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O mundo que vivemos é chamado de pós-moderno, pois somos afetados por todos
os ângulos pela mídia capitalista. O fim último da ética na modernidade era
estabelecer um princípio normatizador para orientar as condutas sociais. Esta
investida do mercado, acaba por legitimar a cultura do individualismo em detrimento
de uma ética mais ampla, que outrora servia de parâmetros para as ações
individuais em favor do bem coletivo. Está afirmação é confirmada por BAUMAN
(1997, p. 6) quando este diz que:
[...] no resultado da idade moderna, que atinge sua fase autocrítica, muitas
vezes autodenigrante e de muitos modos autodesmantelante [...] muitos
caminhos seguidos por teorias éticas [...] começaram a parecer mais
semelhantes a uma alameda cega; ao mesmo tempo abriu a possibilidade
de uma compreensão radicalmente nova dos fenômeno morais.
Bauman afirma que as abordagens de questões éticas não podem ser feitas sem
levar em consideração, os conceitos éticos existentes na modernidade. Contudo,
devem ser rejeitados os modos tipicamente modernos de lidar com questões
referente à moral. Desta forma evidencia-se que as questões no âmbito da moral,
devem ser respondidas com regulamentação normativa e coercitiva na prática da
política, com fundamentos filosóficos absolutos, universais e com fundamentações
na teoria.
Com esta postura sistemática exigida por Bauman, as questões na dimensão dos
direitos humanos, da justiça social, de ações que visem a paz e a autoafirmação do
indivíduo, bem como a conduta individual e o bem-estar coletivo, não foram
desconsideradas em nada a sua atualidade, no que se refere a ética implícita nestes
pontos. Mas precisam ser vistos e observados com um olhar atento e diferenciado.
Sendo assim, podemos afirmar que a crença dos filósofos e legisladores modernos
era que conseguiriam construir um código ético onde a ambivalência e a aporética
fosse extinta. Contudo este nunca foi encontrado. Mas o caminho para tanto não
está longe do fim.
Bauman pauta seus esforços na busca por respostas a essa crítica pós-moderna,
sobre as modernas ambições acima citadas. Nesta perspectiva, Ele sugere alguns
postulados, detectados e contemplados ao longo da perspectiva moderna de
universalização racional e fundamentalista da ética. Eis as marcas encontradas por
ele na modernidade, elas apontam que, “as asserções: ‘Os seres humanos são
essencialmente bons, e apenas precisam de ajuda para agir segundo sua natureza’
e a afirmação, ‘Os seres humanos são essencialmente maus e devem ser
prevenidos de agir segundo seus impulsos’ são ambas errôneas; “fenômenos morais
são intrinsecamente não racionais”; “a moralidade é incuravelmente aporética”; “a
moralidade não é universalizável”; “desde a perspectiva da ordem racional, destina-
se a moralidade a permanecer irracional”; “dado os impactos ambíguo dos esforços
societários no campo da legislação ética, deve-se reter a responsabilidade moral –
sendo para o Outro antes de poder ser com o Outro – é a primeira realidade do eu,
ponto de partida antes que produto da sociedade”; “contrariamente à opinião popular
e ao cálido triunfalismo do ‘tudo vai’de certos escritores pós-modernistas, a
perspectiva pós moderna acerca de fenômenos morais não revela o relativismo da
moralidade”.
No que se refere “as asserções: ‘Os seres humanos são essencialmente bons, e
apenas precisam de ajuda para agir segundo sua natureza. Pode-se afirmar que os
humanos são moralmente ambivalentes, pois a ambivalência está intrinsecamente
fundida em seu ser. Todos as formas (regras) de organização social que o homem
se propõe geram ambivalência, porem ele doa o melhor de si, com a intenção de
purgar o pecado original que é a própria ambivalência.
A segunda afirmação, ‘Os seres humanos são essencialmente maus e devem ser
prevenidos de agir segundo seus impulsos’ são ambas errôneas. Esta se
caracteriza como esforços vãos, devido a ineficiência e por vezes acabam
potencializando o mal que deveriam evitar. Entende aqui, que não é possível
assegurar a conduta moral, mesmo quando existe um contexto que possibilita
planejar as ações dos homens, nem quando há motivos bem fundamentados das
ações humanas.Sobre o tema abordado Bauman (1997, p.16) salienta que:
Quando Bauman fala que a moralidade não é universalizável, Ele não está se
referindo de um relativismo moral, isto é, que cada povo e cultura tem seu próprio
modo de se organizar moralmente e que por isso a moral não é universalizável. Sua
intenção aqui é apontar que não existe nenhuma possibilidade de universalização da
moral tal como pretendiam fazer no modernismo, onde eles para equiparar as raças
impunham arbitrariamente suas culturas em detrimento de toda a história e a cultura
dos povos por eles dominados. Gerando com isso um povo orientado por normas
éticas heterônomas, ou seja, que leva o indivíduo a cumprir a lei simplesmente para
não ser punido. Neste sentido afirma Bauman que:
Ao refletir sobre as ações do eu moral perante outrem, Bauman postula que, “dado
os impactos ambíguo dos esforços societários no campo da legislação ética, deve-se
reter a responsabilidade moral – sendo para o Outro antes de poder ser com o Outro
– é a primeira realidade do eu, ponto de partida antes que produto da sociedade”.
Nesta perspectiva o eu põem-se diante do outro como um eu singular e subjetivo, só
então, ele busca uma postura ativa para com o outro. Dadas as situações fica
evidente que ser para o outro antes de ser para si mesmo é forçoso e contrário ao
estado de natureza do homem. Em síntese existente no itinerário do eu moral para o
eu social.
A moral em sentido amplo, pode ser pensado como a humanidade, mas nunca como
resultado final da globalização e dos poderes políticos que pretendem determinar as
condutas éticas. Mas,na intensãode fazer o eu moral emergir, sem pretender fugir da
contradição posta na responsabilidade o deixar por conta do seu destino.