Sei sulla pagina 1di 9

SETEBAN

SEMINARIO DE TEOLOGIA BATISTA NACIONAL


Extensão de São Luís de Montes Belos - Go

Miriã Ribeiro de Lima Barcelos

Trabalho de Conclusão de Curso

São Luís de Montes Belos – Goiás


2018
TEOLOGIA

Mansidão como caráter do Cristão

Orientador: Eder David de Freitas Melo e Silvando

SETEBAN – GO

A essência da mansidão na vida do Cristão e o seu benefício nos relacionamentos

Aluna: Miriã Ribeiro de Lima Barcelos

São Luís de Montes Belos – Go


2018
Título: Mansidão, um fruto do Espírito, essencial nos relacionamentos dos cristãos.

Bibliografias:

Bíblia

Mateus 11.29; Lucas.6:27-29

Romanos 8.2:29; Efésios 4.26; Gálatas 5:13-15; Gálatas 5:22-23 Gálatas 6:1; Col. 3:12-14 1º
tim. 6:11 2º Timótio 2.24-26; 1º Pedro 3:4 1º Pedro 3:15-16

Provérbios 3:21; 14.17; 14:29; 15:1 15.18; 22.24,25; 29.22 e 23.

Livro

As bem Aventuranças _ Charles Haddon Spurgeon (1834-1892)

Traduzido por: Cezar Augusto Vargas Américo _ Projeto Spurgon _1ª Edição 2014

Estudos no sermão do Monte _ Por: D. Martyn Lloyd-Jones

Traduzida por: Copyring@inter_Varsity Press 5ª Edição em português 2001

Artigo

Espiritualidade, inteligência essencial ao ser humano _ Leão, Deusilene Silva 2009 (Biblioteca
PUC-GO)

Problema:

Analisar a fragilidade nos relacionamentos, de modo a compreender tanto os desafios quanto


as perspectivas a serem vencidas e alcançadas, respectivamente. E assim refletir o nosso modo de ser
cristão dentro dos nossos lares, e na sociedade, levando em conta o conselho de mansidão, deixado a
nós na Palavra: " exercendo a mansidão deixada nos ensinamentos de Cristo, podemos sim, obter a
Paz em nossos relacionamentos. O que é a mansidão e como ela é indispensável, na vida cristã para se
ter bons relacionamentos?

HIPÓTESE:

Se Cristo é o modelo a seguir de todos que professam a fé em Sua pessoa, e foi o maior
exemplo de bons relacionamentos e mansidão da história da humanidade, segundo a religião cristã,
então é importante termos em destaque seu modelo de mansidão.
Objetivo:

Entender a mansidão enquanto um fruto do Espírito que ao mesmo tempo é reflexo da


imagem de Cristo e essencial para se ter bons relacionamentos.

Objetivos específicos:

1- textos bíblicos sobre mansidão

2- O que é a mansidão e porque ela é indispensável para os cristãos

3- Mansidão, um atributo espiritual

Introdução

A população em geral, vem sendo desprovidas de bons relacionamentos, e assim marginalizadas pelo
orgulho, e falta de amor ao próximo. Começando pelo entendimento, de cada indivíduo para consigo mesmo, e
consequentemente, este mal se expande aos grupos sociais em geral. O aumento do número de suicídio, de
divórcios, homicídios e até mesmo os atentados, é resultado deste primeiro mal, “relacionamento doentio”,
desses que permitem o controle sobre a outra pessoa, a manipulação, desejo desenfreado de proteger a
qualquer custo, vivem uma verdadeira tensão em ambas as partes, tanto de pai para com filho, de marido para
com a esposa, irmão para com o irmão e até entre amigos. “ Um relacionamento sadio é harmônico, e leve, sem
muitas exigências, pois uma pessoa procura a aceitar a outra como ela é, e trabalha para agradar, honrar e servi-
la”. ( Dr Henry Cloud e Dr. Jonh Townsend em Limites no casamento ).

Alguém desfruta muito mais de um sermão quando sabe algo a respeito do pregador. É natural que,
como João em Pátmos, voltemo-nos para ouvir a voz que falou conosco. Voltemo-nos aqui, então, e aprendamos
que o Cristo de Deus é o Pregador do Sermão do Monte. Projeto spurgeon pag 10

A falta de uma espiritualidade, uma aproximação de Deus, o criador de todas as espécies, e Ele
mais que ninguém pode nos orientar no entendimento da complexidade do ser humano e na
individualidade de cada um, fazendo com que um sirva ao outro naquilo que lhe necessite, para isso
veio ao mundo através de Jesus, e nos deixou tudo que precisávamos para nos achegar a ele e viver
uma espiritualidade da qual Ele almeja que seus filhos vivam. Acredito que essa espiritualidade, pode
ser trabalhado para se obter melhores e mais favoráveis resultados a sociedade e indivíduos, se cada
pessoa se interessar em desenvolver dentro de si, visando o bem-estar nos relacionamentos. As
pessoas se enfrentam por coisas banais, e quando se referem a assuntos e situações mais relevantes
então, aí se revela uma verdadeira falta de ética, caráter, e principalmente um vazio espiritual dentro
do ser humano. Tudo isso, em nome do egocentrismo, ou seja, cada um quer que sua ideia seja ouvida
e validada como certa, e tudo que é contrário pode levar ao desentendimento, ira, ódio, inimizade,
falta de perdão e finalmente a vingança, que é algo que pertence apenas a Deus (Deut. 32:35. Isso por
falta de um viver no espírito, e uma constante veneração, ao homem natural e à carne, que é inimiga
número um do Espírito Santo, É visível e desagradável, essa degradação na qualidade dos
relacionamentos. Até mesmo no meio dos Cristãos onde deveria encontrar muitos e grandes exemplos
de bons relacionamentos, também tem sido minoria, e até mesmo motivo de desapontamento para
com o evangelho de Cristo, por parte dos não Cristãos, que ao invés de olhar para o modelo que é
Cristo, olham para a fraqueza dos cristãos, e aí então o desapontamento é inevitável, e o que deveria
ser na verdade um grande chamado ao arrependimento, transformação e mudança de vida, se
realmente estivéssemos seguindo o modelo proposto por Cristo, provoca efeito contrário. Em João
17;21 A oração de Jesus nos seus últimos momentos antes de sua morte pede ao Pai que possa nos
fazer um, como Ele é com o Pai, e assim o mundo venha crer que Deus O enviou. Então se vê nesta
oração uma real necessidade de os irmãos na fé, se desdobrarem para viver em comunhão, para isso
observando os ensinamentos de Jesus, mas o orgulho tem falado mais alto dentro dos indivíduos. A
falta de espiritualidade, de reflexão ao valor da vida e dos relacionamentos e Principalmente, aos
ensinamentos de Jesus, para obtermos a Paz interior, nos relacionamentos e a vida eterna, tem ficado
em segundo plano nesta geração, e provocado um efeito dominó na destruição dos relacionamentos
pessoais, familiares e sociais em geral. Entendendo que esse é um mal que pode ser trabalhado na
área da espiritualidade, para obter, melhores resultados nos relacionamentos, na sociedade, mais em
especial no meio dos cristãos, propus este trabalho, que poderá através de estudos conhecer mais
profundamente, como evitar esses percalços nos relacionamentos, através de um viver dentro dos
parâmetros preestabelecidos por Cristo, desenvolvendo uma vida espiritual e produzindo um dos
frutos essencial ao bom relacionamento, a Mansidão, recomendada aos seus seguidores, e si
apresenta sobretudo, como professor e exemplo desta virtude, que é segundo Gálatas 5, fruto do
Espirito Santo que habita naqueles que O serve.

Vocês encontrarão a plena luz sobre este assunto em outras partes do ensino de nosso Senhor, mas
aqui Ele responde unicamente à pergunta: “quem são os “salvos ou, “quais são as marcas e evidências de uma
obra de graça na alma?”. Quem mais conhece melhor os salvos que o Salvador? O pastor é quem discerne melhor
as suas próprias ovelhas, e o único que conhece infalivelmente os que são seus, é o próprio Senhor. Podemos
considerar as marcas dos bem-aventurados entregues aqui como testemunhos certos da verdade, pois são dadas
por Aquele que não pode errar, que não pode se enganar, e que, como seu Redentor, conhece os Seus. Projeto
Spurgeon pag. 11

A mansidão na vida do Cristão não é opcional, é a comprovação de que ele realmente é, um


Cristão pois estes entrarão no reino dos Céus. Porque não são os que O chamam de Senhor!!! Senhor!!!
Alguns dos quais Ele nem os conhecem, (não cristãos), que herdarão o reino dos céus, mas aqueles
que fazem a vontade do Pai, (verdadeiros cristãos). E a mansidão é uma das marcas dos que herdarão
a terra, neste caso o céu, como fala Mateus 5:5. Com esse entendimento não se pode dizer que a
mansidão é apenas essencial ao cristão verdadeiro, mas indispensável na vida do cristão e
consequentemente em seus relacionamentos, área onde será mais utilizada essa virtude. Para ser
manso é necessário ter o Espírito Santo, no entanto nem todos que tem o Espírito Santo desenvolve
em si esse fruto de mansidão.

Por isso achei interessante escrever também um pouco sobre a espiritualidade do ser humano
e as condições de desenvolver uma vida espiritual, que poderá trazer inúmeros benefícios além do
aprendizado da mansidão. Na primeira parte então quero apresentar algumas referências bíblicas
sobre mansidão dentro do novo testamento: as recomendações, primeiramente de Cristo; e
conseguinte também dos apóstolos sobre a importância da mansidão. E no velho testamento alguns
provérbios trazendo sobre a consequência da falta de mansidão. No segundo capítulo, discorrer alguns
conceitos dos teólogos como D. Martyn LJoyd-Jones e Charles H. Spurgeon sobre a mansidão e que
tipo de pessoa à possui. Terceiro capítulo expor sobre a inteligência espiritual(QS), e como desenvolver
a espiritualidade, assunto explanado por Deusilene Silva de Leão em sua dissertação PUC-GO em 2009,
e quarto tópico concluir com a pedagogia de Jesus em seus ensinamentos e exemplo de vida, e como
se dá a aplicação de tudo isso dentro do ser humano, porque Ele deixou toda essa riqueza de
ensinamentos para nos ser útil e para essa parte do trabalho asarei algumas obras de John Stott, como:
Mentalidade Cristo e Cruz Cristo onde Ele si Colocou como mestre em Mansidão, virtude essa que é
essencial aos relacionamentos, e como todas essas teorias e conhecimentos podem beneficiar os
relacionamentos, e em suma os relacionamentos dos Cristãos.
1- Referências Bíblicas

“ Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossa
alma” Mateus 11:29

A leitura deste versículo traz a mente de imediato, que a mansidão leva ao descanso eterno, e
reforça ainda mais esse entendimento, quando lemos Mateus 5. Bem aventurados, os mansos porque
eles herdarão a terra. Porém é notório também que a mansidão aplicada dentro dos relacionamentos
produz: harmonia, paz interior e um certo descanso na alma também aqui no mundo enquanto
estamos inseridos em meio a sociedade, vivendo na contramão de sua cultura e por tanto, será o texto
base e principal deste trabalho. O próprio Jesus se colocou como exemplo a seguir, e como mestre a
ensinar, quando recomendou aos seus dos quesitos para se encontrar Paz na alma. E se algo tem tirado
a Paz dos corações neste tempo presente, um deles têm sido os relacionamentos.

Paulo, escreveu, não apenas sobre uma “mente renovada”, mas também”, sobre a “mente de Cristo”.
Ele exorta os filipenses: “Tende em vós o mesmo sentimento (ou a mesma mente) que houve também em Cristo
Jesus”(Fp.2:5). Isto é: a proporção que estudarmos os ensinamentos e o exemplo de Jesus e submetermos a
mente conscientemente ao domínio de sua autoridade (Mt 11:29), começamos a pensar como Ele. A mente de
Cristo é gradativamente formada em dentro de nós pelo Espírito Santo, que é o Espírito de Cristo. Passamos a
ver as coisas através da sua perspectiva, e nossa visão se faz semelhante à Dele. Quase ousamos dizer como o
Apóstolo: “Nós (...) temos a mente de Cristo.

John Stott — Mentalidade Cristã pag. 55

As pessoas têm investido tanto em si próprias e a assim valorizando mais as coisas e menos as
pessoas. Quando Jesus recomenda aos seus discípulos que aprendam com Ele, já havia discursado o
primeiro sermão do monte, e uma das coisas que ensinou foi: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos
que vos perseguem, bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam, ao que te ferir uma
face, oferece-lhe também a outra; “E o que lhe houver tirado a capa, nem a túnica recuses.” Mateus
5:39. Olhando para esse ensinamento de Jesus, entendemos que se alguém tomou para si o que é de
outro por direito, que lhe dê algo mais, e não, requerer de volta o que lhe foi tomado. Aqui se pode
perceber que a prioridade é as pessoas e os relacionamentos, acima dos bens materiais, e o que tem
acontecido é bem o contrário, e por isso as relações entre as pessoas se desgastam, pois, o egoísmo
tem falado bem mais alto dentro dos corações, do que as palavras do Mestre.

I coríntios 6, o apóstolo Paulo adverte aos irmãos de Corinto, a não entrar em litígio entre os
irmãos, indo á juízo injusto e infiéis, mas procurar entre os irmãos um sábio de menos estima entre as
partes na igreja para julgá-los. Verso 2. Não sabeis vós que hão de julgar o mundo?...; Verso 3. Não
sabeis vós que hão de julgar os anjos? Quanto mais às coisas pertencentes a esta vida? Verso 7. Em
verdade já é realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis
antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano? Claramente o apóstolo ensina como Jesus a
priorizar as pessoas os relacionamentos e não as coisas materiais e passageiras.

O homem manso de espírito pode ser naturalmente, muito ardente e fogoso, mas recebeu graça para
manter seu temperamento sob sujeição. Não diz: “assim é minha constituição, não posso evitá-la”, como muitos
afirmam. Deus nunca nos desculpará por causa de nossa constituição; recebemos Sua graça para curar nossas
constituições perversas, e para eliminar nossas corrupções. Spurgeon pag.59

Ser manso é esvaziar do meu querer e fazer o querer do Pai. Se for para agradar a nós mesmos,
ainda que em partes, não conseguiremos ser manso como Jesus, e de nada adianta dizermos que
somos Cristãos, se a nossa carne não está mortificada na cruz. Como homens erramos, mas a nossa
vontade deve ser sempre de agradar o mestre, e quando o erro acontece o desejo de conserto, do
verdadeiro Cristão é imediato, o sentimento de arrependimento e perdão o incomoda até que o
encontre e tenha Paz. Em prov. 15:18, vemos como precisamos evitar a ira e ser longânimo para com
os irmãos. Os nossos erros com as pessoas e das outras pessoas conosco, é inevitável, pois somos
pecadores, mas precisamos ser mansos o bastante para reconhecer os nossos erros e pedir perdão, se
isto não ocorrer estamos tendo atitude de orgulho, características o antônimo da mansidão, que
também é: bravo, desumano e cruel. Não dando a chance ao opositor, a chance que Jesus nos
ofereceu. Foi manso o suficiente para suportar toda afronta e dor para nos oferecer o perdão. Não
temos desculpas para não perdoarmos. Sofreu toda afronta e dor para sermos perdoados, agora só
depende de nós perdoarmos os nossos próximos, para então sermos perdoados. (Mat. 6:14)

Quando Jesus recomendou aos seus discípulos que aprendesse Dele a ser manso, os discípulos
não tinham a noção do que seu Mestre ainda iria passar e o quanto eles ainda tinham a aprender com
as suas atitudes diante de situação extremamente cruel, pois ali ensinava com discurso e logo com sua
vida e principalmente com sua morte, agindo estritamente seu discurso na prática. Amai os vossos
inimigos... Orai por eles... “ Os seguidores” de Cristo do presente século, não tem conseguido amar os
seus próprios irmãos, buscam bençãos só se for para os íntimos, para os inimigos para amontoar brasas
na cabeça deles, com sentimento de vingança, e não com a intenção da que se refere a Palavra, em
trazer inquietação a mente a ter um conserto sobre o erro cometido. Só uma pergunta. A quem mesmo
estamos seguindo? Não podemos perder o foco de quem estamos seguindo. Porque os verdadeiros
seguidores não é o que diz Senhor! Senhor! Mas o que pratica a vontade do Pai que está nos céus.
(Mat. 7:21). Jesus veio para nos Salvar, e ensinar qual é a vontade do Pai, e ser manso é uma das
vontades do Pai para conosco.

Esta é a maneira de imitar Aquele que orou pelos seus assassinos, “Pai, perdoa-os, porque não sabem o
que fazem. Isto é exatamente o oposto de um espírito vingativo.

Spurgeon pag 61

Jesus em meio ao seu maior sofrimento disse ao Pai: “Se possível passa de mim esse Cálice”
cálice de sofrimento, dor e humilhação. Sempre que enfrento dificuldade de perdoar alguém procuro
lembrar, do que Jesus passou por nós, e fica bem mais fácil de perdoar. Que recompensa tem em amar
os que vos amam, que galardão vós tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? Para que
sejais filho do Pai que estais nos céus; Porque faz que o sol brilhe sobre maus e bons, e a chuva desça
sobre justo e injusto. Mat.5:46,45.

Uma coisa, as pessoas em geral, tem corrido atrás, gastado dinheiro e tempo buscando por
todos os lugares onde dizem encontrar a paz interior, mas Jesus disse que se formos manso como Ele,
nós encontraríamos descanso, em nossa alma.

O levantar questão não convém ao cristão, em prov. 17:9 nos diz que o que encobre a
transgressão busca a amizade, mas o que renova a questão separa os maiores amigos. Muitas das
vezes vemos um irmão se conturbando em sua dor, tentando esquecer e buscar um coração puro e
perdoador, e aparece aquele que se diz seguidor de Cristo, “Cristão”, descobrir a ferida que já está
sendo tratada e muitas das vezes quase curada, e dá lhe um soco na ferida que volta a sangrar e trazer
sequelas muito prejudiciais aos relacionamentos dos envolvidos separando-os em muitos casos como
nos informa esse provérbio. Mas o verdadeiro seguidor de Cristo procura trazer a paz ao coração do
irmão ferido, o aconselha a tomar o jugo de Jesus e aprender Dele que é manso e humilde. E o manso
sempre perdoa, e logo encontra a Paz.

Os potes pequenos logo fervem ao fogo; e eu conheci alguns cristãos professos que são como potes,
porque o menor fogo os faz ferver. Quando não tiveram a intenção de ferir seus sentimentos, foram
terrivelmente feridos. O comentário mais simples foi tomado como um insulto, e eles tem feito uma série de
deduções sobre coisas inexistentes, e consideram os seus irmãos ofensores por uma palavra, ou por meia
palavra, ai, e mesmo por não dizer nenhuma palavra. Spurgeon pag. 59
Os Cristãos têm sido assim, não é de hoje, se esquentam com pouca temperatura, desde os
tempos dos apóstolos. Paulo em Gálatas 5 diziam aos irmãos que os frutos do Espírito eram muitos e
citou alguns deles, inclusive a mansidão, mas também os repreendia dizendo que várias eram as obras
da carne que opunham contra os frutos do Espírito Santo. E como estamos estudando sobre mansidão,
vamos procurar entender quais das obras da carne que é contrária à mansidão. Neste texto é citado
dezesseis obras da carne e podemos perceber claramente que seis destas se opõe a mansidão e
igualmente aos bons relacionamentos, que me leva a fazer uma ligação entre mansidão e bons
relacionamentos, e me leva a entender que elas andam juntas. E são elas: inimizades; iras; pelejas;
dissenções; invejas; e homicídios.

Quando confrontados com doutrinas que são contrárias as suas próprias opiniões, e duras para ser
recebidas por carne e sangue, se entregam ao Espírito Divino e oram, “ensina-nos o que não sabemos”. Spurgeon
pag. 55

Então o apóstolo Paulo ensinava aqueles irmãos que se enfrentavam por questões dentro da
própria congregação, onde se discutiam sobre a lei e a circuncisão dos irmãos. Penso que,

Paulo alertava os irmãos que poderiam estar deixando a carne dominar, mesmo que tinham
aceitado a Jesus e que a carne era para ser mortificada na cruz. Nos versos 13 -15 deste capítulo ele
diz: Irmãos fostes chamados a liberdade, não useis, então da liberdade para dar ocasião a carne, mas
servi uns aos outros pelo amor a que fostes chamados. Porque toda a lei se cumpre em uma só Palavra,
nesta: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Se vós, porém, vos mordeis e vos devorais uns aos
outros, vede não consumais também uns aos outros?

É bem isto mesmo, toda a lei se resume neste mandamento, que aqueles irmãos não estavam
conseguindo cumprir e ainda por cima sobre a discussão da própria Lei. O primeiro mandamento da
Lei é amar a Deus sobre todas as coisas, mas esse só é possível se cumprir o segundo que é amar o
próximo como nos diz em 1 João 4:20. Paulo também adverte os irmãos, pelo fato de que estavam em
cumprir a Lei, que também diz para não matar, mas eles se devoravam uns aos outros, e consumiam
uns aos outros emocionalmente e espiritualmente também com aquelas contendas e dissenções entre
si. Hoje somos testemunhas de situação bem parecidas, uns destroem os outros com olhar de
desprezo, discriminação e até mesmo de condenação. Não precisam nem ao menos abrir a boca para
destruir o irmão. Estamos definitivamente desprovidos de mansidão em nossos relacionamentos,
atitude totalmente contrária a vontade do Pai.

Todos nós temos um caráter notável, enquanto fazemos o que queremos, mas a verdadeira mansidão,
que é uma obra da graça, suportará o fogo da perseguição, e passará na prova da inimizade, da crueldade, e do
mal infligido, da mesma maneira que a mansidão de Cristo o fez sobre a cruz do Calvário. Spurgeon pag.63

Ele disse: bem aventurados os mansos porque eles herdarão a terra, tudo que vimos sabemos
que não é fácil ser manso, que é necessário esvaziar de si, mortificar a carne e encher do Espírito. Mas
precisamos ser manso para ser filho de Deus e herdar a terra. Ser manso como Jesus não apenas em
palavra, mas em prática, assim como O Mestre Jesus nos ensinou, e praticar a mansidão é algo que
precisamos entender e viver, construir o caráter de Cristo em nós causa dor, isso é notório, o apóstolo
Paulo em Gálatas 4:19 dizia aos irmãos que sentia dores de parto até que o caráter de Cristo fosse
formado neles e hoje não é diferente conosco. Muitas são as dores existentes nos relacionamentos
até que se permita que o caráter de Cristo se forme dentro de cada um entre os irmãos.
2- Mansidão, significado bíblico: no antigo testamento, transmite o conceito de submissão paciente,
em conexão a humildade. Traduz o hebraico ‘anawa. Esse termo vem de uma raiz que significa
basicamente “inclinar”, “estar curvado” e condescender; no novo testamento a palavra mansidão
traduz do termo grego praos, significado básico é o de “ser suave”, “ser meigo” e ser paciente,
referindo-se a uma atitude interior que se revela por meio de ações externas que expressam a
gentileza, ou seja, está ligado a cortesia, a consideração pelo próximo e a modéstia.

Além de serem humildes e amáveis, os mansos são pacientes. Sabem que “é necessário que venham
tropeços”, eles são muito mansos, seja para ofender ou para serem ofendidos. Se outros os agravam, eles o
toleram. Spurgeon pag.58

Os mansos atravessam suas tempestades como se não estivessem como tal, mas trava uma
batalha, dentro de si para manter se manso, procurando ter o domínio de si mesmo, resolvendo os
problemas causadores dos vendavais no seu interior, porque sabe onde tudo começa, porque sabem
também que com a permissão de Deus nos sobrevém muitas dificuldades para tratamento, e então
procura não externar seu conflito, entendendo que se assim o fizer, pode se mostrar apto a resolver
seus dilemas ao invés de depender totalmente de Deus, uma característica muito forte em uma pessoa
mansa, “ a dependência total de Deus”. Também a pessoa mansa não murmura contra as lutas, pois
sabe que não é tão bom, que não possa enfrentar dificuldade na vida, sendo que o próprio Jesus sofreu
horrivelmente por amor a ele, e entende sempre a permissão de Deus em tudo.

Eu conheço alguns cristãos professos que são muito duros e repelentes. Não lhe ocorreria ir ter com
eles para contar-lhes seus problemas; você não poderia abrir seu coração para tais. Parece que eles não podem
descer ao seu nível. Estão sobre um monte, e falam da sua altura como se falasse para uma criatura muito inferior
a eles. Esse não é o verdadeiro espírito cristão, isso não é ser manso. O cristão que é realmente superior aos
demais com quem convive, é precisamente o homem que se rebaixa ao nível dos menores visando o bem geral
de todos. Ele imita seu Senhor, quem, ainda que era igual a Deus, “esvaziou se a si mesmo, tomando forma de
servo”. Spurgeon pag. 57 e 58

Jesus advertindo seus dicipulos em Mar 10. 42 -44 disse que o que quiser ser o primeiro no meio dos
Cristãos seja este o que os sirva, contrariando assim o conceito existente em nossa sociedade, pois os
que são servidos são superior. Viver a virtude da mansidão em meio a essa sociedade no que John
Stott chama de contracultura, é um desafio aos cristãos, pois a dificuldade de se dispor ao serviço aos
demais, já é uma dificuldade, e quando lhe é pedido que sirva, já se sente ofendido e diminuído pelo
irmão.
Os de espírito manso são como as placas sensíveis do fotografo, pois conforme a Palavra de Deus passa
na frente deles, eles desejam ter sua imagem impressa em seus corações. Seus corações são as tábuas de carne
onde está gravada a mente de Deus; Deus é o Escritor e eles se convertem em epístolas vivas, escritas, não com
tinta, mas com o dedo do Deus vivo. Desta maneira são mansos para com Deus. Spurgeon pag.55

Desta maneira que o homem pode transparecer as características da vida de jesus, trazendo para si
uma submissão total a Deus, desta forma não tem como não ser manso, o que Deus diz é primordial
para sua vida, e o ego não tem voz ativa, para não dar ocasião a carne, assim alimentar o Espírito com
o conhecimento e prática da vontade de Deus.

Potrebbero piacerti anche