento, o professor prepara as aulas e procura seguir a


programação normal, mas precisa fazer as adequações necessárias. O ideal é que a
programação das atividades dentro da Educação Especial seja realizada por uma equipe
multiprofissional com base nos relatórios médicos.

O que o professor deve considerar é que cada aluno, sendo especial ou não, vai
aprender em um ritmo próprio e que respeitar a evolução dos alunos garante o avanço
deles.

Na Educação Especial, o tempo das atividades deve ser flexibilizado, pois o


aluno vai precisar de um tempo maior para aprender um determinado conteúdo. O aluno
pode também precisar de prazos maiores para a entrega das atividades, para tanto, o
auxílio da família é importante.

Na Educação Especial, é importante dar ênfase às atividades, pois a criança


especial aprende através de tarefas. É importante manter o aluno ocupado com
atividades diversificadas, pois a repetição levaria ao aborrecimento e à monotonia. Na
escola deve haver materiais fartos, variados e especializados para a multiplicação da
ação educativa. Sem material adequado, as atividades ficam limitadas.

Nas aulas, os conteúdos de ensino devem ter maior desdobramento dos


objetivos. Faça um maior detalhamento das atividades, para que alunos tenham um
aproveitamento escolar satisfatório.

53
É desejável para esse aluno, desenvolver um nível de adaptação social, para
tanto, promova a interação dele com os demais alunos. Explique para os alunos sobre as
necessidades especiais desse aluno. Tente fazer isso com naturalidade, pois assim, os
alunos o tratarão da mesma forma, isso fará com que todos os alunos se sintam mais à
vontade.

Áreas, objetivos e conteúdos da educação especial.

Nesse trecho, será apresentado um esquema de áreas, objetivos propostos para a


Educação Especial, com indicação de atividade e atitudes determinadas para o
desenvolvimento de cada área. O propósito desse esquema é mostrar como estimular as
diversas áreas de desenvolvimento. Também orientar as atividades individuais baseadas
nas particularidades do aluno.
Áreas perceptivas

Área de percepção visual

Objetivo: Interpretar os estímulos visuais.

Atividades sugeridas:

• Diferenciar as cores;
• Classificar objetos pela sua forma;
• Identificar os erros dos desenhos;
• Identificar as semelhanças e detalhes em objetos e desenhos;

Área de percepção auditiva

Objetivo: Interpretar os estímulos auditivos.

Atividades sugeridas:

54
• Reproduzir canções;

• Discriminar a intensidade dos sons;

• Diferenciar os sons produzidos pelos animais, pela natureza, pelo próprio


corpo e por diferentes instrumentos;

Área de percepção tátil

Objetivo: Interpretar adequadamente os estímulos táteis.

Atividades sugeridas:

• Diferenciar os cheiros;

• Reconhecer partes do corpo pelo tato;

• Diferenciar as texturas e temperaturas;

• Diferenciar os sabores.

• Diferenciar as formas geométricas;

Área de percepção espacial

Objetivo: Interpretar adequadamente as diversas posições dos objetos no espaço.

Atividades sugeridas:

• Compreender uma bússola;

• Diferenciar formas geométricas de duas dimensões;


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• Diferenciar lugares, casas, ruas, cidades, entre outros;

• Diferenciar a esquerda da direita;

• Solucionar quebra-cabeças;

• Diferenciar os objetos de diferentes tamanhos (pequeno, médio, grande);

Área de percepção temporal

Objetivo: Interpretar a realidade da passagem do tempo através da discriminação


de conceitos temporais.

Atividades sugeridas:

• Aprender a ler o relógio;

• Compreender os conceitos de século, década, ano, entre outros;

• Compreender o conceito de estações do ano;

• Compreender o conceito de dias, semana, mês;

• Diferenciar ontem, hoje e amanhã;

Área motora (movimento e coordenação)

Objetivo: Dominar as diversas etapas de aquisição da marcha, limites do corpo e


coordenação motora em geral. Controlar a postura e agilidade e adquirir independência.

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Atividades sugeridas:

• Realizar atividades de movimentos em


geral como: correr, saltar, agachar,
arremessar objetos etc.;

• Participar de jogos e esportes;

• Andar de bicicleta.

Hábitos de independência pessoal:

• Beber em um copo sozinho;

• Comer sozinho usando uma colher;

• Calçar os sapatos;

• Escovar os dentes;

• Controlar os esfíncteres;

• Vestir roupas;

• Aprender normas de convivência.

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Conhecimento do corpo:

• Realizar desenhos de pessoas;

• Aplicar os conceitos de esquerda e direta em objetos;

• Aprender sobre o funcionamento dos órgãos do corpo.

Coordenação manual:

• Realizar oposição digital;

• Coordenar os movimentos digitais encaixando objetos, enrolando papel,


trançando barbantes etc.

Coordenação grafo - manual;

• Traçar linhas seguindo direções;

• Desenhar objetos;

• Reproduzir figuras geométricas;

• Preencher espaços;

• Unir pontos.

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Área verbal

Objetivo: Assimilar a linguagem e desenvolver a fala de forma compreensível.

Atividades sugeridas:

• Diferenciar seu próprio nome dos demais;

• Entender ordens;

• Explicar o significado de frases;

• Resumir a explicação de um texto;

• Reconhecer os objetos pelo nome;

• Compreender as palavras abstratas;

• Aprender a ler corretamente;

• Diferenciar as vogais das consoantes;

• Expressar-se verbalmente de forma correta, articulação, ritmo e tom;

• Adquirir fluência verbal;

Outras áreas cognitivas

Objetivos: Desenvolvimento cognitivo geral.

Atividades sugeridas:

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• Recordar itinerários;

• Recordar figuras vistas em gravuras;

• Recordar e repetir os números;

• Manter atitude emocional regular;

• Compreender as consequências futuras;

• Superar conflitos;

60
Encerramento

As questões que permeiam o planejamento


de ensino não se esgotam aqui, já que a escola está
diretamente ligada com a história da humanidade. A
sociedade está sempre em movimento, sua realidade
é dinâmica e sofre constantes transformações.

Enceramos esse curso sobre planejamento de


ensino e suas questões, esperando que as principais
dúvidas tenham sido esclarecidas. Que as diretrizes e
ações do planejamento possam auxiliá-lo na
profissão de educador. Esse não é um trabalho fácil,
ele se baseia no planejamento e não se encerra nele.
Porém, é o planejamento que vai orientar, reorientar e mostrar novos horizontes,
norteando a prática pedagógica, através de seus resultados e reflexões.

Finalizamos com um pensamento de que “não somos pescadores domingueiros,


esperando peixe. Somos agricultores, esperando a colheita, porque queremos muito,
porque conhecemos as sementes, a terra, os ventos e a chuva, porque avaliamos as
circunstâncias e porque trabalhamos seriamente”. (Danilo Gandin)

Boa sorte!

61
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