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Na sessão desta quarta-feira (29), o julgamento foi retomado com voto-vista do ministro
Luiz Fux, acompanhando o relator do processo, ministro Teori Zavascki. A ministra
Rosa Weber votou no mesmo sentido. Em seguida, o ministro Dias Toffoli pediu vista
dos autos, suspendendo o julgamento. Já há quatro votos pelo indeferimento do
recurso (ministros relator, Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber) e um pelo seu
provimento (proferido pelo ministro Marco Aurélio).
No STF, o Ministério Público sustenta que a norma viola o artigo 182 (parágrafos 1º e
2º) da Constituição Federal, que define o plano diretor como instrumento básico da
política de desenvolvimento e de expansão urbana. A Constituição exige que cidades
com mais de 20 mil habitantes tenham plano diretor. Para o MPDFT, ao criar regras
isoladas para os condomínios fechados, fora do contexto urbanístico global, a lei feriu a
Constituição.
“Da leitura conjunta e sistemática das normas constitucionais citadas, se extrai que
cabe ao plano diretor apenas estabelecer as diretrizes e exigência básicas,
fundamentais e gerais para o ordenamento urbano. Nada impede, portanto, que o
município ou o Distrito Federal, com base no artigo 30, incisos I e VIII, da Constituição
Federal, legisle mediante normas sobre projetos e programas específicos de
ordenamento do espaço urbano, desde que observadas as diretrizes gerais traçadas
pelo plano diretor”, afirmou.
Em razão da repercussão geral, a decisão que vier a ser tomada neste recurso deverá
ser seguida pelas demais instâncias do Poder Judiciário e aplicada aos processos que
discutem o mesmo tema.