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Nº 28060
4- SILVA, Vasco Pereira; Temas e Problemas de Processo Administrativo, 2.ª Edição Revista e
Atualizada, Instituto de Ciências Jurídico-políticas, Setembro de 2011, página 81
5- GOMES, Carla Amado; NEVES, Ana Fernanda; SERRÃO, Tiago; Comentários à revisão do ETAF
e do CPTA, 1º Edição, AAFDL Editora, 2016- páginas259-262
um prazo para a impugnação administrativa, sob pena de preclusão do acesso aos
tribunais.
No que concerne a atos administrativos de conteúdo negativo, não podemos falar de
ação de impugnação, mas sim o pedido de condenação à prática do ato administrativo,
é isto a que se refere o artigo 67 nº1 b) do CPTA. O mesmo se aplica para as situações
em que a pretensão do interessado foi parcialmente indeferida ou se trata de um ato
administrativo de conteúdo ambivalente.
Quando os atos não ponham termo a um procedimento administrativo, só podem ser
impugnados durante a pendência do mesmo, sem prejuízo da faculdade de
impugnação do ato com base em ilegalidades cometidas durante o procedimento, a
não ser quando estas digam respeito a algum ato que tenha determinado a exclusão
do interessado do procedimento ou um ato a que a lei especial submeta a um ónus de
impugnação autónoma.
Em relação ao ónus de impugnação, a regra geral é que aquele é afetado ou o
destinatário do ato administrativo é que tem o ónus de impugnação, todavia existem
algumas exceções3:
a) Artigo 51º nº3 do CPTA – Segundo o Professor Mário Aroso de Almeida
estamos perante uma faculdade e não um ónus
b) Artigo 52 nº2 do CPTA- Devido ao facto de muitas vezes os interessados
não entenderem que se trata de um ato administrativo e deixam passar o prazo
para a sua impugnação
c) Artigo 52º nº3 do CPTA
Passando para a legitimidade ativa, esta encontra-se regulada no artigo 55º nº1 do
CPTA, que resultante da alteração do CPTA, houve uma restrição da legitimidade ativa
em relação às ações intentadas por órgãos administrativos no que diz respeito a atos
praticados por outros órgãos da mesma pessoa coletiva. A segunda grande alteração
verifica-se no artigo 56º nº1 do CPTA, pois passamos a falar de “mera anulabilidade” e
não de nulidade.
O professor Vasco Pereira da Silva refere que o artigo 57º do CPTA também entra no
conjunto de interessados, estes são parte legitima por serem diretamente
prejudicados pela ação de impugnação intentada.4
Por fim, os prazos para a impugnação estão estabelecidos no artigo 58º do CPTA.
As maiores alterações, com a reforma do CPTA, foram em relação à contagem dos
prazos, que agora passa a ser feita segundo o artigo 279º do CC e os atos, em que após
os três meses referidos no artigo 58 nº1 b) do CPTA, possam ser impugnados.5
Ao abrigo do artigo 58º do CPTA, a impugnação dos atos administrativos pode ser
realizada pelo Ministério Público no prazo de um ano e nos restantes casos, três
meses. Ultrapassado esse prazo, segundo o artigo 58º nº4 do CPTA, os interessados
podem ainda impugnar desde que tenham ocorrido uma das três circunstâncias
referidas no artigo 58º nº4 do CPTA.
4- SILVA, Vasco Pereira; Temas e Problemas de Processo Administrativo, 2.ª Edição Revista e
Atualizada, Instituto de Ciências Jurídico-políticas, Setembro de 2011, página 81
5- GOMES, Carla Amado; NEVES, Ana Fernanda; SERRÃO, Tiago; Comentários à revisão do ETAF
e do CPTA, 1º Edição, AAFDL Editora, 2016- páginas259-262
Bibliografia
4- SILVA, Vasco Pereira; Temas e Problemas de Processo Administrativo, 2.ª Edição Revista e
Atualizada, Instituto de Ciências Jurídico-políticas, Setembro de 2011, página 81
5- GOMES, Carla Amado; NEVES, Ana Fernanda; SERRÃO, Tiago; Comentários à revisão do ETAF
e do CPTA, 1º Edição, AAFDL Editora, 2016- páginas259-262