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UFRGS – ESCOLA DE ENGENHARIA – DEMET

METALURGIA EXTRATIVA DOS NÃO FERROSOS II-A

Nome: LUCAS LAPIS ELY

2ª Prova 2016/2 Prof. Irineu Antônio S. de Brum

1. (5,0 pontos) Obtenção de metais. Apresente um óxido e de um sulfeto que sigam o


fluxograma abaixo. Para os dois sistemas que você escolheu, apresente as operações
até a obtenção do metal purificado. Descreva fundamentos teóricos, reações,
parâmetros operacionais, equipamentos, etc.

Sulfeto - Obtenção de cobre a partir da calcopirita

A calcopirita é extraída da mineração e passa primeiramente por uma sequência de


processos tais como: britagem, moagem, flotação e secagem. Após estas etapas, o minério é
encaminhado para o processo de fusão à matte, tratamento de sulfetos metálicos com a
finalidade de obter uma matéria prima no estado líquido e separá-la em duas fases líquidas
imiscíveis. Uma contendo a maior parte da ganga, e a outra contendo o metal de valor do
minério.

CuFeS2 + O2(g) + SiO2 → Cu- Fe- S (matte) + FeO.SiO2 + SO2(g)

O processo ocorre através da tecnologia flash smelting, com o forno Outokumpo,


desenvolvido na Finlândia, onde utiliza o princípio autógeno, aproveitando a energia contida
no FeS para fusão do minério. No processo o minério seco e em pó é descarregado em um
reator de leito fluidizado alimentado com oxigênio. O metal reduzido é fundido e cai para o
fundo de uma câmara de decantação.

Após essa etapa, há o processo de conversão, onde são utilizados conversores do tipo
Pierce-Smith, que prevalecem na metalurgia de metais não ferrosos. Que consiste em um tubo
horizontal revestido com material refratário, onde a carga e descarga é realizada na parte
superior do conversor, com duas linhas de ventaneiras ao longo do eixo de ambos os lados.

Ocorre a injeção de ar ou ar enriquecido com O2 na matte através das ventaneiras,


desta forma os constituintes e impurezas oxidam e formam a escória. Assim, o conversor de
cobre transporta escórias semelhantes às encontradas no processo de fusão, juntamente com
gases sulfurosos.

A mistura de Cu e sulfetos de Fe da matte é tratada em conversores para oxidar o Fe


na primeira etapa e oxidar Cu na segunda fase. Na primeira etapa, o O2 de ar enriquecido é
soprado por ventaneiras e converte sulfetos metálicos a óxidos:

FeS + O2 → SO2 + FeO

CuS + O2 → SO2 + CuO


Como o Fe tem maior afinidade com o O2, o óxido de cobre reage com o sulfeto de ferro
restante, resultando em:

CuO + FeS → CuS + FeO

Assim, a maior parte do óxido de cobre volta a forma de sulfeto, para separar o óxido de
ferro obtido, sílica é adicionada ao conversor, reagindo com óxido de ferro para produzir a fase
de escória que será derramada quando o conversor for inclinado ao redor do eixo de rotação

2FeO + SiO2 → Fe2SiO4

Após a primeira parte da escória ser retirada do conversor, uma “nova matte” é
adicionada, e a operação é repetida até o conversor estar preenchido com o sulfeto de cobre
purificado. A escória do conversor é reciclada para o estágio de fusão devido ao alto teor de
cobre neste subproduto. Em geral o conversor contém mais de 10% de dióxido de enxofre,
que normalmente é capturado para a produção de ácido sulfúrico.

A segunda etapa da conversão é a oxidação da fase sulfeto de cobre, e produção de


cobre blister com teor de cerca de 95% de Cu, conforme a seguinte reação:

CuS + O2 → Cu + SO2

Óxido – Obtenção de vanádio metálico a partir do pentóxido de vanádio (V 2O5) através do


processo de redução em pré-formas (PRP)

O processo de redução em pré-formas de V2O5 utilizando vapor de Mg como um redutor


consiste em quatro passos principais:
- fabricação das pré-formas;
- calcinação;
- redução por vapor redutor;
- recuperação de amostras por lixiviação ácida;
Em primeiro lugar, a pré-forma de alimentação foi fabricada a partir de uma suspensão
feita de pó de V2O5 (99,9% de pureza), MgO como um fluxante e uma solução de coloidal (5%
em massa de nitrocelulose em etanol e éter) como ligante. As pré-formas são produzidas em
forma de placas, originadas do vazamento da lama produzida pela mistura em um molde de
aço inoxidável.
Após esta etapa, as pré-formas são aquecidas e calcinadas por 2h, onde há a remoção
do ligante e da água, garantido maior resistência mecânica as placas. Em seguida, as pré-
formas calcinadas são colocadas em um recipiente de reação e reduzidas pelo vapor de Ca/
Mg no passo de redução. O sólido redutor é fisicamente isolado a partir da pré-forma de
alimentação, e o vapor redutor é fornecido ao pré-molde de alimentação. Coloca-se titânio
esponjoso no fundo do recipiente para absorver o gás do sistema. Após isso, o recipiente é
aquecido em um forno elétrico e mantido a temperatura de 1273K por 6h.
O produto obtido através desse procedimento é recuperado por lixiviação ácida, sendo
enxaguado com ácido hidroclórico à temperatura ambiente, após isso passa por um processo
de limpeza com água destilada, álcool e acetona seguido por uma secagem a vácuo. Desta
forma obtêm-se um vanádio metálico de alta pureza.

Referências:

BRUM, I.A.S. – Aula Fusão à “Matte”

HECK, N.C – Fusão à “matte” – DEMET/UFRGS

MIYAUCHI, A. ; OKABE, T. H. - Production of Metallic Vanadium by Preform Reduction


Process - Materials Transactions, Vol. 51, No.6 - The Japan Institute of Metals

2. (2,0 pontos) O grau de afinidade do elemento C com diferentes metais é um fator


importante para decidir se o processo de obtenção de um metal pode ser realizado
mediante redução carbotérmica ou redução metalotérmica. Tendo em conta a tabela
embaixo
2.1. O Nb pode ser separado mediante redução carbotérmica? Explique.

Não é recomendado utilizar redução carbotérmica para separar o nióbio, devido a sua
alta afinidade com o carbono, pois desta forma irá ocorrer formação de carbonetos.

2.2. O Mn pode ser separado mediante redução carbotérmica? Explique.

O manganês pode ser separado mediante redução carbotérmica, assim como o ferro,
eles formam uma solução líquida, e o metal líquido estará saturado com o carbono à
temperatura do processo

2.3. Em caso negativo (para “a” e/ou para “b”) descreva o processo que poderia ser
utilizado.

No caso da obtenção do nióbio, pode ser utilizado o processo de redução


aluminotérmica do pentóxido de nióbio induzida mecanicamente durante a moagem de alta
energia nos moinhos Attritor.
As moagens foram realizadas utilizando-se um poder de moagem, que é a razão entre
as massas das esferas e a massa de pó processado, igual a 20:1. . As esferas foram
confeccionadas em aço SAE 52100 e a massa de esferas empregada foi de 2g.

3N2O5 + 11Al = 6Nb + 5Al2O3

Referências:

KUBASKI, E.T. , CINTHO, O.M. – Obtenção de Nb metálico através da redução de Nb2O5 por
moagem de alta energia - Tecnol. Metal. Mater. Miner., São Paulo, v.6, n.4, p.185-191, abr.-
jun. 2010

HECK, N.C. – Redução Carbotérmica – DEMET/UFRGS


3 (3,0 pontos) Descreva detalhadamente as informações possíveis (e como são obtidas)
a partir de um diagrama de equilíbrio (ou de fases).

1.1. Apresente um exemplo de um diagrama de equilíbrio.

Diagrama Cobre – Prata


Informações:

Α = fase rica em Cu e Ag como soluto


β = fase rica em Ag e Cu como soluto

Três regiões monofásicas = α, β e Líquido


Três regiões bifásicas = α +Líq , α+ β , β+ Líq

1 e 2 = Linha Liquidus, onde acima não existem fases sólidas


3 e 4 = Linha Solidus , na qual abaixo tudo é sólido
5 e 6 = Linha Solvus , separa dois sólidos α de α + β e β de α + β

E = Ponto eutético – onde ocorre a reação eutética: L → α + β


Composição do eutético: 71,9% Cu e 28,1% Ag

B = máxima solubilidade de Ag na fase α é aproximadamente 8% em 779°C.


G = máxima solubilidade de Cu em na fase β é em torno de 8,8% em 779°C.

A = ponto de fusão do Cu puro – 1085ºC


F = ponto de fusão da Ag pura – 960ºC

Referência:

Diagrama de fases - http://www.pmt.usp.br/pmt5783/Diagramas%20de%20fases.pdf

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