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Universidade Federal do Pará

Instituto de Tecnologia
Disciplina: Hidrologia e Drenagem
Prof. M. Sc. Rodrigo Rodrigues

Introdução: Hidrologia e Drenagem

Hidrologia é uma ciência multidisciplinar que lida com a ocorrência, circulação e


distribuição das águas na Terra, suas propriedades físicas e químicas, e sua interação com o
meio ambiente. Devido à natureza complexa do ciclo hidrológico e da sua relação com o clima,
tipos de solo, topografia e geologia, a hidrologia se confunde com outras ciências que fazem
parte da geografia física, tais como: meteorologia, geologia e oceanografia.

A atmosfera terrestre, os oceanos, geleiras, lagos, rios e a crosta terrestre contêm cerca
de 1,4.1018 m3 de água. Apesar dessa abundância, a distribuição espacial e temporal da água
sobre a terra é bastante irregular, causando problemas de excesso de água em alguns locais e
escassez em outros.

Aos problemas que ocorriam devido à aleatoriedade dos eventos hidrológicos vieram se
somar os causados pela intervenção humana sobre o meio ambiente, que, em diversos lugares,
alcançou um nível crítico, afetando o clima e as condições de vida em escala global. Os estudos
hidrológicos são utilizados para avaliar o efeito destas ações antrópicas sobre os recursos
hídricos, realizar previsões sobre o que pode ocorrer no futuro, e que medidas podem ser
adotadas para evitar ou reduzir as conseqüências negativas para o bem-estar da humanidade.

A Hidrologia Aplicada tenta superar estes problemas através da previsão de eventos


extremos e da disponibilidade dos recursos hídricos. Como ainda não é possível prever com
segurança e com antecedência os eventos hidrológicos, por serem aleatórios, a estatística, com
base em registros passados, é uma ferramenta de suporte à hidrologia.

O objetivo do estudo ou projeto determinará a fase do ciclo hidrológico e a escala de


interesse. Basicamente, existem dois grupos de estudo: (1) a estimativa de disponibilidade e
demandas e (2) a previsão de eventos extremos. O primeiro grupo se aplica a: planos diretores
de bacias; estudos de impacto ambiental; projetos de abastecimento; projetos de irrigação;
projetos de geração de energia. O segundo grupo se aplica a: projetos de proteção contra
enchentes; projetos de grandes obras: barragens, pontes, estradas; projetos de drenagem. Desta
forma, pode-se resumir os principais objetos de interesse do engenheiro hidrólogo nos seguintes
itens:
I. Vazões máximas esperadas em galerias de drenagem ou bueiros;

II. Capacidade requerida de reservatórios para garantir suprimento de água adequado para
irrigação ou abastecimento urbano;

III. Efeito de barragens sobre o controle de enchentes em bacias hidrográficas;

IV. Efeito do desenvolvimento urbano sobre o sistema de drenagem e o escoamento de


enchentes;

V. Delimitação de níveis prováveis de enchentes para garantir a proteção de áreas urbanizadas


contra alagamentos, ou para realizar o zoneamento da bacia em relação ao risco de enchentes.

A diversidade de interesses e a consequente diversidade de estudos tornam a Hidrologia


Aplicada uma ciência complexa, impondo especialistas em diversas áreas. O papel do hidrólogo
é coordenar as atividades destes profissionais e analisar os estudos elaborados, gerando um
resultado que se aproprie aos objetivos do estudo ou do projeto.

No planejamento e elaboração de projetos e na operação de obras de engenharia


voltadas aos recursos hídricos, geralmente são feitas algumas perguntas típicas, como:

- Qual a vazão máxima provável em um local proposto para uma barragem?

- Qual é a disponibilidade de água de um rio e como ela poderá variar entre as estações
do ano?

- Qual é a relação entre a quantidade de água superficial e subterrânea?

- Qual deve ser a capacidade de um canal ou de um bueiro para evitar inundações?

Para responder a essa e outras perguntas, a hidrologia utiliza-se de informações


hidrológicas (dados obtidos por medições); análises especializadas; e conceitos e conhecimentos
científicos. A resposta de um problema hidrológico geralmente é o valor de uma grandeza
hidrológica associada a uma probabilidade que essa grandeza seja igualada ou excedida.

Após a chuva, tem-se basicamente quatro destinos para as águas pluviais: parte evapora,
parte é absorvida e retida pela vegetação, parte escoa superficialmente (águas superficiais) e
parte infiltra na superfície da terra (águas subterrâneas).

São as águas superficiais e subterrâneas que afetam e prejudicam as obras em


andamento e as vias já concluídas. A ação da água pode resultar em acidentes como:
escorregamento e erosão de taludes, rompimento de aterros, entupimento de bueiros, quedas de
pontes, diminuição das estruturas dos pavimentos, variação de volume nos solos, entre outros.

Portanto, a drenagem visa coletar, conduzir e lançar o mais rápido possível e em local
adequado toda água que ocorre/cai na superfície ou cruza a plataforma viária e que pode
comprometer a segurança do usuário, a estabilidade geotécnica do maciço ou a vida útil do
pavimento. O Projeto de Drenagem é obtido com os dados dos Estudos Hidrológicos,
compreendendo o dimensionamento, a verificação hidráulica, a funcionalidade e o
posicionamento das obras e dispositivos.

São conseqüências da drenagem inadequada:

- Degradação da plataforma viária e do meio ambiente;

- Diminuição da vida útil do pavimento;

- Aumentos nos custos operacionais dos veículos;

- Aumento nos índices de acidentes;

- Aumentos nos custos dos usuários;

- Danos a propriedades lindeiras.

As figuras a seguir apresentam exemplos de problemas encontrados por causa da força


das águas ou de drenagem mal executada.

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