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Conhecendo e defendendo nossa fé 1

Aula 11
Conhecendo e defendendo nossa fé
Texto básico: 1 Pedro 3.15

Leitura Diária

D Fp 1.27 – Lutando pela fé


S 1 Jo 4.1 – Provando os espíritos
T I Pe 3.15 – Estar preparados
Q At 17.2-4 – Persuasão intelectual
Q At 17.2-3 – Sabendo argumentar
S Cl 2.4 – Vãs filosofias
S Mt 22.37 – Amar a Deus com a mente

Objetivos
Ao final desta aula, o aluno deverá:

a) Entender o que é apologética e sua importância para a igreja do


século XXI
b) Saber distinguir evangelização de apologética e seu lugar no
testemunho cristão
c) Estar melhor preparado para defender sua fé

A lição numa frase

A apologética oferece importantes ferramentas para o cristão apresentar o


evangelho como algo intelectualmente viável para a nossa sociedade pós-cristã,
mostrando as razões que justificam a nossa fé e esperança que temos em Cristo.

Introdução

Numa pesquisa, realizada por Steve Henderson do Instituto Consulting for


Colleges and Ministries, afirma que cerca de 58% dos jovens cristãos se afastam
da igreja depois que ingressam na universidade.1 Quem sabe se esta mesma
pesquisa fosse feita nos Campi das universidade brasileiras, o resultado não
seria diferente. É antigo o discurso de que o ambiente universitário é hostil à fé
cristã e traz desafios aos jovens de nossas igrejas. Por que isso? Umas das
razões é porque este ambiente expõe nossos jovens aos ensinamentos de
muitos pensadores, sendo que alguns deles são declaradamente ateus,
1 http://www.christianconsulting.net/statistics/Dissertation.pdf (acessado em 08/09/2016)
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agnósticos ou céticos que não poupam suas críticas contra Deus e a Igreja, como
é o caso de filósofos como Nietzche, Voltaire, David Hume e outros.

É claro, que o ambiente universitário é desafiador. Mas, se analisarmos bem, a


vida cristã é um grande desafio. Independente de qual seja o ambiente, o cristão
precisa estar preparado para “responder com mansidão e temor aquele que lhe
pedir a razão da sua esperança“, como escreveu o apóstolo Pedro (1 Pe. 3.15).

Em nossos dias, pelas mais diversas razões, a fé cristã tem sido alvo de muitas
críticas. Por isso mesmo, precisamos estar bem preparados para dar respostas
a estas críticas, muitas delas superficiais, levianas e infundadas.

I. ENTENDENDO O QUE É APOLOGÉTICA.

A apologética tem sua origem no grego “apologia”, e significa defesa da fé. Trata-
se de um ramo da teologia cristã que procura explicar as verdades da fé cristã,
de maneira mais lógica e racional.2 Provavelmente você já teve a experiência de
ser questionado por alguém sobre alguma dessas questões: Se Deus existe
porque existe o mal? Não acredito na Bíblia porque ela é papel que aceita tudo?
A História está repleta de mitos. Logo, a história cristã é um mito tal como as
outras. Apenas para citar algumas.

Precisamos entender que boa parte destes ataques são sinceros e deve-se em
razão da própria complexidade do cristianismo. Complexidade esta que muita
gente, especialmente, os não-cristãos, não tem a mínima ideia do que significa.
Cristãos bem preparados têm a resposta a estas e outras críticas que possam
surgir.

Para Alister McGrath, apologética é “uma apresentação de defesa de suas


reivindicações de verdade e importância no grande mercado das ideias”3. Não
há dúvida de que no campo das ideias, estamos numa guerra intelectual. J.
Greshan Machen, chegou a fazer uma advertência sobre o perigo de perdermos
esta guerra na defesa do Evangelho. Ele afirmou o seguinte:

Ideias falsas são o maior obstáculo à aceitação do evangelho. Podemos


pregar com todo o fervor de um reformador e ainda assim só conseguir
ganhar uma alma aqui e ali se permitirmos que todo o pensamento coletivo
da nação seja controlado por ideias que impedem que o Cristianismo seja
visto como nada mais do que uma ilusão inofensiva.4

2CRAIG, L. William. A Veracidade da Fé Cristã. São Paulo, Ed. Vida Nova. 2004. p.11
3McGRATH, Alister. Apologética Cristã no Século XXI: Ciência e Arte Com Integridade. São Paulo: Vida,
2008, p. 9.
4MACHEN, J. Greshan. Christianity and Culture, in: Princeton Theolgical Review 11 (1913), p. 7
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Como dito no início da lição, nossos jovens são, a todo tempo, intelectualmente
atacados pelos seus colegas nas universidades e escolas. O relativismo tão
comum dos nossos dias, aliado às cosmovisões não-cristãs, desafiam
constantemente nossos jovens no Campus Universitário. Se eles não tiverem
bons argumentos em favor da fé cristã, correm o risco de se perderem. Nossas
igrejas não podem continuar achando que apenas ensinar algumas histórias da
Bíblia e pensamentos devocionais já são suficientes para manterem nossos
jovens fortes. Não mesmo. É necessário ensinar doutrina sólida. João escreveu:
“Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a Palavra de Deus permanece em
vós, e tendes vencido o Maligno” (1João 2.14c). Esta guerra demanda preparo
espiritual na Palavra de Deus e na oração.

Eles precisam ser treinados para a guerra. “Não podemos enviá-los para o
ensino médio e para a universidade armados de espadas de borracha e
armaduras de plástico. O tempo de brincar já passou”.5 O cristão deve ter
coragem e firmeza para defender o evangelho. Isto porque, cristãos genuínos
amam a verdade e refutam o erro.

II. O que a Escritura diz sobre a apologética

Escrevendo à igreja de Filipos, Paulo disse que os irmãos deviam "lutar juntos
pela fé evangélica" (Fp 1.27). Essa fé mencionada aqui por Paulo era o conjunto
de verdades que os crentes haviam recebido dos apóstolos e que deviam
preservar. A mesma ideia teve Judas, quando escreveu aos seus leitores,
exortando-os a batalharem "diligentemente pela fé que uma vez por todas foi
entregue aos santos" (v. 3). De maneira insistente, somos instruídos de que é
nossa responsabilidade defender a fé. Notem que nessas duas passagens
aparecem os termos “lutar” e “batalhar”. Isso mostra que estamos numa guerra.

Escrevendo à Igreja de Filipos, Paulo nos exorta a defender o evangelho: “Como


tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração,
pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões
como na minha defesa e confirmação do evangelho” (1.7) e “Mas outros, por
amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho” (1.16).

João também nos ensina a necessidade de discernimento: “Amados, não deis


crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus,
porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1 Jo 4.1)

Em I Pedro 3.15, está escrito: “Estai sempre preparados para responder com
mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em

5CRAIG, L. William. http://www.reasonablefaith.org/christian-apologetics-who-needs-it (acessado em


11/08/2016)
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vós”. A expressão usada por Pedro “para responder” é o termo para defesa,
apologia.

John Stott é muito convincente ao afirmar que a pregação evangelística não deve
se sustentar em “um apelo emocional e anti-intelectual por "decisões", quando
os ouvintes têm apenas uma confusa noção sobre o que é o evangelho.6 Ele
oferece alguns exemplos da importância do uso da apologética na proclamação
do evangelho. Dentre eles, a experiência do apóstolo Paulo, e afirma o seguinte:

Paulo resumiu o seu próprio ministério evangelístico com as simples


palavras "persuadimos aos homens" (2 Co 5.11). Pois bem, a "persuasão"
é um exercício intelectual. "Persuadir" é dispor argumentos de forma a
prevalecer sobre as pessoas, fazendo-as mudar de ideia com respeito a
alguma coisa. E o que Paulo declara fazer é ilustrado por Lucas nas páginas
de Atos. Ele nos diz, por exemplo, que por três semanas na sinagoga em
Tessalônica Paulo "dissertou entre eles, acerca das Escrituras, expondo e
demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse
dentre os mortos" e dizendo "este é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio". O
resultado, Lucas acrescenta, foi que "alguns deles foram persuadidos". (At
17.2-4). Pois bem, todos os verbos que Lucas emprega aqui, descrevendo
o ministério evangelístico de Paulo - dissertar, expor, demonstrar, anunciar
e persuadir - são, até certo ponto, verbos "Intelectuais". Indicam que Paulo
ensinava um corpo de doutrina e dissertava em direção a uma conclusão.
Seu objetivo era convencer para converter.7

Ao lermos Atos dos Apóstolos, fica evidente que argumentar a favor da


veracidade da visão Cristã era a atitude padrão dos apóstolos (At 17.2-3, 17;
19.8; 28.23-24). Ao lidar com a audiência Judaica, os apóstolos apelaram para
o cumprimento de profecias, os milagres de Jesus, e especialmente a
ressurreição como evidência de que ele era o Messias (At 2.22-32). Quando eles
confrontaram os gentios que não aceitavam o Antigo Testamento, os apóstolos
apelaram para a obra de Deus na natureza como evidência da existência do
Criador (At 14.17). Depois apelaram para as testemunhas oculares da
ressurreição de Jesus para mostrar especificamente que Deus se revelou em
Jesus Cristo (At 17.30,31; 1 Co 15.3-8).

Ao ler estas passagens, não resta nenhuma dúvida de que defender a fé não era
algo estranho ao contexto bíblico.

3. A IMPORTÂNCIA DA APOLOGÉTICA

6STOTT, John. Crer é também Pensar. São Paulo: 1984. ABU. pp. 19, 46
7STOTT, John. Op Cit., p. 46
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Talvez já tenha ficado claro, mas como um último ponto nessa nossa lição,
vamos pensar na importância do uso da apologética. Podemos afirmar que há
pelo menos três funções para ela:

3.1. Fortalecer a fé dos cristãos

Um dos benefícios da apologética é que ela edifica e fortalece os cristãos, dando


a eles maior segurança naquilo em que creem. Mark Mittelberg8 explica este
ponto de maneira bem convincente:

 Ajuda-nos a entender mais nossas crenças, à medida que nos inteiramos da


evidência, da Bíblia e de outros sistemas de crença.
 Dá-nos clareza sobre o que cremos.
 Dá-nos confiança acerca da razão de crermos no que cremos quando nossa
fé fica exposta ao escrutínio e desafios que surgem.
 Dá-nos estabilidade espiritual, evitando que “... Sejamos levados de um lado
para o outro pelas ondas teológicas, e jogados para cá e para lá por todo
vento de doutrina e pela malícia de certas pessoas que induzem os incautos
ao erro. ” (Ef 4.14).
 Amadurece-nos na fé e apegados “firmemente à fiel Palavra, da forma como
foi ministrada, a fim de que seja capaz tanto de encorajar os crentes na sã
doutrina quanto de convencer os que se opõem a ela. ” (Tt 1.9).
 Amplia nossa capacidade de “amar a Deus com toda a nossa mente” (Mt
22.37).

3.2. Capacitar os cristãos a compartilhar sua fé.

Muitos cristãos têm medo de falar de sua fé para outras pessoas. Talvez medo
de não saberem responder a alguma questão que venham fazer. Daí a
necessidade da apologética que é a de preparar o cristão para compartilhar sua
fé de maneira segura e convicta. Nada inspira mais confiança e coragem do que
saber que se tem boas razões para acreditar no que se acredita e boas respostas
para as perguntas e objeções comuns que podem ser levantadas.9 Bom
treinamento em apologética é uma das chaves para um evangelismo eficaz e
sem medo.

3.3. Demolir as vãs filosofias e limpar o caminho da fé dos possíveis


obstáculos.

A advertência do apóstolo Paulo aos crentes de Colossos é muito clara: “Cuidado


que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a
tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo”.
(Cl 2:8).

8MITTELBERG, Mark. Uma apologética para a apologética apud GEISLER, Norman; MEISTER, Chad:
Razões para crer: apresentando argumentos a favor da fé cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 20.
9SPROUL, R. C. Razão para Crer: Uma resposta às objeções comuns ao cristianismo. São Paulo, SP.:

Editora Mundo Cristão, 1986, p.76.


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Muitos têm uma ideia errada do cristianismo. Estão enredados (presos na rede)
a vãs sutilezas e vãs filosofias do mundo (Cl 2.4). Para Paulo, fora de Cristo, não
existe nenhuma outra fonte de conhecimento. Diz ele que em Cristo, “todos os
tesouros do conhecimento estão ocultos” (Cl 2.3). A função da apologética,
então, consiste em saber explicar em que consiste a fé cristã e procurar eliminar
os obstáculos levantados contra o cristianismo.

Para levar uma pessoa a conhecer a Cristo, precisamos remover os obstáculos


e desfazer suas vãs filosofias. E para isso, precisamos conhecer as pessoas e
sua estrutura de pensamento. Como disse McGrath “Uma das habilidades mais
importantes da apologética é saber escutar”10

O aspecto pessoal da apologética é vital. A pergunta a ser feita não é: “Que é


que faz com que as pessoas não se convertam?”, mas sim, “Que é que faz que
este meu amigo não se converte?”.11 Segundo McGrath:

A evangelização tem lugar de forma mais eficaz e poderosa cada vez que
falamos aos nossos amigos sobre nossa fé e esperança, e intentamos
compartilhar com eles o que para nós significa ser cristão.12

Por isso precisamos descobrir e respeitar as necessidades das pessoas.


Precisamos mostrar a elas que o cristianismo tem resposta para as suas
necessidades e ansiedades. Uma boa apologética descansa sobre duas
premissas básicas: 1) temos que saber algo sobre nossos amigos e 2)
precisamos conhecer o cristianismo.

RAZÕES QUE LEVAM AS PESSOAS A NÃO SEREM CRISTÃS.

Muitas são as razões que levam as pessoas a não abraçarem a fé cristã.


Entender estas razões é essencial para que tenhamos maior eficiência na prática
de compartilhar o Evangelho. Podemos mencionar pelo menos três razões:13

1. Razões ideológicas: O homem pós-moderno é produto do seu meio. Ele é


aquilo que a sociedade atual o define. Suas “convicções” são aquelas que a
sociedade lhe impõe. Ele não tem individualidade. As pessoas erram por não
conhecerem as Escrituras (Mateus 22.29). As verdades fundamentais acerca
do homem, de Deus e do Universo foram substituídas por ideologias não
cristãs e anticristãs.

10MCGRATH, Alister. Como Llegar a Ellos?, Editorial CLIE. Edición 2003 p. 26


11Idem, p. 30
12Idem, p. 27
13Estas razões são listadas por Michael Green (cf.GREEN, Michael. Por qué hay gente no Cristiana? In:

Como Llegar a Ellos?, p. 29-47


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2. Razões do passado: Algumas pessoas não querem ser cristãs em razão de


experiências ruins que tiveram no passado, ou com a igreja ou com algum
membro dela. Muitas pessoas estão desiludidas com a igreja. Podem até
manter uma certa admiração pela pessoa de Jesus, mas rejeita o cristianismo
institucionalizado. Muitos dos chamados “sem igrejas” se encontram nesse
ponto.

3. Razões do coração: Segundo Michael Green tais objeções podem esconder


outras razões. As razões do coração. Ou seja, o que poderia ser uma razão
intelectual, psicológica, ou do passado, na realidade é apenas uma desculpa
para não ter que lidar com as verdadeiras razões, escondidas atrás do muro
de objeções.14 Por exemplo: um pecado que não deseja abandonar; uma
relação ilícita; um prazer secreto; uma “liberdade” que não quer perder; medo
do que os amigos possam pensar de sua decisão, e assim por diante.

Conclusão:

Em nossa sociedade lidamos com todo tipo de ideologias, crenças e


cosmovisões. O ceticismo é um grande desafio em nossos dias. O desafio é o
de apresentar o evangelho como algo intelectualmente viável para a nossa
sociedade pós-cristã e fruto do iluminismo. Como disse William Craig, os cristãos
precisam ser vistos não como fanáticos religiosos, mas como pessoas
inteligentes e bem preparadas.15 Pedro nos orienta: “Estai sempre preparados
para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da
esperança que há em vós” (I Pedro 3.15). Que estejamos, portanto, preparados
para apresentar argumentos racionais e boas razões que justifiquem a nossa fé
e esperança que temos em Cristo.

14GREEN, Michael. Como Llegar a Ellos?. p.46


15CRAIG, William L. Em Guarda. Defenda a fé cristã com razão e precisão. Editora Vida Nova. São
Paulo: 2011. p.19

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