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TERRAS-RARAS
INTRODUÇÃO 3
TRATAMENTO CLÁSSICO 4
TRATAMENTO QUÂNTICO 6
A. RESUMO HISTÓRICO 6
A. ABSORÇÃO ÓPTICA 6
B. TRANSMISSÃO ÓPTICA 6
C. FOTOLUMINESCÊNCIA 6
IV.CONCLUSÕES 6
REFERÊNCIAS 6
2
ESPECTROSCOPIA DE ÍONS TERRAS RARAS
Introdução
3
Interação da Radiação com Sistemas Atômico.
Tratamento Clássico
E p
(a) (b)
(3)
Assim uma solução para a eq. (2) é,
eE
x (4)
m 2 i
2
o
Assim quando temos um sistema atômico no qual incide uma radiação da forma
da eq. (3), o sistema responde com uma polarização dada pela eq. (6), onde o termo
corresponde ao coeficiente dissipativo. Tomando a equação de onda para um meio que
apresenta polarização, temos,
n 2 2E 2P
2 E o (7)
c 2 t 2 t 2
Usando a eq. (6) ficamos com,
1 Ne 2 2E
2 E 1 (8)
c2
m o o2 2 i t 2
5
onde k é o coeficiente de extinção do índice de refração. O número de onda e o índice
de refração complexo se relacionam na forma,
N
c
(12)
Logo,
2 Ne 2
N 1 (13)
m o 2 i
2
o
Io
z
Figura 3. Intensidade da luz em função da distância à superfície do meio.
Resolvendo para ,
I
Log Log e L
I0
I
Log L Log exp1
I0
I
Log 0
I (16)
2.3026
L
I
O termo Log 0 é conhecido como absorbância. Esta é uma grandeza
I
6
Tratamento Quântico
(22)
H
p e / c A r, t 2 V r (24)
2m
7
Comparando com a eq. (19) temos,
e
V t
mc
A r , t p (25)
(29)
Assim para a emissão de um fóton de frequência de um estado que não tem
fótons, a partir da eq. (25), encontramos,
1/ 2
e 2c 2
V t
mc V
ˆ pe i k r t
(30)
Assim,
1/ 2
ie 2c 2 t
i Eo o
n E k t /
cn t n e ik r
ˆ p k e dt
mc V
0
(31)
e a probabilidade de transição de um estado inicial k para um estado n é dada por,
8
2e 2 2 t
i Eo o
n E k t /
2
Pk n t n e ik r ˆ p k e
0
dt
m 2 V
(32)
Vamos agora calcular o elemento de matriz,
n e ik r
ˆ p k (33)
Em uma primeira aproximação, podemos considerar a expansão,
e ik r
i n k r n (34)
n 0 n!
como sendo igual a 1,logo,
n e ik r
ˆ p k ˆ p k
n (35)
Podemos escrever,
ˆ n p k
ˆ n dr / dt k
m
ˆ n r k
imr (36)
Observando a eq. (36) percebemos que a transição de um estado inicial k para
um final n, só é possível se esse dois estado tiverem paridades opostas, pois como r é
uma função impar se os dois estados, k e n, tiverem a mesma paridade a eq. (36) será
igual a zero, e consequentemente a probabilidade de transição também será. É
importante lembrar que essa regra de seleção é valida para as transições que envolvam
um fóton, não sendo verdadeira para transições que envolvam dois fótons.
Podemos calcular o elemento de matriz ˆ r k
n considerando os estados
inicial, caracterizado pelos números quânticos ni, li e mi, e final, com números quânticos
nf, lf e mf, de um átomo hidrogenoide. Assim obtemos uma integral que tem uma parte
radial e outra angular,
n ˆ r k r 2 drR *n f l f r rR n i l i r dl*f m f , ˆ rl i m i ,
0
(37)
A parte angular da integral da eq. (37) é proporcional a,
*
dlf m f , 1, m , li m i ,
(38)
Fazendo separadamente a integração em e , chegamos a duas novas regras de
seleção,
m f m i 1, 0, 1
l 1 (39)
9
As regras de seleção mostradas acima, mais a da paridade, implicam que para
acontecer transições eletrônicas entre dois estados, esses estados têm que ser tais que
elas sejam satisfeitas.
Transição 2p 1s
* 1 x i y x i y
Y 00 ˆrY1,m z m ,0 m , 1 m ,1 (41)
3 2 2
10
Figura 4.Transições permitidas entre os diversos níveis do Hidrogênio.
5s 5p 5d 5f 5g
4s 4p 4d 4f
3s 3p 3d
2s 2p
1s
11
Aqui estamos interessados em duas técnicas de espectroscopia, a absorção e a
fluorescência. Discutiremos brevemente essas técnicas básicas de espectroscopia nas
seções seguintes.
Emissão Atômica
Absorção Atômica
Amostra
h
Monocromador
Fonte Detector
de Luz
12
Uma fonte de luz, que normalmente é uma lâmpada de espectro largo, emiti em
vários comprimentos de onda, o monocromador seleciona um comprimento de onda que
incide na amostra e o sinal é coletado num detector. Para se ter o valor do coeficiente de
absorção, inicialmente se faz uma varredura no espectro da lâmpada, sem amostra, para
se levantar a curva base. Comparando essa curva com o espectro medido com a amostra
se tem o valor da absorção.
Fluorescência Atômica
Quando uma amostra é irradiada e ocorre a absorção, ela pode ser reemitida em
todas as direções em comprimentos de onda maiores que a radiação incidente. O aparato
usado é bastante parecido com o da absorção atômica e é mostrado na figura 7.
Amostra
Fonte hemit
de Luz
Monocromador
Detector
Estado
Excitado hemt
habs
Estado
Fundamental
13
II. Os íons Terras-raras
A. Resumo Histórico
15
Holmia
Holmio
1878
Érbia
Érbia
Érbio
1842
1879
Túlio
Disprósio
Térbia
Lutécio
1886
1907
1794
1843
Ítria
Ítrio
Escândio
Gadolínio
1886
Térbia
Itérbio
1878
Térbio
1843
16
Praseodímio Neodímio
1885
Didímia
1885
Gadolínio
Európio
Lantânio
1901
Céria
1839
Samária
Samário
1879
Cério
1803
Figura 10. Diagrama de blocos dos óxidos (blocos hachurados) e elementos terras-
raras (blocos brancos) derivados da Céria. Nos blocos brancos também se
encontram as datas de separação de cada elemento.
17
Tabela 2. Reservas mundiais de minerais contendo terras-raras. As unidades estão
em toneladas4.
Ásia
China 36.000.000
Índia 2.220.000
Malásia 30.000
Coréia 45.000
Tailândia 1.000
África
Burundi 1.100
Egito 100.000
Kenya 12.500
Malawi 297.000
Europa
América do Norte
Canadá 182.000
18
América do Sul
Brasil 20.000
19
A configuração eletrônica dos elementos terras-raras está indicada na tabela 3.
Nesta tabela, apenas os elementos escândio (Sc) e Ítrio (Y) não derivam da configuração
do gás nobre xenônio (Xe). Todos os outros elementos possuem a configuração base do
xenônio seguida do preenchimento sequencial da camada 4f. As camadas eletrônicas
que participam das ligações do elemento são as camadas mais externas 5d e 6s. Desta
forma, a camada 4f, ainda incompleta, fica blindada pelas mais externas. A medida que
esta vai sendo preenchida, mais prótons vão sendo inseridos ao núcleo. Como a
blindagem dos elétrons 4f à carga nuclear não é suficientemente eficiente, a atração da
nuvem eletrônica exercida pelo núcleo aumenta conforme aumenta o número atômico
do terra-rara. Consequentemente, isto causa uma diminuição do raio atômico num
fenômeno conhecido por contração lantanídica.
Sc 21 [Ar]3d 4s
1 2
Y 39 [Kr]4d 5s
1 2
La 57 [Xe]5d 6s
1 1 2
Ce 58 [Xe]4f 5d 6s
3 2
Pr 59 [Xe]4f 6s
4 2
Nd 60 [Xe]4f 6s
5 2
Pm 61 [Xe]4f 6s
6 2
Sm 62 [Xe]4f 6s
7 2
Eu 63 [Xe]4f 6s
20
7 1 2
Gd 64 [Xe]4f 5d 6s
9 2
Tb 65 [Xe]4f 6s
10 2
Dy 66 [Xe]4f 6s
11 2
Ho 67 [Xe]4f 6s
12 2
Er 68 [Xe]4f 6s
13 2
Tm 69 [Xe]4f 6s
14 2
Yb 70 [Xe]4f 6s
14 1 2
Lu 71 [Xe]4f 5d 6s
22
Figura 12. Níveis de energia dos íons terras-raras trivalentes, segundo Diecke et.
al.
A segunda aplicação foi também desenvolvida por Welbasch, quando descobriu que
uma liga de cério e ferro emite faíscas quando atritada. Esta descoberta deu origem à
23
industria dos isqueiros. No ano de 1913, 3.300 toneladas de monazita foram refinadas
para produzir tório e cério para as lâmpadas e a liga de cério e ferro para os isqueiros.
Aplicações mais recentes dos íons Ln+3 incluem áreas diversas como química,
metalurgia, óptica etc. A tabela 4 mostra uma relação de materiais contendo Terras-raras
e as aplicações obtidas com os mesmos. Como pode ser notado nesta tabela, os
materiais contendo TR têm ampla gama de utilizações cobrindo desde a imitação do
diamante com o composto Y2O3-ZrO2 mais conhecido como zircônia, até a construção
de magnetos permanentes. Até meados de 1980, o consumo de óxidos de terras-raras na
indústria foi de cerca de 20.000 toneladas métricas. Deste total, 65% foi canalizado
para a indústria metalúrgica, 20% para a indústria de vidros, 12% para cerâmicas e 3%
para outras atividades. É previsto que até o ano 2000, o consumo aumente em 60%.
Material Aplicação
24
efeitos nocivos causados pelo enxofre são minimizados pela adição de elementos terras-
raras que formam sulfetos e sulfatos de terra-rara (RE2S3 e RE2S2O) altamente estáveis.
As aplicações ópticas dos íons terras-raras iniciaram nos anos 30 com o uso de
elementos como neodímio, praseodímio, cério e érbio na coloração de vidros
decorativos. Isto se deve ao grande número de linhas de absorção bem definidas que
filtram parte do espectro eletromagnético visível. Nos anos 60, o óxido Eu 3+:YVO4 foi
uitlizado como o fósforo vermelho nos tubos de televisão a cores. As lâmpadas
fluorescentes são outra aplicação dos terras-raras devido suas linhas características de
emissão8. Neste caso, a emissão ultravioleta do mercúrio existente no tubo da lâmpada é
absorvida por compostos óxidos depositados nas paredes do tubo. Estes óxidos contém
os íons terras-raras Eu3+ e Tb3+. A composição das emissões vermelha, verde e azul
destes íons produz uma luz muito parecida com a luz do dia.
Muitos dos íons terras-raras, como por exemplo, neodímio, érbio, túlio, holmio,
praseodímio, itérbio, etc., podem ser usados na construção de lasers de estado sólido
bombeados opticamente. Mais de 200 combinações de íons terras-raras e matrizes
sólidas têm apresentado ação laser. Os íons mais estudados têm sido o érbio e o
neodímio devido apresentarem alta eficiência de conversão da potência de bombeio em
potência laser e comprimentos de onda convenientes para aplicações diversas como
telecomunicações e medicina.
No próximo tópico, nos deteremos em mais alguns detalhes sobre estes dois íons
que serão estudados na experiência de Espectroscopia de Terras-Raras.
B. 2. 1. Neodímio
O íon Nd3+ possui configuração 4f3 e alguns de seus níveis de energia estão
dispostos na figura 12. Este íon tem sido muito estudado por suas propriedades como
material laser devido à alta eficiência da emissão em torno de 1060 nm ( 4F3/24I11/2). O
nível laser superior é o 4F3/2 e a principal transição laser ocorre deste para o nível 4I11/2.
Uma característica interessante do sistema laser do Nd3+ é que este é composto de 4
níveis, o que facilita enormemente a inversão de população. Além disso, a separação em
energia entre o nível laser inferior e o estado fundamental é de aproximadamente 2000
cm-1, o que faz com que a depopulação do nível laser inferior seja rápida.
25
4
F5/2
4
F3/2
800 nm 1060 nm
4
I15/2
4
I13/2
4
I11/2
4
I9/2
26
B. 2. 2. Érbio
O íon Er3+ possui configuração 4f11 e os seus níveis de energia estão dispostos na
figura 13. As transições laser de interesse neste íon são 4I11/24I13/2 em torno de 2800 nm,
4
I13/24I15/2 em torno de 1500 nm. Estas emissões são interessantes para aplicações em
medicina, telecomunicações, armazenamento de dados, etc.
25 000
4
F7/2
20 000 2
H11/2
4
S3/2
E n erg ia (cm)
-1
4
15 000 F9/2
4
I9/2
800 nm 4
10 000 I11/2
2800 4
5 000 nm I13/2
1500
0 nm 4
I15/2
3+
Er
Figura 14. Níveis de energia do Er3+.
27
nos últimos anos. Outro dispositivo que se tem buscado é o amplificador ótico de Er 3+
em 1500 nm. Este dispositivo está esquematizado na figura 15 e é utilizado para
amplificar o sinal que passa pela fibra depois de este percorrer uma distância longa o
suficiente para provocar uma redução considerável em sua intensidade. Na figura 15,
está representado um amplificador óptico de fibra dopada com Er 3+. Os íons de Er3+ são
excitados pelo laser de diodo em 980 nm. O sinal a ser amplificado, viaja pela fibra de
sílica e entra na fibra dopada com Er3+ provocando o decaimento dos íons de Er3+
excitados no nível 4I13/2. O sinal que sai da fibra dopada e retorna a fibra de sílica é agora
composto pelos fótons iniciais mais os fótons emitidos pelo Er3+.
O sistema Er3+ também pode ser usado como fonte de luz visível através do
processo de conversão ascendente de energia. Neste processo, mais de um fóton de
bombeio é utilizado para a geração de um fóton emitido com maior energia. Um
exemplo de mecanismo de conversão ascendente é a absorção de estado excitado. Neste
mecanismo, que está representado na figura 16, um íon de Er3+ absorve um fóton de
bombeio em 800 nm passando para o estado 4I9/2. A partir deste estado, o íon pode
decair para os estados 4I11/2 ou 4I13/2 que é chamado de estado intermediário. A partir do
estado intermediário, o íon pode então absorver um novo fóton de bombeio passando
para o estado 4F5/2 ou 2H11/2 conforme o caso. Destes níveis, após algumas relaxações
não radiativas, ocorrem as transições no visível que estão representadas na figura 16.
As aplicações de um dispositivo baseado na conversão ascendente são,por
exemplo, visores de infravermelho e fontes compactas de luz visível.
28
Figura 16. Amplificador óptico de fibra dopada com Er3+.
25 000
4
F7/2 488 nm
20 000 2
H11/2 520 nm
4
S3/2 540 nm
Energ ia (cm)
-1
15 000
4
F9/2 660 nm
4
I9/2
4
10 000 I11/2
4
5000
I13/2
800 nm
0
4
I15/2
3+
Er
Figura 17. Diagrama de níveis de energia do Erbio trivalente, indicando os
processos de absorção de estado excitado que podem gerar conversão ascendente
de energia sob bombeio em 800 nm
29
III. O Experimento de Espectroscopia de Terras Raras
Nesta seção serão descritos os experimentos de absorção, transmissão e
fotoluminescência, realizados em amostras vítreas dopadas com os íons terras-raras Er3+
e Nd3+. As amostras a serem estudadas possuem a seguinte composição:
#1 - 37.5 % Al2O3, 47.4% CaO, 7% SiO2, 4.1% MgO, 4 % Er2O3;
#2 - 39.5 % Al2O3, 47.4% CaO, 7% SiO2, 4.1% MgO, 2 % Nd2O3.
A seguir passaremos à descrição dos experimentos e análise dos resultados
obtidos.
A. Absorção óptica
O equipamento utilizado para este experimento está descrito abaixo:
1) Uma lâmpada de filamento de tungstênio;
2) Três lentes convergentes de ~10 cm de foco;
3)Um porta amostras, constituído de uma chapa metálica com um furo de
aproximadamente 3 mm de diâmetro;
4) Um chopper;
5) Um monocromador de 0.3 m, com três grades de difração (grade 1 com 2400 linhas/
mm, grade 2 com 1200 linhas/mm e grade 3 com 600 linhas/mm). O comprimento de
onda selecionado pelas grades é proporcional ao valor da leitura feita nomonocromador.
As constantes de proprocionalidade são 1/2, 1 e 2 para as grades 1, 2 e 3
respectivamente . A grade 3 do monocromador está descalibrada em -27 nm;
6) Um detetor de Ge da marca EG&G cuja curva de sensibilidade está representada na
figura 17.
7) Um amplificador Lock-In marca PAR modelo xxx;
8) Um micro-computador equipado com uma placa de aquisição e um programa escrito
em Q-BASIC.
A figura 18 mostra o arranjo experimental utilizado no experimento de absorção
óptica. A luz da lâmpada de filamento é focalizada na abertura do porta amostras pela
lente L1. As lentes L2 e L3 fazem a coleta da luz e focalizam-na na fenda de entrada do
monocromador. O detetor de Ge absorve a luz dispersada e o sinal é enviado ao
amplificador Lock-In. O chopper localizado próximo à fenda de entrada do
monocromador, modula a luz com a frequência de referência (veja no apêndice A, o
princípio de funcionamento do amplificador Lock-In). O sinal amplificado é então
enviado ao micro-computador. Este está equipado com uma placa de aquisição e um
30
programa que faz a gravação dos dados (veja nos apêndices B e C, uma descrição da
placa e do programa de aquisição utilizados).
Para uma medida de absorção óptica, primeiramente deve ser feita uma
aquisição da linha de base (I0), ou seja, uma medida da convolução entre a emissão da
lâmpada e a resposta do detector na faixa de comprimentos de onda que se deseja obter
a absorção. Esta medida é feita com o porta amostras colocado como na fig.18. Em
seguida, coloca-se a amostra no porta amostras de modo que esta cubra a abertura do
porta amostras, e faz-se uma nova medida (I) com os mesmos parâmetros utilizados
para a linha de base. Os pontos adquiridos serão transformados em absorbância (ABS)
de acordo com a relação ABS=Log10 (I0/I). O resultado final é mostrado na tela do
computador em unidades de absorbância. Conforme a seção I.A, a absorbância é a
31
quantidade medida pelos espectrofotômetros (aparelhos comerciais destinados à medida
de absorção e transmissão óptica) e o coeficiente de absorcão é inferido a partir da eq.
16.
2
.
00
L
-
Tre
on
in
a E
ix
ox
1
.
75
E
ix
oy
1
.
50 E
ix
oz
1
.
25
Absorbância
1
.
00
0
.
75
0
.
50
0
.
25
L
oc
k-
in
0
.
00
2
00 4
00 6
00 8
00 1
000 1
20
0 1
400 1
60
0
C
om
pr
ime
nt
o d
eOn
da(
nm)
L
âm
pa
daL1 L2 L3
D
et
eto
r
M
on
oc
ro
mad
or
C
ho
pp
er
Po
rt
a A
mo
st
ra
A
mo
stra
Figura 19. Arranjo experimental para medidas de absorção e transmissão óptica.
32
2.0
4 3+
G11/2 absorção do Er em vidro óxido
1.5 Arranjo experimental
Espectrofotômetro Perkin Elmer
absorbância
2
F7/2 H11/2 4
4
I15/2
1.0
4
H9/2
S3/2
G9/2
2
2
0.5
4
I13/2
F5/2,3/2
4 4
F9/2 4 I11/2
I9/2
4
0.0
400 600 800 1000 1200 1400 1600
comprimento de onda (nm)
Figura 20. Espectro de absorção do Er3+ em vidro óxido. A linha cheia corresponde
ao espectro obtido no espectrofotômetro comercial Perkin-Elmer. Os círculos
abertos correspondem à medida efetuada no arranjo experimental da figura 18.
1.2
3+
1.1 absorção do Nd em vidro óxido
2
1.0 H11/2 Arranjo experimental
Espectrofotômetro Perkin Elmer
0.9
0.8
absorbância
4
0.7 F5/2
4
D 4
0.6
4
F7/2
I9/2
0.5
G5/2,7/2
0.4
2
K13/2
0.3 4
F3/2
2
0.2 4
F9/2
0.1
B. Transmissão óptica
33
Num experimento de transmissão óptica, é medida a relação entre a intensidade
da luz incidente (I0) e da luz transmitida pela amostra (I). O aparato e o procedimento
experimentais são os mesmos já descritos na seção anterior e a diferença reside no
tratamento do sinal gravado pelo computador. No experimento de transmissão, o
resultado final é a razão entre o sinal transmitido e a linha de base. Uma comparação
com o espectrofotômetro Perkin-Elmer também foi feita. Os resultados obtidos para as
amostras com Er3+ e Nd3+ estão representados nas figuras 21 e 23 respectivamente.
1.0
0.8
Transmitância
0.6
Arranjo experimental
Espectrofotômetro Perkin-Elmer
0.4
3+
0.2 Transmissão de um vidro óxido com 4 mol% de Er
0.0
400 600 800 1000 1200 1400 1600
1.0
0.8
Transmitância
0.6
Arranjo experimental
Espectrofotômetro Perkin-Elmer
0.4
0.2
3+
Transmissão de um vidro óxido com 2 mol% de Nd
0.0
400 600 800 1000 1200 1400 1600
34
C. Fotoluminescência
Utilizando um laser de diodo emitindo em 808 nm, foram feitos experimentos de
fotoluminescência nas duas amostras estudadas. A montagem experimental está
representada na figura 23. Conforme visto nas seções II.B.2.1 e II.B.2.2, as transições
eletrônicas de interesse estão todas localizadas na região do infravermelho (4I11/24I15/2
em torno de 980 nm e 4I13/24I15/2 em torno de 1530 nm no caso do Er3+ e 4F3/24I9/2 em
torno de 1060 nm no caso do Nd3+). Devido a isto, o alinhamento do sinal foi feito
utilizando uma câmera CCD sensível ao infravermelho conectada a um monitor de
vídeo.
Laser 2.00
1.75
1.50
L-Treonina Eixo x
Eixo y
Eixo z
1.25
Absorbância
1.00
0.75
0.50
0.25
Lock-in
0.00
200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Amostra
Detetor
Monocromador
Chopper
Figura 24. Arranjo experimental para medidas de fotoluminescência
35
Fotoluminescência
0.5 bombeio: laser de diodo em 800 nm
3+
Vidro óxido com 4 mol% de Er
0.4
Intensidade (unid. arbit)
980 nm
0.3
800 nm
1540 nm
0.2
0.1
0.0
800 1000 1200 1400 1600 3+
Er
Comprimento de Onda (nm)
0.8 Fotoluminescência
bombeio: laser de diodo em 800 nm
0.7 Vidro fluoreto com 6 mol% de Er
3+
0.6
Intensidade (unid. arbit)
0.5
800 nm
980 nm
1540 nm
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
3+
1000 1200 1400 1600
Er
Comprimento de Onda (nm)
Figura 26. Espectro de Fotoluminescência do Er3+ em vidro fluoreto. Note a forte
intensidade da emissão em torno de 980 nm.
36
Fotoluminescência
bombeio: laser de diodo em 800 nm
1.00 Vidro óxido com 2 mol% de Nd
3+
Intensidade (unid. arbit)
1340 nm
1074 nm
900 nm
800 nm
0.75
0.50
0.25
0.00
800 1000 1200 1400 1600 3+
Nd
Comprimento de Onda (nm)
Figura 27. Espectro de Fotoluminescência do Nd3+ em vidro óxido.
E
Em geral, a relação
fornece o número de fônons necessários para preencher
a lacuna E. No caso dos vidros óxidos estudados neste trabalho, a energia de fônons
está em torno de 800 cm-1 (é deixado para o leitor a verificação da relação que permite
transformar a unidade de energia para cm-1). A lacuna de energia entre os níveis 4I11/2 e
4
I15/2 é de aproximadamente 3.750 cm-1. O número de fônons necessários para promover
o decaimento não radiativo entre os dois níveis está entre 4 e 5 fônons. Este é um
número considerado pequeno e a probabilidade do decaimento não radiativo é alta neste
caso, o que pode ser verificado pela supressão da emissão 4I11/24I15/2. Este é um meio
bastante eficiente de bombear o Er3+ no nível 4I13/2, pois este nível recebe toda a
população que estava no nível 4I11/2 e tudo se passa com se o bombeio fosse diretamente
no nível de interesse. Um exemplo contrário ao que acabamos de descrever, é o caso da
fotoluminescência do Er3+ em uma matriz de vidro fluoreto. Este vidro possui a
composição molar: 15% InF3 – 20% GaF3 – 30% PbF2 – 15% ZnF2 - 14% CaF2 – 6%
ErF3 e uma energia de fônons de aproximadamente 500 cm-1. O número de fônons
necessários para preencher a lacuna de energia entre os níveis 4I11/2 e 4I13/2 é agora pouco
mais de 7 fônons. Na figura 25 vemos um espectro de fotoluminescência de uma
amostra de vidro fluoreto com 6 mol% de Er 3+. Note agora que a relação de intensidades
entre as duas emissões se inverteu e a transição 4I11/24I15/2 é mais intensa que a transição
37
4
I13/24I15/2. Obviamente a inversão na intensidade relativa das duas emissões não se
deve unicamente à energia de fônons das duas amostras. Neste último exemplo, outros
fenômenos tais como interações entre íons de Er 3+ podem estar ocorrendo, resultando na
redução da emissão em 1500 nm.
Na figura 26, está representado o espectro de fotoluminescência do Nd 3+.
Podemos observar que a emissão de fotoluminescência mais eficiente é aquela em torno
de 1074 nm. Este é um fato observado em diversas matrizes de dopadas com Nd 3+.
Neste caso, temos que as separações em energia entre os níveis 4I9/2, 4I11/2, 4I13/2 e 4I15/2 são
muito próximas e não justifica a relação de intensidades. O fato é que o cálculo da
probabilidade de transição radiativa mostra que a transição 4F3/24I11/2 é a que possui
maior probabilidade de ocorrer. Isto se deve ao fato de que a superposição de funções de
onda entre os dois níveis envolvidos é maior neste que nos outros casos. Como a
probabilidade de transição é proporcional à superposição das funções de onda dos dois
estados em questão, isto explica a maior intensidade da transição 4F3/24I11/2. Este fato
torna o íon Nd3+ muito atraente para a construção de lasers de estado sólido utilizando a
transição 4F3/24I11/2.
IV.Conclusões
Os íons Er3+ e Nd3+ foram estudados em matrizes de vidro óxido e fluoreto,
utilizando as técnicas de absorção, transmissão e fotoluminescência. Foram
identificadas as bandas de absorção em torno de 800 nm em ambas as amostras. A seção
de choque de absorção para o Nd3+ é cerca de 10 vezes maior que para o Er 3+ neste
comprimento de onda. Tais bandas de absorção foram excitadas por laser de diodo em
808 nm nos experimentos de fotoluminescência. Foi verificada a influência da energia
de fônons da matriz na intensidade das emissões do Er3+ em 980 e 1500 nm, concluindo
que para uma emissão eficiente do Er 3+ em torno de 1500 nm é interessante utilizar uma
matriz com alta energia de fônons como os vidros óxidos estudados neste texto. A
emissão do Nd3+ em torno de 1070 nm é mais intensa que as outras partindo do nível
4
F3/2. Isto ocorre devido à maior superposição das funções de onda dos níveis 4F3/2 e 4I11/2.
38
Apêndice A- Princípio de funcionamento do amplificador Lock-In
O amplificador Lock-In é um instrumento que permite a amplificação de um
dado sinal elétrico sem que o ruído que acompanha este sinal seja amplificado
concomitantemente. Para isto, o amplificador Lock-In utiliza a técnica de detecção
sensível à fase (DSF). Com esta técnica, sinais 20.000 vezes menores que o ruído
podem ser amplificados e medidos com facilidade. Neste apêndice será feito um resumo
do funcionamento do amplificador Lock-In, mais detalhes podem ser encontrados na
apostila “INTRODUÇÃO À ELETRÔNICA” de autoria do Professor Cláudio Magon
do Instituto de Física de São Carlos.
A figura A.1 mostra uma maneira de se construir um DSF que é o principal
elemento do amplificador Lock-In. Nesta figura, o DSF é baseado num amplificador
inversor/não inversor, que é um amplificador cujo ganho pode ser chaveado entre os
valores +1 e -1 de acordo com o valor de uma tensão de referência. Nos experimentos
descritos neste texto, a tensão de referência é fornecida pelo chopper.
G=+1
sinal de sinal de
entrada S saída
filtro
G=-1
tensão de
referência
Suponha que o sinal a ser medido esteja sendo modulado por uma frequência igual à
frequência de referência do amplificador inversor/não inversor. Quando a polaridade da
tensão de referência for positiva, a chave S estará posicionada de modo a que o ganho
do amplificador seja +1. Analogamente quando a polaridade da tensão de inverter, a
chave S mudará de posição e o ganho do amplificador será igual a -1. A figura A.2
mostra um diagrama ilustrando a relação entre o sinal de referência (VF), o sinal a ser
medido (VM), o sinal gerado pelo amplificador inversor/não inversor (VA) e o sinal DC
na saída do DSF (VC).
39
VF
VM
VA
VC
40
estarão em fase, os amplificadores Lock-In possuem um defasador calibrado que
permite deslocar a fase do sinal de referência com relação ao sinal de interesse.
VF
VM
VA
VC
41
Apêndice B - Placa de aquisição utilizada no experimento
A placa de aquisição utilizada em nossos experimentos foi desenvolvida no
laboratório de Espectroscopia de Sólidos e o seu diagrama em blocos está representado
na figura B.1. Ela é composta por quatro blocos principais:
a) Um “chip” conversor ADC 574 de 12 bits operando em conjunto com um
multiplexador 4051 de oito entradas, das quais estamos usando apenas quatro.
b) Uma interface paralela 8255 com três portos independentes de oito bits A, B e C,
funcionando como saída. Destas saídas duas estão conectadas a um Conversor
Analógico/Digital (DAC 1408) de 8 bits, e a terceira pode ser utilizada para controlar
um motor de passo ou qualquer outro dispositivo que necessite de um comando digital.
c) Dois Contadores Programáveis (8254) que estão conectados de modo a formar dois
frequencímetros com base de tempo variável. Os mesmos, quando conectadoss a um
pré-amplificador/discriminador EG&G modelo 1182, compõem um excelente contador
de fótons.
d) Uma entrada digital de 8 bits ( “chip” 74LS244 ).
Conversor Analógico/Digital
Inic:
OUT &H308,32 ‘Seleciona o canal zero como entrada.
OUT&H30C,0 ‘Manda fazer a conversão.
Lab:
X=INP(&H304) ’Faz a leitura do sinal de fim de conversão.
IF X=0 GOTO Lab ‘Se a conversão estiver terminada X=1 senão, X=0.
BY1=INP(&H30D) ‘Lê os 8 bits mais significativos no endereço &H30D.
BY2=INP(&H30C) ‘Lê os 4 bits menos significativos no endereço &H30C.
VALOR=BY2*16 + BY1/16 ‘Monta o número de 12 bits.
TENSÃO=VALOR*0.0024686-5’Transforma o número lido em um valor de tensão
entre -5 e 5 volts.
42
PRINT TENSÃO
GOTO Inic ‘Recomeça a leitura.
43
Apêndice C - programa de aquisição
O programa de aquisição utilizado nesta prática se chama LAB2 e utiliza
basicamente a rotina de conversão analógica digital para a leitura do sinal e a porta
paralela para movimentar o motor de passo. A tela principal contém as opções de
aquisição (transmissão, absorção e luminescência), a opção de sair do programa, a
opção de mover o motor de passo, a opção de graficar espectros já aquisicionados e a
opção de copiar arquivos para disquete.Todas estas podem ser escolhidas apertando a
tecla correspondente. A seguir será feita uma breve explanação de cada uma das
alternativas mencionadas.
44
onde PF é o ponto final, PI é o ponto inicial, passo é o número de passos e L é a
constante de calibração da grade utilizada. Os valores de L são 0,26; 0,52 e 1,54 para as
grades 1, 2 e 3 respectivamente.
GRAFICAR
Ao escolher a opção de graficar arquivos já gravados, aparece uma tela
perguntando quantos arquivos devem ser graficados. O número máximo de arquivos
graficados é 5, os quais serão exibidos na mesma tela, cada um deles com uma cor. Um
cursor pode percorrer cada um dos gráficos de uma vez, sendo acionado pelas setas.
Conforme percorre o gráfico, o cursor indica a intensidade e o comprimento de onda de
cada ponto. A escolha de qual gráfico será percorrido pelo cursor é feita apertando a
tecla FN correspondente ao arquivo de número N. Por exemplo, se tenho 3 arquivos
graficados na tela com os nomes: teste1, teste2 e teste3. Na parte inferior da tela vai
aparecer um quadro com as indicações:
F1=teste1
F2=teste2
F3=teste3
SAIR DO PROGRAMA
Nesta opção o programa é abortado e o sistema entra no diretório QB45.
46
Apêndice D - Cálculo do número de íons por centímetro cúbico (N).
Logo, X = 0.15g/cm3
47
382.52 g 334.52 g
0.15 g/cm3 y
y = 0.131 g/cm3
48
Referências
49
1
R. W. Boyd, Nonlinear Optics, Academic Press, 23 (1992).
2
S. Gasiorowicz, Quantum Physics, John Wiley & Sons, 341 (1974).
3
Enciclopédia Britânica “Rare-Earth Elements and Their Compounds”.
4
J. E. Greedan, Encyclopedia of Physical Science and Technology, Academic Press, 12, 19 (1987).
5
G. H. Dieke, Spectra and Energy Levels of Rare Earth in Crystals (Interscience, New York, 1968).
6
B. R. Judd, Phys. Rev. 127, 750 (1962).
7
G. S. Ofelt, J. Chem. Phys., 37, 511 (1962).
8
J. F. Waymouth, Encyclopedia of Physical Science and Technology, Academic Press, 7, 224 (1987).
9
J. Hecht, Laser Focus World, April (1992), 77.
10
John H. Moore, Christopher Davis and Michael A. Coplan, Building Scientific Apparatus – A Practical Guide to
Design and Construction, Addison Wesley publishing Company, 1983.
11
Dione Fagundes de Sousa, Josimar Sartori, T. Catunda, L. A. O. Nunes, Revista Brasileira de Ensino de Física, 17,
196 (1995).