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Nesse aspecto, cabe ressaltar, que não existe pureza cultural, todas as
sociedades são dinâmicas e é dessa forma que as culturas se reproduzem. O
fato de alguns grupos indígenas não usarem cocares, flechas e bordunas e
terem passado por um longo processo de descaracterização cultural não quer
dizer que não sejam mais índios. A incorporação de rituais, crenças e práticas
exógenas pelos índios não significa, necessariamente, que sua cultura deixou
de ser autêntica e que, portanto, tais índios passaram a ser “falsos índios” ou
“ex-índios”. Os estudos desenvolvidos com as sociedades indígenas, em
particular os desenvolvidos por João Pacheco de Oliveira Filho, têm mostrado
que elementos externos são ressemantizados e fundamentais para a
preservação ou adaptação de organizações sociais e de modos de vida. Além
de que, cabe indagar, se seria possível que as coletividades indígenas em
contato com o mundo envolvente fossem totalmente refratárias aos fluxos
culturais globais e as pressões do capitalismo.
Ainda nesse sentido, cabe esclarecer que os direitos indígenas não decorrem
de uma condição de primitividade ou de pureza cultural a ser comprovada nos
índios atuais. Eles decorrem, como bem pontua o antropólogo supracitado,
pelo fato de serem reconhecidos pelo Estado brasileiro e pela sociedade
nacional como descendentes da população autóctone. A tentativa de diferenciar
os índios quanto aos seus direitos e de classificá-los pelo grau de primitividade
não possui fundamentação científica. Fundamenta-se sim, no preconceito e no
desconhecimento da dinâmica cultural das sociedades humanas.
Fonte:
www.ambientes.ambientesbrasil.com.br/indios
Nos anos 70, dezenas dessas famílias extensas, cada vez mais espremidas
nos fundos de fazenda, foram levadas aleatoriamente para oito reservas
indígenas que haviam sido demarcadas pelo Serviço de Proteção ao Índio,
entre as décadas de 10 e 40. Essas reservas ficam propositalmente próximas
das cidades da região, como Caarapó, Amambaí e Dourados.
O objetivo dessa demarcação era o de promover a progressiva "civilização" dos
índios. No início do século XX, imperava entre nossa elite intelectual o
pensamento evolucionista, segundo o qual esses povos "selvagens" estavam
apenas num estágio "menos avançado" de cultura. Em contato com os
brancos, eles naturalmente se tornariam como nós.
Agência Brasil
No primeiro caso, as culturas que ali se desenvolveram têm uma origem e uma
marca predominantemente européia, e engrandeceram uma identidade crioula
para a qual contribuíram as identidades dos imigrantes italianos, espanhóis,
franceses, ingleses e outros, em termos de um alto grau de respeito recíproco.
Pode-se notar que esta identidade foi forjada à custa do sacrifício das
populações originárias, de cujas identidades não ficaram nem sequer vestígios,
e da segregação de outras populações migrantes tão importantes como a
boliviana ou a paraguaia.
Por outro lado, o mosaico sócio-cultural das outras cidades que mencionei está
fortemente impregnado da presença das diferentes coletividades indígenas
originais, e o diálogo intercultural - se é que se pode falar de algo assim - se
deu entre elas e a porção mestiça e/ou crioula que deteve as principais
situações do poder local.
Nenhum esforço institucional, por mais importante que seja, será suficiente se
o conjunto da sociedade não assumir este desafio e o tornar realidade. Não
basta que nos convoquem de tempos em tempos para votar, nem que nos
convidem a fazer parte de instâncias ou organismos onde nossa voz se dilui no
mar da burocracia. O que faz falta é a ampliação e a qualificação dos espaços
de participação e dos mecanismos das democracias latino-americanas. Trata-
se de requisitos que hoje são tão importantes como a reforma do sistema
educacional ou a regulamentação dos meios de comunicação. O denominador
comum destas tarefas é o conceito de responsabilidade pública, em suas
dimensões institucional e social.
Arqueologia no Brasil
Centros Arqueológicos
Bacia Cunani, Maracá, Pacoval, Camutins, Sambaqui de Cachoeira,
Amazônica Sambaquis da Foz do Tocantins e de Cametá, Santa Izabel,
Tesos e Mondongos de Marajó, Caviana, Santarém, Taperinha,
Miracanguera, Rio Tefé, Irapurá, Cerro do Carmo, Rio Içana,
Anuiá Luitera, Apicuns, Tijolo, São João e Pinheiro.
Zona Marobinha, Pindaí, Ilha de Cueira, Florante, Lago Jenipapo,
Maranhense Armindo, Lago Cajari e Encantado.
Zona Costeira
Cunhaú, Valença, Guaratiba, Macaé, Parati, Saquarema, Feital,
do Norte e
Cabo Frio, Cosmos.
Centro
Santos e São Vicente, Conceição de Itanhaém, Iguape,
Cananéia, Sabaúna, Guaraqueçaba, Paranapaguá, São
Francisco, Imbituba, Laguna, Joinvile, Sanhaçu, Armação da
Piedade, Porto Belo, Rio Tavares, Rio Cachoeiro, Canasvieiras,
Zona Costeira
Rio Baía, Ponta do Guaíva, Vila Nova, Itabirubá, Penha, Rio
do Sul
Una, Magalhães, Porto do Rei, Laje, Sambaqui das Cabras,
Sambaqui ao sul de Tramandaí, Sambaquis do Arroio do Sal,
Luiz Alves, Carniça, Cabeçuda, Caputera, Perchil, Ponta Rasa,
Sambaquis nas proximidades de Torres.
Zona Central Lagoa Santa
Rio Tefé: perto da embocadura desse rio, o padre Tastevin recolheu inúmeros
vasos estudados por Métraux. Apesar de certas particularidades, eles
demonstram semelhanças com o material de Santarém e são úteis para estudo
da influência que essa região possa ter exercido na louçaria indígena. Na
margem do Irapurá, Tastevin deparou-se com uma urna representando o rosto
da figura humana, contendo ossos em mau estado de conservação. Urnas
funerárias simples foram também descobertas por Nimuendaju em Cerro do
Carmo, Rio Içana e Anuiá Iuitera (região do Rio Uapés).
Em Cidreira e Vila das Torres, estão: o Sambaqui das Cabras, próximo à Lagoa
D. Antonia, a cerca de 17km ao sul de Tramandaí; outro a cerca de 1km para o
sul; outro junto ao Capão do Quirino 16 km perto do Arroio do Sal. Ainda há os
quatro sambaquis de Torres, todos de grandes dimensões, sendo um ao
chegar à Vila de São Domingos e outros três próximos de Mampituba.
Ambiente Brasil