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Introdução e Resumo
- A Primeira Grande Guerra foi um período formativo crucial para Hitler que fortaleceu
todos os aspectos preconceituosos e conservadores já existentes
- Nesse ponto há uma tentativa de estabelecer uma tensão entre o personagem e o
contexto. Hitler, em sua opinião, é a figura central do século. No entanto, os
desdobramentos políticos na Europa do pós-I Guerra, o papel da extrema-direita, o
ataque, ao que era visto, como os valores da civilização, tem nele o seu principal
ator, mas não a sua causa fundamental.
- O Hitler que sai dos campos de combate teve, como única alternativa, estender a sua
permanência no Exército, ocupando funções em quartéis de Munique na guarda de
prisioneiros. Essa permanência como militar estava relacionada à possibilidade de
manter a sobrevivência à custa do Estado, pois, não tendo nenhuma profissão, essa
seria a saída mais viável. Esse contexto traz um dado, que Hitler fez o possível para
esconder, muito curioso de sua biografia, que foi a sua adesão ao regime socialista
que controlava a Baviera nesse contexto. Ele foi escolhido vice-representante do
batalhão no qual servia.
- Suas opiniões baseadas no nacionalismo, racismo e anti-semitismo, ao lado de um
rechaço às ideias de esquerda, continuavam presentes. Tem-se, sim, um Hitler
oportunista que queria de qualquer maneira continuar sobrevivendo como militar.
Outros futuros nazistas estiveram na mesmo situação durante a Räterepublik.
- o seu crescimento entre a população, as mobilizações paramilitares, a tomada do
poder, a política internacional agressiva e recheada de sucessos iniciais, fez com
que no momento da Segunda Guerra Mundial o oportunismo desse lugar ao
fanatismo que, no crepúsculo de sua existência em seu bunker, chegou ao ápice,
divorciando-o completamente da realidade
- Do modo como as coisas aconteceram, ainda que apenas nas portas das
cervejarias, ele podia se tornar um agitador e propagandista político em tempo
integral. Podia ganhar a vida fazendo a única coisa em que era bom: falar. (p. 111)
- A permanência da ideia do "grande personagem histórico" é um problema incômodo
existente na obra. Por mais que o autor insista em dizer que existiram fatores
primordiais para o que ocorreu na Alemanha e no mundo entre os anos vinte até
1945 e que Hitler é um ator principal e não o efeito desencadeador; por mais que ele
tente fazer a ligação entre o personagem e contexto; por maiores que sejam seus
esforços para mostrar a ação dos que "trabalhavam para o Führer"; apesar do seu
esforço em apresentar Adolf Hitler filho de sua época e lugar, envolvido por fatores
culturais, econômicos e políticos de seu tempo, o "grande personagem histórico",
mola mestra de sua época, emergiu em muitos momentos da obra.
- O homem comum - ou ordinário - não é naturalmente fascista e intelectualmente
mediano, o seu perfil é múltiplo. Porém, no contexto do início do século XX, quando a
cultura política do século anterior demonstrava o seu esgotamento, criou-se um
cenário que favoreceu a construção de uma sociedade onde homens sem a mais
absoluta qualidade, como Hitler, entendessem a linguagem política que passou a
vigorar e interagissem entre si, usando elementos tradicionais do poder somados às
novidades da sociedade tecno-industrial. No auge do nazismo, houve um clima de
aceitação, entendimento e identificação entre ele (com claros elementos
demagógicos) e o povo alemão nos espetáculos de exaltação do Terceiro Reich.
- A questão é que como Hitler, na sua trajetória fracassada, sem experiência política,
conseguiu dirigir os destinos de várias nações?
- O autor destaca duas formas de observar o fenômeno, que foram feitas pelos
historiadores: ênfase na personalidade x ênfase da estrutura
01) Críticas as análises marxistas-leninistas
- Pouca importância ao papel da personalidade de Hitler
- Os grupos do capital financeiro que dominavam
- O grande empresariado moldou a política Nazista
- Despertou poucas convicções entre historiadores ocidentais
02) Críticas aos historiadores
- A personalidade teve papel preponderante
- Biografias enquanto estava vivo
- Psico-história anos pós guerra
- Influência diabólica de um único homem
03) Internacionalistas x estruturalistas
- Hitler x decisões políticas por forças estruturais
04)Proposta do autor
- O poder pessoal de Hitler foi real + colaboração e extensão desse poder pelas mãos
de terceiros
- Aceitação de um poder personalizado + “trabalhar pela pessoa que tinha o poder”
- “poder” : conceito relativo
- Elites de poder tradicional se beneficiaram pelo fim da democracia
- Noção distributiva do poder
- Dominação carismática: Utilização do carisma de herói e de uma missão, que
emergiram diante de uma situação de crise, com o Estado instável e que era sujeita
a ruir por conta de não atender as expectativas e se reproduzir por conta da
dominação carismática.
Capítulo 01
- O Objetivo do capítulo é examinar a emergência do “político de convicções” e
a reação à personalidade e às ideias de Hitler pelos seus primeiros
seguidores.
- Em busca de uma causa e de um líder, antes de “descobrirem” o nazismo e
Hitler, eles ( círculo de seguidores iniciais) compuseram o núcleo da “
comunidade carismática” que vislumbrou a grandeza de Hitler.
- Apesar das suas ideias serem irracionais, em meados da década de 1920, se
cristalizaram numa ideologia coesa, que foram fortes o suficiente para excluir
quaisquer propostas alternativas às dele.
- Hitler baseava sua visão pessoal na crença histórica na luta racial, anti-semita
radical e a luta contra, o bolchevismo judaico da União Soviética e o
marxismo.
- Conquista do “espaço vital”
- Seus contatos com a social-democracia vienense levaram a uma violenta
rejeição de sua doutrina fundada na luta de classes, antinacionalista.
- Judeus culpados dos males da social-democracia
- Darwinismo social
- Judeus como acarretadores de todo mal, que através do seu capital
financeiro, foram a força propulsora por trás da revolução e da democracia
social, da guerra e dos milhões de alemães mortos.
- O capital financeiro judaico constitui o verdadeiro mal, a dominação judaica
final se produziria através da destruição das raças puras.
- As Elites
- Poucos dos não-nazistas das elites tinham Hitler como primeira opção, apesar de
fosse necessário seu apoio para chegar ao poder.
- 1933 - as elites precisavam de Hitler já que só ele era capaz de fornecer o apoio das
massas exigido para que se impusesse uma solução autoritária sustentável à crise
do capitalismo e à crise do Estado na Alemanha. Somente Hitler tinha as massas da
direita política ao seu dispor.
- Hitler se encontravam com líderes das elites em busca de apoio político e financeiro,
os que concederam eram as exceções no início já que para a maioria, suas ideias
faziam pouco sentido.
- A partir de 1929, o movimento hitlerista foi ganhando papel de destaque nos cálculos
políticos até que em 1930, obtiveram um triunfo eleitoral.
- As elites antidemocráticas procuravam uma opção autoritária.
- Apesar de ser subestimado pela própria direita conservadora, as elites
conservadores se dispuseram a guindar ao mais alto cargo governamental do país a
Hitler, já que ele serviria seus interesses, mas a ideias de que ele pudesse ser capaz
de fazer mais do que lhes prestar serviços foi algo que elas não consideraram.