P MAT8 - 39a120

p MAT8_39a120:LP_ANO1_CVerde 12/22/10 3:55 PM Page 39
TEORIA DE CONJUNTOS 22.1

Relações binárias entre dois conjuntos
2.2
Tipos de relação
2.3
Funções e proporcionalidade directa
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2.1 RELAÇÕES BINÁRIAS ENTRE DOIS CONJUNTOS

2.1.1 Conceito de relação binária
A lista seguinte representa o grupo de trabalho da Ana.
Número Aluno
1 Ana
3 Bruno
5 Carlos
7 Dora
9 Filipa
O conjunto dos números dos alunos é A = {1, 3, 5, 7, 9}.

O conjunto dos nomes dos alunos é B = {Ana, Bruno, Carlos, Dora, Filipa}.
Escolhendo um elemento em cada um dos conjuntos, procuremos completar a
expressão seguinte de forma a obter proposições verdadeiras:
… é o número do(a) aluno(a)…
1 é o número da aluna Ana

3 é o número do aluno Bruno
5 é o número do aluno Carlos
7 é o número da aluna Dora
9 é o número da aluna Filipa
Assim, «é o número do aluno» é a propriedade que permite relacionar um
elemento x A com um elemento y B. É uma relação binária.
Diz-se que x está em relação com y, o que se escreve, abreviadamente,
xRy que se lê: «x-erre-y». Também se usa a expressão R(x, y).
Usualmente, representam-se as relações por letras maiúsculas redondas do alfa-
beto: R, S, T, etc.
Portanto, sendo A e B dois conjuntos, diz-se que:
R é uma relação binária de A em B ou apenas R é uma relação de A em B.

2. TEORIA DE CONJUNTOS 41
Exemplos de algumas relações comuns em Matemática:

• igualdade e desigualdade ;
• pertença e não pertença ;
• inclusão ou não inclusão ;
• paralelismo //;
• perpendicularidade ⊥;
• desigualdade ⬎, ⬍, ⭐ , ⭓;
• «ser quadrado de»;
• «ser múltiplo de».
2.1.2 Domínio e imagem de uma relação

Numa relação binária de A em B, diz-se que A é o Domínio da relação e repre-
senta-se por D(R) e B é o Conjunto de Chegada da relação.
Se xRy ou R(x, y) diz-se que «x é o original ou objecto» e «y é o transformado ou
imagem de x por R».
Ao conjunto das imagens chama-se Imagem da relação de A em B e represen-
ta-se por I(R).
Se um elemento x do 1.o conjunto não está em relação com um elemento y do
2.o conjunto, escreve-se xRy «x não está em relação com y».
No caso particular de B = A, diz-se «R é uma relação binária em A».
2.1.3 Par ordenado

Para preencher os espaços vazios na expressão «… é o número do(a) aluno(a)…»
tomamos os elementos aos pares de modo que:
• o par (1, Ana) significa «1 é o número da aluna Ana». Esta é uma afirmação
verdadeira;
• o par (Ana, 1) significa «Ana é o número do(a) aluno(a) 1». Esta frase já é falsa.
Portanto (1, Ana) (Ana, 1).
No par (1, Ana):
1 é o 1.o termo
Ana é o 2.o termo
No par (Ana, 1):
Ana é o 1.o termo
1 é o 2.o termo
42
Para evidenciar a importância dessa ordem, passamos a falar de pares

ordenados.
• (1, Ana) é o par ordenado inverso de (Ana, 1).
• Um par ordenado não é um conjunto de dois elementos.
Exemplo
Considera os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {2, 4, 6} e seja R a relação entre
x A e y B traduzida por: x é o dobro de y.
• D(R) = {2, 4, 6}
• I(R) = {1, 2, 3}
• O conjunto de todos os pares que verificam a relação é R = {(2, 1); (4, 2); (6, 3)}
• (4, 2) R ou 4R2, isto é, 4 é o dobro de 2.
• (1, 2) R, pois 1 não é o dobro de 2.
• (2, 1) (1, 2)
• (2, 1) {1, 2} . O par (2, 1) é um elemento da relação R e {1, 2} é um con-
junto de dois elementos.
2.1.4 Representações de relações

Uma relação R de A em B pode ser representada por:
1. Grafo ou «em extensão»: O conjunto de todos os pares ordenados que perten-
cem a R.
No exemplo anterior, R = {(2, 1); (4, 2); (6, 3)}.
2. Diagrama cartesiano: O par ordenado (x, y) R é representado pelo ponto do
plano de coordenadas x e y (x abcissa e y ordenada).
3. Tabela de verdade: Tabela de dupla entrada onde a leitura é feita «linha por
coluna», assinalando com V o quadrado que se encontra na intersecção da
«linha x» com a «coluna y» se e somente se (x, y) 僆 R.
B
1 2 3
A
2 V
4 V
V
4. Diagrama sagital: Constroem-se os diagramas de VENN dos conjuntos A e B, e,

um elemento x de A é ligado por uma seta a um elemento y de B se e somente
se (x, y) 僆 R.
PENSO E RESOLVO
1. Define-se, em extensão, uma relação binária de M = {2, 4, 6, 8} para
P = {1, 3, 5, 7}: R = {(2, 1), (2, 3), (2, 5), (4, 3), (4, 5), (6, 5)}.
a. Desenha o seu diagrama sagital.
b. Representa-a por uma tabela de verdade.
44
2.1.5 Produto cartesiano de dois conjuntos

Considera o problema:
Num lanche a Rita tinha de escolher, para beber, laranjada ou leite e, para comer,
sanduíche, piza ou bolo. Vamos supor que decidiu escolher primeiro a bebida e em
seguida o acompanhamento. De quantas maneiras pode a Rita fazer o seu
lanche?
Resolução
Tomemos os conjuntos A = {laranjada, cola, leite} e B = {sanduíche, piza, bolo}.
Podemos representar a relação definida de A para B, pela expressão: … é a bebida
para acompanhar…
• Utilizando o diagrama:
• Podes observar que de cada elemento de A parte uma seta para todos os
três elementos de B.
À relação pertencem a todos os pares ordenados que se podem consti-

tuir de A para B.
• A sua definição extensiva é:

{(laranjada, sanduíche), (laranjada, piza), …}. Completa-a.
A este conjunto de todos os pares ordenados que é possível construir de

A para B chama-se produto cartesiano de A por B e representa-se por
A × B.
Lê-se: «A vezes B» ou «A cartesiano B».

• Um processo simples para determinar o produto cartesiano de dois conjuntos
é elaborar uma tabela como a que se segue:
Sanduíche (laranjada, sanduíche) (leite, sanduíche)
Piza (laranjada, piza) (leite, piza)
Bolo (laranjada, bolo) (leite, bolo)
A×B laranjada leite
2.1.6 Cardinal do conjunto de produto cartesiano

de dois conjuntos
Observa que:
#A=2
#B=3
#A×B=6
# (A × B) = # A × # B
• O produto cartesiano de dois conjuntos não é comutativo, isto é, A × B B × A.

Simbolicamente,
A × B = {(x, y) tal que x A e y B}
B × A = {(y, x) tal que y B e x A}
E sabemos que o par ordenado (x, y) (y, x)
Uma relação binária de A em B é sempre um subconjunto de A × B.
• Caso B = A, tem-se: A × B = B × A = A × A = A2, chamado quadrado cartesia-

no de A.
Exemplo:
Seja o conjunto A = {1, 2}
A2 = {(1, 1), (1, 2), (2, 1), (2, 2)}
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2.1.7 Relações binárias num conjunto

Pode acontecer que os dois conjuntos entre os quais se define uma relação biná-
ria sejam iguais. Diz-se, neste caso, que S é uma relação binária definida em A.
O diagrama sagital, neste caso, pode elaborar-se da seguinte forma:
2.1.8 Propriedades das relações

num conjunto
Uma relação binária definida num conjunto A pode possuir as propriedades (ou as
qualidades) reflexiva, não reflexiva, simétrica, anti-simétrica, transitiva, não tran-
sitiva, que a seguir vamos definir e exemplificar.
Considera o diagrama sagital de uma relação:
R = {(1, 1), (1, 3), (2, 2), (2, 4), (3, 1), (3, 3), (4, 2), (4, 4)} definida em D.
Observa o diagrama sagital da relação.
• Pertencem à relação todos os pares ordenados de termos iguais que é pos-

sível construir no seu domínio: (1, 1), (2, 2), (3, 3) e (4, 4).
Por isso, aparecem, no diagrama, lacetes (setas que voltam ao ponto de par-
tida) em todos os pontos.
Conclui-se que:
A relação anterior é reflexiva.
• Todos os pares que pertencem à relação têm inverso, isto é, existe (1, 3)
e (3, 1); (2, 4) e (4, 2).
Por isso, aparecem, no diagrama, setas com retorno (setas de 1 para 3 e de 3
para 1, por exemplo).
Conclui-se que:
A relação anterior é simétrica.
Exercício: Desenha o seu esquema de verdade.

No conjunto C = {2, 3, 4, 6, 8, 9} define-se a relação binária «x é divisor de y» cujo
diagrama sagital é:
• É uma relação reflexiva. Porquê?

• Será uma relação simétrica? Justifica.
• Observa: sempre que existe uma seta de um primeiro para um segundo ele-
mento e outra do segundo para um terceiro elemento, existe uma terceira
seta do primeiro para o terceiro elemento.
Conclui-se que a relação é transitiva.
Uma relação binária é transitiva quando, se existirem os pares (a, b) e (b, c), então
também existe o par (a, c).
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2.2 TIPOS DE RELAÇÃO

2.2.1 Relações de equivalência
Uma relação binária que seja, ao mesmo tempo, reflexiva, simétrica
e transitiva diz-se uma relação de equivalência.
Exercício
Considera a relação «está na mesma região que» definida no conjunto {Maio,
Fogo, Brava, Sal, Boavista}.
Mostra, utilizando um diagrama, que é uma relação de equivalência.
2.2.2 Relações inversas

Chama-se relação inversa de uma relação R de A em B, à relação R–1
de B em A.
O grafo de R–1 é o conjunto dos pares ordenados recíprocos de todos os pares

ordenados de R.
Se a relação R de A em B está representada por um diagrama sagital, invertendo
o sentido das setas obtém-se a representação análoga da relação inversa.
Exemplo:
Seja a relação R de A = {1, 2, 3} em B = {a, e} cujo grafo é {(1, a), (2, e), (3, a)}.
A relação R–1 de B em A representa-se pelo grafo {(a, 1), (e, 2), (a, 3)}.
2.2.3 Relação identidade

Dado um conjunto A, chama-se uma relação identidade em A ou relação
idêntica em A à relação cujo grafo é a diagonal de A x A.
Exemplo:
Seja o conjunto A = {–1, 0, 1, 2}.
A relação identidade em A, IA, é definida pelo grafo {(–1, –1), (0, 0), (1, 1), (2, 2)}.
2.2.4 Composição de duas relações

Sejam A, B e C três conjuntos, R e S duas relações tais que o conjunto de chegada
de R coincide com o conjunto de partida de S. Então o grafo composto S ⬚ R está
contido em A × C.
Chama-se relação composta de duas relações S e R à relação S ⬚ R de
A em C.
Exemplo:
PENSO E RESOLVO
1. Determina o grafo e constrói o diagrama cartesiano das seguintes relações
R de A em B:
a. A = {1, 2, 3, 4} , B = {1, 3, 5} definida pela expressão «x < y».
b. A = {1, 2, 3}, B = {2, 3, 6} definida pela expressão «x é divisor de y».
2. Dados os conjuntos A = {a, e, i, o, u} e B = {2, 3}, determina:

a. A2
b. A × B
c. B × A
3. Completa utilizando um dos símbolos: «, , , ».

a. (1, 2) … (2, 1)
b. {a, b} … (a, b)
c. (a, b) … {b, a}
d. (1, 2) … {(1, 1), (1, 2), (1, 3)}
e. {(1, 3)} … {(1, 2), (1, 3), (2, 3)}
4. Considera a proposição:
«Alunos responsáveis são cidadãos jovens com direitos garantidos e deveres
reconhecidos.»
a. Escreve os conjuntos de substantivos e de adjectivos utilizados na frase.
b. Desenha o diagrama sagital da relação que se estabeleceu do primeiro para
o segundo.
c. Define, em extensão, a relação binária inversa.
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5. No conjunto {1, 2, 3, 4} definem-se as seguintes relações binárias:

«x + y é par», «x + y = 7», «é o quadrado de».
a. Entre essas relações, indica as que são reflexivas e as que são simétricas.
b. Determina, em extensão, a primeira.
c. Define, por um esquema de verdade, a segunda.
d. Define, por um diagrama, a terceira.
6. Considera o seguinte grafo de uma relação binária reflexiva, definida num

conjunto M.
{(–2, –2), (–1, –1), (0, 0), (0, 1), (1, 1)}
Qual é o conjunto M?
7. Considera o conjunto {0, 2, 4, 6, 8} e desenha o diagrama sagital de cada uma

das seguintes relações nele definidas:
a. «é menor que»
b. «é menor ou igual a»
c. «x + y ⱕ 4»
d. «é o dobro de»
Indica as propriedades de cada uma dessas relações.
8. No universo dos alunos da tua turma, considera a relação «tem a mesma idade
que». Justifica que é uma relação de equivalência.
2.3 FUNÇÕES E PROPORCIONALIDADE

DIRECTA E INVERSA
2.3.1 Funções
ACTIVIDADE
1. Observa as tabelas:
x y
1 4
2 6
3 8
4 10
5 …
… …
a b
2 7
4 13
6 19
8 …
… …
1.1 Um aumento de uma unidade no x que mudança provoca no y?

Um aumento de 2 no a que mudança provoca no b?
1.2 Que números deves colocar, em cada tabela, nos espaços a ponteado?
1.3 Explica, por palavras, a regra que relaciona x com y e a com b.
1.4 Se x = 100, qual o valor de y? E se a = 200, qual o valor de b?
2. Quando suspendemos uma massa de um elástico, este sofre um alonga-

mento.
Os resultados desta experiência registaram-se numa tabela e num gráfico.
Massa Alongamento
(em g) do elástico (em cm)
1 1,5
2 3
3 4,5
52
2.1 Um aumento de 1 grama, na massa, que aumento provoca no alongamento?

2.2 Relaciona, neste caso, a massa com o alongamento.
2.3 Comenta a afirmação: «O alongamento do elástico depende da massa
nele suspensa.»
Conceito de função
ACTIVIDADE
Um triciclo tem três rodas, dois triciclos têm seis rodas.
Quantas rodas têm três triciclos? E quatro? E n triciclos?
Estabeleceu-se uma correspondência entre triciclos e rodas. O número de NOTA

rodas depende do número de triciclos. O número de rodas
depende do, ou é função
A cada número de triciclos corresponde um único número de rodas. do, número de triciclos.
O conjunto de pares ordenados:

(1, 3) (2, 6) (3, 9) (4, 12) (…, …)
define esta função, correspondência que a cada elemento do conjunto A faz cor-
responder um e um só elemento do conjunto B.
Outros exemplos de funções

• A correspondência que a cada raio faz corresponder o comprimento da circunfe-
rência (perímetro do círculo).
• A correspondência entre espaço percorrido e tempo gasto a percorrê-lo,
no movimento uniforme.
• A correspondência que a cada número inteiro relativo faz corresponder o seu
quadrado.
• A correspondência entre cada país e a sua capital.
Capital de…
A cada país corresponde
uma e uma só capital.
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• A correspondência entre cada pessoa e a sua idade em anos.
Idade em anos de…

A cada pessoa corresponde
uma e uma só idade.
No entanto, nem todas as correspondências são funções.
Exemplos:
Não são funções as correspondências seguintes:
Desporto praticado por…

A cada aluno não corresponde
um e um só desporto.
O Luís pratica dois.
Dias de férias de…

Ao Diogo não corresponde
um número de dias de férias.
• Dados dois conjuntos, A e B, chama-se função de A para B a toda a

correspondência que a cada elemento de A faz corresponder um e um
só elemento de B.
PENSO E RESOLVO
1. Quais das correspondências seguintes são funções?
Justifica a resposta.
a. b. c.
d. e.
f. Número de veículos que atravessaram uma ponte no 1.o semestre de 2001:
Mês N.o de veículos
Janeiro 4 101 534
Fevereiro 3 900 460
Março 4 385 311
Abril 4 297 985
Maio 4 630 934
Junho 4 627 535
g. A correspondência que a cada aluno de uma turma associa o seu número na

pauta.
h. A correspondência que a cada artigo, numa loja, associa o seu preço com
10% de desconto.
2. Dá outros exemplos de correspondências, uns que sejam funções, outros não,

justificando.
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Modos de definir uma função
Vamos representar de três maneiras diferentes,

através de uma tabela (1), através de um grá-
fico cartesiano (2) e através de uma expres-
são algébrica (3), a função que relaciona o
número de triciclos com o número de rodas.
1. Tabela
Triciclos Rodas
1 3
2 6
3 9
… …
2. Gráfico cartesiano
No sistema de eixos cartesianos represen-
tamos os pares ordenados que definem
a função. No exemplo «triciclos e rodas»,
(1, 3) (2, 6) (3, 9) (…, …)
• O primeiro elemento do par, abcissa,
representa-se no eixo ox (eixo das abcis-
sas).
• O segundo elemento do par, ordenada,
representa-se no eixo oy (eixo das ordena-
das).
Neste exemplo, não faz sentido unir os pontos do gráfico. Porquê?
3. Expressão algébrica
Escolheu-se a letra t para o número de triciclos e a letra r para o número de
rodas. Que expressão relaciona r e t?
É r = 3t.
NOTA Para mostrar que r depende de t, escreve-se:

«Função r de A em B, r(t) = 3t ou r: AB
que a cada valor de t
faz corresponder t3t
o seu triplo.»
• r e t são variáveis;
• t é a variável independente e os valores desta variável chamam-se
objectos. O conjunto dos objectos é o domínio da função, D;
• r é a variável dependente. Os transformados dos objectos, isto é, os seus

correspondentes no conjunto de chegada B, chamam-se imagens. O conjunto
das imagens é o contradomínio da função, D’.
No nosso exemplo, função r de A em B:
Dr = {1, 2, 3, …}
D’r = {3, 6, 9, …}
r (1) = 3
NOTA
r (2) = 6
r(2) = 6 lê-se: «r de dois
r (3) = 9 igual a seis» ou «6 é a
imagem do objecto 2».
…
Já sabes que r(t) se representa no eixo oy e que t se representa no eixo ox.

De um modo geral, podemos escrever ainda:
y = 3x
Exemplo
Um rectângulo tem 1,5 cm de comprimento e largura variável x cm.
Determinou-se a área do rectângulo para diferentes valores da variável x.
Vamos representar esta função por:
• Tabela:
x 1 2 3
(largura em cm)
y 1,5 3 4,5
(área em cm2)
• Gráfico cartesiano:
No sistema de eixos cartesianos, represen -

támos os pontos da tabela e unimo-los porque,
por exemplo, para valores entre zero e 1
correspondem áreas entre zero e 1,5.
• Expressão algébrica:
y = 1,5x
58
• Função: é a correspondência que a cada elemento do conjunto A

faz corresponder um e um só elemento do conjunto B.
• Domínio da função: conjunto de todos os valores possíveis da
variável independente.
• Contradomínio da função: conjunto das imagens.
• Objectos: valores que toma a variável independente.
• Imagem: transformado de um objecto.
• Podemos definir uma função por: uma tabela, um gráfico cartesiano e
uma expressão algébrica.
• Toda a função é uma correspondência, mas há correspondências que não
são funções.
Numa função, a cada valor da variável independente corresponde um e um só

valor da variável dependente.
Reconhecimento de uma função
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Qual das correspondências é uma função? Justifica.
Para a função, indica:
a. Domínio e contradomínio.
b. Os objectos que têm a
mesma imagem.
c. A imagem do objecto 12?
Resolução
Só o gráfico da esquerda representa uma função. No gráfico da direita, ao objecto 3

correspondem duas imagens, 1 e 3, logo, não é uma função.
a. D = {6, 12, 18, 24} b. 12 e 24
D’ = {2, 6, 8} c. 6
PENSO E RESOLVO
1. Qual das correspondências é uma função? Justifica.
a. b. c.
2. Para a função, indica.

a. Domínio e contradomínio. b. Dois objectos com a mesma imagem.
3. Três das correspondências seguintes não são funções. Indica-as, explicando

a razão da tua escolha.
a. b. c.
d. e. f.
4. Matemática e Ciências Físico-Químicas Ponto NOTA

Substância de fusão (*) (oC) (*)
A tabela indica os pontos de fusão de Ponto de fusão:
Oxigénio –218 temperatura a que uma
algumas substâncias. substância passa do estado
Dióxido de carbono –78 sólido ao estado líquido.
O ponto de fusão é função da substância,
como sabes. Éter –116
Água 0
Mercúrio –39
Ferro 1535
60
4.1 Qual a imagem do éter?

4.2 Quais os objectos cujas imagens têm valores inferiores a –100 oC?
4.3 Escreve o domínio e o contradomínio da função dada.
4.4 Qual o estado físico de cada substância a 30 oC?
4.5 Qual a substância cujo ponto de fusão é o dobro do ponto de fusão do
mercúrio?
5. Matemática e Ciências Físico-Químicas
Observa o gráfico que mostra como se comporta uma quantidade de água pura
durante o aquecimento.
5.1 Qual a variável independente? E a variável dependente?
5.2 Qual a imagem do objecto zero? E do 3?
5.3 A partir de quantos segundos, a água se encontra no estado líquido?
5.4 Qual o significado físico do patamar horizontal entre os 9 e os 11 segundos?
6. No gráfico seguinte ilustra-se a produção de carvão numa mina, num período de

cinco anos.
6.1 O gráfico representa uma função?Justifica.

6.2 Completa a tabela:
Anos 1996 1997 1998 1999 2000
Produção
(toneladas)
6.3 Escreve um pequeno texto, com cerca de

cinco linhas, que descreva a situação desta
mina no período indicado.
7. Um lagar de azeite cheio leva 15 000 litros de azeite.

O gráfico mostra o seu esvaziamento.
Esvaziamento de um lagar de azeite
7.1 Trata-se de uma função? Justifica.

7.2 Indica a variável independente e a variável dependente.
7.3 Quantos litros de azeite tinha o lagar quando se começou a esvaziar?
7.4 Quanto tempo demorou a esvaziar o lagar?
7.5 Ao fim de 50 minutos, quanto azeite havia ainda no lagar?
7.6 Ao fim de quanto tempo podemos afirmar: «Já só falta esvaziar um terço do
azeite»?
7.7 Com os dados do gráfico, completa a tabela:
Tempo (minutos) 0 60 100
Azeite (litros) 2500
8. Um rectângulo, medindo c cm por ᐉ cm, tem de área 36 cm2. A tabela dá diferen-

tes valores de ᐉ e os correspondentes valores de c.
8.1 Copia e completa a tabela:
ᐉ (cm) 1 2
c (cm) 36 9 1,5
8.2 Assinala os pontos da tabela num sistema de eixos cartesianos.

Unindo esses pontos, desenha a curva representativa da correspondência.
Trata-se de uma função? Justifica.
8.3 Usa o gráfico para estimar o valor de c para ᐉ = 3 cm. Verifica algebricamente
o valor encontrado.
62
Interpretação do gráfico de uma função
v = ᎏᎏ ←
e espaço
↑ t ← tempo
velocidade
O gráfico mostra o trajecto de uma camioneta de passageiros que saiu da cidade
A e se dirigiu para a cidade C, com paragem em B.
a. A que horas partiu a camioneta?
b. A que distância de A estava a camioneta às 11 horas?
c. Quanto tempo parou a camioneta em B?
d. Quanto tempo demorou a viagem?
e. Qual a velocidade da camioneta entre A e B? E entre B e C?
Resolução
Por observação do gráfico:

a. Às 10 h.
b. A 80 km de A.
c. Parou meia hora.
d. 2 horas e 45 minutos.
80
e. Entre A e B: v = ᎏᎏᎏ = 80 km/h
1
80 = ᎏ320
Entre B e C: v = ᎏ ᎏ
ᎏ = 64 km/h
5 5
ᎏᎏ
4
PENSO E RESOLVO
1. O gráfico representa a viagem a pé
do António, feita entre a sua casa e
a praia. No caminho, cruzou-se
com a sua irmã, que circulava de
moto em sentido contrário.
1.1 Que distância andou o António
para ir à praia?
1.2 Quanto tempo demorou o
António na viagem?
1.3 Terá parado para descansar? Quanto tempo?
1.4 A que distância de casa se cruzaram os irmãos?
1.5 A que velocidade circulava a moto da irmã do António?
2. O valor de um automóvel usado depende da sua

Idade Valor
idade em anos. Sabe-se que um automóvel que (em anos) (em escudos)
custou 25 000 escudos sofreu uma desvaloriza- 0 25 000
ção de 20% ao ano.
1 20 000
Calculou-se o seu valor nos primeiros anos e
registaram-se os resultados na tabela ao lado. 2 16 000
2.1 Qual é a variável independente? E a variável 3

dependente? 4
2.2 Copia e completa a tabela e o gráfico. 5
2.3 Indica o domínio e o contradomínio da função.

2.4 A expressão algébrica desta função é:
c(x) = 25 000 × 0,8x
Partindo desta expressão, prova que:
c(0) = 25 000 e c(3) = 12 800
3. A área do quadrado é função do lado.

Lado do quadrado (x; em cm) 0 1 1,5 3

Área do quadrado (a; em cm2) 4 6,25
3.1 Designando por a(x) esta função, qual das seguintes é a expressão algé-
brica desta função?
x
• a(x) = 2x • a(x) = 4x • a(x) = x2 • a(x) = ᎏᎏ
2
64
2.3.2 Proporcionalidade directa como função

x kx
Calcularam-se os perímetros de vários quadrados, conhecidos os comprimentos
dos lados, e registaram-se os resultados numa tabela:

+ 1

+ 1

+ 1
Lado do quadrado
1 2 3 4
(x; em cm)
Perímetro do quadrado 4 8 12 16
( y; em cm)

+ 4 + 4 + 4
Por observação da tabela, podes concluir que:

• se trata de uma situação de proporcionalidade directa, sendo 4 a cons-
tante de proporcionalidade. Logo:
y = 4x
• por outro lado, se x aumenta 1 unidade, y aumenta 4 unidades.
Vamos representar graficamente y = 4x :

A representação gráfica é uma recta que:
• passa na origem do sistema de eixos coorde-
nados;
• tem declive 4, isto é, k = 4.
• As funções y = kx ou xkx com k ⫽ 0 são

funções afins lineares.
• O gráfico é uma recta que passa na origem do sistema
de eixos coordenados. k é o declive da recta.
• Uma situação de proporcionalidade directa
traduz-se por uma função do tipo:
xkx sendo k a constante de proporcionalidade.
Função de proporcionalidade directa
Seja a função f(x) = 1,2x.
a. Calcula:
冢冣
5
f (0) f (–3) f ᎏᎏ
6
b. Qual é o objecto que tem por imagem 6?
c. Trata-se de uma função de proporcionalidade directa? Justifica.
Resolução
冢冣
5 5
a. f (0) = 1,2 × 0 = 0 f (–3) = 1,2 × (–3) = –3,6 f ᎏᎏ = 1,2 × ᎏᎏ = 1
6 6
6
b. 1,2x = 6 ⇔ x = ᎏᎏ ⇔ x = 5
1,2
c. É uma função de proporcionalidade directa pois é uma função do tipo
xkx (em que k = 1,2).
PENSO E RESOLVO
2
1. Dada a função x y = – ᎏᎏ x:
3
g
1.1 Calcula:
• g(3) • g(21) • g(1) • g(–3)
1.2 Representa graficamente a função g(x). Trata-se de uma função de propor-
cionalidade directa?
1.3 Por leitura gráfica, descobre os valores de x, tais que:
• g(x) = 0 • g(x)= – 4 • g(x) = 2
2.
2.1 Exprime a área do quadrado em função do comprimento do seu lado.
Lado do quadrado (cm) 1 2 3 4
Área do quadrado (m2)
2.3 A área do quadrado é directamente proporcional ao seu lado? Justifica.

66
3. Um elevador de uma torre sobe à velocidade constante de 2 m/s.

Tempo do trajecto (s) 30 50 90 120
Altura atingida (m) 100
3.2 Qual é a função que permite traduzir a situação de proporcionalidade

directa acima referida?
3.3 Quantos segundos demora o elevador a subir 150 m?
4. Num armazém, esta semana,

todos os artigos têm o des-
conto de 30%.
Sendo x o preço do artigo e
f(x) o desconto:
4.1 Exprime o desconto em
função do preço.
4.2 O desconto é directa-
–30%
mente proporcional ao
preço? Se sim, qual a
constante de proporcio-
nalidade?
4.3 Qual o desconto num artigo marcado com o preço de 5000$00?
4.4 Quantos euros marca um artigo em que o desconto é de 200$00?
5. Numa livraria, no dia 1 de Janeiro de cada ano,

o preço dos livros aumenta 4%. Sendo x o
preço inicial e y o preço já com aumento:
x 60 195
y 104 208
5.2 Trata-se de uma função de proporcionalidade directa? Qual a constante de

proporcionalidade?
5.3 Representa a função por uma expressão algébrica.
6. Informa-te sobre a cotação do dólar, da libra e do escudo.

Define a função que permite:
a. Converter dólares em escudos.
b. Converter escudos em libras.
c. Converter dólares em libras.
7. A área do trapézio A(x) é função da sua altura x.

Escreve a expressão algébrica dessa função.
8. Em cada uma das tabelas seguintes, verifica se se trata de uma proporcio-

nalidade directa e, em caso afirmativo, escreve a respectiva expressão algé-
brica.
8.1
Horas semanais de trabalho 40 35 30
Ordenado (escudos) 35 800$00 47 400$00 57 300$00
8.2
Tempo (horas) 0,5 2 3
Distância (km) 1,5 6 9
9. Observa a figura ao lado.

9.1 Exprime a área colorida em função de x.
9.2 Trata-se de uma situação de proporcionalidade
directa? Justifica a resposta.
10. Define algebricamente, em cada caso, a função que relaciona:

a. O volume de um cubo com a sua aresta.
b. O perímetro de um triângulo equilátero com o seu lado.
c. A área do círculo com o seu diâmetro.
10.1 Representa graficamente as funções que são de proporcionalidade
directa.
11. Dadas as funções:

1
f (x) = –2x g(x) = 3x h(x) = ᎏᎏ x
2
68
11.1 Representa, no mesmo sistema de eixos, f, g e h.

11.2 Por leitura gráfica, copia e completa:
a. f (–2) = … b. g(–1) = … c. h(6) = …
11.3 A partir dos gráficos, descobre os valores de x que verificam:
a. f (x) = – 4 b. g(x) = –3 c. h(x) = –1
3
12. Seja h uma função de proporcionalidade directa em que a constante é ᎏᎏ .
4
12.1 Representa graficamente a função h.
12.2 Copia e completa:
a. h(–4) = b. h(0) = c. h(…) = 1 d. h(4) = …
13. Observa a figura:

13.1 O gráfico representa uma função de
proporcionalidade directa? Justifica.
x –1 2
5
y ᎏ
2
13.3 Escreve a expressão algébrica

desta função.
13.4 Qual a imagem de –5 por g?
13.5 Qual o objecto que tem por ima-
gem 25?
14. Observa atentamente os gráficos:
Numa pequena composição, explica por que os primeiro e terceiro gráficos

não representam funções de proporcionalidade directa.
2.3.3 Percentagens. Aplicar percentagens
ACTIVIDADE
1. Representa a parte pintada da figura por:
1200$00
20% 980$00
de desconto
sobre o preço
• uma fracção; marcado
• um numeral decimal;
• uma percentagem.
2. Sabendo que o André quer comprar uma bola de futebol, qual das lojas
deve escolher? Porquê?
Observa a figura ao lado, que está dividida em 100 quadrículas

iguais.
Das 100 quadrículas, 75 estão coloridas.
75
ᎏ = 75%
100 Lê-se «Setenta
e cinco por cento».
Significa que 75% das quadrí-

culas encontram-se coloridas.
Uma percentagem é uma razão com consequente 100.
Observa agora a resolução de problemas do dia-a-dia que envolvem percen-

tagens.
70
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. Dos 1500 atletas que participa-
ram numa maratona, só 70%
cortaram a meta. Quantos atle-
tas terminaram a maratona?
Resolução
… de… → … × … Proporção Regra de três simples
70 x 70 — 100
ᎏ = ᎏ
70% de 1500 é 100 1500 x — 1500
70 ou ou ou
ᎏ × 1500 = 70 × 1500 70 × 1500
100 x = ᎏᎏ x = ᎏᎏ Consulta
100 100 as instruções
= 1050 da tua calculadora.
x = 1050 x = 1050
Como vês, podes escolher qualquer um destes processos para resolveres o pro-
blema.
Concluímos que são 1050 os atletas que terminaram a corrida.
2. Quanto pagarei pelo arranjo da mota se me fizerem

15% de desconto?
Resolução
O desconto corresponde a 15% de 600 escudos, isto é,

15
ᎏᎏ × 600 = 90, logo, o desconto é de 90 escudos.
100
Preço a pagar: 600 – 90 = 510

ou
100% – 15% = 85% O que vou pagar,
em percentagem. ou
85% × 600 = 510
O que vou pagar,
em escudos
Concluímos que, com um desconto de 15%, o arranjo da mota será de 510

escudos.
CURIOSIDADE
• Uma razão de consequente 100 é uma percentagem.
2
A parte colorida é ᎏ = 0,40 , isto é, 40%.
5
• Aplicar percentagens:
30% de 60 é 0,30 × 60 = 18 ou
Simon Stevin (1548–1620)
50 menos 20% de 50 é 80% × 50 = 40 ou O autor da primeira
tabela de percentagens
50 mais 20% de 50 é 120% × 50 = 60 ou publicada na Europa, em
1585, foi o matemático
125% de x são 250, Simon Stevin.
250
então x = ᎏ = 200 ou
1,25
PENSO E RESOLVO
1. Foram inquiridas 100 pessoas acerca da forma como tomam conhecimento
das notícias diárias e registaram-se as respostas.
Jornal Televisão Rádio Internet
25 55 12 8
Exprime os resultados em percentagem.
2. Interpreta cada uma das informações:
3. Completa as tabelas seguintes:
Percentagem Fracção
decimal
Numeral
decimal
Fracção Numeral
Percentagem irredutível decimal
7% 20%
8% 45%
39
ᎏᎏ 120%
100
72
4. Calcula:
4.1 25% de 5000$00 4.2 46% de 200 m 4.3 185% de 6,4 kg
5. Um instituto onde se aprende Francês, Inglês e Alemão, tem 320 alunos.

Cada aluno inscreveu-se numa só língua. Observa a tabela.
Francês Inglês Alemão
20% 70% ?
Quantos alunos estudam Francês? E Inglês? E Alemão?
6. Sabendo que o preço de uma camisola é 1700$00, qual será o preço com um
desconto de 13%?
7. Será que 30% de 18 é o mesmo que 18% de 30? Explica.
8. Uma reforma de 55 000$00 teve um aumento de 3%. Qual é o valor actual da

reforma?
9. Um desconto de 21% sobre o preço de uma viagem corresponde a 1800$00.

Qual o preço da viagem sem desconto?
10. Nos saldos foi aplicada uma redução de 40% a todos os preços.
10.1 Completa a tabela:
Preço inicial ($) 25$ 50$ 100$ 175$
Desconto ($)
Preço em saldo ($)
10.2 O desconto é directamente proporcional ao preço inicial?

10.3 Completa o gráfico com os dados da tabela. O preço em saldo é directa-
mente proporcional ao preço inicial? Justifica com base no gráfico.
11. Um restaurante em época baixa, para atrair clientes, baixou os preços 16%. Se
o dono do restaurante subir 16% aos preços rebaixados voltará aos preços ini-
ciais? Explica com um exemplo.
12. Uma população de 2500 habitantes decresceu 7%. A população actual é de

(escolhe a resposta correcta):
12.1 2500 × 0,07 12.3 2500 × 1,07
12.2 2500 – 0,07 12.4 2500 × 0,93
2.3.4 Gráficos circulares.

Percentagens e cálculo mental
ACTIVIDADE
O gráfico circular seguinte fornece infor-
mações, em percentagem, sobre os 800
alunos de uma escola.
• Qual a percentagem de alunos que frequenta o 7.o ano?

• Prova que metade dos alunos frequenta o 3.o ciclo.
• Calcula mentalmente o número de alunos que frequenta cada ano de esco-
laridade. Explica como procedeste.
Observa:
Existem 100 divisões iguais no círculo.

A cada divisão corresponde 1%.
Ao círculo completo corresponde 100%.
É útil aplicar mentalmente percentagens:

• 10% de… é dividir por 10; por exemplo: 10% de 80 é 8;
• 25% de … é dividir por 4; por exemplo: 25% de 400 é 100;
• 1% de… é dividir por 100; por exemplo: 1% de 750 é 7,5;
• 5% de… é dividir por 20; por exemplo: 5% de 30 é 1,5.
74
Calcular percentagens
ACTIVIDADE
Observa os resultados para a eleição do delegado
de turma.
Que percentagem de votos obteve cada candidato?
Explica como procedeste.
1. Um lápis de 75$ custa 48$ em promoção.
Qual a percentagem de desconto?
É a razão entre o desconto

Resolução e o preço inicial.
27
O desconto é 75 – 48 = 27. ᎏ = 0,36, logo, o desconto é de 36%.
75
2. O mercado nacional de medicamentos genéricos passou de oito milhões de embala-

gens vendidas em 2003 para 12 milhões em 2004. Qual foi a taxa de crescimento?
Resolução
Venderam-se
12 000 000 – 8 000 000 = 4 000 000 mais 4 000 000
4 000 000 embalagens.
ᎏ
ᎏᎏ ᎏ = 0,50, logo, houve um crescimento de 50%.
8 000 000
• Círculos e percentagens
25% colorido 50% colorido 75% colorido 100% colorido
• Calcular uma percentagem

8 é que percentagem de 40?
8
ᎏᎏ = 0,20 isto é 20% ou
40
PENSO E RESOLVO
1. Que percentagem da superfície total do círculo está colorida?
1.1 1.2 1.3
2. O gráfico circular representa os resultados obtidos em 60 jogos por uma

equipa de futebol.
2.1 Qual a percentagem de vitórias?
2.2 Mostra que a equipa perdeu 15 jogos.
2.3 Qual o número de vitórias? E de empates?
3. O gráfico circular mostra como a Joana gastou as suas

economias nas férias.
3.1 Sabendo que gastou 11 euros em aluguer de filmes,
quanto tinha no início das férias?
3.2 Quanto gastou em livros?
4. A condução sob o efeito do álcool é um dos principais

factores da elevada sinistralidade rodoviária. Num estudo
construiu-se o gráfico ao lado. Sabendo que, neste
estudo, 1800 indivíduos revelaram taxas de alcoolemia
de 0,5 a 0,79 g/litro, calcula:
4.1 O número de indivíduos com taxa de alcoolemia
igual ou superior a 1,2 g/litro.
4.1 O número de condutores infractores a que se refere o gráfico.
5. Calcula mentalmente:
5.1 10% de $620 5.5 50% de 24 ovos 5.8 1% de 8000 garrafas
5.2 5% de $620 5.6 200% de 24 ovos 5.9 25% de 44 alunos
5.3 10% de 805 g 5.7 50% de 44 alunos 5.10 20% de 8000 garrafas
5.4 1% de 805 g
76
6. Estima e depois verifica com a calculadora:

6.1 49% de $51
6.2 10,5% de $999
6.3 9,9% de $20
7. Completa as seguintes tabelas, efectuando mentalmente os cálculos:
20% 40% 60% 70% 80% 90% 100%
40 120 200 400
50%
12,5 25 37,5 50
8. Numa escola com 125 alunos, 80 são raparigas e noutra, com 600 alunos,
240 são rapazes. Em qual das escolas é maior a percentagem de raparigas?
Explica.
9. Nas últimas eleições de um clube de futebol com 3500 sócios, votaram

apenas 2135. Calcula a percentagem de votantes nessas eleições.
10. Uma moldura de 940$ subiu para 968$20. Qual foi a percentagem de
aumento?
2.3.5 Escalas
ACTIVIDADE
Observa a planta do quarto do João.
• Faz as medições necessárias e determina
a escala deste desenho.
• Como desenhar, nesta planta, uma cama
com 0,9 m por 1,80 m? frequenta cada ano
de escolaridade. Explica como procedeste.
Quando observas um mapa encontras uma indica-

ção referente à escala utilizada, por exemplo:
que significa que o comprimento deste segmento de

recta, 1 cm, no mapa, representa uma distância real
de 100 km, isto é, 10 000 000 cm.
A escala numérica correspondente é:
1
1 : 10 000 000 ou 10ᎏᎏ
000 000
As medidas dos comprimentos no desenho e as

medidas dos comprimentos reais são directamente
proporcionais.
A escala numérica é uma constante de proporcionalidade.

Quando projectamos um prédio, um automóvel, um barco, … usamos escalas
de redução.
As mais vulgares são:
1:2 1:5 1 : 10
1 : 20 1 : 50 1 : 100
1 : 200 1 : 500 1 : 1000
1 : 2000 1 : 5000 1 : 10 000
Quando queremos desenhar um micróbio, ou um objecto de pequenas dimensões,
usamos escalas de ampliação. As mais usadas são:
2:1 5:1 10 : 1 100 : 1
Um objecto desenhado em tamanho real diz-se que está desenhado à escala de 1 : 1.
78
1. Considere o mapa ao lado.
Qual a escala numérica do
mapa?
Resolução
No mapa consta a escala grá-

fica.
Com a régua verificas que um
segmento de recta com
1 cm corresponde a 1000 km.
A escala numérica é:
1
ᎏᎏ
100 000 000
isto é, 1 cm no desenho representa 1000 km, ou seja, 100 000 000 cm na realidade.
2. Qual a distância mínima que percorre um avião numa viagem Londres–Oslo?
Resolução
Com a régua verificas que a distância Londres–Oslo no mapa é 2,7 cm.

1 2,7
Então: ᎏᎏ = ᎏ então x = 2,7 × 100 000 000 e assim
100 000 000 x
x = 270 000 000
Logo, a distância mínima que percorre um avião numa viagem Londres–Oslo
é 2700 km.
• A escala é a razão entre o comprimento no desenho e o comprimento real

correspondente (expressos nas mesmas unidades). As distâncias no dese-
nho são directamente proporcionais às distâncias reais.
distância no desenho
Escala = ᎏᎏ ᎏᎏ
distância real
Exemplo:
1 cm representa 20 m, que são 2000 cm, logo, a escala numérica
1
é ᎏ.
2000
PENSO E RESOLVO
1. A figura ao lado representa um vidro.
1.1 Converte, em centímetros, os comprimentos reais
assinalados.
1.2 Usa a régua e mede, em centímetros, os compri-
mentos correspondentes no desenho.
Completa a tabela seguinte:
Comprimento real (cm)

Comprimento no desenho (cm) 1
1.3 Verifica que as medidas do desenho são directamente proporcionais às

medidas reais.
1.4 Qual a escala do desenho?
2. Num mapa de estradas consta a informação .

0 25 km
2.1 Explica o seu significado.
2.2 Relativamente ao mapa de estradas, completa a seguinte tabela de
proporcionalidade directa:
Distância real (km) 75 225
Distância no mapa (cm) 1 5
3. A maqueta de um barco tem 16 cm de comprimento. Sabendo que o compri-

mento real do barco é 40 m, qual a escala a que foi feita a maqueta?
4. No projecto de uma casa, um arquitecto representou o comprimento de 12 m

por 6 cm. Qual a escala utilizada?
5. Em que escala está desenhada a piscina representada abaixo?
6. Duas cidades distam 260 km. Num mapa feito à escala 1 : 2 500 000, qual a
distância entre as cidades?
80
7. Num mapa desenhado à escala , indica as distâncias reais

representadas por:
7.1 6 cm
7.2 10 cm
7.3 2,5 cm
8. Usei uma ampliação de 2000× no meu microscópio.

Determina os comprimentos observados das células, cujo comprimento real é:
8.1 0,02 mm
8.2 0,005 mm
9. O andebol e as escalas
9.1 Desenha um campo de andebol, de dimensões 40 m por 20 m, à escala

de 1 : 400.
(Não te esqueças de marcar as linhas de 6 m e de 9 m.)
9.2 A figura mostra a baliza desenhada à escala de 1 : 100. Qual é o compri-
mento real da baliza? E a altura?
10. O Sr. Costa comprou um terreno para instalar

uma fábrica, com parque de estacionamento ao
ar livre. Observa o desenho do terreno à escala
1 : 2000.
10.1 Calcula as dimensões do terreno.

10.2 Foi destinada 15% da área do terreno ao parque de estacionamento.
Qual a área coberta, em metros quadrados?
2.3.6 Proporcionalidade inversa.

Representações gráficas
ACTIVIDADE
1. Rectângulos
1.1 Desenha um rectângulo com 24 cm2 de área e 6 cm de comprimento.
Qual é a largura do rectângulo?
1.2 Pensa noutros rectângulos com 24 cm2 de área, mas em que o compri-
mento seja: o dobro, o triplo, o quádruplo, … do comprimento do rectân-
gulo que desenhaste. Como varia a largura?
1.3 Pensa noutros rectângulos com a mesma área, mas em que o compri-
mento seja: metade, um terço, um quarto, … do comprimento do rec-
tângulo que desenhaste. Como varia a largura?
2. Investiga!
Em triângulos com a mesma área, como varia a altura se a base duplicar?
E se triplicar?
Problema 1:
Uma empresa pretende desenhar autocolantes rectangulares, com 6 cm2 de
área. Num gabinete discutem-se valores possíveis para o comprimento e a largura
desses autocolantes.
Vejamos algumas hipóteses possíveis:
Existe alguma relação entre o comprimento e a largura destes rectângulos?

Neste problema estão em estudo duas
x 1 2 3 4 …
variáveis: o comprimento e a largura do
rectângulo. y 6 3 2 1,5 …
Registamos os dados numa tabela,
onde x representa o comprimento e y a
1 × 6 = 2 × 3 = 3 × 2 = 4 × 1,5 = … = x · y = 6
largura, em centímetros.
• Multiplicando uma medida qualquer do comprimento pela medida da largura
correspondente obtém-se sempre um valor constante, neste caso, 6, que é a
medida da área.
• O comprimento e a largura dependem um do outro e quando um aumenta o
outro diminui na mesma proporção.
82
• Se o comprimento duplica, a largura passa a metade; se o comprimento triplica,

a largura diminui para a terça parte. Isto é, o comprimento e a largura variam na
razão inversa um do outro. O comprimento e a largura destes rectângulos são
inversamente proporcionais e escreve-se:
x·y=6
Neste exemplo, 6 é a constante de proporcionalidade e a medida da área de cada
rectângulo.
Problema 2:
O João desloca-se, diariamente, entre duas
localidades.
A tabela seguinte relaciona a velocidade média
com o tempo gasto em cada viagem.
Velocidade em km/h (v) 50 80 100
Tempo em horas (t) 6 3,75 3
• Quando o João duplica a velocidade, o que

acontece ao tempo de viagem?
• Qual a distância entre as duas localidades?
Trata-se de um problema com duas variáveis: v e t, sendo uma das variáveis fun-
ção da outra.
NOTA Na tabela verificas que:
espaço ← e = v t → tempo
percorrido 50 × 6 = 300 isto é, v · t = 300
↓
velocidade 80 × 3,75 = 300 ↑
média
100 × 3 = 300 constante de proporcionalidade
• As variáveis v e t são inversamente proporcionais, uma vez que o produto das
duas variáveis é uma constante não nula.
• Quando o João duplica a velocidade (passa de 50 km/h para 100 km/h) o tempo
passa a metade (de 6 h para 3 h).
• A constante de proporcionalidade é 300 e representa a distância, em quilóme-
tros, entre as duas localidades.
Duas variáveis são inversamente proporcionais se o produto de um qualquer

valor de uma pelo correspondente valor da outra é constante e diferente de zero.
x · y = k com k ≠ 0
↵ constante de proporcionalidade
Para se embalar a produção diária de ovos são precisos 120 cartões, cada um
levando duas dúzias e meia. Quantos cartões são precisos para embalar a mesma
produção diária, se se usarem cartões de duas dúzias?
Resolução
O número de cartões necessários e o número de ovos por cartão são grandezas
inversamente proporcionais. Logo,
3600
120 × 30 = 24x ⇔ 3600 = 24x ⇔ x = ᎏᎏ ᎏ
ᎏᎏ ⇔ x = 150
24
São precisos 150 cartões de 24 ovos.
PENSO E RESOLVO
1. Para embalar a produção diária de tomate são precisas
240 caixas de 2,5 kg cada uma. Quantas caixas serão
precisas, se se passar a usar caixas de 1,5 kg?
3
E se forem caixas de ᎏᎏ kg?
4
2. Uma obra foi feita por 60 operários em 18 dias. Se trabalharem ao mesmo

ritmo, quantos dias demoram 9 operários a fazerem a mesma obra?
3. Um livro tem 300 páginas e cada página tem 24 linhas.
Quantas linhas deverá ter cada página do mesmo livro se for reeditado apenas
com 240 páginas?
Justificar que são inversamente proporcionais as 7 8,4 4,2 1
x
variáveis x e y, cujos valores correspondentes
estão registados na tabela, e indicar a constante y 3,6 3 6 25,2
de proporcionalidade.
Resolução
Se x e y são inversamente proporcionais, então x · y = k, com k ≠ 0.
7 × 3,6 = 8,4 × 3 = 4,2 × 6 = 1 × 25,2 = 25,2
Então x e y são inversamente proporcionais.
A constante de proporcionalidade é 25,2.
84
PENSO E RESOLVO
Averigua se são inversamente proporcionais as variáveis x e y, cujos valores cor-
respondentes estão registados nas tabelas.
Para as variáveis inversamente proporcionais, indica, em cada caso, a constante
de proporcionalidade.
a. c.
1 2,5 5 1 1
x x 3 ᎏᎏ 4,2 ᎏᎏ
18 4
y 10 4 2 5 5 10
y ᎏᎏ ᎏᎏ 15 ᎏᎏ
18 54 3
b. d.
x 6 8 10 12 x 1 2 3 4 5
y 36 27 26 20 y 1,14 0,57 0,38 0,285 0,228
Sabendo que x e y são inversamente proporcionais:
a. Indicar a constante de proporcionalidade.
x 4 3
b. Copiar e completar a tabela.
y 48 12
Resolução
a. Se x e y são inversamente proporcionais, x · y = k, com k ≠ 0.
Neste caso, 4 × 48 = 192, logo, k = 192.
b. Completar a tabela:
x 4 3 16
3 · y = 192 ⇔ y = 192 : 3 ⇔ y = 64
y 48 64 12
x · 12 = 192 ⇔ x = 192 : 12 ⇔ x = 16
PENSO E RESOLVO
1. Sabendo que a e b são inversamente proporcionais, indica a constante de
proporcionalidade.
Copia e completa as tabelas:
a. b.
0,05 0,2 1,5 3
a a ᎏᎏ 60
4
b 30 3 1
b 8 0,5 ᎏᎏ
12
2. Na tabela, está registado o número de garrafas que posso usar para esvaziar
um bidão de óleo e as respectivas capacidades.
N.o de garrafas (n) N.o de veículos
6 2
8 1,5
12 1
16 0,75
24 0,5
2.1 Prova que se trata de uma situação de proporcionalidade inversa.

2.2 Qual a constante de proporcionalidade? Qual o seu significado?
2.3 Se tivesses usado garrafas de 4 litros, quantas enchias?
3. Na tabela seguinte registaram-se os comprimentos e as larguras, em centíme-

tros, de rectângulos cujas superfícies são equivalentes.
NOTA
c (comprimento) 4 8 12 24
Superfícies equivalentes
têm a mesma área.
ᐉ (largura) 15 7,5 5 2,5
3.1 Verdadeiro ou falso?

a. Duplicando o comprimento, a largura reduz-se a metade.
b. Triplicando a largura, o comprimento triplica.
c. O comprimento e a largura destes rectângulos são inversamente pro-
porcionais.
d. A constante de proporcionalidade é 3,75.
e. A constante de proporcionalidade representa a área dos rectângulos.
3.2 Um rectângulo, cuja superfície seja equivalente à dos rectângulos dados e
que tenha 0,6 cm de largura, que comprimento tem?
86

A Filipa, observando a tabela seguinte, afirmou:
«A altitude e a pressão são inversamente proporcionais porque a pressão
diminui quando a altitude aumenta.»
Terá razão? Justifica a tua resposta.
Pressão (cm de Hg) 76 74 70 65
Altura (m) 0 250 620 1000

Repara como este homem consegue trans-
portar uma carga de 15 kg, fazendo apenas
uma força de 5 kg!
A força necessária, exercida em A, para A C B
levantar um peso (valor constante) depende
da distância do ponto de apoio C ao ponto em ↓
que se exerce a força. 5 kg
Construindo uma tabela, mostra que, nesta

situação, as distâncias ao ponto fixo C e as ↓
forças aplicadas em A e B são grandezas 15 kg
inversamente proporcionais.
Se a carga a transportar duplicar e a distân-
cia de A a C for igual, que força terá de exer-
cer este homem?
Função de proporcionalidade inversa

O produto de dois números positivos é 4. Que números podem ser? NOTA
Função – correspondência
Se representarmos por x e y esses números, podemos escrever: entre duas variáveis, em
4 4 que a cada valor da
x · y = 4 ⇔ x = ᎏᎏ ⇔ y = ᎏᎏ variável independente
y x corresponde um, e um só,
Se escrevermos: valor da variável
dependente.
y é função de x
4
y = ᎏᎏ
x
é a expressão algébrica ou analítica da função de propor-
4
cionalidade inversa que a x faz corresponder y = ᎏᎏ
x
ou seja,
4
x y = ᎏᎏ função de proporcionalidade inversa, onde:
x
• x – variável independente;
• y – variável dependente.
Vamos definir a função de proporcionalidade inversa, cuja expressão analítica é

4
y = ᎏᎏ, de outras formas:
x
Por uma tabela Por um gráfico
Atribuímos valores a x e calculamos y. A cada par de números

4 (x, y) da tabela vai cor-
• Se x = 0,5 vem y = ᎏᎏ .
0,5 responder um ponto,
4 num sistema de eixos
• Se x = 1 vem y = ᎏᎏ .
1 cartesianos.
…
O gráfico da função de
proporcionalidade
4
x 0,5 1 1,6 2,5 4 … inversa x y = ᎏᎏ é
x
8 4 2,5 1,6 1 … um ramo de uma curva
y chamada hipérbole.
As coordenadas (x, y)
de qualquer ponto
desta curva são solu-
ções de x · y = 4.
4
No exemplo que acabaste de estudar, para a função x y = ᎏᎏ , considerámos
x
apenas valores positivos, tendo em conta o enunciado do problema.
No entanto, no estudo de uma função de proporcionalidade inversa, do tipo

k
x y = ᎏᎏ , podemos atribuir a x qualquer valor positivo ou negativo (excepto
x
zero).
88
Vamos representar graficamente duas funções:
k>0 k<0
12 12
x 哭 y = ᎏᎏ x 哭 y = – ᎏᎏ
x x
O gráfico desta função é uma hipérbole, que O gráfico desta função é uma hipérbole, que
se encontra nos 1. o e 3. o quadrantes e é se encontra nos 2. o e 4. o quadrantes e é
simétrica em relação à origem do sistema simétrica em relação à origem do sistema
de eixos cartesianos. de eixos cartesianos.
k
Uma função de proporcionalidade inversa é do tipo: x 哭 y = ᎏᎏ
x
Onde:
• k ≠ 0 – constante de proporcionalidade inversa;
• x – variável independente;
• y – variável dependente.
A função de proporcionalidade inversa pode ser definida por:
k
• uma expressão algébrica ou analítica → y = ᎏᎏ ;
x
• uma tabela;
• um gráfico – o gráfico de uma função de proporcionalidade
inversa é uma curva chamada hipérbole.
PENSO E RESOLVO
1. Observa o gráfico de g(x).
1.1 A função g(x) representada no gráfico é de pro- NOTA
porcionalidade inversa? Justifica. k
y = ᎏᎏ , k ≠ 0
x
1.2 Indica a constante de proporcionalidade. função de
proporcionalidade
1.3 Escreve a expressão analítica de g(x). inversa
x 0,5 1 3 6
g(x)
1.5 Qual a imagem de 5 por g(x)?
2. Observa os gráficos de f (x) e g (x).
2.1 Justifica as afirmações:

• «f (x) não é função de proporcionalidade inversa».
• «g (x) é função de proporcionalidade inversa».
2.2 Escreve a expressão analítica de g(x).
2.3 Copia e completa a tabela.
x 0,5 1 4
g(x) 2 0,5

• f (3) = … • f (…) = 4 • g (…) = 3
90
NOTA 3. Matemática e Ciências Físico-Químicas
Lei de Boyle-Mariotte: Observa a tabela seguinte, onde se registaram o volume e a pressão de uma
Os volumes de uma dada certa massa de gás à temperatura constante:
massa de gás, à mesma
temperatura, estão na razão
Pressão (P) em cm de mercúrio 60 30 20 15
inversa da pressão que
suportam.
Volume (V) em litros 7,5 15 22,5 30
3.1 Diz como varia o volume de um gás, se a pressão, a temperatura cons-

1 1 1
tante, se reduzir para ᎏᎏ, ᎏᎏ e ᎏᎏ.
2 3 4
3.2 Diz como varia a pressão, a temperatura constante, se o volume passar
para o dobro, triplo e quádruplo.
3.3 Sabemos que V é função de P.
a. Escreve a expressão analítica dessa função.
b. Calcula V(10).
4. O produto de dois números é 12.

4.1 Designando os números por x e y, escreve uma expressão que os relacione.
4.2 ustifica a afirmação: «x e y são inversamente proporcionais».
12
4.3 Considerando a função de proporcionalidade inversa: x y = ᎏᎏ, copia e
x
completa a tabela.
x –3 –2 –1 1,5 2 3
4.4 Representa graficamente a seguinte função de proporcionalidade inversa

12
x y = ᎏᎏ.
x

Na tabela, registaram-se as velocidades médias de um automóvel e os tempos
gastos em percorrer uma certa distância.
Velocidade média (km/h) 105 70 35 30 20
Tempo (horas) 2 3 6 7 10,5
5.1 Verifica se há proporcionalidade inversa entre as velocidades média e os

tempos respectivos.
5.2 Qual a constante de proporcionalidade? Qual o seu significado?
5.3 A velocidade média é função do tempo. Escreve a expressão analítica
desta função.
5.4 Se a velocidade média do automóvel for de 140 km/h, quanto tempo leva a
percorrer aquela distância?
6. Numa prova de ciclismo, os concorrentes têm de percorrer 60 quilómetros.

O gráfico seguinte representa a velocidade média, em km/h, e o tempo, em
horas, gasto por cada ciclista.
6.1 Justifica que existe proporcionalidade inversa
entre as grandezas v e t.
6.2 Qual a constante de proporcionalidade e qual o
seu significado?
6.3 Escreve a expressão analítica da função.
6.4 Se a velocidade média fosse de 20 km/h, que
tempo demorava o ciclista a fazer o percurso?
6.5 Se o ciclista demorou 12 horas a fazer o per-
curso, qual a sua velocidade média?
Análise de gráficos
Problema 1:
Pelo aluguer de uma enceradora pagou-se 1000
escudos de entrada e 200 escudos por cada hora.
A função que traduz esta situação é:
t y = 200t + 1000
92
Vamos representar esta função por um gráfico.
x (tempo em horas) 0 1 5
y (custo em escudos) 1000 1200 2000
y
• O quociente ᎏᎏ não é constante:
t
0 1 5
ᎏᎏ
ᎏ ᎏ≠ᎏᎏᎏᎏ≠ᎏᎏᎏᎏ
1000 1200 2000
Não é proporcionalidade directa.

• O produto dos valores correspondentes a t e a y não é constante:
0 × 1000 ≠ 1 × 1200 ≠ 5 × 2000
Não é proporcionalidade inversa.
• O gráfico não é um conjunto de pontos alinhados com a origem, ou seja, não é
uma recta que passa na origem.
• O gráfico não é uma hipérbole.
Conclusão: O custo do aluguer desta máquina em função do tempo não é função
de proporcionalidade directa nem inversa.
Problema 2:
Um camião cisterna que continha 10 000 litros de gasolina foi esvaziado em
50 minutos.
A tabela mostra a quantidade de gasolina, na cisterna, de 10 em 10 minutos.
Tempo (em minutos) 0 10 20 30 40 50
Gasolina na cisterna (em litros) 10 000 6000 3000 1500 500 0
Vamos analisar esta função e representá-la graficamente.

• O quociente de valores correspondentes não é constante, logo, não é propor-
cionalidade directa.
• À medida que o tempo aumenta, o número de litros de gasolina diminui, mas
o produto de valores correspondentes não é constante, logo, não é proporcio-
nalidade inversa.
A informação dada na tabela pode, como já sabes, ser dada por um gráfico, do
qual podes tirar as mesmas conclusões.
• O gráfico não é uma recta a passar na origem, logo, não é proporcionalidade

directa.
• O gráfico, embora seja uma curva, não é uma hipérbole (xy não é constante)
logo, não é proporcionalidade inversa.
Conclusão: A quantidade de gasolina na cisterna em função do tempo não é
nem função de proporcionalidade directa nem inversa.
PENSO E RESOLVO
1. Averigua se as variáveis (x e y) são directamente proporcionais.
1.1
x 2 4,5 5,2 7 7,6 8,5
y 5,3 11,925 13,78 18,55 20,14 22,525
1.2
x 2 3 5 7
y 4,94 7,43 12,55 17,29
1.3
N.o de fotocópias (x) 50 130 200 220
Preço em escudos (y) 375 650 1000 880
2. A tabela relaciona a capacidade de frascos de perfume

com o respectivo preço.
Volume em mᐉ 300 150 100
Preço em escudos 10 800 5300 3300

94
2.1 Trata-se de uma proporcionalidade directa?

2.2 O que será mais vantajoso, comprar um frasco com 300 mᐍ de perfume ou
três frascos de 100 mᐍ?
3. Na tabela estão representados os perímetros, em centímetros, de vários círcu-

los e os raios respectivos (usou-se 3,14 como valor aproximado de π).
Raio (cm) 3,5 6 7,5 9
Perímetro do círculo (cm) 21,98 37,68 47,1 56,52
3.1 Que tipo de proporcionalidade existe entre as grandezas perímetro e raio?

Justifica a resposta.
3.2 Qual a constante de proporcionalidade e o que representa?
3.3 Qual o perímetro de um círculo cujo raio é 7 cm?
3.4 Se o perímetro de um círculo é 75,36 cm, qual é o raio?
4. Alguma das funções seguintes é de proporcionalidade directa? Justifica a res-

posta.
5. Dadas as funções:
3
x y = ᎏᎏ x
2
x y = 2x + 1
4
x y = ᎏᎏ
x
x y = 2x 2
Indica quais:
5.1 São de proporcionalidade directa.
5.2 São de proporcionalidade inversa.
5.3 Têm por gráfico uma recta que não passa na origem.
16
6. Determina graficamente o ponto de intersecção da hipérbole y = – ᎏᎏ com a
x
recta y = –x .
7. Dadas as funções f (x) e g (x):

• «f (x) é função de proporcionalidade directa».
7.2 Escreve a expressão analítica de f (x).
7.3 Escreve a expressão analítica de g (x).
7.4 Copia e completa as tabelas:
x 1 2 3 x –2 –1 1 2
f(x) g(x)
8. Copia e completa as tabelas, sabendo que:

8.1 8.2
x 1,5 6 a 0,2 0,8 1,5
y 2,25 0,3 b 70 0,14 0,42
x e y são inversamente pro- a e b são directamente propor -

porcionais. cionais.
9. Na tabela seguinte, registaram-se os alongamentos sofridos (em centímetros)

por uma mola em função das forças aplicadas.
Força (g) 20 30 50 70
Alongamento (a) 3 4,5 7,5 10,5
9.1 As grandezas estão relacionadas por uma proporcionalidade inversa ou

directa? Justifica a resposta.
96
9.2 Qual a constante de proporcionalidade e qual o seu significado?

9.3 Se o alongamento for 6 cm, qual a força aplicada na mola?
10. Qual dos gráficos traduz uma situação de proporcionalidade directa?

E inversa? Determina as respectivas constantes de proporcionalidade.
a. b. c. d.
Numa pequena composição, explica, para cada um dos outros dois gráficos, a
razão pela qual não os escolheste.
11. O gráfico representa parte da viagem de um ciclista.

11.1 O ciclista parou ao fim de quanto tempo?
Quanto tempo esteve parado?
11.2 Calcula a velocidade média do ciclista antes
da paragem.
11.3 Copia e completa o gráfico, sabendo que após
a paragem o ciclista andou a 21 km/h, durante
uma hora.
12. Usa o quadriculado para desenhar um gráfico que

traduza a corrida do Tó:
• Saiu de casa e correu 8 km, na primeira hora.
• Descansou meia-hora.
• Regressou a casa, percorrendo 8 km, numa hora e
meia.
13. Uma máquina deita sumo em três tipos de recipientes com a mesma regularidade.
No gráfico, cada recta representa a altura atingida pelo sumo, em cada pacote,
em função do tempo de enchimento.
Faz a correspondência entre pacotes de sumo e gráficos:

I→… II → … III → …
14. Escreve um pequeno texto sobre cada um dos gráficos.
15. O gráfico representa a corrida de 1000 m feita pelo Zé e pelo Tó.
15.1 O que se passou ao fim de três minutos?

15.2 Quem liderou a corrida nos três primeiros minutos?
15.3 Quem ganhou a corrida? Com que tempo?
98
2.3.7 Funções afins

Gráfico da função x kx + b
Num laboratório, mediu-se a
temperatura de um líquido à
medida que este aquecia e fez-
se o registo numa tabela.
Vamos descobrir qual a
expressão algébrica desta fun-
ção. Observa a sequência de
valores das variáveis:
x → tempo em minutos;
y → temperatura em oC.
x 0 1 2 3 4 5

+1
+1
+1
+1
+1
x 0 1 2 3 4 5
y 10 + 2 × 0 10 + 2 × 1 10 + 2 × 2 10 + 2 × 3 10 + 2 × 4 10 + 2 × 5

+2 +2 +2 +2 +2
Observa que, se x aumenta 1 unidade, y aumenta 2 unidades. Então, a expressão

algébrica da função representada na tabela é:
y = 10 + 2x ou seja y = 2x + 10
Vamos representar graficamente a função y = 2x + 10 utilizando os

valores da tabela.
O gráfico de y = 2x + 10 é uma recta
que não passa na origem do sistema
de eixos.
y = 2x + 10
declive da recta ordenada

(quando x na origem
aumenta 1, (valor de y,
y aumenta 2) quando x = 0)
Outros exemplos de funções xkx + b:

1. xx + 2 2. x–3x + 4
x 1 2 3 x –1 0 1
y 3 4 5 y 7 4 1
y = 1x + 2 y = –3x + 4
declive ordenada declive ordenada

na origem na origem
3. x – x + 1 e x – x + 3
y = –x + 1
x 0 1 2
y 1 0 –1 declive –1
y = –x + 3
x –1 0 1
y 4 3 2
declive –1
Estas rectas têm o mesmo declive, k = –1, logo, são rectas paralelas.
• As funções y = kx + b ou xkx + b são funções afins.

• O gráfico é uma recta que corta o eixo dos yy no ponto (0, b). k é o declive
da recta.
• Rectas com o mesmo declive são paralelas.
100
Determinação de objectos e imagens

Contradomínio de uma função • conjunto das imagens.
a. Escreve de diferentes formas a expressão algébrica da função f, que a cada
elemento x do domínio faz corresponder a soma do dobro de x com uma
unidade.
b. Completa: • f(3) = … • f(…) = 17
Resolução
a. x 2x + 1 ou f(x) = 2x + 1 ou y = 2x + 1 ou xf(x) = 2x + 1
f
b. • f(3) = 2 × 3 + 1 = 7 • 2x + 1 = 17 ⇔ 2x = 16 ⇔ x = 8
PENSO E RESOLVO
1. Escreve de outra forma a função:
1.1 g, que a cada elemento do domínio faz corresponder a diferença entre o
seu dobro e três.
1.2 h: x–3x + 1
1
1.3 Sendo t(x) = –1 – ᎏᎏ x , escreve t (x) de outra forma.
2
冢冣
1
• t (0) = … • t (–1) = … • t – ᎏᎏ = … • t (…) = –2 • t (…) = 4
2
2. Considera a função:
f : AB sendo A = {20, 21, 22, 23}
xy = x + 1 B = {20, 21, 22, 23, 24}
2.1 Qual a imagem por f de 22?
2.2 Qual é o objecto cuja imagem por f é 21?
a. f (21) = …
b. f (…) = 24
2.4 Indica o domínio e o contradomínio de f.
2.5 Escreve em linguagem simbólica: «f de 21 é 22».
1
3. Dadas as funções: xᎏᎏ x2 x3x – 2 x–2x – 1
4
f g h
3.1 Calcula f (0) e f (4).
冢冣
1
3.2 Calcula g (–1) e g – ᎏᎏ .
2
冢冣
1
3.3 Calcula h(–3) e h – ᎏᎏ .
2
3.4 Qual o objecto cuja imagem por h é –2?
3.5 Haverá algum objecto x cuja imagem por g e h seja a mesma?
3.6 Justifica a afirmação, utilizando a expressão algébrica da função:
«O ponto (2, 4) pertence ao gráfico da função g(x).»
4. Copia e completa a seguinte tabela de valores para a função y = 3x – 5.
y –8 –2 1 4 7 16
5. Seja a função f (x) = 2x – 1.

x –2 –1 0
f(x) 9 5 0
5.2 Representa graficamente a função.
6.
6.1 Copia e completa a tabela, sendo y = 2x – 6.
x 0 2 3 6
6.2 Usa a resposta anterior para indicar as coordenadas de dois pontos do

gráfico da função y = 2x – 6.
6.3 Representa graficamente a função y = 2x – 6.
6.4 Completa as coordenadas de P, Q e R, pontos do gráfico da função:
x3 – x
f
P (–3, …) Q (1, …) R (…, 1)
102
6.5 No mesmo sistema de eixos cartesianos, onde representaste a função

y = 2x – 6, representa graficamente a função f (x) = 3 – x.
6.6 Indica as coordenadas do ponto que pertence aos dois gráficos anteriores.
7. Representa graficamente as funções:

3 1
7.1 xx + 2 7.2 x–2x + 3 7.3 xᎏᎏ x + 3 7.4 x4 – ᎏᎏ x
2 3
8. Considera as funções definidas por: f (x) = –2x – 1 g(x) = –2x + 3.

8.1 Calcula:
f(0) + g(–1)
ᎏᎏ
2 × f (0)
8.2 Qual a imagem do objecto 3 por f ?

8.3 Qual o objecto cuja imagem por g é 0,5?
8.4 Haverá algum objecto cuja imagem por f e g seja a mesma?
8.5 Verifica algebricamente se o ponto P (1, 7) pertence ou não ao gráfico da
função g.
8.6 Representa graficamente a função g.
Da tabela… à expressão algébrica
Descobre a expressão algébrica de uma função xkx + b, a que pertencem os
pontos (x, y) da tabela.
x 0 1 2 3
y 3 5 7 9
Resolução
• Se para x = 0 → y = 3, isto é, a ordenada na origem é 3 → b = 3.
• Observando a tabela, vemos que:
quando x aumenta uma unidade, y aumenta duas unidades
logo, o declive é positivo e igual a 2 → k = 2
Então, a função é: x kx + b isto é x2x + 3
↓ ↓
2 3
PENSO E RESOLVO
1. Descobre a expressão algébrica de uma função x kx + b, a que pertencem os
pontos (x, y) da tabela.
1.1
x 0 1 2 3 4 5
f(x) 6 2 –2 –6 –10 –14
1.2
x –2 0 1 2
y 5 6 6,5 7
2. Uma avioneta, que voa a 30 000 pés, inicia a descida para a aterragem à velo-
cidade constante de 2000 pés por minuto.
Observa o gráfico:
2.1 Escreve a expressão algébrica da função que relaciona a altura a que se

encontra a avioneta em função do tempo de descida.
2.2 Quantos minutos demora a descida?
2.3 Trata-se de uma função afim linear?
3. Observa o gráfico das funções f, g e h.

3.1 Para cada uma das rectas, indica a ordenada
na origem.
3.2 Escreve a expressão algébrica das funções
f, g e h.
3.3 Qual das funções é de proporcionalidade
directa?
Indica a constante de proporcionalidade.
104
4. No gráfico, o lucro é função do número de

quartos ocupados por dia, num hotel com 30
quartos.
4.1 Nesta situação, explica o significado de
(0, –250).
4.2 Qual o número mínimo de quar tos que
devem ser ocupados para não haver pre-
juízo?
4.3 Se num dia, a ocupação for de 100%, qual
é o lucro?
4.4 Escreve a expressão algébrica que define esta função.
Gráfico da função xb

Sejam as funções:
y=2 y = –1
• é uma função do tipo xkx + b • é uma função do tipo xkx + b
com k = 0 (declive nulo) com k = 0 (declive nulo)
b=2 b = –1
• qualquer objecto x, nesta função, tem • qualquer objecto x, nesta função, tem
por imagem 2. por imagem –1.
Graficamente:
x 1 2 3 x –2 –1 0
y 2 2 2 y –1 –1 –1
• As funções y = b ou x b designam-se por funções afins constantes.

• O gráfico é uma recta paralela ao eixo dos xx que corta o eixo dos yy no ponto
(0, b).
PENSO E RESOLVO
1. Observa a tabela da função f e o gráfico de função g:
x f(x)
1 –2
2 –2
3 –2
1.1 Qual a imagem de qualquer objecto em f ? E em g?

1.2 Escreve as expressões algébricas das funções f e g.
1.3 Qual o contradomínio de f ? E de g?
2. Num clube de golfe, os sócios pagam 20 000$00 por ano, qualquer que seja o
número de partidas que joguem, e os não sócios pagam 2200$00 por partida.
A expressão que indica a despesa D efectuada por um sócio que joga n parti-
das por ano é:
D = 20 000
2.1 Constrói o gráfico da função D = 20 000.

2.2 Copia e completa a expressão
D=…
para o não sócio que joga n partidas por ano.
No mesmo sistema de eixos, representa esta função.
2.3 O João vai muitas vezes jogar golfe. Analisa o gráfico para descobrires o
número de vezes a partir do qual passa a ser vantajoso, para o João,
tornar-se sócio.
106
3. De entre as funções, representadas no mesmo gráfico, indica:

3.1 Funções de propor cionalidade
directa (y = kx).
3.2 Funções do tipo y = b .
3.3 Funções do tipo y = kx + b.
4. Para cada função, qual a representação gráfica que lhe corresponde?

f (x) = 3x
g (x) = x – 3
h (x) = –x + 3
i (x) = –3
5. Para dez concertos rock, a tarifa é:

(I) Um bilhete único de … escudos para assistir aos espectáculos que se quiser.
(II) Um pagamento inicial de … escudos por cada espectáculo a que se assista.
(III) … escudos por cada concerto a que se assista.
5.1 Indica quais os gráficos correspondentes às situações (I), (II) e (III).

5.2 Qual a situação mais vantajosa se se quiser assistir a:
• 2 espectáculos?
6. Números cruzados
Horizontais:
1. A constante de proporcionalidade em f(x) = 25x; imagem do objecto –3 pela
função y = –4x.
1
2. g(2) sendo g(x) = – ᎏᎏ x + 4; a imagem de 5 em h(x) = 1; o quadrado de –3.
2
3. Os elementos do domínio da função representada no gráfico ao lado (colo-
cados por ordem crescente).
4. A ordenada na origem da recta que representa o gráfico de f (x) = –x + 13; o
objecto que tem a mesma imagem por h (x) = 3x – 30 e g(x) = 2x + 5.
5. Ordenada do ponto em que a recta que representa f(x) = 2x corta o eixo
dos yy; g (10) sendo g(x) = x2 + 24.
Verticais:
A. A abcissa de um ponto de ordenada 5 que pertence ao gráfico de h(x) =
= x – 18; a imagem de –3 pela função m(x) = 10.
B. O tempo em horas que demora a percorrer 30 km à velocidade de 6 km/h;
t (20) sendo t (x) = x + 3.
C. A medida da hipotenusa de um triângulo rectângulo cujos catetos são
12 cm e 5 cm; (–1)0.
D. f (3) sendo f (x) = 1; a imagem de 20 na função y = x2 + 32.
E. f (–25) + f (4) sendo f (x) = x + 25; a distância percorrida por um móvel em
duas horas à velocidade constante de 27 km/h.
108
RECORDAR...
π Função Correspondência entre duas variáveis em que a
cada valor da variável independente corresponde
um único valor da variável dependente.
π Objectos Valores que toma a variável independente.
π Imagem Transformado de cada objecto.
π Domínio da função Conjunto dos objectos.
π Contradomínio da função Conjunto das imagens.
π Modos de representar uma função • tabela;
• gráfico;
• expressão algébrica.
Tipo Expressão
Gráfico Características
de função algébrica
• k — declive;
y = kx
Afim • recta que passa na
linear origem do sistema de
(k ⫽ 0)
eixos.
• k — declive;
Afim y = kx + b
• b — ordenada na origem.
• k = 0 (declive nulo);
Afim
y=b • recta paralela ao eixo
constante
dos xx .
π Dadas duas grandezas, x e y , diz-se que y é directamente

x 2 3
proporcional a x , quando é constante o quociente dos valores de y
y 4 6
pelos valores correspondentes de x . A constante de proporciona-
lidade é o quociente: 4 6
ᎏᎏ = ᎏᎏ = 2
valor de y 2 3
ᎏ ᎏᎏᎏᎏ
valor correspondente de x constante
π O gráfico de uma proporcionalidade directa é constituí-

do por pontos alinhados com a origem do sistema de eixos.
Sempre que se podem unir os pontos obtém-se uma recta
que passa na origem.
π Um ponto do plano é representado por um par ordenado de

números, chamados coordenadas do ponto.
a
π A razão de a para b (b ⫽ 0) é o quociente a : b ou ᎏ
b ,
A (2, 4)
onde a é o antecendente e b o consequente.
abcissa ordenada
π Uma proporção é uma igualdade entre duas razões. Numa
ios
proporção: me
1 12
ᎏᎏ = ᎏ ᎏ
– o produto dos meios é igual ao produto dos extremos; 4 48 ex
tre
mo
– qualquer meio (extremo) é igual ao produto dos extremos s
(meios) a dividir pelo outro meio (extremo).
π Completar uma tabela de proporcionalidade directa:
3 7,5
21 x
Pela constante Pelas proporções Pela regra de três simples

3 7,5
21 : 3 = 7 ᎏ=ᎏ 3 — 21
21 x
7,5 — x
logo 7,5 × 7 = x
3 × x = 21 × 7,5
7,5 × 21
assim x = 52,5 x= ᎏ
21 × 7,5 3
x= ᎏ
3
x = 52,5
x = 52,5
π Percentagem é uma razão em que o consequente é 100.

π Escala é a razão entre o comprimento no desenho e o comprimento real correspondente.
Exemplo: significa que 1 cm no desenho representa 50 m na realidade, ou seja,

5000 cm.
1
ᎏ .
Logo, a escala numérica é 5000 As medidas no desenho são directamente
proporcionais às medidas reais.
110
π Variáveis inversamente proporcionais

• O produto dos valores correspondentes das duas variáveis é constante, diferente de zero.
Velocidade (km/h) 120 90 60
Tempo (horas) 3 4 6
120 × 3 = 90 × 4 = 60 × 6 = 360
↓
constante
π Função de proporcionalidade inversa

k
• Função do tipo x y = ᎏᎏ (com k constante e k ≠ 0)
x
O gráfico é uma hipérbole.
π Variáveis directamente proporcionais

• O quociente entre os valores correspondentes das duas variáveis, tomadas na mesma
ordem, é constante.
x 4 6 8 12
ᎏᎏ = ᎏᎏ = 2 → constante
y 8 12 4 6
π Função de proporcionalidade directa

• Função do tipo x y = kx
O gráfico é constituído por pontos

que se situam sobre uma recta
que passa na origem do sistema
de eixos.
RESOLVER...
1. Um copo com a forma de um prisma octogonal tem 7 cm de altura e 140 cm3
de volume.
a. Calcula o volume de água no copo se a altura de água for 5 cm. Explica
o teu raciocínio.
b. Seja h a altura de água no copo, em centímetros, e V o volume de água
correspondente, em centímetros cúbicos. Completa a tabela e o gráfico:
h (cm) V (cm3)
7
2. Observa os preços para um mesmo computador, em três lojas diferentes.
Em qual das lojas o computador é mais barato? Explica.
3. Na figura ao lado, observa que a planta da sala comum da

casa da Joana, composta pelas salas de estar e de jantar,
à escala 1 : 150, é um rectângulo com 5 cm por 3 cm.
Mostra que a área desta sala é de 33,75 m2.
PROJECTO
Fazer uma planta de um apartamento com 100 m2 de área, sabendo que os dois quartos devem
ocupar 30% da área total e a sala comum 25% da área total.
Não te esqueças que o apartamento tem casa de banho, cozinha, hall e corredor.
Escolhe uma escala e indica-a.
112
AUTO-AVALIAÇÃO
1.a Parte • Exercícios de escolha múltipla
1. O domínio da função f definida pela tabela ao lado é:
x 0 1 3
a. {1,5; 2,5; 4,5} c. {0; 1,5; 1; 2,5; 3; 4,5}
y 1,5 2,5 4,5
b. {0, 1, 3} d. {0, 3}
2. O contradomínio da função representada graficamente é:

a. {0, 1, 2, 3} c. {0, 1, 2, 3, 4}
b. {1, 2, 3, 4} d. {1, 2, 3}
3. O gráfico que não representa uma função é:

a. b. c. d.
4. Sendo f(x) = 3x, então a imagem do objecto –5 é:

3
a. 8 b. –15 c. – ᎏᎏ d. 15
5
5. Sendo g(x) = –0,5x, então –2 é imagem do objecto:

5
a. 4 b. 1 c. ᎏᎏ d. – 4
20
1
6. A representação gráfica da função y = – ᎏᎏ x é:
2
a. b. c. d.
7. O gráfico da função s(x) = 2 – 3x intersecta o eixo dos yy no ponto de ordenada:

a. –3 b. 0 c. 2 d. –2
Indica a resposta correcta: a., b., c. ou d..
8. Em qual das tabelas, as grandezas P e Q são directamente proporcionais?

a. c.
P 2 4,5 6 P 12 25 38
Q 8 18 20,5 Q 6 12,5 20
P 7 10,5 8 P 6 18 40
b. Q 21 37,5 24
d. Q 1,5 4,5 10
9. Na tabela de proporcionalidade directa:
0,8 4 b
a 10 50
9.1 O valor de a é:
a. 1 b. 2 c. 3 d. 4
9.2 O valor de b é:
a. 10 b. 15 c. 20 d. 25
10. À velocidade constante, um ciclista percorre 45 km em 3 horas. Mantendo a velocidade, que

distância percorre em 4,5 horas?
a. 22,5 km b. 67,5 km c. 90 km d. 202,5 km
11. Qual é a escala num mapa em que 3 cm correspondem a 4,5 km?

a. 1 : 45 b. 1 : 15 c. 1 : 150 000 d. 1 : 1 500 000
12. Na figura seguinte encontram-se representados quatro gráficos numerados de 1 a 4.

Qual é o gráfico que não é de proporcionalidade directa?
a. 1 c. 3
b. 2 d. 4
114
AUTO- AVALIAÇÃO
13. O Tó, com a sua semanada, pode comprar cinco livros a 160$00 cada um. Quantos livros, a
220$00 cada, poderá comprar com a mesma semanada?
a. 3 b. 2 c. 4 d. 5
14. Um pátio rectangular tem 12 m de comprimento e 15 m de largura. Qual deverá ser o com-
primento (em metros) de outro pátio, com a mesma área do primeiro e 18 m de largura.
a. 15 b. 12 c. 10 d. 24
15. Um automobilista circula a uma velocidade média de 60 km/h, percorrendo a distância entre
duas cidades em três horas. Se na viagem de regresso fizer o mesmo trajecto, à velocidade
média de 48 km/h, quantas horas vai demorar?
a. 2,5 b. 5,25 c. 3,75 d. 4,5
2
16. A representação gráfica da função de proporcionalidade inversa que a x associa ᎏᎏ é:
x
a. c.
b. d.
17. Qual das seguintes funções não é de proporcionalidade directa nem de proporcionalidade
inversa?
5 3
a. x ᎏᎏ b. x ᎏᎏx c. x 5x d. x 2x + 1
x 2
18. Um artigo de 8400$00, em saldo custa 6720$00. O desconto, em percentagem, é de…

a. 30% b. 15% c. 20% d. 25%
115
2.a Parte
1. O gráfico representa a viagem que a Teresa fez para ir, de bicicleta, à vila mais próxima com-
prar livros. Observa o gráfico e responde:
1.1 A que distância da vila vive a Teresa?

1.2 Quanto tempo demorou a chegar à vila?
1.3 Quanto tempo gastou nas compras?
1.4 Quanto tempo demorou a viagem?
1.5 A que horas chegou a casa?
1.6 Qual a velocidade da bicicleta, na viagem de regresso a casa?
1.7 Sendo g(t) a função representada no gráfico, indica:
a. A variável independente. c. A variável dependente.
b. O valor de t tal que g(t) = 2. d. A imagem por g do objecto 18.
2. O aluguer de um tractor implica um custo fixo de 550$00, mais 770$00 por cada hora de uti-
lização.
2.1 Copia e completa a tabela e diz se traduz uma situação de proporcionalidade directa.
Tempo (horas) 0 1 2 3
Custo (escudos) 550$00
2.2 Representa graficamente a função.

2.3 O Sr. Norberto utilizou o tractor e pagou 85$00. Quantas horas o utilizou?
116
AUTO- AVALIAÇÃO
3. Assinala com X o gráfico que pode ilustrar a relação entre a altura e a idade de uma pessoa,
desde que nasce até atingir os 50 anos de idade.
Numa pequena composição, explica, para cada um dos outros três gráficos, a razão pela qual
não os escolheste.
4. Observa a tabela seguinte:
Número de cotonetes 40 60 100 200
Preço (escudos) 0,18 0,27 0,45 0,90
4.1 O preço é directamente proporcional ao número de cotonetes? Justifica a tua resposta.

4.2 Representa graficamente os dados da tabela num sistema de eixos como o da figura.
4.3 Confirma pelo gráfico a resposta à alínea 4.1.

4.4 Indica a constante de proporcionalidade neste caso e explica o seu significado.
4.5 Qual o preço de 80 destes cotonetes?
4.6 Quantas cotonetes compro com 0,54 escudos?
117
5. Um armazém está em saldos.

5.1 A partir do gráfico abaixo, completa a tabela:
Preço inicial (escudos) 50
Desconto (escudos) 40 70
5.2 O desconto é directamente proporcional ao preço inicial? Porquê?

5.3 Quanto pagarei por um artigo que inicialmente custava 170 escudos?
5.4 Ao comprar um artigo, poupei 90 escudos. Qual era o seu preço inicial?
6. Num mapa à escala 1 : 1 000 000, a distância entre duas cidades é 6,2 cm. Qual é a distân-
cia real entre as duas cidades?
7. Observa as representações gráficas das funções f (x), g (x) e h (x).

118
AUTO- AVALIAÇÃO

• «f (x) é função de proporcionalidade directa».
• «h (x) é função, mas não é de proporcionalidade directa nem inversa».
7.2 Escreve a expressão analítica de f (x).
7.3 Escreve a expressão analítica de g (x).
7.4 Copia e completa as tabelas para as funções f (x) e g (x):
x 1 2 3 x 1 2 5 10
f(x) g(x)
7.5 Completa:
冢冣
5
• h (2) = … • f (10) = … • g ᎏᎏ = …
2
• g (…) = 4 • f (…) = 5… • h (…) = 3
JÁ SEI...
© Dar exemplos de correspondências na Matemática, noutras ciências e em situações do dia-

-a-dia.
© Identificar, entre várias correspondências, as que são funções.

© Reconhecer objecto e imagem numa função.
© Identificar domínio e contradomínio de uma função.
© Passar de um tipo de representação de funções para outro, usando tabelas, gráficos e
expressões algébricas.
© Interpretar e construir tabelas e gráficos relativos a funções do tipo: xkx, xkx + b e

xb.
© Reconhecer uma função de proporcionalidade directa.

© Relacionar a constante de proporcionalidade directa com o declive da recta numa função
do tipo xkx.
119
© Resolver problemas que envolvem funções.

© Investigar sobre alguns matemáticos que se dedicaram ao estudo das funções.
© Reconhecer uma situação de proporcionalidade directa e indico a constante de proporcio-
nalidade e o seu significado.
© Construir uma tabela ou gráfico cartesiano a partir de dados.

© Utilizar a noção de proporcionaliade directa para resolver problemas diversos.
© Resolver problemas utilizando a constante de proporcionalidade directa, as proporções ou
a regra de três simples.
© Explicar o significado de uma percentagem numa situação do dia-a-dia.

© Aplicar percentagens.
© Calcular percentagens.
© Utilizar a calculadora, tirando partido da tecla .
© Utilizar a noção de escala na interpretação de desenhos ou mapas.
© Resolver problemas que envolvam percentagens, escalas e câmbios.
© Reconhecer situações de proporcionalidade inversa e indico a constante de proporcionali-
dade.
© Representar funções de proporcionalidade inversa: pela sua expressão algébrica ou analítica,

por gráfico e por tabela.
© Completar tabelas de proporcionalidade inversa.

© Resolver problemas da vida corrente, da Matemática ou de outras ciências que envolvam
proporcionalidade inversa.
© Distinguir funções de proporcionalidade directa de funções de proporcionalidade inversa e

de outras funções que não são de proporcionalidade directa nem inversa.
© Aplicar conhecimentos de proporcionalidade directa na resolução de problemas que envol-

vam percentagens e escalas.
© Interpretar e explorar gráficos dados.

DESAFIOS
1. Qual é, na forma mais simples, a razão 2. O Zé tem 20% do dinheiro do Xico.

entre o número de divisores de 4 e o O Xico tem um quarto do dinheiro da
número de divisores de 12? Ana.
A Ana tem 125% do dinheiro do Tó.
O Tó tem 40 escudos.
Descobre quanto tem o Zé.
3. Imagina que a aresta do cubo represen-

tado aumenta 50%.
4. No labirinto só são permitidos
deslocamentos:
• Na horizontal, se for para outra repre-
sentação do mesmo número.
• Para cima, se for para um número
maior.
• Para baixo, se for para um número
menor.
Descobre o caminho.
Qual a razão entre a área total do novo
cubo e a do cubo dado?
Esta razão manter-se-á qualquer que
seja a aresta do cubo inicial?
5. Que comprimento deve ter este lápis

num desenho à escala 1 : 5?
escala 1 : 12

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TEORIA DE CONJUNTOS 22.1

2.1 RELAÇÕES BINÁRIAS ENTRE DOIS CONJUNTOS

O conjunto dos números dos alunos é A = {1, 3, 5, 7, 9}.

… é o número do(a) aluno(a)…

1 é o número da aluna Ana

R é uma relação binária de A em B ou apenas R é uma relação de A em B.

Exemplos de algumas relações comuns em Matemática:

2.1.2 Domínio e imagem de uma relação

2.1.3 Par ordenado

Para evidenciar a importância dessa ordem, passamos a falar de pares

2.1.4 Representações de relações

4. Diagrama sagital: Constroem-se os diagramas de VENN dos conjuntos A e B, e,

2.1.5 Produto cartesiano de dois conjuntos

À relação pertencem a todos os pares ordenados que se podem consti-

• A sua definição extensiva é:

A este conjunto de todos os pares ordenados que é possível construir de

Lê-se: «A vezes B» ou «A cartesiano B».

Sanduíche (laranjada, sanduíche) (leite, sanduíche)

Piza (laranjada, piza) (leite, piza)

Bolo (laranjada, bolo) (leite, bolo)

A×B laranjada leite

2.1.6 Cardinal do conjunto de produto cartesiano

• O produto cartesiano de dois conjuntos não é comutativo, isto é, A × B B × A.

Uma relação binária de A em B é sempre um subconjunto de A × B.

• Caso B = A, tem-se: A × B = B × A = A × A = A2, chamado quadrado cartesia-

2.1.7 Relações binárias num conjunto

2.1.8 Propriedades das relações

• Pertencem à relação todos os pares ordenados de termos iguais que é pos-

A relação anterior é reflexiva.

A relação anterior é simétrica.

Exercício: Desenha o seu esquema de verdade.

• É uma relação reflexiva. Porquê?

2.2 TIPOS DE RELAÇÃO

2.2.2 Relações inversas

O grafo de R–1 é o conjunto dos pares ordenados recíprocos de todos os pares

2.2.3 Relação identidade

2.2.4 Composição de duas relações

2. Dados os conjuntos A = {a, e, i, o, u} e B = {2, 3}, determina:

3. Completa utilizando um dos símbolos: «, , , ».

5. No conjunto {1, 2, 3, 4} definem-se as seguintes relações binárias:

6. Considera o seguinte grafo de uma relação binária reflexiva, definida num

7. Considera o conjunto {0, 2, 4, 6, 8} e desenha o diagrama sagital de cada uma

2.3 FUNÇÕES E PROPORCIONALIDADE

1.1 Um aumento de uma unidade no x que mudança provoca no y?

2. Quando suspendemos uma massa de um elástico, este sofre um alonga-

2.1 Um aumento de 1 grama, na massa, que aumento provoca no alongamento?

Estabeleceu-se uma correspondência entre triciclos e rodas. O número de NOTA

O conjunto de pares ordenados:

Outros exemplos de funções

• A correspondência entre cada pessoa e a sua idade em anos.

Idade em anos de…

No entanto, nem todas as correspondências são funções.

Desporto praticado por…

Dias de férias de…

• Dados dois conjuntos, A e B, chama-se função de A para B a toda a

f. Número de veículos que atravessaram uma ponte no 1.o semestre de 2001:

Mês N.o de veículos

Janeiro 4 101 534

Fevereiro 3 900 460

Março 4 385 311

Abril 4 297 985

Maio 4 630 934

3. Completa utilizando um dos símbolos: «, , , ».