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Universidade Federal do Pará

Campus Universitário de Capanema


Faculdade de Educação
Curso: Pedagogia

Ludicidade e Educação

CAPANEMA/PA

2018
Alessandra Cristina da Silva Lima
Elana Alves de Oliveira
Eloísa Ramos Felipe
Maria Vitória Pimentel Sousa
Natália Monteiro do Rosário
Sonia Helena da Silva Souza
Suely Cunha de Sousa

Ludicidade e Educação

Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação


na “Ludicidade e Educação”, ministrado pela professora
Ana Paula Vieira e Souza,

CAPANEMA/PA

2018
1. Introdução

O presente trabalho objetiva perceber a compreensão que os alunos obtém sobras as atividades
lúdicas, originou-se da pesquisa de campo feita com três (3) crianças entre 4 (quatro) e 11 (onze)
anos, que dispunham da fala habitual, com base teórica referenciada em renomados autores, como
Vygotsky (1984), Santos (1999), Huizinga (2007), e outros que discutem sobre a importância dos
jogos e brincadeiras na educação infantil.O ensaio de pesquisa foi realizado durante a disciplina
Ludicidade e educação, no curso de Pedagogia, da Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus
de Capanema.

O lúdico desempenha um papel fundamental na vida da criança, além de contribuir de forma


significativa para o seu processo educativo. Por meio dele a criança pode se expressar, analisar,
criticar e transformar sua realidade. As atividades lúdicas promovem nas crianças uma sensação de
prazer e alegria, como também, proporciona uma forma diferenciada de aprender.

Para a criança, brincar é viver, é uma necessidade básica, é um direito, que lhes permite ir além,
usar o faz de conta, a imaginação, a criatividade, assim como, assumir lideranças, tomar decisões,
seguir regras do jogo e desenvolver a criticidade. Através desse ato a criança se tornar protagonista
do seu próprio desenvolvimento: cognitivo, afetivo, motor e social.

Como o objetivo geral da pesquisa é perceber a compreensão das atividades lúdicas, através das
respostas dos alunos sobre os conceitos de jogo, brinquedos e brincadeiras. É necessário
compreender as definições desses termos:

Segundo Huizinga (2007, p.33), o jogo é uma atividade de ocupação voluntária exercida dentro
certos e determinados limites de tempo e espaço, seguindo regras livremente consentidas, desse
modo, é uma brincadeira que envolve regras.

Para Wallon (1979), o jogo não pode ter regras, deve ser uma atividade voluntária livre e
quando imposta por outra pessoa perde-se o caráter de jogo e passa a ser caracterizado como um
trabalho ou ensino.

O brinquedo é um elemento do brincar, é o objeto destinado a divertir uma criança. E a


brincadeira refere-se à ação do brincar. E juntos esses três conceitos formam a atividade lúdica.

Buscamos com este trabalho perceber se as atividades lúdicas estão presentes na escola e se as
crianças compreendem seus conceitos e suas funções.
2. Metodologia

- Participantes:

Identificação Idade Sexo Escolaridade


Gui Quatro anos Masculino Jardim I
Isa Cinco anos Feminino Pré-II
Dani Onze anos Feminino 5ºAno

- Lócus:

O experimento foi realizado no dia 25 de outubro do ano corrente (2018), no pátio da


escola E. M. E. I. F. Joaquim da Costa Melo.

- Procedimento:

Inicialmente pedimos a autorização dos pais das crianças para fazer a entrevista, em seguida
foram feitas as seguintes perguntas as crianças:

1- Para você, o que é o brincar?

2- Para você, o que são brincadeiras?

3- Para você, o que é o brinquedo?

3. Resultados e discussões

1ª Criança: Gui

1- Brincar é só diversão

2- Pega- pega é a brincadeira que mais gosto.

3- são os bonecos que eu tenho ( Batman, Homem-Aranha, super-Man)

2ª Criança: Isa

1. Para você, o que é brincar?

Resposta: é brincar de amarelinha, brincar com amigo e depois em parte. Cada um tem sua
vez.
Conforme Dallabona e Mendes (2004, p. 108), “brincar é uma necessidade básica,
assim como a nutrição, a saúde, a habitação e a educação são vitais para o desenvolvimento
do potencial infantil.”

Nesta resposta, a criança parece associar o brincar ao desenvolver de uma ação:


“brincar de”, podendo ser esse brincar compartilhado ou não: “brinco com os amigos e depois
em parte”. Além de ser atividade física, a criança indica que esse brincar pode ser, também,
uma relação afetiva: “brincar com amigo”. Nesse sentido, para Luiz et al. (2014, p. 14), a
“afetividade está intimamente ligada à motricidade, como desencadeadora do
desenvolvimento da ação e psicológico da criança”. Sendo assim, a criança, quando tem a
oportunidade de brincar, estabelece comunicação com o meio onde vive, com as pessoas ao
seu redor, e isso a possibilita desenvolver um aprendizado melhor.

2. Para você, o que são brincadeiras?

Resposta: pula corda, amarelinha, pira se esconde, vai brincando com os amigos, brinca de
ladrão e polícia (pega o nosso dedo, faz como se fosse uma arma e corre atrás do outro e
depois prende).

Conforme Dallabona e Mendes (2004, p. 108):

É brincando que o sujeito aumenta sua independência, estimula sua sensibilidade


visual e auditiva, valoriza sua cultura popular, desenvolve habilidades motoras,
exercita sua imaginação, sua criatividade, socializa-se, interage, reequilibra-se,
recicla suas emoções, suas necessidades de conhecer e reinventar e, assim, constrói
seus conhecimentos.

Nesta resposta, podemos perceber que as brincadeiras parecem ser ações contínuas:
“vai brincando com os amigos”, que representam, de certa forma, um modo da criança achar-
se inserida em um determinado espaço social.

3. Para você, o que é brinquedo?

Resposta: um ursinho, eu brinco. Depois eu brinco de coelhinho em casa, também brinco de


bailarina.

Nesta resposta, podemos perceber que a criança entende o brinquedo como um


determinado produto: “um ursinho”. Porém, pode ser, também, um gesto, uma dança: “brinco
de coelhinho”, “brinco de bailarina”. Nestes dois últimos casos, a criança não disse se tinha
um coelhinho ou uma roupa de bailarina em casa, no entanto, sua fala demonstra a
apropriação dos gestos e da dança como objetos para sua brincadeira. Nesse sentido, Vigotski
(1998, p. 143) esclarece que “o próprio movimento da criança, seus próprios gestos, é que
atribuem a função de signo ao objeto e lhe dão significado”. Portanto, para a criança, “brincar
de coelhinho” e “brincar de bailarina” são gestos e danças considerados como brinquedo.

3ª Criança: Dani

1. Para você, o que é brincar?

Resposta: brincar para mim é se divertir.

Tal resposta remete as teorias de Vygotsky, onde, segundo ele, brincar traz vantagens
sociais, cognitivas e afetivas. É através do brincar que a criança apropria-se do mundo pela
imitação e desenvolve a sua imaginação partindo da ação. (Vygotsky, 1991, p.108). A partir
do brincar, a criança tem a oportunidade de se desenvolver, pois além de ter a sua curiosidade,
a autoconfiança e a autonomia estimuladas, poderá também tornar-se um adulto eficiente e
equilibrado.

2. Para você, o que são brincadeiras?

Resposta: Brincar de boneca, brincar de cozinha e fazer roupinha.

A resposta foi bastante plausível e significativa, pois conseguimos observar a realidade


a qual está criança estar inserida. Na brincadeira a criança é "outra pessoa", ela é uma
representação de uma regra social. Neste ponto Vygotsky (1991, p.117) afirma que o
brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança. Neste caso, quando uma
criança tem de representar um indivíduo, na brincadeira, ela procura ser exatamente igual ao
que percebe é convivi em seu contexto social. A criança precisa de objetos (brinquedos) muito
parecidos com objetos reais para poder agir.

3. Para você, o que é brinquedo?

Resposta: É brincar de boneca e panelinha.

Uma resposta bastante comum entre as crianças, e de certa forma, bastante significativa,
já que o brinquedo ajuda na socialização da criança. Como afirma Vygotsky, o brinquedo é
um estágio transitório entre o concreto e o abstrato. (Ibidem, p.111). No brinquedo,
espontaneamente, a criança usa capacidade de separar o significado do objeto, sem saber o
que está fazendo, da mesma maneira que ocorre quando ela fala, sem prestar atenção às
palavras.

Ao analisar as respostas de Dani foi perceptível notar que as afirmações condizem como
o cotidiano da criança e fazem parte do seu convívio social fazendo com que reflita em suas
brincadeiras. Para ela o brincar significa “se divertir”, reforçando o que diz Santos (1999),
“brincar é viver” onde a criança tem a oportunidade de extravasar sua energia, passando por
momentos de extremo prazer e satisfação.

De fato, o brincar, as brincadeiras e o brinquedo, estimulam no desenvolvimento da


criança, seja a nível social, cognitivo, afetivo, motor entre outros, contribuem positivamente
para a formação da personalidade da criança.

4. Atividade Prática

A atividade será trabalhada na disciplina de Língua Portuguesa e chama-se Balão fofoqueiro.


A brincadeira balão fofoqueiro proporcionará as crianças diversão e aprendizagem a matéria,
acontecerá através da Contação de história do “Eu, tu e do ele”, o conteúdo da mesma é sobre
a relação de amizade e interação com os outros, e desenvolverá o estímulo ao raciocínio
lógico e a interação entre as crianças.

Metodologia
Público alvo: Crianças a partir de 7 anos
Recursos necessários: Livro de histórias, dois balões (um deles cheio de perguntas, outro
com balas).
Objetivo: Aprender sobre a importância da amizade de forma lúdica, proporcionando a
interação entre as crianças e estímulo do raciocínio lógico
Desenvolvimento
Antes da brincadeira as crianças irão ouvir uma história do “Eu, do Tu e do Ele” , o
professor explicará que é para todas as crianças prestarem muito atenção, após o termino da
contação a brincadeira será iniciada
O professor irá encher dois balões, colocando dentro de um deles, perguntas sobre a
história que foi contada anteriormente. Exemplos de perguntas:
Quantos personagens tem na história? Qual o nome dos personagens? onde eles
viviam? como estava o dia qual eles saíram para passear? onde eles se encontram? o
que aconteceu quando eles se encontraram?
No outro balão coloque balas.
Em seguida o professor contará para as crianças de forma bem teatral que um dos
balões é fofoqueiro, e está cheio de perguntas para fazer para elas. Ele está tão cheio, que vai
estourar! E bum! Estoure o balão e diga para elas pegarem as perguntas e sentarem-se no chão
em um grande círculo, lembrando as crianças que as perguntas serão sobre a história que foi
contada. Elas terão que responder com auxílio do professor, mas, vale cochichar no ouvido do
colega ao lado e saber se a resposta está certa, e para isso terão 3 minutos. Terminado os três
minutos, elas deverão sentar-se novamente, e então cada um irá responder sua pergunta,
direcionando-se para o balão que não estourou. Por fim, o professor irá estourar o outro
balão, dizendo que ele ficou tão feliz, pelo fato das crianças saberem tudo que até explodiu!
Deixe que apanhem as balas como recompensa.

Abaixo a história utilizada para a brincadeira


A história do Eu, do Tu e do Ele
Era uma vez o Eu, o Tu e o Ele que moravam na mesma rua, numa pequena cidade.
Cada um deles vivia numa linda casinha, muito confortável, com vista para o mar. Os
três tinham uma boa vida, pois nada lhes faltava: tinham boa comida, muitos brinquedos e
uma caminha muito fofinha onde todas as noites se aconchegavam e sonhavam lindos sonhos.
Mesmo não tendo nada de mau nas suas vidas, o Eu, o Tu e o Ele sentiam que algo lhes
faltava, mas não conseguiam descobrir o quê.
Numa linda manhã de sol, cada um deles saiu da sua casinha para dar um passeio, e
coincidiu de se encontrarem, os três, à beira mar. Por um instante, ficaram a olhar uns para os
outros espantados, pois nunca se tinham visto antes.
Então os três, curiosos em saber quem era cada um deles, começaram a falar todos ao
mesmo tempo, perguntando uns aos outros, quem eram, onde viviam e quais eram as suas
brincadeiras favoritas.
Depois de muita conversa, gargalhadas e brincadeiras, o Eu, o Tu e o Ele descobriram
finalmente aquilo que lhes faltava… Eles precisavam de amigos! Precisavam de outros com
quem pudessem partilhar os seus afetos, as suas conversas e brincadeiras.
A partir daí, o Eu, o Tu e o Ele, passaram a ser Nós, um grupo de amigos muito unidos
e feliz!
(Autoria: Tania Santos)

5. Considerações finais
6. Referências

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 4° Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991,
p.105-118.

PEREIRA, Diego de Medeiros. Teatro na educação infantil: em busca de possibilidades.


Florianópolis: Xamped Sul, 2014.

DOLLABONA, Sandra Regina et al. O lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma
forma de educar. Revista de divulgação técnico-cientifica do ICPG, 2004.

MARTINS, Jessica et al. As concepções de jogos para Piaget, Wallon e Vygotsky. Revista
Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 195, Agosto de 2014.

PEREIRA, Reginaldo Santos. Ludicidade, infância e educação: Uma abordagem histórica


e cultural. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, nº 64, p. 170-190, set2015.

HUIZINGA, Johan. Homo Ludens. São Paulo: Perspectiva, 2000.

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