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PRF – CONCURSEIROS

GABARITO
DIREITO ADMINISTRATIVO

03/02/2017
Por: Gilton/Renata
Aos Futuros PRFs

VAMOS PERTENCER!

01. Errado. O atributo que permite à administração pública aplicar


multas de trânsito ao condutor de um veículo particular é a
exigibilidade. A multa é um meio de coerção indireta, que tem como
fim compelir o administrado a cumprir determinado ato exigível; no
caso, o ato exigível seria a lei de trânsito (ex: o motorista não excede
o limite de velocidade porque tem receio de ser multado). Boa parte
da doutrina considera que a exigibilidade seria um desdobramento da
autoexecutoriedade. Se fosse aplicado esse entendimento da doutrina,
a assertiva deveria ser tida como correta. Mas esse não parece ser o
entendimento do Cespe. Veja, por exemplo, a questão anterior, em
que a banca, ao listar os atributos do ato administrativo, citou a
autoexecutoriedade e a exigibilidade separadamente. Nessa mesma
linha, o gabarito da questão ora em comento é errado, demonstrando
que a banca prefere distinguir os conceitos de autoexecutoriedade e
exigibilidade. Portanto, muita atenção na prova.
02. Certo. A supremacia do interesse público orienta o chamado
regime jurídico administrativo. De acordo com esse princípio, a
Administração Pública goza de poderes, prerrogativas (cláusulas
exorbitantes, poder de polícia, poder expropriatório, presunção de
veracidade e legitimidade etc) a fim de que bem possa atuar em defesa
do interesse coletivo. Já a indisponibilidade do interesse público
vincula-se à imposição de restrições, limitações ou deveres especiais
para a Administração, de modo que ela não pode abdicar, renunciar,
negociar, fazer concessões acerca do interesse público, salvo quando
há lei autorizando.

03. Errado. O princípio da autotutela, que não está expresso na


Constituição Federal, sendo princípio implícito, permite a
Administração Pública realizar o controle de seus próprios atos,
revendo-os, de modo a anular os ilegais e revogar os inoportunos e
inconvenientes, conforme súmulas 346 e 473 do Supremo Tribunal
Federal.

04. Certo. Segundo o princípio da publicidade, a Administração Pública


deve dar ampla divulgação de seus atos, ressalvadas as hipóteses de
sigilo, com o objetivo de informar, educar e orientar, conforme
estabelece o art. 37, § 1º, da CF/88, ao determinar que a publicidade
dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal da autoridade ou dos servidores públicos

05. Certo. A presunção de legitimidade é um atributo dos atos


administrativos que decorre do princípio da legalidade. Este princípio
possui status constitucional e obriga toda Administração a praticar os
atos em conformidade com a lei; dessa forma, pode-se presumir que
todo ato administrativo observou esse mandamento.
06. Certo. Em 2008, o STF, para aplicar a vedação do nepotismo, com
base, dentre outros, nos princípios da moralidade, impessoalidade e
eficiência, editou a Súmula Vinculante de nº 13, que estabelece o
seguinte: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
Constituição Federal.”

Por fim, vale ressaltar que os agentes políticos, segundo orientação do


STF, ficaram de fora da proibição.

07. Certo. A lei é a mais importante fonte para o Direito


Administrativo, geradora de direitos e obrigações, impondo-se tanto à
conduta dos particulares, quanto à ação estatal. Na qualidade de fonte,
a lei tem um sentido amplo, abrangendo diversas normas produzidas
pelo Estado, o que inclui, por exemplo, além da Carta Magna, as leis
complementares, ordinárias, delegadas e medidas provisórias.

08. Certo. Um dos atributos do ato administrativo é a presunção de


legitimidade e de veracidade. A legitimidade refere-se à conformidade
do ato com a lei. A veracidade, por sua vez, diz respeito aos fatos
alegados pela Administração, que são tidos como verdadeiros até que
se prove o contrário (o ônus da prova é do administrado).

Em decorrência do princípio da presunção de legitimidade, os atos


administrativos operam efeitos imediatamente, vinculando os
administrados por ele atingidos desde a sua edição. Por conseguinte,
o administrado não pode negar-se a cumpri-lo. Isso não significa,
contudo, que o administrado não possa buscar amparo junto ao Poder
Judiciário visando à anulação do ato ou à sustação liminar dos seus
efeitos. Enquanto, porém, não sobrevier o pronunciamento de nulidade
ou de suspensão liminar, os atos administrativos terão plena eficácia.
Como ensina Maria Sylvia Di Pietro, a presunção de legitimidade e
veracidade acompanha todos os atos estatais, quer imponham
obrigações, quer reconheçam ou confiram direitos aos administrados,
e decorre da própria ideia de “Poder” que permite ao Estado assumir
posição de supremacia perante os particulares. O quesito está correto,
portanto.

09. Errado. O princípio da publicidade não é absoluto, pois há casos


em que a administração não deve dar publicidade aos atos praticados
sob pena de violar a intimidade, a honra do administrado, conforme
fixa o art. 5º, X, da CF/88. De igual forma, também estão
excepcionados do princípio da publicidade os atos administrativos
vinculados à segurança da sociedade e do Estado.

10. Errado. O princípio da separação dos Poderes adotado no Brasil


pode ser caracterizado como flexível, e não como rígido, uma vez que
os Poderes exercem suas funções típicas com preponderância, mas não
com exclusividade. De fato, cada Poder, ao lado de sua função típica,
também desempenha funções atípicas, vale dizer, atividades com
características das funções desempenhadas pelos demais Poderes.

11. Errado. O sistema de separação de Poderes previsto na


Constituição Federal é flexível. Isso significa que cada Poder possui
uma função típica, a qual exerce com preponderância, mas não com
exclusividade, eis que também exerce funções atípicas, próprias dos
demais Poderes. Assim, por exemplo, o Judiciário, ao contrário do que
afirma o item, pode sim exercer função administrativa, como quando
realiza concursos públicos ou promove licitações para aquisição de
bens.
12. Errado. O quesito está errado. Um dos princípios fundamentais do
regime jurídico-administrativo é a supremacia do interesse público
sobre o privado. É com base nesse princípio que o ordenamento
jurídico confere à Administração uma série de prerrogativas,
inexistentes do regime previsto para o direito privado, a exemplo da
possibilidade de o Poder Público executar ações de coerção sobre os
administrados sem a necessidade de autorização judicial, desde que
previstas em lei.

13. Certo. No Brasil, conforme prevê o art. 2º da Constituição Federal,


os Poderes são independentes e harmônicos entre si, não havendo,
assim, relação de subordinação entre eles. A harmonia é garantida pelo
sistema de freios e contrapesos, que se caracteriza pela existência de
controles recíprocos, estabelecidos para evitar que qualquer Poder se
sobressaia sobre os demais. Assim, dentro do sistema de freios e
contrapesos previsto na CF, compete ao Presidente da República
escolher e nomear os Ministros do STF. Porém, a escolha deve ser
aprovada pela maioria absoluta do Senado Federal (CF, art. 101,
parágrafo único).

14. Errado. Com base na jurisprudência do STF, a ação de indenização


deverá ser proposta contra o Estado, e não diretamente contra o
agente público, daí o erro. A responsabilidade do Estado, no caso, é
subjetiva, na modalidade culpa administrativa, de modo que o cidadão
só terá direito a indenização se restar comprovado – e o ônus da prova
é do cidadão – que determinada omissão culposa da Administração
concorreu para o surgimento do resultado danoso.

15. Errado. O recurso hierárquico impróprio só é cabível se previsto


expressamente em lei.
16. Errado. O controle administrativo pode ser realizado tanto de
ofício como por provocação da parte interessada, neste último caso,
mediante o exercício do direito de petição (ex: representação,
reclamação, recurso administrativo).

VAMOS PERTENCER!

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