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Resumidamente, a Expiação Eficaz (ou Limitada) é a doutrina que defende o testemunho bíblico de que Jesus

morreu para salvar apenas aqueles que creriam n‘Ele, e não por todas as pessoas do mundo.

Muitos que leem declarações deste tipo tendem a negá-las antes de uma análise mais profunda. O culpado disso —
creio eu — é a falta de comprometimento com a Verdade daqueles que se professam seguir a Cristo. Digo isso
porque alguém que é realmente comprometido com a Verdade é alguém que, antes de tudo, analisa.

Uma pessoa que é sinceramente preocupada com a Verdade revelada nas Escrituras não pode ser alguém
contentado em seus pré-conceitos, antes, é alguém que julga o mais intrínseco detalhe de cada afirmação, a fim de,
ainda que do mais profundo engano, encontrar alguma centelha edificante, examinando de tudo e retendo o que é
bom. Além de procurar ser edificado mesmo ante o erro, alguém compromissado com a Verdade é alguém que
conhece o engano em suas várias formas.

É exatamente por isso que os cristãos devem ser esquadrinhadores do erro, assim, crescendo na habilidade de
ensinar a Verdade. Uma das grandes bênçãos em agir dessa forma é que, à medida que exerço o comprometimento
com a Verdade, é inevitável ser transformado pelo conteúdo bíblico que analiso cotidianamente.

É por isso que os melhores mestres cristãos da história eram homens que não temiam sair do cais relativista para
mergulhar fundo no alto mar do conhecimento. Como isso se relaciona à Expiação de Cristo? Do mesmo modo que
se relaciona com toda a doutrina bíblica. A cultura atual é uma forte ferramenta usada para dissuadir os homens do
estudo profundo das Escrituras. Ninguém mais quer perder seu tempo debruçado sobre um livro velho.

A própria cultura chamada evangélica atual prega que ―teologia esfria o crente,‖ defendendo um estudo exotérico
da Bíblia. Mal se ouve falar de exegese no púlpito cristão comum. Qualquer interpretação bíblica que aparente fazer
algum sentido tem sido servida nas mesas dos cristãos comuns dia após dia.

É fácil entender por que tantos têm uma fé que beira a morte: é só observar o veneno que eles têm ingerido. O que
eu quero com essa longa digressão (e veja que abri mão de toda a introdução para fazê-la), é implorar para que você
possa analisar as declarações deste livreto com imparcialidade e submissão à Palavra de Deus. Duvide, questione,
pesquise, encontre as respostas! Oro para que isso possa ser frequente durante a leitura deste material. Mas, antes
de tudo, não se deixe levar pelo orgulho que o impede de assumir erros. Se estas interpretações das Escrituras
estiverem certas, submeta-se a elas! E faça tudo para a Glória de Deus.

Paulo, Jesus e o escritor da carta aos Hebreus nos dão um bom motivo para conhecer os ritos sacerdotais judaicos:
―Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam‖ (Jo 5:39);
―Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas...‖ (Hb 10:1); "Portanto, ninguém
vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são
sombras das coisas futuras..." (Cl 2.16,17). Não é difícil perceber, sob a luz destes textos, que os preceitos da lei
judaica serviram como sinal (ou sombra) da graça manifesta em Cristo (bens futuros), como o próprio Cristo
confirmou que eram as escrituras hebraicas — objeto de estudo dos mestres da Lei — que testificavam d‘Ele.

Não é necessário gastar muito tempo neste ponto, mas, mesmo assim, gostaria de citar alguns poucos exemplos:
Mesmo no início de Gênesis, o animal inocente que foi morto por Deus para cobrir a nudez de Adão era uma sombra
de Cristo (Gn 3:21). A tenda do encontro que Deus usava para vir até Moisés representa Cristo vindo ao homem (Ex
33:7-11), assim como a escada de Jacó, também representando a descida de Cristo para a terra (Gn 28:12; Jo 1:51). A
arca da aliança representa a presença de Deus junto aos homens, assim como Cristo o era (II Cr 5:6). Todos esses
casos, como incontáveis outros, são excelentes tipificações de Jesus, mas é sobre outra — que considero a maior —
que quero focar. Nos tempos da Lei Sacerdotal, os homens tinham seus pecados perdoados de um modo muito
peculiar, que era resumidamente assim: O pecador levava ao sacerdote uma oferta pelo seu pecado. Esse sacerdote
orava pelo homem e, com isso, os pecados do homem passavam todos para a oferta. O sacerdote sacrificava a oferta
e quando esse animal era morto, o pecado era morto junto com ele. Assim, o homem estava livre de sua culpa (cf. Lv
1-6). O que estava acontecendo neste momento era uma expiação (do hebraico kippurim, derivado de kaphar, que
significa ‗cobrir‘). Tal palavra nos traz a idéia de cobrir o pecado mediante um ‗resgate‘, de modo que haja uma
reparação ou restituição adequada pelo delito cometido. Quando observamos essas ofertas que eram entregues
pelo pecado, percebemos que elas são tipificações de Cristo, em seu sacrifício de expiação pelo pecado (cf. Jo 1:29).
Creio que todos os cristãos têm isso como uma irrevogável verdade. Creio que não há leitor sincero das Escrituras
que duvide de tal coisa. O constrangedor é que, mesmo sendo unânimes em que os sacrifícios da Lei eram sombras
de Jesus, poucos percebem o que isso significa sobre a eficácia e a extensão da Expiação de Cristo. Sob a luz do
sacrifício do Antigo Testamento, podemos ver mais claramente o que Cristo fez na cruz. Os pecados foram lançados
sobre Ele e, quando foi morto, os pecados foram mortos com Ele. Assim, aqueles que tiveram seus pecados lançados
na Cruz estão livres de todos os seus pecados. Considere a declaração do famoso judeu convertido a Cristo Myer
Pearlman: "Expiar o pecado é ocultar o pecado da vista de Deus de modo que o pecador perca seu poder de
provocar a ira divina" (Myer Pearlman, Conhecendo as Doutrinas da Bíblia) Você vê como, a partir dessa análise da
morte de Cristo na cruz e da expiação do Antigo Testamento, a afirmação de que Jesus morreu por todo o mundo é,
no mínimo, problemática? Perceba: se todos os pecados de todo o mundo foram lançados na Cruz de Cristo, quando
esse morre, aqueles morrerão junto. Logo, todos os pecados de todas as pessoas do mundo estão perdoados. ―A
pergunta que necessita de uma resposta exata é esta: Cristo realmente fez ou não fez um sacrifício vicário pelos
pecados? Se Ele o fez, não foi em favor de todo o mundo, pois, se assim fosse, todo o mundo seria salvo‖ (Palmer,
Edwin; The Five Points of Calvinism; Grand Rapids, Baker Book House, 1980, p. 47). Não podemos, de modo algum,
acreditar que todos serão salvos. É evidente, à luz da Bíblia que essa é uma heresia de fácil refutação. Sendo assim,
só nos sobra a hipótese de que só foram lançados na cruz os pecados dos Eleitos de Deus. Creio que você pode estar
pensando agora sobre como eu deturpo as Escrituras para dar base às minhas ideias e pode ser que esteja,
mentalmente, contra-argumentando algo como ser necessário aceitar esse sacrifício para ser salvo. Embora isso seja
uma argumentação vazia de evidências bíblicas, não quero ser negligente em relação a ela. Por isso, dedicarei o
próximo tópico a refutar tal fábula.

O nosso evangelismo de para-choque é ágil em responder essa pergunta. ―Por mim e por você!‖ ou ―Por todo o
mundo,‖ dizem a maioria daqueles que se professam cristãos. Esse tipo de frases pré-prontas para evangelismo são
tão influenciadoras nos dias de hoje que a existência de outras hipóteses parece impossível. Por isso, quero
apresentar todas as possibilidades de respostas para essa questão:

Jesus morreu por:

1.Todos os pecados de todos os homens; 2. Todos os pecados de alguns homens;

3.Alguns pecados de todos os homens; ou 4. Alguns pecados de alguns homens.

Instantaneamente, podemos eliminar os pontos 3 e 4. Se Cristo não morreu por todos os pecados de alguém, ainda
existem pecados os quais eles precisam pagar diante de Deus. Logo, ninguém poderia ser salvo. O salmo 143 diz:
―Mas não leves o teu servo a julgamento, pois ninguém é justo diante de ti‖ (v. 2). E o salmo 130 diz também: ―Se
tu, Soberano Senhor, registrasses os pecados, quem escaparia?‖ (v. 3). Se houver qualquer pecado sem ser expiado
diante de Deus, a morte eterna para o pecador será certa, pois o salário do pecado sempre será a morte (cf. Rm
6:23). Então, nos restam o item 1 (Cristo morreu por todos os pecados de todos os homens) e o item 2 (Cristo
morreu por todos os pecados de alguns homens). O item 1 é tão digno de ser descartado quanto os outros dois. Se
todos os pecados de todas as pessoas do mundo foram lançados na cruz de Cristo, porque todas as pessoas não são
salvas? Isso é evidentemente ilógico. Infelizmente, algumas pessoas tentam apelar para uma argumentação sem
qualquer evidência bíblica para escapar desta questão dizendo: ―Eles não são salvos por culpa da incredulidade
deles. Eles precisam aceitar esse sacrifício para que possam ser salvos.‖ Quero apresentar, rapidamente, três
objeções para essa falácia. Primeiro, ela apresenta que o sacrifício de Cristo não salva ninguém, mas apenas abre a
possibilidade de salvação para as pessoas. Deixe empregar uma breve analogia. Se você está em um prédio em
chamas e um bombeiro corajosamente toma você nos braços e te leva até um lugar seguro, longe das chamas, você
pode dizer que ele te salvou. Agora, se você está neste mesmo prédio e ninguém pode entrar pra te tirar de lá, o que
as pessoas vão gritar no lado de fora será: ―Saia daí e salve a sua vida!‖ Quando você escolher sair do prédio, você
estará — evidentemente — se salvando. Ainda se considerarmos um meio termo — o de você escolher que o
bombeiro te salve —, no final das contas, sua atitude de escolher ser salvo foi um fator que ajudou na salvação.
Logo, nem o bombeiro te salvou totalmente e nem você se salvou totalmente, mas sim, uma ação conjunta. Dizer
que nos salvamos ou que uma ação conjunta nos salva é antibíblico e, até mesmo, blasfemo. A Bíblia deixa claro que
Cristo veio objetivamente salvar, e não apenas abrir uma porta para isso. "E dará à luz um filho e chamarás o seu
nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados." (Mt 1:21); "Porque o Filho do Homem veio buscar e
salvar o perdido‖ (Lc 19.10) e ―Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para
salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal‖ (I Tm 1:15). Segundo, quando lemos a história de Jó, vemos que
ele fazia constantemente sacrifícios em nome de seus filhos, para que, se eles tivessem pecado, Deus os perdoasse
(Jó 1:4,5). O interessante é que não existe qualquer evidência de que os filhos de Jó participassem desses sacrifícios.
Se o sacrifício do antigo testamento é o modelo do sacrifício de Cristo — o que é verdade — e Cristo morreu por
todos os homens, mesmo que eles não conheçam (ou aceitem) o sacrifício de Cristo, ainda assim eles seriam
perdoados. Tal declaração é, no mínimo, herética. Terceiro, se o motivo que leva pessoas cujos pecados foram
mortos em Cristo ao inferno é sua incredulidade, então Jesus não morreu por todos os pecados dessas pessoas. Se
Ele tivesse morrido por todos os pecados desses homens, o pecado da incredulidade também teria sido expiado e
ninguém deveria ser julgado por ele. Então, voltamos para os itens 3 e 4, que já foram refutados. Logo, só nos resta o
item

2. Cristo morreu por todos os peados de alguns homens, como diz a clássica confissão reformada: ―O Senhor Jesus,
pela sua perfeita obediência e pelo sacrifício de si mesmo, sacrifício que, pelo Eterno Espírito, ele ofereceu a Deus
uma só vez, satisfez plenamente à justiça de seu Pai, e, para todos aqueles que o Pai lhe deu, adquiriu não só a
reconciliação, como também uma herança perdurável no Reino dos Céus.‖ (Confissão de Fé de Westminster. São
Paulo: Editora Cultura Cristã, 1991, VIII. V. – grifo do autor). Creio que tais argumentações serviram para abalar um
pouco as bases daqueles que, de coração sincero, analisaram-nas com cuidado e submissão. Mas, muitos ainda
podem contraargumentar, usando alguns textos que — segundo eles — defendem que Cristo morreu por todas as
pessoas do mundo. Para entender isso, precisamos resgatar o contexto judaico de alguns termos que usamos hoje.

Pouco se fala sobre o judaísmo nos dias de hoje. Ainda que estudemos sobre Israel nas universidades ou
conheçamos alguém que venha de uma cultura judaica, esses assuntos são tão relevantes quanto qualquer outro
que possam nos interessar. Embora isso pareça irrelevante, isso traz uma grave problemática em nossas
interpretações bíblicas: constantemente nos esquecemos de considerar o contexto judaico em alguns textos
bíblicos. Por exemplo, olhe com cuidado para as parábolas de Jesus. Ele se refere aos judeus quando ele fala sobre
remendo novo em roupa velha e de vinho novo em odres velhos (Mt 9:16,17); sobre os trabalhadores na vinha (Mt
20:1-16); sobre o filho pródigo (Mt 21:28-32); sobre os lavradores (Mt 21:33-44); sobre o banquete de casamento
(Mt 22:2-14) e várias outras parábolas. Algumas dessas parábolas, se não interpretadas neste contexto, podem dar
base para ensinos heréticos. Agora, por que isso é importante? Porque o contexto judaico precisa ser levado em
conta na interpretação de vários textos das Escrituras. Esta informação nos dá luz para interpretar algumas
passagens que, traduzidas para o português, dão a entender que Cristo morreu por ―todos os homens‖ ou por todo
o ―mundo‖. Precisamos considerar que, no contexto daquela época, falar de ―mundo‖ ou de ―todos os homens‖ é
uma freqüente referência aos gentios em contraste com os judeus. Veja, por exemplo, a exposição de John Owen
para cinco significados de ―mundo‖ (do grego, Kosmos) nas Escrituras: 1. O universo material ou a terra habitável
(Jó 34:13; Mt 13:38; At 17:24; Ef 1:4); 2. O povo do mundo: Todos sem exceção (Rm 3:6), todos sem diferença (Jo
7:4), muitos homens (Mt 18:7), a maioria dos homens (Rm 1:8), o Império Romano (Lc 2:1), homens bons (Jo 6:33),
homens maus (Jo 14:17); 3. O mundo como um sistema corrupto (Gl 6:14); 4. A condição humana (Jo 18:36) e 5. O
reino de Satanás (Jo 14:30). E para os mais céticos, o autor continua: Lucas 2:1 - "todo o mundo": Isso significa
claramente o Império Romano. Não pode significar todas as pessoas do mundo. | João 1:20 - "e o mundo não o
conheceu": Mas alguns homens realmente creram n‘Ele. "Mundo", portanto não pode significar todas as pessoas. |
João 8:26 - "falo ao mundo": Mas somente certos judeus O ouviram falar. "Mundo" não pode significar todas as
pessoas. | João 12:19 - "todo o mundo vai após ele [tradução literal]": Isso só pode significar que a maioria da nação
judaica fora após Ele. Não pode significar todas as pessoas. | I João 5:19 - "todo o mundo": Mas há muitos crentes
verdadeiros, no mundo, que obviamente não estão em poder do maligno. "Mundo" não pode significar todas as
pessoas. Assim como em ―mundo‖, o termo ―todos‖ não deve ser considerado de um modo literal. O uso mais
comum desta palavra nas Escrituras é ―toda espécie‖ ou ―todos os tipos‖. Em Lucas 11:42, por exemplo, a maioria
dos críticos traduz como ―todo tipo de hortaliças‖ ou ―toda sorte de hortaliças (NVI)‖, mas, no grego, está escrito
―todas as hortaliças‖. Lendo no contexto da argumentação de Jesus, ele diz ―Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a
hortelã, e a arruda, e toda a hortaliça...‖ (Almeida Corrigida Revisada e Fiel). Só podemos perceber que ―toda
hortaliça‖ é uma referência a toda espécie de hortaliças. Outro exemplo é a visão de Pedro em Atos 10:12, onde, no
grego, lhe aparece ―todos os animais‖. As Bíblias em português são rápidas em traduzir por ―toda espécie de
animal‖ — o que concordo. Logo, vemos que ―todos‖ não pode significar ―todos‖, mas sim ―todos os tipos‖.
Outro caso seria o de Atos 2:17, onde Pedro relata que a profecia de Oséias estava se cumprindo naquele momento,
onde diz que nos últimos dias, Deus derramaria do seu Espírito sobre ―toda a carne‖ [tradução literal do grego].
Qualquer um que estude um pouco sequer desta passagem percebe que isso não é uma promessa pra que o Espírito
de Deus esteja sobre todos os seres humanos, mas sim determinando a inclusão dos gentios. ―Toda carne‖ — que
muitos interpretam como ―todas as pessoas‖ —, na verdade, é uma referência a ―todos os tipos de pessoas.‖ John
Owen confirma isso com três rápidos argumentos: 1. A palavra "todos" frequentemente significa ―alguns de toda
espécie‖; 2. A palavra "todos" pode significar ―todos de uma determinada espécie.‖ Em romanos 5:18, "todos os
homens" obviamente significa "todos os homens justificados" ou "todos os crentes"; e 3. Quando o Velho
Testamento profetiza que "todas as nações" serão convertidas, o Novo Testamento mostra que isso significa todos
os eleitos de Deus de todas as nações. Um ponto que está totalmente de acordo com essas afirmações é as
Escrituras testemunharem que Cristo morreu em resgate de muitos. Por que afirmar que Cristo morreu por muito se
ele morreu por todos? Não há sentido nisso. A única explicação racional é que Cristo realmente não morreu por
todos, mas por muitos, como dizem as Escrituras: ―Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com
o seu conhecimento o meu Servo, o Justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si‖ (Is
53:11); ―Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate
de muitos.‖ (Mt 20:28). Do mesmo modo, a Bíblia afirma que Cristo morreu apenas pelas suas ovelhas, e não pelos
bodes — muito menos pelos lobos: ―Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. [...] Assim
como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas." (Jo 10:11-15).

Alguns podem relutar contra estas realidades dizendo: ―Deus não teria escrito em Sua Palavra coisas tão confusas e
difíceis de entender.‖ Reconhecemos que esses são assuntos às vezes complicados, mas não ―tem Ele escrito Sua
Palavra para pessoas preguiçosas que são tão negligentes, ou tão ocupadas com as coisas deste mundo, ou, como
Marta, tão ocupadas em ‗servir‘, que não têm tempo e nem coração para ‗examinar‘ e ‗estudar‘ as Escrituras
Sagradas!‖ (A. W. Pink) Assim, a partir desses poucos argumentos, quero que você reinterprete alguns versos que
aparentam pregar uma expiação universal. Em oração, busque a face de Deus para que Ele te ajude nisto.

Existe um ponto interessante que precisa ser considerado: o quão poderosa é a Cruz do nosso Senhor. Muitos
podem estar se perguntando se crer nestas afirmações não diminuiria o poder da Cruz de Cristo. A questão é que a
crença de que Jesus morreu por todos limita o poder da cruz de Cristo, quando crer que ele morreu pelos seus
eleitos limita o alcance dessa expiação. Enquanto um limita a quantidade, outro limita a qualidade. Como considerou
o teólogo americano Lorraine Boettner: ―Para o calvinista, a expiação é como uma ponte estreita que segue em
todo o caminho por cima do rio; para o arminiano, a expiação é como uma ponte larga que vai somente até metade
do caminho. Na realidade, o arminiano coloca mais limitações severas na obra de Cristo do que o faz o calvinista‖
(Lorraine Boettner, The Reformed Doctrine of Predestination; Philipsburg, New Jersey, Presbiterian and Reformed
Publish-ing Company, 1932, p. 153). Crer em uma Expiação Limitada é, na verdade, crer em uma Expiação Eficaz,
como já foi citado antes: ―Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o
meu Servo, o Justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si‖ (Is 53:11). Não poderia ser mais
claro do que isto. Ele verá o fruto do trabalho de Sua alma! Por quê? Porque ele justificará a muitos! Isso é uma cruz
poderosa, uma expiação que cumpre o seu propósito. Se a expiação fosse geral, Jesus poderia muito bem ter
morrido em vão, pois poderia ser que ninguém aceitasse o sacrifício d‘Ele. Mas uma expiação específica diz que
nenhuma gota do cálice da Ira de Deus foi bebida em vão. Se essa inconsistente expiação geral fosse verdadeira, a
Ira de Deus pelo pecado de alguns homens teria sido derramada sobre Cristo em vão. Além de que, uma vez
derramada, ela não poderia ser derramada novamente sobre o pecador, pois Cristo já bebera deste cálice. O Cristo
da Expiação Ilimitada é um Cristo que sofre em vão, já o Cristo da Expiação Limitada é um Cristo que verá o fruto do
Seu trabalho, e ficará satisfeito. O poder disso na proclamação do Evangelho é tremendo. Não fomos enviados a um
trabalho vago, Deus já consumou sua obra naquela cruz. Ele morreu por seus filhos e nós precisamos entregar o
Evangelho para o mundo, para que aqueles o quais Cristo morreu possam ser Salvos pela poderosa mão d‘Ele. Não
mais uma cruz genérica, mas uma Cruz poderosa! É por isso que Paulo não se envergonhava do Evangelho, porque
ele é poder de Deus para a salvação! (cf. Rm 1:16) É esse poder que nos dá a certeza da salvação que foi — de uma
vez por todas — entregue aos santos (Jd 3). Como podemos ter certeza da nossa salvação — tecla que Paulo tanto
bateu — se Cristo morreu genericamente por todos? Apenas quando eu sei que Ele morreu por mim é que posso ter
certeza de que fui justificado diante d‘Ele. Como disse Charles Spurgeon: ―Afirmamos que Cristo morreu para
assegurar a salvação de uma tão grande quantidade de pessoas que ninguém é capaz de enumerar, pessoas que
mediante a morte de Cristo não somente podem ser salvas, mas são salvas, têm de ser salvas; e não existe a
possibilidade de, por meio de qualquer casualidade, elas serem outra coisa, exceto pessoas salvas‖ Aleluia! Louvado
seja o nome do Senhor por tão grande obra em nossas vidas! Não existe maior obra de amor do que amar
incondicionalmente pecadores como nós e morrer para nos salvar de nossos pecados. Não de um modo genérico,
mas de um modo eficaz e consumado. Essa é a Cruz de Cristo!

Com esse rápido livreto, tencionei fazê-lo pensar um pouco sobre a obra de Cristo na Cruz do Calvário. Creio que —
unicamente pela misericórdia de Deus — pude cumprir o propósito deste escrito. Acredito que pude ser bíblico.
Acredito que pude ser racional. Acredito que pude ser breve. E é exatamente por isso que esta obra é insuficiente,
algo bíblico e racional deve evitar ser breve. Acredito que muitas dúvidas estão inundando sua mente e que vários
préconceitos foram confrontados aqui. Então, não deixe que suas dúvidas morram no conformismo. Não deixe que
tudo que você leu aqui vá para o ―fundo da gaveta‖ de sua memória. Pesquise mais, leia mais, aprenda mais. Estude
até dominar esse assunto. Leia sobre os outros pontos do calvinismo: A Depravação Total, A Eleição Incondicional, A
Graça irresistível e a Perseverança dos Santos.

JOÃO 3.16 – O Significado de "KOSMOS" em

João 3:16 - Arthur W. Pink

ROMANOS 5.18,19 – Romanos 5:18-19 - William Hendriksen

I TIMÓTEO 2.4 – Análise Calvinista de Versículos “Arminianos”: 1 Timóteo 2.4 - Heitor Alves

I TIMÓTEO 4.10 – 1 Timóteo 4:10 - William Hendriksen

TITO 2.11 – Tito 2:11 - Gordon Haddon Clark

HEBREUS 2.9 – Análise Calvinista de Versículos “Arminianos”: Hebreus 2.9 - Heitor Alves

II PEDRO 2.1 – 2 Pedro 2:1 nega a Expiação Eficaz? - John Piper

II PEDRO 3.9 – Sobre os supostos textos “arminianos” da Bíblia – Análise de 2 Pedro 3.9

I JOÃO 2.2 – 1 João 2:2 - Arthur W. Pink

LIVRO: POR QUEM CRISTO MORREU?, DE JOHN OWEN – Editora PES

LIVRO: CALVINISMO - AS ANTIGAS DOUTRINAS DA GRAÇA, DE PAULO ANGLADA – Knox Publicações

LIVRO: CALVINISMO, DE ABRAHAM KUYPER – Editora Cultura Cristã

LIVRO: ELEITOS DE DEUS, DE R. C. SPROUL – Editora Cultura Cristã

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