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Faculdade Cásper Líbero

Aluna: Mayara dos santos Freitas – RA: 16000915 – 1º RPA

Disciplina: Antropologia – Professor: Vitor

Crítica cinematográfica sobre o filme “O abraço da serpente” e “Corumbiara”

O filme “O abraço da serpente” (El abrazo de la serpiente) de direção de Ciro


Guerra tem um roteiro original e intenso, a história se passa da Amazônia e é
inspirado nos diários de campo de Theodor Koch-Grünberg (etnólogo) e Richard
Evans Schultes (pai da etnobotânica).

O longa oscila entre passado e presente, conta a história de um Indigena o


qual teve sua tribo dizimada que vive isolado nas matas da Amazônia, o jovem
Karamakate (Nilbio Torres). A primeira parte do filme é caracterizada pelo trama de
Theo (Jan Bijvet), o antropólogo, que está doente em busca de uma planta rara com
poderes de cura. Este e seu companheiro de viagem, Manduca (Yauenku Mingue),
vão a encontro ao jovem Karamakate que mesmo receoso, aceita ajudar o etnólogo.

O ambiente da trama é marcada por cenas em preto e branco, com uma trilha
sonora que faz a história ficar cada vez mais intensa. As questões abordadas,
passam ao longo do ano de 1920, onde os indígenas sofrem uma repressão
extrema, o que explica o fato de Karamakate não confiar em brancos (sua tribo foi
destruída por eles). A história conta com questões que devem ter conhecimento
prévio, como a diferença clara no pensamento Ocidental e Indígena sobre a
natureza, mundo e a origem da vida. Theo, mostra que um antropólogo não
consegue se despir de seus preconceitos ao conviver com uma cultura diferente, e,
este afeta e se deixa afetar pela realidade do outro, mas não a aceitando como
verdade.

A segunda parte é marcada pelo já velho Karamakate (Antonio Bolivar) que


continua vivendo isolado, o tempo e a influência branca, fazem com que mudanças
no comportamento deste sejam explicitadas. A palavra que marca essa parte da
trama é esquecimento. O velho indígena já não lembra como fazer coisas simples
que faziam parte de sua cultura, como era acostumado a fazer. A história é marcada
pelo encontro de Evan (Brionne Davis) com Karamakate, este, assim como o
primeiro antropologo, vai ao encontro do índio com a intenção de conseguir a
mesma planta que o primeiro descrevia como curandeira. A busca por esta, mostra
que o branco novamente, deixa-se afetar pelas vivências do índio, porém, a primeira
instancia nega a aceitar, acreditar e se deixar afetar pela realidade do outro.

O todo, do longa, é de extrema beleza estética, mesmo se tratando de uma


história trágica (sustentada por elementos visuais, como o preto e branco), toda a
composição se entrelaça e faz com que o espectador se deslumbre com as histórias
indígenas. Ao final do filme, cena que ao meu ver é a mais incrível da trama, conta
com Evan se deixando afetar pela realidade indigna, toma o “caapi” (conhecido por
nós, como bebida que causa alucinações, e para os indígenas, como é contado no
filme, consta numa bebida dos Xamas que te levará de encontro com a origem, com
os mestres) Karamakate conta a história de como era a origem de tudo, antes da
vida, e que uma serpente desceria do céu e era necessário que o botânico aceitasse
o abraço dela, para que entrelaçado, entendesse como tudo era antes de, de fato
ser.

Já o filme Corumbiara, trata de um tempo mais atual, mostrando o massacre


da população indígena em Corumbiara (RO), dirigida por Vincent Carelli, o trama faz
uma análise e busca de sobreviventes da tragédia, que caiu no esquecimento.

A história relata o massacre de tribos indígenas na região de Corumbiara, é


em seu todo, narrado informalmente pelo próprio diretor Vincent. As imagens que
compõe o longa, foram sendo coletados por 20 anos por conta da dificuldade de
achar os sobreviventes. É um trama que mostra o descaso. Um massacre nunca
deveria cair sobre esquecimento, e esse caiu, além de esquecimento é por muitos
desconhecido; Se é desconhecido, é pelo fato de que a cultura indígena não é e
nunca foi respeitada, foi tratada como inferior. Os brancos, ao sustentarem esse
argumento de “inferioridade” de uma civilização inteira, justificavam o domínio e o
massacre. O longa é marcado por uma palavra, tristeza. Indígenas vivendo sobre as
sombras de um massacre, sem poderem lutar contra isso. O filme contrasta entre o
que aconteceu, e qual a visão dos indígenas sobreviventes sobre isso.

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