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Nome: Carla Dos Santos Custódio

Professor: Alexander
Matéria: Optativa De Ética
Prova: Optativa de Ética

Como pensar uma ética sem a razão?

A escrita que ora se apresenta tem como pretensão pensar uma ética que não tenha a
razão como agente. Exposto o problema deste trabalho precisamos, primeiramente distinguir e
elucidar dois tipos de ética. Isto é, por um lado devemos explanar o que seja uma ética que tem
como orientação a razão e por outro lado, expor uma ética que não tem como guia a razão. Pois,
só assim compreenderemos o tema-objeto deste estudo.
Para isto, esta pesquisa tem como aporte teórico três perspectivas filósoficas, a saber:
Immanuel Kant na obra “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”, Friedrich Nietzsche no
livro “Crepúsculo dos Ídolos”, notadamente, no cápitulo “Moral como Anti-natureza”, Sigmund
Freud na escrita “O mal-estar na civilização”. Com os embasamentos teóricos supracitados
delineamos a nossa discusssão.
Por longos périodos da história da filosofia a razão foi defendida por muitos filósofos
como o fundamento do plano ontológico. Além disso, quando lemos escritos modernos sobre
ética e moral, novamente, a razão aparece como justificação e legitimação dos príncipios éticos e
das ações morais. Um dos pensadores que elevou esse reino da razão foi Immanuel Kant.
Immanuel Kant na era moderna desejou superar o relativismo moral. Por relativismo
moral se compreende uma antropologia da moralidade. Cada cultura que passou e passa pelo
crivo do método investigativo da etnografia nos mostra seus princípios, suas ações. Kant olhava
essa antropologia moral como contigente e não como necessária. Em decorrencia disso,
Immanuel criou um imperativo categórico que é universal. Com este imperativo, a filosofia
abriu um novo campo para cogitar a Moral, esse espaço é a metafísica dos costumes.
De um modo breve, a argumentação de Kant que consigna na escrita, Fundamentação da
Metafísica Dos Costumes girou em torna da noção de razão pura que, em linhas gerais é a base
que permite aos humanos se efetivarem como autônomos. Por sujeito autônomo se entende um
ser racional, ou um ser transcendental que é livre para legislar as suas ações. Nesse caso,
podemos inferir que o princípio moral (razão pura) esta no indivíduo racional, mas, mais do que
isso, conseguimos deduzir que o ser transcendental se efetua na sua ação moral, ou seja, torna-se
a sua razão pura.
Exposto o esboço simples da obra supracitada, temos a primeira marca do que seja uma
ética que é orientada pela razão. No entanto, o reinado da racionalidade no âmbito da ética
começou a se desmoronar com as formulações dos problemas comtemporâneos. Na idade
contemporânea muitos sábios ocasionam a incitação da crise dos fundamentos, muitos conceitos
foram quebrados, como por exemplo a noção de homem, a concepção de racionalidade, a ideia
de autônomia.Um dos causadores dessa quebra das bases, nada mais é do que, Friedrich
Nietzsche.
Para Nietzsche a razão não é a sustento do plano ontologica, a razão não é a essência dos
seres. A razão segundo a interpretação do filósofo, é apenas um mero instrumento que se
desenvolveu no próprio sujeito em algum tempo histórico. Em outros termos, a razão é o
resultado de todos esses jogos de forças cósmicas que se tornaram consciência, se tornaram ação.
Com esta perspectiva de Friedrich a ética ganhou um novo viés..
Mas, antes de elucidarmos quais os aspectos dessa ética, vamos ter que constar o que são
os individuos para o autor. Pois, como já vimos, a racionalidade nesse século não exerceu o
papel fundamental na constituição dos seres. Para o filósofo não somos sujeitos racionais, nós
somos parcela de destino, somos instrumento da vida. Deste modo, o que somos, o que
desejamos, o que fazemos já esta no destino.
Na obra o Crepúsculo Dos Idolos, especificamente, no cápitulo Moral como Anti-
natureza, Nietzsche ilustrou-nos dois tipos de morais, a saber: uma moral como anti-natureza e
uma moral saudável. O argumento do pensador explanou-nos como as duas vertentes de
moralidades se relacionam com a vida, se elas afirmam ou a negam. Por vida podemos
interpretar algo como um fluxo contínuo de luta entre impulsos por mais potência, ou seja, vida
é vontade de potência.
Se temos pouca vontade potência e não conseguirmos afirmar a vida como ela é,
tornamo-nos um instinto decadente. Além disso, por sermos instrumento da vida, ela se valora
em nós. Por tais circunstância, os seres de instinto destruidor são destinados á uma moral com
valores decadentes, isto é, são determinados a cumprirem uma moral que é anti-natureza. É anti-
natureza, pois, nega a vida.
A moral como anti-natureza pode ser concebida como uma moral cristã. Essa moral faz
com que os sujeitos inibam suas paixões, aniquilem a própria vida. Os mandamentos morais
servem para alcançarem uma vida ascética. Logo, muitos decadentes crêem quee são autônomos
para buscarem uma vida no plano metafísico, muitos desejam viver no paraíso de Deus.
Em contrapartida, Nietzsche delineou-nos uma moral sádia. Essa concepção de
moralidade tem como príncipio o impulso da vida e o impulso pela vida. Neste caso, a vida se
valora nos seres como vontade de potência, como instinto de vida, em consequencia disso, estes
tipos afirmam a vida, seguem o jogo das potência.
Com a obra do filósofo percebemos que a ética é pensada pelos combates de potência que
ocorrem na vida. Nietzsche nos deu um caminho para pensar uma ética que esta na vida e é pela
a vida, uma ética, no qual, os seres não são autônomos, eles são determinados a agir por forças
cósmicas,. Portanto, podemos dizer que sim ,é possivel pensar uma ética sem a razão.
O autor Sigmund Freud, também dissolveu a ideia de Eu, quebrou a noção de
racionalidade. Nesta corrente de pensamento a razão se inseriu como um produto das pulsões,
somos uma multiplicidade de pulsões. Se somos pulsões a área da ética, do mesmo modo, foi
elaborada sem a razão. Logo, Freud esboçou-nos uma ética que é guiada pelas pulsões.
De um modo breve, o livro Mal-estar na civilização mostrou-nos que a civilização é
resultado de nossa economia libidinal. É pelo príncipio do prazer que temos o nosso príncipio de
realidade, além disso o principio do prazer faz com que construímos a nossa relação com o outro
e com nós mesmos. No entanto, o surgimento do processo civilizatório e o da moralidade estão
inteiramente ligados a nossa renúncia dos impulsos.
Tudo que entendemos por ética e por moralidade só aconteceu por reprimirmos aquilo
que somos. Nós renunciamos aos nossos prazeres para viver no meio social, para agirmoss
moralmente. Mas, o mais importante de tudo isso, é que nós não decidimos ( já que não se tem a
instância da razão) viver assim, foi a cultura que destinou-nos a seguir o caminho da civilização,
a seguir o caminho da moralidade. Portanto, notamos que a moralidade instala-se pela repressão
dos pulsçoes e pelo destino libidinal das pulsões.
Se o caminho de uma ética sem a racionalidade pode ser a repressão das pulsões para
Freud, por outro lado, vimos com Nietszche que existe um trilhar da moral que pode ser a
afirmação da vida. Há vários modos de cogitar uma ética sem a racionalidade, tracejamos neste
trabalho apenas duas perspectiva, sabemos que explanamos pouco dos autores, mas, o pouco
torna-se um impulso para mergulharmos nesse mar de criações.
Por fim, tanto Freud, como Nietzsche são pensadores que enriqueceram o campo da ética
e da moralidade. Pois, os dois fizeram uma bomba âtomica que deve ser pensada e não ignorada.
Essa bomba âtomica, nada mais é do que, uma ética sem a razão, sem a subjetividade.O
problema colocado por estes traidores da razão é um objeto que passa ser nosso agora.A partir
deste momento somos, também, traidores da razão. Somos poeiras cósmicas que exalam a vida.
Portanto, o destino de matutar uma ética sem a razão já esta dado a nós.

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