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1 – INTRODUÇÃO
O trânsito no Brasil vem aumentando a cada ano que passa e os números de acidentes
são conseqüências desse crescimento, por ser um tema pouco abordado pela coletividade e
pelas autoridades, o trânsito não está sendo considerado importante para a sociedade.
O Código de Trânsito Brasileiro – CTB atribui uma grande responsabilidade que não é
cumprida pelos municípios, por meio da municipalização do trânsito, para que haja uma
ordem no trânsito e seja mais seguro, reduzindo assim as estatísticas de acidentes que há nele.
2 – TRÂNSITO
2.1 – DEFINIÇÃO
Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou
em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e
operação de carga ou descarga.
Quando nos referimos ao trânsito muitas são as dúvidas relacionadas a ele, por
exemplo, ao associarmos o trânsito com veículo, trânsito de veículos não motorizados, a
circulação de pedestres, entre outros.
1
Vasconcellos, Eduardo A.O que é trânsito. 3º ed. Editora Brasiliense, São Paulo, 1998. p. 07.
2
Santos, Wilson Barros. ABC da Municipalização do Trânsito. Pernambuco: Livro Rápido, 2005. p. 19.
14
Pode-se definir os principais fatores que geram conflitos existentes no trânsito, como à
não observância das leis do trânsito pelos condutores e falta de interesse das autoridades do
poder público.
Todo esse ordenamento jurídico específico de trânsito tem como finalidade mantê-lo
em condições seguras para todos os membros da sociedade, sendo condutores ou pedestres.
3
Santos, Wilson Barros. ABC da Municipalização do Trânsito. Pernambuco: Livro Rápido, 2005. p. 17.
15
Outras legislações, embora não sejam sobre trânsito, são utilizadas para solucionar
alguns conflitos que são gerados no trânsito, como por exemplo, o emprego do Código Civil
para resolver as lide de indenizações e reparações de danos que surgem no trânsito.
O atual CTB em seu art. 341 revogou o código anterior, Lei 5.108/66, ampliando a
aplicabilidade das normas de trânsito em todas as vias terrestres do território nacional,
inclusive via interna como condomínio fechado.
3.1 – CONCEITO
3.2 – OBJETIVOS
O SNT é responsável por realizar uma padronização de ações de seus órgãos, mediante
fixação de normas e procedimentos relativos a critérios técnicos, financeiros e administrativos
para a execução das atividades de trânsito para que não haja controvérsias entre as ações de
seus órgãos.
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O SNT ainda realiza um trabalho de integração de seus órgãos para que haja uma
maior facilidade na comunicação dos mesmos e que suas decisões e processos se realizem
mais eficientemente.
3.3.1 – Conselhos
Com sua sede em Brasília, DF, o CONTRAN é órgão máximo normativo, consultivo e
coordenador da Política de Trânsito e do Sistema Nacional de Trânsito.
Algumas das principais atividades específicas dos CETRAN são: cumprir a fazer valer
as normas de trânsito vigentes; elaborar normas de trânsito de acordo com sua competência;
estimular e orientar a realização de campanhas educativas de trânsito; dirimir conflitos sobre a
circunscrição e competência de trânsito no âmbito municipal e enviar relatórios de suas
atividades ao CONTRAN.
3.3.2 – Órgãos e Entidades Executivos de Trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios
A Polícia Militar Estadual exerce um apoio aos órgãos de trânsito e de acordo com
convênios firmados ela pode adquirir competência de executar a fiscalização de trânsito,
como agente do órgão ou entidades executivas de trânsito ou executivas rodoviárias,
juntamente com os demais agentes credenciados.
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas
atribuições;
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de
animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dispositivos e os
equipamentos de controle viário;
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Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no
âmbito de sua circunscrição:
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas
atribuições;
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de
animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dispositivos e os
equipamentos de controle viário;
IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os acidentes de trânsito e suas
causas;
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia ostensiva de trânsito, as
diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito;
VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas administrativas
cabíveis, por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas neste
Código, no exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito;
VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa, por infrações de
circulação, estacionamento e parada previstas neste Código, notificando os infratores
e arrecadando as multas que aplicar;
VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas administrativas cabíveis
relativas a infrações por excesso de peso, dimensões e lotação dos veículos, bem
como notificar e arrecadar as multas que aplicar;
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, aplicando as penalidades
e arrecadando as multas nele previstas;
X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento rotativo pago nas vias;
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Os municípios devem cumprir suas atribuições no trânsito para que possa oferecer
segurança à população, zelando pelo cumprimento das normas de trânsito.
4
Artigo 24 II do Código de Trânsito Brasileiro.
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Por meio de ações no trânsito pelo executivo pode-se ter uma melhor fluidez do
tráfego nas vias quando este é organizado e planejado.
Os dados estatísticos demonstram um crescimento ano pós ano, e para que isso
diminua não depende somente da fiscalização e dos órgãos competentes. Manter as vias em
condições seguras, não são suficientes, temos que analisar o perfil de condutores e de
pedestres.
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7% 6%
12% Falhas Humanas
Falhas Mecânicas
Outas Causas
Condições das Vias
75%
Após estudos sobre os acidentes, foi instituída uma política de “Direção Defensiva”5,
voltada para os condutores com o intuito de reduzir nas estatísticas os motivos de acidentes
causados por motoristas, que representa boa parte dos acidentes.
A pena consiste numa sanção imposta pela autoridade competente após um ato ilícito
pelo agente. São modalidades de sanções admitidas em nosso ordenamento jurídico as
privativas de liberdade, restritiva de direito, multa e advertências. O tipo de sanção aplicada
varia do ato, infração ou crime, que o agente praticou.
5
O Manual de Formação de Condutores Veicular define Direção Defensiva como “o modo de dirigir para evitar
acidentes, apesar das ações incorretas dos outros e das condições adversas”, ou seja, o condutor deverá dirigir
observando as leis de trânsito, planejando todas as ações pessoas com antecedência, afim de prevenir-se contra o
mal comportamento de outros condutores e as condições adversas.
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Além da esfera administrativa temos a esfera penal aplicam-se as penas pelos órgãos
do judiciário, com penas mais rígidas por serem considerados, os atos dos condutores, crime.
Na esfera civil, as penas impostas pelo judiciário são apenas reparações de danos
materiais causados nos acidentes de trânsito, ou mesmo indenizações decorrentes destes
acidentes.
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5 – DA MUNICIPALIZAÇÃO DO TRÂNSITO
5.1 – SIGNIFICADO
Como visto apenas 10% dos municípios do país tem seu trânsito municipalizado e
ainda a maioria destes que estão municipalizados não cumprem as atribuições legais,
deixando assim de ser feito uma melhoria no trânsito do país e, por conseguinte na qualidade
de vida das pessoas.
Para atuar no trânsito o município deve se cadastrar e esperar a homologação por parte
do DENATRAN para definitivamente pertencer ao Sistema Nacional de Trânsito e exercer as
funções previstas no Código de Trânsito Brasileiro.
Além dos muitos benefícios que a população terá com a municipalização do trânsito, o
município poderá demonstrar sua capacidade de administrar o trânsito e prover a segurança da
população.
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A municipalização por ser uma obrigação dos municípios deve ser cobrada pela
população, pois visa diretamente uma melhora do sistema de trânsito e gera um beneficio real
a todos, como a redução dos acidentes, a fluidez das vias públicas entre outros.
O município poderá analisar melhor os problemas e optar por melhores soluções para
os mesmos, visto que em contato direto com a situação.
Com a municipalização existe uma possibilidade no aumento das receitas que poderá
ser implantados serviços de estacionamento rotativo regulamentado, aplicações de multas de
competência municipal, taxa de remoção de veículos, entre outros. Haverá também,
conseqüências como a redução dos acidentes de trânsito, reduzindo os gastos com o serviço
público de saúde.
6
Departamento Nacional de Trânsito – DETRAN. http://www.detran.gov.br. Acesso em: 7 de Julho de 2007.
7
Em 2007 foi criada a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito – SEMTTRAN, que passou a ter as
mesmas funções que haviam sido atribuídas ENTUR, apesar de ter sido extinta a ENTUR, pode-se encontrar no
site do DETRAN como órgão responsável pelo Trânsito em Cacoal.
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6 – O TRÂNSITO EM CACOAL
Na obra Cacoal: sua História sua Gente da Maria de Lourdes Kemper pode-se
conhecer os aspectos histórico-cultural e estatísticos de Cacoal-RO, inclusive os dados sobre o
trânsito deste município.
No início do século XX, toda a região de Cacoal era uma imensa floresta habitada por
povos indígenas. A partir do ano de 1909, com a ocupação da região por frentes de
colonização gerou fortes impactos sociais, econômicos e culturais, com ênfase na degradação
do habitat natural e a expulsão dos tradicionais habitantes os índios.
pela Comissão de Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon para a instalação da linha
Telegráfica, conforme relatos da história de Rondônia.
No ano de 1984, Josino Brito, o primeiro prefeito de Cacoal, foi responsável por
inúmeras obras fundamentais para a consolidação e desenvolvimento de nosso Município. O
prefeito Josino apresentou um convênio de Cooperação Técnica entre: A Secretaria de
Articulação, os Estados e Municípios – SAREM, a Secretaria de Planejamento da Presidência
da República – SEPLAN – PR e a Prefeitura Municipal de Cacoal, consubstanciou as
decisões de elaboração do Plano Diretrizes Urbanísticas do Município de Cacoal.
No levantamento dos problemas urbanos da época constatou-se que a via mestra que
deu origem à cidade de Cacoal foi a BR-364, que ao penetrar no perímetro urbano passou a se
dominar a Av. Castelo Branco. E que ao longo das avenidas 7 de Setembro, Porto Velho e 2
de Junho, entre as Ruas, Marginal e Pioneiros onde em dias atuais continuam concentrados os
principais comércios da cidade, as vias eram largas medindo aproximadamente 30 metros de
largura, sendo que somente um dos lados era pavimentado, com asfalto ou pedra. O outro
lado, de terra, servia para estacionamento, parada de táxi e circulação de pedestres.
Quando o Plano Diretriz foi elaborado não existia nenhum controle nem legislação
específica para ordenar o tráfego e separar os modos de transportes. Misturavam-se carretas,
caminhões e ônibus com automóveis, carroças, motos, grande quantidade de bicicletas,
pedestres e carrinhos de mão. Os veículos estacionavam em qualquer ponto, inclusive na
estreita faixa do rolamento e a carga e descarga para lojas era feita em qualquer horário. O
movimento de carretas e caminhões pesados era muito grande, não havia preocupação com o
alinhamento das edificações e dos postes, dando a impressão de que as ruas eram tortas. O
aspecto destas avenidas principais era de desorganização.
Após análise dos problemas urbanos, foi elaborada a seguinte proposta de Diretrizes
Urbanas em relação ao trânsito da cidade de Cacoal.
Para que a população urbana e rural fosse bem atendida, foi determinada a
pavimentação asfáltica das vias e serviços de transporte coletivos. Foram propostos quatro
percursos distintos, sendo que, os veículos que circulassem por cada um destes percursos,
deveriam ser pintados e tarjados com cores diferenciadas.
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O sistema viário foi estruturado em função do uso atual das vias e dos acessos a
cidade, definidos pelo DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem). As vias
foram classificadas em vias principais, vias coletoras, vias especiais e vias locais.
Todas estas vias foram elaboradas para que o trafego das zonas urbanas e rurais
fluíssem melhor, sendo que, a maior parte destas pavimentações foram concluídas em 2004,
ou seja, 10 anos depois da elaboração do Plano Diretriz.
Conforme dados do IBGE8 de 2006, Cacoal possui 76.417 habitantes sendo que, 70%
residem na área urbana e há uma predominância da população masculina sobre a feminina. A
densidade demográfica é de 20,06 habitantes por km².
Cacoal ostenta um grande índice de acidentes, nos primeiros oito meses de 2006 foram
registrados 346 acidentes de trânsito, havendo sete vítimas fatais e 191 feridos, destes
acidentes, 70% são motociclistas, que também representam o maior índice de vítimas.
Grande parte dos acidentes de Cacoal são gerados pelos condutores, por isso foi criado
a Comissão Pró-Vida, que por meio de suas ações como palestras em escolas, visam criar uma
conscientização aos motoristas e aos pedestres dos perigos no trânsito.
8
IBGE. http://www.ibge.gov.br/cidadesat/xtras/perfil.php?codmun=110004&r=2. Acesso dia 7 de Maio de
2007.
9
A recém criada SEMTRAN – Secretária Municipal de Trânsito de Cacoal-RO está fazendo um estudo sobre os
acidentes de 2007.
38
As análises sobre as causas de acidentes foram feitas em 1984 com o Plano Diretor,
algumas dessas causas foram sanadas e outras surgiram desde aquela época.
O poder público municipal colabora para que haja acidentes, por ser omisso com
relação ao trânsito, por exemplo, não oferecendo manutenção nas vias públicas e sinalizações.
65% Outros
7%
Não Informado
Muitos dos nossos condutores são imprudentes, conforme uma observação no trânsito
de Cacoal constatou que muitos deixam de utilizar os equipamentos básicos de segurança
como capacete e o cinto de segurança, que são exigidos por lei, outros motoristas abusam do
excesso de velocidade, fazem manobras no trânsito de forma perigosa e não respeitam a
sinalização.
Segundo o CTB, define vias como a “superfície por onde transitam veículos, pessoas e
animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central”, assim
podemos considerar vias públicas como qualquer lugar onde possa transitar veículos, pessoas
ou animais de acesso ao público.
As condições das vias públicas são fundamentais para a segurança do trânsito, sendo
de responsabilidade dos órgãos público a sua manutenção e conservação para que não
oferecerem perigo a sociedade.
Por meio de uma pesquisa visual, percebe-se que muitos dos motivos de acidentes em
vias públicas em Cacoal são de fácil identificação mas as autoridades competentes
permanecem omissos com relação ao assunto, colocando em risco constantemente os
pedestres e condutores.
Há também casos de obras nas pistas com falta de sinalização informando a existência
de obras.
6.3.1.3 – Sinalização
Muitas das sinalizações não são respeitadas por pedestres ou condutores, é comum um
pedestre atravessar fora da faixa de pedestre, veículos atravessarem paradas obrigatórias
indevidamente, fazerem ultrapassagens em trechos que não é permitido a ultrapassagem, estas
práticas colocam em risco os outros condutores e os pedestres.
7 – Da Responsabilidade
Esta responsabilidade de manter o trânsito seguro atribuída ao SNT muitas das vezes
não é exercida pelos órgãos e entidades competentes, pois é comum obsersar vias em má
conservação e falta de sinalização, outra parcela de manter o trânsito seguro é do motorista
que deve dirigir de forma defensiva.
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Para o direito penal, o condutor tem uma responsabilidade maior, pois os atos do
condutor deixam de ser meras infrações e tornam-se crimes, dentro da parte especial do CTB,
temos os crimes:
■ homicídio culposo;
■ lesão corporal culposa;
■ omissão de socorro;
■ evasão do local do acidente;
■ embriaguez ao volante;
■ violação da suspensão ou proibição;
■ participação em competição não autorizada;
■ dirigir sem habilitação;
■ entregar a direção de veículo a pessoa não habilitada;
■ excesso de velocidade em locais especiais e fraude processual.
As medidas penais impostas aos condutores são aplicadas pelo judiciário e não pelos
órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito.
Na esfera civil, o condutor deverá reparar os danos que causar à terceiro nos casos de
acidentes no qual foi de sua responsabilidade o motivo do sinistro.
O Código de Trânsito em seu capítulo IV, atribui direitos e deveres aos pedestres, de
forma que os condutores e pedestres possam transitar harmoniosamente nas vias públicas.
10
A pesquisa pode ser visualizada no site http://www.transitobr.com.br/pesq2.htm. Acesso dia 9 de Maio de
2007.
45
§ 3º. Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou quando não for
possível a utilização dele, a circulação de pedestres, na pista de rolamento, será
feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em
sentido contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais proibidos pela
sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida.
§ 4º. (VETADO)
§ 5º. Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte a serem construídas,
deverá ser previsto passeio destinado à circulação dos pedestres, que não
deverão, nessas condições, usar o acostamento.
§ 6º. Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para pedestres, o órgão
ou entidade com circunscrição sobre a via deverá assegurar a devida sinalização
e proteção para circulação de pedestres.
Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará precauções de
segurança, levando em conta, principalmente, a visibilidade, a distância e a
velocidade dos veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a ele
destinadas sempre que estas existirem numa distância de até cinqüenta metros
dele, observadas as seguintes disposições:
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via deverá ser feito em
sentido perpendicular ao de seu eixo;
II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres ou delimitada por
marcas sobre a pista:
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações das luzes;
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o semáforo ou o agente de
trânsito interrompa o fluxo de veículos;
III - nas interseções e em suas proximidades, onde não existam faixas de
travessia, os pedestres devem atravessar a via na continuação da calçada,
observadas as seguintes normas:
a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de que podem fazê-lo
sem obstruir o trânsito de veículos;
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres não deverão aumentar
o seu percurso, demorar-se ou parar sobre ela sem necessidade.
Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas
delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com
sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste
Código.
Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle
de passagem será dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a
travessia, mesmo em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos
veículos.
Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via manterá,
obrigatoriamente, as faixas e passagens de pedestres em boas condições de
visibilidade, higiene, segurança e sinalização.
Ao observar código quando se refere aos pedestres e aos condutores de veículos não
motorizados, que não se impõe sanções administrativas a estes ao desrespeitarem o trânsito,
porém poderá ser responsabilizado pelas conseqüências que acontecem, ou seja, o pedestre
responderá civilmente e penalmente pelos prejuízos causados a terceiros por não ter cumprido
lei de trânsito.
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Devido grande parte dos acidentes serem causados pelos condutores, foi instituído
uma política de conscientização no trânsito pelas autoridades, para que aqueles que usufruem
das vias públicas e tenham mais segurança.
11
Artigo 6º I do Código de Trânsito Brasileiro.
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8 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para o trânsito ser seguro deve-se analisar três aspectos importantes, sendo eles o
modo como a sociedade respeita as leis de trânsito, a aplicação das leis de trânsito aos
condutores, o papel das autoridades e a adequação das normas, as peculiaridades geográficas,
urbanísticos e culturas locais.
Pode-se observar o modo como a sociedade lida com o transito, sendo sempre de
modo negligente ou imprudente, assim analisam-se como os condutores dirigem, deveriam
agir no trânsito de modo mais defensivo e observando as leis de trânsito, assim os condutores
poderiam evitar vários dos acidentes. Os pedestres também deveriam respeitar mais o trânsito,
pois estes também fazem parte dele, onde, por exemplo, deveriam cruzar as vias públicas de
forma correta e nos locais indicados conforme determinação do código.
A aplicação das leis de trânsito aos condutores é a forma das autoridades competentes
cobrarem da sociedade que as leis sejam compridas, assim usando de seu modo coercitivo
para impedir que as leis de trânsito sejam respeitadas. A falta de cobrança das autoridades
fizeram com que a sociedade mudasse seus valores e concepções sobre o trânsito, ou seja,
embora a lei esteja em vigor, ela não tem mais valor para a sociedade, constatamos isso ao
observar que grande parte dos condutores de veículos não utilizam os equipamentos de
segurança.
O papel das autoridades, tão importante quanto o modo de dirigir, pois são as ações
que as autoridades municipais, estaduais e federais desempenham para que o trânsito seja
seguro, nessas ações temos, por exemplo, a manutenção das vias, o planejamento do trânsito,
as sinalizações, entre outros. As omissões no trânsito pelas autoridades competentes colocam
em risco a segurança da população.
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Em Cacoal podemos observar que esses três aspectos do trânsito não são respeitados,
pois, esporadicamente, temos as fiscalizações no trânsito. O descaso do município com o
trânsito é visível, pois muitas das ruas estão em más condições, algumas ruas não são nem
sinalizadas, entre tantos outros problemas. Os motoristas estão sempre dirigindo de forma
imprudente, em alguns casos com excesso de velocidade, em outros com direção perigosa e
outras dirigir após ingerir bebidas alcoólicas.
51
9 – REFERÊNCIAS
DINIZ, Maria Helena. Compêndio de Introdução à Ciência do Direito. 15ºed. São Paulo:
Saraiva, 2003.
GIUSTI, Miriam Petri Lima de Jesus. Sumário de Direito. 2ºed. São Paulo: Rideel, 2004.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 4ºed. Rio de Janeiro: Editora
Impetus, 2004.
KEMPER, Lourdes. Cacoal: Sua História sua Gente. 2ºed. Cacoal: Editora Grafopel, 2006.
Manual de Formação de Condutores Veicular. 4º ed. São Paulo: Gráfica e Editora São José,
2005.
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal: Parte Geral. 21ºed. São Paulo: Atlas,
2004.
SILVA, José Geraldo da (Coord). Leis Especiais anotadas. 3ºed. São Paulo: Millennium
Editora, 2002.
VASCONCELLOS, Eduardo A.O que é trânsito. 3º ed. Editora Brasiliense, São Paulo, 1998.
VENOZA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Responsabilidade Civil. 4ºed. São Paulo: Atlas,
2004.
53
ANEXOS
54
12
Via pública de grande tráfego de veículos que se encontra péssimo estado de conservação.
13
A falta de manutenção fez com que houvesse buracos na via pública que impede o condutor de transitar nela.
55
14
Placa de sinalização em péssimo estado de conservação.
15
A localização da placa está de difícil visibilidade e encontra-se em péssimo estado de conservação.
56
16
Pista interditada devido obras na pista, porém não há nenhuma sinalização informando que a pista está
obstruída.