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Olavo Alexandre Gomes

Advogado

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA


CRIMINAL DA COMARCA DE PORECATU – ESTADO DO PARANÁ.

Processo 0000911-31.2016.8.16.0066

CESAR AUGUSTO ROMÃO DOS SANTOS, já


qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado
legalmente nomeado, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, em
cumprimento ao que determina o artigo 396 do Diploma Processual Penal,
modificado pela Lei nº 11.719/2008, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com
fulcro no art. 396-A do CPP, de conformidade com as razões fático/jurídicas que
doravante passa a expender:

SÍNTESE DA DENÚNCIA

Em sua proemial acusatória, o M.P.E. atribui ao acusado a


autoria dos delitos tipificados no artigo 147, caput, c/c art. 61, inciso “II” alínea “f”,
da Lei nº. 11.340/2006, consoante dos autos. (MOV. 1.1).

Para tanto, alega que em 22/05/2014 por volta das


00h00m, no interior da residência do casal, o denunciado “teria”, “prevalecido de
suas relações domésticas”, teria ameaçado a vitima, dizendo que cortaria a
cabeça dela e entregaria para a mãe da mesma. Ato contínuo, no outro dia, por volta
das 12h00, de fronte a cada da avó da vitima, o acusado teria dito que mataria a
vítima e que iria acabar com ela e entregar a cabeça da mesma em uma bandeja.

Rua São João, 285, Centro, Florestópolis, Paraná, CEP 86.165-000


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Olavo Alexandre Gomes
Advogado

PRELIMINARMENTE

Consideração merece ser feita sobre a extinção da


punibilidade, pela prescrição. Os fatos narrados na denúncia ocorreram em data de
22/05/2014, sendo a denúncia oferecida em data de 02/09/2015.

O fato ilícito capitulado na denúncia tem como pena -


detenção de três meses a seis meses.

Ocorrido o crime, nasce para o Estado a pretensão de


punir o autor do fato criminoso. Essa pretensão deve, no entanto, ser exercida
dentro de determinado lapso temporal, que varia de acordo com a figura criminosa
composta pelo legislador e segundo o critério do máximo cominado em abstrato para
a pena privativa de liberdade.

A prescrição da pretensão punitiva trata-se de matéria de


ordem pública e, com tal, deve ser declarada de ofício pelo Juiz ou Tribunal. Possível
é, nos termos do Artigo 61 do Código de Processo Penal, reconhecer a prescrição em
qualquer fase do processo.

Portanto, nada impede possa o Magistrado pronunciar-se,


através de declaração, antes mesmo da sentença, sobre a causa extintiva da
punibilidade, solução ademais, mais simples, rápida, e que nenhum prejuízo traz às
partes.
Em razão do exposto, espera o denunciado seja acatada a
preliminar, declarada a extinção da punibilidade pela prescrição, com o arquivamento
do processo, sem julgamento do mérito.

Segundo prevê o art. 190 do CP a prescrição da pretensão


punitiva ocorre:

Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a


sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo
máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:

VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é


inferior a 1 (um) ano.

Assim, tendo os fatos ocorrido em 22/05/2014, a


pretensão punitiva do estado ocorreu em 22/05/2017, devendo pois ser
declarada extinta a punibilidade pelo fenômeno da prescrição.

NO MÉRITO

CRIME DE AMEAÇA - Ausência de Dolo Específico.

DA DEPENDÊNCIA ALCOÓLICA DO ACUSADO.

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Olavo Alexandre Gomes
Advogado

Devidamente comprovado pela fala da própria vitima o


acusado, encontrava-se completamente embriagado na ocorrência dos
fatos alegados. Eventuais palavras lançadas pelo acusado, foram dirigidas ao calor
da emoção no momento em que o mesmo descobriu que sua ex companheira estava
mantendo contato amoroso com um amigo de trabalho via mensagem de celular.

Ocorre Excelência que em verdade, os fatos não


ocorreram naquela data do Boletim de Ocorrência o que se provará na instrução
processual, pois em verdade, em meados de abril de 2014 foi que os fatos
aconteceram, tendo a parte vitima sonegado estas informações no Boletim de
Ocorrência e distorcendo a verdade dos fato ao seu inteiro desiderato.

Não se recordando ao certo o dia ao certo, mas tão


somente horários e que foi em meados de abril de 2014, no dia dos fatos, por
volta das 19h00m, o acusado quando sua mulher entrou no banheiro para tomar
banho, pegou o celular da mesma e começou a olhar o conteúdo quando se deparou
com algumas conversas da mesma, que levaram uma discussão. As conversas eram
troca de carinhos entre à vitima e uma amigo de trabalho dela, mensagens essas
muito acaloradas para uma mulher comprometida.

O autor então foi até a porta do banheiro tirar satisfação


com a vitima e neste meio tempo começaram as discussões e troca de farpas,
quando o acusado e a vitima ultrapassaram os limites da civilidade e a vitima chegou
a falar que o acusado era CORNO mesmo.

Após isso o acusado enfurecido, para não causar mal para


à vitima e para si mesmo saiu de casa e foi na praça da cidade de Florestópolis onde
lá encontrou alguns amigos, que depois de um bate papo, convidaram o acusado
para beber uma cachaça (agua ardente – bebida que faz uso).

Completamente ébrio, voltou para casa e deitou no sofá


para dormir e Jessica foi tentar falar com o mesmo, depois de uma conversa com
este defensor, disse o acusado, não se recordava mais o que ele teria dito ou feito.
Ao que se recorda, o acusado naquela data a sua convivente ainda pernoitou na casa
onde moravam, saindo pela manhã, pois quando acordou por volta das 9h00m o
mesmo não mais viu a mesma.

Ansiosos e perturbado com toda a situação, o acusado foi


ao bar de um conhecido e tomou algumas doses de pinga, e ao voltar para sua
residência não viu a vitima naquele momento, cerca das 11h00/12h00. Mais tarde
um pouco, por volta das 17h00/18h00 a vitima voltou para a casa para buscar suas
roupas e disse que iria morar com a avó da mesma. O acusado permaneceu silente
diante daquela situação.

Passado 2 (dois) dias a vitima voltou para o lar do casal,


onde permaneceram convivendo por mais uns 40 (quarenta) dias quando o casal
resolveram se separarem após uma “suposta agressão” do acusado em face da
vitima, o que o mesmo está respondendo perante este Ínclito Juízo.

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Olavo Alexandre Gomes
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Nos autos presente, estamos diante da figura do tipo


penal – ameaçar alguém.

A figura típica dos crimes de Ameaça - art. 147 - do


Código penal, requer o dolo direto (específico), sendo insuficiente o dolo
eventual.

A Jurisprudência tem entendido que a pessoa


embriagada, a priori, não pode ser sujeito ativo do crime de ameaça. Este
entendimento se baseia na necessidade da palavra, escrito ou gesto ter a
potencialidade de incutir temor na vítima.

Por certo uma pessoa completamente embriagada não


sabe o que diz, e nesse caso, ninguém reputa sérias as palavras proferidas por
alguém neste estado.

Este foi o posicionamento do Tribunal de Justiça do


Distrito Federal e dos Territórios, abaixo transcrita:

"CRIME DE AMEAÇA, INOCORRÊNCIA - ESTADO DE EMBRIAGUEZ -


AMEAÇA SÉRIA E IDÔNEA, INEXISTÊNCIA. ACÓRDÃO Nº 148.516.
Relator: Juiz Fernando Habibe. Apelante: André Santos Silva. Apelado:
MPDFT.

Decisão: Dado provimento ao Recurso para julgar improcedente a


acusação e absolver o réu, unânime.

Ameaça Verbal. Embriaguez. Inexistência de crime. É penalmente


irrelevante, porque carente da seriedade e idoneidade necessárias para
intimidar, a ameaça meramente verbal, que encerra um fim em si mesma,
proferida em estado de completa embriaguez. (APJ 2000011067874-5,
TRJE, PUBL. EM 14/02/02; DJ 3, P. 183)"

A ameaça, portanto, deve ser capaz de intimidar a vítima.


O estado de embriaguez retira daquele que ameaça, o dolo específico.
Neste sentido decidiu a Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo, em recurso de apelação, processo nº 1451959/8, 11ª Câmara, Relator Wilson
Barreira, em 25/10/2004, in verbis:

"Ementa: DESACATO E AMEAÇA - AGENTE EMBRIAGADO QUE, AO SER


ABORDADO POR GUARDAS MUNICIPAIS, PROFERE EXPRESSÕES
OFENSIVAS, BEM COMO OS AMEAÇA POR PALAVRAS E GESTOS -
ABSOLVIÇÃO: - EMENTA OFICIAL: - DESACATO - SUPOSTO ESTADO DE
EMBRIAGUEZ - DÚVIDAS ACERCA DA PRESENÇA DO DOLO ESPECÍFICO -
ABSOLVIÇÃO MANTIDA. - DIANTE DO SUPOSTO ESTADO DE EMBRIAGUEZ
DO INCREPADO, QUE RETIRA A CAPACIDADE DE COMPREENDER E
AFASTA O DOLO ESPECÍFICO, É DE RIGOR A ABSOLVIÇÃO PELA
ACUSAÇÃO DE DESACATO. - AMEAÇA - NÃO CARACTERIZAÇÃO -
HIPÓTESE. - O DOLO OD ART. 147, DO CÓDIGO PENAL, EXIGE CERTEZA
NA DEMONSTRAÇÃO DA SÉRIA AMEAÇA CAPAZ DE INFUNDIR

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Olavo Alexandre Gomes
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VERDADEIRO RECEIO NA VÍTIMA, DE VIR A SOFRER MAL INJUSTO E


GRAVE. INEXISTENTES ELEMENTOS SEGUROS NESTE SENTIDO, DE RIGOR
O 'NON LIQUET'".

Ausente nos autos prova do dolo específico do réu, não há


como se impor o Decreto condenatório.

Como dito o acusado jamais tivera a intenção de praticar


o ato que lhe foi imputado, no caso a ameaça de morte. Outras desavenças entre o
casal ocorreram e, do mesmo modo, palavras dessa ordem foram desferidas de um
para o outro, o que foi acalorado pelo estado de embriaguez do acusado.

Pois bem.

De acordo com esta análise, cumpre ressaltar o fato de


que, em verdade, nosso ordenamento jurídico, mais claramente, o ARTIGO 26 DO
CÓDIGO PENAL, relaciona as EXCLUDENTES DA CULPABILIDADE e dentre elas está a
embriaguez por dependência química, ou seja, patológica, conforme infra citado, in
verbis:

Art.26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou


desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era ao tempo da ação ou
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento”.

Parágrafo Único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente,


em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental
incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.”

Como já dito e confirmado pela própria vitima, na data


dos fatos, o acusado achava-se embriagado, ocasionada pelo vício em bebida
alcoólica, que sabe-se ser semelhante ao câncer entre os jovens, eis que a droga
ocasiona vários diversos ilícitos penais, como homicídios, entre outros.

Todavia, o uso contínuo de drogas reduz a capacidade de


entendimento do usuário.
A Organização Mundial de Saúde reconhece as
dependências químicas como doenças. Uma doença é uma alteração da estrutura e
funcionamento normal da pessoa, que lhe seja prejudicial. Por definição, a doença da
dependência não é culpa do dependente; o paciente somente pode ser
responsabilizado por não querer o tratamento, se for o caso.

Da mesma maneira que cobrar do diabético ou do


cardíaco de não querer tomar os medicamentos prescritos ou seguir a dieta
necessária, dependência química não é simplesmente "falta de vergonha na cara" ou
um problema moral e sim uma patologia que precisa de um tratamento e de
estímulos para assim amenizar a angústia do paciente.

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Olavo Alexandre Gomes
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Portanto, a defesa quando mostra ao judiciário esta


conduta, pretende que o mesmo busque a pacificação dos conflitos, possibilitando
um melhor tratamento para que estes males não sejam corriqueiros em nossa
sociedade.
Nesta vertente fica claro, que o acusado já esta sendo
punido pelos seus atos, em decorrência da patologia que enfrenta eis que sua família
está descontente com este comportamento, portanto não seria justo um decreto
condenatório para o caso em tela e muito menos a mantença da segregação do
mesmo em uma unidade prisional.

Desde então, estudiosos de diversas áreas debruçaram-se


sobre o tema, com o objetivo de melhor compreendê-lo para melhor administrá-lo.
Nas palavras de DINIZ, a embriaguez é uma:

“Perturbação psíquicossomática passageira, em razão de intoxicação aguda


e transitória, provocada por excessiva ingestão de substancias
entorpecentes, podendo liberar impulsos agressivos, estimular a libido e
levar o indivíduo a causar acidentes ou a praticar ações delituosas”.

Portanto,

“Poderão ser, entendemos, tidos, igualmente, como absolutamente


incapazes os toxicômanos - opiômanos, usuários de psicotrópicos e
maconha, cocainômanos, morfinômanos – (...) Os toxicômanos, pela Lei
4.294/21, foram equiparados aos psicopatas.”

Essa situação aconteceu durante os quatro anos que o


casal conviveu, sendo esta muito difícil a convivência harmoniosa, ante o vício da
bebida, o que é facilmente presumível.

É consabido que a embriaguez voluntária não isenta o


agente de ser responsabilizado penalmente. (CP, art. 28, inc. II). Não se discute isso.
No entanto, concernente ao dolo essa regra penal deve ser sopesada com outras
circunstâncias fáticas.

O crime em espécie somente ocorre com a intenção


dolosa do agente. Ora, se a própria vítima falou que o acusado estava embriagado
quando tais ditas ameaças aconteceram, inquestionavelmente demonstra a
embriaguez do Acusado, isso reflete, nesse caso específico, na ausência de
dolo. Explicamos.
O estado de ebriedade certamente traduz ausência de
lucidez ao conteúdo expressado. Insistimos. Não estamos querendo dizer que a
embriaguez isenta o agente da pena. Não é isso. O que estamos a dizer é que o
crime pode até existir (o que não acreditamos). Todavia, nesse determinado caso em
estudo, a norma penal reclama o ato volitivo doloso; uma vontade consciente de
perpetrar o crime.

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Com esse mesmíssimo enfoque, vejamos o magistério de


Cleber Masson:

“Igual raciocínio se aplica à ameaça proferida pelo ébrio. A embriaguez,


como se sabe, não exclui a imputabilidade penal (CP, art. 28, inc. II). Em
algumas situações, subsiste o crime, pois o estado de embriaguez pode
causar temor ainda maior à vítima; em outros casos, todavia, retira
completamente a credibilidade da ameaça, levando a atipicidade do fato. “
(MASSON, Cleber Rogério. Direito penal esquematizado: parte especial. 2ª
Ed. São Paulo: Método, 2010, p. 223) (grifo meu).

Nesse diapasão, impende destacar as lições de Luiz Regis


Prado:

“De semelhante, tampouco pode ser havida como séria a ameaça realizada
em estado de embriaguez. “ (PRADO, Luiz Regis. Curso de direito penal
brasileiro. 9ª Ed. São Paulo: RT, 2010, vol. 2, p. 274)

O delito de ameaça não restou configurado em suas


elementares. Nesse sentido, Guilherme de Souza Nucci, acerca da figura típica em
debate:
Elemento subjetivo:

Em uma discussão, quando os ânimos estão


alterados, é possível que as pessoas troquem ameaças sem qualquer
concretude, isto é, são palavras lançadas a esmo, como forma de desabafo
ou bravata, que não correspondem à vontade de preencher o tipo penal.
(...). NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 9. Ed. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2008. P. 684.

Excelência, para justificar a condenação pelo crime


previsto no artigo 147 do Código Penal, é necessário que a ameaça seja idônea,
sem qualquer animosidade entre a vítima e o acusado.

APELAÇÃO CRIMINAL - CRIME DE AMEAÇA - INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA -


APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DO 'IN DUBIO PRO REO' - ABSOLVIÇÃO. - Diante
da fragilidade da prova produzida em desfavor do acusado, impõe-se a sua
absolvição, em atendimento ao princípio do 'in dubio pro reo'. (TJ-MG - APR:
10558120018186001 MG, Relator: Beatriz Pinheiro Caires, Data de
Julgamento: 05/06/2014, Câmaras Criminais / 2ª CÂMARA CRIMINAL, Data
de Publicação: 18/06/2014).

RECURSO CRIME. AMEAÇA. ART. 147 DO CP. INSUFICIÊNCIA DE PROVAS.


ELEMENTARES DO TIPO PENAL NÃO CONFIGURADAS. SENTENÇA
CONDENATÓRIA REFORMADA. Não resultou claro que o réu, efetivamente,
tenha ameaçado a vítima, diante das versões conflitantes apresentadas,
resolvendo-se a dúvida em favor dele. Ademais, não demonstrada a
seriedade da ameaça, que não produziu intimidação penalmente relevante.

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A dúvida é ainda agravada pela existência de prévio desentendimento entre


as partes, relacionado com o namoro entre o réu e a filha da vítima.
APELAÇÃO PROVIDA. (Recurso Crime Nº 71003729654, Turma Recursal
Criminal, Turmas Recursais, Relator: Volcir Antônio Casal, Julgado em
25/06/2012). (grifo nosso).

Com clareza percebe-se que o contexto narrado na


denúncia ocorrera quando ambos estavam com ânimos alterados. E isso, sem
qualquer dúvida, afasta a lucidez das palavras e, via de consequência, a vontade de
praticar o ato delituoso. Em arremate, por mais esse motivo não assiste razão ao
Ministério Público.
Impositiva a absolvição (art. 386, VI, do CPP), em virtude
da observância do princípio do in dubio pro reo, em dúvida quanto a configuração
dos crimes que lhes.

DA CONCLUSÃO

Postas tais considerações e por entendê-las prevalecentes


sobre as razões que justificaram o pedido de condenação despendido pelo preclaro
órgão de execução do Ministério Público, requer seja declarada a prescrição da
pretensão punitiva nos termos do art. 109 do CP.

Por cautela, confiante no discernimento afinado e no justo


descortino de Vossa Excelência, a defesa requer a ABSOLVIÇÃO do réu, à guisa das
teses ora esposadas, ante e ausência de dolo no suposto crime de ameaça.

Protesta por todos os meios de provas admitidos em


direito.

Rol de testemunhas que deverão ser intimadas por este H.


Juízo:

1- Além das testemunhas arroladas pelo MP, requer


sejam intimado: ADILSON GOMES FARIA, Rua Jose Leocário da Silva, 33 Cj
Romeu Paulino, Florestópolis-PR.
2- Wilson da Silva, Rua Elpídio Serapião, 33, CJ Paulo
Baise, Florestopolis-PR.

Nestes termos

Pede e aguarda Deferimento

Florestópolis, 19 de outubro de 2018.

Olavo Alexandre Gomes


Advogado Oab. Pr 33.310

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