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Uma análise da Fertilização Assistida e Bioética: implicações e consequências

Caroline Correa; Célia Souza; Elaine Pastana; Ellem Sena; Larissa Borges; Poliana Rodrigues
Faculdade Cosmopolita, Belém, Pará
Curso de Enfermagem
Ética, Direitos Humanos e Legislação em Enfermagem
Prof. Simone Galdino

Introdução: O presente trabalho avalia os direitos referentes às questões levantadas em


função do desenvolvimento técnico-científico relacionado à aplicação das técnicas de
reprodução humana assistida conforme a Resolução nº 2.121/15 do Conselho Federal de
Medicina. Desde 1978, quando nasceu Louise Brown na Inglaterra, o mundo deparou-se com
a possibilidade de permitir a geração de filhos àqueles que porventura apresentassem algum
impedimento natural, ou mesmo no provocado, a exemplo da ligadura de trompas. Desde
então, as técnicas de reprodução assistida, como inseminação artificial e fertilização in vitro,
evoluíram de tal maneira que tornaram-se corriqueiras a escolha sobre o sexo, o numero de
filhos, a maternidade substitutiva, a possibilidade de venda ou tráfico de embriões. Tais
resultados, advindos de evolução biotecnológica, tem suscitado inúmeros debates por parte da
bioética, com relação a sua legitimidade, apesar de estar amparada legalmente. Neste sentido,
vê-se que ao dominar a tecnologia, os homens deixaram de se submeter as leis naturais que
regiam a reprodução, permitindo ao homem e a mulher o direito e possibilidade de escolha
entre as alternativas para lograr a sua descendência. No entanto, ao lado dos benefícios
oriundos do desenvolvimento tecnológico, surgiram por parte da sociedade, preocupações e
questionamentos de ordem técnica, moral, religiosa, jurídica e, principalmente, de natureza
ética. Objetivo: O objetivo dessa pesquisa foi descrever e discutir com discentes do 4º
semestre do curso de enfermagem da Faculdade Cosmopolita as implicações éticas e
biooeticas que envolvem a fertilização assistida, tomando como base as diretrizes e
normativas legais, bem como éticas e morais referentes ao assunto. Método: Estudo
bibliográfico e exploratório, feito com pesquisas na base de dados do Scielo, com base em
diferentes livros e artigos utilizando como método de pesquisa o método indutivo no qual se
busca apresentar as principais discussões referentes ao tema, partindo de conceitos da bioética
e de normas deontológicas, além de normas jurídicas para analisar conflitos que surgem no
âmbito das técnicas de reprodução humana assistida. Utilizou-se como descritores as palavras
fertilização assistida; bioética; reprodução assistida, a partir da qual foram encontrados 13
artigos, mas apenas 3 relacionavam os termos entre si e sua importância para os profissionais
de saúde. Resultados: A bioética, como disciplina que surge exatamente para avaliar o
impacto do avanço tecno-científico, particularmente no âmbito das biociências, sobre a vida
humana, tem desenvolvido reflexões interessantes a respeito da reprodução assistida. A
bioética não endossa uma única posição sobre temas polêmicos, por causa do necessário
respeito à diversidade cultural e religiosa, mas promove o debate e a análise crítica das
posturas assumidas. Não há dúvida que o profissional de saúde, corretamente orientado pelo
princípio da beneficência, busca o bem estar do casal ao o assistir, amparar e instrumentar no
sentido de viabilizar o desejo e a decisão de ter filho. A título dos artigos pesquisados viu-se
que os resultados dos mesmos são diversos. Segundo Silva, (2014) a reprodução humana
assistida pode ser considerada como um “conjunto de procedimentos tendentes a contribuir na
resolução dos problemas da infertilidade humana, facilitando o processo de procriação quando
outras terapêuticas ou condutas tenham sido ineficazes para a solução e obtenção da gravidez
desejada”. O Conselho Federal de Medicina editou algumas resoluções que adotam condutas
éticas para o emprego dos procedimentos referentes à reprodução assistida como recurso
deontológico a ser seguido pelos médicos. Conforme o Conselho Federal de Medicina (CFM
Nº 1.358/92) “as técnicas de reprodução humanas assistidas têm o papel de auxiliar a
resolução dos problemas de reprodução humana, facilitando o processo de procriação”. O
serviço de reprodução assistida é mais um serviço de saúde, que pode promover vida,
realização humana e superação de limites biológicos. Não há dúvida de que o casal tem
autonomia para tomar as decisões que envolvem os diferentes aspectos de todo o processo de
busca ou não do serviço de reprodução assistida. Não podemos promover uma ditadura da
tecnologia que pressiona os casais inférteis a buscarem necessariamente a reprodução
assistida, nem podemos pressionar os casais a optarem por soluções que eles não desejem nem
se sintam em condições de assumir. Os casais precisam ser informados, científica, técnica e
eticamente, para que a decisão a ser tomada seja a mais consciente possível. Todos que se
aproximam das conquistas realizadas neste campo ficam maravilhados com a insistência e
persistência de inúmeros pesquisadores, com a dedicação dos profissionais, com a garra e
firmeza dos casais que buscam tais serviços e, por fim, com o encanto dos resultados, como o
nascimento de bebês longamente esperados e profundamente desejados pelos pais e mães.
Neste momento, uma boa reflexão cristã nos diz que o ser humano cumpre de fato o seu papel
de co-criador, que recebeu do Criador a missão de levar a criação à plenitude. Esta visão
positiva e otimista da reprodução assistida não pode esconder ou acobertar os problemas e
dificuldades existentes. Não cabe à bioética barrar o avanço da reprodução assistida, mas é
necessário indicar caminhos para que tal serviço de saúde seja realizado dentro dos padrões
éticos aceitáveis pelas pessoas envolvidas e por toda a sociedade. Na percepção de Diniz
(2014, p.679), “a reprodução humana assistida é o conjunto de operações para unir
artificialmente os gametas masculino e feminino dando origem ao ser humano, poderá dar-se
pelos métodos ZIFT e GIFT (Resolução – ROC N. 23/ 2011 da ANVISA)”. Nesse sentido,
Barchifontaine (2004) apresenta outras formas de reprodução humana assistida, além das
técnicas citadas anteriormente. O autor apresenta a técnica da transferência de citoplasma,
mais indicada para mulheres com idade superior a 40 anos ou que produzam óvulos fracos,
que consiste, na transferência de uma doadora jovem para a paciente que necessita de
embriões melhores e com maior poder de fecundação. Outra técnica abordada pelo autor é a
inseminação artificial, muitas vezes confundida com a fertilização in vitro, porém a diferença
básica das duas se dá no local em que ocorre a fecundação. A inseminação artificial pode ser
realizada de formas heteróloga e homóloga, sendo que a primeira se da através da utilização
de espermatozóides do próprio parceiro, e a segunda implica na utilização dos os
espermatozóides de um doador. A inseminação artificial, geralmente, é usada quando a
mulher tem diagnosticado um problema no colo do útero, então é colocado o espermatozóide
diretamente na cavidade uterina da paciente. Os problemas éticos mais sérios levantados pelos
atuais métodos da reprodução assistida são: possível desvinculação entre reprodução e
sexualidade humana, a produção de embriões supranumerários e a redução embrionária.
Também merecem um estudo adequado: o anonimato dos doadores (ou vendedores) de
gametas, o redesenhar das relações familiares, a utilização das técnicas disponíveis como
pressões ideológicas sobre casais inférteis, o reforço social da infertilidade como problema. A
falta de legislação a respeito da reprodução assistida no Brasil, mostra a dificuldade de
promover o debate e tomar decisões que regulamentem o assunto de maneira equilibrada.
Proibir totalmente ou permitir sem restrições a reprodução assistida, são posições que não
promovem os autênticos interesses dos envolvidos, nem respeitam a diversidade da sociedade
brasileira. Conclusão: A discussão sobre bioética e fertilização assisitida é essencial aos
profissionais de saúde e, entre estes aos enfermeiros, e exige conhecimento, critérios e adoção
de posturas diante do tema. Ao fim deste estudo, percebe-se que as técnicas de reprodução
assistida têm permitido aumentar as chances de concepção àqueles que não a conseguem
pelos meios naturais, apesar de terem propiciado significativas conquistas relacionadas à
reprodução humana, também são crescentes as indagações e reflexões bioéticas a respeito de
sua aplicabilidade e resultados. Os profissionais envolvidos com estes procedimentos devem
levar em consideração os princípios bioéticos da beneficência e não-maleficência, com
relação a autonomia e o direito reprodutivo dos casais, respeito ao embrião e preocupação
com os interesses da criança. Trata-se, de um assunto que provoca muitas reações e debates
em vista dos componentes religioso, moral e ético.

Palavras-chave: Bioética. Fertilização assistida. Reprodução Humana.

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