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I OFICINA REGIONAL
Comissão de Organização:
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 05
II - DEBATE .................................................................................................................. 16
4 ANEXOS ..................................................................................................................... 35
4.1 Imagens do evento .................................................................................................... 35
4.2 Lista de presença ...................................................................................................... 40
1. APRESENTAÇÃO
DATA: 30/06/2010
Luís Mauro Santos Silva (LASAT / NCADR / UFPA; ABA Regional Norte).
A questão central não é discutir conceitos nem esgotar o tema, mas discutir
princípios que poderiam ser identificados como agroecológicos, principalmente para ter
um referencial regional sobre essa temática, que pode ser diferenciado de outras regiões,
mas é mais próximo da realidade amazônica.
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Usou tanto artigos da Revista Agriculturas: diversos autores que trabalham com
a temática da agricultura familiar e da agricultura camponesa com base ecológica, como
a M. N. B. Warderley e J. D. Van der Ploeg (disponível grátis no site da AS-PTA), além
do livro Construção do Conhecimento Agroecológico (ANA), editado em 2006.
Como o conhecimento tem sido historicamente pensado (ou uma estrada com
muitas vias que deixa “perdidos” as pessoas, ou “caixinhas” de acordo com um modelo
cartesiano).
I - DEBATE
ser levada em conta nas disputas por hegemonia em torno do conhecimento científico
(ou seja, qual a posição que se assume diante das disputas em torno da hegemonia no
âmbito do campo científico).
- Citando Anísio Teixeira: “o aluno tem que ser um ser pensante, e não apenas
passivo”. Os técnicos não são formados para educar, mas sim para reproduzir e difundir
conhecimentos por meio da predominância do conhecimento científico sobre o
tradicional, que coloca o seu próprio conhecimento como predominante. O público das
ciências agrárias precisa ter contato com novas concepções de se trabalhar a educação e
o contato entre agricultores e técnicos. Dificuldades de aceitação dos técnicos em
relação às experiências do conhecimento concreto, à relação entre prática e teoria.
DATA: 30/06/2010
Não resolveram falar do ensino médio, que está sendo assumido pelo CRMB /
IFPA. Apresentação da proposta pedagógica: como estão sendo organizadas as
atividades pedagógicas e a formação na EFA – Ensino Fundamental. Compreensão da
realidade sociocultural e ambiental das famílias dos agricultores. Saberes da Terra
(modalidade EJA): 5 ciclos de formação; O trabalho como princípio educativo
(atividades agroflorestais);
- Eliete Araújo
educativa voltada para sua realidade e para suas próprias necessidades. A CFR tem uma
proposta de educação por alternância que se baseia também nos processos educativos do
campo que se coloca a partir dessa proposta.
Plano de formação: o que vai ser discutido nos anos de formação dos alunos,
desde o ensino fundamental até o ensino médio. “Educação emancipatória”: os sujeitos
constroem seu aprendizado a partir de sua própria realidade.
Organização produtiva no lote, que apesar de ser voltada para a criação de gado,
há também a implementação de experiências agroecológicas na região. A CFR faz parte
de uma teia que liga agricultores familiares, educadores e pessoas voltadas para uma
proposta de desenvolvimento alternativa para a região. Agricultores experimentadores,
monitores e jovens tentam se articular para garantir a realização dessas experiências.
Processo organizativo e participativo do Projeto Pedagógico da CFR.
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- Elenara Ribeiro
II - DEBATE
- O projeto das CFR’s e EFA’s seria “muito bonito” se pudesse ser colocado em
prática. Há problemas administrativos que não podem ser geridos apenas pelos
agricultores e que geram conflitos de interesses que colocam em risco a existência
dessas experiências.
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DATA: 01/07/2010
- Haroldo de Souza
Existem algumas publicações que refletem sobre estas experiências (ver NEAF)
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Limites para as propostas: como tratar dos elementos acumulados com o tempo
comunidade mobilizados durante o percurso formativo? Precisa encontrar conexões
entre o enfoque produtivo e as demais disciplinas. É difícil romper as barreiras
disciplinares. Como envolver os demais profissionais para o debate da educação do
campo?
- Maria Raimunda
- Rosana Maneschy
São três linhas mestras de pesquisa e três módulos formativos ligados as linhas
de pesquisa. Foi feita uma apresentação das disciplinas e metodologia pensada para o
funcionamento do curso.
- Qual o perfil dos ingressos? Este tema também é importante para a evolução e
amadurecimento destas experiências voltadas para agroecologia, AF e educação do
campo.
DATA: 01/07/2010
As visitas de estudo são importantes para perceber como podem ser trocadas
experiências com os agricultores, e também com outras turmas da educação do campo,
de outras instituições.
O maior desafio é tentar entender a agroecologia não como uma alternativa, mas
como a negação do modelo econômico e tecnológico dominantes da grande empresa
capitalista (Horácio Martins de Carvalho). Para isso, é preciso construir novas
perspectivas de trabalho que busquem superar esses percalços. Dessa forma, todos os
cursos de formação devem trabalhar novas formas de pensar para se garantir os
elementos básicos da vida digna no campo e de uma produção sustentável. Tudo isso
requer que os elementos das diferentes disciplinas estejam articulados para a construção
de uma etnobiodiversidade.
- Evandro Medeiros
Percurso formativo organizado a partir de sete etapas, não podendo ter sido
realizada a etapa da discussão entre jovens e adultos, cancelando também a arte-
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educação. A EJA não pôde ter sido alcançada em relação aos objetivos, devido a atrasos
de repasses de recursos do INCRA, etc.
- Doação da área pelo MST trouxe uma preocupação para o campus rural: como
tratar isso. Foi um debate interno no interior do Campus Rural, com um seminário no
qual foi apresentado um trabalho de pesquisa sobre a organicidade no assentamento.
Houve outros diálogos com o MST para fazer um diálogo com o assentamento e sobre
os recursos. Pessoas do assentamento foram designados para “fazer a ponte” com o
IFPA e com as famílias, para fortalecer essa relação com a coordenação do
assentamento 26 de março. Existe uma relação direta na questão do planejamento,
especificamente alguns temas levantados a partir dos agricultores, como por exemplo,
na questão das queimadas mais direcionado para a realidade do assentamento. Se vai
além da questão do ensino em sala de aula, pois as famílias solicitaram a construção de
um curso de qualificação profissional com os agricultores (a partir da 4ª série), com a
construção em diálogo entre o IFPA e os coordenadores. Mas quando o Campus Rural
faz algo que parece ir de encontro ao que o MST propõe em sua organicidade interna, o
movimento entra em contato com o IFPA para tentar dialogar sobre esses processos de
intervenção.
- Com relação ao programa Saberes da Terra, não há uma relação com o MST na
área que está sendo instalado o IFPA. Como o programa é articulado a partir das
secretarias estadual e municipal de educação, não há essa interface. Talvez na próxima
vigência, vai se procurar entrar em contato com o movimento social para buscar iniciar
esse diálogo.
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- Como a escola ainda não tem seu cotidiano no assentamento, essa dinâmica
ainda não está consolidada, mas a partir desse funcionamento cotidiano, essas relações
podem ser fortalecidas. Mas como pensar essas ações articuladas entre educação do
campo e agroecologia com o entorno do assentamento. Existem dois desafios nesse
processo: pensar a questão de uma escola inserida em um assentamento, tendo que
dialogar com as famílias e os movimentos sociais; além disso, tem que se ter clareza do
papel da instituição para a região, pois é um instituto federal que dialoga com outros
movimentos, tendo uma missão mais ampliada e estratégica para a região, envolvendo o
entorno, mas não somente ele.
- Não há uma escola federal, mas uma universidade, e “essa ficha não caiu”, pois
não há conhecimento de outra experiência de um campus universitário em um
assentamento do MST. Do ponto de vista do movimento, existem escolas demandadas
pelas necessidades da população do assentamento. Porém, agora é um campus que é
demandado por um conjunto de sujeitos que vão para além dos camponeses, dentro de
uma realidade maior. Isso não tem sido pensado coletivamente na região. O diálogo tem
que ser para além do assentamento, e esses impactos e perspectivas ainda não foram
refletidas. Porém, os movimentos pouco articulam o debate sobre educação e participam
pouco da construção desses cursos, pois a demanda da escolarização se sobrepõe, e não
se pensa uma demanda estratégica. Os movimentos participam sobre a discussão da
licenciatura em Educação do Campo, muito porque a proximidade pessoal acaba
confundindo, porque não se mobiliza a partir dos movimentos ou de seus interesses,
mas sim porque se coloca uma demanda de escolarização na região, que mostra que é
melhor uma formação em educação do campo é melhor que uma formação fragmentada.
Assim, não há uma reflexão estratégica sobre um projeto pensado a partir dos
movimentos sociais (fora a agronomia). Por alguns de nós sermos intelectuais orgânicos
aos movimentos sociais, como se pensa um projeto estratégico para as questões
formativas, ou se continuará se pautando a criação de cursos a partir das demandas
educativas.
Julho de 2010
GT Agroecologia do FREC
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4. ANEXOS
Nome da experiência
O modelo de desenvolvimento imposto na região, não difere das diversas zonas rurais
da Amazônia, a infra-estrutura construída nas áreas de assentamento não atende as
necessidades dos agricultores e suas famílias, e no que se refere à educação também não é
diferente.
O processo de organização e implementação de educação no campo de Conceição do
Araguaia passaram por diversas modalidades, sendo elas;
Nestes dois modelos os espaços ocupados eram salas improvisadas, sem nenhuma
infra-estrutura, muitas vezes o professor/a era o mesmo/a que fazia o papel de diretor/a,
secretário/a e merendeiro/a da escola.
Iniciam-se em 1999 as primeiras discussões. Em 2000 cria-se uma comissão para dar
continuidade ao trabalho de articulação e sensibilização das famílias dos agricultores para
criação da CFR em Conceição do Araguaia, consolidando-se em 2002 com a criação da
Associação das Famílias da Casa Familiar Rural de conceição do Araguaia.
2. Eixo socioprofissional;
Fernando Michelotti**
Haroldo de Souza***
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