NOVAES, Antonio Galvão. Previsão da Demanda. Logística e
Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015, [Capítulo 6: Previsão da Demanda] Vinícius Silva Pereira1
Antônio Galvão Novaes é engenheiro e professor de Transportes
e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina. Anteriormente foi professor titular nos Departamentos de Engenharia de Transportes e de Engenharia Naval da Escola Politécnica da USP. Trabalhou na Advanced Marine Technology Division das Indústrias Litton, na Califórnia, na década de 1960 (Logística Militar), e tem atuado no Brasil como consultor de empresas e de órgãos de governo.
Observa-se no capítulo, que o mesmo aborda os métodos e
modelos tradicionais de previsão, sempre com exemplos desenvolvidos de forma detalhada, facilitando assim, a compreensão do leitor.
De acordo com o autor, sabe-se que o processo de distribuição
depende da antevisão da forma com que a demanda dos produtos vai evoluir no futuro. Contudo, o que se faz na prática, é definir um esquema de previsão o mais preciso possível, e ir ajustando as projeções de forma suave e dinâmica ao longo do tempo. Algumas de suas características são que as previsões estão sempre sujeita a erros, as projeções de longo prazo são usualmente menos precisas do que as de curto prazo e quando se fazem projeções de dados mais agregados, os resultados são normalmente mais precisos.
1Graduando em Engenharia de Produção pela UFOB – Universidade Federal do
Oeste da Bahia Pela literatura, são indicados seis requisitos, horizonte da previsão, nível de detalhe dos dados, tamanho da amostra, controle das previsões, grau de estabilidade e planejamento organizado, são esses os requisitos básicos para a elaboração de uma previsão satisfatória da demanda. Têm-se que os métodos de previsão são classificados de formas diversas, dependendo de aspectos básicos que caracterizam a demanda, entre eles estão os métodos qualitativos de previsão, em contraposição a métodos quantitativos, as técnicas endógenas de previsão, em contraposição a técnicas exógenas, o comportamento estável versus comportamento dinâmico da demanda e, por fim, a demanda dependente e demanda independente. Para os Métodos de Previsão, a escolha do método mais apropriado para se fazer uma determinada previsão da demanda vai depender da análise criteriosa dos seis requisitos, defronte à situação real do problema. Quando se fala em Métodos qualitativos, entende-se que envolvem processos mentais de julgamento sobre possíveis desdobramentos de ações internas e externas, visando definir prováveis cenários futuros para a tomada de decisões. Sobre os Métodos quantitativos, variáveis endógenas, o autor destaca que utilizam dados históricos da própria empresa. Com isso, essa forma de fazer previsões se apoia na ideia de que as condições que prevaleceram no passado continuarão ocorrendo num futuro próximo. Para que se possa realizar esse tipo de previsão, parte-se de uma série histórica levantada na própria firma e analisa-se inicialmente o comportamento da demanda ao longo do tempo, para isso observando visualmente sua evolução. Tratando-se das séries históricas sem variações sazonais se observam variações aleatórias na demanda e possíveis tendências de expansão ou contração, dessa forma, diz-se que o nível de demanda apresenta tendência quando seu valor mudar sistematicamente ao longo do tempo, normalmente de forma crescente. Em contrapartida, existem tendências que se manifestam de forma linear, ou também, com uma concavidade na curva. Como a demanda depende apenas de uma variável, utilizamos a regressão simples. Por outro lado, a Previsão dinâmica, o método do amortecimento exponencial, aonde apresenta três limitações: o cálculo da média móvel, principalmente com componente sazonal, tal que exige o registro de uma série extensa de dados; na medida em que se faz necessária uma grande quantidade de dados históricos, possíveis na tendência de evolução da demanda ficam diluídas na grande quantidade de dados passados. Falando-se em Métodos quantitativos, variáveis extrínsecas vemos que em muitos casos, as variações da demanda são mais dependentes de fatores externos à empresa do que simplesmente em função dos dados históricos observados internamente a ela. Sobretudo, observa-se que o autor se propõe a explicar que a previsão da demanda proporciona às empresas informações valiosíssimas sobre os mercados em que operam, bem como sobre os mercados-alvo. Também conhecida como Estimativa da Demanda, a qual está relacionada com prever o que acontecerá com o futuro. Fica evidente que não há receita de bolo para realizar e interpretar estimativas de demanda. Isso porque precisam ser analisados fatores internos, como financeiro e orçamentário, e os externos que exercem influência no negócio. Com sua carga de experiência, baseados no seu profissionalismo quanto na carga literária, Antonio Galvão Novaes nos brinda com um excelente conteúdo para estudo das engenharias, principalmente estudos ligados à logística, não só pela linguagem simples e seus diversos exemplos simples de se compreender, mas também pelos conceitos muito bem abrangidos, de modo geral, o capítulo aborda de forma clara e coesa a Previsão da Demanda.