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PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS DO HOMEM

PRELIMINARES
 PROTEÇÃO: obrigações dos estados; correlatas dos direitos.
 INTERNACIONAL: proteção emergente de organizamos de normas juris internacionais
 DOS DIREITOS HUMANOS:

DOS DIREITOS HUMANOS

Direitos Humanos: Conjunto de normas que visam defender a pessoa humana


contra os excessos do poder cometidos pelos órgãos do Estado.
Os direitos humanos são, portanto, direitos protegidos pela ordem
internacional (especialmente por meio de tratados multilaterais, globais ou regionais)
contra as violações e arbitrariedades que um Estado possa cometer às pessoas sujeitas
à sua jurisdição. São direitos indispensáveis a uma vida digna e que, por isso,
estabelecem um nível protetivo (standard) mínimo que todos os Estados devem
respeitar, sob pena de responsabilidade internacional.

ENQUADRAMENTO HISTÓRICO:

 Historicidade: Os direitos humanos são históricos, isto é, são direitos que se vão
construindo com o decorrer do tempo.
 Pensamento racionalista:
o Desenvolveu depois da teoria do contrato social, fundada no princípio de que
todo contrato de ser respeitado;
o Rousseau: o contrato social é um pacto pelo qual cada um submete a sua
vontade individual à vontade geral.
o Todos os homens são por natureza livres e tem certos direitos inatos de que
não podem ser despojados quando entram em sociedade quando celebram o
contrato social;
o Deste modo, existiriam direitos inerentes à qualidade de homem que se
impõem a qualquer ordem jurídica porque gozam de anterioridade
relativamente ao Estado e à sociedade.
 Europa:
o Magna Carta (15 de maio de 1215) – Rei João e os Barões ingleses rebeldes;
o The Petition of Rights (1628);
o The Habeas Corpus Act (1679);
o Bill Of Rights (13 de fevereiro de 1679) – Resultante da revolução de 1688;
o Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão (1776): direitos
invioláveis do indivíduo;
o Convenção de Paris (1904 e 1910): repressão ao tráfico de mulheres e
crianças;
o Convenção de Genebra (1925): abolindo a escravatura
o Guerras Mundiais (I Guerra mundial e antes do Fim da II Guerra)
 Declaração de Roosevelt (1941): liberdade de opinião e de expressão
religiosa, o direito de estar defendido das necessidades materiais e a
garantia de uma vida onde o medo estivesse excluído.
 Declaração de Churchill (1941) – Carta do Atlântico: acrescentou a
exigência do progresso econômico e da segurança Social.
 Declaração Universal dos Direitos do Homem
o 10 de dezembro de 1948
o Após a II Guerra Mundial
o Foi tão somente a partir de 1945 – com o fim da Segunda Guerra e com o
nascimento da Organização das Nações Unidas – que os direitos humanos
começaram a, efetivamente, desenvolver-se no plano internacional, não
obstante a Organização Internacional do Trabalho já existir desde 1919
(garantindo os direitos humanos dos trabalhadores desde o pós-Primeira
Guerra).
o Declaração das Nações Unidas (1942):
 Declaração internacional onde consagrava o princípio de que os
Estados devem proteger os Direitos Humanos no interior de seus
territórios e também dos outros.
o Projeção Universal:
I. Universalidade: permite que qualquer pessoa invoca-los contra qualquer
Estado e reclamar para si as condições humanas inerentes, onde quer que
esteja e independentemente da situação concreta que se encontre
colocado.
 Aplicação a nível planetário dos direitos humanos.
II. Obrigatoriedade: o respeito dos princípios e regras relativos aos direitos
fundamentais da pessoa humana passou a construir uma obrigação de
cada Estado perante os outros Estados.
 Âmbito planetário: Pactos das Nações Unidas sobre os Direitos Civis e
Políticos e sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
 Alcance regional: Convenção Europeia dos Direitos do Homem; Convenção
Interamericana dos Direitos do Homem e a Carta Africana dos Direitos do
Homem e dos Povos.
 UNIÃO EUROPEIA: Carta dos Direitos Fundamentais – Tratado de Lisboa, 1
de dezembro de 2009.
O SISTEMA DAS NAÇÕES UNIDAS

SURGIMENTO

 Após a 1º guerra mundial


o Influencia norte-americana
o Ideia de manutenção da paz
 Tratado de Paz de Versalhes
o Pacto da Sociedade das Nações –Organização de cooperação
internacional destinada a promover:
 A segurança coletiva;
 A solução pacífica dos conflitos e;
 Colaboração entre os Estados para o progresso econômico e
social.

ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS (AGNU)

Órgão intergovernamental, previsto nos artigos 9.º e seguintes da Carta da ONU, no


qual têm assento todos os Estados membros da Organização. Pode discutir qualquer tema
(exceto os que se encontrem sob análise pelo Conselho de Segurança) e aprova anualmente
várias dezenas de resoluções e decisões sobre questões e situações de direitos humanos.
Compete-lhe especificamente promover estudos e fazer recomendações tendo em vista a
promoção dos direitos humanos, bem como proceder à aprovação final dos tratados.

Por emanarem de um órgão que congrega representantes de toda a sociedade


internacional, as declarações solenes da Assembleia Geral enunciam objetivos, princípios ou
tomadas de posição que assumem grande força persuasiva junto aos Estados, em muito
contribuindo para o desenvolvimento do costume internacional.

A AGNU reúne em Nova Iorque, em sessões anuais ordinárias e em sessões


extraordinárias, em Plenário e em Comissões (as questões de direitos humanos são discutidas
no âmbito da Terceira Comissão - Questões Sociais, Humanitárias e Culturais). Pode criar
órgãos subsidiários, como o Conselho de Direitos Humanos.

DECLARAÇÕES

 Força jurídica reduzida


 Cunho moral
 Soft law
o Reúne arranjos cuja forma não se assemelha aos tratados, mas cuja força
obrigatória é superior à dos atos internacionais destitui ́dos de valor juri ́dico e
inferior à dos atos a que formalmente se reconheça valor juri ́dico e força
obrigatória.
 Veículos de cooperação
o Aproximam os Estados e aumentam a coesão da sociedade internacional.

QUEIXAS AOS ÓRGÃOS DAS NAÇÕES UNIDAS


Vários são os órgãos do sistema das Nações Unidas com competência para receber e
analisar queixas apresentadas por particulares que se considerem vítimas de violação de
direitos humanos. Desde logo, todos os nove Comités de peritos criados a fim de monitorizar a
observância dos principais tratados de direitos humanos da ONU dispõem já desta
competência (embora para o Comité dos Direitos dos Trabalhadores Migrantes ela não esteja
ainda em vigor), podendo exercê-la em relação aos Estados Partes no tratado por si
monitorizado, desde que o Estado visado tenha reconhecido expressamente a competência do
Comité para tal efeito.

Além disso, é também possível dirigir comunicações aos procedimentos especiais do Conselho
de Direitos Humanos (relatores especiais, peritos independentes e grupos de trabalho), que
atuam no âmbito dos respetivos mandatos e sem referência a qualquer tratado de direitos
humanos em concreto.

Estes mecanismos – a cargo de peritos – são complementados com procedimentos de queixa


ao Conselho de Direitos Humanos e à Comissão sobre o Estatuto das Mulheres, órgãos
políticos compostos por representantes estaduais.

DIREITOS HUMANOS

Os direitos humanos visam salvaguardar a dignidade de todas as pessoas, em


todos os momentos e em todas as suas dimensões.

 Normas jurídicas adotadas por Estados no âmbito de organizações internacionais


como:

o Nações Unidas (ONU)


o Conselho da Europa (CoE)
o União Africana (UA)
o Organização de Estados Americanos (OEA).
 Para promover a sua realização e monitorizar a sua violação, inúmeros órgãos têm
vindo a ser criados desde meados do século XX, no seio dessas mesmas organizações
internacionais.

O que são os Direitos Humanos?

Conceito da ONU: Garantias jurídicas universais que protegem indivíduos e grupos contra
ações ou omissões dos governos que atentem contra a dignidade humana.
Os direitos humanos são:
 Garantidos internacionalmente
 Juridicamente protegidos
 Universais (baseados num sistema de valores comum).
Centram-se na dignidade do ser humano, obrigando os Estados e agentes estaduais e
protegendo indivíduos e grupos.
 Não podem ser suprimidos nem negados e são iguais e interdependentes
 Isto é, nenhum deles é mais importante do que os demais e o gozo de qualquer um
afeta o gozo dos restantes.
o Por exemplo, é pouco provável que alguém com fome – vítima de violação do
direito humano a uma alimentação adequada – consiga exercer a sua
liberdade de expressão em igualdade de condições com alguém que não
passe fome.
 As normas de direitos humanos são criadas por Estados de todas as regiões do mundo
através da cuidadosa negociação de instrumentos de direitos humanos - no seio de
organizações internacionais e do desenvolvimento do costume internacional nesta
área.
SISTEMAS DE PROTEÇÃO
 Universal: Nações Unidas
 Europa: Conselho da Europa | União Europeia | OSCE
 América: Organização de Estados Americanos
 África: União Africana

PRINCIPAIS INSTRUMENTOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS

 Nível Universal:
o Declaração Universal dos Direitos Humanos:
1. Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (PIDCP)
2. Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e
Culturais (PIDESC)
3. Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação Racial
4. Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
contra as Mulheres
 Protocolo Opcional à Convenção sobre a Eliminação de Todas
as Formas de Discriminação contra as Mulheres
5. Convenção sobre os Direitos da Criança
 Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da
Criança relativo à Participação de Crianças em Conflitos
Armados
 Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da
Criança relativo à Venda de Crianças, Prostituição Infantil e
Pornografia Infantil
 Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da
Criança Relativo à Instituição de Um Procedimento de
Comunicação
6. Convenção contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis,
Desumanos ou Degradantes
 Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura e Outras
Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes
7. Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os
Trabalhadores Migrantes e dos Membros das Suas Famílias
8. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
 Protocolo Opcional à Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência
9. Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra
os Desaparecimentos Forçados
 Para cada um destes nove tratados, existe um comité de peritos que
avalia até que ponto os respetivos Estados Partes estão a cumprir
as obrigações que assumiram em virtude da ratificação ou adesão ao
instrumento em causa.
 A nível regional Europeu:
o Convenção Europeia dos Direitos Humanos:
 Cuja violação é suscetível de dar lugar a queixa para o Tribunal
Europeu dos Direitos Humanos.
o Conselho da Europa
 Carta Social Europeia Revista
 Convenção-Quadro para a Proteção das Minorias Nacionais.
 Ao nível da União Europeia:
o Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia:
 Depois de vicissitudes várias, acabou por entrar em vigor a 1 de
dezembro de 2009, em simultâneo com o Tratado de Lisboa.
 União Africana:
o Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos
 Ao nível interamericano:
o Convenção Americana sobre Direitos Humanos
 Protocolo em matéria de direitos económicos, sociais e culturais
CONTROLE

Para cada um dos tratados principais da ONU, existe um comité de peritos (sendo pois
nove os “órgãos dos tratados” ou “treaty bodies”).
Mas também os órgãos da ONU “baseados na Carta” (como a Assembleia Geral das
Nações Unidas, o Conselho de Direitos Humanos e o Alto Comissariado para os Direitos
Humanos) se pronunciam sobre violações de direitos humanos e o respeito destes direitos é
ainda objeto de fiscalização no âmbito do desenvolvimento das operações de manutenção da
paz.
Regionalmente, existem já três tribunais de direitos humanos, na Europa, em África e
no continente americano, além de uma plêiade de outros órgãos que se pronunciam sobre a
matéria.
A nível interno, dado que é o Estado o principal destinatário das obrigações de direitos
humanos, é fundamental o papel desempenhado pelos funcionários e serviços públicos,
incluindo polícia, tribunais e magistraturas.

TRIBUNAL EUROPEU DE DIREITOS HUMANOS

QUEIXA
Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) é a única instância internacional de
recurso em matéria de direitos humanos de caráter exclusivamente jurisdicional, podendo
proferir sentenças que os Estados visados estão juridicamente obrigados a cumprir e que
podem incluir a fixação de uma indemnização (“reparação razoável”) a pagar à vítima.
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE:

 Legitimidade ativa: pode apresentar uma queixa qualquer pessoa – singular ou coletiva
– que se considere vítima ou seu representante;
 Legitimidade passiva: a queixa pode ser apresentada contra qualquer Estado que se
alegue ter violado o direito em causa, desde que o mesmo seja Parte na CEDH e,
eventualmente, no Protocolo que prevê o direito alegadamente violado;
 Competência material: as alegadas violações têm de dizer respeito a um ou vários dos
direitos previstos na Convenção e/ou seus Protocolos.
o Além disso, os atos têm de ter sido cometidos pelo Estado ou por uma
autoridade pública ou ser eles imputáveis - estão, em princípio, fora do âmbito
da Convenção, os atos praticados por particulares se o Estado não puder,
direta ou indiretamente, ser por eles responsabilizado;

 Competência temporal: os atos têm de ter sido cometido após a entrada em vigor da
Convenção e/ou do Protocolo que preveja o direito ou direitos violados para o Estado
Parte em questão.
o A queixa tem também de ser apresentada no prazo de 6 meses a contar da
data da decisão interna definitiva.
 Este prazo, que se conta a partir da notificação da decisão final do
recurso ordinário, será reduzido para 4 meses após a entrada em vigor
do Protocolo n.º 15;
 Esgotamento prévio das vias internas de recurso: isto significa que “as pessoas
que desejem dirigir-se ao Tribunal Europeu devem previamente tentar obter perante os
tribunais nacionais uma decisão sobre a situação de que se queixam, recorrendo até à
mais alta instância competente”.
o No entanto, o Tribunal admite exceções caso o queixoso demonstre que os
recursos disponíveis são ineficazes.
 Esta regra abrange apenas os recursos de carácter ordinário, não se
aplicando pois a recursos extraordinários como a revisão do processo,
perdões, amnistias ou petições aos órgãos de soberania;
 Observações:
o Não são admitidas comunicações anónimas;
o Princípio ne bis in idem: são excluídas as petições no essencial idênticas a
uma petição anteriormente examinada pelo Tribunal ou já submetidas a outra
instância internacional de inquérito ou decisão e que não contenham factos
novos;
o Compatibilidade com a Convenção e Protocolos;
o Exclusão das comunicações manifestamente mal fundadas ou abusivas.

 Providências cautelares

 Quando recebe uma queixa, o Tribunal pode solicitar ao Estado em causa que aplique
uma medida provisória, enquanto procede à apreciação do caso. Na maior parte dos
casos, o Tribunal solicita ao Estado que se abstenha de levar a cabo determinada
medida, por exemplo o repatriamento de uma pessoa para o seu país de origem ou
para um país onde esta alega poder enfrentar a morte ou a tortura.
 As providências cautelares decretadas pelo Tribunal, ao abrigo do artigo 39.º do seu
regulamento, são obrigatórias para o Estado visado, mas aplicáveis unicamente em
circunstâncias excecionais, caso o Tribunal considere que o requerente corre um
risco real de sofrer prejuízos graves e irreparáveis na ausência de tais medidas.

TRAMITAÇÃO DAS QUEIXAS

 Secretária do Tribunal

 Uma vez entrada na Secretaria do Tribunal, a queixa é enviada para a divisão jurídica
responsável pela tramitação das queixas do país visado:
o Sendo registada e atribuído um número ao processo, que é depois examinado
por um jurista.
o Caso o Tribunal contacte o requerente:
 Este deverá responder no prazo fixado
 Caso contrário o processo poderá ser rejeitado ou destruído.
o Todo o procedimento perante o Tribunal assume a forma escrita e qualquer
informação que o requerente deseje comunicar ao Tribunal deverá ser
transmitida por escrito.

 Tribunal

 Logo que o Tribunal esteja na posse de toda a informação necessária, o caso é


distribuído a uma das formações judiciais do Tribunal, em função do tipo de caso.
 Se a queixa for claramente inadmissível:
o Será examinada por um juiz singular, cuja decisão é definitiva.
o A declaração de inadmissibilidade será comunicada ao requerente e o
processo destruído mais tarde;
 Se o caso for considerado repetitivo:
 Ou seja, suscite uma questão já diversas vezes apreciada pelo Tribunal em
relação ao mesmo Estado.
o Será examinada por um comité de 3 juízes.
o O requerente receberá uma carta explicando o procedimento e será contactado
pelo Tribunal, se necessário.
o O comité pode começar por examinar a admissibilidade da queixa ou
pronunciar-se em simultâneo sobre esta matéria e o fundo da questão
 Antes da entrada em vigor do Protocolo n.º 14, o comité podia
pronunciar-se unicamente sobre a admissibilidade das queixas.
 Se não for repetitivo
o Será examinado por uma secção de 7 juízes.
o Este começa por examinar a admissibilidade da queixa:
 Se a considerar inadmissível:

 A sua decisão será final e insuscetível de recurso.


 Se considerar a queixa admissível:
 Comunicá-la-á ao governo do Estado visado para que este se
pronuncie.
 A resposta do Estado é comunicada ao requerente, que pode
replicar.
o Devendo ainda apresentar um pedido de reparação
razoável nos termos do art.º 41.º da Convenção.
o A partir desta fase, o requerente será convidado a
constituir advogado.
 Nenhuma queixa é diretamente distribuída ao tribunal pleno de 17 juízes.
o Mas a secção pode devolver a decisão do litígio ao tribunal pleno se:
 Um assunto pendente numa secção levantar uma questão grave
quanto à interpretação da Convenção ou seus protocolos ou;
 A solução de um litígio puder conduzir a uma contradição com uma
sentença já proferida pelo Tribunal
 Salvo se qualquer das partes a tal se opuser (este direito de
oposição desaparecerá após a entrada em vigor do Protocolo
n.º 15).
 Resolução amigável do litígio:
o Caso a queixa seja considerada admissível o Tribunal tentará alcançar uma
resolução amigável do litígio entre o queixoso e o Estado visado.
o Este processo é confidencial.
o Se as partes chegarem a acordo:
 O processo será arquivado e o Tribunal proferirá uma decisão
contendo uma breve exposição dos factos e da solução adotada.
 Esta decisão será transmitida ao Comité de Ministros, que velará pela
respetiva execução (tal como vela pela execução das sentenças do
Tribunal).
o Se o queixoso recusar entrar em acordo sem justificação:
 O Tribunal pode arquivar a queixa desde que:
 O governo reconheça ter havido violação da Convenção e;
 Se comprometa a conceder à vítima uma reparação razoável.
o Se o acordo entre as partes não for possível:
 O Tribunal passará à apreciação contraditória do assunto.
 Apreciação da queixa
o Pode incluir um inquérito e durante a qual as audiências e os documentos
ficam em regra acessíveis ao público (CEDH, artºs 38.º e 40.º).
o As audiências de julgamento:
 Realizam-se a título excecional, num pequeno número de casos (cerca
de 30 por ano) submetidos à apreciação das secções ou tribunal pleno.
 As partes serão informadas da sua realização e todas as audiências
são filmadas e podem ser visualizadas na página do Tribunal na
Internet
 Salvo se o Tribunal decidir em contrário por força de
circunstâncias excecionais.
o Sentença
 Pode concluir pela existência ou não de uma (ou várias) violações da
Convenção e/ou seus Protocolos.
 Se o Tribunal concluir que existiu violação, poderá fixar uma
indemnização (“reparação razoável”) a pagar á vítima pelo
Estado faltoso (CEDH, art.º 41.º).
 Comité de 3 juízes:

 É final e não admite recurso.


 Secção de 7 juízes:
 Torna-se final após 3 meses (cf. CEDH, art.º 44.º, n.º 2).
o Se não for, nesta fase e a pedido de qualquer das
partes, devolvida ao tribunal pleno ou, sendo, for por
este rejeitada.
 O pedido de devolução ao tribunal pleno:

 Será examinado por um coletivo de


cinco juízes, mas só será aceite em
casos excecionais:
o Se o assunto levantar uma
questão grave quanto à
interpretação ou aplicação da
Convenção ou seus
protocolos ou
o Questão grave de carácter
geral.
 Uma vez aceite a petição, o tribunal
pleno pronunciar-se- á sobre o
assunto por meio de sentença
definitiva, da qual não cabe recurso.

 Duração do processo: o Tribunal recebe, em média, cerca de 1500 comunicações por


dia, não sendo possível antecipar a duração média dos processos. Esta depende de
vários fatores, como tipo de caso, a formação judicial á qual o mesmo será distribuído,
a celeridade das partes no fornecimento da informação solicitada pelo Tribunal e a
importância e urgência das questões em causa. Em regra, é dada prioridade aos casos
mais graves ou que revelem a existência de problemas em larga escala.

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