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Ministério
São Paulo manifesta esta unidade de vida e de espírito, bem como a diversidade
de funções fazendo uma comparação com o corpo, onde cada um dos membros tem
funções diferentes, mas colabora para a harmonia de todo o organismo: 1Cor 12, 27-
28).
A unidade fundamental da Igreja não impedia a diversidade de ministérios e
funções.
Procurando conservar a unidade de Espírito, a Igreja respeitava a diversidade de
carismas, segundo a graça dada a cada um.
1. 1. Como surgiram?
II. Hoje
Portanto, assumir ministérios é vocação dos leigos. Isso não tira nem diminui a
missão do Bispo, do Padre, do Diácono. Todos são necessários à comunidade.
É preciso, pois, que a comunidade se coloque a escuta do Espírito, atenta a
descobrir os carismas e os dons, valorizando as pessoas que têm “qualidade” para servir.
É preciso conscientizar a cada pessoa, a respeito de suas responsabilidades para
com o serviço do Evangelho.
Ou seja, deve ser uma pessoa idônea, que tenha uma boa vivência cristã,
religiosa, familiar, social e profissionalmente, de tal forma que a
recomende aos olhos da comunidade
- Se for casado, deve ter boa vivência conjugal (vivência conjugal cristã) e
contar com o apoio e o consentimento de seus familiares para estar
disponível e se dedicar ao ministério.
- O MECE deve ser uma pessoa que busque conhecer e viver a Palavra de
Deus, tenha desejo e possibilidade de crescer na fé e de aperfeiçoar seus
conhecimentos, buscando uma formação suficiente para exercer o
ministério eucarístico.
- Deve ser uma pessoa com espírito de liderança que seja capaz de exercer
uma influência positiva na formação e unidade da comunidade – tendo
um bom relacionamento e profunda amizade com o padre.
- Que o seu SIM seja totalmente livre e consciente, sabendo que quem lhe
chama para tal ministério é Deus, o próprio Cristo.
Obs.:
O Ministério Extraordinário da Comunhão Eucarística não é vitalício
(permanente, para a vida toda), e sim por tempo determinado.
Em relação ao MANDATO, a faculdade para exercer o Ministério
Extraordinário da Comunhão Eucarística é concedida por UM ANO, sendo
possível ser revogada ou suspensa, quando houver razões válidas para tanto.
A renovação pública do mandato (todo ano) pode ser feita pelo próprio
Pároco, em ocasiões especiais do Ano Litúrgico que julga mais adequadas,
favorecendo a participação da Comunidade.
- Também deverá distribuir a Comunhão a si e aos outros fiéis nos cultos por
ele presididos - a saber, dentro das Celebrações da Palavra. ( Conf.
Cânons 759;. 766; 767; 774)
- Cuidar dos enfermos e dos idosos (nas casas, asilos, instituições de saúde,
etc. ), visitando, confortando, levando a Palavra de Deus e preparando-os
para receber a Sagrada Comunhão (e demais sacramentos se ainda não
tiverem recebido) e para aceitar santamente o momento da morte. (Conf.
Cân. 771)
o Ritual de Bênçãos para ministros leigos também deverá ser objeto de uso e
instrumento de trabalho de todos os MECEs.
Obs.:
Ao administrar a Sagrada Eucaristia, o MECE deve apresentar-se interna e
externamente de modo condizente com a dignidade do Ministério que exerce.
Seu TRAJE (ÓPA) deve ser próprio, a fim de ser sinal do Ministério
Extraordinário da Comunhão Eucarística tanto dentro como fora da
Missa. Seguirá o modelo padronizado pela Diocese ou pela Paróquia.
Fica excluso o uso da túnica como veste própria do Ministro. Deve-se evitar
a clericalização.
- Todos os MECEs devem saber que este ministério é um serviço e não uma
honra, recompensa ou privilégio – e que para exercê-lo é preciso ter saúde.
- Que seu modo digno de atuar neste ministério torna-se uma verdadeira
catequese, um testemunho de fé para todas as pessoas que participam da Ceia
do Senhor.
5. 1. Antes da Celebração:
5. 2. Da sacristia ao Altar:
- Quando o Padre subir o presbitério e for dar o “Ósculo Santo” o beijo santo
no Altar, todos os MECEs devem prestar reverência, ou seja, fazer
simultaneamente a vênia com ele.
- Se, na procissão de entrada, alguém estiver indo à frente com a Cruz, este
alguém não presta reverência nem apresenta a Cruz para o povo. Ao
contrário, sem parar, passa direto e coloca-a em seu devido lugar.
- Procurar ouvir com atenção a Leituras e o Santo Evangelho (se possível sem
folheto). A Palavra é para ser ouvida. Assim, a atenção na escuta daquele
que a proclama é fundamental. Os MECEs devem ser exemplo de escuta e
acolhimento da Palavra de Deus.
- Dispor de maneira artística as Âmbulas. Elas deverão estar diante dos olhos
do Presidente e não ao lado – fazer o mesmo com “os Cálices”, se houver
comunhão nas duas espécies.
- Uma gota de água deve ser misturada ao vinho (somente uma gotinha, não
mais que isso) – para lembrar a participação de toda a assembléia no mistério
de Cristo.
Obs.:
Por causa da dificuldade e riscos, é preferível que o próprio MECE faça a
imersão e administre a comunhão ao fiel.
- Os MECEs devem garantir que o fiel comungue em sua frente. Por isso,
nunca permitir que ele saia com a Hóstia Consagrada na mão, comungue
andando, coloque-a no bolço ou leve-a para consumir no banco ou em casa.
- Nunca se deve portar, levar ou tomar coisas ou objetos nas mãos quando se
está transportando o Santíssimo Sacramento. Ele sempre terá absoluta
precedência.
Obs.:
Quando, ao distribuir a comunhão, cair alguma partícula no chão, o MECE
deve conduzi-la ao Altar, colocando-a sobre o Corporal - ou levá-la
diretamente ao purificatório, que geralmente fica na Capela do Santíssimo).
Em último caso, o MECE deve consultar o Pároco que lhe dará a necessária
orientação.
5. 7. Ao Abraço da Paz:
Obs.:
Para serem purificadas, as Âmbulas vazias devem ser dispostas sobre o
Corporal aberto (no altar de purificação) e nunca fora dele e devidamente
purificadas
Não havendo altar de purificação nem credência, as âmbulas devem ser
purificadas no próprio Altar Principal.
Lembrando que antes e depois da purificação das âmbulas é preciso
purificar os dedos.
A purificação das Âmbulas deve ser feita em profundo silêncio.
A água da purificação deverá ser tomada ou lançada na pia ou piscina
batismal, nunca em qualquer lugar e de qualquer jeito.
Lembrando que depois de usadas e antes de serem purificadas, as âmbulas
devem ser mantidas sobre o corporal e nunca fora dele.
- Uma vez colocada a Âmbula dentro do Sacrário, antes de fechar a porta à
chave, prestar reverência (fazer a Genuflexão) ao Santíssimo Sacramento e
em seguida sair silenciosamente.
5. 8. Procissão de Saída:
A saída também deve ser bem ordenada e não tumultuada. É sempre mantida a
mesma ordem de entrada. Atenção! Atentos para não atrasarem a procissão de
saída.
- Para levar a Sarada Comunhão aos enfermos, deve usar traje digno,
conforme orientação acima. Muito cuidado com a profanação do sagrado.
- A Comunhão fora da Missa é somente para quem não pode ir à Missa por
razão de saúde ou ancianidade, especialmente os doentes acamados e os
idosos incapacitados de caminhar e outros casos que analisados tenha
justificação grave.
Obs.:
- nunca se deve misturar Partículas Consagradas com partículas não
consagradas, nem usar âmbulas contaminadas com o Santíssimo Corpo do
Senhor para por hóstias não consagradas
- para hóstias não consagradas usar sempre âmbulas purificadas
- nunca se deve passar com o Santíssimo diante do altar e fazer a vênia ou
genuflexão
- não fugir das realidades temporais para buscar a Deus, mas perseverar,
presente e ativo, no meio delas, e ali encontrar o Senhor.
Cada Ministro deve ter uma particular inclinação para os Sacramentos e inspirar
sua espiritualidade neles: sua vida deve estar centralizada na Eucaristia dominical.
- deve ser um cristão que vive quotidianamente aberto à Palavra de Deus, não
um cristão que às vezes lê a Bíblia;
- deve ser uma pessoa que vive numa profunda intimidade com o Senhor : na
Eucaristia, pelos Sacramentos e através da oração;
- não uma pessoa que de vez enquanto participa da Eucaristia e celebra os
sacramentos e que algumas vezes reza.
A vida cristã e a vocação para os serviços cristãos não podem sobreviver apenas com
a boa vontade de cada um, mas devem ser sustentadas:
- pela Oração,
- pelos Sacramentos
- e pela Palavra de Deus.
- presteza em percebe-la;
- decisão para abraçá-la;
- grande vigilância em guardá-la;
- força para colocá-la em prática;
- e paciência para mantê-la.
Ficar de pé:
- é a posição que se toma para acolher as pessoas, saudá-las ou cumprimentá-
las
- é uma atitude que exprime atenção e prontidão: estamos prontos para
caminhar em direção a Deus e aos irmãos
- é a postura de Cristo Ressuscitado, a disposição de assumir o Plano de
Deus.
Sentar-se:
- é a atitude não só de quem ensina, mas também de quem põe-se a escutar
(bem a vontade)
- é a atitude de quem ouve, medita e põe-se a falar com Deus
Os fiéis se ajoelham:
- durante a consagração, a não ser que exista algum motivo que justifique ou
não o permitam (IGMR, 21).
Caminhar:
- lembra nossa situação de peregrinos que marcham em busca da casa do Pai.
“Genuflexão”:
- ato de dobrar os joelhos que exprime nossa fé na presença do Cristo
Ressuscitado;
- um sinal de adoração e respeito (IGMR, 233).
“Vênia ou Inclinação”:
- gesto que expressa nossa reverência e nosso respeito.
Este gesto é realizado diante da Cruz, do Altar e do Sacerdote que preside a
ação litúrgica na pessoa de Cristo.
“Incensação”:
- mais freqüente nos ritos orientais, é símbolo das preces que os fiéis elevam
até Deus.
- tem também, o sentido de honra prestada e de oferta (IGMR, 51).
“Ósculo - Beijo”:
- na liturgia, é sinal de respeito para com o Evangelho e o Altar (IGMR, 27,
95, 125).
- constitui, também, um sinal de amor fraterno, de reconciliação e de paz (Rm
1,16; 1Cor 16,20; 2Cor 13,12).
“Elevar as mãos”:
- constitui um gesto de oração bem conhecido dos autores bíblicos.
- é uma atitude de súplica, de oferta de si mesmo, de pedido de proteção.
- lembra, também, Cristo crucificado.
“Mãos juntas”:
- é o recolhimento para encontrar Deus dentro de si.
“Sinal da Cruz”:
- é uma criação propriamente cristã.
- O livro de Ezequiel (9,4) descrevia os justos como marcados, na fronte, com
o TAU, última letra do alfabeto hebraico, feita em forma de Cruz. Os
cristãos viram nesse TAU a lembrança da Cruz de Cristo e com respeito o
traçavam sobre si mesmos, desde os tempos apostólicos, provavelmente.
- Desde o início do século III, o sinal-da-cruz é mencionado como um sinal de
consagração do cristão ao Cristo, sinal com que é marcado por ocasião do
Batismo e que, freqüentemente, é convidado a traçar sobre si mesmo.
- Antigamente, era traçado com o polegar (sobre a fronte, sobre os lábios e no
peito), assim como fazemos antes da proclamação do Evangelho e no Rito
do Batismo.
- O grande sinal da cruz sobre o corpo todo, acompanhado da invocação
trinitária, é mais recente (séc. VIII), mas se tornou muito mais comum.
- Nós, cristãos, costumamos iniciar e encerrar nossas orações com o sinal-da-
cruz (IGMR, 28, 86).
- Por este gesto, professamos nossa fé no poder vitorioso da Paixão do Senhor
Ressuscitado.
9. 2. O silêncio
Toda celebração deve comportar momentos de silêncio (IGMR 23, SC 30) – que
é uma atitude de fé e reverência diante de Deus; que leva a pessoa a penetrar mais
profundamente o mistério que se celebra; um meio pelo qual se ressoa no mais íntimo
dos participantes a Palavra de Deus; e os leva a reconhecer suas potencialidades e seus
limites, confortando-os e alimentando-lhes a esperança.
Deus se faz ouvir no silencio (1Rs 19,11-13; Ap 8,1; Si 130,2).
É no silêncio que louvamos e rezamos a Deus no mais intimo do nosso coração.
Por isso, recomenda-se um silêncio mais prolongado depois da comunhão para
permitir uma ação de graças e uma oração interiorizada.
Lecionários: são livros próprios para as leituras, que contém as leituras para as
celebrações eucarísticas. Os principais lecionários são:
Patena: é como um pratinho que vai sobre o cálice e serve para receber a hóstia
grande (as vezes também as pequenas, se forem poucos os comungantes) para a
consagração. Esta patena acompanha o estilo do cálice, do qual é um
complemento e é menor que as outras usadas (pelos coroinhas) para acompanhar
a comunhão dos fiéis.
Hóstia Grande: é a hóstia que o presbítero consagra para si, maior que a dos
fiéis. É grande para que possa ser vista por todos. Tanto esta hóstia grande
como as pequenas (partículas) são feitas de trigo puro, sem fermento (pão
ázimo). Pode, também, ser usado um pão maior, com formato de pão comum,
desde que seja de trigo puro e sem fermento.
Cibório ou Âmbula: É semelhante ao cálice, mas fechado com uma tampa justa.
Nele são colocadas as hóstias pequenas (partículas) para a consagração, que em
seguida serão distribuídas aos fieis. É também nele que serão conservadas as
Hóstias consagradas no sacrário. É de metal (dourado, prateado ou niquelado)
como o cálice.
Conopeu: pano ou véu que cobre o cibório ou âmbula com Hóstias consagradas.
Galhetas: são vasos, geralmente de vidro ou porcelana, que serve para conter o
vinho e a água usados na celebração da Missa: o vinho a ser consagrado e a água
para ser misturada ao vinho e, após a Sagrada Comunhão, usada para a
purificação do cálice. Durante a Missa devem ficar na credência (pequena mesa
ao lado do altar) e não sobre o Altar.
Credência: mesinha que fica ao lado do Altar, onde fica depositado o material
(objetos) litúrgico para a celebração da Missa (como o vinho, a água e os
cibórios para a consagração).
Sinetas: surgiram na Idade Média para chamar a atenção dos fiéis e convidá-los
à oração. Por esse motivo as sinetas eram tocadas no momento da Consagração,
no Santo e no Cordeiro de Deus, uma vez que a Missa era em lati e os fiéis não
compreendiam praticamente nada da celebração. Ainda hoje, em muitos lugares
se conserva o toque das sinetas no momento da consagração.
Círio Pascal: representa o Cristo ressuscitado, vencedor das trevas da morte, sol
que não tem ocaso, luz que ilumina o mundo. É solenemente aceso no início da
Vigília Pascal, a partir do fogo novo; é incensado e apresentado com o canto ‘A
luz de Cristo...’, repetido três vezes (em seguida é colocado ao lado do Altar);
canta-se diante dele o Exulte! (louvor, precônio pascal); será aceso durante todo
o tempo pascal, até Pentecostes; é aceso ainda nos batizados e exéquias; e muitas
comunidades acendem-no também aos domingos do tempo comum.
Crucifixo: nas proximidades do Altar deve haver um crucifixo. Ele pode ser
feito de metal, de madeira ou de outro tipo de material. A imagem de Cristo
esteja voltada para a assembléia. O Crucifixo nos lembra que a Santa Missa é a
atualização do Sacrifício de Cristo na Cruz. Lembra, também, o acontecimento
maior da nossa fé, o Mistério Pascal. O mistério da Cruz e o da Última Ceia são
inseparáveis.
Túnica ou Alva: é uma veste litúrgica, longa até os pés, comum aos ministros
ordenados e nos seminaristas, cingida à cintura pelo cíngulo, a não ser que o seu
feitio a dispense. É conveniente que a Túnica seja de cor branca ou, ao menos,
clara. Os ministros ordenados, quando presidem uma celebração devem usar a
Túnica ou a Alva, além da Estola. A Alva é semelhante a Túnica, diferenciando-
se apenas pela necessidade do “amito” (pano branco com o qual se cobre a gola
da camisa, se necessário).
Cíngulo: é o cordão branco ou das outras cores litúrgicas com a qual se prende a
túnica ou a alva na cintura.
Casula: espécie de manto que o presbítero usa sobre a túnica ou a alva para a
celebração da Santa Missa. A cor varia conforme o tempo litúrgico.
Pálio: cobertura com franjas, carregada apoiada em varas, que cobre o presbítero
ou o diácono que leva a Âmbula ou o Ostensório com a Hóstia consagrada.
Turíbulo: é um vaso onde se queima incenso nos templos. Pode ser de metal
com três correntes entre as quais se movimenta por uma Quarta corrente a tampa
(para cima e para baixo – abrindo e fechando) ou de cerâmica.
O Preto: é símbolo de luto. Pode ser usado nas missas pelos mortos.
X. A Celebração Eucarística
Aqui, o Corpo de Cristo é apresentado como o novo povo libertado pela morte e
ressurreição de Jesus.
Quando na Missa a gente diz: “Isto é meu corpo”, a fé nos diz que ali está o
Cristo vivo, mas é também a presença viva de toda a humanidade, formando em Cristo
um corpo santo.
Naquele pão, naquela hóstia, está a humanidade inteira resgatada pelo corpo
entregue e pelo sangue derramado de Jesus no sacrifício da cruz. Toda vida (dores e
alegrias) de todos os homens e mulheres ali está.
O Ministro diz: “O Corpo de Cristo”. Você não está apenas diante de Cristo.
Você está para comungar a humanidade inteira enxertada no Cristo-Cabeça, formando
esse corpo.
Você diz: “Amém”, isto é, “eu me comprometo”. Você está para comungar o
irmão, porque vai comungar o Corpo de Cristo.
Na Hóstia Consagrada você comunga até mesmo o irmão que você não consegue
“engolir”. Até mesmo o irmão que lhe oprime.
E quantas vezes recebemos devotamente o Corpo de Cristo, mas vivemos
oprimindo e machucando membros desse Corpo?
Quem age assim, mente. Não comunga a vida do irmão que também faz parte
desse Corpo. Por isso, comunga sua própria condenação.
Os cristãos das primeiras comunidades tinham o costume de reproduzir
fielmente a Ceia do Senhor. Começavam comendo alimentos, trazidos especialmente,
pelos de mais posses. Em seguida celebravam a Eucaristia.
Todos traziam alimentos para serem repartidos fraternalmente. Mas, com o
tempo, começaram a surgir abusos e separações: as chamadas “panelinhas”. Grupos
que se isolavam e agiam sozinhos. Levavam comida em abundância e já não esperavam
pelos outros. Não esperavam e não queriam repartir com os mais pobres. E enquanto
uns passavam fome outros se embriagavam.
Paulo condena tal procedimento. A Eucaristia é uma mentira, onde uns nada
tem, e outros se embriagam em noitadas, em bares, restaurantes, churrascarias,
pizzarias, mansões...
“Só tem lugar nesta mesa, para quem ama e pede perdão. Só comunga nesta
Ceia, quem comunga a vida do irmão”... E quem não comunga a vida do irmão e retém
tudo para si, quem não reparte a terra, os dons, os bens, e participa do banquete,
comunga a própria condenação.
Ele nos mostra que o Pão, na Eucaristia, é o Corpo de Cristo. E quem não
comunga este Pão-Corpo de Cristo é covarde e acomodado e não quer se comprometer
nem assumir o compromisso libertador.
Quem come deste Pão (Corpo de Cristo) vive eternamente. Quem não come
morre. E se come indignamente se condena.
Jesus chama a todos os homens e mulheres a participarem da Ceia, a comungar o
seu Corpo, a comungar na vida do irmão. Mas nem todos se fazem dignos do convite.
Há os que comungam o pão da condenação.
Depois do ato penitencial, inicia-se o “Kyrie eleison”, a não ser que já tenha sido
rezado, ou cantado, no próprio ato penitencial. Não é como alguns possam pensar, um
texto dirigido à Santíssima Trindade; “Kyrie, Christe” são invocações dirigidas
somente a Cristo. Os fiéis aclamam o Cristo Senhor e imploram a sua misericórdia. É,
normalmente, executado por todos, participando dele o povo e o coral ou equipe de
canto (IGMR, 30; cf. tb. CNBB, 43, n. 256).
10.1.2.1. Introdução
10.1.2.7. A homilia
10.1.2.8. Profissão de fé
O nosso “Creio em deus Pai” nasceu em uma profissão de fé que se fazia por
ocasião do Batismo. O Concílio de Nicéia (325) o Concílio de Calcedônia (451) e o
Concílio de Constantinopla (381) elaboraram uma formula de profissão de fé que temos
até hoje. Foi introduzida na Missa, no Oriente, como uma atitude contra os hereges no
início do século VI; na Igreja de Roma, somente foi introduzido no século XI.
O “Símbolo”, ou “Profissão de fé” na celebração da Missa tem por objetivo
levar o povo a dar seu assentimento e resposta à Palavra de Deus ouvida nas leituras e
na homilia, bem como recordar-lhe a regra de fé, antes de iniciar a celebração da
Eucaristia.
O “Símbolo” deve ser recitado pelo sacerdote e pelo povo, aos domingos e nas
solenidades; pode-se, também, recita-lo em celebrações especiais de caráter mais
solene. Quando cantado deve ser executado por todo o povo, de preferência, seja por
inteiro, seja alternadamente (IGMR, 43-44).
Temos duas versões do “Creio”: uma mais simples, chamada “Símbolo
Apostólico” e outra mais completa denominada “Símbolo Niceno-Constantinoolitano”,
porque foi, na sua quase totalidade, elaborado pelos concílios de Nicéia e de
Constantinopla.
Infelizmente quase sempre, nossos folhetos dominicais apresentam o “Símbolo
dos Apóstolos”, fazendo com que o povo, aos poucos, não saiba mais recitar o
“Símbolo” completo.
10.1.3.3. Prefácio
10.1.3.4. Santo
10.1.3.5. Epiclese
Lembra que a Igreja, por ordem de Cristo transmitida através dos Apóstolos, faz
a memória do acontecimento central de nossa salvação, o Mistério Pascal.
10.1.3.8. A Oblação
10.1.3.9. As Intercessões
Pela Igreja, pelo Papa e pelo Bispo, pelos mortos, por nós e pelos santos
exprimem que a eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto celeste
como terrestre, que a oblação é feita por ela e por todos os membros, vivos e mortos.
- Ritos iniciais;
- Liturgia da Palavra;
- Ação de graças;
- Comunhão Eucarística;
- e Rito final.
A Palavra de Deus é recebida pela Igreja e por meio dela Deus comunica sua
Palavra permanentemente a nós e por nós. Por ela a Palavra torna-se presente e eficaz.
Na Igreja e com a Igreja Deus perpetua, em meio aos homens, o seu diálogo de
salvação. Para que isso aconteça, a pregação deve esforçar-se por suscitar a fé em ato, a
vida. O evangelho deve ser a fonte da pregação. É preciso ter bem claro o sentido da
história da salvação e o sentido da Igreja. É preciso deixar-se converter pela Palavra, a
fim de anunciá-la com autoridade.
A Palavra é tanto mais eficaz, quanto mais Cristo estiver presente no ato de sua
proclamação, e quanto mais a Igreja estiver empenhada na obra da salvação.
Cada um desses elementos chega à sua plenitude somente na celebração
litúrgica, principalmente na Eucaristia, suporte de toda economia sacramental. É na
assembléia dos fiéis reunidos em torno do altar que a presença de Cristo chega à sua
máxima intensidade. Nela a Palavra é ligada ao rito, que é “ação de Cristo”, e
reencontra sua força original de proclamação que salva.
Portanto,
- a Palavra é revelação; a ela se adere com fé (2Tm 3,15);
- é promessa; a ela se adere com esperança;
- é regra de vida; a ela se adere com amor (Dt 6, 6ss);
- é Dom no qual Deus se oferece livremente; acolhendo-O, entra-se em
comunhão com Ele.
Por isso, convém acolher a Palavra “com a alegria do Espírito” (Ts 1,6) e
“com docilidade” (Tg 1,21). É preciso acolhê-la de modo a nos deixar modelar por
ela, nos abandonar à sua força divina. Somente assim ela produzirá seus felizes efeitos.
Santo Efrém nos diz que “dos campos vem a bênção da messe, da vinha frutos
saborosos e da Sagrada Escritura ensinamento vivificante. O campo e a vinha só dão
frutos num tempo restrito, determinado; mas as Sagradas Escrituras nos oferecem
ensinamentos vivificantes toda vez que são lidas. Campos e vinhas cansam e dão
colheita duas vezes por ano, mas das Sagradas Escrituras podem-se colher uvas todo
dia, sem que venham a faltar as uvas da esperança. Aproximemo-nos deste campo e
saboreemos os produtos de seus sulcos, que prodigalizam a vida; colhemos dele espigas
de vida, isto é, as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
- Presidir o Culto, não como um favor, mas como dever de cristão, com a
alegria de quem serve.
- O dirigente do Culto deve manter certa autoridade, mas sem nunca abusar
dela.
- Anunciar o número dos cantos com voz forte e dar tempo para achá-los. Não
cantar o que o povo não sabe ou não tem a letra na mão. Não basta só a
equipe de liturgia e canto saber, a assembléia toda deve participar.
- O Ministro ou a Equipe de Liturgia deve distribuir bem as funções e cuidar
para que as leituras sejam bem preparadas.
- A equipe de liturgia deve se renovar: não ficar anos e anos com os mesmos
membros. Convidar homens e mulheres, jovens e crianças para
participarem. Deve cuidar para que as leituras sejam bem ensaiadas, levando
o leitor a fazê-las com voz clara, observando a pontuação e com muito
entusiasmo.
- Cuidar para os violões não sejam afinados na igreja, antes das celebrações.
- A equipe de liturgia deve cativar o povo para participar bem das celebrações.
Para isso, fazer uma boa acolhida às pessoas e procurar animar com alegria
os fiéis.
- Não deve esmorecer diante de certas críticas que podem surgir. Se for
verdade corrija-se. Se for mentira leia Eclesiástico 2,1 ou Lucas 6, 27-49.
Deus não criou o homem para a morte, mas destinou-o para a vida e vida em
abundância (Jo 10,10). O homem é, pois, chamado a preservar a vida e a saúde. A
doença contradiz, diminui e torna difícil o querer viver. Os males humanos, a doença e
a dor contrariam a intenção profunda de Deus que criou o homem para a felicidade. A
doença pertence à condição pecadora da humanidade. Por disposição divina, o homem
deve lutar ardorosamente contra a doença e procurar a saúde, para que possa
desempenhar a sua função na sociedade e na Igreja.
Todo fatalismo, pois, que vier a omitir o cuidado indispensável à saúde, sob a
alegação de que a doença é vontade de Deus, será contrário ao mandamento divino,
além de prejudicar a recuperação das forças perdidas. Na medida, porém, em que as
doenças e a morte, em última análise, são inevitáveis e na medida em que perdurarem,
apesar de todo o nosso esforço em evitá-las e combatê-las, nós devemos aceitá-las e
assumi-las, à luz da fé e da esperança cristã, que nos abrem horizontes mais amplos que
ultrapassam a simples constatação de nossa razão. Esta certeza nos vem de cristo
Ressuscitado.
Os sacramentos são “palavra e dom” com os quais a Igreja se faz presente junto
ao doente, a fim de lhe transmitir o anúncio pascal da vida nova em Cristo.
A Comunhão Eucarística deve ser assegurada tão freqüentemente quanto o
doente dela sentir necessidade. A vida eucarística na dimensão cristológica e eclesial,
levará o doente a entender o fundamento batismal da existência cristã e,
consequentemente, sua perspectiva pascal, como participação na morte e ressurreição de
Cristo.
A Unção dos Enfermos constitui sacramento da existência cristã provada pela
doença. Nessa situação, a Igreja anuncia que Deus ama o doente e, ao mesmo tempo,
que deseja seu pleno restabelecimento físico e espiritual.
O Dom de Deus em Jesus Cristo, a resposta positiva do doente à Palavra e ao
Espírito de Cristo, e a participação ativa da comunidade orante concorrerão para dar
mais vida e suscitar mais confiança, numa situação de angústia.
A Unção dos enfermos confere ao doente a energia capaz de neutralizar as forças
destruidoras da enfermidade, levando o doente a fazer uma oferta de si mesmo, em
união com Cristo.
Os efeitos revitalizantes do sacramento não serão, normalmente, reconhecíveis a
nível clínico, mas serão percebidos pelo enfermo e pelos seus familiares, através de uma
serena aceitação da realidade, de uma reação positiva contra o mal físico e contra o
egoísmo.
Para desempenhar bem esta missão (visitar os doentes) são necessários alguns
conselhos ou requisitos fundamentais (normas práticas):
- Em vista disso, é bom que o MECE exercite ser otimista e alegre, mesmo no
momento da dor.
- ter facilidade de comunicação com as pessoas, capacidade de diálogo em
situações de sofrimento e conflito, e capacidade de acolher os sofrimentos,
as esperanças e alegrias dos outros.
- ter consciência de que o maior auxílio que se pode dar ao doente é ajudá-lo a
encontrar-se a si mesmo.
- mais do que oferecer uma ajuda material, embora isso possa ser importante, é
preciso dar-se ao doente, isto é, dar total atenção ao doente, interessar-se
por ele, acolhendo-o e ouvindo-o com carinho.
- pode acontecer que o sofrimento una mais o doente a Deus que a própria
alegria; neste caso vale mais o seu próprio testemunho do que suas palavras.
- atenção! Para atender um doente é preciso por-se no lugar dele, mas com o
cuidado de assumir as suas dores... em si mesmo (dinâmica da empatia).
- quando o enfermo lhe confiar algum problema, interessar-se por ele. Quando
ele, espontaneamente, contar a própria história, não interferir com perguntas
indiscretas, mas, simplesmente, escutá-lo.
- neste momento não ter pressa.. Se o doente perceber que o ministro está
aflito, olhando para o relógio, ele certamente não vai falar tudo o que
gostaria. Ele precisa sentir-se livre e a pessoa mais importante naquele
momento.
- dizer que Deus ama o doente é muito bonito e também verdadeiro. Mas
neste momento, no entanto, não é tanto o amor de Deus que o doente deseja
provar, mas o amor de quem o visita.
- portanto, amar o doente não só por amor a Deus, mas também por amor a ele
próprio.
- não esquecer que o doente é um radar de alta sensibilidade. Por isso, ele
percebe imediatamente se estamos visitando-o por amor ou não.
- Deus não se ausenta da vida de ninguém. Ele é fiel e permanece com os seus
filhos e filhas. Esta presença será melhor percebida a partir da nossa atitude
fraterna para com o doente.
“É vontade de Deus” (Deus sabe o que faz). É muito fácil dizer isso. A frase
corta qualquer possibilidade de comunicação. Talvez, diante do sofrimento, sentimo-
nos impotentes, então culpamos a Deus... Este é o caminho certo para levar as pessoas
a ficarem com raiva de Deus. Seria mais honesto reconhecer que não compreendemos
o porquê de certos sofrimentos.
“Deus dá somente o que podemos suportar.” Como podemos dizer com certeza
que esta é a forma de Deus agir? Não é fácil saber o que deus quer de nós em situação
de sofrimento.
“Deus prova aqueles que ama.” Essa expressão facilmente reflete a imagem de
um Deus violento e sadomasoquista, que se alegra com o sofrimento de seus filhos.
“Existe uma razão para tudo” , “Deus escreve certo por linhas tortas”. Essas
duas expressões podem trazer à tona idéias de pré-destinação, bem como soluções e
explicações para o sofrimento na base da aceitação passiva, isto é, resignação a um
destino já traçado de que não podemos escapar. Isto pode levar a pessoa a se revoltar e
se posicionar ofensivamente. Pode existir uma razão, mas com que certeza podemos
afirmar categoricamente que é assim?
“Coragem, você tem de ser forte.” Essa expressão na verdade quer comunicar
otimismo, mas pode levar a uma negação dos sentimentos que a pessoa tem. Se a
pessoa tem fé, então é lógico esperar que não sinta dor, revolta ou insegurança. Trata-
se aqui da negação da humanidade, ou seja, nega-se os sentimentos, as emoções e a
própria humanidade de Jesus. É bom lembrar que a fé ajuda a viver e conviver, mas
não elimina o sofrimento.
“Jesus cura, aleluia.” Sim, Jesus curou muitos doentes e restitui a saúde a
muitos, como nos é relatado nos Evangelhos. Mas não é sabedoria negar a realidade da
doença. Milagres existem sim, mas não somos nós que temos o poder de realizá-los. É
com Deus este assunto. Muitas vezes essa expressão é utilizada como forma de
proteger do sofrimento do outro e não estar com a pessoa na Sexta-feira da Paixão
(dores, sofrimentos, medos e inseguranças). Pula-se logo para o Domingo da
Ressurreição (saúde, festa, alegria, etc...). Nega-se assim uma parte do mistério pascal
que é feito da Sexta-feira Santa e se fica somente no Domingo da Ressurreição. Só
quem está com a pessoa no dia do sofrimento descobre a verdadeira alegria da
Ressurreição.
“Você não morre até que chegue a hora”, “finalmente descansou. Graças a
Deus, foi melhor para ele.” “Deus o levou.” É verdade que são expressões que
suavizam a dureza cruel de uma realidade profunda da vida, a morte, mas podem
provocar sentimentos fortes, tais como: um Deus que rouba pessoas queridas.
“Com o tempo passa, não se preocupe.” Na verdade, não é o tempo que cura as
feridas pela perda de alguém querido. O que na verdade nos ajuda e é fator de cura
interior é o que fazemos, como empregamos o nosso tempo disponível. Nessa
perspectiva é o remédio... o tratamento... a fé... o amor... a reconciliação... o
envolvimento em atividades voluntárias. Tudo isso cura.
“É preciso sofrer muito para ganhar o céu.” Jesus não veio até nós para nos
ensinar a sofrer, mas como amar e viver a fraternidade. O sofrimento é uma realidade
que está aí e não pode ser negada. Se faz presente em infinitas situações. E em sua
grande maioria é o próprio ser humano que causa. Além disso é um mistério
(sofrimento dos inocentes), difícil de entendê-lo e muito mais de explicá-lo. Trata-se de
um encontro difícil com a nossa imperfeição humana. Na verdade o sofrimento não está
aí para ser explicado mas para ser eliminado. Não podemos nos conformar
passivamente que o mundo é “um vale de lágrimas”, mas caminhar para a terra
prometida da alegria, da esperança e da saúde.
A esta altura podemos nos perguntar: o que dizer, então? É difícil saber
exatamente. Não existe uma fórmula mágica, infalível, para resolver o problema. Mais
fácil é tomar consciência do que não se deve dizer. Geralmente o que você não gostaria
de ouvir, que lhe causaria sofrimentos adicionais, não diga ao outro, pois tem o mesmo
efeito.
- é preciso que valorizemos o idoso não por aquilo que ele produz, mas por
aquilo que ele é.
INDICE
I. Ministério......................................................................................... 3
1. 1. Como surgiram?..................................................................... 5
1. 2. Hoje........................................................................................ 5
II. Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística................ 6
2.1. O que faz o MECE?.............................................................. 6
2.2. Qualidades para ser MECE?.................................................. 7
2.3. Espiritualidade do MECE..................................................... 8
2.4. Ministros ordenados e não-ordenados................................... 9
X. Pastoral da Saúde......................................................................... 37
10.1. Crise de relacionamento.................................................... 38
10.2. A experiência da finitude................................................... 38
10.3. Aspectos teológicos........................................................... 38
10.3.1. A doença e o desígnio de Deus........................ 38
10.3.2. Presença sacramental da Igreja......................... 39
10.3.3. A renovação da prática sacramental................ 39
10.3.4. A comunidade eclesial e os doentes................. 40
10.4. Aspectos pastorais............................................................. 40
10.4.1. Evangelizar o cristão enfermo......................... 40
10.4.2. Catequese e pastoral.......................................... 41
10.4.3. O respeito ao enfermo....................................... 41
10.4.4. Pastoral da saúde domiciliar............................. 41
10.4.5. Distribuição da Eucaristia aos enfermos.......... 41
10.4.6. Visita aos doentes............................................. 43
10.4.7. A Reconciliação, a Eucaristia e o Viático........ 45
10.4.8. A presença solidária é o melhor presente......... 45
BIBLIOGRAFIA..................................................................................... 49
BIBLIOGRAFIA
DUARTE, Pe. Luiz M. Liturgia: conheça mais para celebrar melhor. São
Paulo: Paulus. 1996.