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Noções de
Direito e Legislação
MÓDULO 05
BRASÍLIA – 2009
Os textos do presente Módulo não podem ser reproduzidos sem autorização do
INEDI – Instituto Nacional de Ensino a Distância
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347.46:677
C954m
Caro Aluno
Em síntese, caro aluno, o estudo dedicado do conteúdo deste módulo lhe permitirá
não só o domínio dos conceitos mais elementares de Direito e Legislação, como também
a melhor abordagem do consumidor, além do conhecimento dos instrumentos básicos
para que o futuro profissional possa atingir os seus objetivos no mercado de imóveis.
Enfim, ao concluir seus estudos neste módulo você terá vencido uma importante etapa
para atuar com destaque nesse seguimento da economia nacional.
Boa sorte!
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................07
UNIDADE I
LEI DE INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL (LICC) ................................................11
2. DOS BENS................................................................................................................16
2.1 – Dos bens considerados em si mesmos ............................................................16
2.2 – Dos bens reciprocamente considerados .........................................................17
2.3 – Dos bens públicos .........................................................................................17
2.4 – Das benfeitorias ............................................................................................19
UNIDADE II
4. DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES .........................................................................29
4.1 – Das modalidades de obrigações .....................................................................29
4.2 – Da transmissão das obrigações ......................................................................31
4.3 – Do adimplemento e extinção das obrigações .................................................32
4.4 – Do inadimplemento das obrigações ...............................................................37
4.5 – Dos contratos em geral .................................................................................40
4.6 – Das várias espécies de contrato ......................................................................44
4.7 – Dos atos unilaterais .......................................................................................56
UNIDADE III
5. DIREITO DAS COISAS ............................................................................................61
5.1 – Da posse .......................................................................................................61
5.2 – Dos direitos reais ..........................................................................................63
5.3 – Da propriedade .............................................................................................63
5.4 – Do Condomínio Geral ..................................................................................67
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
UNIDADE IV
6. LEI Nº 4.591/64 - Lei do Condomínio em edificações e das incorporações
imobiliárias................................................................................................................77
INTRODUÇÃO
Revogar uma lei, portanto, é abolir toda ou parte dela que contenha
disposições contrárias ao que foi disposto pela nova. Quando a lei é revogada
no seu todo ocorre a “AB-ROGAÇÃO”; apenas em parte ocorre a
“DERROGAÇÃO”.
Unidade
I
liu, quem se casou e depois ficou viúvo ou se d) Em nosso dia-a-dia muito se fala em ter
divorciou não retorna à condição de incapaz. direito sobre isso ou aquilo. Mas, para o direi-
A existência da pessoa natural termina to, o que significa “direito adquirido”?
com a morte. Pode-se, também presumir a ________________________________________
morte e assim declará-la, sem decretação de
ausência, depois de esgotadas as buscas e ave- e) No estudo do direito natural, quando tem
riguações, nos casos em que é extremamente início a “personalidade civil”?
provável a morte de quem estava em perigo ________________________________________
de vida, se o desaparecido em campanha ou
feito prisioneiro não for encontrado até dois f) O corretor de imóveis muitas vezes é con-
anos após o término da guerra. tratado para vender imóveis que fazem parte
A morte presumida tem como conseqü- de inventários. Por isso é necessário saber: o
ência a abertura da sucessão definitiva quanto que é “nascituro” e o que a lei diz a seu respei-
aos bens e a dissolução da sociedade conjugal. to?
A observação de informações como es- ________________________________________
sas são muito importantes no estabelecimento
de uma transação imobiliária, principalmente g) O que vem a ser “capacidade civil”, como
no que tange a cobrança de impostos, suces- definição dada pelo direito natural?
sões de bens e realização de negócios, lembran- ________________________________________
do sempre, neste último caso, de se averiguar a
idade e o desenvolvimento mental da pessoa h) Uma pessoa definida por lei como “relati-
com a qual será realizado qualquer contrato. vamente incapaz” pode praticar negócios jurí-
A pessoa natural é, também, conhecida dicos? Se praticar, o ato jurídico será válido?
como pessoa física. ________________________________________
1.3 – O DOMICÍLIO
São fungíveis os móveis que podem substi- São públicos os bens do domínio nacional
tuir-se por outros da mesma espécie, qualidade e pertencentes às pessoas jurídicas de direito
quantidade. Infungíveis são os que não podem ser público interno.
substituídos, valendo pela sua individualidade. Todos os outros bens são particulares,
São consumíveis os bens móveis cujo seja qual for a pessoa a que pertencerem.
uso importa destruição imediata da própria
substância, sendo também considerados tais os São bens públicos:
destinados à alienação. Inconsumíveis, são os
bens móveis de natureza durável. I - os de uso comum do povo, tais como
rios, mares, estradas, ruas e praças;
2.1.4. Dos Bens Divisíveis II - os de uso especial, tais como edifícios
ou terrenos destinados a serviço ou es-
Bens divisíveis são os que se podem fraci- tabelecimento da administração fede-
onar sem alteração na sua substância, diminui- ral, estadual, territorial ou municipal,
ção considerável de valor, ou prejuízo do uso inclusive os de suas autarquias;
a que se destinam. É exemplo a gleba de lote III - e os dominais ou dominicais, que cons-
rural, a barra de ouro. Indivisíveis são os bens tituem o patrimônio das pessoas jurí-
que não admitem divisão. dicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma
2.1.5. Dos Bens Singulares e Coletivos dessas entidades.
São singulares os bens que, embora reu- Os bens públicos de uso comum do
nidos, se consideram de per si, independente- povo e os de uso especial são inalienáveis, en-
mente dos demais. São coletivos os bens sin- quanto conservarem a sua qualificação. Os bens
gulares que, pertinentes à mesma pessoa, te- públicos dominicais podem ser alienados des-
nham destinação comunitária. de que observadas as exigências da lei.
Em qualquer hipótese os bens públicos
2.2 – DOS BENS RECIPROCAMENTE não estão sujeitos a usucapião.
CONSIDERADOS
3.4.6. Da Fraude Contra Credores jurídico pode ser anulado por vício:
______________________________________
Pratica fraude contra credores o deve- ______________________________________
dor insolvente ou na iminência de o ser, que
onera ou aliena seus bens, desfalcando seu pa- f) Negócios imobiliários podem ter muitos
trimônio em detrimento dos credores. Nesse “vícios”: qual a diferença entre negócio jurídi-
caso, os credores poderão anular os negócios co nulo e anulável?
de transmissão gratuita de bens ou remissão ______________________________________
de dívida. Serão igualmente anuláveis os con- ______________________________________
tratos onerosos do devedor insolvente, quan-
do a insolvência for notória, ou houver moti- g) Para o direito, qual a diferença entre “dolo”
vo para ser conhecida do outro contratante. e “culpa”?
______________________________________
______________________________________
Unidade
II
rá dar a coisa pior, nem será obrigado a pres- 4.1.4. Das Obrigações Alternativas
tar a melhor.
Antes da escolha, não poderá o devedor Obrigação alternativa é aquela que tem
alegar perda ou deterioração da coisa, ainda por objeto duas ou várias prestações que são
que por força maior ou caso fortuito. devidas de tal maneira que o devedor se libere
inteiramente executando uma “só dentre elas”
4.1.2. Das Obrigações de Fazer (Planiol).
Nas obrigações alternativas, a escolha
A obrigação de fazer relaciona-se com o cabe ao devedor, se outra coisa não se estipu-
encargo de prestar um serviço, um ato positi- lou, mas ele não pode obrigar o credor a rece-
vo, material ou imaterial, em benefício do cre- ber parte em uma prestação e parte em outra.
dor ou terceiro. Bem exemplifica a obrigação Quando a obrigação for de prestações perió-
de fazer o encargo aceito pelo pedreiro para dicas, a faculdade de opção poderá ser exerci-
construir um muro. da em cada período.
O devedor que recusar a prestação a ele Se uma das duas prestações não puder
só imposta, ou só por ele exeqüível incorrerá ser objeto de obrigação ou se tornada inexe-
na obrigação de indenizar perdas e danos. qüível, subsistirá o débito quanto à outra.
Se a prestação do fato tornar-se impos- Se, por culpa do devedor, não se puder
sível sem culpa do devedor, resolver-se-á a cumprir nenhuma das prestações, não compe-
obrigação; se por culpa dele, responderá por tindo ao credor a escolha, ficará aquele obriga-
perdas e danos. do a pagar o valor da que por último se impos-
Se o fato puder ser executado por tercei- sibilitou, mais as perdas e danos que o caso
ro, será livre ao credor mandá-lo executar as determinar.
custas do devedor, havendo recusa ou mora Quando a escolha couber ao credor e uma
deste, sem prejuízo da indenização cabível. Em das prestações tornar-se impossível por culpa
caso de urgência, pode o credor, independente- do devedor, o credor terá direito de exigir a
mente de autorização judicial, executar ou man- prestação subsistente ou o valor da outra, com
dar executar o fato, sendo depois ressarcido. perdas e danos; se, por culpa do devedor, am-
bas as prestações se tornarem inexeqüíveis, po-
4.1.3. Das Obrigações de Não Fazer derá o credor reclamar o valor de qualquer das
duas, além da indenização por perdas e danos.
A obrigação de não fazer relaciona-se Se todas as prestações se tornarem im-
com o encargo de abster-se obrigatoriamente possíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á
de um fato que poderia praticar, de tolerar, a obrigação.
consentir ou não impedir.
Extingue-se a obrigação de não fazer, 4.1.5. Das Obrigações Divisíveis e
desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne Indivisíveis
impossível abster-se do ato, que se obrigou a
não praticar. Obrigação divisível é aquela cuja presta-
Se aquele que se obrigou a abster-se de ção o devedor pode cumprir a obrigação por
praticar o ato o fizer, o credor pode exigir seu partes. Havendo mais de um devedor ou mais
desfazimento, sob pena de o próprio credor o de um credor em obrigação divisível, esta pre-
desfazer a custa do devedor, que responderá sume-se dividida em tantas obrigações, iguais
também por perdas e danos. Em caso de urgên- e distintas, quantos os credores ou devedores.
cia, poderá o credor desfazer ou mandar desfa- A obrigação é indivisível quando a
zer, sem prejuízo do ressarcimento devido. prestação tem por objeto uma coisa ou um
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DIREITO E LEGISLAÇÃO – Unidade II
fato não suscetíveis de divisão. Se, havendo aproveitam aos outros devedores, senão até à
dois ou mais devedores, a prestação não for concorrência da quantia paga ou relevada.
divisível, cada um será obrigado pela dívida A cláusula, condição ou obrigação adici-
toda. O devedor, que paga a dívida, sub- onal, qualquer que seja ela, estipulada entre um
roga-se no direito do credor em relação aos dos devedores solidários e o credor, não po-
outros coobrigados. derá agravar a posição dos outros sem con-
Perde a qualidade de indivisível a obri- sentimento destes.
gação que se resolver em perdas e danos. Impossibilitando-se a prestação por cul-
pa de um dos devedores solidários, subsiste para
4.1.6. Das Obrigações Solidárias todos o encargo de pagar o equivalente; mas
pelas perdas e danos só responde o culpado.
Há solidariedade quando na mesma obri- Todos os devedores respondem pelos
gação concorre mais de um credor, ou mais de juros da mora, ainda que a ação tenha sido pro-
um devedor, cada um com direito, ou obriga- posta somente contra um; mas o culpado res-
do, à dívida toda. A solidariedade não se presu- ponde aos outros pela obrigação acrescida.
me, resulta da lei ou da vontade das partes. O credor pode renunciar à solidarieda-
A obrigação solidária pode ser pura e de em favor de um, de alguns ou de todos os
simples para um dos co-credores ou co-deve- devedores. Se o credor exonerar da solidarie-
dores, e condicional, ou a prazo, ou pagável dade um ou mais devedores, subsistirá a dos
em lugar diferente, para o outro. demais.
nhecimento da penhora; mas o devedor que o Só terá eficácia o pagamento que impor-
pagar, não tendo notificação dela, fica exone- tar transmissão da propriedade, quando esse
rado, subsistindo somente contra o credor os for feito por quem possa alienar o objeto em
direitos de terceiro. que ele consistiu. Se se der em pagamento coi-
sa fungível, não se poderá mais reclamar do
4.2.2. Da Assunção de Dívida credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu,
ainda que o solvente não tivesse o direito de
É facultado a terceiro assumir a obriga- aliená-la.
ção do devedor, com o consentimento expres-
so do credor, ficando exonerado o devedor 4.3.1.2. Daqueles a quem se deve Pagar
primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assun- O pagamento deve ser feito ao credor
ção, era insolvente e o credor o ignorava. Qual- ou a quem de direito o represente, sob pena de
quer das partes pode assinar prazo ao credor só valer depois de por ele ratificado, ou tanto
para que consinta na assunção da dívida, inter- quanto reverter em seu proveito. O pagamen-
pretando-se o seu silêncio como recusa. to feito de boa-fé ao credor putativo (suposto
Salvo assentimento expresso do devedor como legítimo) é válido, ainda provado depois
primitivo, consideram-se extintas, a partir da que não era credor.
assunção da dívida, as garantias especiais por Não tem validade o pagamento, ciente-
ele originariamente dadas ao credor. mente, feito ao credor incapaz de quitar, se o
Se a substituição do devedor vier a ser devedor não provar que em benefício dele efe-
anulada, restaura-se o débito, com todas as suas tivamente reverteu.
garantias, salvo as garantias prestadas por ter-
ceiros, exceto se este conhecia o vício que in- 4.3.1.3. Do Objeto do Pagamento e Sua
quinava (corrompia, infamava) a obrigação. Prova
O credor não é obrigado a receber pres-
4.3 – DO ADIMPLEMENTO E tação diversa da que lhe é devida, ainda que
EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES mais valiosa. Ainda que a obrigação tenha por
objeto prestação divisível, não pode o credor
O ato de cumprir a obrigação é denomi- ser obrigado a receber, nem o devedor a pa-
nado adimplemento. A obrigação pode ser gar, por partes, se assim não se ajustou.
extinta com o pagamento, com a dação em As dívidas em dinheiro deverão ser
pagamento, com a novação, a compensação, a pagas no vencimento, em moeda corrente
transação, confusão e a remissão de dívidas. e pelo valor nominal. É lícito convencio-
nar o aumento progressivo de prestações
4.3.1. Do Pagamento sucessivas.
Quando, por motivos imprevisíveis, so-
O pagamento é o cumprimento dado a brevier desproporção manifesta entre o valor
uma obrigação, em dinheiro ou coisa. da prestação devida e o do momento de sua
execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da
4.3.1.1. De quem deve Pagar parte, de modo que assegure, quanto possível,
Qualquer interessado na extinção da dí- o valor real da prestação.
vida pode pagá-la, usando, se o credor se opu- São nulas as convenções de pagamento
ser, dos meios conducentes à exoneração do em ouro ou em moeda estrangeira, bem como
devedor. Igual direito cabe ao terceiro não in- para compensar a diferença entre o valor desta
teressado, se o fizer em nome e à conta do de- e o da moeda nacional, excetuados os casos
vedor, salvo oposição deste. previstos na legislação especial.
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DIREITO E LEGISLAÇÃO – Unidade II
O devedor que paga tem direito a quita- Ao credor assistirá o direito de cobrar a
ção regular e pode reter o pagamento, enquan- dívida antes de vencido o prazo estipulado no
to não lhe seja dada. A quitação designará o contrato ou definido no Código Civil, nos se-
valor e a espécie da dívida quitada, o nome do guintes casos:
devedor, ou quem por este pagou, o tempo e
o lugar do pagamento, com a assinatura do cre- • desde que no caso de falência do deve-
dor, ou do seu representante. dor, ou de concurso de credores;
Quando o pagamento for em quotas pe- • se os bens hipotecados ou empenha-
riódicas, a quitação da última estabelece, até dos forem penhorados em execução
prova em contrário, a presunção de estarem por outro credor;
solvidas as anteriores. • se cessarem ou se tornarem insuficien-
Se o pagamento se houver de fazer por tes as garantias do débito e o devedor
medida, ou peso, entender-se-á, no silêncio das se negar a reforçá-las.
partes, que aceitaram os do lugar da execução.
4.3.2. Pagamento em Consignação
4.3.1.4. Do Lugar do Pagamento
Efetuar-se-á o pagamento no domicílio A palavra consignar tem diversos senti-
do devedor, salvo se as partes convenciona- dos. Dentre esses, consignar significa registro
rem diversamente, ou se o contrário resultar por escrito; assinalar, fazer notar; benzer-se com
da lei, da natureza da obrigação ou das circuns- o sinal da cruz; confiar algo aos cuidados de
tâncias. Designados dois ou mais lugares, cabe outrem; entregar mercadoria em depósito; en-
ao credor escolher entre eles. tregar algo ao controle de outrem.
Dívida quérable - que deve ser reclama- Consignação é o ato ou efeito de consig-
da, paga no domicílio do devedor. Dívida nar em qualquer um dos sentidos.
portable ou portável, que deve paga no domi- Na área jurídica, Consignação significa a
cílio do credor. Sendo o contrato omisso pre- entrega ou depósito judicial em mãos de um
valecerá o domicílio do devedor como lugar terceiro ou num estabelecimento ou caixa pú-
do pagamento. blica, que o devedor faz da quantia em di-
Se o pagamento consistir na tradição de nheiro ou da coisa que constitui o objeto da
um imóvel, ou em prestações relativas a imó- obrigação, seja porque o credor se recusa a
vel, far-se-á no lugar onde situado o bem. receber, seja por outros motivos determina-
Ocorrendo motivo grave para que se não dos em lei
efetue o pagamento no lugar determinado, po- Pode o devedor efetuar o depósito judi-
derá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo cial ou em estabelecimento bancário da coisa
para o credor. O pagamento reiteradamente fei- devida, sendo o ato considerado pagamento,
to em outro local faz presumir renúncia do cre- extinguindo-se a obrigação.
dor, relativamente ao previsto no contrato.
O pagamento pode ser feito em consig-
4.3.1.5. Do Tempo do Pagamento nação nos seguintes casos:
Salvo disposição legal em contrário, não
tendo sido ajustada época para o pagamento, • se o credor não puder ou recusar, sem
pode o credor exigi-lo imediatamente. justa causa, receber o pagamento dar
As obrigações condicionais cumprem-se quitação na devida forma;
na data do implemento da condição, cabendo • se o credor não for ou não mandar re-
ao credor a prova de que o devedor teve ciên- ceber a coisa no lugar, no tempo e con-
cia deste. dição devidos;
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
• se o credor for incapaz de receber; for em que terceiro efetiva o pagamento para não
desconhecido, declarado ausente, ou re- ser privado de direito sobre imóvel, em que ter-
sidir em lugar incerto ou de acesso pe- ceiro interessado paga a dívida pela qual era ou
rigoso ou difícil; podia ser obrigado, no todo ou em parte.
• se ocorrer dúvida sobre quem deva le- A sub-rogação convencional decorre de
gitimamente receber o objeto do pa- estipulação de vontades entre o credor e ter-
gamento; ceiro ou entre o devedor e terceiro.
• se pender litígio sobre o objeto do pa-
gamento. 4.3.4 – Da imputação do Pagamento
4.4 – DO INADIMPLEMENTO DAS se paga a mais em uma dívida pelo não cumpri-
OBRIGAÇÕES mento do prazo estipulado. No campo jurídi-
co, mora é retardamento do devedor ou do cre-
Inadimplir significa descumprir uma dor no cumprimento de uma ação judicial.
obrigação assumida. Essa inexecução gera uma A mora consiste na inexecução total ou
série de conseqüências jurídicas, conforme a parcial de uma obrigação, mas sua execução,
obrigação. Pelo inadimplemento das obriga- ainda que tardia ou deficiente pode ser apro-
ções respondem todos os bens do devedor. veitada pelo credor.
O inadimplemento pode ser relativo ou Considera-se em mora o devedor que
absoluto. não efetuar o pagamento e o credor que não
Relativo, também denominado mora, quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma
ocorre quando a obrigação não foi cumprida que a lei ou a convenção estabelecer.
no tempo, lugar e formas estipuladas, mas sua O devedor responde pelos prejuízos a
execução ainda pode ser aproveitada pelo cre- que sua mora der causa, mais juros, atualização
dor. dos valores monetários segundo índices ofici-
A inadimplência é considerada absoluta ais regularmente estabelecidos, e honorários de
quando a obrigação não foi cumprida e sua advogado. Se a prestação, devido à mora, se
execução fora do tempo, lugar e formas esti- tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e
puladas não mais se aproveita ao credor. Nes- exigir a satisfação das perdas e danos.
se casso ocorre o inadimplemento. Não havendo fato ou omissão imputá-
Não cumprida a obrigação, responde o vel ao devedor, não incorre este em mora.
devedor por perdas e danos, mais juros e atua- No prazo estipulado, o inadimplemento
lização monetária segundo índices oficiais re- da obrigação positiva e líquida, constitui de
gularmente estabelecidos, e honorários de ad- pleno direito em mora o devedor. Não haven-
vogado. do prazo estipulado, a mora se constitui medi-
Nas obrigações negativas, de não fazer, o ante interpelação judicial ou extrajudicial.
devedor é havido por inadimplente desde o dia Nas obrigações provenientes de ato ilí-
em que executou o ato de que se devia abster. cito, considera-se o devedor em mora, desde
Nos contratos benéficos, responde por que o praticou. Nas obrigações negativas, con-
simples culpa o contratante, a quem o contrato sidera-se o devedor em mora a partir do dia
aproveite, e por dolo aquele a quem não favo- em que se executou o ato, se dele havia a obri-
reça. Nos contratos onerosos, responde cada gação de se abster. Nos contratos que versam
uma das partes por culpa, salvo as exceções sobre imóveis a interpelação cartorária ou ju-
previstas em lei. dicial, constitui o devedor em mora.
O devedor não responde pelos prejuízos O devedor em mora responde pela im-
resultantes de caso fortuito ou força maior, se possibilidade da prestação, mesmo sendo essa
expressamente não se houver por eles respon- impossibilidade resultante de caso fortuito ou
sabilizado. O caso fortuito ou de força maior de força maior, se estes ocorrerem durante o
se caracteriza pela inevitabilidade do aconteci- atraso, salvo se provar isenção de culpa, ou que
mento, do fato, e pela ausência de culpa na pro- o dano sobreviria ainda quando a obrigação
dução do evento. fosse oportunamente desempenhada.
A mora do credor faz cessar para o de-
4.4.1. Da Mora vedor a responsabilidade de conservação da
coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas
Mora é uma delonga, uma demora do tem- empregadas em conservá-la, e sujeita-o a rece-
po. Em Economia, mora significa a quantia que bê-la pela estimação mais favorável ao deve-
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dor, se o seu valor oscilar entre o dia estabele- Ainda que se não alegue prejuízo, é
cido para o pagamento e o da sua efetivação. obrigado o devedor aos juros da mora que
Purga-se a mora, por parte do devedor, se contarão assim às dívidas em dinheiro,
oferecendo este a prestação mais a importân- como às prestações de outra natureza, uma
cia dos prejuízos decorrentes do dia da oferta, vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário
e por parte do credor, oferecendo-se este a re- por sentença judicial, arbitramento, ou acor-
ceber o pagamento e sujeitando-se aos efeitos do entre as partes.
da mora até a mesma data.
Esses conceitos são muito utilizados em 4.4.4. Da Cláusula Penal
transação imobiliária.
A cláusula penal, ou multa convencional,
4.4.2. Das Perdas e Danos é uma convenção estipulada pelas partes na qual
estas se obrigam a pagar uma determinada
Aquele que causar prejuízo a alguém, pelo multa no caso de violação de algum dispositi-
descumprimento culposo de um contrato ou vo contratual. Trata-se de uma obrigação aces-
pela prática de ato ilícito deve reparar as perdas sória, que tem por objetivo garantir o cumpri-
e danos. Salvo as exceções expressamente pre- mento da obrigação principal e também fixar
vistas em lei, as perdas e danos devidos ao cre- previamente o valor das perdas e danos em caso
dor abrangem, além do que ele efetivamente de descumprimento do pactuado. Por ser obri-
perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. gação acessória, sendo nula ou anulada a obri-
gação principal, também o são as disposições
4.4.3. Dos Juros Legais contidas na cláusula penal.
Incorre de pleno direito o devedor na
Juro é a quantia que remunera um credor cláusula penal, desde que, culposamente, deixe
pelo uso de seu dinheiro durante determinado de cumprir a obrigação ou se constitua em
tempo; uma porcentagem sobre o qual foi mora.
emprestado. É a soma cobrada por quem em- A cláusula penal pode ser estipulada con-
presta o seu dinheiro a outrem. Juro significa, juntamente com a obrigação, ou em ato poste-
também, a renda ou rendimento de um capi- rior. Também pode referir-se à inexecução
tal, de uma importância investida. completa da obrigação, à de alguma cláusula
No dizer de Sílvio Rodrigues, “juro é o especial ou simplesmente à mora.
preço do uso do capital”, ou seja, juro signifi- O valor da cominação imposta na cláu-
ca rendimento de capital. sula penal não pode exceder o da obrigação
Distinguem-se os juros em compensatório e principal, sendo a penalidade reduzida eqüita-
moratório. tivamente se a obrigação principal tiver sido
Juro compensatório é a remuneração do cumprida em parte, ou se o montante da pena-
capital empregado. lidade for manifestamente excessivo, tendo-se
Juro moratório é a indenização pelo preju- em vista a natureza e a finalidade do negócio.
ízo resultante da mora culposa na execução de Para exigir a pena convencional, não é
uma obrigação. necessário que o credor alegue prejuízo.
Quando os juros moratórios não forem Ainda que o prejuízo exceda ao previsto
convencionados ou o forem sem taxa estipula- na cláusula penal, não pode o credor exigir in-
da ou quando provierem de determinação da denização suplementar se assim não foi con-
lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vencionado. Se o tiver sido, a pena vale como
vigor para a mora do pagamento de impostos mínimo da indenização, competindo ao credor
devidos à Fazenda Nacional. provar o prejuízo excedente.
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DIREITO E LEGISLAÇÃO – Unidade II
A rescisão pode ocorrer pelo distrato, tos bilaterais e consiste na proibição aos contra-
pela denúncia unilateral, por força de cláusula tantes, antes de cumprida a sua obrigação, exigir
resolutiva expressa ou tácita, ou pelo inadim- o implemento da obrigação do outro.
plemento. Da mesma forma, se sobrevier a uma das
partes contratantes a diminuição em seu patri-
4.5.9.1. Do Distrato mônio, capaz de comprometer ou tornar du-
Distrato é o ato ou efeito de desfazer, de vidosa a prestação pela qual se obrigou, pode
distratar, de anular um acordo. a outra se recusar à prestação que lhe incumbe,
Juridicamente, trata-se de outro acordo, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou
entre as partes, para rescindir,, extinguir o víncu- dê garantia bastante de satisfazê-la.
lo estabelecido no contrato, em acordo anterior.
O distrato faz-se pela mesma forma exi- 4.5.9.4. Da Resolução por Onerosidade Ex-
gida para o contrato. cessiva
A rescisão (ou em sentido estrito a resili- Se a prestação de uma das partes se tor-
ção) unilateral pode ocorrer mediante denúncia nar excessivamente onerosa, com extrema van-
notificada à outra parte, desde que a lei expressa tagem para a outra, em virtude de acontecimen-
ou implicitamente o permita. Se, porém, dada a tos extraordinários e imprevisíveis, poderá o
natureza do contrato, uma das partes houver feito devedor pedir a resolução do contrato de exe-
investimentos consideráveis para a sua execução, cução continuada ou diferida. A resolução po-
a denúncia unilateral só produzirá efeito depois derá ser evitada, oferecendo-se o réu a modifi-
de transcorrido prazo compatível com a natu- car eqüitativamente as condições do contrato.
reza e o vulto dos investimentos. Se no contrato as obrigações couberem
a apenas uma das partes, poderá ela pleitear
4.5.9.2. Da Cláusula Resolutiva que a sua prestação seja reduzida ou alterada
Cláusula resolutiva é a disposição expres- no modo de executá-la, a fim de evitar a one-
sa ou tácita que implica na revogação do negó- rosidade excessiva.
cio jurídico pelo inadimplemento da obriga-
ção por uma das partes.
A cláusula é expressa quando está regis-
trada, consignada, manifestada de modo a não
admitir objeção.
A cláusula é tácita quando não está for-
malmente expressa, não está traduzida por pa- a) Muitos contratos fazem parte da vida dos
lavras, mas pode estar implícita ou subentendi- corretores de imóveis. Portanto, responda:
da em um acordo. quais são os princípios básicos para validade
A cláusula resolutiva expressa opera de ple- dos contratos?
no direito; a tácita depende de interpelação judi- _______________________________________________
cial. A parte lesada pelo inadimplemento pode _______________________________________________
pedir a resolução do contrato, se não preferir exi- _______________________________________________
gir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos
casos, indenização por perdas e danos. b) Essa pode ser encontrada no texto da apos-
tila: qual o significado da expressão latina “pac-
4.5.9.3. Da Exceção de Contrato não ta sunt servanda” ? Trata-se de um princípio usa-
Cumprido do nos contratos.
A exceção de contrato não cumprido, ou _______________________________________________
exceptio non adimpleti contractus, ocorre nos contra- _______________________________________________
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
c) Veja em sua apostila e escreva abaixo: o que 4.6 – DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE
é um “contrato de adesão”? CONTRATO
_______________________________________________
_______________________________________________ 4.6.1. Da Compra e Venda
d) Pelas normas vigentes no ordenamento ju- É o contrato pelo qual um dos contra-
rídico brasileiro, o que é necessário para que tantes se obriga a transferir o domínio de certa
um contrato entre ausentes se torne perfeito? coisa e o outro se obriga a pagar-lhe certo pre-
_______________________________________________ ço em dinheiro.
_______________________________________________ O contrato de compra e venda possui três
elementos essenciais: acordo de vontades, a coisa
e) Essa é questão comum nos exames de profi- e o preço (consensus, res et pretium).
ciência: o que são “vícios redibitórios”?
_______________________________________________ • A declaração de vontade vem a ser o con-
_______________________________________________ sentimento que vem a recair sobre a coi-
sa e o preço.
f) Pesquise: o que é e qual a conseqüência jurí- • A coisa é o objeto da compra e venda,
dica da “evicção”? podendo ser qualquer coisa comerci-
_______________________________________________ alizável.
_______________________________________________ • O preço deve ser em dinheiro ou em coi-
sas representativas de dinheiro.
g) Para saber mais, defina abaixo o que é dis-
trato: A compra e venda pode ter por objeto
_______________________________________________ coisa atual ou futura. Neste caso, ficará sem efei-
_______________________________________________ to o contrato se esta não vier a existir, salvo se
a intenção das partes era de concluir contrato
aleatório.
Se a venda se realizar à vista de amostras,
protótipos ou modelos, entender-se-á que o
vendedor assegurará ter na coisa as qualidades
que a elas correspondem. Prevalece a amostra,
o protótipo ou o modelo, se houver contradi-
ção ou diferença com a maneira pela qual se
descreveu a coisa no contrato.
O preço pode ser fixado ao arbítrio de
terceiro, à taxa do mercado ou bolsa, em certo
e determinado dia e lugar, ou em função de
índices ou parâmetros, desde que suscetíveis de
objetiva determinação.
Convencionada a venda sem fixação de
preço ou de critérios para a sua determinação,
se não houver tabelamento oficial, entende-se
que as partes se sujeitaram ao preço corrente
nas vendas habituais do vendedor. Na falta de
acordo, por ter havido diversidade de preço,
prevalecerá o termo médio.
44 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DIREITO E LEGISLAÇÃO – Unidade II
A fixação do preço não pode ser dei- • pelos tutores, curadores, testamenteiros
xada ao arbítrio exclusivo de uma das par- e administradores, os bens confiados à
tes componentes do contrato de compra e sua guarda ou administração;
venda, sob pena de tornar-se nulo o con- • pelos servidores públicos, em geral, os
trato. bens ou direitos da pessoa jurídica a
As despesas de escritura e registro fi- que servirem, ou que estejam sob sua
cam a cargo do comprador, assim como administração direta ou indireta;
as despesas da tradição, exceto se as partes • pelos juízes e outros serventuários ou
estipularem em contrário. auxiliares da justiça, os bens ou direitos
O vendedor não é obrigado a entregar a em litigância no juízo onde servirem ou
coisa antes de receber o preço, exceto no caso que se estender a sua autoridade;
de venda a crédito. • pelos leiloeiros e seus prepostos, os
Na área de transação comercial, Tra- bens de cuja venda estejam encarre-
dição é o ato de entregar, de transferir algo gados.
a outra pessoa. É o meio pelo qual se trans-
fere a propriedade da coisa móvel ao ad- Se, na venda de um imóvel, se estipular o
quirente, em decorrência do cumprimento preço por medida de extensão, ou se determi-
a um contrato. Via de regra a transferência nar a respectiva área, ocorrerá a venda ad men-
do bem é efetiva ou real, mas também po- suram. Se a extensão não corresponder às di-
derá ser simbólica ou fictícia. Até o momen- mensões dadas, o comprador terá o direito de
to da tradição, os riscos da coisa correm por exigir o complemento da área, e, não sendo
conta do vendedor, e os do preço por con- isso possível, o de reclamar a resolução do con-
ta do comprador. trato ou abatimento proporcional ao preço.
A tradição da coisa vendida, na falta Decai do direito de propor as ações em
de estipulação expressa, dar-se-á no lugar relação a venda ad mensuram o vendedor ou o
onde ela se encontrava, ao tempo da ven- comprador que não o fizer no prazo de um
da. Não obstante o prazo ajustado para o ano, a contar do registro do título.
pagamento, se antes da tradição o compra- A venda ad corpus é aquela em que o imó-
dor cair em insolvência, poderá o vendedor vel é vendido como coisa certa e discriminada,
sobrestar na entrega da coisa, até que o com- tendo sido apenas enunciativa, a referência, às
prador lhe dê caução de pagar no tempo suas dimensões. Nesse caso não haverá com-
ajustado. plemento de área, nem devolução de excesso,
É anulável a venda de ascendente a des- ainda que não conste, de modo expresso, ter
cendente, salvo se os outros descendentes e sido ter sido a venda ad corpus.
o cônjuge do alienante expressamente hou- O vendedor, salvo convenção em con-
verem consentido. Em ambos os casos dis- trário, responde por todos os débitos que gra-
pensa-se o consentimento do cônjuge se o vem a coisa até o momento da tradição. Nas
regime de bens for o da separação obrigató- coisas vendidas conjuntamente, o defeito ocul-
ria. Os cônjuges podem contratar a compra to de uma não autoriza a rejeição de todas.
e venda com relação a bens excluídos da co- O condômino em coisa indivisível não pode
munhão. vender a sua parte a estranhos, se outro condômi-
A lei veda em alguns casos, sob pena no a quiser. Nesse caso, o condômino não infor-
de nulidade, a realização do contrato de mado da venda poderá haver para si a parte ven-
compra e venda, mesmo que a venda se dê dida a estranhos, desde que deposite o preço pago
em hasta pública. Nesse sentido não podem e requeira a coisa vendida no prazo máximo de
ser comprados: cento e oitenta dias, sob pena de decadência.
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 45
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
Os Contratos de Compra e Venda po- Não havendo prazo estipulado para a de-
dem ser gravados com cláusulas especiais, es- claração do comprador, o vendedor terá direi-
tabelecendo direitos e deveres específicos, tais to de intimá-lo, judicial ou extrajudicialmente,
como cláusula de retrovenda, de venda a con- para que o faça em prazo improrrogável.
tento e da sujeita à prova, da preempção ou
preferência, da venda com reserva de domí- 4.6.1.3. Da Preempção ou Preferência
nio, e da venda sobre documentos. Preempção significa precedência na com-
pra. Juridicamente, significa que existe uma clá-
4.6.1.1. Da Retrovenda usula contratual que garante ao primitivo ven-
A expressão “retro”, colocada junto de dedor a preferência para readquirir o objeto
outra palavra, como prefixo, significa o que vendido, caso este seja posto à venda. É uma
retrocede; voltar atrás no tempo; não levar preferência de compra garantida ao antigo pro-
adiante um intento, um acordo. prietário
Retrovenda é um pacto feito entre as A Cláusula impõe ao comprador a obri-
partes, pelo qual o vendedor se assegura o di- gação de oferecer ao vendedor a coisa que
reito de resgatar ou recobrar a coisa vendida, aquele vai vender, ou dar em pagamento, para
dentro do prazo estipulado, pagando o que que este use de seu direito de prelação (prefe-
recebeu ou outro que se tenha acertado. No rência) na compra. O direito de preferência não
caso, o vendedor não precisa levar adiante o se pode ceder nem passa aos herdeiros.
compromisso de venda, pela falta de cumpri- O prazo para exercer o direito de prefe-
mento das obrigações do comprador. rência não poderá exceder a cento e oitenta dias,
O Código Civil (Subseção de Retroven- se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel.
da) estabelece que o vendedor de coisa imóvel Aquele que exerce a preferência está, sob pena
pode reservar-se o direito de recobrá-la no de a perder, obrigado a pagar, em condições
prazo máximo de decadência de três anos, res- iguais, o preço encontrado, ou o ajustado.
tituindo o preço recebido e reembolsando as O vendedor pode também exercer o seu
despesas do comprador, inclusive as que, du- direito de prelação (de escolha, de preferên-
rante o período de resgate, se efetuaram com a cia), intimando o comprador, quando lhe cons-
sua autorização escrita, ou para a realização de tar que este vai vender a coisa.
benfeitorias necessárias. Salvo estipulação das partes fixando pra-
zo diverso, o direito de preempção caducará
4.6.1.2. Da Venda a Contento e da Sujeita a em três dias se não exercida em relação à coisa
Prova móvel, e em sessenta dias subseqüentes à data
A venda a contento é a cláusula que de- em que o comprador tiver notificado o vende-
termina que a venda somente se aperfeiçoa após dor, se imóvel.
o adquirente manifestar seu agrado. Assim, Se o comprador alienar a coisa sem ter
entende-se que a venda é feita sob condição comunicado previamente ao vendedor o pre-
suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido en- ço e as vantagens que por ela lhe oferecem res-
tregue. Da mesma forma, a venda sujeita a pro- ponderá por perdas e danos. O adquirente se
va presume-se feita sob a condição suspensiva tiver procedido de má-fé, responderá solidari-
de que a coisa tenha as qualidades asseguradas amente.
pelo vendedor e seja idônea para o fim a que se
destina. Em ambos os casos, as obrigações do 4.6.1.4. Da Venda com Reserva de
comprador, que recebeu, sob condição suspen- Domínio
siva, a coisa comprada, são as de mero como- Quando uma pessoa vende uma coisa
datário, enquanto não manifeste aceitá-la. móvel, pode reservar para si a propriedade,
46 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DIREITO E LEGISLAÇÃO – Unidade II
até que o preço esteja integralmente pago. Tal Aplicam-se à troca as disposições referen-
decisão deve ser uma cláusula inserta (introdu- tes à compra e venda, com exceção de que cada
zida) no contrato de compra e venda. A cláu- um dos contratantes pagará por metade as des-
sula de reserva de domínio será estipulada por pesas com o instrumento da troca, salvo se esti-
escrito e depende de registro no domicílio do pularem ao contrário. Da mesma forma, é anu-
comprador para valer contra terceiros. lável a troca de valores desiguais entre ascen-
Não pode ser objeto de venda com re- dentes e descendentes, sem consentimento dos
serva de domínio a coisa que não pode ser ca- outros descendentes e do cônjuge do alienante.
racterizada perfeitamente, de modo a diferen-
ciá-la de outras congêneres. Na dúvida, deci- 4.6.3. Do Contrato Estimatório
de-se a favor do terceiro adquirente de boa-fé.
Segundo o entendimento doutrinário, é Contrato Estimatório e uma modalida-
considerada cláusula suspensiva, na medida em de de acordo em que o proprietário, denomi-
que suspende a transferência da propriedade nado consignante, entrega bens móveis a ou-
da coisa alienada. A transferência de proprie- trem, denominado consignatário, que fica au-
dade ao comprador dá-se no momento em que torizado a vendê-los, pagando àquele o preço
o preço esteja integralmente pago. ajustado, salvo se preferir, no prazo estabeleci-
O vendedor somente poderá executar a do, restituir-lhe a coisa consignada.
cláusula de reserva de domínio após constituir Se o consignatário não puder restituir a
o comprador em mora, mediante protesto do coisa em sua integridade, ou a restituição tor-
título ou interpelação judicial. Verificada a nar-se impossível, ainda que por fato a ele não
mora do comprador, poderá o vendedor mo- imputável, mesmo assim não se exonera da
ver contra ele a competente ação de cobrança obrigação de pagar o preço ao consignante.
das prestações vencidas e vincendas e o mais A coisa consignada não pode ser objeto
que lhe for devido; ou poderá recuperar a pos- de penhora ou seqüestro pelos credores do
se da coisa vendida. consignatário, enquanto não pago integralmen-
te o preço. O consignante não pode dispor da
4.6.1.5. Da Venda Sobre Documentos coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser
Na venda sobre documentos, a tradição comunicada a restituição.
da coisa é substituída pela entrega do seu título
representativo e dos outros documentos exi-
gidos pelo contrato ou, no silêncio deste, pe-
los usos. Estando a documentação em ordem,
não pode o comprador recusar o pagamento,
a pretexto de defeito de qualidade ou do esta-
do da coisa vendida, salvo se o defeito já hou- a) O contrato de compra e venda passará a ser
ver sido comprovado. documento constante em suas futuras negocia-
Salvo estipulação em contrário, o paga- ções. Estude e responda quais são os três elemen-
mento deve ser efetuado na data e no lugar da tos essenciais nos contratos de compra e venda:
entrega dos documentos. _______________________________________
_______________________________________
4.6.2. Da Troca ou Permuta
b) Depois de fechada a venda, vamos ao Car-
“Troca é o contrato pelo qual as partes tório: por lei, a quem cabe pagar as despesas
se obrigam a dar uma coisa por outra, que não de escrituração e registro na compra e venda?
seja dinheiro” (Clovis Beviláqua). _______________________________________
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 47
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
fissão. O depósito voluntário provar-se-á por dade para mandar, a pessoa que confere pode-
escrito. res a outrem para praticar atos em seu nome.
O depositário é obrigado a guardar e O mandatário é também conhecido
conservar a coisa depositada como se sua fos- como outorgado e o mandante como outor-
se, bem como devolvê-la quando o exigir o gante ou outorgador.
depositante. Se o depósito se entregou fecha- Em alguns casos o mandato é objeto de
do, colado, selado, ou lacrado, nesse mesmo contrato, por meio do qual alguém recebe de
estado se manterá. outrem poderes para, em seu nome, praticar
Salvo disposição em contrário, a restitui- atos ou administrar interesses. A procuração é
ção da coisa deve dar-se no lugar em que tiver o instrumento do mandato.
de ser guardada. As despesas de restituição O mandato pode ser expresso ou tácito,
correm por conta do depositante. verbal ou escrito.
O depositário não poderá, sem licença Todas as pessoas capazes são aptas para
expressa do depositante, servir-se da coisa de- dar procuração mediante instrumento parti-
positada, nem a dar em depósito a outrem, sob cular, que valerá desde indicado o lugar onde
pena de responder por perdas e danos. foi passada, a qualificação do outorgante e do
O depositante é obrigado a reembolsar outorgado, a data e o objetivo da outorga com
as despesas feitas pelo depositário, na guarda a designação e a extensão dos poderes confe-
da coisa, a indenizar os prejuízos que do depó- ridos, bem como a assinatura do outorgante.
sito provierem e pagar a gratificação eventual- O terceiro com quem o mandatário tratar po-
mente estipulada no contrato. derá exigir que a procuração traga a firma re-
conhecida.
4.6.9.2. Do Depósito Necessário Mesmo que o mandato seja outorgado
Depósito necessário é aquele que indepen- através de mandato por instrumento público,
de da vontade das partes, mas por obrigação le- o substabelecimento pode ser feito mediante
gal ou por ocasião de alguma calamidade, como instrumento particular. Substabelecimento é o
o incêndio, a inundação, o naufrágio ou o saque. ato pelo qual o mandatário transfere a outrem,
As bagagens dos viajantes ou hóspedes o substabelecido, os poderes que lhe foram
nas hospedarias onde estiverem são equipara- conferidos pelo mandante.
das ao depósito necessário. Nesse caso, os hos- Para os atos que exijam escritura públi-
pedeiros responderão como depositários, as- ca, como a compra e venda de imóveis, o man-
sim como pelos furtos e roubos que perpetra- dato deve ser outorgado por intermédio de es-
rem as pessoas empregadas ou admitidas nos critura pública. Portanto, a outorga do manda-
seus estabelecimentos. to está sujeita à forma exigida por lei para o ato
a ser praticado. Não se admite mandato verbal
4.6.10 . Do Mandato quando o ato deva ser celebrado por escrito.
A aceitação do mandato pode ser tácita, e
Mandato significa aquilo de que se está resulta do começo de execução. O mandato pode
encarregado de fazer; incumbência dada por ser especial a um ou mais negócios determinada-
outrem; missão; delegação de poder conferida mente, ou geral a todos os do mandante.
a alguém para representação oficial, para pra- O mandato pode ser para negócios (ad
ticar atos ou administrar interesses. negotia), ou com finalidade judicial (ad judicia).
Mandatário é aquele que recebe manda- Via de regra só confere poderes de adminis-
to ou procuração para agir em nome de outro. tração. Para alienar, hipotecar, transigir, ou pra-
É também o executor de atos autorizados pelo ticar outros quaisquer atos que exorbitem da
mandante. Mandante é aquele que tem autori- administração ordinária, depende a procura-
52 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DIREITO E LEGISLAÇÃO – Unidade III
Cláusula del credere é aquela em que “o no contrato de mediação, mesmo que este não
comissário assume a responsabilidade pela sol- se efetive em virtude de arrependimento das
vência daqueles com quem vier a contratar no partes.
interesse e por conta do comitente” (Maria Iniciado e concluído o negócio direta-
Helena Diniz). mente entre as partes, nenhuma remuneração
será devida ao corretor. Todavia, se for ajusta-
4.6.12. Da Corretagem da a corretagem com exclusividade, através de
(Arts. 722 a 729 do novo Código Civil) documento escrito, terá o corretor direito à
remuneração integral, ainda que realizado o
Corretagem é o oficio, a função do Corretor. negócio sem a sua mediação, salvo se compro-
vada sua inércia ou ociosidade.
Corretor é aquele que age como interme- Se, por não haver prazo determinado, o
diário em negócios particulares, que se envol- dono do negócio dispensar o corretor, e o ne-
ve na compra e venda de bens ou ações na bol- gócio se realizar posteriormente, como fruto
sa de valores. da sua mediação, a corretagem lhe será devida.
O exercício de corretagem é objeto de Da mesma forma se procederá se o negócio se
um contrato específico. realizar após a decorrência do prazo contratu-
Pelo contrato de corretagem, uma pes- al, mas por efeito dos trabalhos do corretor.
soa se obriga a obter para a segunda um ou Para resguardar seus direitos é recomendável
mais negócios, conforme as instruções recebi- ao Corretor notificar o dono do negócio, dis-
das. A atividade do corretor é voltada para o criminado as pessoas com quem tratou com
público, não para pessoas determinadas. vistas à intermediação.
Define-se o contrato de corretagem pelo Se o negócio se concluir com a interme-
liame obrigacional: não pode haver ligação de- diação de mais de um corretor, a remuneração
corrente de mandato, de prestação de serviços será paga a todos em partes iguais, salvo ajuste
ou por qualquer relação de dependência. em contrário.
O corretor é obrigado a executar a me-
diação com a diligência e prudência que o ne- 4.6.13. Da Fiança
gócio requer, prestando ao cliente, espontane-
amente, todas as informações sobre o anda- A fiança é o contrato por meio do qual
mento dos negócios. Deve, também, sob pena uma pessoa garante satisfazer ao credor uma
de responder por perdas e danos, prestar ao obrigação assumida pelo devedor, caso este
cliente todos os esclarecimentos que estiverem não a cumpra.
ao seu alcance, acerca da segurança ou risco do A fiança é uma modalidade de contrato
negócio, das alterações de valores e do mais que só tem validade, se escrito. Seu estabeleci-
que possa influir nos resultados da incumbên- mento independe da vontade do devedor e não
cia. (Ver art. 723 do Código Civil) vale além da obrigação afiançada
A remuneração do corretor, se não esti- A fiança prestada pelo cônjuge sem o
ver fixada em lei, nem ajustada entre as partes, consentimento do outro tornará anulável o ato
será arbitrada segundo a natureza do negócio praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-
e os usos locais. lhe a anulação, até dois anos depois de termi-
O contrato de corretagem tem como nada a sociedade conjugal.
objetivo a disponibilização dos meios necessá- O credor não pode ser obrigado a acei-
rios para realização do negócio. Nesse sentido, tar fiador indicado se este não for pessoa idô-
a remuneração é devida ao corretor uma vez nea, domiciliada no município onde tenha de
que tenha ele conseguido o resultado previsto prestar a fiança, e não possua bens suficientes
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 55
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
para cumprir a obrigação. Sobrevindo a insol- as que podem contratar, exceto para solução
vência ou incapacidade do fiador poderá o cre- de questões de estado, de direito pessoal de
dor exigir que seja substituído. família e de outras que não tenham caráter es-
O fiador que pagar integralmente a dívi- tritamente patrimonial.
da fica sub-rogado nos direitos do credor, res- Admite-se nos contratos a cláusula com-
pondendo este também por todas as perdas e promissória, para resolver divergências medi-
danos que o fiador pagar, e pelos que sofrer ante juízo arbitral, na forma estabelecida na Lei
em razão da fiança. 9.307/1996, que regula a arbitragem.
Na fiança por tempo indeterminado A Cláusula é compromissória quando
pode o fiador exonerar-se da fiança que tiver expressa compromisso assumido.
assinado, sempre que lhe convier, ficando obri-
gado por todos os efeitos da fiança, durante 4.7 – DOS ATOS UNILATERAIS
sessenta dias após a notificação do credor.
Um ato é unilateral quando só uma das
4.6.14. Da Transação partes se obriga para com a outra.
Unidade
III
A posse de boa-fé só perde este caráter Quando mais de uma pessoa se disser
no caso e desde o momento em que as circuns- possuidora, manter-se-á provisoriamente a que
tâncias façam presumir que o possuidor não tiver a coisa, se não estiver manifesto que a ob-
ignora que possui indevidamente. Salvo prova teve de alguma das outras por modo vicioso.
em contrário, entende-se manter a posse o
mesmo caráter com que foi adquirida. 5.1.4. Da Perda da Posse
g) Pela lei, quais os atos que não induzem nem 5.2 – DOS DIREITOS REAIS
autorizam a posse?
______________________________________________ São diretos reais sobre as coisas:
h) Como o direito define o que vem a ser “tur- • a propriedade - direito de usar, gozar
bação da posse”? e dispor de um bem,
______________________________________________ • a superfície
• as servidões,
i) E o “esbulho da posse”? Veja a definição na • o usufruto,
apostila e a reescreva abaixo: • o uso,
______________________________________________ • a habitação,
• o direito do promitente comprador do
j) Existe mais de uma maneira de se perder a imóvel,
posse de um bem: como pode se dar a perda • o penhor,
da posse? • a hipoteca
______________________________________________ • a anticrese.
5.3 – DA PROPRIEDADE
A propriedade do solo abrange a do es- Não podem ser usucapidos os bens pú-
paço aéreo e subsolo correspondentes, em al- blicos e as coisas fora do comércio.
tura e profundidade úteis ao seu exercício, não São várias as possibilidades de se adqui-
podendo o proprietário opor-se a atividades rir a usucapião conforme as características do
que sejam realizadas, por terceiros, a uma altu- imóvel e da posse.
ra ou profundidade tais, que não tenha ele inte- Adquire a propriedade, independente-
resse legítimo em impedi-las. As jazidas, minas mente de título e boa-fé, aquele que, sem opo-
e demais recursos minerais, os potenciais de sição ou interrupção, possuir como seu um
energia hidráulica, os monumentos arqueoló- imóvel por quinze anos. Se o morador houver
gicos e outros bens referidos por leis especiais estabelecido no imóvel sua moradia habitual,
pertencem à União, constituindo propriedade ou nele realizado obras ou serviços de caráter
distinta da do solo. produtivo, o prazo é reduzido a dez anos.
A propriedade presume-se plena e exclu- Adquire a propriedade aquele que, não
siva até prova em contrário. Plena é a proprie- sendo proprietário de imóvel rural ou urbano,
dade em que todos os direitos elementares possuir como sua, por cinco anos ininterrup-
(usar, gozar, dispor e reaver) estão reunidos tos, sem oposição, área de terra em zona rural
no proprietário. Limitada quando um desses não superior a cinqüenta hectares, tornando-a
elementos é entregue a um outro titular. produtiva por seu trabalho ou de sua família e
Os frutos e mais produtos da coisa per- fazendo dela sua moradia.
tencem, ainda quando separados, ao seu pro- Adquire a propriedade aquele que, não
prietário, salvo se, por preceito jurídico espe- sendo proprietário de imóvel rural ou urbano,
cial, couberem a outrem. possuir como sua, por cinco anos ininterrup-
tamente e sem oposição, área urbana de até
5.3.1. Da Aquisição da Propriedade Imóvel duzentos e cinqüenta metros quadrados, utili-
zando-a para sua moradia ou de sua família.
Adquire-se a propriedade imóvel: Adquire também a propriedade do imó-
vel aquele que, contínua e sem contestação, com
• pelo usucapião; justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. Re-
• pela transcrição do título de transferên- duz-se o prazo a cinco anos se o imóvel houver
cia no registro de imóvel; sido adquirido, onerosamente, com base no re-
• pela acessão; gistro constante do respectivo cartório, cancela-
• pelo direito hereditário. da posteriormente, desde que os possuidores nele
tiverem estabelecido a sua moradia ou realizado
A aquisição pode ser originária ou deri- investimentos de interesse social e econômico.
vada. Originária quando o indivíduo faz seu O possuidor pode, para o fim de conta-
o bem sem que alguém tenha lhe transmitido; gem de prazo, acrescentar à sua posse a dos seus
derivada quando houver transmissão de do- antecessores, desde que todas sejam contínuas,
mínio, por ato causa mortis ou inter vivos. pacíficas. O justo título e a boa-fé são exigidos
nos casos de usucapião após dez anos da posse.
5.3.1.1. Da aquisição pelo Usucapião
A aquisição da propriedade por Usucapião 5.3.1.2. Da aquisição pelo Registro do Título
é decorrente do exercício de posse mansa e pacífi- Somente se transfere a propriedade por
ca, com ânimo de dono, por determinado tempo ato entre vivos mediante o registro do título
fixado pela lei. A aquisição por usucapião é decla- translativo no Registro de Imóveis; enquanto
rada por sentença, a qual servirá de título para o não se registrar o título translativo, o alienante
registro no Cartório de Registro de Imóveis. continua a ser havido como dono do imóvel.
64 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DIREITO E LEGISLAÇÃO – Unidade III
davia o usufrutuário não é obrigado a pa- e escreva abaixo que é condomínio necessário:
gar as deteriorações resultantes do exercí- _________________________________________
cio regular do usufruto. _________________________________________
É atribuição do usufrutuário pagar as
despesas ordinárias de conservação dos bens e) Qual a definição do Código Civil, art. 1.331,
no estado em que os recebeu, bem como as sobre condomínio edilício?
prestações e os tributos devidos pela posse ou _________________________________________
rendimento da coisa usufruída. _________________________________________
Extingue-se o usufruto pela morte do usu-
frutuário, pelo termo de sua duração, pela ces- f) Muitos são os direitos e os deveres dos con-
sação da causa que o originou, pela destruição dôminos. Relacione abaixo apenas três dessas
da coisa, pela consolidação (quando a mesma obrigações:
pessoa passa a ser o usufrutuário e o proprietá- _________________________________________
rio), pelo usucapião, por culpa do usufrutuário, _________________________________________
quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os
bens, pela renúncia, pelo não uso, ou não frui- g) Mais novidades no Código Civil: veja nos
ção, da coisa em que o usufruto recai etc. Os artigos 1.369 e seguintes o que vem a ser “di-
demais casos de extinção do usufruto estão pre- reito de superfície”, e registre abaixo.
sentes no art. 1410 do Código Civil. _________________________________________
_________________________________________
se o título se referir a mais de um. Compete aos O imóvel hipotecado pode ser dado em
interessados, exibido o título, requerer o regis- anticrese, sendo a recíproca verdadeira.
tro da hipoteca. Os registros e averbações se- O credor anticrético pode administrar os
guirão a ordem em que forem requeridas, sendo bens dados em anticrese e fruir seus frutos e
que o número de ordem determina a priorida- utilidades, mas deverá apresentar anualmente
de, e esta a preferência entre as hipotecas. balanço, exato e fiel, de sua administração.
Ambas as partes podem prorrogar a hi- O adquirente dos bens dados em anticre-
poteca, até perfazer vinte anos, da data do con- se poderá remi-los, antes do vencimento da
trato. dívida, pagando a sua totalidade à data do pe-
A lei confere hipoteca, chamada nesse dido de remição e imitir-se-á, se for o caso, na
caso de hipoteca legal: sua posse.
Até aqui você recebeu informações refe-
• às pessoas de direito público interno rentes ao Código Civil. É importante que você
sobre os imóveis pertencentes aos en- adquira o seu exemplar para que possa consul-
carregados da cobrança, sua guarda ou tá-lo, sempre que necessário.
administração; Com certeza, você vai precisar dele.
• aos filhos, sobre os imóveis do pai ou
da mãe que passar a outras núpcias, an-
tes de fazer o inventário do casal ante-
rior;
• ao ofendido, ou aos seus herdeiros, so-
bre os imóveis do delinqüente, para sa-
tisfação do dano causado pelo delito e a) Nas relações contratuais bilaterais, especial-
pagamento das despesas judiciais; mente nos de compra e venda, o que vem a ser
• ao co-herdeiro, para garantia do seu o “promitente comprador”? Confirme seus
quinhão ou torna da partilha, sobre o conhecimentos no art. 1.417 do Código Civil.
imóvel adjudicado (submetido a ato ___________________________________________
judicial que dá a alguém a posse de de- ___________________________________________
terminado bem) ao herdeiro reponen- ___________________________________________
te (o que repõe);
• ao credor sobre o imóvel arrematado, b) Veja no art. 1.431 do Código Civil ou na sua
para garantia do pagamento do restan- apostila a correta definição de penhor. Para
te do preço da arrematação. fixar esse conhecimento, transcreva essa defi-
nição com suas palavras.
A hipoteca extingue-se pela extinção da ___________________________________________
obrigação principal, pelo perecimento da coi- ___________________________________________
sa, pela resolução da propriedade, pela renún- ___________________________________________
cia do credor, pela remição, e pela arremata-
ção ou adjudicação. c) A hipoteca, prevista no art. 1.473 do Códi-
go Civil, é instituto jurídico muito utilizado
5.15 – DA ANTICRESE (CC, ART. 1506) como garantia de financiamento imobiliário e
devidamente registrado nas escrituras. Qual a
Na anticrese o devedor entrega ao cre- correta definição de hipoteca?
dor a posse do imóvel, cedendo-lhe o direito ___________________________________________
de auferir os frutos e rendimentos desse imó- ___________________________________________
vel, até o montante da dívida a ser paga. ___________________________________________
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 73
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
Unidade
IV
ção do condomínio, alienação das frações ide- Somente será admitido o parcelamento
ais ou sobre a construção das edificações, ou do solo para fins urbanos em zonas urbanas,
que usar, ainda que a título de empréstimo, em de expansão urbana ou de urbanização especí-
proveito próprio ou de terceiros, bens ou ha- fica, assim definidas pelo plano diretor ou apro-
veres destinados a incorporação contratada por vadas por lei municipal.
administração, sem prévia autorização dos in- É proibido o parcelamento do solo ur-
teressados. bano, enquanto não solucionados os proble-
mas, em terrenos alagadiços e sujeitos a inun-
7. LEI No 6.766, DE 19 DE dações, que tenham sido aterrados com mate-
DEZEMBRO DE 1979 rial nocivo à saúde pública, com declividade
Dispõe sobre o Parcelamento do Solo igual ou superior a trinta por cento Também
Urbano e dá outras Providências não será permitido o parcelamento do solo em
terrenos onde as condições geológicas não
O parcelamento do solo urbano poderá aconselham a edificação ou em áreas de pre-
ser feito mediante loteamento ou desmembra- servação ecológica.
mento. A lei municipal definirá os prazos para
Considera-se loteamento a subdivisão de que um projeto de parcelamento apresentado
gleba em lotes destinados a edificação, com seja aprovado ou rejeitado e para que as obras
abertura de novas vias de circulação, de logra- executadas sejam aceitas ou recusadas. Trans-
douros públicos ou prolongamento, modifica- corridos os prazos sem a manifestação do Po-
ção ou ampliação das vias existentes. der Público, o projeto será considerado rejei-
Considera-se desmembramento a subdi- tado ou as obras recusadas, assegurada a inde-
visão de gleba em lotes destinados a edifica- nização por eventuais danos derivados da
ção, com aproveitamento do sistema viário omissão. Nos Municípios cuja legislação for
existente, desde que não implique na abertura omissa, os prazos serão de noventa dias para a
de novas vias e logradouros públicos, nem no aprovação ou rejeição e de sessenta dias para a
prolongamento, modificação ou ampliação dos aceitação ou recusa fundamentada das obras
já existentes. de urbanização.
Considera-se lote o terreno servido de in- Aprovado o projeto de loteamento ou
fra-estrutura básica cujas dimensões atendam aos de desmembramento, o loteador deverá sub-
índices urbanísticos definidos pelo plano dire- metê-lo ao Registro Imobiliário dentro de
tor ou lei municipal para a zona em que se situe. 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de ca-
Consideram-se infra-estrutura básica os ducidade da aprovação. Juntamente com o
equipamentos urbanos de escoamento das pedido deverá apresentar os documentos de
águas pluviais, iluminação pública, redes de es- comprovação da propriedade do terreno; de
goto sanitário e abastecimento de água potá- inexistência de débitos de impostos, protesto
vel, e de energia elétrica pública e domiciliar e de títulos, ações cíveis e criminais e de ônus reais
as vias de circulação pavimentadas ou não. relativos ao imóvel e aos alienantes; cópia do
Nas zonas habitacionais declaradas por ato de aprovação do loteamento e comprovan-
lei como de interesse social (ZHIS), a infra-es- te do termo de verificação da execução das
trutura básica dos parcelamentos situados con- obras exigidas; exemplar do contrato-padrão
sistirá, no mínimo, de vias de circulação, esco- de promessa de venda, ou de cessão ou de pro-
amento das águas pluviais, rede para o abaste- messa de cessão.
cimento de água potável, e soluções para o es- No Registro de Imóveis far-se-á o regis-
gotamento sanitário e para a energia elétrica tro do loteamento, com uma indicação para
domiciliar. cada lote, a averbação das alterações, a abertu-
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 79
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
• elevar sem justa causa o preço de produ- se forem redigidos de modo a dificultar a com-
tos ou serviços; preensão de seu sentido e alcance. As cláusulas
• deixar de estipular prazo para o cumpri- contratuais serão interpretadas de maneira mais
mento de sua obrigação ou deixar a fixa- favorável ao consumidor.
ção de seu termo inicial a seu exclusivo As declarações de vontade constantes de
critério; escritos particulares, recibos e pré-contratos
• aplicar fórmula ou índice de reajuste di- relativos às relações de consumo vinculam o
verso do legal ou contratualmente esta- fornecedor.
belecido. O consumidor pode desistir do contra-
to, no prazo de sete dias a contar de sua assina-
O fornecedor de serviço será obrigado a tura ou do ato de recebimento do produto ou
entregar ao consumidor orçamento prévio dis- serviço, sempre que a contratação de forneci-
criminando o valor da mão-de-obra, dos mate- mento de produtos e serviços ocorrer fora do
riais e equipamentos a serem empregados, as estabelecimento comercial, especialmente por
condições de pagamento, bem como as datas telefone ou a domicílio. Se o consumidor exer-
de início e término dos serviços. Salvo estipula- citar o direito de arrependimento, os valores
ção em contrário, o valor orçado terá validade eventualmente pagos, a qualquer título, duran-
pelo prazo de dez dias, contado de seu recebi- te o prazo de reflexão, serão devolvidos, de
mento pelo consumidor. Uma vez aprovado imediato, monetariamente atualizados.
pelo consumidor, o orçamento obriga os con- A garantia contratual é complementar à
traentes e somente pode ser alterado mediante legal e será conferida mediante termo escrito.
livre negociação das partes. O consumidor não
responde por quaisquer ônus ou acréscimos de- 8.6.1. Das Cláusulas Abusivas
correntes da contratação de serviços de tercei-
ros não previstos no orçamento prévio. São nulas de pleno direito, entre outras,
as cláusulas contratuais relativas ao fornecimen-
8.5.4. Da Cobrança de Dívidas to de produtos e serviços que:
A nulidade de uma cláusula contratual creva, resumidamente, o que vem a ser a in-
abusiva não invalida o contrato, exceto quan- corporação imobiliária.
do de sua ausência, apesar dos esforços de in- ________________________________________
tegração, decorrer ônus excessivo a qualquer ________________________________________
das partes.
As multas de mora decorrentes do b) Outra questão certa de provas e avaliações:
inadimplemento de obrigações no seu termo quem pode ser incorporador?
não poderão ser superiores a dois por cento ________________________________________
do valor da prestação. ________________________________________
É assegurado ao consumidor a liquida-
ção antecipada do débito, total ou parcialmen- c) O anúncio de incorporação, de loteamentos
te, mediante redução proporcional dos juros e e de condomínios para venda somente pode
demais acréscimos. ser feito mediante quais providências do em-
Nos contratos de compra e venda de presário?
móveis ou imóveis mediante pagamento em ________________________________________
prestações, bem como nas alienações fiduciári- ________________________________________
as em garantia, consideram-se nulas de pleno
direito às cláusulas que estabeleçam a perda d) Para lotear uma gleba o empresário deverá
total das prestações pagas em benefício do cre- obedecer disposições de que lei?
dor que, em razão do inadimplemento, pleite- ________________________________________
ar a resolução do contrato e a retomada do ________________________________________
produto alienado.
Quando ajustada verbalmente ou por não mais sendo exigível o pagamento anteci-
escrito e como prazo inferior a trinta meses, pado do aluguel e dos encargos.
findo o prazo estabelecido, a locação prorro-
ga - se automaticamente, por prazo indetermi- 9.4 – DA LOCAÇÃO NÃO
nado. Nesse caso, somente pode ser retomado RESIDENCIAL
o imóvel:
Na locação comercial, o locatário terá
• nos casos de mútuo acordo das partes; direito à renovação do contrato, caso tenha
• decorrentes da prática de infração le- sido ele celebrado por escrito e com prazo
gal ou contratual, determinado. Nesse caso o prazo mínimo do
• decorrentes da falta de pagamento do contrato a renovar ou a soma dos prazos inin-
aluguel e demais encargos; terruptos dos contratos escritos deve ser de
• para a realização de reparações urgen- cinco anos, e esteja o locatário explorando seu
tes determinadas pelo Poder Público; comércio, no mesmo ramo, pelo prazo míni-
• decorrentes de extinção do contrato de mo e ininterrupto de três anos.
trabalho, Ação renovatória é a modalidade da ação
• se a ocupação do imóvel pelo locatá- destinada a fazer valer o direto de renovação
rio estiver relacionada com o seu em- do contrato locatício, e deve ser proposta no
prego; interregno de um ano, no máximo, até seis
• se for pedido para uso próprio, de seu meses, no mínimo, anteriores à data da finali-
cônjuge ou companheiro, ou para uso zação do prazo do contrato em vigor.
residencial de ascendente ou descenden- O locador não estará obrigado a reno-
te que não disponha, assim como seu var o contrato se:
cônjuge ou companheiro, de imóvel re-
sidencial próprio; • por determinação do Poder Público, ti-
• se a vigência ininterrupta da locação ul- ver que realizar no imóvel, obras que im-
trapassar cinco anos. portarem na sua radical transformação;
• o imóvel vier a ser utilizado por ele pró-
9.3 – DA LOCAÇÃO PARA TEMPORADA prio ou para transferência de fundo de
comércio existente há mais de um ano,
Locação para temporada é aquela con- sendo detentor da maioria do capital o
tratada por prazo não superior a noventa dias locador, seu cônjuge, ascendente ou
destinada à residência temporária do locatário, descendente. Nesse caso o imóvel não
para prática de lazer, realização de cursos, tra- poderá ser destinado ao uso do mes-
tamento de saúde, etc. mo ramo do locatário, salvo se a loca-
O locador poderá receber de uma só vez ção também envolvia o fundo de co-
e antecipadamente os aluguéis e encargos, bem mércio, com as instalações e pertences.
como exigir do locatário, como garantia, a
prestação de caução, fiança, ou seguro de fian- Nas locações de imóveis utilizados por
ça locatícia, sendo vedada mais de uma moda- hospitais, unidades sanitárias oficiais, asilos, bem como
lidade de garantia num mesmo contrato de lo- de estabelecimento de saúde e de ensino autorizados, o
cação. contrato somente poderá ser rescindido nos
Findo o prazo ajustado, se o locatário casos de mútuo acordo; em decorrência da
permanecer no imóvel sem oposição do loca- prática de infração legal ou contratual; em de-
dor por mais de trinta dias, presumir-se-á pror- corrência da falta de pagamento do aluguel e
rogada a locação por tempo indeterminado, demais encargos; para a realização de repara-
88 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DIREITO E LEGISLAÇÃO – Unidade IV
a) Quem adquirir um imóvel locado tem qual h) Pesquise na sua apostila e defina: para que
prazo para pedir a desocupação do imóvel? serve a Ação Renovatória de Aluguel?
Qual o prazo que o locatário tem para desocu- _________________________________________
par o imóvel? Essas questões estão tratadas na _________________________________________
Lei do Inquilinato.
_________________________________________
_________________________________________
vos, os estatutos ou compromissos das socie- vel pelos danos decorrentes da anulação do
dades civis, religiosas, pias, morais, científicas registro, ou da averbação, por vício intrínseco
ou literárias, bem como o das fundações e das ou extrínseco do documento, título ou papel,
associações de utilidade pública, as socieda- mas, tão-somente, pelos erros ou vícios no pro-
des civis que revestirem as formas estabeleci- cesso de registro.
das nas leis comerciais, salvo as anônimas, e O oficial será obrigado, quando o apre-
os atos constitutivos e os estatutos dos parti- sentante o requerer, a notificar do registro ou
dos políticos. da averbação os demais interessados que figu-
A existência legal das pessoas jurídicas rarem no título, documento, o papel apresen-
só começa com o registro de seus atos consti- tado, e a quaisquer terceiros que lhes sejam in-
tutivos. dicados, podendo requisitar dos oficiais de re-
gistro em outros Municípios, as notificações
10.5 – DO REGISTRO DE TÍTULOS E necessárias. Por esse processo, também, pode-
DOCUMENTOS rão ser feitos avisos, denúncias e notificações,
quando não for exigida a intervenção judicial.
No Registro de Títulos e Documentos O serviço das notificações e demais diligências
será feita a transcrição dos instrumentos par- poderá ser realizado por escreventes designa-
ticulares, para a prova das obrigações con- dos pelo oficial e autorizados pelo Juiz com-
vencionais de qualquer valor ou, facultativa- petente.
mente, de quaisquer documentos, para sua
conservação. 10.6 – DO REGISTRO DE IMÓVEIS
Para surtir efeitos em relação a terceiros
estão sujeitos a registro no Registro de Títulos No Registro de Imóveis serão feitos o
e Documentos, entre outros, os contratos de registro e a averbação dos títulos ou atos cons-
locação de prédios os contratos de compra e titutivos, declaratórios, translativos e extintos
venda em prestações, com reserva de domínio de direitos reais sobre imóveis reconhecidos
ou não, os de alienação ou de promessas de em lei, inter vivos ou causa mortis, quer para
venda referentes a bens móveis e os de aliena- sua constituição, transferência e extinção, quer
ção fiduciária, as quitações, recibos e contratos para sua validade em relação a terceiros, quer
de compra e venda de automóveis, bem como para a sua disponibilidade.
o penhor destes, os instrumentos de cessão de Nesse sentido serão feitos os registros:
direitos e de créditos, de sub-rogação e de da-
ção em pagamento. • da instituição de bem de família, das hi-
O registro integral dos documentos con- potecas, dos contratos de locação de
sistirá na trasladação dos mesmos, com a mes- prédios, das penhoras, arrestos e seqües-
ma ortografia e pontuação, com referência às tros de imóveis, dos contratos de com-
entrelinhas ou quaisquer acréscimos, alterações, promisso de compra e venda de cessão,
defeitos ou vícios que tiver o original apresen- das incorporações, instituições e conven-
tado, e, bem assim, com menção precisa aos ções de condomínio;
seus característicos exteriores e às formalida- • dos contratos de promessa de venda,
des legais. cessão ou promessa de cessão de unida-
O oficial deverá recusar registro a título des autônomas condominiais, dos lote-
e a documento que não se revistam das forma- amentos urbanos e rurais, da compra e
lidades legais. venda pura e da condicional, da aliena-
O oficial, salvo quando agir de má-fé, ção fiduciária em garantia de coisa imó-
devidamente comprovada, não será responsá- vel etc.
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 91
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
último dia útil do primeiro trimestre de cada A extinção ou perda de mandato de mem-
ano, salvo a primeira, que será devida no ato bro do COFECI e dos CRECI ocorrerá por
da inscrição do Corretor de Imóveis ou da renúncia, por superveniência de causa de que
pessoa jurídica. resulte o cancelamento da inscrição, por con-
O número da inscrição do Corretor de denação a pena superior a dois anos, em virtu-
Imóveis ou da pessoa jurídica constará obriga- de de sentença transitada em julgado, por des-
toriamente de toda propaganda, bem como de tituição de cargo, função ou emprego, mencio-
qualquer impresso relativo à atividade profis- nada à prática de ato de improbidade na admi-
sional. Somente poderá anunciar publicamen- nistração pública ou privada, em virtude de
te o Corretor de Imóveis, pessoa física ou jurí- sentença transitada em julgado, e por ausência,
dica, que tiver contrato escrito de mediação ou sem motivo justificado, a três sessões consecu-
autorização escrita para alienação do imóvel tivas ou seis intercaladas em cada ano.
anunciado. Compete ao Conselho Federal eleger sua
O Conselho Federal (COFECI) e os Con- diretoria; elaborar e alterar seu regimento; ela-
selhos Regionais (CRECI) são autarquias, do- borar o regimento padrão dos Conselhos Regi-
tadas de personalidade jurídica de direito pú- onais e homologá-lo; aprovar o relatório anual,
blico, com autonomia administrativa, operaci- o balanço e as contas de sua diretoria, bem como
onal e financeira. Tem por objetivo a disciplina a previsão orçamentária para o exercício seguinte;
e a fiscalização do exercício da profissão de criar e extinguir Conselhos Regionais e Sub-re-
Corretor de Imóveis, bem como representar, giões; baixar normas de ética profissional; ela-
em juízo ou fora dele, os legítimos interesses borar contrato padrão para os serviços de cor-
da categoria profissional. O COFECI tem retagem de imóveis; fixar as multas, anuidades e
como sede e foro a Capital da República e ju- emolumentos devidos aos Conselhos Regionais;
risdição em todo o território nacional, e cada decidir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos
CRECI tem sede e foro na Capital do Estado Regionais; julgar os recursos das decisões dos
da sua jurisdição. Conselhos; aprovar o relatório anual, o balanço
O COFECI é composto por dois repre- e as contas dos Conselhos Regionais; fiscalizar
sentantes, efetivos e suplentes, de cada Conse- irregularidades e intervir temporariamente nos
lho Regional, eleitos dentre os seus membros. Conselhos Regionais; destituir diretor de Con-
O CRECI é composto por vinte e sete mem- selho Regional, por ato de improbidade no exer-
bros efetivos e igual número de suplentes. cício de suas funções; e baixar resoluções e deli-
O mandato dos membros do COFECI e do berar sobre os casos omissos.
CRECI é de 3 (três) anos, permitida a recon- Compete aos Conselhos Regionais ele-
dução. Somente poderão ser membros do ger sua diretoria; aprovar o relatório anual, o
Conselho Regional os Corretores de Imóveis balanço e as contas de sua diretoria, bem como
com inscrição principal na jurisdição há mais a previsão orçamentária para o exercício se-
de dois anos e que não tenham sido condena- guinte; propor a criação de sub-regiões; homo-
dos por infração disciplinar. logar tabelas de preços de serviços de correta-
Os Conselhos Federal e Regionais serão gem; decidir sobre os pedidos de inscrição de
administrados por uma diretoria, eleita dentre Corretor de Imóveis e de pessoas jurídicas;
os seus membros, composta de um presiden- organizar e manter o registro profissional das
te, dois vice-presidentes, dois secretários e pessoas físicas e jurídicas inscritas; expedir car-
dois tesoureiros. Junto aos Conselhos Fede- teiras profissionais e certificados de inscrição;
ral e Regionais funcionará um Conselho Fiscal, impor as sanções às infrações ético-disciplina-
composto de três membros, efetivos e suplen- res previstas em lei; baixar resoluções, no âm-
tes, eleitos dentre os seus membros. bito de sua competência.
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 93
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
São receitas de cada CRECI as anuidades, advertência verbal; censura; multa; suspen-
emolumentos e multas, a renda patrimonial, as são da inscrição, até noventa dias; e cancela-
contribuições voluntárias, e as subvenções e mento da inscrição, com apreensão da car-
dotações orçamentárias. São receitas do COFE- teira profissional.
CI 25% das anuidades e emolumentos arreca- Na determinação da sanção aplicável,
dados pelos Conselhos Regionais, além da ren- orientar-se-á o Conselho pelas circunstân-
da patrimonial, as contribuições voluntárias, e cias de cada caso, de modo a considerar
as subvenções e dotações orçamentárias. leve ou grave a falta. A reincidência na
Ao Corretor de Imóveis e à pessoa jurí- mesma falta determinará a agravação da pe-
dica é vedado transgredir normas de ética pro- nalidade.
fissional fixadas no Código de Ética: A multa poderá ser acumulada com
outra penalidade e, na hipótese de reinci-
• prejudicar, por dolo ou culpa, os inte- dência, aplicar-se-á em dobro. A pena de
resses que lhe forem confiados; suspensão será anotada na Carteira de
• exercer a profissão quando impedido Identidade Profissional do Corretor de
de fazê-lo ou por qualquer meio; Imóveis ou responsável pela pessoa jurídi-
• auxiliar ou facilitar o exercício da pro- ca e se este não a apresentar para que seja
fissão aos não inscritos ou impedidos; consignada a penalidade, o Conselho Re-
• anunciar publicamente proposta de gional poderá convertê-la em cancelamen-
transação a que não esteja autorizado to da inscrição.
através de documento escrito; As penas de advertência, censura ou mul-
• fazer anúncio ou impresso relativo à ati- ta serão comunicadas pelo Conselho Regional
vidade de profissional sem mencionar em ofício reservado, não se fazendo constar
o número de inscrição; dos assentamentos do profissional punido, se-
• anunciar imóvel loteado ou em condo- não em caso de reincidência.
mínio sem mencionar o número de re- Da imposição de qualquer penalida-
gistro do loteamento ou da incorpora- de caberá recurso, com efeito suspensivo,
ção no Registro de Imóveis; ao COFECI. O recurso apresentado pelo
• violar o sigilo profissional; negar aos apenado é denominado voluntário e de-
interessados a prestação de contas ou verá ser interposto no prazo de trinta dias
recibo de quantias ou documentos; a contar da ciência da decisão. Ex officio é
• violar obrigação legal concernente ao o recurso interposto obrigatoriamente
exercício da profissão; praticar, no pelo Presidente do CRECI nos casos de
exercício da atividade profissional, penalidade de suspensão da inscrição, até
ato que a lei defina como crime ou con- 90 (noventa) dias, ou cancelamento da ins-
travenção; crição, com apreensão da carteira profis-
• deixar de pagar contribuição ao CRE- sional.
CI; promover, ou facilitar, a tercei- As instâncias recorridas poderão re-
ros transações ilícitas ou que por qual- considerar suas próprias decisões, mas será
quer forma prejudiquem interesses de o COFECI a última e definitiva instância nos
terceiros; assuntos relacionados com a profissão e seu
• recusar a apresentação de Carteira de exercício.
Identidade Profissional, quando couber A suspensão por falta de pagamento de
anuidades, emolumentos ou multas só cessará
As sanções disciplinares aplicáveis aos com a satisfação da dívida, podendo ser can-
Corretores de Imóveis e pessoas jurídicas são celada a inscrição.
94 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DIREITO E LEGISLAÇÃO – Unidade IV
fiado, o zelo pelo prestígio de sua classe e o • restituir ao cliente os papéis de que
aperfeiçoamento da técnica das transações imo- não mais necessite;
biliárias. • dar recibo das quantias que o cliente lhe
Quando no exercício da profissão, em pague ou entregue a qualquer título;
relação à classe profissional, cabe ao Corretor • contratar, por escrito e previamente,
de Imóveis: a prestação dos serviços profissionais;
• receber comissões ou compensações
• não praticar nem permitir a prática de pelo mesmo serviço prestado somente
atos que comprometam a dignidade de uma única parte, exceto se houver
profissional; consentimento de todos os interessa-
• defender os direitos e prerrogativas dos, ou for praxe usual na jurisdição.
profissionais e a reputação da classe;
• zelar pela existência, fins e prestígio dos Ao Corretor de Imóveis é terminante-
Conselhos Federal e Regionais, contri- mente proibido:
buindo sempre que solicitado;
• auxiliar na fiscalização do exercício pro- • aceitar tarefas para as quais não este-
fissional, comunicando, com discrição e ja preparado ou que não se ajustem
fundamentadamente, aos órgãos compe- às disposições legais; manter socieda-
tentes, as infrações de que tiver ciência; de profissional fora das normas e pre-
• relacionar-se com os colegas dentro dos ceitos estabelecidos em lei;
princípios de consideração, respeito e • promover a intermediação com co-
solidariedade visando a harmonia da brança de “over-price” (sobrepreço);
classe; colocar-se a par da legislação vi- e locupletar-se a custa do cliente;
gente e procurar difundi-la. • receber comissões em desacordo
com a Tabela de honorários vigente;
Em relação aos clientes, cabe ao Corre- • angariar serviços com prejuízo mo-
tor de Imóveis: ral ou material, ou desprestígio para
outro profissional ou para a classe;
• inteirar-se de todas as circunstâncias do • desviar cliente de outro Corretor de
negócio, antes de oferecê-lo e ao fazê- Imóveis;
lo apresentar dados rigorosamente cer- • deixar de atender ou cumprir às no-
tos, nunca omitindo detalhes que o tificações ou determinações regulares
depreciem, informando o cliente dos emanados do Conselho Profissional;
riscos e demais circunstâncias que pos- • acumpliciar-se com os que exercem ile-
sam comprometer o negócio; galmente atividades de transações imo-
• recusar transação que saiba ilegal, in- biliárias. Da mesma forma, é defesa a
justa ou imoral; promoção de transações imobiliárias
• comunicar, imediatamente, ao clien- contra disposição literal da lei;
te o recebimento de valores ou do- • o abandono dos negócios confiados
cumentos a ele destinado; a seus cuidados, sem motivo justo e
• prestar contas pormenorizadas ao cli- prévia ciência do cliente;
ente, quando este as solicite ou logo • aceitar incumbência de transação que
que concluído o negócio; esteja entregue a outro Corretor de
• orientar tecnicamente o negócio, re- Imóveis, sem dar-lhe prévio conheci-
servando ao cliente a decisão do que mento, por escrito ou, ainda, sem com
lhe interessar pessoalmente; ele contratar;
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 97
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
21. ( ) Considera-se em mora o devedor dencial para Marco Antônio, e este a lhe pagar
que efetua o pagamento, mas o credor que não R$ 100.000,00. Essa modalidade de contrato
recebe no tempo, lugar ou forma que a lei ou a denomina-se locação imobiliária.
convenção estabelecer.
32. ( ) O contrato de compra e venda não
22. ( ) Em se tratando de efeitos das obri- é passível de nulidade mesmo quando deixa a
gações, não havendo prazo assinalado, a mora taxação do preço ao arbítrio exclusivo de uma
se constitui a partir da notificação, interpela- das partes.
ção ou protesto.
33. ( ) Na compra e venda, as despesas da
23. ( ) Aquele que causar prejuízo a alguém escritura ficarão a cargo do comprador, e as
responde por perdas e danos. A reparação, ou da tradição a cargo do vendedor, salvo cláusu-
indenização abrange, além do prejuízo imedi- la em contrário.
ato, o que o prejudicado deixou de lucrar. So-
bre a reparação incidem atualização monetá- 34. ( ) Retrovenda é o pacto adjeto à com-
ria, juros oficiais e honorários advocatícios. pra e venda em que o vendedor de coisa imó-
vel pode reservar-se o direito de recobrá-la no
24. ( ) Arras são os recursos pagos por um prazo máximo de decadência de dez anos, res-
dos contratantes para garantir o cumprimento de tituindo o preço recebido e reembolsado as
um contrato, comumente, conhecido por sinal. despesas do comprador.
28. ( ) O defeito oculto da coisa, que a tor- 37. ( ) Considera-se doação o contrato em
ne imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe que uma pessoa, por liberalidade, transfere do
diminua o valor, é chamado vício redibitório. seu patrimônio bens ou vantagens para o de
outra. O doador pode fixar prazo ao donatá-
29. ( ) Evicção é a estipulação em favor de rio, para declarar se aceita ou não a liberalida-
terceiro no qual se convenciona certa vantagem de. Desde que o donatário, ciente do prazo,
patrimonial a favor de terceiro alheio à forma- não faça, dentro dele, a declaração, entender-
ção do vínculo contratual. se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a
encargo. A doação far-se-á por escritura pú-
30. ( ) O distrato faz-se pela mesma forma blica ou instrumento particular.
exigida para o contrato.
38. ( ) A modalidade de contrato em que
31. ( ) Júlio César firmou contrato se obri- uma das partes se obriga a ceder à outra, por
gando a transferir o domínio de imóvel resi- tempo determinado ou não, o uso e gozo de
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DIREITO E LEGISLAÇÃO
coisa não fungível, mediante certa retribuição, obrigação assumida pelo devedor, caso este
é denominada permuta. não a cumpra, é denominada corretagem.
39. ( ) Se o comodato não tiver prazo con- 47. ( ) O corretor é obrigado a executar a
vencional pode o comodante, quando desejar, mediação com a diligência e prudência que o
suspender o uso e gozo da coisa emprestada, negócio requer, prestando ao cliente, esponta-
porque o comodatário não poderá jamais re- neamente, todas as informações sobre o anda-
cobrar do comodante as despesas feitas com o mento dos negócios.
uso e gozo da coisa emprestada.
48. ( ) Marco Antônio tem um litígio com
40. ( ) O mútuo é uma modalidade de em- Júlio César acerca de uma dívida. Aquele en-
préstimo de coisas fungíveis na qual o mutuá- tende que a dívida é de R$ 10.000,00, ao passo
rio é obrigado a restituir ao mutuante o que que o devedor entende que é só de R$ 5.000,00.
dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qua- Após discussão entre eles, firmaram acordo
lidade e quantidade. colocando fim à questão mediante o pagamen-
to ao credor do valor de R$ 7.500,00. Esta
41. ( ) Toda a espécie de serviço ou traba- modalidade de contrato é conhecida como
lho lícito, material ou imaterial, pode ser con- novação.
tratada mediante retribuição.
49. ( ) É anulável a troca de valores desi-
42. ( ) Na venda ad mensuram, se o compra- guais entre ascendentes e descendentes, sem
dor constatar que o imóvel não corresponde consentimento dos outros descendentes e do
às dimensões da escritura pode exigir o com- cônjuge do alienante.
plemento da área.
50. ( ) Usucapião é a forma de aquisição de
43. ( ) A modalidade de contrato pelo qual propriedade imóvel que o ocorre quando al-
uma pessoa passa a comprar ou vender bens, guém detém a posse de uma coisa com ânimo
em seu próprio nome, mas por conta de ou- de dono, por determinado tempo, ininterrup-
trem, e de acordo com as instruções deste é tamente, e sem oposição:
denominada evicção.
51. ( ) Adquire-se a propriedade imóvel
44. ( ) Todas as pessoas capazes são aptas somente pela transcrição do título de transfe-
para dar procuração mediante instrumento rência no Cartório de Registro de Imóvel e pelo
particular, que valerá desde que tenha a assina- direito hereditário:
tura do outorgante.
52. ( ) O proprietário tem o direito de usar,
45. ( ) A modalidade de contrato em que gozar e dispor da coisa, por isso tem o direito
uma pessoa não ligada a outra em virtude de de reavê-la do poder de quem quer que injusta-
mandato, de prestação de serviços ou por qual- mente a possua ou detenha.
quer relação de dependência, obriga-se a obter
para a segunda um ou mais negócios, confor- 53. ( ) O condômino é obrigado, na pro-
me as instruções recebidas, é denominada cor- porção de sua parte, a concorrer para as des-
retagem. pesas de conservação da coisa.
46. ( ) A modalidade de contrato no qual 54. ( ) Sob pena de responder por perdas e
uma pessoa garante satisfazer ao credor uma danos, o corretor deve prestar ao cliente todos
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
Em análise aos enunciados pode-se afirmar que: 13) Considere os seguintes enunciados:
a) todos os enunciados estão corretos. I – Obrigação é o vínculo pessoal de direi-
b) todos os enunciados estão errados. to existente entre pessoas, tendo por
c) estão corretos nos enunciados I e II. objeto uma prestação ou contrapresta-
d) estão corretos os enunciados I e III. ção de conteúdo econômico.
e) estão corretos os enunciados II e III. II – Essa ou contraprestação deve ser possí-
vel, licita, determinada ou determinável,
11) Considere os seguintes enunciados: e ainda traduzível em dinheiro.
I – É anulável o negócio jurídico por vício III – Na obrigação de dar ou restituir, a coisa
resultante de erro, dolo, coação, esta- a ser entregue deverá sempre ser certa,
do de perigo, lesão ou fraude contra determinada ou especifica.
credores.
II – O negócio anulável não pode ser confir- Em análise aos enunciados pode-se afirmar que:
mado pelas partes, salvo direito de ter- a) todos os enunciados estão corretos.
ceiro. b) todos os enunciados estão errados.
III – É de quatro anos o prazo de decadência c) estão corretos os enunciados I e II.
para pleitear-se a anulação do negócio d) estão corretos os enunciados I e III.
jurídico, contado no caso de coação, do e) estão corretos os enunciados II e III.
dia em que ela cessar.
14) Considere os seguintes enunciados:
Em análise aos enunciados pode-se afirmar que: I – A obrigação de fazer está relacionada à
a) todos os enunciados estão corretos. obrigação de prestar um serviço, como,
b) todos os enunciados estão errados. por exemplo, fazer uma pintura em um
c) estão corretos nos enunciados I e II. apartamento.
d) estão corretos os enunciados I e III. II – A obrigação de não fazer está relaciona-
e) estão corretos os enunciados II e III. da a uma abstenção obrigatória, ou a uma
obrigação de consentir ou não impedir.
12) Considere os seguintes enunciados: III – O pagamento feito a um dos credores
I – A prescrição ocorre em dez anos, quan- solidários extingue a dívida até o mon-
do a lei não lhe haja fixado prazo me- tante do que foi pago.
nor.
II – Prescreve em três anos a pretensão re- Em análise aos enunciados pode-se afirmar que:
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
tratual, por não pagamento do aluguel. Em análise aos enunciados pode-se afirmar que:
a) somente os enunciados I e II estão cor-
Em análise aos enunciados pode-se afirmar que: retos.
a) todos os enunciados estão corretos. b) somente os enunciados I e III estão cor-
b) somente o enunciado I está correto. retos.
c) somente o enunciado II está correto. c) somente os enunciados II e III estão cor-
d) somente o enunciado III está correto. retos.
e) nenhum enunciado está correto. d) todos estão corretos.
e) todos estão incorretos.
20) Considere os seguintes enunciados:
I – Os negócios de transmissão gratuita de 22) Em se tratando de efeitos das obrigações,
bens ou remissão de dívida, se os prati- considere os seguintes enunciados:
car o devedor já insolvente, ou por eles I – A mora do credor pode resultar obri-
reduzido à insolvência, ainda quando o gação deste em ressarcir as despesas com
ignore, poderão ser anulados pelos cre- a conservação da coisa.
dores quirografários, como lesivos dos II – Se a mora do devedor resultar em ino-
seus direitos. cuidade ao credor, este pode recusar a
II – Serão igualmente anuláveis os contratos prestação e exigir a satisfação por per-
onerosos do devedor insolvente, quan- das e danos.
do a insolvência for notória, ou houver III – Não havendo prazo assinalado, a mora
motivo para ser conhecida do outro con- se constitui a partir da notificação, inter-
tratante. pelação ou protesto.
III – Anulados os negócios fraudulentos, a
vantagem resultante reverterá em pro- Em análise aos enunciados pode-se afirmar que:
veito do acervo sobre que se tenha de a) somente os enunciados I e II estão cor-
efetuar o concurso de credores. retos.
b) somente os enunciados I e III estão cor-
Em análise aos enunciados pode-se afirmar que: retos.
a) todos os enunciados estão corretos. c) somente os enunciados II e III estão cor-
b) todos os enunciados estão errados. retos.
c) estão corretos nos enunciados I e II. d) todos estão corretos.
d) estão corretos os enunciados I e III. e) todos estão incorretos
e) estão corretos os enunciados II e III.
23) Considere os seguintes enunciados:
21) Considere os seguintes enunciados: I – Aquele que causar prejuízo a alguém res-
I – Considera-se em mora o devedor que não ponde por perdas e danos.
efetuar o pagamento e o credor que não II – A reparação, ou indenização abrange,
quiser recebe-lo no tempo, lugar ou for- além do prejuízo imediato, o que o pre-
ma que a lei ou a convenção estabelecer. judicado deixou de lucrar.
II – A cláusula penal é um pacto secundário, III – Sobre a reparação incidem atualização
razão pela qual a nulidade da obrigação monetária, juros oficiais e honorários
importa a da cláusula penal. advocatícios.
III – Havendo inexecução de uma obrigação,
o devedor responde por ela, mas só res- Em análise aos enunciados pode-se afirmar que:
ponderá pelas perdas e danos se a tanto a) todos os enunciados estão corretos.
tiver se obrigado. b) todos os enunciados estão errados.
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lha vendeu, para que este use do seu di- a) todos os enunciados estão corretos.
reito de prelação em igualdade de con- b) todos os enunciados estão incorretos.
dições. c) somente o enunciado I está correto.
III – Retrovenda é o pacto adjeto à compra e d) somente o enunciado II está correto.
venda em que o vendedor de coisa imó- e) somente o enunciado III está correto.
vel pode reservar-se o direito de reco-
brá-la no prazo máximo de decadência 37) Considere os seguintes enunciados:
de dez anos, restituindo o preço recebi- I – Considera-se doação o contrato em que
do e reembolsado as despesas do com- uma pessoa, por liberalidade, transfere
prador. do seu patrimônio bens ou vantagens
para o de outra.
Em análise aos enunciados pode-se afirmar que: II – O doador pode fixar prazo ao donatá-
a) somente os enunciados I e II estão cor- rio, para declarar se aceita ou não a libe-
retos. ralidade. Desde que o donatário, ciente
b) somente os enunciados I e III estão cor- do prazo, não faça, dentro dele, a decla-
retos. ração, entender-se-á que aceitou, se a
c) somente os enunciados II e III estão cor- doação não for sujeita a encargo.
retos. III – A doação far-se-á por escritura pública
d) todos estão corretos. ou instrumento particular.
e) todos estão incorretos.
Em análise aos enunciados pode-se afirmar que:
35) A cláusula inserida no contrato de venda a) todos os enunciados estão corretos.
de coisa móvel que permite ao vendedor re- b) todos os enunciados estão incorretos.
servar para si a propriedade, até que o preço c) somente o enunciado I está correto.
esteja integralmente pago, designa-se: d) somente o enunciado II está correto.
a) retrovenda. e) somente o enunciado III está correto.
b) perempção.
c) reserva de domínio 38) A modalidade de contrato em que uma das
d) pacto comissório. partes se obriga a ceder à outra, por tempo de-
e) consignação terminado ou não, o uso e gozo de coisa não fun-
gível, mediante certa retribuição, é denominada:
36) Considere os seguintes enunciados: a) preempção.
I – Na permuta, salvo disposição em con- b) permuta.
trário, cada um dos contratantes pagará c) locação de coisas.
por metade as despesas com o instru- d) cláusula resolutória.
mento da troca; e) retrovenda.
II – É anulável a troca de valores desiguais
entre ascendentes e descendentes, sem 39) Considere os seguintes enunciados:
consentimento dos outros descendentes I – O comodato é uma modalidade de em-
e do cônjuge do alienante. préstimo gratuito de coisas não fungí-
III – A cláusula de reserva de domínio será veis que se perfaz com a tradição do
estipulada por escrito e depende de re- objeto.
gistro no domicílio do comprador para II – Se o comodato não tiver prazo conven-
valer contra terceiros. cional pode o comodante, quando de-
sejar, suspender o uso e gozo da coisa
Em análise aos enunciados pode-se afirmar que: emprestada.
110 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DIREITO E LEGISLAÇÃO
III – O comodatário não poderá jamais re- quatro anos, dar-se-á por findo o con-
cobrar do comodante as despesas feitas trato, ainda que não concluída a obra.
com o uso e gozo da coisa emprestada.
Em análise aos enunciados pode-se afirmar que:
Em análise aos enunciados pode-se afirmar que: a) todos os enunciados estão corretos.
a) todos os enunciados estão corretos. b) todos os enunciados estão errados.
b) todos os enunciados estão errados. c) estão corretos os enunciados I e II.
c) estão corretos os enunciados I e II. d) estão corretos os enunciados I e III.
d) estão corretos os enunciados I e III. e) estão corretos os enunciados II e III.
e) estão corretos os enunciados II e III.
42) Considere os seguintes enunciados:
40) Considere os seguintes enunciados: I – Pelo contrato de depósito recebe o de-
I – O mútuo é uma modalidade de emprés- positário um objeto móvel, para guar-
timo de coisas fungíveis na qual o mutu- dar, até que o depositante o reclame.
ário é obrigado a restituir ao mutuante II – O contrato de depósito é gratuito, exce-
o que dele recebeu em coisa do mesmo to se houver convenção em contrário,
gênero, qualidade e quantidade. se resultante de atividade negocial ou se
II – O mútuo transfere o domínio da coisa o depositário o praticar por profissão.
emprestada ao mutuário, por cuja conta III – O depositário é obrigado a ter na guar-
correm todos os riscos dela desde a tra- da e conservação da coisa depositada o
dição. cuidado e diligência que costuma com o
III – Não se tendo convencionado expressa- que lhe pertence, bem como a restituí-
mente, o prazo do mútuo será de míni- la, com todos os frutos e acrescidos,
mo trinta dias, se for de dinheiro; quando o exija o depositante.
Em análise aos enunciados pode-se afirmar que: Em análise aos enunciados pode-se afirmar que:
a) todos os enunciados estão corretos. a) todos os enunciados estão corretos.
b) todos os enunciados estão errados. b) todos os enunciados estão incorretos.
c) estão corretos os enunciados I e II. c) somente o enunciado I está correto.
d) estão corretos os enunciados I e III. d) somente o enunciado II está correto.
e) estão corretos os enunciados II e III. e) somente o enunciado III está correto.
Em análise aos enunciados pode-se afirmar que: ou risco do negócio, das alterações de
a) todos os enunciados estão corretos. valores e do mais que possa influir nos
b) todos os enunciados estão incorretos. resultados da incumbência.
c) somente o enunciado I está correto.
d) somente o enunciado II está correto. Em análise aos enunciados pode-se afirmar que:
e) somente o enunciado III está correto. a) todos os enunciados estão corretos.
b) todos os enunciados estão errados.
44) A modalidade de contrato pelo qual uma c) estão corretos os enunciados I e II.
pessoa passa a comprar ou vender bens, em seu d) estão corretos os enunciados I e III.
próprio nome, mas por conta de outrem, e de e) estão corretos os enunciados II e III.
acordo com as instruções deste é denominada:
a) evicção. 47) A modalidade de contrato no qual uma
b) comissão. pessoa garante satisfazer ao credor uma obri-
c) novação. gação assumida pelo devedor, caso este não a
d) empreitada cumpra, é denominada:
e) corretagem. a) novação
b) fiança.
45) A modalidade de contrato em que uma c) retrovenda.
pessoa não ligada a outra em virtude de man- d) transação.
dato, de prestação de serviços ou por qualquer e) corretagem.
relação de dependência, obriga-se a obter para
a segunda um ou mais negócios, conforme as 48) Marco Antônio tem um litígio com Júlio
instruções recebidas, é denominada: César acerca de uma dívida. Aquele entende
a) evicção. que a dívida é de R$ 10.000,00, ao passo que o
b) comissão. devedor entende que é só de R$ 5.000,00.
c) novação. Após discussão entre eles, firmaram acordo co-
d) empreitada locando fim à questão mediante o pagamento
e) corretagem. ao credor do valor de R$ 7.500,00. Esta mo-
dalidade de contrato é conhecida como:
46) Considere os seguintes enunciados: a) novação.
I – Pelo contrato de corretagem, uma pes- b) corretagem.
soa, não ligada a outra em virtude de c) transação.
mandato, de prestação de serviços ou d) fiança
por qualquer relação de dependência, e) retrovenda.
obriga-se a obter para a segunda um ou
mais negócios, conforme as instruções 49) Aquele que defende pessoalmente a sua
recebidas. posse, diante de ato de turbação ou esbulho,
II – O corretor é obrigado a executar a me- está utilizando:
diação com a diligência e prudência que a) da manutenção da posse.
o negócio requer, prestando ao cliente, b) do interdito possessório.
espontaneamente, todas as informações c) do esforço imediato.
sobre o andamento dos negócios. d) da reintegração de posse.
III – Sob pena de responder por perdas e e) da imissão de posse.
danos, deve o corretor prestar ao clien-
te todos os esclarecimentos que estive- 50) Forma de aquisição de propriedade imó-
rem ao seu alcance, acerca da segurança vel que o ocorre quando alguém detém a pos-
112 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DIREITO E LEGISLAÇÃO
se de uma coisa com ânimo de dono, por de- c) somente os enunciados I e III estão cor-
terminado tempo, ininterruptamente, e sem retos.
oposição: d) somente os enunciados II e III estão cor-
a) acessão. retos.
b) usucapião. e) nenhum enunciado está correto.
c) herança jacente.
d) registro de título. 53) Considere as seguintes proposições, em
e) comoriência. relação ao condomínio:
I – Cada unidade autônoma corresponde
51) Adquire-se a propriedade imóvel: a uma fração ideal no condomínio so-
a) pela transcrição do título de transferên- bre o terreno e as partes comuns do
cia no Registro de Imóvel, pela acessão, edifício.
pelo usucapião e pelo direito hereditário. II – As partes suscetíveis de utilização inde-
b) somente pela transcrição do título de pendente, tais como apartamentos, es-
transferência no Cartório de Registro de critórios, podem ser alienadas livremente
Imóvel e pelo direito hereditário. por seus proprietários.
c) pela transcrição do título de transferên- III – O condômino é obrigado, na propor-
cia no Cartório de Registro de Imóvel, ção de sua parte, a concorrer para as
pela tradição, pelo usucapião e pelo di- despesas de conservação da coisa.
reito hereditário;
d) pela transcrição do título de transferên- Em análise aos enunciados pode-se afirmar que:
cia no Cartório de Registro de Imóvel, a) todos os enunciados estão corretos.
pela confusão, pelo usucapião e pelo di- b) somente o enunciado I está correto.
reito hereditário. c) somente o enunciado II está correto.
e) pela transcrição do título de transferên- d) somente o enunciado III está correto.
cia no Cartório de Registro de Imóvel, e) nenhum enunciado está correto.
pela evicção e pela compensação.
54) Propriedade resolúvel é a de caráter não
52) Considere as seguintes proposições: permanente, que pode ser cancelada pelo ad-
I – O proprietário tem o direito de usar, go- vento de determinada condição legal ou con-
zar e dispor da coisa, mas não tem o di- vencional. São cláusulas ou condições que tor-
reito de reavê-la do poder de quem quer nam a propriedade resolúvel, exceto:
que injustamente a possua ou detenha. a) o pacto de retrovenda.
II – Avulsão é o arrancamento de um bloco b) a doação de cláusula de reversão.
considerável de terra por força das c) a propriedade fiduciária.
águas, e o seu conseqüente arremesso de d) o usucapião.
encontro a terras de outrem. e) a venda a contento.
III – O álveo ou leito abandonado do rio,
público ou particular, pertence ao aos 55) Considere os seguintes enunciados:
proprietários ribeirinhos das duas mar- I – Usufruto ocorre quando o proprietário
gens, com divisa no meio. Júlio César concede, mediante ato inter
vivos, a posse, uso, administração e per-
Em análise aos enunciados pode-se afirmar que: cepção de frutos de um imóvel a Cleó-
a) todos os enunciados estão corretos. patra, conservando a sua propriedade.
b) somente os enunciados I e II estão cor- II – O usufruto de imóveis, quando não re-
retos. sulte de usucapião, constituir-se-á medi-
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 113
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
Ad Corpus: expressão latina que qualifica a venda que se faz por corpo, i.é, por
um único preço. Ex: venda de apartamentos, casas etc.
Alienação fiduciária: negócio jurídico pelo qual uma das partes chamada
fiduciário, adquire, em confiança, a propriedade de um bem móvel, obrigando-se
a devolvê-lo quando satisfeita a obrigação. A Lei 9.514/97, art. 22, passou a
permitir a alienação fiduciária para bens imóveis.
Alqueire: unidade de medida agrária que varia de região para região. Em Minas
Gerais o alqueire vale 48.400 m²; em São Paulo, 24.200 m², e no norte do
Brasil 27.225 m².
GLOSSÁRIO
Álveo: superfície que as águas cobrem sem transbordar para o solo natural e
ordinariamente enxuto.
Arras: do grego arrabon. Garantia ou sinal dado por um dos contratantes que
firma a presunção de acordo final e torna obrigatória a convenção. Ver arts. 417
a 420 do CC.
Aval: garantia do pagamento do título de crédito, de natureza pessoal, dada por terceiro.
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
Bens fungíveis: aqueles móveis que podem ser substituídos por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade.
Bens imóveis: aqueles que não podem ser transportados sem que ocorra a sua
destruição ou inutilização. Podem ser:
• imóveis por natureza: o solo, com a sua superfície.
• imóveis por acessão física ou artificial: edifícios.
• imóveis por acessão intelectual: as sementes lançadas ao solo.
• imóveis assim considerados para efeitos legais: direitos reais sobre imóveis, penhor
agrícola e as ações que os asseguram, as apólices da dívida pública, o
direito à sucessão aberta, os navios e os aviões.
Bens infungíveis: aqueles que são insubstituíveis por outros. As obras de arte,
o direito autoral etc.
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
Cláusula leonina: cláusula contratual que atribui, a uma das partes, vantagens
injustificadamente maiores do que aquelas conferidas à outra parte.
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
Contrato: acordo de vontades entre duas ou mais pessoas, sobre objeto lícito e
possível, com o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos. Pode
ser aberto, acessório, a titulo oneroso ou não, bilateral ou unilateral (doações),
consensual, comutativo etc.
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
Doação: contrato gratuito (benéfico) pelo qual uma das partes (doador) se
compromete a transferir, gratuitamente, um bem de sua propriedade para o
patrimônio de outra. É um tipo de contrato unilateral. A doação pode ser pura
ou incondicional, condicional, modal, remuneratória, com cláusula de reversão,
a título singular e inoficiosa. Vale lembrar que a doação pode ser revogada em
caso de ingratidão do donatário. Ver arts. 538 a 563 do CC.
Domicílio: local onde a pessoa natural ou jurídica exerce sua atividade habitual, enquanto
residência é o local onde a pessoa natural mora, com intenção de ali permanecer.
Edil: do latim aedes, casa, prédio; daí edificium, combinando com ficium, de facere.
É também sinônimo de vereador.
Espólio: Conjunto de bens que integra o patrimônio deixado pelo de cujus, e que
serão compartilhados, no inventário, entre os herdeiros ou legatários.
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
Evicção: perda total ou parcial de uma coisa, que sofre seu adquirente, em
conseqüência de decisão judicial promovida pelo verdadeiro dono ou possuidor.
Ver arts. 447 a 456 do CC.
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
Hectare: unidade de medida agrária correspondente a 100 ares. Cada are, por
sua vez, vale 100m². Assim, um hectare vale 10.000m².
Imóvel rural: prédio rústico de área contínua qualquer que seja a sua
localização, destinado à exploração extrativa agrícola, pecuária ou
agroindustrial, quer mediante planos públicos de valorização, quer mediante
iniciativa privada (art. 1º I, da Lei nº 4.504/64 – Estatuto da Terra).
Legado: parte da herança deixada pelo testador àquele que não seja herdeiro,
denominado legatário.
Legítima: parte da herança que cabe a cada herdeiro, e que não pode ser disposta
pelo testador.
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
Ônus real: gravame incidente sobre bens móveis ou imóveis, em face de direitos
reais sobre coisas alheias.
Penhor: direito real sobre coisa alheia, consistente na entrega de um bem móvel,
suscetível de alienação, efetuada pelo devedor ou terceiro, ao credor, para
garantia de um débito.
Pessoa natural: ser humano dotado de direitos e obrigações determinados pela lei.
Posse: de acordo com o art. 1.196 do CC, considera-se possuidor todo aquele que
tem de fato o exercício, pleno ou não, de alguns dos poderes inerentes à propriedade.
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
Superfície (direito de): direito real de uso de bem alheio, consistente na cessão
de imóvel, pelo proprietário, a um superficiário, gratuita ou onerosamente, para que
este construa ou plante no terreno. È regulado pelos arts. 1.369 a 1.377 do CC.
Tapume: cerca de arame ou madeira, sebe viva, vala, enfim, qualquer estrutura
que sirva de demarcação de terrenos contíguos, e para impedir a entrada de
pessoas ou animais. Ver art. 1.297 do CC.
Terras devolutas: são bens de natureza dominial, vale dizer, integral o patrimônio
de pessoas jurídicas de direito público. São terras vagas, não aproveitadas, que
podem ser alienadas ou cedidas a particulares. Ver art. 20 da CF.
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
Transcrição: ato pelo qual o oficial competente lnça, em livro próprio, o registro
dos títulos translativos de propriedade, por ato inter vivos.
Usufruto: direito real sobre bem alheio atribuído a alguém para que possa fruir
das utilidades e frutos de um bem de propriedade alheia, sem alteração de sua
substância, enquanto temporariamente destacado da mesma propriedade.
Vacatio Legis: período em que a lei nova, embora publicada oficialmente, fica
com sua vigência suspensa.
Venda ad corpus: venda de bem imóvel que leva em conta apenas sua especificação
por características e confrontações, sem determinação de área. Ver CC, art. 500.
Vício redibitório: defeito oculto que torna o bem alienado impróprio para o
uso a que se destina, ou causa diminuição do seu valor. Ver CC, art. 2.164.
BIBLIOGRAFIA
RODRIGUES, Sílvio. Direito civil. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 1981c v. 3:
Dos contratos e das declarações de vontade.
RODRIGUES, Sílvio. Direito civil. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 1981a v. 1:
Parte geral.
RODRIGUES, Sílvio. Direito civil. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 1981b v. 2:
Parte geral das obrigações.
CENEVIVA, Walter. Lei de registros públicos. 13. ed. São Paulo: Sarai-
va:1999
GABARIT
GABARITOO
EXERCÍCIO I EXERCÍCIO II