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ARTIGO ARTICLE
A Gestão Autônoma da Medicação:
uma intervenção analisadora de serviços em saúde mental
Abstract In a context of high rates of medicaliza- Resumo Em um contexto de altas taxas de medi-
tion of the population and in light of the scantly calização da população e face ao uso pouco crítico
critical use of psychiatric medications in mental de medicamentos psiquiátricos em serviços de saú-
health services, this paper reports aspects of a qual- de mental, este artigo reporta aspectos de uma
itative study that had the opportunity to inter- pesquisa qualitativa que teve a oportunidade de
vene in care practices in three major Brazilian intervir em práticas de cuidado em três grandes
cities. Following the principle of Brazilian Psy- cidades do Brasil. Seguindo o princípio da Refor-
chiatric Reform championing users’ rights to par- ma Psiquiátrica brasileira da defesa dos direitos
ticipate in decisions about their treatment, the do usuário em participar das decisões sobre seu
research intervened in psychosocial care centers tratamento, a pesquisa interveio nos centros de
(CAPS) seeking the empowerment of the users re- atenção psicossocial (CAPS) buscando o “empo-
garding the use of drugs in their therapeutic deramento” dos usuários em relação ao uso de
projects. Interviews were conducted and focus medicamentos em seus projetos terapêuticos. Fo-
groups set up. From this recorded material, the ram realizados entrevistas e grupos focais. A par-
1
Departamento de Saúde paper analyzed some situations that, among other tir desse material registrado, o artigo analisou al-
Coletiva, Faculdade de things, attested to the difficulty of avoiding the gumas situações que atestaram, entre outras, a
Ciências Médicas,
exercise of power over users via the administrati- dificuldade de evitar o uso do poder sobre os usu-
Universidade Estadual de
Campinas. R. Tessália on of psychotropic drugs. Little dialogue about ários por via da administração de medicamentos
Vieira de Camargo 126, drugs, and the existence of stigmatization spaces psicotrópicos. Também se percebeu, nos serviços
Unicamp. 13.083-887
where user rights are inhibited or “accepted with pesquisados, pouco diálogo sobre os medicamen-
Campinas SP.
rosanaoc@mpc.com.br caution,” was also detected in the services sur- tos e a existência de espaços de estigmatização onde
2
Departamento de veyed. os direitos dos usuários são inibidos ou aceitos
Psicologia, Instituto de
Key words Mental health care services, Decisi- com cautela.
Filosofia e Ciências
Humanas, Universidade on-making, Personal autonomy, Psychotropic Palavras-chave Serviços de saúde mental, Toma-
Federal Fluminense. drugs da de decisões, Autonomia pessoal, Psicotrópicos
3
Departamento de
Psicanálise e
Psicopatologia, Pós-
Graduação em Psicologia
Social e Institucional,
Instituto de Psicologia,
Universidade Federal do
Rio Grande do Sul.
2890
Onocko-Campos RT et al.
pacidade de circulação pela cidade, pela rede de de decisões (usuário e equipe); direitos do usuá-
serviços, e uma trajetória de participação política rio, em especial no que se refere à medicação
no campo da saúde mental. O convite aos usuá- (acesso, informação, recusa); a voz do usuário
rios foi feito nos espaços de reunião e assembleia no serviço e na relação médico/paciente; a experi-
dos serviços, e a seleção dos participantes, com o ência de uso de psicofármacos; e a visão sobre
intuito de seguir os critérios estabelecidos pela autonomia de cada um.
pesquisa, realizou-se de maneira conjunta com Os grupos focais e as entrevistas, realizados
os trabalhadores dos serviços onde os grupos por pesquisadores diferentes daqueles que con-
aconteceram. Cabe ressalvar que, para alguns dos duziram os GI, foram audiogravados e transcri-
usuários que participaram dos GI, o tratamento tos integralmente. Essas transcrições deram ori-
medicamentoso era acompanhado por médicos, gem a narrativas que foram construídas por
não necessariamente do CAPS. quem conduziu cada grupo ou realizou a entre-
Foram feitos, antes e após o desenvolvimen- vista20, sendo que cada uma dessas narrativas
to dos GI, grupos focais com os usuários partici- foi, posteriormente, validada por outro pesqui-
pantes e entrevistas com gestores e trabalhado- sador. Com os usuários, as narrativas validadas
res de cada local onde os GI aconteceram. Esses foram a eles apresentadas para outra, final “ o
trabalhadores e gestores não necessariamente que temos chamado de grupo focal hermenêuti-
participaram dos GI – sistematicamente, houve co20, com base nas formulações acerca da função
participação de duas trabalhadoras junto aos GI da narrativa21. Os usuários, no encontro com o
que se realizavam nos CAPS em que atuavam: texto produzido com suas vozes, julgaram se seus
uma no Rio de Janeiro e outra em Novo Ham- pontos de vista estavam ali contemplados, con-
burgo. No grupo desenvolvido na Unicamp, pelo tribuindo para a compreensão dos pesquisado-
fato dos sujeitos terem mais autonomia e transi- res. Na análise dessas narrativas, foram extraí-
tarem pelos diferentes serviços da rede de saúde, dos os principais núcleos argumentais que emer-
foram realizados grupos focais somente com os giam do material, relacionados ao objetivo da
usuários. O conteúdo do roteiro, tanto das en- pesquisa.
trevistas como dos grupos focais, foi: a valoriza- A pesquisa, com aprovação pelo Comitê de
ção do contexto do usuário nas condutas clíni- Ética da Universidade Estadual de Campinas, res-
cas; a capacidade de gestão e compartilhamento peitou os aspectos éticos e legais implicados no
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paciente não está bem, tem que se correr pra mon- tar. (Entrevista Trabalhador 1). Por fim, os ges-
tar a rede, o que é um problema, porque acho que tores afirmaram que pouco se debate sobre os
idealmente a gente devia estar com essa rede consti- medicamentos no cotidiano dos serviços, tanto
tuída permanentemente. (Entrevista Gestor 1). com os usuários, como entre os profissionais das
Um dos trabalhadores disse sentir-se mais equipes de saúde mental.
seguro com o trabalho em equipe, mas chamou Os usuários ponderaram ainda sobre a timi-
atenção para a situação atual de falta de pessoal: dez, o receio de conversar e “ouvir um não”, ou de
acabo trabalhando que nem em pronto-atendimen- serem maltratados. Aqueles que expressaram
to, em que venho aqui, mas não sei mais o que está suas ideias para os trabalhadores, após a vivên-
acontecendo com aquele paciente, não consigo mais cia da estratégia da GAM, indicaram que isso não
fazer seguimento... Então, está bem ruim, sem qua- significou que foram ouvidos: Ganhamos uma
lidade nenhuma. Parece que você fica sem reta- lista dos nossos direitos no GAM, mas a gente tem
guarda. O processo de trabalho acaba desestrutu- três minutos de consulta pelo SUS, não dá tempo
rando o próprio trabalho... às vezes você é engolido de mostrar. Quando, certa vez, um de nós, tentou
pela demanda. (Entrevista trabalhador 3). mostrar os direitos para o médico, ele desviou li-
Esses trechos deixam claro o quanto a falta de geiro, deu a receita e já chamou outro. Ele nem leu,
investimento, a alta rotatividade de pessoal e os nem pegou pra ler, ele viu que a carta era dos direi-
recursos insuficientes interferem na qualidade do tos, deu a receita e disse pra voltar tal dia. (GF
trabalho prestado. Tal situação já foi evidenciada usuários 2). Ainda segundo os usuários, a escuta
em pesquisas anteriores, tendo sido destacada do médico era seletiva, voltada aos aspectos or-
como pano de fundo durante nosso estudo24. gânicos das experiências que lhes eram narradas:
Os usuários identificaram também que, quan- Outro colega de nosso grupo conta que os médicos
do o assunto era medicação, os demais profissio- não lhe ouvem. Só ouvem quando tem um proble-
nais do CAPS costumavam remeter a decisão ao ma simples, como: dor de cabeça, cólica... Desses a
médico e pareciam pouco apropriados sobre o gente pode falar. (GF usuários 1)
tema. Este padrão se repetiu em narrativas dos A partir da experimentação dos usuários nos
usuários das três cidades, o que mostrou a difi- grupos de intervenção da GAM, outra forma de
culdade em se discutir o tratamento medicamen- comunicação sobre os psicotrópicos pôde ser
toso. Por outro lado, os profissionais médicos vivenciada. Os usuários referiam-se ao grupo
relataram que o monopólio das decisões relacio- como um local de troca de um “saber experienci-
nadas aos medicamentos não é algo desejado por al” sobre o medicamento, onde cada um pôde
eles, mas uma exigência que experimentam em contar sua vivência singular com o uso dos psi-
função do modo como se organiza o trabalho no cotrópicos. Ao mesmo tempo, utilizaram essa
CAPS. Contaram que, no caso de queixas possi- experiência do GI como um contraponto para
velmente associadas a efeitos colaterais, os usuá- criticarem a forma de comunicação dos profissi-
rios eram remetidos diretamente a eles, como se onais que os atendiam. Criticaram a linguagem
outro profissional não pudesse conversar ou abor- dos trabalhadores da saúde, definindo-a como
dar essa questão. Reforço a importância do com- técnica e insuficiente para sanar as muitas dúvi-
partilhamento em equipe, ouvir outros pontos de das: Como chegaram à conclusão de que alguém é
vista, mesmo assim, sinto que a responsabilidade bipolar? Quando vai ser a hora de pararmos o re-
com a medicação está vinculada apenas a mim que médio? (GF usuários 2). Sem respostas para suas
sou médico, não sendo tão importante para os ou- dúvidas, os usuários revelaram alguns medos,
tros profissionais. (Entrevista trabalhador 3) como a impressão de que o tratamento com
Os trabalhadores não médicos, por sua vez, múltiplos medicamentos pode matar ou causar
referiram-se a uma tensão existente entre eles e um estado de coma permanente. Na sua percep-
os médicos, ressaltando que estes têm dificulda- ção, os médicos orientam pouco sobre o trata-
de em compartilhar o conhecimento sobre me- mento medicamentoso: falam apenas quanto você
dicamentos, o que, para eles, justificaria o fato vai tomar e em que horário, mas não conversam
dos profissionais não médicos pouco participa- sobre a adaptação ao remédio (GF usuários 3).
rem em decisões sobre o assunto. Ao mesmo A discussão suscitada pela estratégia da GAM
tempo, identificaram esse monopólio como uma fez com que os usuários chegassem à conclusão
das razões do baixo empowerment dos usuários de que tratamento e uso regular de medicamen-
em relação à sua própria medicação: Entre médi- to quase se tornaram sinônimos nos CAPS. Eu
co e paciente ainda existe aquela relação de poder; tenho medo de contar que parei os remédios por-
o médico receita o remédio e o paciente deve acei- que o CAPS é muito apegado a remédio e acho que
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dade de seguir corretamente o uso do medica- luntárias como forma de proteção. Infelizmente,
mento prescrito, há dificuldade em reinvestir na não foram exploradas, no estudo, quais situa-
corresponsabilização e permitir que o usuário ções eram consideradas de risco pelas equipes e
autoadministre sua medicação, por considera- qual a possibilidade de negociação. Não houve
rem que, quando ele se sentir bem, interromperá menção à possibilidade da elaboração de um pla-
novamente seu uso. Com o grupo de interven- no para a crise, combinado previamente com o
ção da GAM, alguns trabalhadores perceberam usuário, corroborando a ideia de que há dificul-
que os usuários reclamaram de não poder discu- dade de inclusão do usuário na negociação da
tir a medicação com o psiquiatra e os demais direção do seu tratamento.
profissionais da equipe. Identificaram que exata- No momento em que o Guia GAM abordou
mente os usuários mais críticos eram os que os direitos dos usuários, estes apontaram os es-
menos aderiam aos dispositivos clínicos oferta- paços onde está previsto que falem: as “assem-
dos pelo CAPS e não seguiam “corretamente” o bleias”, a associação de usuários do CAPS e ou-
tratamento indicado. Esses trabalhadores não se tros grupos. Nos espaços criados para garantir a
indagaram se os tratamentos oferecidos no CAPS democracia institucional, a participação é acolhi-
atendiam aos desejos dos usuários, que fizeram da e respeitada, segundo os próprios usuários.
reclamações apoiados em seus próprios objeti- Todavia, quando o assunto está relacionado à
vos e expectativas com o tratamento. gestão de seu próprio tratamento, como o direi-
Verificamos, a partir do que se mostrou na to de recusá-lo, os usuários não se sentiram ou-
pesquisa, que o usuário frequentemente ocupa vidos: se isso ocorre [recusa ao medicamento],
uma das duas posições frente ao tratamento pres- põem remédio pela garganta, dão injeção ou, na
crito: a de sujeito ou com pouca voz e pouca par- internação, amarram logo (GF usuários 1). A re-
ticipação no projeto terapêutico atribuído ou ex- cusa ao tratamento medicamentoso coloca o usu-
cluído de seu próprio direito ao tratamento, cor- ário diante da ameaça de ser transferido para um
rendo o risco de tampouco ter apoio da família lugar pior ou de desencadear uma nova crise, cau-
que, muitas vezes, reforça e garante sua adesão sando o retorno ao uso dos psicotrópicos.
irrestrita ao prescrito no serviço de saúde. Nos Após as discussões abordando os direitos dos
casos de exceção, em que os usuários mostraram usuários nos GI, alguns fizeram pedidos às equi-
maior protagonismo em seu tratamento, os tra- pes dos CAPS para ter acesso ao prontuário e à
balhadores pareciam manter uma ligação mais bula de seus medicamentos, porém sentiram di-
frágil com eles e, ao mesmo tempo, enfrentavam ficuldades em obter o que reivindicavam. Ques-
a oposição de colegas, o medo de responsabiliza- tionaram também a impossibilidade de escolha
ção e punição pelo que pudesse advir a esses usu- do profissional que os atendia e os empecilhos
ários em função de seu protagonismo. para conversar com as pessoas com quem se sen-
Nas entrevistas com os gestores, foram refe- tiam mais à vontade. Eu liguei para o CAPS e falei
ridas diversas situações em que se justificava a que queria parar os remédios, que queria conver-
impossibilidade do manejo de crise sem o uso de sar com a médica de quem eu mais gosto. E eles
psicotrópicos: É o nosso mandato, se a gente não falaram que quem vai me atender é uma outra que
fizer, o paciente estará aí, correndo risco... fazendo eu não gosto. O paciente não pode escolher quem
alguém correr risco. Não é desejável que ele vá pa- ele quer que seja sua referência (GF usuários 3).
rar no campo jurídico ou penal. Às vezes, tem risco Estudo brasileiro já apontou essa mesma difi-
que você não imagina! (Entrevista Gestor 1). Es- culdade na atenção básica26.
sas falas evidenciaram a predominância do papel A partir dos objetivos desta pesquisa-inter-
de tutela sobre o de cuidado. venção, cujas práticas-alvo foram o comparti-
Nos momentos descritos como aqueles em lhamento de decisões e a garantia do direito dos
que o usuário se coloca em risco ou expõe outros usuários a participarem de seus próprios trata-
a risco, foi defendido um agir de forma mais “fir- mentos, a metodologia de trabalho da GAM foi
me”, impondo a internação e/ou o uso do me- vista como algo não habitual, seja para os usuá-
dicamento, mesmo que involuntariamente. Jus- rios, seja para os trabalhadores e os gestores. Em
tificou-se como um cuidado necessário, ao jul- que pese os seus méritos, a Reforma Psiquiátrica
garem extintas as possibilidades de negociação. brasileira foi fundamentalmente uma reforma
Quando o usuário se coloca numa situação de ris- estrutural, com aumento do financiamento aos
co, a gente obrigatoriamente interfere (Entrevista serviços extra-hospitalares de base comunitária,
Gestor 1). Neste ponto, todos os discursos fo- resultando na forte expansão do número de CAPS
ram congruentes, apontando para ações invo- em território nacional27 e, mais recentemente, na
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Colaboradores
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1319
ERRATA
Ciência & Saúde Coletiva
volume 18 número 10 - 2013
p. 2889
onde se lê:
Laura Lamas Magalhães Gonçalves
leia-se:
Laura Lamas Martins Gonçalves
p. 609
onde se lê:
Pharmaceutical care and evenly hovering attention:
commitment formations between pharmacy and psychoanalysis
leia-se:
Pharmaceutical care and suspended attention:
compromise-formations between pharmacy and psychoanalysis